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Quinzenário informativo e regionalista Director: Paulo Gonçalves / Sai às sextas-feiras Gratuito / 15 de Janeiro de 2010 / N.º 627 PUBLICIDADE PUBLICIDADE PUBLICIDADE Telm. 935 010 112 www.penorio.com Marginal de esposende A verdade nunca é injusta, pode magoar, mas não deixa ferida Tudo voltou à normalidade, lá se passaram as Festas, e o regresso ao trabalho foi um bom remédio, com uns quilinhos a mais, porque o bolo-rei e as rabanadas não es- caparam ao guloso estômago, es- tás perdoado! Prometo não contar nada ao médico na próxima con- sulta. Entramos então no ano de 2010, do qual esperamos que os nossos sonhos, dos familiares e dos ami- gos sejam concretizados, embora o tempo não dê para arregaçar muito as mangas, que frio digo eu, e di- zem os leitores nestas manhãs de Janeiro, quando deixamos os nos- sos lares e vamos para a luta do dia a dia. Muitos perguntam porque não acerto no EuroMilhões ou na Lotaria? E ficava em casa no quentinho, ou até ia de férias para uma ilha tropical, fazer compras a Paris, sortes da vida, ou será uma vida com sorte acordar de cabeça erguida e sair para a rua, passear junto ao rio, subir ao monte e ob- servar a paisagem. Vamos acreditar que 2010, será melhor que 2009, que Portugal até vai ao Mundial de Futebol e que nessas alturas uma vitória deixa os portugueses a sorrir. No entanto cuidado com as “ras- teiras” e possíveis “fora de jogo”é que por este andar muitos vão ter de começar a circular pelas estra- das nacionais, porque pelos jei- tos vamos ter que pagar a A28, que pesadelo, dizem milhares de pessoas que no dia a dia, percor- rem centenas de quilómetros para ganhar o pão de cada dia honesta- mente. O Povo vai estar atento, alguns vão apontar o dedo ao que de mal se faz neste cantinho português, outros vão ficar caladinhos e en- golir sapos vivos, para não sofrer as consequências. Triste Sina, ou o Fado não fosse português. A todos os leitores e patrocina- dores do Jornal de Esposende, vo- tos de um excelente ano de 2010. Paulo Gonçalves Director do Jornal de Esposende Estrada Nac.13 | R. Sra. da Saude Tef. 253 968 236 | Esposende PUBLICIDADE (PÁGINAS 2 e 3) Luís Peixoto, Presidente da Junta de Fão “Foram dois meses de trabalho intenso mas saudável, sobretudo porque temos sido correspondidos em soluções” “São cerca de 34.000€ que se encontram por pagar a fornecedores” (PÁGINA 4 ) Futebolista do Gandra constrói Museu de Desporto Governo não abdica de portagens na A/28 (PÁGINA 10 ) Herança Pesada

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Quinzenário informativo e regionalistaDirector: Paulo Gonçalves / Sai às sextas-feiras

Gratuito / 15 de Janeiro de 2010 / N.º 627

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Telm. 935 010 112www.penorio.comMarginal de esposende

A verdade nunca é injusta, pode magoar, mas não deixa ferida

Tudo voltou à normalidade, lá se passaram as Festas, e o regresso ao trabalho foi um bom remédio, com uns quilinhos a mais, porque o bolo-rei e as rabanadas não es-caparam ao guloso estômago, es-tás perdoado! Prometo não contar nada ao médico na próxima con-sulta.Entramos então no ano de 2010, do qual esperamos que os nossos sonhos, dos familiares e dos ami-gos sejam concretizados, embora o tempo não dê para arregaçar muito as mangas, que frio digo eu, e di-zem os leitores nestas manhãs de Janeiro, quando deixamos os nos-sos lares e vamos para a luta do dia a dia.Muitos perguntam porque não acerto no EuroMilhões ou na Lotaria? E ficava em casa no quentinho, ou até ia de férias para uma ilha tropical, fazer compras a Paris, sortes da vida, ou será uma vida com sorte acordar de cabeça erguida e sair para a rua, passear junto ao rio, subir ao monte e ob-servar a paisagem.Vamos acreditar que 2010, será melhor que 2009, que Portugal até vai ao Mundial de Futebol e que nessas alturas uma vitória deixa os portugueses a sorrir.No entanto cuidado com as “ras-teiras” e possíveis “fora de jogo”é que por este andar muitos vão ter de começar a circular pelas estra-das nacionais, porque pelos jei-tos vamos ter que pagar a A28, que pesadelo, dizem milhares de pessoas que no dia a dia, percor-rem centenas de quilómetros para ganhar o pão de cada dia honesta-mente.O Povo vai estar atento, alguns vão apontar o dedo ao que de mal se faz neste cantinho português, outros vão ficar caladinhos e en-golir sapos vivos, para não sofrer as consequências.Triste Sina, ou o Fado não fosse português. A todos os leitores e patrocina-dores do Jornal de Esposende, vo-tos de um excelente ano de 2010.

Paulo GonçalvesDirector do Jornal de Esposende

Estrada Nac.13 | R. Sra. da SaudeTef. 253 968 236 | Esposende

PUBL

ICID

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(PÁGINAS 2 e 3)Luís Peixoto, Presidente da Junta de Fão“Foram dois meses de trabalho intenso mas saudável, sobretudo porque temos sido correspondidos em soluções”

“São cerca de 34.000€ que se encontram por pagar a fornecedores”

(PÁGINA 4 )

Futebolista do Gandra constrói Museu de Desporto

Governo não abdica deportagens na A/28

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como satisfez a nossa von-tade de ver uma passadeira na zona da CIPOL.Apoiamos e parceria com a CME a realização de um evento de Karaté, a acor-rer no próximo dia 31 de Janeiro, e que conseguirá num só dia trazer cerca de 150 praticantes ao pavilhão Gimnodesportivo de Fão.Solicitamos ao Departa-mento de Planeamento e Desenvolvimento da CME a elaboração de um traçado definitivo para a Rua da Joana aproveitando as ob-ras que estão a decorrer no loteamento da Necrópole. O traçado está terminado devemos agora avançar para reunião com os propri-etários a fim de chegarmos a entendimentos quando aos terrenos afectados.Foram dois meses de trab-alho intenso mas saudável, sobretudo porque temos sido correspondidos em soluções e esclarecimentos sempre que contactamos a CME e por outro lado os serviços da Junta de Freg-uesia nas pessoas do seus funcionários compreen-deram e têm vindo a assim-ilar com vontade os nossos métodos de trabalho e rela-cionamento.

“Governar sem maioria não pode alterar os nossos conceitos e ideias que temos sobre o Rumo a dar a Fão”Como encara a realidade de liderar a Junta sem maioria?O executivo da Junta de Freguesia de Fão é com-posto por pessoas que não cultivam a ruptura em qualquer tipo de negocia-ção. Exemplo disso foi o

Mesmo os funcionários da Câmara Municipal de Es-posende (CME) destacados na freguesia foram elucida-dos sobre novos métodos de trabalho, organização e acompanhamento por parte do executivo.Com o objectivo de nos colocarmos ao dia com os dossiers mais importantes e de urgente resolução provi-denciamos reuniões diárias com todas as Associações e Instituições locais. Ai-nda faltam algumas insti-tuições, no entanto todos os encontros realizados até à data foram frutíferos e elucidaram-nos de várias situações que doutra forma de certeza ainda hoje não seriam conhecedores.Conseguimos nas primei-ras duas semanas concertar com comerciantes e em-presários fangueiros um entendimento de forma a iluminar as Ruas de Fão du-rante todo o período natalí-cio animando as mesmas com a passagem do Com-boio Turístico e a chegada, de barco, do Pai Natal ao Cortinhal.Aos alunos do 1º Ciclo e Pré foi oferecido a cada um livrinho como prenda de natal.Reatamos relações com proprietário do Chalet do Senhor Bom Jesus e a acordamos com o mesmo a cedência desse espaço a título definitivo para a freg-uesia.A alteração das condições de transporte escolar dos alunos residentes nas Pe-dreiras, os estudantes de-ixaram de poder apanhar o autocarro no lugar da Abarrosa e passaram a ser obrigados a dirigirem-se à N13 junto à CIPOL, le-vou-nos a solicitar a inter-venção da CME junto das companhias de transporte. Com a sua intervenção a CME conseguiu que nova companhia passasse a fazer o levantamento dos alunos na zona da Abarrosa assim

Eleito nas últimas eleições autárquicas nas listas do PS, luís Peixoto, o presi-dente da Junta de Freguesia de Fão fala da divida de 34 mil euros que herdou do an-terior executivo.Peixoto em entrevista ao Jornal de Esposende, dá conta que as obras de con-clusão da Avenida Marginal podem muito bem arrancar ainda este ano, no último trimestre.

“O executivo da Junta de Freguesia de Fão é composto por pessoas que não cultivam a ruptura em qualquer tipo de negociação”Eleito nas últimas eleições, que balanço faz dos primeiros meses como presidente da Junta de Freguesia de Fão?Luís Peixoto: Podemos afir-mar que não houve tempo nem sequer para respirar. Se por um lado o novo execu-tivo tinha urgentemente que tomar conta dos dossiers mais urgentes, por outro os funcionários ao serviço da autarquia passavam a ter orientações diferentes das que seriam hábito até então.Neste campo a transição tem sido pacífica e concili-adora com um só objectivo, trabalhar em uníssono para o bem comum, que neste caso é Fão. Foram dadas orientações claras para Rig-or e Contenção nos Custos, assim como se acordou que todas as informações troca-das deveriam ser escritas a fim de se fazerem os segui-mentos respectivos mais tarde.

EntrevistaLuís Peixoto

cumprimento do chamado estatuto da oposição que entre outros pontos refere-se ao facto de um órgão executivo antes de apre-sentar o respectivo plano de actividades consultar os restantes partidos com as-sento na assembleia. Con-vidamos todos os partidos a estarem presentes nessa reunião e os que disseram sim presente à mesma po-derem apresentar as suas

ideias sobre Fão e algumas mesmo forma aceites e co-locadas no Plano de Activi-dades para 2010. Sobre este tema ainda de referir que o partido ao qual aceita-mos algumas sugestões foi a CDU mas em momento algum nos mostramos em acordo quanto à inclusão no Plano de uma futura 3ª Travessia do Rio Cávado na envolvência de Fão, ao contrário do que foi veicu-lado em alguma imprensa Regional e Nacional.Governar sem maioria não

pode alterar os nossos concei-tos e ideias que temos sobre o Rumo a dar a Fão. Estamos abertos a receber de todos os quadrantes sugestões e ideias para melhorar Fão, no entan-to não nos tira o sono o facto de em alguma circunstância não concertamos ou nego-ciarmos tendências de voto em temáticas que obriguem decisões claras em sessões de assembleia de freguesia. Neste campo cada um deve

assumir responsabilidade pelos próprios actos.Em termos financeiros como encontrou a Junta?Não encontramos a Junta de Freguesia financeiramente saudável o facto é publico e foi apresentado na ultima sessão da assembleia. São cerca de 34.000€ que se encontram por pagar a for-necedores. Este valor retira-nos muita margem negocial na discussão de propostas e sobretudo atrasa-nos nas expectativas que tínhamos para pequenas obras a re-

“Foram dois meses de trabalho intenso mas saudável, sobretudo porque temos sido correspondidos em soluções”

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Paulo Gonç[email protected]

alizar. No entanto creio que estamos a conseguir pas-sar aos fornecedores, com quem já falamos, a mensa-gem de rigor e transparên-cia que desejamos seguir neste novo rumo que Fão vai tomar.Não conseguimos entender como foi possível chegar o estado financeiro actual quando as transferências devidas pela CME foram integralmente cumpridas e quando sobretudo existe um evento anual que segu-ramente tem que dar mais lucro do que o que se en-contra documentado, e re-firo-me à Festa do Marisco.

“São cerca de 34.000€ que se encontram por pagar a fornecedores”Para quando está prevista a conclusão da Avenida Marginal de Fão?A marginal de Fão tem em Fase de elaboração o respectivo projecto de ex-

ecução estimando-se que o início das obras possa ocorrer ainda este ano, mais propriamente durante o úl-timo trimestre. Não estando terminado o projecto de execução não lhe posso re-sponder quando aos prazos de execução da empreitada.Quais são as principais prioridades para o 1º ano deste mandato?Posso dividir as priori-dades em dois. A primeira é de ordem organizacional e funcional dos serviços da autarquia sobretudo ao nível dos procedimentos e oficialização dos mesmos. Não sendo um burocrata sei

que quando nos relaciona-mos com organismos públi-cos outra solução não existe que não seja a de tudo es-crever e registar. Só assim se consegue incutir uma cultura de responsabilidade e também obter resultados satisfatórios. A segunda prioridade pas-sa por colocar na calha ideias que estão no nosso programa eleitoral e que necessitam de ser conveni-entemente justificadas afim de que consigamos os din-heiros necessários para que

se tornem uma realidade.No entanto, mesmo estando no ano de contenção e lim-itado pelo estado em que se encontram as contas da au-tarquia, será uma realidade seguramente a colocação em funcionamento do Pos-to de Turismo.Já temos em andamento, com o apoio da CME, o es-tudo para o reperfilamento da N13 entre a Ponte de Fão e a Zona do Lidl, sendo nossa ambição com esta infra-estrutura torna a N13 mais segura e amigável para o peão assim como sendo uma via mais urbana com locais próprios de es-

tacionamento e atravessa-mentos seguros.Faz todo o sentido que a rua Serpa Pinto tenha no seu início passeio em sub-stituição da berma funda que existe neste momento e é perigosa para que circula por ela a pé. Mesmo tendo já o compromisso do Sen-hor Presidente da Câmara que na última fase do man-dato esta via sofrerá uma intervenção de fundo, trab-alharemos para que os pas-seios no inicio sejam uma executados numa realidade

mais próxima.Eleito na lista do PS, já deu a conhecer à autar-quia de Esposende, os seus objectivos para Fão?Tal como o Senhor Presi-dente da Câmara disse na primeira reunião que teve com os presidentes de Jun-ta e tal como eu próprio já disse em diversas situações, as divisões originadas pela campanha terminaram no dia 11 de Outubro. Dessa data para a frente os eleitos só podem ter um objectivo: Servir com dedicação e ver-dade as populações que os elegeram.Tenho apresentado ideias devidamente fundamenta-das e coerentes ao Sr Presi-dente da Câmara e o próprio tem através das respectivas respostas acedido a grande parte delas e quando não justifica-as com clareza suficiente, demonstrando, nas mesmas, tomadas de decisão correctas e impar-ciais.Outro comportamento não esperaria eu de uma pessoa que vejo como profissional idóneo e responsável nas suas superiores funções e quando assim é o relacio-namento entre instituições e pessoas tem que pautar pelos melhores padrões da ética, moral e profissional-ismo.Seguirei paulatinamente apresentando as nossas ide-ias para Fão porque tam-bém sou consciente de que Fão para este mandato tem já programadas obras es-truturantes e que valoriza-ção claramente a freguesia. Falo do Centro Educativo que esperamos esteja con-cluído para entrar em fun-cionamento em 2011/2012, falo da recuperação dos Caminhos do Pinhal Interi-or de Ofir, falo da Variante Sul e claro da 2ª Fase da Marginal.

“Já temos em andamento, com o apoio da CME, o estudo para o reperfilamento

da N13 entre a Ponte de Fão e a Zona do Lidl, sendo nossa ambição com esta infra-estrutura torna a N13 mais segura”Em termo de apoios a Associações-Instituições de Fão , como vão ser atribuídos?Sem duvida nenhuma que o maior apoio que a Junta de freguesia pode dar às instituições, sobretudo as desportivas que apresentem orçamentos elevados por época, trata-se de possi-bilitar às mesmas as angari-ação de fundos na festa do Marisco.Para além desta iniciativa outras colocaremos em cur-so, tal como mensalmente doarmos metade da nossa remuneração, como mem-bros da Junta de Freguesia, às Associações com activi-dade em Fão e disponibili-zar ainda o nosso autocarro, com condutor, a estas as-sociações encarregando-se estas de acarretarem os custos do combustível e do condutor. As associações sabem ainda que podem contar com a cedência dos recursos logísticos e hu-manos de que a autarquia dispõe assim como com a total colaboração e apoio na organização de eventos

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Actualidade

Governo não abdica de portagens na A/28A cobrança de portagens na A/28 deverá ser con-cretizada ainda no de-curso de 2010. Foi essa a mensagem que os autar-cas da região do Minho e do Norte Litoral rece-beram do ministro dos transportes e das comu-nicações numa reunião realizada na última sema-na, em Lisboa. A situação poderá apenas ser atenu-ada com um regime de excepção que salvaguarde os utilizadores frequentes – moradores, trabalha-dores e estudantes É um dado consumado: as portagens na A/28 vão avançar, ao que tudo indica já no decorrer deste ano. A reunião mantida entre os presidentes das Câmaras Municipais da região do Norte Litoral e Grande Por-to com o ministro dos trans-portes e comunicações não produziu os efeitos deseja-dos pelos autarcas de Vi-ana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Matosinhos. Nesse encontro, realizado na passada terça-feira, 5 de Janeiro, em Lisboa, o gov-ernante reafirmou a inten-ção do Governo, mostran-do-se irredutível na decisão de portajar as auto-estradas sem custos para os utiliza-dores – SCUT’s. Caiu as-

sim por terra grande parte da argumentação empunha-da pelos presidentes desses cinco municípios, numa lis-ta que tinha no topo a falta de alternativas rodoviárias à A/28 e o desnível produ-tivo da região na qual esses concelhos estão inseridos.Apesar da visível in-definição em torno dos mecanismos relacionados com a forma de utiliza-ção dos pórticos virtuais de cobrança de portagens, tal não deverá impedir que 2010 marque o arranque do pagamento de porta-gens nas SCUT’s, mesmo que esteja ainda em análise a implementação de algu-mas medidas de excepção que minimizem os efei-tos sociais e económicos que o pagamento de por-tagens possa implicar nos utilizadores mais frequen-tes. Nesse rol encontram-se moradores e trabalhadores nas localidades atravessa-das pelas auto-estradas sem custos para os utilizadores que, dessa forma, poderão vir a beneficiar da isenção no pagamento de portagens.“Desde a primeira hora que entendemos que esta região não tem condições para suportar portagens nessas vias porque não possuiu verdadeiramente qualquer estrada alternativa e apre-

senta ainda índices de de-senvolvimento económico inferiores à média nacional, o que contraria as condições que o Governo havia de-cidido quando definiu o critério de colocação nas SCUT’s”, afirmou Mário Almeida, presidente da Câ-mara Municipal de Vila do Conde, em declarações ao Jornal de Esposende.“Naturalmente que a políti-ca de utilizador/pagador terá a sua lógica dadas as dificuldades que o País atravessa mas, por isso, não podemos simplesmente esquecer as indústrias e as habitações que se criaram mediante um determinado cenário que agora poderá ser significativamente al-terado com a colocação de portagens”, complementou aquele autarca. Ainda assim, no final da reunião que manteve com o ministro da tutela, Mário Almeida mostrou-se optimista quanto a uma evolução positiva neste processo, estando agenda-das novas reuniões entre os autarcas e o governante, no sentido de ficarem salva-guardadas algumas medi-das excepcionais, não ap-enas para os moradores dos concelhos abrangidos pela A/28, mas também para es-tudantes e profissionais que

laborem nesse raio territori-al. “O Governo foi sensível a algumas pretensões, ad-mitindo criar um regime de excepção para as pessoas que entrem e saiam na A/28 e para utilizadores frequen-tes que se desloquem para o trabalho ou para as escolas. São aspectos que serão pon-derados e reanalisados em novos encontros já defini-dos”, confirmou Mário Al-meida.Da parte da Comissão de Utentes Contra as Porta-gens nas SCUT’s, José Rui Ferreira deixou claro ao Jornal de Esposende que, apesar do finca-pé do min-istro dos transportes e das comunicações, a colocação de portagens nessas vias não é ainda uma certeza de-finitiva. “O assunto não está encerrado e o diálogo entre as partes deverá manter-se até que se encontre uma solução consensual”, disse. Pouco valorizando a even-tual isenção de portagens mediante o cumprimento de determinadas especifi-cidades, José Rui Ferreira antes recordou que “se con-tinuam a manter os pressu-postos que levaram ao não pagamento de portagens nestas auto-estradas”. As-sim sendo, a Comissão de Utentes promete “não baix-ar os braços”, continuando

a aguardar o agendamento de uma reunião com o min-istro da tutela para a análise relativa a esses pressupos-tos.Entretanto, no último sába-do, ficou definido que essa Comissão – que junta as regiões de Esposende/Bar-celos, Grande Porto, Póvoa de Varzim/Vila do Conde, Vale do Sousa, Viana do Castelo e Aveiro, servidos pelas A28, A29 e A41 – não esperará mais do que três semanas para que tal encon-tro seja concretizado. Caso o mesmo não se verifique, garantem que “outras for-mas de luta” serão enceta-das.Após essa reunião entre comissões foi lançado o apelo para que todos os utentes das SCUT’s, que servem mais de 50 mu-nicípios, “não desmobili-zem nem se deixem iludir” pelas isenções que possam eventualmente vir a ser con-cretizadas. “Em causa estão as realidades destas regiões e a importância que essas viam revelam no quotidi-ano das pessoas que as uti-lizam”, concluiu José Rui Ferreira, em jeito de aviso.

Miguel [email protected]

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O concelho de Esposende há 90 anosO mau tempoUm vendaval furioso fez-se sentir nos últimos dias. O vento que soprava rijamente derrubou algumas árvores e torceu alguns candeeiros da iluminação pública. Pelos nossos estaleirosMais uma quilha vai ser le-vantada no novo estaleiro para a construção de um novo navio pertencente à Empresa de Navegação de Esposende.No estaleiro velho encon-tram-se além do importante lugre-patacho “Famalicão” de que falaremos breve-mente, as duas traineiras “Progresso” e “Futuro”

pertencentes à Sociedade de Navegação e Pesca de Esposende, Limitada.EspectáculoPor um grupo de artistas amadores de Barcelos vai ser levado à cena nosso Teatro Club a peça “Uma anedota” episódio dramáti-co e “Taluda”, comédia em um acto de números de variedades. É de esperar no nosso Teatro uma boa enchente.Conferência A convite da Associação dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim fez uma notável Conferência o advogado desta comarca

Snr. Eduardo Mota, no dia 6 de Janeiro para a comem-oração da sua fundação. A conferência foi considerada brilhantíssima naquela As-sociação alvo de contínuas e prolongadas ovações.Subscrição no Brasil para os Bombeiros de Espo-sendePor iniciativa do nosso conterrâneo e Comandante da Marinha Mercante Bra-zileira snr. Manuel Alves de Lima foi aberta uma sub-scrição a favor dos Bom-beiros Voluntários de Espo-sende que alcançou a verba de 150$00. Foram doadores: Manuel

Após breve interregno mo-tivado por agressivo per-calço que as menos cuida-das ruas e passeios desta pretensiosa cidade apresen-ta eis-me a recomeçar o registo das memórias que nesta vida se consentem e nesta parca democracia se permitem.E já então uma palavra de gratidão para os que enten-deram manifestarem o seu cuidado pelo percalço so-frido e de que me encontro quase restabelecido.“Mens sana in corpore sano” – pensamento e cor-po são diriam antigos.E vamos aos assuntos.Pensei que seria oportuno reflectir um pouco sobre o que convirá projectar a cur-to e médio prazo para uma

melhor qualidade de vida dos povos deste tão carente como negligenciado con-celho.Já referenciei oportuna-mente na Esposende TV que a acção em termos dos grandes interesses concel-hios, dos 4 governantes nascidos neste concelho – 2 já falecidos e 2 ainda vivos, - o que de importante fizer-am para o concelho situa-se em deplorável zero.E que investimentos fun-damentais são esses para melhorar definitivamente a qualidade de vida deste tão esquecido concelho de Es-posende?1º - Desassoreamento do rio Cávado entre Fão e a foz Cávado e desobestrução da barra com a construção do

molhe norte até ao baixio da Polveira a flectir para sudoeste e um molhe a sul partindo da restinga no sen-tido noroeste. Fixação da restinga a poente com mol-hes amortecedores de ondas e regularização a com mol-hes transversais segundo o plano Vilasboas. Tecnolo-gia aplicável: Laboratório Nacional de Engenharia Civil.O sector das pescas, do tur-ismo e ainda que pequeno comércio marítimo re-nasceriam.2º - Investimento consci-ente, racional na atracção e fixação de mais indústria em todo o concelho, pos-sível com a oferta de ter-renos como o fizeram con-celhos diversos do país.

Gerava mais emprego e naturalmente mais riqueza com o consequente mel-horar da qualidade de vida concelhia.E apoiar sem reservas e muito menos espírito sádi-co, obscurosentista.São por demais casos em que uma simples providên-cia cautelar ensinou prevar-icadores ignorantes a ex-ercer funções com a devida dignidade.3º - Apoio mais consistente à agricultura e pecuária com a introdução de novas tecnologias, meios de maior produção e consequente escoamento, exposições e concursos.Temos uma produção de certo privilégio que os ter-renos arenosos permitem

gerar como a diversidade das hortaliças, a cenoura, os nabos, a batata e quanto mais adubos característi-cos para uma alimentação saudável como os sarga-ços, a bodelha, etc.Que nos falta de potenciali-dades naturais?Falta-nos certamente poder imaginativo, força política, cultura adequada e diálogo para que algo de útil possa ser construído. São eleitas pessoas para cargos públicos que pare-cem ter medo de aparecer nas ruas. Dialogar com as populações? E capacid-ade para o fazer se se en-contram em distante com-primento de onda, o que resulta em consequente fricção!

Das minhas memórias

Alves de Lima 50$00; Dionísio Alves de Lima, 10$00, João Alves de Lima, 20$00; Miguel Velasco, 20$00; Américo Velasco, 20$00; António José Fer-reira, 20$00; António Soares, 10$00.Estas importâncias foram enviadas para os Bom-beiros através do director do Cávado por intermédio da Agência Financial.Dr. Fonseca Lima Pediu a demissão de Gover-nador Civil de Braga o Snr. Dr. Fonseca Lima, o que muito nos impressionou dada a forma muito presti-giante como vinha exercen-

do as suas funções.José de AbreuPediu a exoneração de Ad-ministrador do Concelho de Esposende o Snr. José de Abreu que soube sempre realizar uma obra de acen-drado patriotismo pelo que merece o nosso voto de ad-miração e respeito.Era um excelente coração e um dedicado republicano, além de exemplaríssimo administrador deste con-celho.

(De “O Novo Cávado de 4/1 a 30/1 de 1920)

OpiniãoDr. Bernardino Amândio

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A Renovação doAno Novo

Os deuses do Olimpo zanga-ram-se definitivamente com os homens, tendo razões mais do que suficientes para tal zanga. Realmente, os homens e a sua infinita am-bição têm causado tantos malefícios ao nosso planeta, têm cometido tantos atenta-dos e tantas atrocidades con-tra a natureza que seria de estranhar se esta não ripos-tasse com a força que lhe é conhecida.As catástrofes naturais im-portam perdas de vidas hu-manas e a morte de muitos animais, provocam alter-ações da superfície terrestre e causam avultados danos materiais e muitos outros problemas inerentes e asso-ciados a tais acontecimentos.Muitas dessas catástrofes es-tão interligadas à dinâmica interna da Terra (vulcões, sismos e tsunamis), enquan-to que outras decorrem de condições atmosféricas es-pecificas (vagas de frio e de calor, inundações, furacões, ciclones, avalanches e derro-cadas). Estas últimas andam por aí ao preço da chuva e contendem necessariamente com as alterações climáticas originadas nos atentados do homem contra a natureza.Hoje, fala-se de alterações climáticas como se isso fosse uma novidade, uma notícia, um acontecimento inesperado, uma consequên-cia da modernidade e do desenvolvimento científico, esperando o homem comum que esse problema seja re-solvido pela classe politica, por aqueles que têm nas suas mãos o poder, limitando-se os comuns dos mortais a ler noticias sobre tais acon-tecimentos, a olhar para os ecrãs, a assobiar para o ar e a ver as estrelas, a lamentar o que vai acontecendo noutras locais do planeta, deixando para amanhã a chegada do antídoto para tais males, pensando que esses acon-

tecimentos não nos batem à porta.Entretanto, os senhores do mundo, os senhores dos anéis fazem conferências e cimeiras, mas nada resolvem para defender o nosso pat-rimónio que é a natureza. O resultado da cimeira de Co-penhaga era o esperado e o resultado é sempre o mesmo quando se coloca o carro á frente dos bois, nem anda o carro, nem andam os bois e se o carro andar empurrado pelos bois, o mais certo é partir-se. Realmente, o que é que se podia esperar de uma conferência sobre o cli-ma quando os senhores dos anéis privilegiam ali os in-teresses económicos em vez de privilegiarem a natureza e a vida, quando em vez de procurarem tomar medidas que defendam a vida dos inocentes, colocam o din-heiro a comandar o mundo, a comandar as nossas vidas, as vidas dos nossos filhos e se lá se chegar, as vidas dos nossos netos.Os senhores dos anéis con-seguiram adiar para as próxi-mas conferências as decisões e as execuções dessas de-cisões, mas não conseguiram adiar as respostas da natureza e as catástrofes naturais. Es-tas não esperam para aman-hã. Matam as derrocadas provocadas por excesso de chuva em Angra dos Reis, no Brasil, as avalanches fazem vitimas na Suíça, as cheias e as inundações deixam cor-pos espalhados pelos cantos do mundo, um sismo destrói parte do Haiti e faz mais de cem mil mortes, em Portugal chove sem cessar, por toda a Europa o frio deixa as suas marcas e o sangue dos ino-centes incessantemente vai sendo derramado.Senhores dos anéis, é tempo de parar para pensar, é tem-po de dizerem ao dinheiro que quem manda no mundo são os homens e a natureza,

Opinião

O Carro à frente dos boispuxados por cábulas

Dr. Carlos Ferreira Dra. Carla GomesUm ciclo se fecha. Outro se inicia. Um novo ano che-gou. São 365 dias novos, prontos a estrear, rechea-dos de surpresas, aventu-ras e oportunidades, para serem saboreados, vividos e aproveitados da melhor forma possível.

A passagem de um ano para o outro é sinónimo de re-flexão. Cada um, à sua ma-neira, faz uma retrospectiva da sua vida, reflectindo sobre as várias dimensões que ela comporta: pessoal, sentimental, profissional, familiar e social. É a hora do balanço, de analisar se a vida seguiu o rumo preten-dido, de acordo com son-hos, objectivos e expectati-vas, ou se está na altura de adoptar um outro estilo de vida, bem mais feliz.

Independentemente, da fase de vida, todos, sem excep-ção, desejam uma vida com qualidade e momentos fe-lizes. Por isso, cada ano novo que se inicia é como uma porta que se abre para as mudanças pretendidas, para concretizar o que se pretende e não foi feito no ano anterior, mas, também, para deixar no ano velho o que já não interessa, não faz mais sentido e os momen-tos menos agradáveis que a vida tem. Essas pedras que, às vezes, aparecem no sapa-to, mas que são necessárias para evoluirmos, superar-mos limitações, perceber-mos que temos, dentro de nós, tudo o que é necessário para vencer e subir mais um degrau na escada da vida.

“Ano Novo, Vida Nova”, diz o ditado popular, mas será que temos vontade su-ficiente e a coragem para modificar alguma coisa na nossa vida, rumo aos nos-

sos sonhos e objectivos, ou vamos, simplesmente, vivendo o dia-a-dia, de-ixando o tempo passar?

O ano novo renova as en-ergias e a esperança de cada um, restabelecendo ânimos e forças para co-locar em prática aquilo que, por vezes, vamos adiando. Mas, para mu-dar não é preciso entrar no final de mais um ano. Todos os dias temos essa oportunidade. Findo um dia, temos a oportunidade de analisar o que se fez de certo ou errado, para fazer melhor no próximo dia.

A mudança não deve ser por força do calendário, mas na forma como en-caramos a vida. E, a vida é uma eterna escola, feita de pequenos grandes mo-mentos que nos ensinam novas lições, as quais devemos pôr em prática. Mudar? Atitudes e pens-amentos. Desta forma, uma nova realidade se cria e a renovação do ano novo acontece.

Que se realizem todos os seus projectos e se con-cretizem todos os seus sonhos.

Um esplêndido ano de 2010.

é tempo de colocar os bois na parte da frente do carro para que o carro ande e não se parta.Não deixem para amanhã o que podem fazer hoje. Ol-hem para as lamentações e as desgraças das vitimas, parem de fazer correr sangue de inocentes, não tenham medo de ser originais nem receiem retaliações dos poderosos se a originalidade os afectar, tomem medidas para resolv-er os verdadeiros problemas das pessoas, é tempo de agir e ontem já era tarde.Espante-me ver por aí sen-hores que nem sequer têm anéis, mas que julgam ter anéis ou, pelo menos, têm pretensões a isso, os quais, em vez de serem originais, não passam de simples cábulas, limitando-se a co-piar e a colar nas “searas” que julgam ser suas, medi-das que foram tomadas por outros detentores de outras “searas”. Fico mais espantado, quando verifico que esses cábulas nem sequer têm qualquer pejo de vergonha em indica-rem quais as “searas” onde tais medidas já se encontram em execução.

E fico ainda mais espantado quando constato que esses pretensos senhores dos anéis copiam mais coisas más do que coisas boas, não ten-do sequer capacidade para destrinçar o bem do mal.Meus amigos, não pretendo augurar males, mas um pla-neta onde quem manda é o dinheiro e países, regiões, autarquias, empresas e famí-lias onde quem traça o seu destino são os cábulas, têm os dias contados e até ao fim desses dias as catástrofes naturais não esperam pelas medidas.

Até breve.

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O seu parceiro na Ásia

CHAVÃESRua 1º Dezembro | Esposende

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ActualidadeLotaria do Natal saiu em Esposende

A sorte grande de Natal sorriu a uma sociedade de Barcelos que beneficiou de um bilhete de lo-taria adquirido no ‘Bazar Serra’ – localizado na cidade de Espo-sende. No total, as cinco cautelas com o número 22041 valeram um prémio de 750 mil euros, equivalente a dez por cento do ‘bolo’ total cifrado em 7,5 mil-hões de euros.“Foi a primeira vez que a Lotaria de Natal saiu neste estabeleci-mento”, confirmou Jorge Serra, proprietário do bazar esposen-dense no qual o bilhete foi ad-quirido. “Quem o comprou foi um cliente habitual, representan-do uma sociedade entre proprie-tários e funcionários da empresa ‘Tonalidades Frescas’, da qual é gerente”, acrescentou.O ‘bolo’ foi repartido por cerca de 20 pessoas, cada qual, conso-ante o valor investido na aposta, a receber no mínimo 25 mil eu-

ros. Ao proprietário do bazar da sorte, caberá um jantar de agra-decimento. “Já não é mau, até porque eles sabem que eu como bem”, gracejou Jorge Serra, sat-isfeito também pela publicidade que um prémio destas dimensões traz ao estabelecimento.Para o responsável pela compra do bilhete sorteado, a boa notícia do prémio juntou-se à vitória do Benfica no jogo contra o rival FC Porto. “Fiquei duplamente feliz porque soube do prémio justa-mente quando estava em Lisboa a sair do estádio”, afirmou o apostador que no seu telemóvel já tinha um conjunto de chama-das não atendidas a anunciar a boa nova. “No início até fiquei preocupado porque pensei no pior, nalguma má notícia, o que felizmente não se verificou”, concluiu o sortudo apostador que, há alguns anos atrás, havia já arrecadado um outro chorudo prémio na lotaria.Uma situação que acaba por com-provar a teoria de Jorge Serra ao afirmar que “só há duas maneiras honestas de ser rico em Portugal: ou por herança ou pelo jogo”.

Correio dos Leitores

Miguel [email protected]

ANTAS 03 JANEIRO 11 JULHOFORJÃES 10 JANEIRO 08 AGOSTOQUINTA E COSTA 27 JANEIRO 29 JUNHOFÃO 31 JANEIRO 18 JULHOMARINHAS 07 FEVEREIRO 08 AGOSTOESPOSENDE 14 FEVEREIRO 01 AGOSTOMAR 14 MARÇO 19 SETEMBROGANDRA 21 MARÇO 12 SETEMBROCÂMARA MUNICIPAL 14 ABRIL 07 OUTUBROFONTE BOA 18 ABRIL 03 OUTUBROEB2,3 MARINHAS 22 ABRIL 28 OUTUBROBELINHO 02 MAIO 24 OUTUBROES HENRIQUE MEDINA 05 MAIO 24 NOVEMBROCURVOS 09 MAIO 07 NOVEMBROAPÚLIA 16 MAIO 14 NOVEMBROEB2,3 ANTÓNIO C. OLIVEIRA 19 MAIO 10 NOVEMBROPALMEIRA 23 MAIO 21 NOVEMBROGÓIOS 06 JUNHO 05 DEZEMBRORIO TINTO 06 JUNHO 12 DEZEMBROVILA CHÃ 13 JUNHO 05 DEZEMBROSOLIDAL 15 JUNHO 03 DEZEMBROGEMESES 04 JULHO 05 DEZEMBRO

Associação Humanitária dos Dadores de Sangue de Esposende

Recolhas 2010

O Jornal de Esposende conti-nua a receber diversas cartas e emails de leitores, os artigos são da responsabilidade de quem os escreve, por isso este espaço fica reservado a todos que pre-tendam deixar a sua opinião.

Cego é aquele que não vê.Mais Cego é aquele que não quer ver!

Esposende é uma cidade fantas-ma, mesmo ao fim de semana.Durante a semana, o comércio local encerra entre as 19 e as 20 horas. Aos fins-de-semana, para além da maioria estar encerrada aos domingos, são raros os esta-belecimentos comerciais se en-contrarem abertos depois das 20 horas, mesmo os ligados à Hote-laria, pois que o movimento de pessoas e clientes não justificam os custos a suportar – (rendas, pessoal, luz e outras).Tudo isto se verifica por culpa de alguém, que não sendo cego, não quer ver que, com o licenciamen-to da abertura de estabelecimen-

tos comerciais na zona Industrial (lugar do Bouro – Gandra/Pal-meira) faz com que o centro de Esposende fique às moscas.A casa grande, criou um gabi-nete de apoio ao comércio local “Esposende investe”, para quê? Se, se continua a autorizar e a licenciar a abertura desses estab-elecimentos comerciais na Zona Industrial!Certamente que este gabinete foi criado para arranjar alguns lugares para os seus boy’s.O Comércio local precisa, só, somente, que algo se faça para incentivar as pessoas, que nos visitam a deslocarem-se ao cen-tro de Esposende.Já agora, fala-se e comenta-se que a casa grande quer retirar o Mercado Municipal, para junto do local da feira – Central de Ca-mionagem.Já foi uma crime, para o comércio local a retirada da feira semanal, para o actual local – central da camionagem, pois que, com esta deslocação, retiraram-se do co-ração de Esposende umas deze-

nas de milhares de pessoas que nos visitavam, pelo menos de 15 em 15 dias. E quem é que perdeu com tudo isso, o comércio local. Agora pensa-se retirar o mercado Municipal.Que mais se há-de se retirar do centro de Esposende?Dizem que se quer transformar o actual Mercado Municipal, num centro de Eventos, Festas e Romarias, ou seja, entregar o Mercado Municipal para a festa da Lampreia do Rio Cávado, à APPCE, a festa da Sardinha, à Comissão de Festas de São João que subaluga o espaço à ADE e a festa gastronómica do Marisco e dos grelhados à ADEÉ assim que, Esposende irá se de-senvolver?É assim que se irá apoiar o Co-mércio Local, a agricultura e as Pescas?Certamente que não.Até breve [email protected]

A AKA - Associação de Karaté de Apúlia, em parceria com a Junta de Freguesia de Fão vai promover no próximo dia 31 de Janeiro, o I TORNEIO INTERESTILOS DE KARATÉ - FÃO KUMITE OPEN no pavilhão Gimnodesportivo de Fão ,com inicio às 9 horas. A AKA, ao realizar mais um torneio de Karaté no Concelho, pretende consolidar e alargar ainda mais a prática desta modalidade desportiva em Esposende que já obteve resultados muito positivos a nível nacional.

Neste principio de 2010 que es-pero ser um ano de grande felici-dade para todos os nossos leitores e passado que está a azafama das festas natalícias fomos visitar um blog de um esposendense resi-dente no Brasil .Exactamente o sentido é esse mesmo estar-mos no Brasil como em Esposende se tratasse .Fernando Rites a par com a sua actividade profissional desen-volveu um local para os portu-gueses que por lá se encontram (e serão muitos concerteza) demon-strando e mostrando EsposendeNa sua apresentação simples precebemos o seu grande inter-esse pelo desenvolvimento da ci-dade e do concelho .Chama-os a atenção para a apre-

sentação de quase todos os órgão de comunicação do concelho pro-curando levar ao maior numero de conterrâneos as noticias do concelho Destaque para a colaboração com o nosso jornal onde se pode tam-bém visualizar alguns traillers da Esposende Tv.Sem duvida mais uma boa aposta de um Esposendense que neste caso está “fora” sem deixar de contactar todos os visitantes do blog por si editadoAqui fica o endereço electróni-co http://concelhodeesposende.blogspot.com/.Para a próxima edição voltaremos a divulgar mais “blog e sites” de Esposendenses para Esposende.

Jorge Costa

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Rua Sra. da Saúde | 914 726 244 934 743 882 | Esposende

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SALDOS TUDO - 50%

Seg.- Sáb. 10:00h ás 13:30h 14:30h ás 17:30h

Domingos14:00h ás 17:00h

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JORNAL DE ESPOSENDE

Desporto

Director: Paulo Gonçalves Redacção: Carla Viana e Paulo Gonçalves Colaboradores: Dr. Bernardino Amândio, Prof. Rui Vasquinho, José Belo, Dra. Carla Gomes, Dra. Diana Vale, Dr. Carlos Ferreira, Artur L. Costa, Jorge Costa, Miguel Pinto Publicidade: Tito Gaifem Paginação/Design: Luís Costa Fotografia: Lúcio Viana Distribuição: Gratuita Proprietário: Info Média Emissões Lda - Rua Dr. Henrique Barros Lima, 5 - 4740-323 Esposende Telefone/Fax: 253 048 985 E-mail: [email protected] Editor: Info Média Emissões Lda Sede: Info Média Emissões Lda - Rua Dr. Henrique Barros Lima, 5 - 4740-323 Esposende Impressão: Oficina de S. José Apartado 4711-914 Braga

Ano 30 - Nº 627Tiragem 1500No. Reg. I.C.S. - 106125 Depósito legal no. 204498/03

É um espaço digno de ser vis-itado, o “Museu Maia SLB” está situado na moradia de Pedro Alves, na freguesia de Gandra.Entrando na sala principal deste desportista de 31 anos, podemos contemplar centenas de artigos ligados ao desporto de vários clubes nacionais, no entanto são os artigos alusivos ao Benfica que dominam todas as atenções.Cachecóis, Fotos, Camisolas, Bolas, Quadros, Copos, Canecas, Garrafas, Livros, Azulejos e mui-

Futebolista do Gandra constrói Museu de Desporto

Contagem decrescente para a 58ª edição, a qual vai contar com a presença de 19 mil aves, oriundas de 16 países, naquela que será a quinta maior exposição de sem-pre da Ornitologia Mundial.Portugal vai estar representado por dois mil criadores, e o ob-jectivo em termos classificativos passa por lograr um lugar nos cinco primeiros, atendendo que as principais posições do pódio não devem fugir a Italianos e aos Belgas.A competição orçada em 400 mil euros, foi traçada ao pormenor pela Federação Ornitológica Na-cional Portuguesa, da qual faz parte o esposendense Rui Vale (na foto), actualmente a desem-

Campeonato do Mundial de Ornitologia

penhar o lugar de Secretário-geral da Direcção.Aos poucos começam a chegar as aves estrangeiras, a que se seg-uem as nacionais, por seu lado os julgamentos e classificações das diversas classes serão feitas entre o próximo domingo e terça-feira.Ao entrar nos pavilhões observe a beleza, onde vão dominar os canários de cor e quatro araras oriundas da Suíça, no reino col-orido das aves.Até o abrir das portas ao público, por este últimos dias decorrem os retoques finais, nos 12 mil met-ros quadrados reservados a este campeonato, que terá diversas surpresas e motivos suficientes, para merecer uma visita de 21 a

24 deste mês na Exponor-Ma-tosinhos, a entrada vai custar 5 euros.

PROGRAMA15/01/2010

(Hoje )das 08:00 - 18:00h

Engaiolamento dos pássaros estrangeiros

16/01/2010(Sábado)

das 09:00h- 12:00h das 14:00h - 18:00hEngaiolamento dos pássaros Portugueses

18:30h - Congresso O.M.J.

17/01/2010(Domingo)

das 09:00 - 17:00h - Julgamentos

18/01/2010(Segunda-feira)

das 09:00 - 17:00h - Julgamentos

19/01/2010(Terça-feira)

das 09:00 - 17:00h - Julgamentos

20/01/2010(Quarta-feira)

Todo o dia Organização

21/01/2010(Quinta-feira)

15:00h - Inauguraçãodas 16:00h - 20:00h - Abertura ao público

22/01/2010(Sexta-feira)

das 10:00 - 20:00hAbertura ao público

23/01/2010(Sábado)

ás 10:00h - Congresso C.O.M.das 10:00 -20:00h - Abertura ao público

20:30h - Jantar de Gala

24/01/2010(Domingo)

das 10:00h- 17:00 - Abertura ao público17:30h - Encerramento

18:00h - Desengaiolamento dos pássaros Portugueses25/01/2010

(Segunda-feira)08:00h - Desengaiolamento dos pássaros estrangeiros

to mais, estão expostos nos cerca de 47 metros quadrados.Foram anos a fio a coleccionar, Pedro Alves até já criou um si-tio na internet em www.maiaslb.pt.vu , o qual já teve 2300 visitas num curto espaço de 2 meses, o objectivo claro está passa por di-vulgar o seu museu e quem sabe um dia destes receber a visita de alguém da direcção do clube encarnado”sou o sócio 72750 do Benfica, e como sonho, não es-condo, que gostaria de ser recon-

hecido pela direcção do clube”Pedro Alves promete continuar a fazer crescer o “Museu Maia SLB”, em breve vão chegar mais camisolas de jogadores, estando já prometida a de César Peixoto, que já tem lugar reservado, vai ficar ao lado da camisola de João Pinto quando este actuava no Sporting de Braga.Pedro ocupa desta forma o seu tempo livre a trabalhar para este Museu de Desporto “não consigo contabilizar as horas dedicadas a este espaço, já fiz muitas directas, enquanto em termos monetários posso dizer que já investi para cima de 7 mil euros em material”Como desportista, Pedro Alves chegou a treinar nas escolinhas do SL Benfica, no entanto a ex-periência foi curta por Lisboa, no regresso ao norte, este natural de Palmeira de Faro, jogou no FC Marinhas, AD Esposende, Estrelas de Faro, Chafé, estando actualmente ao serviço do Gan-dra FC.

Paulo Gonç[email protected]

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FutebolCampeonato Nacional da 3ª Divisão: Fão e Marinhas ainda em baixa

José Belo

CLASSIFICAÇÃO1º Maria da Fonte, 27 pontos2º Mac. Cavaleiros, 25 3º Mirandela, 244º Montalegre, 235º Bragança, 226º Limianos, 177º Valenciano, 178º Santa Maria, 16 9º FC Marinhas, 14 10º FC Amares, 13 11º CF Fão, 1112º Morais, 7

Próxima jornada 17 Janeiro: CF Fão-Amares e Morais-FC Marinhas

AD Esposende entra o ano no topo, mas perde invencibilidade em casaApúlia com sensacional vitória nas Taipas sai da zona vermelhaVila Chã mantém senda vitoriosa e Forjães ainda invencívelGandra recupera o 2º lugarDivisão de HonraA equipa da ADE, que chegou à liderança na entrada do ano, per-deu pela primeira vez em casa frente ao Arões, mas a surpreen-dente vitória do Apúlia nas Taipas manteve-a na frente. Por sua vez os comandados de Sérgio Lino, com estes 3 pontos já saíram da zona de despromoção. Por outro lado registem-se as saídas/baixas de Joaõzinho (Rio Ave), Filipe Martins (abandono por lesão) e Filipe Alexandre (lesionado de longa duração), colmatadas com as entradas de Mossoró e Mag-no. Por sua, o Apúlia contratou Hélder (ex-Rio Ave) e Dani (ex-ADE).12ª Jornada GD Apúlia, 0 Águias da Graça, 0 Porto d’Ave, 1 AD Esposende, 1 (Formoso)13ª JornadaAD Esposende, 2 Arões, 3 (Magno e autogolo)CC Taipas, 2 Apúlia, 3 (Marco (2) e Manso) 1º ADE 27 pontos, 2º Taipas 26, 12º Apúlia 151ª Divisão O Forjães continua sem perder, mas novo empate faz descer ao

4º lugar, embora com 1 jogo a menos, enquanto o Vila Chã, que não perde desde a 1ª jorna-da, conseguiu importante vitória em Braga, com Carlos, a nova aquisição vinda do Fão, a dar os 3 pontos depois da reviravolta no marcador iniciada por Diogo.11.ª JornadaUD Vila Chã, 1 Terras do Bou-ro, 1 (Tiago)Forjães SC, 4 Laje, 1 (Jimmy, Diogo, Zé Manel e Adriano)12ª JornadaSoarense, 1 Vila Chã, 2 (Diogo e Carlos)Panoiense, 1 Forjães SC, 1 1º Vila Chã, 29 pontos, 4º For-jães com 252ª DivisãoO Gandra aproveitou dois jogos seguidos em casa, para somar 6 pontos e aproveitando a escor-regadela do Cabreiros, regressar ao 2º lugar. Por sua vez o Antas de José Vassalo depois da derrota no “derby” com o Gandra, foi “vingar-se” a Granja onde ven-ceu de forma clara. Já o Belinho caiu no penúltimo lugar após mais 2 derrotas.11ª JornadaOperário, 3 Juv Belinho, 1 Gandra FC, 2 Antas FC, 0 (Jardel e Perú )12ª JornadaJuv. Belinho, 1 Mouquim, 2 Granja, 2 Antas FC, 4Gandra FC, 2 Carreira, 11º Pousa, 33 pontos, 2º Gandra com 28, 10º Antas FC com 13, 15º Belinho com 8

Regionais

Hóquei em Patins

José Belo

As equipas do concelho, entraram no novo ano, com as mesmas carência de pontos e as-sim em 3 jornadas apenas fizeram 3 e 4 pontos respectivamente. Entretanto, o mercado de inverno trouxe várias mexidas nos plantéis, registando-se no Marinhas as entradas de Gil e Nélson vindo do Atlético de Valdevez, enquanto Gilberto e Chiquinho rumavam ao Fão, que por sua vez via sair Zé Rego, Carlos e Carlos Viana.

11ª Jornada: Santa Maria, 2 CF Fão, 1 (Fial)FC Marinhas, 1 Montalegre, 1 (autogolo)12ª Jornada:CF Fão, 2 Montalegre, 1 (Tiago Bertolucci e Luís Pedro)Valenciano, 2 FC Marinhas,1 (Sobrinho)13ª Jornada:Maria da Fonte, 1 CF Fão, 0FC Marinhas, 1 Limianos, 0 (Paulo Nóvoa)

Campeonato Nacional da 3ª Divisão 13ª Jornada: Fânzeres, 3 HC Fão, 21º CD Póvoa, 36 pontos2º Seixas HC, 345º HC Fão, 24Regionais

Jó Faria - Técnico C. F. Fão

Se a equipa de seniores do HC Fão já perdeu as esperanças de tentar a subida de divisão depois de mais uma derrota em Fânzeres, os Juniores e os Juvenis deram uma grande alegria aos fangueiros e fizeram história ao conseguirem que pela primeira vez na história do clube, atingisse os campeonatos nacionais. António Araújo o seu técnico dos Juniores e coordenador do HC Fão ajudou de forma considerável a que um grupo de excelentes hoquistas conseguisse este feito assinalável.

Equipas de Juniores e Juvenis de Fão nos Campeonatos Nacionais

HC Fão, 5 Famalicense, 2 (Ju-niores)HC Fão, 9 Famalicense, 6 (Juvenis)ValençaHC, 4 HC Fão, 3 (In-fantis)Valença HC, 3 HC Fão, 5 (Ini-ciados)

Os Juniores garantiram o 2º lugar a 2 jornadas do final, sendo apurados os 3 primeiros para os nacionais. Os Juvenis tem o 3.º lugar assegurado.

Tiago Martins continua a realizar uma excelente época e lidera a lista dos melhores marcadores, o avançado do Perpignan par-ticipou recentemente num jogo amigável frente ao Marselha, em que defron-tou os conhecidos Lucho Gonzalez e Heinze.Contactado pelo Jornal de Esposende, Tiago Martins não escondia a enorme sat-isfação de ter actuado neste

Esposendense goleador em França

jogo que reúne os mel-hores jogadores da região e a poderosa formação do Marselha que acabou por ganhar o encontro por 4-1” foi bom voltar a jogar con-tra os melhores jogadores da actualidade, e reen-contrar o Lucho Gonzalez jogador que defrontei em Portugal. No fim do jogo trocamos algumas palavras, falando do F.C. Porto e de Portugal.

Ser marcado pelo Gabriel Heinze ex. Manchester e Real Madrid , não aconte-cem todos os dias. As coi-sas aqui estão a correr-me bem, no campeonato sou o melhor marcador. Mas com aquelas saudades da família e amigos, um abraço para todos”frisou Tiago Martins jogador em destaque no Perpignan.

Paulo Gonç[email protected]

Fractura de clavícula deixa Paulo Gonçalves fora do DAKAR 2010

O “motard” esposendense Paulo Gonçalves (BMW) foi obrigado a abandonar o Dakar 2010, prova rainha de todo-o-terreno, depois de ter fracturado uma clavícula em consequência de uma queda sofrida durante a sexta etapa da

competição.Segundo a organização da prova, Paulo Gonçalves, que ocupava a sexta posição da classificação geral, caiu ao quilómetro 195 da “especial” que ligou Antofagasta a Iquique, no Chile.Paulo Gonçalves termina assim a sua participação neste Dakar 2010 de forma forçada devido a lesão.Na anterior edição do Dakar, o piloto natural de Gemeses re-corde-se tinha obtido o 10º lugar da geral.

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JORNAL DE ESPOSENDE

LocalLançado concurso público para a construção do Centro Educativo de FãoA autarquia de Esposende lançou recentemente o con-curso público da empre-itada do Centro Educativo de Fão, um equipamento estimado em cerca de 1,7 milhões de euros, esta obra será financiada em 75% pelo Programa “Requalifi-cação da Rede Escolar do 1.º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-escolar” do QREN.Projectado para os terrenos adjacentes à Zona Desporti-va de Fão, o Centro Educa-tivo integrará as valências de Pré-Escolar e de 1º Ciclo do Ensino Básico. 3 Salas de actividades afec-tas ao Pré-escolar2 Salas de componente só-cio-educativa7 Salas de aula afectas ao 1º Ciclo

2 Salas enriquecimento cur-ricularSala de informática, Laboratório Biblioteca Refeitório( serviços para a confecção e preparação de refeições)Instalações para os serviços administrativos e de apoio à actividade lectivaInstalações sanitárias,PolivalenteRecreio exterior cobertoCampo de jogos Parque infantil

Para uma segunda fase está projectada a construção de um Pavilhão Gimnodes-portivo, que dará não só apoio ao estabelecimento de ensino, mas que também se integrará na nova zona desportiva.

Deputado do PCP diz que falta um auditório no projectoManuel Carvoeiro já fez saber que falta um espaço destinado a um auditório no Centro Escolar de Fão (CEF), o deputado do Partido Comunista na Assembleia Municipal enviou mesmo uma missiva ao autarca de Esposende a dar conta do problema.Carvoeiro recorda que após a consulta do projecto numa reunião do Conselho Municipal de Educação e na última Assembleia Municipal já tinha alertado para o que considera uma lacuna no projecto do CEF “a não inclusão de um auditório no Centro Educativo de Fão constitui uma omissão muito grave e, com o devido respeito, um erro em termos de planeamento “ o deputado municipal dos comunistas, aponta como exemplos da falta de um auditório, o que acontece na sede do concelho” este constrangimento da itinerância já é visível em Esposende, na Escola de Música, onde, nos dias das audições ou concertos os alunos e professores têm que andar com a “tralha” às costas, transportando os instru-mentos, equipamentos e outras matérias para o auditório municipal, museu municipal. E quando o rigor climático nos dias de Inverno se faz sentir nem a itinerância é possível. E tudo isto, porque, na casa da Juventude, derivado de um erro flagrante de planeamento, não se construíu um auditório”concluiu Manuel Carvoeiro

Assembleia Municipal de Esposende aprovou documentos previsionais da Autarquia para 2010 A Assembleia Municipal de Es-posende aprovou os documentos previsionais da Autarquia para 2010, designadamente o Orça-mento, o Plano Plurianual de In-vestimentos e o Plano de Activi-dades Municipais.Com um orçamento de cerca de 24 milhões, 2010 será essencial-mente um ano de conclusão de um conjunto muito significativo de investimentos que a Autarquia está a efectuar em todo o con-celho. 2010 marca o arranque da con-cretização dos projectos inseridos em dois grandes e importantes programas para o Município, designadamente o Polis Litoral Norte e o URBI-Esposende.

Carvoeiro votou contra Manuel Carvoeiro pela quinta vez denunciou o incumprimento, por parte da Câmara, do Esta-tuto da Oposição, por este Órgão executivo não proceder, como decorre do quadro legal em vig-or, à audição dos grupos políticos no processo de elaboração dos documentos previsionais (Or-çamento e Grandes opções do

Plano).Manuel Carvoeiro votou con-tra os documentos previsionais (Orçamento e Grandes Opções do Plano) apresentados pela Câ-mara à Assembleia Municipal para 2010. Manuel Carvoeiro suportou a sua posição através das muitas questões dirigidas ao Presidente da Câmara, esmiuçan-do, assim, os documentos pre-visionais, deixando bem claro, conforme afirmou, os grandes “desequilíbrios em termos de dotação de verbas”.Carvoeiro acabou, no fundo, por apontar que há áreas, como a animação da Casa da Juventude, o apoio às bandas de música, as verbas para as bibliotecas de praia, para a realização de ac-tividades de promoção turística, requalificação e ampliação de ce-mitérios, entre outras, com ver-bas irrisórias, quando há outras, a título de exemplo: os estudos e pareceres, os prémios, condeco-rações e o ofertas no âmbito das actividades sócio-educativas, com dotações muito dilatadas. O deputado do PCP, interpelou, pela segunda vez, o Presidente da Câmara sobre a dotação de

290 mil euros destinados ao de-senvolvimento das actividades de enriquecimento curricular no 1.º ciclo por instituições sem fins lucrativos, não tendo, de maneira alguma ficado contente com a re-sposta do Edil. O Deputado Comunista ques-tionou ainda o Presidente do Executivo Municipal acerca da atribuição para a realização de actividades culturais de 6500 eu-

ros a empresas privadas.Carvoeiro foi duro quanto a esta opção da Câmara, tendo referido que não se devem canalizar din-heiros públicos para empresas privadas que têm como objectivo da sua actividade o lucro. Man-uel Carvoeiro criticou de forma enfática o Presidente da Câmara por ter prometido, há dois anos, a construção de uma escola de música em Belinho e, passado

este tempo, nada se vislumbrar neste Orçamento sobre o assunto. Mas, Carvoeiro foi mais longe, apontando o estado de degrada-ção, quer do Posto de Turismo na Avenida marginal, quer do au-ditório municipal, situações que, segundo o Deputado do PCP, de-veriam envergonhar esta Câmara e cuja resolução não se vislumbra nestes documentos previsionais.

Serviço de atendimento de casos urgentes vai encerrar a partir do próximo dia 18 deste mêsEste serviço vai passar pela supervisão do médico de família que passará a ter 48 horas para responder às solicitações dos utentes.O serviço de atendimento de casos urgentes será substituído por consultas de recursos que estão vocacionados para utentes que não tenham médico de família ou sejam emigrantes.

Ainda no âmbito da reorganização administrativa, o Centro de Saúde de Esposende inaugurou no fim de semana um novo serviço, garantindo que até ao mês de Abril, o Centro de Saúde passe a funcionar ao fim de semana, envolvendo serviço de consulta regular, entre as oito da manhã e as duas da tarde.

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O BOM JESUS DE FÃO

Por: Carlos Domingues Mariz, com o apoio de Artur L. Costa, Esposende

Tendo assistido em 2-5-1965 à inauguração do edifício onde foi instalado o Cor-reio de Fão, terra onde vivi vários anos e Estação que havia chefiado mais de sete, ocorreu-me escrever uma ligeira nota sobre um dos assuntos mais queridos ao povo fangueiro: O SENHOR BOM JESUS DE FÃO.Fão, terra antiquíssima, cujas origens se perdem na lonjura dos tempos, é tido por uns como sendo fundada pelos celtas, por outros, edificada pelo romanos, alguns local-izam aqui o reino de Ofir, de que nos fala a Bíblia, outros pretendem que foi outrora a cidade de águas Celenas.Há ao largo da costa umas penedias, conhecidas por Cavalos de Fão, que uma lenda diz serem os cavalos mandados por Salomão ao rei Ofir e que, por nau-fragar o barco que os condu-zia, foram transformados em penedias…O documento mais antigo que a Fão se refere é a doa-ção feita por Mumadona ao Mosteiro de Guimarães, e que já tem mais de mil anos!Nos séculos XVIII e XIX vivia em Fão uma popula-ção constituída por pescado-res, marinheiros, operários da construção civil e naval, dezenas de comerciantes, agricultores e nobres da casa real.Florescia a indústria da pes-ca, construção naval, cordo-aria, pregaria, etc.Diariamente mais de cinquenta lanchas se faziam ao mar para a faina da pesca à rede.No Porto de Esposende en-travam durante o ano muitos navios de cabotagem e longo curso, a bordo dos quais tra-balhavam muitos fangueiros .Habituados desde pequenos às lides do mar, o fangueiro

cedo se destacava na arte de marear e muitos atingiam postos de pilotos e capitães.Terra de arreigada religiosi-dade, dava muitos sacerdotes à Igreja, alguns dos quais exerciam sua actividade em terras de Missão, principal-mente no Brasil.Tudo isto nos faz com-preender o esplendoroso culto do Senhor Bom Jesus nessa época e que o mesmo tenha atingido longes para-gens, como sucedeu em Ter-ras de Santa Cruz.Por Fão passaram romeiros a caminho de Santiago de Compostela, que aqui tin-ham paragem obrigatória, para ouvir Missa e rezar na Capela do Senhor Bom Je-sus.A imagem do Senhor Bom Jesus de Fão é antiquíssima e até se desconhece a sua ori-gem exacta.Uma lenda fá-la irmão do Senhor da Cruz de Barcelos e do Senhor de Matosinhos e diz que apareceu no local onde ora erigida a capela, que era pantanoso e ficava inundado pelas marés.Há uma tradição fangueira que nos diz que a capela era do tempo dos mouros…Em 1926 foi erigido um monumento na antiga er-mida, no interior da capela-mor, para sepultura de Paulo Carneiro d Figueiredo, pelo que se julga ter sido ele o seu fundador.Antes dessa capela existiu um nicho onde esteve em princípio recolhida a ima-gem.Em 1710, sob a orientação do novo Juiz, Reverendo Afonso de Meira Carrilho, iniciou-se a construção da actual capela, sendo a obra de pedreiro entregues aos mestres de Marinhas Manuel Fernandes da Silva e seu pai Pascoal Fernandes, que con-cluíram o seu trabalho em 1720.Só em 1722 ficou pronto o altar e nele colocada a Ima-gem. As portas, grades e

Decreto-Lei n.º 324/2009 de 29 de DezembroRegime transitório de apoio aos desempregadosOs reflexos da actual conjun-tura económica no mercado de emprego têm determinadoo aumento do número de trabalhadores sem emprego, admitindo -se a prevalência deníveis de desemprego sig-nificativos ainda durante o próximo ano.Torna -se assim imperioso por razões de justiça social reforçar a protecção social dostrabalhadores e das suas famílias através de criação de medidas que facilitem oacesso ao subsídio de des-emprego e permitam alargar o universo de trabalhadoresdesempregados com acesso à protecção social garantida pelo sistema de segurançasocial.Constata -se, na verdade, que um dos motivos impeditivos do acesso ao subsídio dedesemprego tem sido a in-suficiência de períodos con-tributivos para cumprimento doprazo de garantia, condição de acesso à prestação, em re-sultado da precariedadelaboral resultante de contra-tos de trabalho de curta dura-ção. A cessação acrescidados contratos desta natureza no contexto actual agrava a situação social.Tendo em conta os re-flexos da actual conjuntura económica no mercado de emprego,verifica -se a necessidade ur-gente de reforçar e aumentar a protecção social dostrabalhadores desemprega-dos, através da adopção de um regime transitório eexcepcional de acesso ao subsídio de desemprego, concretizado na redução do prazode garantia, a vigorar duran-te o ano de 2010.Esta medida, de reforço da protecção social, insere –se no âmbito das políticas so-

ciaisprosseguidas pelo Programa do XVIII Governo Constitu-cional.Desta forma, reduz-se, transi-toriamente, durante o ano de 2010, o prazo decontribuições necessário para aceder ao subsídio de desem-prego de 450 para 365dias de trabalho por conta de outrem, com o corresponden-te registo de remunerações,no período de 24 meses ime-diatamente anterior ao des-emprego, tendo como objec-tivoalargar o número de trabal-hadores desempregados com direito ao subsídio dedesemprego.Lei n.º 119/2009 de 30 de DezembroPrimeira alteração à Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro, que estabelece uma novadata para a entrada em vigor do Código dos Regimes Con-tributivos do SistemaPrevidencial de Segurança Social.É alterado o artigo 6.º da Lei n.º 110/2009, de 16 de Setem-bro, que passa a ter aseguinte redacção:«Artigo 6.º[...]1 — A presente lei entra em vigor no dia 1 de Janeiro de 2011.2 — As disposições constan-tes dos artigos 277.º a 281.º passam a ter como primeiroano de referência, para a entrada em vigor, o ano de 2011, adaptando–seconsecutivamente aos anos seguintes.»Contudo, conforme o dis-posto no artigo 2.º da Lei n.º 119/2009 de 30 de Dezem-bro,cuja epígrafe é Avaliação pela Comissão Permanente de Concertação Social, aentrada em vigor supra referi-da é precedida de uma avalia-ção efectuada em reuniãoda Comissão Permanente de Concertação Social.

Dra. Diana Vale Artur L. Costa

púlpitos, feitos com madeira que mandou do Brasil um devoto, foram colocados em 1723.O adro construiu-se de 1726 a 1728 e a torre ficou pronta em 1732 e nela foram colo-cados os sinos adquiridos ao mestre sineiro bracarense Agostinho Ferreira da Ro-cha.Em 1734, colocaram o Santíssimo no templo.A capela do Bom Jesus, em forma de Cruz, com pare-des de cerca de dois metros de espessura, assentes em estacaria com um tecto em abóbada, de granito trabalha-do, com lindos arcos de liga-ção entre os ramos da cruz, é obra de real valor.Tem altares: o do Bom Jesus ou altar-mor, o da Senhora da Agonia, construído em 1750, cuja imagem foi ad-quirida em Braga, em 1752 e o do Senhor da Agonia, que se concluiu em 1759.Este último representa a cena do calvário e tem belíssimas imagens, das quais, a do cru-cificado, deve ter sido feita em Viana do Castelo.Para a construção a da ca-pela contribuíram os povos de Entre Douro e Minho e mesmo gentes do Brasil, de onde vieram as madeiras e barras em ouro, sendo este produto da percentagem dos bandeirantes, cobrada sobre o ouro que encontravam nas minas de Ouro Preto!É provável que a fundação do templo do Bom Jesus daquela cidade brasileira tenha tido origem na de-voção, espalhada na região, ao famoso Bom Jesus de Fão.

Continua na próxima edição

Observatório Jurídico

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JORNAL DE ESPOSENDE

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JORNAL DE ESPOSENDE

Opinião

Paulo Campos

O Modelo e o Sistema de Jogo

Esta crónica surge no âm-bito de constantes análises de comentadores em de-terminadas televisões que falam de TUDO, mas quan-do saem da sua “zona” não dizem nada. Cada macaco deve estar no seu galho, cada galinha no seu poleiro. Apraz-me analisar uma das grandes discussões por vezes em comentários aos jogos. O modelo de jogo e o sistema de jogo. Certo que o que eu vou dizer mui-tos treinadores sabem, mas o objectivo é desmistificar certos “boatos” enganosos de quem se julga o rei da charada.O futebol, a todos os níveis e mais especificamente en-quanto jogo tem vindo a so-frer constante evolução. O jogo que está cada vez mais rápido, com menos espaços, e com jogadores melhores. O jogador tem que ser pro-activo, agir e não apenas reagir, em campo só existe uma bola e ganha quem a souber ter mais tempo e, mais importante ainda e acima de tudo, da forma mais inteligente. Diga-se o que se disser, ao ver na RTP memória jogos de à 10/20 anos, nota-se perfeitamente a diferença entre o futebol do último século e o deste.Afirmo com toda a certeza que, o futebol está muito mais inteligente e mais complexo, logo exige muito mais do plano cognitivo da assimilação e acomodação dos processos do próprio jogo. Esta evolução tem resultado no meu ponto de vista, não do apareci-mento de novos sistemas, historicamente do WM até ao famigerado 4x4x2, em losango, o sistema que se assume como a forma es-

tratégica de disposição dos atletas pelo espaço de jogo. O sistema de jogo é es-tanque, um mero desenho, um nítido esqueleto. Meta-foricamente falando: Um jogador de xadrez. A forma como as peças estão colo-cadas será o nosso sistema, e o cérebro do jogador o modelo. Ao olharmos para as peças conseguimos dis-cernir qual o sistema, mas o modelo é transcendente, são as ideias que estão na cabeça do jogador. Assim, as peças vão sendo muda-das, pela incursão de ide-ias vindas do modelo, ao passo que o modelo não é mudado pela simples co-locação das peças de outra forma. É obvio que não será tanto assim, mas num sen-tido figurado julgo ser uma explicação válida. Mas sem um modelo que lhe confira princípios, (de onde se ram-ificam os sub-princípios) de comportamento da eq-uipa, que definem a sua or-ganização e lhe conferem uma identidade própria na forma como esta age e in-terage perante o adversário, tendo em conta os 2 fases do jogo, o ataque, onde o modelo imerge mais, pela mobilidade obrigatória no espaço e a defesa, onde o sistema é a base para um contenção para o equilí-brio. Dentro destas fases, os 4 momentos principais do jogo – processo de-fensivo, transição defesa/ataque, processo ofensivo e transição ataque/defesa. De um modo global o modelo será, então, a forma como o treinador entende que a sua equipa deve jogar, no ataque (posicional, contra-ataque…), na defesa (zona, homem a homem…), tran-

sitando entre a posse e a perda de bola (transição rá-pida, jogo directo, primeiro período após recuperação, recuperação e equilíbrio defensivo…), e forma de actuar nos esquemas tác-tico-estratégicos (bolas paradas). Logo, quando um clube contrata um treina-dor, chama a si uma ideia de jogo, uma ideia de futebol, quando troca de treinador, troca um pensamento sobre como colocar a equipa a jogar, o esqueleto até pode ser o mesmo.O desenvolvimento de con-ceitos e modelos, que dão dinâmica e operacionalizam esses mesmos sistemas, modificando-os em função de exigências estratégicas. Nos últimos anos têm-se assistido a modificações extremas e, de certa forma, um romper com conceitos e mitos que se relacionam, acima de tudo, com a met-odologia do treino. Desta evolução, emerge um novo conceito que surge como o elemento fulcral na prepa-ração global da equipa, no processo de planificação e periodização do treino, e num aspecto mais amplo, da época desportiva – o modelo do jogo.Modelo e Sistema de jogo são então dois aspectos diferenciados, ambos im-portantes e ambos com a sua complexidade. Julgo que o mais importante é ter um modelo, um treinador de ideias bem definidas, para depois as poder tra-balhar com um ou mais sistemas, que favoreçam e se possível, potenciem, as características individuais dos atletas.

Rui Vasquinho

Sexta-feira passada, o Gov-erno, ou melhor a Esquerda Parlamentar aprovou a Pro-posta de Lei do Governo que legaliza o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo.Quanto a esta aprovação nada tenho a mencionar, pois no meu entender cada um vive com quem quer, seja homem ou mulher. Até posso concordar em muitas das ex-igências deste grupo de pes-soas, porque não deixam de ser cidadãos como todos os outros pelo simples facto de terem as suas opções sexuais e, por isso mesmo, deverão manter os mesmos direitos e deveres.À parte de tudo isto, dis-cordo no facto de chamarem a essas relações “casamen-to”. Denominem essa rela-ção com outro substantivo, pois segundo os dicionários “casamento” é uma palavra substantiva masculina e é descrita como uma relação entre duas pessoas de sexo diferente, com legitimação religiosa e/ou civil. Assim sendo, afirmo que essa união entre duas pessoas do mes-mo sexo poderá chamar-se tudo excepto “casamento”.O que mais me revolta não é a provação da Lei, pois como referi anteriormente sou simplesmente contra a palavra “casamento”, mas sim o facto do nosso Gover-no, no estado em que o país se encontra neste momento e as dificuldades da nossa economia e de todos os por-tugueses que não encontram a “luz ao fundo do túnel, es-tar um mês inteiro a discutir (refiro-me somente a este momento difícil) um assunto que poderia com certeza ser adiado por mais algum tem-po, pois este novos “casa-mentos” não acrescentarão nada de importante à nossa economia.São estes, caros leitores, os

governantes que nos repre-sentam, e sabem porquê? Porque o “cacau” deles já está garantido, não têm de se preocupar se o negócio está fraco, se têm ou não clientes, se recebem ou não os salári-os, pois no final do mês os grandes montantes estão na conta sem que eles tenham tido qualquer tipo de insó-nia, como os mais comuns dos empresários, industriais, comerciantes, e muitas out-ras profissões.É este o país em que vivemos e viveremos! Parte desta situação actual é também culpa de todos nós portugue-ses que os elegemos através do nosso voto.Não é por acaso que viemos a saber esta semana pelos noticiários que mais um ex. ministro foi tornado argui-do. Mais um, e são tantos os políticos ou ex. políticos que são arguidos. Mas ainda não vimos o desenrolar de nenhum destes casos, pois estes “arrastam-se” pelos tribunais anos e anos, onde os advogados são sempre os mesmos, e depois… nada. A influência, o poder e o din-heiro estão todos em Lisboa!É necessário descentralizar e regionalizar, pois tudo o que se decide em Lisboa, onde as “cunhas” e os favores vão continuar, onde os grandes negócios são feitos, nem sempre beneficiam todos os cidadãos. É caso para afir-mar que o povo do resto do país que se governe com o que tem!Esta é a minha indignação para uma crise que se pro-longa. Aqui, neste país os nossos políticos discutem tudo menos o que realmente nos importa: ajudar a sair-mos desta situação devasta-dora em que nos encontra-mos mergulhados e em que o “oxigénio das nossas botijas de mergulho está a acabar.”

PAÍS E CASAMENTOS

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Nazaré Mendanha nasceu em Canidelo-Vila Nova de Gaia, mas desde muito jo-vem se radicou em Espo-sende, no dia a dia espalha alegria pela cidade, humil-de e conversadora, cativa qualquer pessoa.Aos 67 anos, continua na venda de peixe no mercado municipal e a executar tra-balhos em croché (colchas e toalhas) o retrato de uma vida repleta de histórias, passada a pente fino, e da qual não esquece o primei-ro beijo”tomei namoro do meu marido nas Festas do Senhor de Fão, onde ele me disse se queres namorar comigo dou-te uns ócu-los, eu aceitei e o primeiro beijo foi dado na face da cara”teve alguns namo-rados na sua juventude, e mandou muitas cartas de amor.Ainda muito jovem foi tra-balhar para uma casa em Moreira da Maia, tinha 8 anos, mas esteve pouco tempo no oficio, com uma frontalidade notável Nazaré Mendanha diz que chegou a passar fome, porque a sua família era extensa “éramos nove irmãos, lá em casa e a fome era negra”.Estudou até à 3ªClasse, foi uma boa aluna e até ia com-prar a broa para a profes-sora, muitas vezes comeu a broa pelo caminho, e quan-do chegava junto da profes-sora desabafava”tinha fome e só deixei o miolo”.

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BARCELOS:CASA TEMTUDO

BRAGA:COLINATRUMA BRASILEIRAASTÓRIAQUIOSQUE DA ARCADAQUIOSQUE NANI

Nazaré Mendanha

Paulo Gonç[email protected]

Vida de trabalho, teve épo-cas em que vendeu muita sardinha e robalo em Va-lença e por outros locais da região do Minho e Alto Minho, no entanto reservou sempre um bocado de tem-po para fazer trabalhos em croché e ganhar mais um dinheiro. O casamento aconteceu no dia 14 de Agosto na igreja matriz de Esposende, Naz-aré aos 18 anos dava o nó matrimonial, foi um casa-mento muito bonito, com a presença de muitos famili-ares e da ementa fez parte “Cozido à Portuguesa e Ar-roz de Cabidela” A noite de “Núpcias”teve momentos divertidos, os anos passaram e aparece-ram os seis filhos, a que se juntam agora os 6 netos e as 3 bisnetas”adoro estar re-unida com a minha família sempre que posso”

Nazaré Mendanha é pre-sença assídua nas Marchas de São João, onde contagia o povo com a sua alegria, adora ouvir um fado de Amália Rodrigues, ou não fosse a vida um fado.Esta e outras histórias, da vida de Nazaré Mendanha, pode seguir via internet através da Esposende TV na próxima quinta-feira.

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