Jornal comunitário Voz do Nicéia Agosto/Setembro 2011

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Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano III Edição nº8 Setembro de 2011 Ainda nesta edição: Política é o tema do Fala Morador (p.7) Filme feito no bairro ganha vida no cinema As gravações aconteceram no mês dejulho e du- raram ao todo 28 dias, contando com cerca de 70 figurantes e mais 20 pessoas que ajudaram na pro- dução. Exibição no bairro atraiu moradores (p.6) Alerta contra a catapora Devido ao grande número de crianças contamina- das, creche do bairro e funcionários do posto de saú- de do Jardim Europa realizam campanha de vacina- ção. Confira também dicas contra a catapora (p.3) Secretaria Municipal de Saúde/Divulgação Lixo irregular incomoda moradores (p.4) Nicéia João Paulo Monteiro/Voz do Nicéia Vítor Garcia/Divulgação

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Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano III Edição nº8 Setembro de 2011

Ainda nesta edição: Política é o tema do Fala Morador (p.7)

Filme feito no bairro ganha vida no cinema

As gravações aconteceram no mês dejulho e du-raram ao todo 28 dias, contando com cerca de 70 figurantes e mais 20 pessoas que ajudaram na pro-dução. Exibição no bairro atraiu moradores (p.6)

Alerta contraa catapora

Devido ao grande número de crianças contamina-das, creche do bairro e funcionários do posto de saú-de do Jardim Europa realizam campanha de vacina-ção. Confira também dicas contra a catapora (p.3)

Secretaria Municipal de Saúde/D

ivulgação

Lixo irregular incomoda moradores (p.4)

NicéiaJoão Paulo M

onteiro/Voz do Nicéia

Vítor G

arcia/Divulgação

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Voz do Nicéia2 Ago/Set 2011

Voz do NicéiaJornal comunitário bimestral

do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP

Projeto de Extensão Universitária

ExpediçãoJornalista responsávelAngelo Sottovia AranhaMTB-12870

ReportagemAdriana SalgadoBeatriz HagaCinthia QuadradoCarolina SeikoGiovani VieiraHenrique GasparinoJoão Paulo MonteiroLetícia MendonçaLuis Fernando AraujoThais PerregilVitor MouraVitor Soares

EdiçãoAna NavarreteJuliana Santos Luciana Arraes

FotografiaBeatriz HagaCarolina SeikoGiovani VieiraJoão Paulo MonteiroThais Perregil

Edição de ArteJoão Paulo Monteiro

DiagramaçãoJoão Paulo Monteiro

Edição GeralAngelo Sottovia Aranha

Coordenação do projetoAna Navarrete

FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social

Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 Vargem Limpa - Bauru/SPCEP: 17033-360Telefone: 3103-6063E-mail para contato: [email protected]

Tiragem: 1000 exemplaresImpresão: Fullgraphics

Distribuição Gratuita

An

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s

Marcia Cristina Gonçalves - CONSERTOS DE ROUPAS EM GERALRua 4, 118

Paulo Henrique e Claudinei Stomi - BICICLETARIARua Sério Arcanjo, 52Tel: 9141-7335

Editorial

Após as férias, a equipe do jornal “Voz do Nicéia” voltou com algumas mudanças na equipe e com força total. E como prova disso esta edição promete ser especial. Assuntos importantes relaciona-dos à saúde foram priorizados. O surto de catapora que apareceu na comunidade e o problema do lixo ilegal, que compromete a saúde e a imagem do bairro, podem ser encontrados nesta edição. Outro assunto importante é o tema do Fala Morador, que discute a respeito das nossas escolhas políticas e suas consequências. A matéria sobre a exibição do filme “Abel Contra o Muro”, que foi produzido no bairro e contou com a atuação de alguns moradores da comunidade, está cheia de novidades sobre a turnê. Aproveitando, já noticiamos que a partir dessa edição contamos com o apoio do Nei Atacado que, além de colaborar com o jornal da comunidade, promove a distribuição de brinquedos no final do ano e na festa das crianças. Sempre lembrando que todos os problemas comuns levantados pelo jornal só serão melhorados com a colaboração e acompanhamento dos moradores, gerando assim um ambiente mais saudável e próspero a todos. Esperamos sempre con-tar com o apoio e contribuição dos moradores, para que possamos produzir um jornal de qualidade e que honre o objetivo de ser realmente a “voz” de toda a comunidade.

Boa Leitura!

Equipe Voz do Nicéia

UNIP/MAKRO – Horário de saída de Unip/MakroDia útil06:12 06:48 07:29 08:11 08:45 09:27 10:02 10:46 11:23 12:09 12:47 13:33 14:10 14:55 15:29 16:11 16:41 17:25 17:58 18:41 19:16 19:48 20:20 20:50 22:03 22:30 23:05

Sábado05:56 06:20 06:59 07:30 08:04 08:39 09:12 09:48 10:21 11:02 11:42 12:15 12:52 13:26 14:06 14:40 15:54 17:08 18:22 19:36 20:46 21:56 23:06

Domingo/Feriado06:50 07:58 09:06 10:14 11:22 12:30 13:38 14:46 15:54 17:02 18:10 19:18 20:26 21:34

Câmpus /CTI: Dia útil - Período de aulaHorários saída: Campus - CTI06:20 06:40 07:20 07:40 08:20 08:40 09:02 09:39 10:00 10:30 11:00 11:20 12:16 12:36 12:56 13:16 13:33 13:56 14:26 14:56 15:26 16:20 16:26 17:16 17:36 18:00 18:22 18:36 18:56 19:36 20:00 20:36 21:00 21:26 22:00 22:27 23:05

SábadoHorário saída: Câmpus - CTI06:25 07:17 07:45 08:10 08:35 09:30 10:20 11:15 12:32 13:00 13:25 14:17 15:10 16:02 18:40 19:33 20:25 21:18 23:03

Maria Cristina de OliveiraCOMPOTAS DE DOCESRua 2, 52Tel: 9795-3422

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Crianças da creche são vacinadas contra cataporaApós identificação de surto da doença no bairro, funcionários do posto de saúde

iniciam campanha de vacinação

O Jardim Nicéia está so-frendo com um surto de ca-tapora. O fato foi percebido na creche do bairro, onde 17 crianças estavam doentes ou com fortes suspeitas da doença. Para tentar controlar a situação uma equipe do posto de saúde do jardim Europa foi mandada ao local para vacinar as crianças matriculadas na creche, já que a situação foi considerada surto (isso acontece quando mais de três pessoas são infectadas).

De acordo com Viviane Mazzoni, coordenadora da cre-che, as crianças não contraíram a doença na escola “elas pega-ram a catapora durante as fé-rias e vieram para a creche com a doença e com isso a doençav

acabou sendo transmitida para os outros alunos”. As aulas não foram interrompidas e conti-nuam normalmente. Para as mães, a campanha de vacina-ção é importante, “é bom, a minha filha menor pegou ca-tapora e a mais velha não, por isso a vacina é importante para prevenir”, afirma Kelly Cristi-na, mãe de alunas da creche.

A estudante de medicina-Jéssica Moisés explica como se pega a doença. “a transmissão da catapora se dá pelo ar e em lugares fechados as chances de contaminação são maiores. Se alguma pessoa, independen-temente da idade, entrar em

contato com outra contamina-da, a transmissão é quase certa. Mas a infecção não é imediata, a pessoa pode ficar de 14 a 21 dias sem apresentar sintomas”.

Ao contrair a doença apare-cem pontinhos vermelhos pelo corpo que parecem picadas de insetos. Dois ou três dias de-pois essas manchas se tornam bolhas, que podem aparecer em regiões delimitadas ou no corpo todo. Outros sintomas são coceiras intensas e possibi-lidade de febre baixa e dor de cabeça.

Uma regra básica: nunca coce. Isso pode originar infec-ções secundárias que são mais

difíceis de curar. É recomenda-do banho com permanganato de potássio para diminuir a coceira e cicatrizar as feridas. Dica: dissolva um pacote ou um comprimido em cinco li-tros de água. Cuidado: é mui-to perigoso o contato do per-manganato com os olhos.

Equipe do Posto de Saúde realizou a campanha no dia 29 de agosto na creche do bairro

Thais Perregil/Voz do Nicéia

Adriana SalgadoThais Perregril

Algumas dicas:•Corte sempre as unhas e deixe-as limpas; •Evite contato com pessoas com baixa resistência; •Use roupas leves, para evi-tar calor e aliviar as coceiras; •Use luvas na hora de dormir, se a coceira incomodar muito; •Tente aliviar a coceira com talcos mentolados ou ba-nhos com maizena.

Atenção:•Mães que tenham filhos menores de sete anos devem levar as crianças ao posto de Saúde do Jardim Europa para atualizar a carteira de vacinação.•Mulheres que já iniciaram a vida sexual: é importante que façam o exame de papa-nicolau para a prevenção de câncer de mama e colo de útero.

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Voz do Nicéia4 Ago/Set 2011

Nicéia contra o problema do lixoMoradores sofrem com a falta de coleta de entulho no bairro

Papéis espalhados, móveis velhos, pneus usados. Essa é a cena com a qual os moradores do Jardim Nicéia convivem diariamente. Misturados aos buracos nas ruas de terra, é pos-sível encontrar restos de lixo e depósitos de entulhos a céu aberto. Como outros bairros da periferia da cidade, o Nicéia so-fre com a falta de infraestrutura e com a sujeira, essa de respon-sabilidade tanto dos moradores quanto do poder público.

De acordo com a Assesso-ria de Imprensa da Empresa Municipal de Desenvolvimen-

to Urbano e Rural de Bauru (EMDURB), a coleta de lixo domiciliar é realizada regular-mente e a Prefeitura não oferece o serviço de coleta de entulho. O Diretor da Divisão de Con-

trole e Projetos Ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), Wilson Roberto Mantovani, afirma que “as pessoas contratam serviços terceirizados de caminhões ca-

çambas” para a realização do serviço, ou seja, se os mora-dores quiserem retirar o en-tulho do bairro precisam pa-gar pelo serviço. A moradora Beatriz Otaviano confirma a

Com o lixo espalhado, risco de doenças aumenta

Entulhos são acumulados em terrenos baldios do bairro

Beatriz H

aga/Voz do Nicéia

Beatriz Haga Giovani Vieira

Giovani V

ieira/Voz do Nicéia

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situação: “a coleta de outros tipos de lixo ninguém faz, então acabam jogando em qualquer lugar do bairro”. Sem o serviço, televisores, sofás, camas e colchões fi-cam espalhados pelos terre-nos baldios que viram lixões a céu aberto.

Joana Miguel da Silva, presidente da associação de moradores do bairro, na ten-tativa de solucionar o pro-blema, solicitou junto à Pre-feitura a instalação de três lixeiras coletivas para cada rua, além de duas para a par-

te superior do bairro. No entanto, não teve respostas dos responsáveis. Joana ain-da conta que, preocupados com a questão ambiental, os moradores trocaram a tradi-cional ‘sacolinha’plástica dos supermercados por caixas de papelão. “A situação ficou a mesma, pois agora os cami-nhões de lixo não levam as caixas. Aí precisamos contar com a ajuda dos catadores de recicláveis do bairro, o que não é suficiente. Também aguardamos que a Prefeitura aprove o pedido para que um

caminhão de coleta seletiva passe por dentro do bairro”

A infraestrutura precária faz com que alguns moradores realizem queimas irregulares de lixo. A medida pode po-luir o ar, causar doenças res-piratórias, além de facilitar a ocorrência de incêndios. O te-nente do Corpo de Bombeiros de Bauru, Freitas Junior, reco-menda que a população acio-ne imediatamente os bombei-ros caso verifique algum foco de queimada, evitando a pro-pagação do fogo.

A única opção gratuita de coleta de entulho é a utili-zação dos Ecopontos, locais onde a população pode fazer o descarte correto de materiais e entulho. Ao todo foram ins-talados dois na cidade, um no Centro e outro no Mary Dota. A meta da SEMMA é instalar outros quatro Ecopontos até o final do ano. No entanto, não há previsão de um próximo ao

Jardim Nicéia. O geógrafo e ambientalista

Lourenço Magnoni Júnior orienta os moradores a evita-rem jogar nas ruas, ou em ter-renos baldios qualquer tipo de materiais de difícil decompo-sição natural, como plásticos, borrachas e vidros, pois são os que mais poluem o solo. “A educação ambiental deve ser ensinada nas escolas e aplicada em casa. Os pais precisam dar bons exemplos para os filhos e ensinar a não jogar nas ruas papéis de balas, latas vazias, garrafas, entre outras boas ati-tudes”, esclarece. Lourenço também reforça a importância da fiscalização feita pelos pró-prios moradores. “Não cabe apenas à Prefeitura ou às se-cretárias a tarefa de fiscalizar. Da mesma forma que a edu-cação ambiental é importante, cuidar para que ela seja prati-cada é fundamental”, reforça o geógrafo.

Coleta de lixo domiliciar:terças,quintas e sábados à tarde

Horário de funcionamento dos Ecopontos:segunda a sábado, das 8h às 12h e das 13h às 17h

Denúncias de queimas irregulares:Polícia Militar (190) ou SEMMA (3235-1128)

Bombeiros: 193

Lixo domiciliar também é jogado na entrada no bairro

Giovani V

ieira/Voz do Nicéia

A paisagem natural se mistura ao lixo espalhado

Beatriz H

aga/Voz do Nicéia

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Voz do Nicéia6 Ago/Set 2011

Jardim Nicéia agora nas telonasFilme feito por alunos da Unesp é gravado no bairro e conta com apoio da comunidade

Partindo da idéia dos alu-nos do curso de Rádio e TV da Unesp, João Guilherme Perus-si e Alexandre Borges, o média metragem (nome utilizado para filme com até 60 minutos) “Abel contra o muro” conta a história do jovem Abel. Aos 16 anos, o rapaz nunca havia saído de casa, pois era mantido preso por sua tia. Seu único contato com o mundo acontecia através de um pequeno buraco no muro de casa e por meio dos livros que lia.

Um dia, porém, uma bolinha cai em seu quintal. A bola era da jovem Lucinha e de seu ami-go Bruno que convidam Abel a conhecer o mundo lá fora. O jovem se apaixona por Lucinha. Ele então descobre que a moça sofre maus tratos dentro de casa e traça um plano para tirá-la des-sa situação.

As gravações aconteceram no Jardim Nicéia durante o mês de julho e contaram com a partici-pação dos moradores da comu-nidade. Foram ao todo 28 dias de filmagem com cerca de 70 figurantes e mais 20 pessoas aju-dando na produção.

João Guilherme Perussi, res-ponsável pela produção, comen-tou a recepção dos moradores durante as gravações. “Estavam todos sempre dispostos a nos ajudar, a experiência foi incrível. A participação das crianças tam-bém foi demais, sempre curio-sas”, contou.

O diretor e roteirista, Alexan-dre Borges, disse que começou a se interessar pelo bairro por

fazer parte do Observatório de Estudos dos Direitos Humanos da Unesp, e após realizar um tra-balho no Nicéia a ideia do filme surgiu, já com o pensamento de gravar tudo no próprio bairro. O filme foi exibido para a comuni-dade no último feriado de sete de setembro. “Hoje foi o primei-ro dia que eu consegui assistir o filme virado para trás, olhando a reação do público, eles riam nos momentos em que se reconhe-ciam na tela, reconheciam locais do bairro, concentrados mes-mo, rindo, comentando. Fiquei muito feliz com a quantidade de

pessoas que vieram e a recepção”, disse Alexandre.

Um dos participantes do fil-me, do próprio bairro, Johnny de Andrade Moreira, de 15 anos, conta como entrou em cena: “eu estava na rua, assistindo a gra-vação, daí me chamaram para fazer”. Johnny disse que apesar de ter que repetir algumas cenas, a gravação foi rápida. Ele disse ainda que as pessoas do bairro ficaram contentes com o filme. Johnny mora há aproximada-mente 12 anos em Bauru, e para ele a gravação do filme no bair-ro afetou mais as crianças, que compareceram em peso no cam-pinho onde o média metragem foi exibido. “Traz motivação para as crianças, para as mães não prenderem os filhos dentro de casa, soltar para brincar e ir para a escola”, finalizou Johnny.

“Abel contra o Muro” entra agora em turnê pelo estado de São Paulo, através da parceria com o Circuito Fora do Eixo e com o Clube de Cinema Fora do Eixo. O filme também será dis-tribuído pela internet, no site da distribuidora de filmes online, a DF5. O endereço é vimeo.com/df5.

Johnny Moreira, que virou ator

Equipe de produção e crianças do Nicéia depois do filme exibido

Carolina Seiko/Voz do N

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Comunidade assistindo ao filme

Carolina Seiko/Voz do N

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Carolina Seiko/Voz do N

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Carolina SeikoVitor Moura

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Voz do Nicéia Ago/Set 2011 7

“Você se lembra das promessas dos políticos em quem votou?”

Política é um assunto sério, porém, muitos nem se lembram em quais políticos vo-taram nas últimas eleições. A equipe do Voz do Nicéia foi às ruas para saber se os moradores do bairro se recordam das promessas feitas pelos candidatos da época.

Lixo a céu aberto é perigo para a saúde da comunidadeTira-dúvida

“Eu fui uma que votei no Rodrigo Agostinho, e ele não fez nada pela gente aqui do bairro. Pior burrada. Ele prometeu regularização das ca-sas e as tubulações e, agora que ele ganhou e entrou, está fazendo o que para a gente? Nada. Aqui a gente está esquecido, pobre não tem nada na vida”

Leonéia Pompeu, 34, autônoma

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“O Rodrigo Agostinho trabalha bem, todo mundo gosta dele, ele está fazendo muita coisa, tem muito serviço, melhor do que os outros, ele é. Ele faz. Ele só não terminou as obras das tubulações porque estão embargando”

Rubens de Abreu Silva, 62 anos

João Paulo Monteiro/Voz do N

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“Asfalto e tubulação, isso nos foi prometido, mas até agora nada”Orides Prado, 56, mestre de obras

“Começaram obras da tubulação no período das eleições, mas agora estão abandonadas. Ano que vem, com as

eleições de novo, eles voltam a mexer. Política é sempre a mesma coisa, só se lembra dos pobres quando precisam

de votos, depois eles se esquecem da gente e nem voltam para dar satisfação. Aqui o bairro é abandonado”

Fernanda Abreu, 27, auxiliar de enfermagem

“Não estou contente. Chega no dia da eleição e os políticos pro-metem tanta coisa e acabam não cumprindo. As obras da tubu-lação estão paradas, prometeram colocar postes de luz nas ruas, não tem rede de água. Não cumpriram, está tudo do mesmo jeito, e creio que não vão fazer nada. Isso aqui é um lugar abandonado”Alexandra dos Santos Silva, 30, doméstica

João Paulo Monteiro Luiz Fernando Araujo

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Juliana Santos Letícia Mendonça

Doenças como leptospirose e dengue podem ser transmitidas pelos entulhosO lixo jogado a céu aberto pode ser um grande inimigo para a po-pulação e transmitir várias doen-ças graves. O médico Dr. Juliano Silva Santos explica aos leitores do Voz do Nicéia como evitar as principais doenças passadas pelo lixo e também alerta para outras causas mais sérias, que devemos tomar cuidado.

Voz do Nicéia: Por que o lixo transmite doenças?

Dr. Juliano: Quando as pessoas jogam lixo em locais inapropria-dos, como nas ruas e lugares a céu aberto, isso contribui para o apa-recimento de animais que podem transmitir doenças, como ratos, moscas, mosquitos e baratas.

VN: Quais são as doenças trans-mitidas?Dr. Juliano: As principais doen-ças transmitidas por esses animais são Leptospirose, Salmonelose,

Amebíase, Giardíase e Dengue.

VN: Quais são os sintomas?Dr. Juliano: Os sintomas mais comuns são febre, dores de cabe-ça, dores musculares e diarreias. Além das doenças mais comuns, a queima do lixo também pode provocar problemas respirató-rios. Existe também o lixo tóxico, como pilhas e baterias de celular que podem causar doenças neu-rológicas e intoxicação por chum-

bo e mercúrio. E o lixo hospitalar que pode transmitir HIV e Hepa-tite B e C.

VN: Como podemos prevenir es-sas doenças?Dr. Juliano: A prevenção pode ser feita com a melhoria das con-dições de higiene, separação do lixo, coleta seletiva e descarte cor-reto de pilhas e baterias.

Juliano Silva Santos CRM 119427

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Voz do Nicéia8 Ago/Set 2011

Perfil Silvana de Oliveira

Henrique GasparinoVitor Soares

Silvana ama o próximo. Ela passou boa parte de sua vida como enfermeira em hospitais, cuidando de quem precisava. Entrou na profissão por insis-tência de sua avó, mas ficou fir-me na carreira e agora sonha em abrir uma clínica para depen-dentes químicos. “São pessoas

que precisam de amor, de cari-nho”, conta.

Antigamente, seu sonho era abrir uma loja com roupas de grife, mas hoje se sente privile-giada por ter trabalhado como enfermeira e diz que recebeu uma lição de vida com a pro-fissão. Mesmo com tanto tem-po de serviço, Silvana mantém a humildade. “Eu ainda tenho muito a aprender”, reconhece

com um sorriso no rosto. “E aprendi a gostar da profissão”.

Já passou por várias áreas dentro do hospital, público e particular, mas ela gostou mais de trabalhar com os soropositi-vos. “Aprendi muito com eles, criei um vínculo gostoso. Eu sa-bia que eles precisavam bastante de mim”, explica. “Foi aí que eu passei a amar cada vez mais a profissão”, admite com orgulho.

“Eu não usava luva, máscara, roupão. Eu me colocava no lugar deles. Imagino que se aparecesse uma enfermeira cheia de roupa, parecendo um robô, eu ia me sentir muito mal”, relembra.

Mas nem todos os momen-tos como enfermeira foram de alegria para Silvana. Uma das piores noites de sua vida foi logo em seu primeiro dia de ser-viço, já que um paciente mor-reu. “Eu disse que não ia mais

trabalhar, mas eu sabia que se deixasse a profissão por medo de morto, a minha vó me faria trabalhar muito mais, então não disse nada”.

Recentemente, surgiu a oportunidade de trabalhar com dependentes químicos no bair-ro Jardim Terra Branca. “Você se sente muito coagido, tem que ter uma estrutura muito gran-de”, admite com tristeza. Mes-mo assim, ela sonha abrir sua própria clínica: “não sozinha, mas com uma equipe médica, com psicólogos e quem tiver o interesse de ajudar”, completa sonhando.

Para Silvana, a melhor re-compensa é poder espalhar sua alegria, ainda mais para quem precisa. E isso é fácil de ser com-provado por quem vai ao mer-cado de seu marido, dentro do Nicéia.

Ana Laura Miranda de Oliveira, 7 anos

Adriana SalgadoCinthia QuadradoThais Perregil

Mateus Leme Rafael, 9 anos

João Paulo Monteiro/Voz do N

icéia

Andrew Gabriel Bueno da Silva, 9 anos

André Fernando Moura, 10 anos