Jornal de Esposende nº616

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Manuel Monteiro, o candidato do Movimento Missão Minho em entrevista ao Jornal de Esposende fala da sua candidatura a deputado (PÁGINAS 2 e 3) Quinzenário informativo e regionalista Director: Paulo Gonçalves / Sai às sextas-feiras Gratuito / 24 Julho 2009 / N.º 616 PUBLICIDADE PUBLICIDADE Competitividade Nacional “Conversa da Treta” Portugal subiu três posições face a 2008 no ranking da competitividade ultrapassando a Espanha, pela pri- meira vez desde 2005, bem como a Itália e a Grécia. Será que foi Portugal que subiu ou nesses três países a competitividade desceu? Isto será o mais certo! O baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) por habitante e uma maior deslocalização da produção são as principais causas de debilidade do nosso país. A solução, dizem os especialistas, é aumentar ainda mais a competitividade, assim como as exportações e reduzir os custos da Administração Pública. Conseguimos subir no ranking (por- que, talvez outros tenham descido) mas, no entanto, não penso que esta situação se mantenha por muitos anos, infelizmente. Focando o problema da competitividade, todos nós empresá- rios sabemos que não é com teoria que se resolve este problema. Se pensarmos bem, na prática, nunca seremos capazes de competir com os asiáticos (China, Índia, Vietnam, Bangladesh, etc.). Os Portugueses não trabalham por uma “malga de arroz”, nem 300 dias por ano em con- dições miseráveis e de escravatura. Nas minhas viagens a alguns destes países para conhecer a realidade de empresas com as quais trabalho e que também produzem no oriente, vi crianças em plena idade da brinca- deira e da escola trabalhar em péssi- mas condições, como se de escravos se tratassem. A culpa não é somente deles, nós, europeus, somos permissivos relativa- mente a esta desumanidade. Enquanto não exigirmos que eles laborem em condições idênticas às nossas como poderemos ser mais competitivos!? Como poderemos aumentar as nos- sas exportações? Estamos a brincar à “economia”… Se qualquer empresa europeia pode comprar por um euro, porquê pagar cinco? Se as nossas empresas podem produzir nesses países a 1/5 do preço, porque não deslocalizar? O Estado fala em criar empresas de alta tecnologia, para quê? Neste con- texto de liberalização total, em Por- tugal, como todos sabemos, estas foram as que fecharam primeiro e as que restaram desse leque são as que hoje estão a passar grandes dificulda- des. Até a famosa empresa AIRBUS (fabricante de aviões) já construiu o primeiro avião A320 na China. Todas as grandes empresas europeias já lá estão. O que vai ser de nós? Desculpem-me, mas repito, mais uma vez, deixemo-nos de teorias, pois se a Europa não “abrir os olhos” a tempo, então qualquer dia estaremos todos de férias 365 dias por ano, e assim, será bom para Portugal, pois o “nosso”sol e as nossas praias não se vão deslo- calizar com certeza. Tirem as devidas conclusões, vejam qual é o nosso futuro, e pensem naquilo que quem tem poder a nível nacional e autárquico deve fomentar e apoiar em grande escala. Fechar um pouco as portas da Europa ou talvez taxar muitas das importa- ções geraria mais receitas, aumen- tava internamente a produção e criava mais riqueza. O resta será “conversa da treta” . Paulo Campos PUBLICIDADE PUBLICIDADE António Neves (PSD) é para já o único candidato à Junta de Freguesia de Gandra (PÁGINA 4) Compre no comércio local O comécio ganha Você também... Todos ganhamos! “Tenho até a sensação que os governantes estão à espera que desapareçam todos os pescadores” “Anda tudo ao Deus dará e quando assim é, as coisas não podem correr bem” “Será para mim uma honra um dia ser Presidente da Câmara de Esposende” (PÁGINAS 2 e 3)

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Jornal de Esposende nº616

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Manuel Monteiro, o candidato do Movimento Missão Minho em entrevista ao Jornal de Esposende fala da sua candidatura a deputado(PÁGINAS 2 e 3)

Quinzenário informativo e regionalistaDirector: Paulo Gonçalves / Sai às sextas-feiras

Gratuito / 24 Julho 2009 / N.º 616

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Competitividade Nacional“Conversa da Treta”

Portugal subiu três posições face a 2008 no ranking da competitividade ultrapassando a Espanha, pela pri-meira vez desde 2005, bem como a Itália e a Grécia.Será que foi Portugal que subiu ou nesses três países a competitividade desceu? Isto será o mais certo!O baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) por habitante e uma maior deslocalização da produção são as principais causas de debilidade do nosso país. A solução, dizem os especialistas, é aumentar ainda mais a competitividade, assim como as exportações e reduzir os custos da Administração Pública.Conseguimos subir no ranking (por-que, talvez outros tenham descido) mas, no entanto, não penso que esta situação se mantenha por muitos anos, infelizmente. Focando o problema da competitividade, todos nós empresá-rios sabemos que não é com teoria que se resolve este problema.Se pensarmos bem, na prática, nunca seremos capazes de competir com os asiáticos (China, Índia, Vietnam, Bangladesh, etc.). Os Portugueses não trabalham por uma “malga de arroz”, nem 300 dias por ano em con-dições miseráveis e de escravatura. Nas minhas viagens a alguns destes países para conhecer a realidade de empresas com as quais trabalho e que também produzem no oriente, vi crianças em plena idade da brinca-deira e da escola trabalhar em péssi-mas condições, como se de escravos se tratassem. A culpa não é somente deles, nós, europeus, somos permissivos relativa-mente a esta desumanidade. Enquanto não exigirmos que eles laborem em condições idênticas às nossas como poderemos ser mais competitivos!? Como poderemos aumentar as nos-sas exportações?Estamos a brincar à “economia”… Se qualquer empresa europeia pode comprar por um euro, porquê pagar cinco? Se as nossas empresas podem produzir nesses países a 1/5 do preço, porque não deslocalizar?O Estado fala em criar empresas de alta tecnologia, para quê? Neste con-texto de liberalização total, em Por-tugal, como todos sabemos, estas foram as que fecharam primeiro e as que restaram desse leque são as que hoje estão a passar grandes dificulda-des. Até a famosa empresa AIRBUS (fabricante de aviões) já construiu o primeiro avião A320 na China. Todas as grandes empresas europeias já lá estão. O que vai ser de nós?Desculpem-me, mas repito, mais uma vez, deixemo-nos de teorias, pois se a Europa não “abrir os olhos” a tempo, então qualquer dia estaremos todos de férias 365 dias por ano, e assim, será bom para Portugal, pois o “nosso”sol e as nossas praias não se vão deslo-calizar com certeza.Tirem as devidas conclusões, vejam qual é o nosso futuro, e pensem naquilo que quem tem poder a nível nacional e autárquico deve fomentar e apoiar em grande escala.Fechar um pouco as portas da Europa ou talvez taxar muitas das importa-ções geraria mais receitas, aumen-tava internamente a produção e criava mais riqueza.O resta será “conversa da treta”.

Paulo Campos

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António Neves (PSD) é para já o único candidato à Junta de Freguesia de Gandra

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Compre nocomérciolocalO comécio ganha Você também...Todos ganhamos!

“Tenho até a sensação que osgovernantes estão à espera que desapareçam todos os pescadores”

“Anda tudo ao Deus dará e quando assim é, as coisas não podem correr bem”

“Será para mim uma honra um dia ser Presidente da Câmara de Esposende”

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24 de Julho de 2009

JORNAL DE ESPOSENDE

24 de Julho de 2009

JORNAL DE ESPOSENDEJORNAL DE ESPOSENDE

EntrevistaManuel Monteiro

“Tenho até a sensação que osgovernantes estão à espera que desapareçam todos os pescadores”

Manuel Monteiro continua no terreno a dialogar com os cidadãos, com o objec-tivo de conhecer as reali-dades do distrito de Braga.O candidato do Movimento Missão Minho (MMM), a um lugar como deputado na Assembleia da República, já percorreu 13 dos concel-hos minhotos.Em Esposende, Manuel Monteiro apontou no blo-co de notas, algumas das carências” Pena é que quem deveria cuidar destes prob-lemas anda mais preocupa-do com interesses particu-

lares e a tentar enriquecer à pressa” A barra também preocupa o candidato do MMM, que não esconde o desejo de um dia ser presidente da Câma-ra Municipal de Esposende, e tornar a sede do concelho na “Vila Moura do Minho”.Como está a decorrer esta sua candidatura a deputado, pelo “Movimento Missão Minho”?Manuel Monteiro: Está a cor-rer muito bem. Em pouco tempo colocámos o nome MISSÃO MINHO no mapa político re-gional, e até nacional, em resul-tado de uma acção constante, e muito directa, com os eleitores do distrito de Braga. Esta acção

corresponde aliás a tudo quanto deve ser a política: menos es-pectáculo, mais diálogo com os cidadãos, mais tempo para os ouvir e poder com eles reflectir, sobre as soluções a dar, para os problemas existentes. Durante meses já percorri, e inúmeras vezes, os Concelhos do distrito. Há apenas um Concelho onde as coisas ainda estão paradas: Celo-rico de Basto. Pode surpreende-lo que o diga, mas nada como ser claro e frontal até ao evidenciar os pontos menos positivos do nosso trabalho. Nos restantes treze concelhos, do distrito, não temos parado. Porta a porta, rua a rua, vila a vila, cidade a cidade, temos marcado presença. Tenho ouvido, conversado, discutido ideias e encontrado soluções para

o muito que há a fazer, e o muito que pode ser feito, na Assembleia da República, em representação, e em nome do MINHO em geral e do distrito de Braga, em par-ticular.Tenho colocado algumas questões simples aos eleitores:1ª - Conhece os actuais 18 depu-tados, eleitos pelo distrito?2ª - Sabe o que fazem e quanto ganham?3ª - De que serve continuar a ver as eleições legislativas só como eleições para votar no governo e desvalorizar a eleição dos depu-tados?Estas perguntas têm dado que pensar a muitas pessoas. O meu objectivo é demonstrar a fraude sucessiva, das eleições legislati-vas. Se quando vamos votar ap-enas estamos a pensar no futuro primeiro - ministro, então fica mais barato nomear os deputa-dos e pagar - lhes apenas senhas de presença em duas ou três re-uniões por mês.Que democracia é esta quando os partidos escondem os candidatos a deputados e consideram que o mais importante é o governo? Seria mais sério se elegêssemos então directamente o primeiro - ministro e parássemos com a charada da eleição dos deputa-dos. A maioria aliás entra muda e sai calada, apesar do ordenado que recebe e da reforma que ganha, ao fim de doze anos. Daí que o meu objectivo seja claro: se quiserem manter tudo como está continuem a votar onde sempre votaram, se querem ter um deputado pelo MINHO, e do MINHO, então escolham os melhores candidatos a depu-tados. É tempo de acabar com esta vergonha de Braga continuar a eleger deputados que sabem tanto de Braga, como eu do Bu-rundi.

“Anda tudo ao Deus dará e quando assim é, as coisas não podem correr bem”Dos contactos já mantidos na região do Minho com as popu-lações, quais foram os grandes problemas que ficou a conhec-er?O primeiro problema é, sem dúvida, o emprego. A economia, as finanças. Essa é a questão que mais preocupa um distrito que vê, de novo, a sua juventude emi-grar para não passar fome.O segundo problema prende - se

com o escoamento dos produtos que aqui produzimos. Seja na lavoura ou na indústria das con-fecções, dos têxteis ou da cerâmi-ca.O terceiro problema prende - se com o acompanhamento das pes-soas idosas. E este é um problema que tende a agravar - se, com as dificuldades das Famílias em ter-mos financeiros. O quarto problema está directa-mente relacionado com a cres-cente burocracia, a que os em-presários sérios, trabalhadores e dinâmicos, continuam sujeitos. Têm aliás a sensação que Portu-gal é um país mais fácil para os ladrões, para os corruptos, para quem trafica influências e foge sistematicamente ao cumprimen-to da lei, do que para aqueles que são trabalhadores e cumpridores. O Estado gosta aliás de alimentar a burocracia, precisamente para que continuemos num regime de favores, de favorezinhos, de cunhas para o amigo e benefícios especiais para os familiares, se-jam irmãos, cunhados ou primos.E a somar a todos estes problemas há um outro grave: o desânimo, a desconfiança, a descrença no fu-turo.Sinto que não há uma estratégia, um rumo, um plano. Anda tudo ao Deus dará e quando assim é, as coisas não podem correr bem.No que se refere ao concelho de Esposende, também já esteve no terreno, a Barra de Espo-sende, continua a ser reivindicada pelos pescadores?A Barra é um problema recor-rente. Tenho até a sensação que os governantes estão à espera que desapareçam todos os pescado-res, para não terem o problema. O que se passa é simplesmente escandaloso. Não há sequer pa-lavras para o descrever. Às vezes penso com os meus botões que há quem queira, deliberadamente empurrar - nos a todos para ser-mos ladrões, vigaristas ou trafi-cantes de droga, porque trabalhar honradamente é mais custoso e difícil, do que roubar ou vender droga. O Estado persegue mais depressa, e pune mais rapida-mente, quem trabalha e comete uma infracção, do que aqueles que vivem à custa do alheio e desgraçam as nossas vidas.

“A verdade é que há para aí uns senhores que beneficiando da boa vontade e da hospitalidade dos pescadores

aparecem para comer umas lampreias ou umas caldeiradas”No caso das Pescas isso é notório e evidente. Se não fosse assim já há muito o problema estava resolvido. Penso aliás que de-veríamos ponderar uma acção judicial contra o Estado, por in-cumprimento. E apesar do man-dato político, não ser imperativo sob o ponto de vista jurídico, creio que devíamos fazer uma recolha dos programas e dos dis-cursos feitos ao longo dos anos, no que à Barra de Esposende diz respeito e ponderar processar os que prometeram e nada fizeram. Não me interprete mal, mas isto só com palavras já lá não vai. Ou então cortamos a estrada que liga Viana ao Porto e vai ver como já dão atenção aos problemas dos pescadores de Esposende. A verdade é que há para aí uns senhores que beneficiando da boa vontade e da hospitalidade dos pescadores aparecem para comer umas lampreias ou umas caldeiradas e depois moita-carrasco, tudo continua igual. Se esses senhores fossem para o mar, quando este está revoltado e tivessem de entrar por esta Barra, outro galo cantaria.Eu estou atento, também estou atento, como aliás um ou outro político apesar de quadrante ide-ológico diferente do meu. E por isso não se espante com o que vou dizer. Sei que pode ser sur-preendente para muitos, mas cor-responde ao que penso, no que

aos Pescadores de Esposende diz respeito: quem acredita no comu-nismo deve votar em Agostinho Lopes, quem não acredita deverá votar em Manuel Monteiro, em mim. Neste caso não há terceira solução. E os Pescadores, bem como as suas famílias sabem - no bem!Que outro tipo de problemas, constatou no concelho esposendense?Como sabe tenho uma ambição não escondida, em relação ao Concelho de Esposende. Já o disse, e repito, que será para mim uma honra um dia ser Presidente da Câmara. Tenho pois ideias que a seu tempo apresentarei para Es-posende. Mas até lá, e para não fugir à sua pergunta considero que Esposende deveria ser con-siderado, dentro de uma estra-tégia regional, concreta, como o Concelho de produção de-marcada de produtos hortícolas. Escusado será dizer como isso beneficiaria os agricultores Espo-sendenses.Por outro lado o Cávado. Em-bora o rio não abranja só Espo-sende, penso ser essencial olhar o rio numa vertente ecológica e económica, com benefícios para as pessoas do Concelho.E há ainda o Turismo. O Con-celho pode ser a “Vila Moura do Minho”. Não o duvido. E uma “Vila Moura” com uma oferta até maior. As águas são mais frias? É verdade, mas há cada vez mais europeus e até americanos para quem a temperatura da água do mar, não é a única via para o des-canso. Pena é que quem deveria cuidar destes problemas anda mais preocupado com interesses particulares e a tentar enriquecer

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à pressa.

“Um regime corrupto é um regime podre, onde o ar que respiramos está viciado”Os cartazes do MOVIMENTO MISSÃO MINHO já estão colocados em diversos locais, como surgiu a ideia de colocar o “POLVO” com diversos ten-táculos?O cartaz com o Polvo correspon-de a uma imagem que fui recol-hendo, nos inúmeros contactos feitos ao longo de todos estes me-ses. Há interesses transversais, que ultrapassam as fronteiras dos partidos, dos Concelhos e das Câmaras, que se sobrepõem a muita coisa. Engenheiros de uma Câmara liderada por um partido, que trabalham ou prestam ser-viços, em Câmaras lideradas por partidos concorrentes, assessores com vencimento baixo, mas com património alto, enfim....A Dra. Maria José Morgado se quiser tem muito para ver, para verifi-

car....E depois há um clima de medo. Há pessoas que já me avisaram para não falar, porque poderia ter consequências na minha vida. Mas sabe, se esse tiver de ser o meu destino que seja. Quando perdemos a coragem, deixamos de ser livres e quem não é ver-dadeiramente livre não é um Homem completo.A corrupção é para ser combatida ser for eleito deputado?Sem dúvida nenhuma. Um re-gime corrupto é um regime po-dre, onde o ar que respiramos está viciado. E o nosso regime está podre, desde logo porque há uns senhores que se entretêm a mudar as leis, precisamente no Parlamento, apenas para dificul-tarem a acção dos magistrados e das autoridades judiciais. Há umas semanas atrás o Juiz Ricar-do Cardoso pôs o dedo na ferida e, pasme - se, ninguém abriu a boca. E como quem cala consen-te, o Juiz tinha toda a razão, tem toda a razão.

Paulo Gonç[email protected]

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24 de Julho de 2009

JORNAL DE ESPOSENDE

24 de Julho de 2009

JORNAL DE ESPOSENDEJORNAL DE ESPOSENDE

Política“ Sempre fizemos questão de apresentar um programa eleitoral que defendesse os interesses da freguesia “

António Neves é até ao mo-mento o único candidato conhecido à Junta de Freg-uesia de Gandra, o autarca do PSD, aguarda pelas eleições autárquicas deste ano onde espera vencer.Em entrevista ao Jornal de Esposende, António Neves faz o balanço do 1º man-dato prestes a terminar, e lança desde já um repto à população local. Na junta há vários anos, que balanço faz desde que assumiu a liderança?António Neves: Relativamente ao mandato que agora termina, entendo como presidente da Junta de Freguesia, que o mesmo foi extremamente positivo para Gandra. Perante a grave crise económica que se abateu so-bre o concelho e sobre o país, cheguei a temer que não fosse possível concretizar-se os pro-jectos e as obras que ansiávamos e que projectamos no início do mandato. Felizmente, fruto do excelente espírito de coopera-ção que sempre existiu entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal, nomeadamente entre os seus presidentes, foi possível executar as obras mais impor-tantes. Como consequência deste trabalho conjunto estes projectos deixaram de ser meras intenções e passaram a ser uma realidade: alguns já foram executados, out-ros estão em execução e os res-

tantes estão neste momento em fase de concurso de empreitada. Não posso deixar de agradecer publicamente o empenho do Sr. Presidente da Câmara no projec-to de desenvolvimento da nossa freguesia, assim como dar-lhe os parabéns por tudo aquilo que conseguiu fazer, e que foi muito, ao longo deste mandato, não só em Gandra mas em todo o con-celho, apesar das grandes limita-ções financeiras.

“Não sou, nem nunca fui, daqueles que só aparecem às portas das eleições e que só se mostram dis-poníveis por es-sas alturas”Aproxima-se mais um acto eleitoral, onde será recandida-to pelo PSD, já iniciou os con-tactos com a população gandrense?Os contactos com a população de Gandra iniciaram-se no dia ime-diatamente a seguir ao dia das últimas Eleições Autárquicas. Sempre pautei a minha activi-dade autárquica por um contacto permanente com a população da minha freguesia. Não sou, nem nunca fui, daqueles que só apare-cem às portas das eleições e que só se mostram disponíveis por es-

sas alturas. Foi logo no primeiro dia deste mandato que se iniciou todo um trabalho que ao longo de 4 anos se foi desenvolvendo e realizando, sempre em contacto com a população e com a Câmara Municipal, sem a qual não teria sido possível concretizar tudo aquilo que concretizamos.Reitero que, na minha perspec-tiva, este foi um mandato ex-celente, em que interviemos praticamente em toda a fregue-sia. Apesar de poder parecer sus-peito, atrever-me-ia a dizer que este foi um dos melhores, senão o melhor, mandato autárquico a que Gandra já assistiu.Como autarca de Gandra, quais são as grandes priori-dades para a localidade, caso vença as eleições deste ano?As eleições só se vencem se o mandato anterior se caracterizar por muito trabalho, muita dedi-cação e um grande esforço em atender aos anseios da popula-ção. Na minha opinião foi isso que conseguimos fazer ao longo destes 4 anos de mandato. No próximo dia 11 de Outubro, os eleitores de Gandra terão opor-tunidade de se prenunciar sobre esta matéria, sendo seguramente um momento de avaliação do tra-balho desenvolvido. Nós fizemos tudo o que estava ao nosso al-cance e por isso estamos de con-sciência tranquila e confiantes de que vamos, mais uma vez, ter um apoio inequívoco da população.Quanto às prioridades para o próximo mandato, elas serão di-

vulgadas oportunamente no man-ifesto eleitoral que apresentare-mos à freguesia de Gandra e que está a ser elaborado em conjunto com o candidato do PSD à Câ-mara Municipal. Sempre fizemos questão de apresentar um pro-grama eleitoral que defendesse os interesses da freguesia, mas que fosse simultaneamente real-ista e objectivo. Nestas eleições não seremos diferentes.

“a lista do PSD candidata à Assembleia de Freguesia de Gandra está praticamente concluída”Já escolheu os restantes ele-mentos que o vão acompanhar na lista do PSD-Gandra? Como diz o povo, em equipa que ganha não se mexe. O rela-cionamento entre as pessoas que fizeram parte da lista de há 4 anos tem sido excelente. Mesmo as-sim não invalida que possam ser feitos alguns pequenos ajustes, até porque este ano há o condi-cionalismo da Lei da Paridade. De qualquer forma posso adian-tar que a lista do PSD candidata à Assembleia de Freguesia de Gan-dra está praticamente concluída.Durante a apresentação da sua candidatura referiu que a vota-ção do PSD, vai aumentar, está confiante numa forte adesão ás

mesas de voto?Essa é a minha convicção. Não por pretensiosismo, mas porque sei o que fizemos neste mandato e porque conheço muito bem a população da minha freguesia. A população de Gandra, nesta e noutras eleições, tem sabido ex-ercer o seu dever cívico de votar e fá-lo com grande sentido de re-sponsabilidade e com grande sa-bedoria. Veja-se o que aconteceu nas últimas eleições para o Par-lamento Europeu: foi das fregue-sias do concelho com menos per-centagem de abstenção. Por isso estamos confiantes.Trabalhamos muito ao longo destes 4 anos, não só para cum-prirmos com o que tínhamos pro-metido à população mas também para agora podermos merecer novamente a confiança da grande maioria dos gandrenses.Terminaria dizendo que a democ-racia só se valoriza com discussão politica e com diferença de opin-iões. Pela nossa parte cá estare-mos para defender-mos aquilo que achamos que é melhor para Gandra e para os gandrenses. Es-peramos que outras candidaturas que venham a surgir na eleição para a Assembleia de Freguesia de Gandra tragam exactamente o mesmo propósito e não venham somente para cumprir calendário ou para responder a um apelo dos respectivos partidos.

Paulo Gonç[email protected]

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António Neves

O concelho de Esposende há 90 anosDR. FONSECA LIMA

Acaba de ser nomeado Governa-dor civil do Distrito de Braga o Snr. Dr. João Caetano da Fonseca Lima.Sua Ex. cia foi escolhido por grandes vultos do partido Re-publicano Português. Várias vezes convidado para este presti-gioso cargo só agora aceitou.Filho dilecto deste concelho os esposendenses sentem-se muito honrados com a sua escolha. É o Chefe muito prestigioso do par-tido democrático deste concelho.

UM GRANDE PÉ DE MILHONuma propriedade do Rev.do Pa-dre Manuel de Sá Pereira nasceu um pé de milho com 14 espigas. Quem dera que todos os pés de milho tivessem tal fartura!

EX-REI D:MANUEL IIO EX-REI D. MANUEL II de Portugal solicitou ao rei Jorge de Inglaterra, a honra de assistir ao lado dele, ao cortejo das tropas aliadas, afim de ter ocasião de reconhecer e saudar oficialmente a bandeira da Republica Portu-guesa.

AS FREGUESIAS DO CON-CELHO E A POSSE DO NOVO GOVERNADOR CIV-ILAs freguesias de Marinhas, An-tas, Curvos, Vila Chã, Belinho, Forjães e Gemeses saudaram vi-vamente a posse do novo Gover-nador Civil do Distrito de Braga Dr. Fonseca Lima.

PROGRESSO DE ESPO-SENDE Esposende regista grande pro-gresso com a inauguração na Rua Direita de um estabelecimento comercial pertencente ao snr. Bernardo Gonçalves Enes.Os balcões e prateleiras obede-cem ao estilo da arte Nova tendo proprietário adquirido o edifício que remodelou totalmente.Dedica-se este moderno estab-elecimento a ferragens e miude-zas.

NOTICIAS PESSOAISDas termas de Vizela e Gerez já

regressaram os Snrs. Drs. Alex-andre Torres Presidente da Câ-mara Municipal de Esposende Ramiro Barros Lima, Valentim e António Fonseca e Antónia de Vilas Boas Neto. De visita ao Snr. Dr. Eduardo Mota, vindo de Fortaleza, Brasil, chegou o Snr. Armando Machado Coelho importante comerciante e terra natal do visitado.(De “O Novo Cavado” de 15 a 31 de Julho de 1919) Dr. Bernardino Amândio

Esta 3ª fase do desenvolvimento turístico do concelho de Espo-sende pode ser considerada como excepcional, mesmo notabilís-sima.Compreendeu a criação da So frir de que já devidamente tratei e agora vou relembrar a fundação da empresa Celanus em 1965 que poderia ser decisiva para o futuro concelhio.Por escritura publica de 29 de Março de 1966, lavrada no Cartório Notarial deste concelho a cargo do Notário Dr. Zacarias de Sá Felgueiras Machado, foi constituída a CELANUS Empre-sa de Turismo S.A.R.L.Contem esta escritura 5 capítulos e 29 artigos.Diz o ARTIGO PRIMEIRO que é constituído nos termos dos Es-tatutos uma sociedade anónima de responsabilidade limitada que adopta a denominação de “ CEL-ANUS – EMPRESA DE TUR-ISMO – SOCIEDADE ANONI-MA DE RESPONSABILIDADE LIMITADA e durará por termo ilimitado a partir da data da es-critura.Neste Capitulo Primeiro são im-

portantes os três restantes artigos ao determinar que a sede social é em Esposende, o objectivo é a industria de turismo em geral e que poderá a sociedade, se tal for deliberado, dedicar-se a outros ramos de actividade comercial e industrial.Diz-se no Artigo quarto em que o capital social é de cinco milhões de escudos dividido em cinco mil acções de valor facial de mil es-cudos.Todos os restantes artigos evi-denciam o marcado interesse em que esta sociedade pudesse contribuir para uma verdadeira revolução no turismo concelhio e nacional.Passou a constituir seu muito rico património a aquisição de cerca de um milhão e quinhen-tos mil metros quadrados de ter-renos, situados entre a ponte de Fão e a Foz do Neiva e limitados a poente pelo Domínio Publico Marítimo e a nascente por grande diversidade de proprietários agrí-colas, então definidos.Foram estes terrenos adquiridos por 2 escrituras públicas que ti-veram a devida publicidade na

imprensa e Diário da Republica. Igualmente no mesmo Diário se publica a linha estabelecida por uma Comissão oficialmente escolhida, do citado Domínio Marítimo. Todos estes documen-tos se encontram devidamente acautelados.Geram-se de imediato os pro-jectos de realização de grandes investimentos, nomeadamente a construção de um Hotel para tratamentos de talassoterapia, que foram concretizadas por dois conhecidos professores de Arqui-tectura: Pádua Ramos e Carlos

Loureiro que a expensas da Cela-nus se deslocaram ao noroeste de França para estudo do que mais avançado existia no domínio da talassoterapia.Os projectos criados são de grande beleza e encontram-se fe-lizmente bem guardados para que um dia se faça historia quanto aos factos da sua não concretiza-ção. O mesmo veio a acontecer com os diversos projectos de construção de vias e residências unifamiliares ao longo deste lon-gos quilómetros de praias entre a ponte de Fão e a foz do Neiva. Relembramos o projecto da Ma-rina entre Esposende e Fão da autoria do Arquitecto Márcio de Freitas.Foi muito caro o preço pago pelo acto gravíssimo então praticado, que penalizou o muito que pre-tendia fazer a Sofir e a Celanus.Foi um acto criminoso da mais sórdida da então nascente cor-rupção.Se já indiquei os nomes que pro-moveram grandes investimen-tos na Sofir é da mais elementar justiça e gratidão que lembre quem promoveu não só a criação

da Celanus mas ainda de outras obras vitais para o desenvolvim-ento turístico de Esposende: O Prof. João Mota Pereira Campos. Recordemos essa obra excep-cional para o interesse turístico de Esposende que é a Estalagem Zende ou o edifício industrial em Palmeira que atraiu uma in-dústria de boa dimensão que foi a Carfer. E relembremos os nú-cleos de residências de veraneio conhecidos pelo “Pinheirinho” ou a norte da Escola Secundária e muitas outras residências em Suave Mar.Quando vinha ao de cima alguns laivos de justiça e gratidão dizia então a imprensa local: - Feliz-mente e mercê de uma devoção ímpar na historia desta terra de um carrinho de dedicação absor-vente desse Grande Cidadão que é o Dr. Mota Campos, estamos a assistir a uma verdadeira rev-olução de progresso”.Onde paira a gratidão dos espo-sendenses a substituir a ingra-tidão das autarquias que por cá deambulam, ignorantes do pas-sado recente?

Das minhas memórias Opinião

Dr. Bernardino Amândio

Mensagem de um esposendense no BrasilO advogado esposendense Fernando Rites, actualmente a exercer funções em São Luís do Maranhão (Brasil), através do seu blogue não esconde a satisfação de ver de volta o Jornal de Esposende, onde passamos a citar:“ Tomei conhecimento, hoje, do ressurgimento do “nosso” queridoquinzenário, Jornal de Esposende. Fiquei super feliz em saber que ovelho quinzenário está de volta e com força total. Quero parabenizar oseu Director, Paulo Gonçalves e o proprietário, Paulo Sérgio Campospela corajosa e ousada iniciativa.Gostaria muito de receber material de futuras edições”São estes pequenos gestos que marcam a diferença, para que este jornal seja cada vez maior e melhorAo Fernando Rites o nosso muito obrigado.Com os melhores cumprimentos.A Administração do Jornal de Esposende

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Dr. João Mota Pereira de Campos

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24 de Julho de 2009

JORNAL DE ESPOSENDE

24 de Julho de 2009

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Assistimos recentemente, tal como é habitual nesta época do ano, à abertura do concurso na-cional para ingresso no ensino superior. São milhares os can-didatos que tentam a sorte para ter colocação no ensino superior. Uns vão atrás de um sonho, out-ros vão, por arrasto, atrás do tí-tulo de doutor(a).

Houve tempos em que apenas concorriam ao ensino superior os filhos de famílias com elevada capacidade financeira. Mas, as coisas mudaram. Houve tempos em que a posse de um “canudo” era garantia de um bom emprego, no final do curso, e bom salário. Mas, as coisas mudaram.

As tendências da economia e do mercado, em constante mutação e a influência das ordens profis-sionais na regulamentação de al-gumas actividades, não permitem saber com exactidão quais as saí-das profissionais de alguns cursos à data da sua conclusão. É certo que o mercado está saturado, em algumas áreas profissionais. Mas,

também é verdade que, indepen-dentemente das saídas profis-sionais dos cursos, o mercado tem lugar para profissionais mo-tivados e empenhados.

A decisão de prosseguir os es-tudos ao nível do ensino supe-rior deve ser ponderada, já que o investimento numa licencia-tura é avultado. E, o retorno de tal investimento, ao contrário do que uns pensam e outros dese-jam, não é imediato. Mas, é, sem dúvida, um dos melhores investi-mentos que se pode fazer ao nível da educação e desenvolvimento pessoal de cada um de nós.

No entanto, para se tirar o mel-hor proveito de uma licenciatura é importante, na hora da candi-datura ao ensino superior, saber escolher o curso. Cursar me-dicina porque a mãe quer que o filho seja médico ou engenharia porque o pai quer que seja engen-heiro, não é, por certo, a melhor opção. O mesmo se aplica à es-colha de um curso sustentada na ideia que “dá muito dinheiro”.

Na hora de escolher é preciso ter em mente que a área selec-cionada é aquela em que se vai trabalhar toda uma vida ou, pelo menos, parte dela. Logo, a mel-hor opção será fazer aquilo que se gosta. Se assim não for, o li-cenciado arrisca-se a condenar o seu futuro profissional, exercen-do uma profissão para a qual não se sente motivado, postura esta visível no desempenho de muitos licenciados, que fica aquém do desejado.

Um “canudo” não faz uma car-reira profissional. O ser humano é muito mais do que aquilo que faz profissionalmente. Ninguém sai da universidade médico ou engenheiro por ter um “canudo”. Mas, traz na bagagem um con-junto de conhecimentos e com-petências que permitem enfren-tar o mercado de trabalho, numa área específica, de uma forma mais segura e com possibilidades de sucesso.

Ser licenciado, muito mais do que um título de doutor(a) é sa-

ber dar o exemplo de educação, cidadania e competência no desempenho de funções, trab-alhando com brio, motivação e seriedade. Só gostando daquilo que se faz é que podemos ter um desempenho de alto “gabarito”, influenciando, positivamente, aqueles com quem trabalhamos e, consequentemente, o mercado de trabalho.

A passagem pela universidade é enriquecedora para o ser huma-no. Mais do que adquirir conhe-cimentos para o exercício técnico de uma profissão, adquirem-se conhecimentos para a vida: o contacto com pessoas de várias localidades, com hábitos cult-urais diferentes que têm de ser respeitados e até ultrapassados para a sadia convivência em so-ciedade; as amizades que se cri-am; a definição de objectivos de vida fruto da interacção social; o desenvolvimento do pensamento analítico e a capacidade de tomar decisões através do confronto entre pontos de vista diferentes; a maturidade que se atinge ao

sair da zona de conforto da casa dos pais. Também, é óbvio, que a posse de um “canudo” joga a fa-vor do seu titular na hora de uma promoção e na ascensão a um cargo superior, permitindo gan-hos salariais mais elevados, após alguns anos de experiência.

O valor atribuído a uma licen-ciatura varia de pessoa para pes-soa, em função das suas moti-vações pessoais e profissionais. Convém que a sociedade e a economia saibam aproveitar as potencialidades, conhecimentos e competências dos licenciados, abrindo-lhes a porta do mercado de trabalho para que eles se tor-nem “experts” nas áreas que es-colheram, contribuindo, assim, para o desenvolvimento do país.

A todos os profissionais, licen-ciados ou não, gostem do que fa-zem e tenham muito sucesso pro-fissional e pessoal. Boa semana.

O que vale um “canudo”?Dra. Carla Gomes – Economista

(Código do Trabalho, artigos. 157°a 160°)O Novo Código do Trabalho con-sagra a figura jurídica do Trabal-ho Intermitente,aplicável nas empresas que exer-çam actividade sem carácter de continuidade oucom intensidade variável.As empresas cuja actividade tenha estas características têm a possibilidade decontratar trabalhadores para o ex-ercício intermitente da prestação de trabalho, isto é,de tal forma que a prestação de trabalho seja intercalada por um ou maisperíodos de inactividade.O contrato de trabalho intermi-tente não pode ser celebrado a termo resolutivo ou emregime de trabalho temporário.Forma do contratoO respectivo contrato terá de ser reduzido a escrito, devendo con-ter:- identificação, assinaturas e do-micílio ou sede das partes;- indicação do número anual de horas de trabalho, ou do número anual de dias detrabalho a tempo completo.Quando não tenha sido respeita-da a forma escrita, ou na falta de menção do númeroanual de horas de trabalho, ou do

número anual de dias de trabalho a tempo completo,estamos perante um contrato cel-ebrado sem período de inactivi-dade, ou seja, umcontrato celebrado por tempo indeterminado sujeito às regras gerais.Período de prestação de trabalhoAs partes estipulam a duração da prestação de trabalho, de modo consecutivo ouinterpolado, bem como o início e termo de cada período de tra-balho, ou aantecedência com que o em-pregador deve informar o trabal-hador do início daqueleperíodo, que não deve ser inferior a 20 dias.A prestação de trabalho não pode ser inferior a 6 meses a tempo completo, por ano,dos quais pelo menos 4 meses devem ser consecutivos.2O contrato considera-se celeb-rado pelo número anual de horas resultante do limiteatrás referido, caso o número anual de horas de trabalho ou o número anual de diasde trabalho a tempo completo seja inferior a esse limite.Direitos do trabalhadorQuanto aos direitos do trabal-hador, refira-se que, durante o

período de inactividade, otrabalhador tem direito a uma compensação retributiva em val-or estabelecido eminstrumento de regulamentação colectiva de trabalho ou, na sua falta, de 20 % daretribuição base, a pagar pela entidade empregadora com uma periodicidade igual àda retribuição.Os subsídios de férias e de Natal são calculados com base na mé-dia dos valores deretribuições e compensações re-tributivas recebidas nos últimos 12 meses, ou noperíodo de duração do contrato se esta for inferior.Durante o período de inactivi-dade, o trabalhador pode prestar serviço para outraentidade empregadoraÀ semelhança do que se verifica nos casos de suspensão do con-trato de trabalho, osperíodos de inactividade dos contratos de trabalho intermi-tente não excluem osdireitos, deveres e garantias das partes que não pressuponham a efectiva prestaçãode trabalho.Isenção do Horário de Trabalho(Código do Trabalho, artigos.

218°e 219°)Condições objectivas da isenção:Podem ser isentos de horário de trabalho, mediante requerimento das entidadesempregadoras, os trabalhadores que se encontrem nas seguintes situações:Exercício de cargos de direcção, de confiança ou de fiscalização;Execução de trabalhos pre-paratórios ou complementares que pela sua natureza sópossam ser efectuados fora dos limites dos horários normais de trabalho;Exercício regular da actividade fora do estabelecimento, sem controlo imediato dahierarquia.Os requerimentos de isenção de horário de trabalho, serão acom-panhados dadeclaração de concordância dos trabalhadores, bem como dos documentos que sejam3necessários para comprovar os factos alegados.Os instrumentos de regulamenta-ção colectiva de trabalho fixarão as retribuiçõesmínimas a que, no caso de serem isentos, terão direito os trabalha-dores por elesabrangidos.Na falta de disposições incluídas

nos instrumentos de regulamenta-ção colectiva detrabalho, os trabalhadores isentos de horário de trabalho têm direito a uma retribuiçãoespecial, que não será inferior a re-muneração correspondente a uma hora de trabalhoextraordinária por dia.Podem renunciar à retribuição os trabalhadores que exerçam funções de direcção naempresa.EfeitosOs trabalhadores isentos de horário de trabalho não estão sujeitos aos limitesmáximos dos períodos normais de trabalho, mas a isenção não preju-dica o direito aosdias de descanso semanais, aos feriados obrigatórios e aos dias e meios dias dedescanso concedidos pelos instru-mentos de regulamentação colec-tiva por despachodo Ministério das Corporações e Previdência Social ou pelos con-tratos individuais detrabalho.

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Observatório JurídicoTrabalho Intermitente

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Dra. Diana Vale

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Bonita idade, o Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia está a comemorar o 75ºaniversário.A instituição ao longo dos anos logrou prestigio, que o diga Laurentina Torres, a directora-coordenadora, que seguindo as pisadas do seu pai o fundador do grupo, continua a dedi-car muito do seu tempo aos”Sargaceiros”.

Apúlia a “terra e o mar”, com enormes ondas de cul-tura, porque ser apuliense é sentir uma brisa suave e manter de pé a tradição. Este mês de Julho fica marcado pelos 75º anos do Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia, como directora o que destaca de tantos anos liga-dos à cultura de um povo?Laurentina Torres: Na verdade 75 anos é já uma longa vida, e essa é a vida do Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia.É quase, também, a minha que, como coordenadora e directora, destaco com muito orgulho a ad-miração e o respeito de quantos, por todo o País e pelo Estrangeiro, compreendem e apreciam esta manifestação de cultura de um povo, e incentivam componentes e dirigentes a prosseguirem com os objectivos que definiram de preservar e promover a tradição da apanha do sargaço, única no mundo com as características de que aqui se reveste.O programa festivo iniciou-se no dia 20 e vai continuar até ao próximo fim de semana (25 e 26), a” Mareada” marcada para amanhã, é um espectá-culo que promete atrair muita

gente?Esperamos que aqueles que ti-verem a oportunidade de assistir à encenação que faremos da “Mareada”, no mar, e até em sítio onde tantas e tantas vezes os ag-ricultores de Apúlia a viveram de facto, quantas vezes dia e noite, para arrebatarem ao mar o sarga-ço com que fertilizavam as suas terras, esperamos, repito, que consigam, então, compreender a verdadeira razão e o enorme significado da existência cada vez mais forte e estruturada deste Grupo Folclórico que, com estas características, podemos afirmá-lo sem receio de desmentido, é único no País e no Mundo.Destaque também para os 25 anos do grupo infantil, a ju-ventude continua a aderir em força?Quando a juventude interioriza em si um sentimento de orgulho pelo passado da sua terra, pelas suas tradições e costumes que vêm de tempos ancestrais, está no caminho certo e podemos ter a certeza que, esses jovens sim, serão as mulheres e os homens de amanhã, predisposto a dar con-tinuidade a algo que distingue e faz a história de Apúlia.Em relação ao Grupo Infantil, fundado há precisamente vinte e cinco anos, ele apresenta-se cada vez mais pujante e motivado, e isto, em grande parte, graças aos pais e avós das crianças que o integram. São eles os grandes impulsionadores dos pequeninos, e é por mérito deles que o Grupo Infantil se vem afirmando cada vez mais para deleite de quem os vê.

“Assumem estoicamente a sua condição de verdadeiros embaixadores da cultura tradicional da sua terra”Os “Sargaceiros” continuam a ser solicitados para diversas actuações, em Portugal e no estrangeiro, onde vão actuar a curto prazo?Na verdade o Grupo dos Sar-gaceiros da Casa do Povo de Apúlia é muito solicitado, por

Cultura

todo o País e pelo Estrangeiro, o que nos obriga, muitas vezes, a despendermos grandes esfor-ços para podermos dar satisfação a parte dos convites recebidos. Contudo há que ter em atenção as características muito específicas dos sargaceiros, sobretudo por se apresentarem descalços seja em que circunstância for, faça sol ou faça chuva, haja frio ou calor. Ponderados aqueles facto-res, cada convite é ou não aceite. Mas, pese embora os sacrifícios que por vezes são necessário fazer, o mais gratificante é ver que todos aqueles que integram o Grupo assumem estoicamente a sua condição de verdadeiros em-baixadores da cultura tradicional da sua terra.Em altura de festa, quais são os grandes objectivos traçados para a instituição?Todos, componentes e dirigentes, têm consciência do trabalho de divulgação e promoção da nossa cultura tradicional, que foi as-sumido há já muito tempo e cujos frutos estão bem em evidência – a confirmá-lo veja-se a craveira em que se encontra o Grupo no âmbito do folclore português e manter toda a dignidade daquilo que representa é um objectivo constante. No aspecto material, vamos esperar que, muito em breve, se tornem em realidade as obras desejadas da Casa do Povo que irão, finalmente, criar condições condignas de instala-ção e sede do Grupo, que bem o merece pela dedicação e altruís-mo de todos os intervenientes.

Paulo Gonç[email protected]

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(Restante programa do aniversário dos Sargaceiros)

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O Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia, vai formalizar uma candidatura à UNESCO para que a apanha local do sargaço obtenha o esta-tuto de património oral e imaterial da humanidade, revelou a directora-coor-denadora, Laurentina Torres durante a cerimónia de abertura das comemora-ções do 75 aniversário.

Inscrições

ABERTAS

Rua Narciso Ferreira nº92A | 4740 - 281 EsposendeTlm. 918 730 473 | 967 191 118 | 936 203 632

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Desporto“Todos a andar-EDP Gás “Venha marchar por uma boa causa

Esposende vai acolher no dia 2 de Agosto, a marcha “Todos a andar-EDP Gás “ na qual são es-perados cerca de sete mil e quin-hentos participantes.A partida será dada na avenida marginal às dez e meia da manhã, a que se segue uma marcha de 5 quilómetros.Aurora Cunha é uma das pre-senças já confirmadas, à qual se devem juntar outros atletas de nomeada e figuras públicas na-cionais.Cada participante vai pagar 1 euro, recebendo em troca um kit (diverso material) fornecido

pela runporto.com (organização), enquanto a verba apurada das in-scrições reverte para a Liga Por-tuguesa Contra o Cancro (Colo do Útero).Aurora Cunha, José Syder (di-rector EDP-Gás) e Jorge Teix-eira (runporto.com) estiveram recentemente em Esposende, para ver “in loco” o local onde irá decorrer esta marcha solidária, e todos foram unânimes em apon-tar a cidade como uma” beleza natural” pelo que estão reunidas todas as condições para uma excelente jornada “desportiva-solidária”.

Por seu lado nos dias 31 deste mês e 1 de Agosto, junto ao parque radical, estarão disponíveis di-versos insufláveis para as crian-ças e um local de atendimento aos participantes. As inscrições para a marcha “To-dos a andar EDP-Gás” podem ser feitas ainda através do site run-porto.com.

Paulo Gonç[email protected]

Futebol CF Fão prepara época 2009-2010

A direcção do CF Fão, gorado que foi o protoco-lo com o SC Braga, de-cidiu apostar em Jó Faria, técnico que

já estava ao serviço da Academia de Futebol “Os Galácticos”.Consigo Jó Faria vai ter o seu adjunto, das últimas épocas, no-meadamente no FC Marinhas e colega nas escolinhas, Prof. Rui Vasquinho.Como adjunto, foi eleito Pedro Simões, mais um fangueiro ex-atleta do CF Fão e Pinho vai ser

treinador dos guarda-redes.David Sousa vai continuar a ser o Director Desportivo e Diogo Cardoso o Fisioterapeuta, será o coordenador do Departamento Médico, enquanto Américo Mon-teiro é o responsável pelo Depar-tamento Juvenil, que este ano terá Iniciados e Juvenis.Pinho foi o único sobrevivente do plantel anterior.Jogadores já assegurados para 2009/2010:Pinho (guarda-redes)Ruben (central) – ex- At. Valde-vezZito (central) – ex- Maria da FonteFial (lateral esquerdo/médio)

Jerónimo (médio) – ex- GD Ri-beirãoTiago Bertolucci (médio) – ex- Senhora da HoraLeonardo (médio) – ex-GD ApúliaLuís Pedro (avançado) – ex- FC MarinhasRuca (avançado) – ex.-SC BragaMagno (avançado) – ex- InfestaMais jogadores estão já em nego-ciações e deverão ser apresenta-dos já no dia 27 deste mês , dia marcado para a apresentação do plantel e início dos treinos.

José Belo

Mário Souto continua no FC Marinhas e Didi será o treinador do Apúlia

Rolando no asfalto, os motards do Moto Clube de Esposende, promoveram o terceiro evento anual designado” por Lés a Lés a Esposende”.Ao longo do passeio, os 16 participantes foram somando quilómetros com passagens por: S. Bartolomeu do Mar, Senhora da Guia (Belinho), Azenhas (S.

Paio de Antas), Forjães, Moin-hos da Abelheira, Castro de S. Lourenço, Barca do Lago e Fão (Ofir).O próximo passeio está marcado para o dia 2 de Agosto, até lá boas curvas.

Moto Clube de Esposende

A maioria dos clubes do con-celho apostaram numa política de continuidade, quer a nível de direcções, quer a nível técnico.Assim, CF Fão e FC Marinhas vão manter os seus líderes João André Seara (5.º mandato) e Al-berto Sá Ribeiro. A AD Esposende, elegeu José Magalhães para continuar á fr-ente doa destinos do clube, desta vez como presidente de direcção, terminando o ciclo das comissões administrativas. Também Arlindo Tomás, conti-nua à frente do Forjães SC e no GD Apúlia Manuel Oliveira que

já fazia parte da direcção lidera-da por Filipe Queiroga, sucede-o como presidente.O Vila Chã que está a relvar o seu estádio trocou o inconfor-mado Avelino Duarte por Ismael Pires, o Gandra FC, elegeu João Barros depois do mandato de José Marinho e Fonte Boa, que escolheu Cândido Escrivães para substituir o irmão Carlos. Por seu lado o Antas FC manteve a liderança de Fernando Santos e o Estrelas de Faro Hélder Faria. O Centro Social de Belinho em breve escolherá quem dirigirá a equipa de futebol.

Clubes do Concelho apostam na continuidade

Diogo Figueiredo e João Araújo no pódio do Nacional de Cross CountyDecorreu no passado domingo 19 de Julho o campeonato nacional desta modalidade, em que se de-stacaram os atletas da JUM/Sani-póvoa, Diogo Figueiredo e João Araújo, que conseguiram o 3.º lugar nas categorias de Cadetes e Veteranos B, respectivamente.Paulo Cepa, Mário Barroso e João Araújo comandam RegionalDepois de uma boa prestação em mais uma prova da Taça de Portugal de Cross County, ao conseguir o 2.º lugar em Moreira de Cónego, onde o seu colega da ADE Diogo Escrivães venceu em a categoria de Juvenis, Paulo Cepa venceu o 3.º BTT do Mar-garide Team, em Sta. Quitéria, Felgueiras, na sua categoria de Cadetes.Registe-se que Paulo Cepa, tem uma vantagem enorme sobre o 2º classificado, depois de ter venci-do todas as 5 provas do Regional do Minho.Também João Araújo ((JUM), não dá grandes “chances” aos seus mais directos opositores nos

BTT

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Teresa Portela em bom plano no Campeonato da EuropaA canoísta do Recreativo de Gemeses, conquistou a medalha de bronze no decorrer do Campe-onato da Europa de Sub-23, dis-putado em Poznan (Polónia).Teresa Portela foi terceira classi-ficada na competição de Kapa 1 (500 metros).

José Belo

José Syder (director EDP-Gás)“A EDP-Gás continua apostar no desporto, e por ano cerca de 100 mil pessoas, participam em caminhadas, corridas e até nas bicicletas.O que pretendemos, é descentralizar este tipo de eventos, já estivemos na Póvoa de Varzim e em Guimarães, e vamos fazer agora em Esposende, tudo devido ao critério da chegada do gás natural a este concelho.Grande parte da cidade já tem gás natural, a que se seguirá uma intervenção no eixo Apúlia-Fão.Deixo também um repto, se a marcha em Esposende atingir os 7500 participantes, eu deixo de fumar, é uma promessa pública perante o vosso jornal ”

Jorge Teixeira (runporto.com)“Esposende é dos sítios mais bonitos do nosso Portugal, e por isso este evento vai decorrer nesta localidade, após o desafio lançado pela EDP-Gás.As caminhadas estão na moda, como também fazem parte da vida das pessoas, são um estilo de “pastilha” diária que as pessoas deviam tomar.Nesta marcha vamos entregar a cada participante um kit, no qual estão: 1 mochila, t-shirt, boné e um brinde”

Aurora Cunha (atleta)“ Espero que compareça muita gente nesta iniciativa, é um projecto interessante, e será uma manhã diferente para a bonita cidade de Esposende.É preciso incentivar as pessoas para a solidariedade, estamos aqui todos, para con-tribuir com 1 euro para a Liga Portuguesa Contra o Cancro.Estou convencida que Esposende é uma mais valia, basta olhar para esta avenida marginal que é fantástica”

Um acampamento em Belinho, assinalou o encerrar da tempora-da 2008-2009, para os atletas da escola da Associação Desportiva de Esposende, a juntar ao con-vívio, decorreram diversas ini-ciativas idas à praia, “caça ao te-souro”, jogos de futebol e muitas brincadeiras, onde foi possível um conhecimento mais profundo de cada criança.

Também os pais tiveram excelen-tes momentos de diversão e con-vívio, onde não faltou a comida e acima de tudo a “boa” bebida, própria destas ocasiões.

Dentro das iniciativas a “ADE nas tuas férias” fica também mar-cada pelo sucesso, atendendo ao elevado número de participantes, mais de 200 crianças do concelho passaram pelo estádio municipal

Padre Sá Pereira, tendo partici-pado em divertidas sessões de abordagem ao futebol.

Ainda a respeito da formação do futebolista Orlando Sá, actu-almente no FC Porto, e que pas-sou pela ADE, tendo merecido destaque na última edição deste jornal.Mais dois treinadores estiveram ligados à sua passagem por Es-posende, Eduardo Loureiro e Rui Vasquinho e que por lapso não foram mencionados na referida peça publicada no passado dia 10 no Jornal de Esposende.

Paulo Gonç[email protected]

Escola de Futebol ADE

O FC Marinhas, já tinha anun-ciado a con-tinuidade do ex-atleta Mário Souto, que deve manter grande parte do

esqueleto da época passada, tal como o Forjães em relação a Fer-nando Pires, mas este a ter de re-estruturar mais o seu plantel.A AD Esposende também se decidiu pela continuidade ao manter o poveiro António Car-los, que tal como Mário e Pires assumiram o comando técnico já no decurso da época passada. A ADE manteve 11 jogadores do plantel anterior e já fez algumas contratações, sobressaindo o nome de Postiga (ex-Fão).Para o GD Apúlia foi Edgar Silva (Didi), ex-director do Fão, onde foi também treinador dos Ini-ciados e que tem praticamente a

equipa montada para 2009/2010.A UD Vila Chã, também man-teve a aposta em Zé Miguel, que tem desen-volvido um belo trabalho, sendo

certas as renovações com grande parte dos jogadores da época pas-sada.Na 2.ª Divisão Distrital o Gandra

vai apostar em Augusto Ra-mos, que esteve em destaque à frente dos ju-niores da ADE a época pas-sada, depois de

ter já treinado o Estrelas de Faro e o Fão.

José Belo

Veteranos B, depois de mais uma vitória em Felgueiras e o ciclista de Fão leva também uma vanta-gem considerável, prevendo-se assim a conquista do seu “Tri”.Outro vencedor, embora termi-nasse em 2.º, foi Mário Barroso também da JUM/Sanipóvoa, que ultrapassou o ciclista da ADE Diogo Escrivães (que não terá participado nesta prova), “rou-bando-lhe” assim a liderança do Campeonato, embora com parca vantagem. 2.º BTT de CurvosOrganizado pela Junta de Fregue-sia de Curvos, o 2.º BTT daquela freguesia, terá lugar no próximo dia 2 de Agosto, cobrindo uma distância de 30km e com alici-antes prémios para os melhores classificados.Para além de distribuir medalhas a todos os participantes, haverá ainda troféus e prémios mon-etários, destacando-se os 150 eu-ros para o vencedor e 100 euros para o melhor atleta do concelho.As inscrições poderão ser feita para o site da Junta www.jf-cur-vos.pt

Futebol: Marítimo estagia em Fão A equipa de futebol da Liga Sagres e treinada pelo bracarense Carlos Carvalhal, “aterrou” em Fão no passado domingo onde vai estagiando durante 2 sema-nas e logo nesse dia defrontou o Merelinense, a quem venceu por 1-0. A equipa madeirense, forte

candidata aos lugares eu-ropeus, está alojada no Hotel de Ofir Áxis e treina diariamente no Centro Despor t ivo do CF Fão.

2.º Torneio Internacional de Patinagem de Velocidade

A avenida marginal de Espo-sende acolheu o 2º Torneio Internacional de Patinagem de Velocidade, uma organiza-ção conjunta da autarquia de Esposende e da Associação de Patinagem do Minho.Alguns dos melhores atletas da modalidade marcaram presença na pista esposendense e onde se destacaram, Rafaela Sousa e Di-ogo Marreiros, do Roller Lagos Clube de Patinagem, medalha de prata e medalha de ouro, respec-tivamente, no Europeu de 2008 (Dinamarca).Nesta edição do Torneio Interna-cional de Patinagem de Veloci-dade- Esposende 2009, partici-param duas centenas de atletas, oriundos do Algarve, Beja, Aveiro, Açores e da Corunha (Espanha).Embora Esposende não tenha “tradição” nesta vertente da pa-tinagem, o Hóquei Clube de Fão está a estudar a possibilidade de a curto prazo vir a formar uma secção de patinagem de veloci-dade.

Paulo Gonç[email protected]

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Actualidade

Onda rosa no apoio a João Nunes Casa cheia no dia da apresentação da candidatura de João Nunes à câmara municipal de Esposende, cerca de 700 pessoas foram ou-vir as ideias do homem que quer destronar o social-democrata

João Cepa do poder local.No mega jantar socialista, João Nunes esteve rodeado de vários dirigentes socialistas, entre os quais: António José Seguro, Joa-quim Barreto, presidente da dis-trital, a que se juntaram ainda os deputados Ricardo Gonçalves, Jorge Fão, Manuel Mota e Nuno Sá, Fernando Moniz, governador

PS prepara autárquicasJunta de Fão

civil de Braga e Vassalo Abreu, autarca de Ponte da Barca. Só após as férias, João Nunes irá dar a conhecer os restantes ele-mentos que vão fazer parte da lista do PS à autarquia esposendense, no entanto está já confirmado que Tito Evangelista será o manda-tário da campanha socialista.

O cabeça de lista do CDS-PP pelo distrito de Braga, visitou o concelho de Esposende no pas-sado fim de semana.Telmo Correia, acompanhado por elementos da concelhia do CDS-PP Esposende e de Altino Bessa (distrital de Braga), foi conhecer de perto as realidades da Santa Casa da Misericórdia de Fão, seguindo depois para a cidade de Esposende. A visita inseriu-se no âmbito da pré-campanha eleitoral pelo distrito de Braga efectuada pelo cabeça de lista do CDS-PP às próximas eleições legislativas.

Várias iniciativas assinalaram mais um aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Espo-sende.O Enfermeiro esposendense Au-gusto Vilarinho, já falecido, foi homenageado, após uma vida em que foi um “profissional exem-plar” e grande amigo de toda a “comunidade” esposendense.Durante o fim de semana foi tam-bém inaugurada, a ampliação da creche e do jardim de infância Santa Isabel.

Misericórdia de Esposende assinala 430 anos

Telmo Correia visitou concelho

Festas da Cidade 2009Esposende

O independente Luís Peixoto apresentou oficialmente a sua candidatura à junta da fregue-sia de Fão, o cabeça de lista do PS aproveitou o momento para lançar algumas criticas ao actual executivo do PSD “onde estão os cinco milhões de euros que iam ser investidos na freguesia, foram só promessas e já pas-saram quatro anos”referiu Luís Peixoto perante os militantes e simpatizantes do partido da rosa.O líder da concelhia João Nunes, o deputado municipal Tiago Saleiro e José Felgueiras presi-dente da junta de Esposende, foram presenças notadas durante a apresentação.Preparado para as autárquicas

Luís Peixoto, o candidato dos so-cialistas, apresentou um conjunto de ideias para Fão caso venha a vencer as eleições, entre as quais um posto de turismo, parque de auto caravanas e melhoramentos na estradada nacional 13, para que esta seja uma “verdadeira al-ternativa” para os fangueiros.Armando Solinho, Manuel Faria do Vale e João Barcelista são alguns dos elementos que vão acompanhar a lista de Luís Peix-oto, que diz estar preparada para disputar“taco a taco as eleições deste ano”

Paulo Gonç[email protected]

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Não é de ontem (Nov.º de 1987) … É de hoje!!!O trânsito automóvel continua caótico e desordenado, com frequentes manobras perigosas de assustar a gente que circula afadigado pelos seus afazeres. Mais: os estacionamentos con-tinuam a ser um tremendo emba-raço, porque os espaços não so-bram para ninguém. E, como se dizia há mais de 20 anos, : “Todos os dias, “artistas” de condução de motos e automobilistas – em especial – circulam pelas prin-cipais ruas e avenidas da cidade com tanto descuido, mas veloz-mente que, parece, nem se res-peita quem utiliza as passadeiras . A peonagem tem direitos que tais “artistas” desconhecem por comodidade, isto é, abrandar que seja, para proteger quem passa, evita muitos acidentes. Em qualquer Vila ou Cidade se é assim o procedimento, estamos “tramados”, mas as viaturas da actividade policial, pelo menos, avisam os transeuntes de “quem vem lá… quero passar!?

Ao entrar em Esposende um dia destes dei de caras com um car-taz que diz – “ ESPOSENDE UM PRIVILÉGIO DA NA-TUREZA”. E assim é de facto. Penso ter sido muito feliz a pes-soa que escolheu esta pequena frase para de uma forma simples, traduzir aquilo que Esposende Cidade e Esposende Concelho, efectivamente são.” Um privilé-gio da Natureza”. Para quem como eu é um apre-ciador e praticante de actividade física regular e de preferência em contacto com a natureza, esta zona onde residimos tem de facto locais soberbos, muitos deles ai-nda por explorar, e que aposto 90% de mesmo os aqui residen-tes no Concelho, não terem a noção da sua existência. O B.T.T., a corrida contínua e as caminhadas estão na moda. Mas desta vês uma moda muito justificada. Passo a dar uma ex-plicação não demasiada cientí-fica, mas acima de tudo com uma linguagem fácil de entender. Sim porque se quisermos o Mundo é para todos! Basta tornar o que muitos adoram tornar complexo,

em simples. É que nós Portugue-ses, somos um Povo com carac-terísticas muito especiais! O “ Bacoco” abre a boca quando vê um Dr. usar palavras “caras”, mas que espremidas pouco significa-do têm, mas juntas até parecem impressionar! Por isso vingam neste País algumas pessoas, que por aqui já coloquei o nome, mas que de facto nada acrescentam, muito pelo contrário enriquecem à custa da “ Bacoquice”. Então aqui vai a explicação – os esforços de longa duração são óptimos para queimar gorduras. A obesidade é já de facto um problema de saúde pública. Até aos 20 minutos de actividade física (toda aquela que faz o nosso coração acelerar e colocar os batimentos cardíacos entre as 120 – 140 pulsações por minuto em média) o nosso corpo queima energia que existe nos múscu-los e fígado. Só a partir dos 20 minutos, e quando vamos a 50% da nossa capacidade máxima o nosso corpo passa a utilizar as gorduras como fonte energética para a realização do esforço. Por isso para quem quer perder

gorduras, os esforços de longa duração (caminhadas acima de 1h e sem paragens só assim são válidas) são extremamente úteis. Mas atenção, se tiver bebido uns copos ou depois de comida uma feijoada, a caminhada só vai ajudar a queimar o que comeu há pouco, não vai de certeza ao “armazém” buscar as gorduras para queimar. Mas vamos voltar ao tema ini-cial – “ESPOSENDE UM PRIV-ILÉGIO DA NATUREZA”. Para quem é um técnico de Educação Física como eu, é de facto um “privilégio” observar tanta gente a caminhar na “marginal”, ver tantas bicicletas e pessoas a cor-rer, mas questiono-me? O que seria este Concelho se as novas actividades de exploração da natureza fossem de facto tidas na sua devida consideração? Se as Áreas de Paisagem Protegi-das, entendessem que de uma forma equilibrada nós Humanos podemos conviver com a fauna, flora e animais que lá habitam, tudo seria diferente. Mas não, não somos dignos dessa con-vivência ! A nossa racionalidade

para nada vale, bem como a edu-cação( ???mesmo com 9 negati-vas passam!!!)) a que somos su-jeitos. O mais importante é impor coimas. Que termo feio este para dizer multas!Tenho a certeza que economi-camente daríamos um salto ex-traordinário porque de facto somos mesmo um privilégio da natureza. O Turismo (área a ex-plorar porque se somos um priv-ilégio temos de facto condições únicas para que assim seja) terá que ser uma das linhas mestras de orientação político - económica. Então se dou os parabéns por aqui se organizar uma das mel-hores maratonas de B.T.T do país, tenho que criticar aquela prova de patins na marginal! Nada tem a ver connosco, e nada vem explorar as capacidades que de facto possuímos. Com essas verbas as caminhadas da Espo-sende 2000, se já são um êxito extraordinário, mais sucesso ob-teriam. E mais dão a conhecer os privilégios naturais do nosso Concelho, e colaboram para a saúde e bem estar de quem cá habita. Ou não?

Já conhecem as descidas do rio Neiva depois de Forjães? Fizeram por acaso os percursos pedonais existentes junto a este rio? Já subiram a Senhora da Guia pelo percurso( outra prova extraordinária e bem consegui-da pela Câmara Municipal) de Down – hill? Conhecem a mag-nífica paisagem da Srª da Paz nas Marinhas, obras de acesso re-centemente criadas e muito bem pensada nas Marinhas? Conhe-cem o centro histórico de Fão? Conhecem por acaso a congosta dos godos? Imaginam uma prova de bike (como diz a nova gera-ção) á semelhança da que existe em Lisboa e é já atracção inter-nacional? Conhecem a Lagoa de Apúlia? E os Marouços? E as cascatas na fronteira entre os concelhos de Esposende e Barce-los ali bem junto a Curvos, bem mais bonitas que aquelas que ex-istem no Gerês por exemplo? Pois… perguntem que eu ajuda-rei a responder e de borla. Feitios….

ATÉ O MUNDO É UMA BOLA… Opinião

Haja respeito e disciplina para quem pretende visitar Esposende sem riscos e com segurança, porque os locais, já se cuidam, embora à espera de uma trom-bada.Será difícil referir os imensos casos gritantes de todos os dias; porém, mantemos, haja cuidado e respeito por quem nos visita nesta época balnear. Mas os es-posendenses, os tais descenden-tes dos 300 para 400 vizinhos ar-ruados e muito nobre de casario,

naturais que receberam o Foral de Vila em 1572, já conhecem os truques e teremos de ter muito cuidado porque, dentro em breve, veremos os carros dos outros dento do logradouro de nossas casas . Como dizia o Zé: “Haja moralidade ou comem todos…” Estacionem na Ribeira ou, se não tiver lugar, vão para a Central de Camionagem.

CRÓNICAS DE ANTIGAMENTE O TRÂNSITO NA CIDADE

Prof. Luís Campos

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Director: Paulo Gonçalves Redacção: Carla Viana e Paulo Gonçalves Colaboradores: Dr. Bernardino Amândio, Prof. Rui Vasquinho, José Belo, Prof. Luís Campos, Dra. Diana Vale, Dra. Carla Gomes, Artur L. Costa Paginação/Design: Luís Costa Fotografia: Lúcio Viana Distribuição: Gratuita Proprietária Sabores de Verão SA - Rua Dr. Henrique Barros Lima, 5 - 4740-323 Esposende Telefone/Fax: 253 986 258 E-mail: [email protected] Editor: Sabores de Verão SA Sede: Sabores de Verão SA - Rua Dr. Henrique Barros Lima, 5 - 4740-323 Esposende nImpressão: Oficina de S. José Apartado 4711-914 Braga Ano 29 - Nº 616

Tiragem 1500No. Reg. I.C.S. - 106125 Depósito legal no. 204498/03

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NÃO ESTRAGUEM ES-POSENDE Habitual frequentador de ter-ras de Esposende, o concelho do Distrito de Braga que tem mer-ecido as preferências dos minho-tos, tem merecido a sua prefer-ência , continuam a defender as suas qualidades.O caso que vamos referir é bem digno de constar na história de Esposende.Em Carta dirigida a “Jornal de Esposende” datada de Outu-bro de 1987, o advogado Dr. Vale Miranda deu-nos a honra de manifestar o seu apreço pela nossa terra e, a certa altura da sua missiva reiterou, convictamente: … Esposende será um dos locais mais apetecidos e disputado por visitantes e turistas, possui um plano de urbanização bem conce-bido e delineado e que estava a ser rigorosamente cumprido. Mais adiante, o nosso admi-rador comenta:” Assalta-nos um receio, tantas são as vozes que falam dum projecto de arranjo do rio. Valorizar e completar, se

for possível, as belezas naturais, sim”. A terminar, diria: “ pedimos que não estraguem Esposende e o rio Cávado, que também é nosso, de Barcelos e que teremos o dever e o defender…” O Dr. Vale Miranda, advogado, repetimos, laureado pela C. M. de Barcelos pelos 50 anos de ad-vocacia no Circulo forense, o que valoriza as afirmações, aqui tran-scritas em “Jornal de Esposende de l-10.1987.Ainda temos tempo para preser-var tudo quanto este ilustre barcelense nos solicitou.Vivemos o ano da transforma-ção e das novas tecnologias: cuidemo-nos com os avisos e as apetências de modificar só para ficar na história e também, através das placas espalhadas a esmo, para visitante ler e fixar, ou retratar.Ou para historiador, investigador contar aos netinhos nos serões para trabalhadores. E esta hein?

Artur L. Costa

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OpiniãoProf. Rui Vasquinho

O Mundo do desporto vive um momento de grande reestrutura-ção, reflexo das agitações sociais e territoriais que impulsionaram o seu sistema durante as várias décadas. Com o passar do sé-culo anterior e o inicio deste, as “fronteiras”desportivas, muitas delas criadas pelas circunstâncias de cada época, foram-se atenuan-do e hoje caminhámos para uma praça cada vez mais aberta. São tempos diferentes. Vive-se um período em que se teme a ultra-passagem ao tradicional futebol. Algo que já aconteceu, em mui-tos pontos do país, a nível de cos-tumes, Mas, falemos do chamado desporto em situação pura, onde obrigatoriamente o futebol ainda continua a ser o derradeiro abrigo para se poder observar o exercí-cio, mas cada vez mais existem mais “ofertas” para a sua prática.É desta forma que caminhei

para o cerne deste comentário. É como que um mergulhar nas zo-nas do nosso país para se perce-ber as diferentes escolas do des-porto nacional, o que as distingue e o que as une, a sua evolução as suas especialidades e alterações e caracteres imprescindíveis de identidade própria. É, apenas, um exercício de reflexão, um esforço de reenviar os desportos ao... de-sporto, dentro da identidade do país. Tudo isto são diferentes formas de entender o desporto e abordar a sua prática. A questão desporti-va retrata o social e o cultural. É, por isso, que é perfeitamente natural um português se sentir, cultural e emocionalmente, on-tem, hoje e amanhã muito adja-cente ao futebol. Mas também é verdade que existem regiões que se identificam com determinados desportos.

Vamos visitar, também de forma a homenagear no nome de AN-DEBOL, várias pessoas do nosso concelho, por exemplo o andebol feminino no concelho: Em Esposende, o andebol nasceu e cresceu, com glória na sobera-nia da sociedade: o andebol for-ça, um estilo de superior, feito de vigores, a doutrina do andebol tacticista, mentor dos mais en-fermos sistemas dinâmicos, onde ciclicamente ao longo das fases, nasceu uma suprema sabedoria de jogo, e constantes valores hu-manos com treinadores/as e joga-dores/as tecnicistas, faz com que consideremos o nosso concelho como um ninho propicio de se-quenciais valores neste desporto.Por exemplo, um desportista dos rios Cávado, Minho, Lima, Ave ou Douro que primam pelo nascimento constante de grandes canoístas. Um habitante da zona

de Espinho ou Maia mais espe-cificamente ou do Douro Litoral em geral tem à partida cultural e socialmente uma história des-portiva que faz com que pareçam que nascem bons jogadores de voleibol nestas áreas. Ou se au-mentarmos a zona até ao Minho onde temos sempre por norma e cultura sempre bons hoquistas, nesses desporto que incompreen-sivelmente ainda continua a não figurar nos jogos olímpicos, sim porque sendo Portugal e Espanha as potências e não sendo os Esta-dos Unidos, não interessa a filia-ção deste desporto aos jogos. No Algarve, onde existe um “clima” luxuoso de preocupações com a aparência do seu status imer-gem jogadores de golfe, devido à maior oferta de recursos físi-cos e preocupações sociais. As-sistimos ainda a um aumento de tenistas, na grande Lisboa, mais

especificamente a zona de Cascais onde existe fidalguia numa vitória alcançada através de uma exibição num jogo de ténis com impressão de excelência. Podemos pois, dis-tinguir desportos historicamente, onde a biografia clubística ou desportiva faz a diferença, so-cialmente, pois uma zona social mais abastada pratica desportos diferentes de uma mais estéril, culturalmente, pois por vezes a “lavoura” de umas zonas permite o imergir de certos desportos mais facilmente que outros ou por fim zonalmente, pois dividindo o país em várias escolas, mas não esque-cendo que dentro destas várias escolas a divisão de estilos é evi-dente por motivos como abundân-cia ou escassez de infra-estruturas, pois é obvio que no litoral é mais abundante que no interior a oferta à prática de desportos.

DESPORTO, O ESPELHO DA REGIÃO

ConcelhoEsposende mobiliza comunidade para a causa do voluntariadoTrês meses após a sua constitu-ição, o Banco Local de Voluntar-iado (BLV) de Esposende conta com 5 instituições que apresen-taram programas para acolher voluntários e 47 inscrições de pessoas que manifestaram inter-esse em serem voluntárias. Criado no passado dia 22 de Abril, em resultado de um proto-colo estabelecido entre a Câmara Municipal de Esposende e o Conselho Nacional para a Pro-moção do Voluntariado, o BLV tem como finalidade promover uma cidadania activa e solidária, assumindo-se como um espaço de encontro entre pessoas que expressam vontade de ser vol-untários e instituições promo-toras que reúnam condições de integrar voluntários. A Vereadora da Acção Social da Autarquia, Emília Vilarinho, assinalou que “vale a pena ser voluntário”, na medida em que “ao colocarmos as pessoas em primeiro lugar, estamos a co-laborar para a construção de uma comunidade mais solidária”. Desafiou, por isso, todos os es-posendenses a darem um tempo por semana em prol da comuni-dade. Refira-se que o Banco Local de

Voluntariado de Esposende está sedeado no Serviço de Acção Social da Câmara Municipal, sito na Rua dos Bombeiros, n.º 51, em Esposende.

Desfile “Esposende, entre a Terra e o Mar”Integrado nas comemorações do Dia do Município 2009, a Câ-mara Municipal de Esposende, com a colaboração das 15 Juntas de Freguesia do concelho, vai levar a cabo, no próximo dia 16 de Agosto, o desfile “Esposende, entre a Terra e o Mar”.Esta actividade integra-se num programa muito mais vasto, de estudo e divulgação da História Local, que, por sua vez, faz parte integrante do Projecto “Espo-sende, Município Educador”, e pretende fazer uma abordagem abrangente do concelho, focando as mais diversas áreas, do ad-ministrativo ao associativo, do património histórico ao ambien-tal, da etnografia à gastronomia.Tendo em conta a dimensão do projecto, a Câmara Municipal solicitou o apoio de todas as Juntas de Freguesia do concelho na colaboração em algumas tarefas, nomeadamente no que se refere à etnografia local e ao pat-rimónio associativo da freguesia, tendo deliberado atribuir um subsídio no valor de 750 euros

a cada uma delas para fazerem face às despesas com a organiza-ção do desfile.

Jornadas de Gastronomia em Apúlia A quinta edição deste certame vai decorrer de 30 deste mês a 2 de Agosto, na freguesia de Apúlia.As iguarias da região vão estar em destaque nas várias barra-quinhas, montadas pela orga-nização, que cabe mais uma vez à junta de Apúlia, com o apoio da autarquia de Esposende.Estão também confirmados vários momentos musicais de Filipa Menina, Ofir Show, Trio Dinâmico e Nuno Casais para animar os milhares de visitantes que são esperados nestas “Jorna-das de Gastronomia”.

VII Encontro de Fados e PoesiaArrancou no passado domingo, 19 de Julho a 7.ª Edição desta iniciativa da Cooperativa Cultur-al de Fão e logo com casa cheia. A grande qualidade dos fadistas convidados (Bárbara Passos e Joaquim Carneiro), entusiasmou o público presente, que também teve oportunidade de ouvir algu-mas belas da fangueira poesias de Maria do Vale, acompanha-

dos pela excelência do trio de Cordas formado por Márcio Silva (guitarra), José Saraiva (viola) e Torcato Regufe (contra baixo). A segunda sessão está marcada para 26 de Julho e terá como fadistas convidados Silva Machado e Vânia Leal.

1.º Festival Ofir 09 traz Daniela Mercury e AngélicoDaniela Mercury será a cabeça de cartaz do Festival Ofir 09, que incluirá outras bandas e cantores, num espectáculo com 12 horas de concerto. Esta grande organização do Ofir Pacha e que conta com a colabo-ração da Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Fão, terá lugar junto à discoteca Pacha-Ofir, amanhã.Também o conhecido cantor Angélico e a famosa banda brasileira Natiruts farão parte do elenco deste 1.º Festival de Música em Fão, aguardado com enorme expectativa.

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Treinador de sucesso

Paulo Martins

Paulo Martins é um discí-pulo do mestre de andebol “Manuel Ribeiro”, o actual técnico da equipa Juven-tude de Mar vai guardar no seu álbum dourado a tem-porada de 2008-2009.Paulo Martins, fez a do-bradinha com os títu-los nacionais das eq-uipas de séniores e de iniciadas(femininos), mo-tivos que levam este trei-nador a falar do que deve ser mudado e apoiado por quem abraçou um projecto, em que os resultados falam por si. A época de 2008-2009 é para recordar por muito tempo, devido à subida da equipa de seniores ao nacional da 1ª di-visão?Paulo Martins: A época 08/09 foi de longe a melhor época do Juventude de Mar até hoje, não só pela subida, mas também pela conquista pela primeira vez do título nacional da 2ª divisão de séniores.Mas a realçar neste título é que foi obtido por atletas 100% for-madas em Mar e residentes no concelho de Esposende. E mel-hor do que isto, amadoras (leia-se não recebem nada para jogar, arrisco-me a dizer “pagam” para jogar).Foi uma época terrível, pelo tra-balho e dedicação das atletas, quase todas a estudar no Ensino Superior e longe.

Eu ao mesmo tempo treinava a equipa Iniciadas.Agora com o acesso ao princi-pal escalão do andebol femi-nino, quais são os objectivos traçados para a nova tempo-rada?Os objectivos de uma equipa sénior “amadora”, em uma terra que não entende o Alto Rendi-mento, é apenas não descer de divisão, qualificar-se entre os melhores 8 ou 10 do nacional, consolidar rotinas e ganhar ex-periência; Diga-se que a equipa na próxima época é pela primeira vez 100% sénior.O plantel sénior vai ser refor-çado?Esta pergunta, faz-me pensar muito, até pensei que era o Jorge Jesus.Vamos reforçar o grupo com a nossa formação, diga-se de ex-celente qualidade, talvez se con-seguirmos um patrocinador, um piso sintético “Gerflor” novo, serão os nossos grandes reforços.Pensar em reforços, é sempre o pensamento de qualquer trei-nador, se pode-se diria: “Que-ro esta… reforçar a primeira linha, mais duas para a segunda linha…” mas isto ao nível que anda o andebol é uma utopia, es-pero um dia que alguém queira abraçar um projecto de séniores para ser o melhor do país, não é difícil, mas é preciso acreditar e investir.As equipas de formação con-tinuam também na senda dos bons resultados, a equipa de iniciadas realizou uma ex-celente época?Bem esta é uma equipa a seguir,

grupo unido, com sucesso des-portivo e escolar, penso que será o grande reforço da equipa sénior daqui a uns anos.Esta equipa, toca-me particular-mente por vários motivos.1º Com esta equipa iniciamos um novo modelo de formação2º Foram treinadas no escalão de infantis pela Andreia Martins, minha esposa e atleta.3º Estão a trabalhar comigo des-de os 8 anos de idade4º Foi minha equipa esta época, sagrando-se campeã nacional.É uma equipa a ter em atenção nas próximas épocas, 2 atletas nas selecções nacionais e 5 nas regionais, espero que traga mui-tas alegrias… Em relação ao resto da formação, estamos a trabalhar como sempre o fizemos, a pensar no sucesso desportivo, mas também social e escolar. Estas meninas vão ser as mães do futuro, por isso à que pensar já.Mudar mentalidades não é fácil, mas também não é impossível.Que balanço faz desta sua car-reira com treinador de ande-bol, onde já obteve diversos títulos?Bem um balanço da minha vida como treinador. Cheguei ao andebol pela mão do falecido professor Manuel Ribeiro, com ele aprendi tudo aquilo que não vem nos livros, sem dúvida a pessoa que mais influenciou a minha carreira de treinador.Ele dizia: “Quando um aluno é expulso da sala, a culpa é sempre do professor…”Pensar nisto pa-rece ilógico, mas para um treina-

dor, tem e deve de ser uma linha de pensamento. O seu atleta para estar no treino, precisa primeiro de estar motivado a estar no tre-ino, e ai então o treinador pode fazer dele um jogador. Este é o meu pensamento quando pla-neio um treino, talvez por isso em conjunto com vários facto-res consiga ter sucesso. Sou um amante do treino, gosto de estar em evolução, discutir tudo o que faço, questionar-me por que fiz aquilo e estar sempre a aprender.Penso que hoje, sou melhor trein-ador do que fui ontem, e amanhã serei melhor do que hoje.Gostava num à parte, apenas dizer isto, penso que em Espo-sende devemos pensar o desporto de outra maneira… isto não cabe aos treinadores mas sim aos di-rigentes, eles são a força da mu-dança, os treinadores por si estão sempre a evoluir. Muitas vezes vejo, diga-se a maior parte das vezes no futebol, alterar o treinador para alterar o modelo, mas o modelo fica igual. É preciso trazer para as equipas seniores os miúdos da formação, miúdos da terra, aqueles que vi-vem o clube desde pequenos. Estes projectos demoram muito tempo, não possível fazer isto e querer ganhar todos os fins-de-semana, mas um dia isso irá acontecer. Peço desculpa aos meus amigos do futebol, mas este é o meu pensamento seja em que modalidade for. Paulo Gonç[email protected]

“Penso que em Esposende devemos pensar o desporto de outra maneira”

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