Jornal Da Hora 03

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Jornal escrito e ilustrado por crianças e adolescentes do Instituto Espaço Arterial.

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Page 1: Jornal Da Hora 03

da HoraS ã o P a u l o , J u n h o d e 2 0 0 8N ú m e r o 3 E s p a ç o A r t e r i a l

Jornal

PASSATEMPO

Poesia

Campo Geral Guimarães Rosa

Grupo Miguilim

“Então Miguilim era Miguilim, acertava no sentir, e em redor amoleciam muitas alegrias.”

Festa Juninaviva o Boi da Vila Buarque! Histórias

de Medo!Aqui na Vila Buarque, na Praça da Biblioteca Monteiro Lobato, terá uma festa do boi com as

crianças da escola Arthur Guimarães. Dia 05 de julho, às 17h30.

Rafaela Cordeiro9 anos

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Page 2: Jornal Da Hora 03

Quando você lê uma história de terror, você fica com medo? Com os olhos arregalados, espantado? É assim que eu fico!Pois é, tem algumas histórias que falam sobre fantasmas, espiritos,

assombrações e é com essas que eu mais me espanto! Mas agora vou contar para vocês uma experiência com as histórias que têm no livro O

Grande Livro do Medo dos autores Edgar Allan Poe e Guy de Maupassant, mas saiba que tem várias histórias de outros autores.

No livro, tem a história “O Gato Preto” que fala de um homem que era muito feliz, mas de repente vira uma pessoa muito raivosa, com muito ódio em seu coração. Essa história foi a que eu mais gostei ... para deixar você com um pouquinho de curiosidade, vá a qualquer biblioteca mais próxima e pegue o livro “O Grande Livro do Medo”.

Junho de 2008 Jornal da Horapag. 2

A Festa Junina é originalmente da Europa, era celebrada como festa pagã (não era da Igreja). Nesse mês começava o verão no hemisfério norte, o que significava o fim de um imenso período de inverno, até que foi tornada festa da igreja, como festa de São João, na Idade Média.

Aqui no Brasil ela foi trazida pelos portugueses, mas eram só os ricos que podiam ter essas festas, mas logo caiu na graça do povo, sendo utilizada para celebrar os santos mais importantes: Santo Antônio, São Pedro e São João. É comemorada principalmente no nordeste como agradecimento pelas boas colheitas, é comum as pessoas se reunirem em grande quantidade com

Festa Junina

Gonçalo Costa, 13 anos

Oi amiguinhos ...

Ana Claudia Silveira, 11 anos.

Livro do MedoO Grande

O Cavaleiro Fantasma vivia no inferno com seu cavalo preto que

tinha um olhar de fogo. Ele era um esqueleto com chamas na cabeça, roupa preta e uma corrente de fogo.Um velhinho que estava colhendo milho

quando encontrou o cavaleiro, pensou: - Que homem é esse?! Eu vou fugir!O Cavaleiro rapidamente percebeu que o velhinho estava fugindo e

correu para pegá-lo....

O Cavaleiro

Parte IFantasma

Pedro Raylson, 11 anos

Vocês conhecem a festa do boi? A festa do boi é inspirada na criação do gado no Nordeste.

Os estados que acontecem as maiores festas do boi são Maranhão e Amazonas. Na cidade de Parintins, os bois são chamados Caprichoso e Garantido. No Maranhão, a festa do boi é comemorada junto com a festa junina, em homenagem a Santo Antônio, São Pedro, São João e São Marçal. Nessas festas misturam-se arte, lazer, crenças e mitos. Agora vocês vão ler o mito de “São Pedro, São João e São

Marçal”.

São João fazia aniversário no dia 24 de junho e ele tinha o boi mais lindo da região. Ele era cheio de fitas bem coloridas: rosa, azul, amarelo, verde, laranja, vermelho e branco. Aquele boi era a felicidade daquela cidade e São Pedro e São Marçal, que também faziam aniversário em junho pensaram: - Vamos pedir o boi de São João? O boi dele é o melhor e a nossa festa com aquele boi também será a melhor!

Eles resolveram pedir o boi para São João...

- São João empresta o seu boi para a gente?- Ah, eu vou pensar...- Ah, São João, empresta seu boi....- Tá bom, eu vou emprestar, mas tomem muito cuidado com ele!A festa dos dois foi a melhor, mas eles perderam o boi e ele apareceu falecido. Foi assim que resolveram criar um novo boi quase tão lindo como o verdadeiro. O boi foi feito de madeira toda enfeitada, cheio de fitas bem coloridas e uma festa bem bonita foi feita.

Festa do Boibastante comida e forró.

No interior de São Paulo tem uma tradição com quermesses e danças de quadrilha em volta da fogueira, e se você acha que eles vão vestidos de caipira estão muito enganados, nessa ocasião eles usam as suas melhores roupas!

Há ainda as simpatias, a maioria relacionada a Santo Antônio, o santo casamenteiro, em que as moças chegam a fazer coisas como deixar o santo de cabeça para baixo, enterrá-lo, entre outras simpatias.

Mas para você que quer saber mais, não deixe de procurar na biblioteca mais próxima da sua casa um livro sobre o assunto.

Beatris Duraes, 10 anos

Ana Rosa Oliveira, 9 anos

Bruno C

osta, 11 anos

Bárbara Duraes, 10 anos

Rafaela Cordeiro, 9 anos E.E Arthur Guimarães

Boa Leitura!!!

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Jornal da Hora junho de 2008 pag.3 Jornal da Hora

JDH – Como é pra você a reação das pessoas quando você conta uma história do Guimarães Rosa?

Tiago – Teve uma experiência muito legal que aconteceu comigo no primeiro final de semana que eu vim para São Paulo. Eu tava na casa de uma amiga daqui de São Paulo, hospedado lá, e lá também estava um senhor de Urucuia. Minha amiga pediu para que eu contasse um texto, e foi tão legal porque na hora que eu contei, esse senhor interviu na história o tempo todo. Eu contando e ele: “aí é isso mesmo, é isso mesmo”. Quando isso aconteceu comigo, eu percebi que estava passando de uma maneira legal, ver essa reação das pessoas é muito bom, ver a obra de Guimarães Rosa sendo montada, porque eu acho que Guimarães Rosa é para ser contado.

JDH – Já te pegaram desprevenido e pediram para você contar o trecho de alguma história de Guimarães Rosa que você não lembrava?

Tiago – Muitas vezes. Quando vamos viajar, preparamos os textos que são escolhidos para fazer parte do repertório e muitas vezes chegam outras pessoas pedindo para contarmos outro trecho que não tinhamos preparado na hora. Isso acontece.

JDH – Além de ser do grupo Miguilim, você participa de alguma outra atividade?

Tiago – Eu estudo, faço um curso Técnico de Comunicação Visual. Eu gosto muito de experimentar muitas coisas, eu já tive em grupo de teatro, de coral, eu já participei de coral de igreja e gosto de dançar também.

JDH – O que precisa fazer para ser um Miguilim?

Tiago – A pessoa já tem que saber ler e quando a gente está dentro do grupo, já tem algumas normas que precisa seguir, tem que ser bom aluno, tirar boas notas na escola, a gente tem aula de etiqueta, a gente tem que saber se comportar nos lugares, a Calina passa tudo isso pra gente e ela é muito rigorosa com essas questões.

JDH – Quando e como você entrou nesse grupo?

Tiago – Entrei em 1999, com 13 anos e eu não tinha noção do que era ser contador de história. Eu não sabia da existência do grupo Miguilim, apesar da cidade de Cordisburgo ser uma cidade muito pequena, eu não sabia! Então uma amiga minha falou que a Dra. Calina estava abrindo uma inscrição para o grupo de contação de história.

Entrevista com Tiago Goulart do

Grupo Miguilim

Pedro Raylson, 11 anos

JDH – O que é ser um Miguilim para você?

Tiago – A Dra. Calina sempre falava que o objetivo dela era que gente atravessasse a fase da adolescência de uma maneira alegre e feliz. Pra mim, ser um Miguilim é uma das coisas mais importantes que já aconteceu na minha vida. Contando histórias eu comecei a dar valor a coisas que antigamente eu não dava, presto muita atenção nas pessoas de Cordisburgo, da minha cidade. Venho conversando com as pessoas mais idosas, eu estou o tempo todo buscando escutar essas pessoas porque é assim que eu tento passar a obra de Guimarães Rosa, como as pessoas de Cordisburgo, como a gente de Cordisburgo fala.

G u i m a r ã e s Rosa é para ser contado.

Jornal Da Hora - O que é o grupo Miguilim?

Tiago – O grupo de contadores de estórias Miguilim surgiu há mais ou menos 11 anos, criado pela Doutora Calina Guimarães, prima do escritor Guimarães Rosa. A Dra. Calina se aposentou, saiu de Juiz de Fora e foi para Cordisburgo. Quando chegou lá, percebeu que o museu Casa de Guimarães Rosa, onde Guimarães Rosa nasceu e morou até seus 9 anos, estava precisando de colocar a visita de forma mais interessante, precisando de uma reforma, então ela reuniu algumas pessoas da sociedade de Cordisburgo pra tornar as visitas mais interessantes. Mas mesmo assim ela percebeu que as pessoas não levavam uma recordação da obra de Guimarães Rosa, viam os objetos que pertenciam ao escritor, mas não levavam uma lembrança da obra. Então ela resolveu convidar a Dora Guimarães e Elisa Almeida que já contavam histórias para dar oficina para os jovens lá de Cordisburgo. Calina reuniu uma turma de adolescentes e a Dora e a Elisa deram essa oficina. Assim o grupo começou a contar histórias, no museu depois que os visitantes passavam pela casa. Quando os visitantes chegam no jardim a gente conta histórias retiradas da obra de Guimarães Rosa, trechos da obra do Guimarães Rosa.

DH – E demora muito para você virar um conta-dor?Tiago – É como eu falei, a gente começa por fábulas, e vai adquirindo um pouco o que seria contar estórias, a Dora conta muitas estórias para gente, a gente vai captando o que é a essência da coisa. Geralmente

com um ano, um ano e meio a gente recebe a camisa, tem grupo que demora um

pouco mais, comigo foi mais rápido porque eu já estava fazendo curso antes, foi na semana Roseana, em Julho, que eu recebi a camisa.

JDH – Quando e como você começou a contar história

para as pessoas?

A gente inicia com fábulas, não entramos diretamente na obra de Guimarães Rosa, depois de um tempo começamos com textos infantis de Guimarães Rosa. Em 1999, eu fiz a minha primeira viagem pra São Paulo, contamos história no Colégio Guilherme Dumont Vilares, no Morumbi. Minha primeira viagem.

JDH – Mas uma pessoa que não tem boas notas, pode ter chance? Tiago – Ela vai entrar, porque no início isso não é muito cobrado, porque a gente não conhece, depois que entra nessa cobrança mesmo, de olhar as notas, depois que a pessoa já recebe a camisa. A gente fala que a partir do momento que a pessoa recebe a camisa de contador de histórias ela já é um contador de histórias Miguilim, mesmo, aí ela já se tornou do grupo.

Obrigada pela entrevista!

Ele é um Miguilim, tem 21 anos, é lá de Cordisburgo , Minas Gerais,

da cidade de Guimarães Rosa!

Entrevistadoras: Bárbara Duraes e Beatris Duraes

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Jornal da Horapag. 4Junho de 2008

Espaço ArterialEXPEDIENTE Equipe Coordenação

Fábia NogueiraValéria SilvaVera Alves

Fábia Nogueira

Projeto Gráfico

PASSATEMPO1. No dia 24 de junho comemoramos o dia de que santo?2. No dia 29 de junho comemoramos o dia de que santo?3. Nas festas juninas as pessoas dançam em volta do que?4. Fica bem chamativo nas festas juninas e são bem coloridas,o que é?5. É muito perigoso é proibido, o que é?6. Quem é o santo casamenteiro?

Pedro

Tina

e

Pedro era um menino que fazia tudo ao contrário e um dia conheceu Tina, uma menina toda certinha. Os dois ficaram muito amigos, e passaram por varias aventuras juntos.

Caros leitores leiam Pedro e Tina de Stephen Michael King vocês poderão encontrá-lo na Biblioteca Monteiro Lobato. Vocês irão se distrair e se

divertir de montão. Boa leitura! Bárbara Duraes, 10 anos

Claoni Plaça, 21 anosIlustrações de Stephen Michael King

Um caderno a cantarUm caderno a bailar Um caderno tão triste Agora vai se alegrar. Você foi o meu mimo, De todo o coraçãoAgora que não te escrevo maisVocê foi parar no chão.

Meu querido caderninho Agora vou te dizerVocê foi um grande amiguinhoPara quem deseja ter. Meu querido caderninhoAgora vou te falarDê um tchauzinho pro pessoal Pois a poesia já vai acabar.

Gabrielle Alves, 10 anos

O caderno

Bem que eu quisSaber como é ser felizvem depressa,vem sem fimvem para perto de mim

Você tem caminhos pra voltar!mas por que se preocupar?se você nem soube me dar amor!que horror!!!

Não vejo mais você chorando...Sua voz me chamando...

O teu desejo é o meu destinomas nunca te esquecerei E sempre te direi

Volta pra mim!

Me abraça devagarpra eu poder sonhar...seu carinho agora poderá me acalmar

Mas o que isso importa?Se tudo já acabou...Você me deixou!

Bem que eu quis ...ser feliz

Bárbara Duraes, 10 anos

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Guilherme Oliveira, 11 anos

Levi Boschetti, 11 anos

Clara Nana, 7 anos

Ana Cláudia Silveira

Barbara Duraes

Bruno CostaBeatris Duraes

Claoni Plaça

Ana Rosa Oliveira

Clara Nana

Gabrielle AlvesGonçalo CostaGuilherme Oliveira

Thalita Marques

Levi BoschettiPedro Railson

Rua General Jardim, 5563256-3057

[email protected]

Diagramação

Fábia NogueiraValéria Silva

CEP 01223010

RealizaçãoColaboradoresRafaela Cordeiro

criou lindos desenhos durante as

oficinas para a festa do boi.