da HoraS ã o P a u l o , m a i o d e 2 0 0 9N ú m e r o 1 3 E s p a ç o A r t e r i a l

Jornal

Lugar de criança é na escola

Direito à arte

tem no jornal passatempo e

poesia Criança precisa brincar

Contra o trabalho infantil!

A criança e o adolescente tem

direito a proteção à vida e saúde

Sam

ara

Mar

inho

, 11

anos

Diretor Responsável: Vera Alves

Entrevista com os atores Gabriel Guimard e Débora Serretiello

Jornal da Hora 2maio de 2009

Olá Pessoal! Hoje vou falar de um livro chamado Robin-son Crusoé, uma ilustre obra de Daniel Defoe.Daniel Defoe é um grande romancista inglês, nasceu em 1660 e morreu em 1731. Escreveu vários livros, como O capitão Singleton, Roxana, As aventuras e desventuras da famosa Moll Flanders. Esse autor se inspirou na história real de um marinheiro que ao viajar para a África se de-para com um temporal, o navio naufraga e a tripulação inteira morre afogada, menos Robinson, que foi parar em uma ilha deserta do Caribe.Robinson Crusoé teve que lutar muito para se manter nessa ilha cheia de mistérios.

O livro “Os quadros divertidos de Arcimboldo” conta a história da vida de Arcimboldo desde a época em que ele nasceu, que foi em Milão em 1527, até sua morte em 1593, com 66 anos. Esse livro, além de ter vários quadros impressionantes e divertidíssimos, contém jogos de diversos tipos em que o leitor joga enquanto observa os quadros e se diverte.Os quadros dele são compostos por vários tipos de objetos, carnes e até mesmo legumes. Os quadros de que mais gostei foram: o Bibliotecário, que é um homem feito de livros, e o Advogado, que é um homem feito meio de frango e meio de peixe.Eu recomendo imensamente esse livro criativo e legal para todos aqueles que gostam de ler (ou não). E também de arte!

Li um livro chamado Cabelos, é muito legal. Vou contar um pouco da história para ver se vocês se interessam. Radoberto é um menino que adora cortar cabelos, corta cabelos de sua mãe, de seu pai e de seus vizinhos. Até que um dia o Rei foi até sua casa pedir que cor-tasse seu cabelo também. Radoberto concordou e cortou o cabelo do Rei. Quando terminou o corte, o Rei não gostou. Então ele proibiu as tesouras e os cortes de cabelos. Todos ficaram muuito cabeludos,

até o Rei. Ele ficou tão cabeludo que ninguém mais o conhecia.Radoberto não queria mais cortar cabelos pois tinha medo do Rei, mas teve que concordar em cortar o ca-belo do Rei novamente. Cortou, ficou um dos melhores cabelos que já havia cortado, mas de repente...opa! o Rei estava indo para o céu da noite... Essa história é muito divertida e é por isso que estou sugerindo que vocês a leiam. Bom divertimento.

Radoberto, o menino dos cabelos

Matheus Spagnolo, 11 anos

outras televisões do bairro. Elas brincavam de fazer imagens e de liga-desliga, aliás TV não é de ferro, então se a sua TV não para de te assistir diz pra ela se desligar um pouco. Se você gostou dessa história não deixe de ler o livro Liga-Desliga de Camila Franco, Jarbas Agnelli e Marcelo Pires, da editora Companhia das Letrinhas. É muito legal!

O livro Liga-Desliga conta a história de uma televisão que não saía da frente de um meni-no, era sempre o mesmo menino. TV assistia o menino após a lição e antes do banho ou quando passava uma coisa muito legal. TVpai até mandou o menino para o conserto para que a TV não assistisse mais o menino. A TV ficou triste mas acabou indo brincar com as

Liga - DesligaAna Rosa, 10 anos

Os quadros divertidos deArcimboldo

Carol Miranda, 7 anosClara Nana, 8 anosBruna Rocha, 13 anos

Bruno Costa, 12 anos

Se você quiser saber de todos os detalhes de como sobreviver em uma ilha deserta e de que forma Robinson Crusoé resolve seus desafios, recomendo ler este livro; ele é todo cheio de aventuras e emoção! Divirtam-se! Tchau!

Na minha casa tem uma lagarta azul, verde e prata

Nessa casa tem uma barata quadrada e uma arara que fala

Nessa casa tem um monte de aranha que come banana

Na minha casa tem tantos bichos que não

dá para contar.Você consegue me

falar, quantos bichos tem na casa?A

casa Maluca

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Jornal da Hora 3maio de 2009

Teatro para crianças e jovens“A arte está aí para nos ajudar a viver nossa existência de uma forma mais prazerosa e

leve uma vez que o nosso dia-a-dia é muitas vezes duro e seco”

JDH – Como é seu nome e em que grupo trabalha?Gabriel - Meu nome é Gabriel Gui-mard, sou ator, mímico, diretor e fun-dador da Cia. Megamini. Comecei a trabalhar em teatro em 1984, aqui em São Paulo; naquela época eu ainda só fazia mímica.Déborah – Déborah Serretiello, sou atriz e contadora de histórias. Trabal-ho em teatro há muito tempo, uns 20 anos mais ou menos. Sempre fiz teatro adulto e infantil.

JDH – Qual espetáculo você mais gos-tou de fazer?Déborah – Eu gostei especialmente de um que aconteceu no teatro do SESI, chamado “Maria Borralheira”. O tea-tro lá é muito grande e as crianças po-diam ir de graça, tanto as das escolas públicas quanto as de escolas particu-lares. Era um contato muito legal, o elenco era bem grande e a peça conta a história da Borralheira como ela é con-tada no nordeste do Brasil. A Maria Borralheira tinha uma vaquinha que se torna a fada madrinha dela, bem difer-ente da Borralheira da Disney (Cin-derela). E daí a madrasta má mata a vaquinha de estimação e a vaquinha acaba dando sua costela e esta costela

acaba se tornando a va-rinha de con-dão da Borralheira.Gabriel – O espetáculo que mais gos-to de fazer é o “Tem Gato na Tuba”, que atualmente está circulando por várias unidades do SESC e outros pro-jetos culturais. É um musical, criado a partir de três histórias da Coleção Disquinho, que foram escritas pelo grande mestre Braguinha.

JDH – Foi uma motivação sua fazer teatro infantil ou não apareceram out-ras opções de trabalho com teatro?Déborah – Não, não, nada disso. Comecei a fazer teatro infantil porque gosto, não foi por falta de opção, pelo contrário, eu fazia mais teatro adulto e quando apareceu um bom infantil vi que era legal e faço ainda. No ano pas-sado fiz uma ópera chamada “O Bar-beiro de Sevilha”, que foi toda adapta-da para infantil. A ópera original dura 3 horas e na adaptação ficou com 50 minutos e com a linguagem adaptada da melhor maneira possível, ficou em português, as crianças entendiam a história e todos os cantores eram can-tores de ópera. Eu fazia o narrador da história e era feito como uma ópera, sem nenhuma concessão.Gabriel – Eu quis mesmo fazer tea-tro para crianças. Foi uma opção es-tética e ideológica. Como já disse na resposta anterior, acredito profunda-mente que a solução de quase tudo está na criança, na infância. Diria até que está na primeira infância. Até os 7 anos de idade é o período em que tudo é registrado, nas emoções e

No dia 20 de março de 2009 aconteceu um evento na Biblioteca Monteiro Lobato. Foi a comemo-ração do Dia Mundial do Teatro para Infância e Juventude. Esse evento foi realizado pelo Centro de Referência do Teatro para Infância.Assistimos a mostras de peças teatrais realizadas a partir de pesquisas de linguagens diferenciadas para dar o recado, contar histórias para estes públicos através do teatro.A equipe do Jornal da Hora foi conferir este encontro e entrevistar o ator Gabriel Guimard e a atriz Déborah Serretiello que, além de coordenarem o evento, participam do Portal Cultura Infância.

Entrevistadoras: Thalita Marques, 12 anos, Bruna Rocha, 13 anosBeatris Duraes, 11 anos, Gabriella Rocha, 9 anos

no cérebro da criança. Depois disso é só um aperfeiçoamento. Olhar, ter atenção, cuidar da infância no mundo é tudo de bom para a humani-dade e para a saúde do planeta.

JDH - Conte um pouco como é o seu trabalho de criação durante a monta-gem de um espetáculo de teatro?Gabriel – Nos últimos anos o nosso trabalho tem se pautado pela pesquisa da relação entre a gestualidade, a tea-tralidade e a música ao vivo, ligados a muita improvisação e humor, pois tenho formação de palhaço também. Não significa que façamos espetácu-los de palhaço, mas há sempre alguma referência a esta técnica.Déborah – A criação depende muito de cada montagem. Normalmente quando tenho o tema da montagem, faço muita improvisação, o que gera um personagem e eu experimento bastante o que este personagem vai fazer. Quando o personagem está pronto, construído para a estréia ele já é muito dinâmico. O meu processo é assim, improvisar muito, criar si-tu-ações para saber como é que age o per-sonagem em momentos diversos e em relação ao tema da peça. Em “O Bar-beiro de Sevilha” o personagem tinha que cantar, tive que estudar canto; em

“Vejam arte e façam arte, isto vai mudar a vida de vocês para sempre!”

“Maria Borralheira” aprofundamos no estudo dos contos de fadas. Em outro espetáculo o tema era palhaço, estuda-mos palhaçaria, o fazer palhaço, como é fazer o cômico. Eu estudo muito e vivencio muito também cada person-agem.

JDH – Você tem algum recadinho para os leitores do Jornal Da Hora?Déborah – Tenho um recado seguinte: vá ao teatro pois é uma experiência úni-ca. Aqueles atores estão lá só naquela hora. É diferente da TV e do cinema, onde o ator já fez, registrou, foi edi-tado e você assiste depois. No teatro você vai e se gritar ou falar o ator vai ouvir. Qualquer barulho que você fizer na platéia o ator escuta, ele está bem ali. E ele está lá para você. Quem vai ao teatro desde a infância nunca mais deixa de ir. E também quem quiser fazer teatro, vá e faça, experimente!Gabriel – Prestigiem sempre toda as formas de teatro e de arte. Digo da boa arte, a arte enobrece a alma, inde-pendente de você ser um profissional do ramo, um engenheiro ou um pa-deiro. A arte nos ajuda a viver nossa existência de uma forma mais praz-erosa. Vejam arte e façam arte, isto vai mudar a vida de vocês para sempre!

Jornal da Hora4maio de 2009EX

PEDI

ENTE

Reportagens e Redação Ilustrações

Xamã VM Editora e Gráfica Ltda

Diagramação

Gráfica

Valéria Silva Espaço ArterialRua General Jardim, 5563256-3057

jdahora@yahoo.com.brCEP 01223010

Realização

Rua Afonso Celso, 943CEP: 04040-030

CoordenaçãoAgradecimentosDéborah SerretielloGabriel Guimard

Valéria SilvaVera Alves

Gabrielle Alves

Thalita MarquesBruna Rocha

Ana Claudia

Kelvin IzidoroGuilherme Oliveira

Samara Marinho

Matheus Spagnolo

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Esse passatempo foi inventado por Lewis Carroll para uma revista inglesa e traduzido para o portu-guês pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos.Lewis Carrol é o autor do livro “Alice no País das Maravilhas” e “Alice através do Espelho”Regras:São duas palavras com o mesmo número de letras e significados contrários. Você tem que transformar uma palavra na outra. Como? Mudando apenas uma letra de cada vez.

Exemplo: CÉU em MAR

Agora é a sua vez. Transforme SOL em LUA e MAU em BOM

CÉUMEUMAUMAR.

SOL __________________

MAU __________________

Texto: Thalita Marques, 12 anosDesenho: Ana Claúdia, 12 anos.

O trabalhador que trabalha muitoReivindica seus direitos

Com o tempo muito curtoFaz o melhor que pode,

se esforçando muitoMesmo com tanta tecnologia

O trabalhador trabalha demaisSem tempo para sua vida Ele não aceita isso mais!

Os Trabalhadores

Depois de tanta lutaO trabalhador conquistou seus direitos

Trabalhando apenas 8 horas por diaEle ainda não está satisfeito!

Por isso trabalhadores,Vamos continuar a lutar,

Pois ainda há muito o que melhorar!

Beatris Duraes, 11 anos Olá pessoal, tudo beleza? Quero falar sobre o dia 19 de maio, Dia da Comunicação. Existem vários tipos de comunicação, desde cartas, tele-fone até a internet. Tudo pra gente poder conversar. A internet é um dos meios mais rápidos, fáceis e atuais de se comunicar hoje em dia! Muitas pessoas se comunicam por vários sites de relacio-namento. Também na internet podem fazer pesquisas para trabalho de escola, entre outros. Os sites de relacionamento podem ser muito legais para quem quer fazer novos amigos. Bom, vou aproveitar e convidar vocês que adoram navegar na internet a visitar o blog do Jornal Da Hora – http://jdahora.blogspot.com/ e conversar conosco. Você pode nos mandar suas sugestões e críticas ou ainda textos e desenhos que você gostaria de ver publicados no Jornal. O nosso endereço eletrônico é jdahora@yahoo.com.br.

19 de maio, dia de quê?

Lucas Monteiro, 10 anos

Kelvin Izidoro, 10 anos

Iniciativa Vencedora do prêmio Ludicidade/ Pontinhos de Cultura

Trabalho infantil pode? O trabalho infantil é feito por crianças e adolescentes menores de 14 anos de idade, numa situação de exploração. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente é proibido qualquer criança trabalhar antes dos 14 anos de idade. O trabalho infantil é proibido por lei pois lugar de criança é na escola, não na rua trabalhando para pessoas cruéis, que mal pagam as pobres crianças. As formas mais cruéis de trabalho infantil não são apenas proibidas, mas também é considerado crime, como por exemplo, o trabalho de cortar cana, trabalhar nos fornos de carvão, colheita de frutas, trabalho doméstico. E trabalhando, na maioria das vezes, mais de doze horas por dia.

O trabalho infantil é muito comum em paises mais pobres como na Índia,

Tailândia, no continente Africano e América Latina. No caso do Brasil é nas regiões mais pobres que acontece a exploração do trabalho infantil. Mas o que fazer? Existe uma solução? É claro que sim! Em vez das crianças trabalharem os pais deveriam ter um trabalho para deixar as crianças irem à escola e conseguir ser alguém na vida. As pessoas precisam tomar uma atitude para que isso se torne realidade. As crianças podem ter um ótimo potencial para os estudos mas não estão podendo ter essa oportunidade. Então vocês leitores se souberem de algum caso de exploração infantil avise o Conselho Tutelar. Então turma colabore, ajude quem precisa ser ajudado pois a ajuda pode voltar a você um dia!

Trabalhar dura tempoGabrielle Alves, 11 anos

O que é trabalho infantil?São crianças nota mil?

Ou pessoas do infanto - juvenil?Saber , eu não sei , mas o que é trabalho

infantil?

Trabalhar dura tempo, Tempo e atenção,

Mas, o que se pode fazer num refrão?

Chega de perguntasTambém de respostas,

Pois agora seu amigo dirá:- Dê um abraço na galera,

Pois a alegria não vai terminar!Criança não pode trabalhar,

Pode estudar , correr , brincar,Criança não pode trabalhar!!!

Tem mais é que brilhar!!!

Letícia Freitas

Letícia Freitas, 10 anos

Beatris DuraesLucas Monteiro

Quebra-cabeça de palavras

Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do AdolescenteRua Antonio de Godoy, 122-7° andar.CEP: 01034-000 - São Paulo-SPFones: (11)3222.4441 / 3361.8451E-mail: atendimentocondeca@condeca.sp.gov.brSite: www.condeca.sp.gov.br

ColaboradoresBruno Costa

Carol MirandaClara Nana

Ana Rosa Ana Rosa

Gabriella Rocha

FotografiaSara Plaza

Cráfica