IV ANNO 141 - mun-montijo.pt · para o Brazil, anno. 2$5oo réis Imoeda forte;. Q Avulso, no dia da...
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I V A N N ODOMIjNTG-O, 37 -DE MARÇO DE 1904 iV.° 141
S E M A N A R IO N O T I C I O S O , L IT T E R À R IO E A G R ÍC O L A
A ssignatura úA n n o , 1S000 réis; s e m e s tre . 5oo réis. Pagamento adeantado. 0 para o Brazil, a n n o . 2$5oo réis I m o e d a forte;. QA v u ls o , n o d ia da publicação, 20 réis. ^
EDITOR— José Augitslo Saloio Ij 19, i.° — RUA DIREITA —A L U E f x A L L K G A
19, I.c
| P ub licaçõ esí l Annuncios— i . 3 publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,
20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os a iítõ -' graphos não se restituem quer sejam ou não publicados.
P R O P R I E T Á R I O — José Augusto Saloio
E X P E D I E N T E
Uogamos ] aos nossos estimáveis assignantes a fineza «le nos p a rt ic ip a rem qua lqu er falta na r e messa do jo rna l, para «le prom pto p rov idenc ia rmos.
Acceitam-se com g ra tidão quaescjuca* noticias qtie sejam de in te resse publico.
m m w b b s s b nYafe *íi« eskN tf ■
e ijL Líwb a a \ b é í
Ha vinte séculos que no dia de hoje uma multidão enthusiasmada, gritava nas ruas de Jerusalem, juncando, de palmas o caminho que seguia o grande evan- gelisador do Bem, o louro Christo: «Hosana ao filho de David!» As acclamações succediam-se e Jesus era levado em triumpho por toda aquella gente, que via nelle o apostolo do amor.
Pouco tempo depois esse mesmo povo gritava, deante da varanda de Pilatos: «Crucifiquem-n’o! Crucifiquem-no!»
E’ assim o povo. Sempre leviano e inconstante, despedaça num momento o idolo que pouco antestinha adorado de joelhos.
E' o Christo foi crucificado, e aquella nobre alma desprendeu o seu vôo, pronunciando as memoráveis palavras: « Perdoae-lhes,Senhor, porque não sabem 0 que fazem».
Applicaram-lhe o suppli- cio mais aviltante, o desprezo mais esmagador. Morreu, mas o seu espirito era tão grande, as suas lições eram tão nobres, tão santas, que a religião do Nazareno atravessou o mundo e firmou-se em solidas raizes, vencendo todas as peias, entrando em todos os corações.
E’ triste de pensar que essa religião, pura e divina, tenha servido de instrumento do mal nas mãos de tantos miseráveis, tenha feito correr na terra ondas de sangue, provocando os
gritos e as blasphemias das victimas dos que se dizem ministros do m artyr do Gol- gotha.
A rubra chamma do Santo Officio fez recuar de horror a pomba que no Cal vario recebera dos lábios de Jesus as palavras sublimes de amor e de perdão; as scetias medonhas que a Historia nos apresenta, praticadas por malvados que tiravam, sem va- ciilar, a vida aos seus irmãos, em nome da fé, mas com a mira unicamente no ouro e nas grandezas, poderiam apagar da fronte de Jesus a aureola que o divi- nisou, se elle nã ) fosse tão grande, tão enorme, qu^ nada no mundo será capaz de 0 arrancar do pedest il de gloria que a humanidade lhe construiu.
O mundo não recua; segue, sem temor, o caminho do Progresso; o barbarismo acabou; a luz que ha de illuminar a terra, quando surgir a nova aurora, por que tantos a almejam, já vem bruxuleando no horisonte, vaga, indecisa, mas visivel aos nossos olhos; e então, quando todos forem irmãos, quando não houver no mundo inimizades nem odios, quando as guerras, que nos envergonham, deixarem de existir, o nome de Jesus será gravado na bandeira que se elevará bem alta, como o distinctivo do novo reinado da paz.
JOAQ UIM DOS ANJOS.
M ercearia iSelogio
E’ realmente deslumbrante a exposição de amêndoas que os nossos amigos Franco & Figueira realisa- ram no seu importante estabelecimento de mercearias, na praça Serpa Pinto.
Podemos dizer que é um verdadeiro primor, e que nesta villa ainda não tivé- mos ensejo para admirar, neste genero, uma exposição tão completa. A concorrência de pessoas que estes dias tem procurado admirar a paciência e bom gosto destes nossos ami
gos é incalculavel, concorrência que sem duvida deve ter recompensado b^m o muito trabalho que tiveram.
No kiosque da Praça, tambem hoje, estes nossos amigos, expõem ao publico um colossal sortido de amêndoas.
Enviámos, pois, aos briosos e incançaveis commerciantes, a quem augurámos util futuro prospero porque realmente se tornaram dignos d’e 11 e, o mais apertado e allectuoso abraco.
A PRIM AVERA
A primavera é a estação mais perigosa e mais prejudicial á saude. Basta dizer que é a épocha mais sujeita ás variações da temperatura. Passa-se rapidamente do frio ao calor, do tempo sêcco ao tempo húmido, do vento á chuva e reciprocamente. Todo o organismo se resente deste trabalho da natureza, os humores e o sangue estão em movimento e o corpo impressiona-se com maior facilidade. Assim na primavera, as doenças são mais frequentes e mais graves do que noutra qualquer estação, tendo por isso cabimento o repetir-se aqui, applicando-o devidamente, o proloqu.io de que o maio dos poetas differe essencialmente do maio dos me-
Sob a influencia das variações diurnase nocturnas da atmosphera, do vento e das intermittencias do sol, apparecem as doenças ca- tharraes, fluxionarias, he- morrhagicas, rheumaticas e inflammatorias. As constipações apanhadas no inverno tornam-se tenazes e todos sabem quantas n’es- te caso passam ao estado chronico.
N’esta estação todos devem modificar o vestuário e o regimen. Assim é bom diminuir a alimentação substancial do inverno, temperar o calor do regimen dos tempos frios pelo uso dos legumes verdes, leite
e fructas, se fòr possivel.«Não é para recreio dos
olhos, diz Bouchut, que a terra produz em abril os legumes herbáceos, cheios dagua, e os fructos. Esta vegetação tem o seu fim beneficente, exactamente como a vegetação do verão, e a do ou.omno e do inverno, estas duas com os grãos farinhentos. Nesta successão de productos manifesta-se uma verdadeira presciência das necessidades do homem que não aprecia a philosophia do imprevisto, e aquelles que não aproveitam d’estes bens da terra arrependem-se sempre de tal desmazelo.. A dyspepsia ou a gòtta cedo ou tarde ensina-lhes que a primavera foi mais feita para o homem, do qu; o homem para a primavera, pois que esta estação faz brotar todos os recursos de alimentação indispensáveis á saude.»
No mez de maio pode vestir-se fato menos pesado que de inverno, mas o que se não deve é operar esta mudança repentinamente, e antes observar um certo methodo em tal modificação, redobrando- se de attenções contra todas as variações atmosphe- ricas e intempéries do céu. Não nos devemos illudir Com o brilhantismo enganador dos raios solares nem com a apparição ficticia das primeiras flores; o sol de maio é pérfido para as creanças, principalmente. E’ aos primeiros raios do sol primaveril que as congestões cerebraes e as menin- gites mais victimas fazem no risonho exercito dos ba- bys.
As consequencias das constipações apanhadas no inverno, as doenças que nos atacam nesta estação, são, como já se disse, as peo- res.
De dia passa-se menos mal, mas de noite os ataques de tosse são mais fortes, e de manhã, quando nos levantámos, a expectoração torna-se mais ou menos difficultosa, mais ou menos abundante. As tisanas peitoraes, os xaropes e
j alepos calmantes, nada conseguem nestes casos, sendo difficil obstar aos progressos das enfermidades que nos affligem na primavera.
A G R I C U L T U R Ad e s t ru iç ã o do gorgulho
do grão
A infecção dos celeiros é a causa principal para o gorgulho se desenvolver, porque, vindo elle da eira e mesmo da terra, e tendo no celeiro a humidade ou o grão molhado na eira,- elle desenvolve-se extraor-: dinariamente.
Em muitos paizes fazem grades de cannas em fórma de cylindro; enchem- se esses cylindros de grão e dependuram-se, e neste caso o grão conserva-se enxuto e arejado e por conseguinte livre dos ata- ■ ques dos insectos nocivos.
Não se podendo conservar assim o grão pelo facto de haver grande quantidade de cereal, ha um processo muito simples e facil de executar: perfura- se o fundo d uma dorna e depois lança-se dentro o grão; na parte de fóra do fundo da dorna colloca-se uma vasilha com enxofre a arder.
O fumo carregado de gaz sulfuroso penetra pelos buracos e atravessa toda a massa dos grãos; os gorgulhos, não podendo supportar o gaz sulphuro- so, veem á superfície, onde é muito facil apanhal-os. Se se deixar estar bastante tempo o enxofre a arder, o gorgulho desapparece por completo, porque então é asphixiado.
Ha um processo muito seguido e de grandes vantagens: a semente, quando se lança á terra, já leva muitos ovos, que, com a acção do calor e da humidade, se desenvolvem e se conservam ahi até que haja fructo onde se possam alojar, e para que isso se não dé, lança-se a semente dentro d’agua aonde se tenha addicionado sulphato de
ferro (i por iooo) durante 24 horas, lançando em seguida a semente á terra.
Procedendo-se assim, não só são destruídos os ovos dos animaes, como os esporos dos parasitas vegetaes.
P r o c is sã o de P a sso s
E’ hoje, conforme noticiámos, que se realisa a procissão de Passos nesta villa. Acompanha esta procissão a distincta phylarmonica 1° de Dezembro. Pré- gará os sermões do pretorio, encontro e calvario o rev. Napoleão.
jogando a «chapa». Uma liçãosinha, não seria nada mau.
M ercado em S a r ilh o s Cirandes
Foi apresentada á camara municipal d’este concelho uma representação da junta de parochia da freguezia de Sarilhos Grandes, pedindo a creação de um mercado mensal naquella freguezia no 3.° domingo de cada mez de gado vacum, cavallar, lanígero, suino, caprino, etc., por ser aquella localidade um dos pontos mais centraes para estas transacções e constituir um importante melhoramento para a freguezia, a qual de anno para anno vae progredindo consideravelmente.
A camara, reconhecendo a justiça do pedido e concordando plenamente no exposto pela junta de parochia, resolveu pedir a necessaria auctorisação para a dita creação desse mercado conforme a representação da referida junta de parochia.
Vae ser distribuído pelos facultativos municipaes deste concelho um questionário sobre o estudo de doenças cancerosas.
Prestou j uramento na administração do concelho João Ferreira, agulheiro da estação dos caminhos de ferro da freguezia de C anha.
Foi pedida auctorisação superior para pôr a concurso os logares que se acham vagos de continuo da escola municipal secundaria, desta villa, e o de pregoeiro da camara.
Foi enviado á administração do concelho o primei ro orçamento supplemen- tar da camara municipal, a fim de ser remettido ao Governo Civil para obter a approvação superior.
Ao si', administrador do concelho recommendâmos uns garotos que se entre- teem na rua do Collegio
S erá verdade?!
Consta-nos que a praça dos trabalhadores vae sei mudada para o largo da Egreja. Oxalá que o boato seja certo; e muito folga rão os commerciantes que por sua infelicidade ainda hoje aturam tanta grosseria.
A excellentissima camara que se não faça demorar, e terá com isso feito uma boa obra áquelles commerciantes.
«ffulgameato
Respondeu hontem em audiência de policia correccional Feliciano Joaquim Soares, pelo crime de offensas corporaes nas pessoas de José Caetano Er- vedoso, do Samouco, e de José Bernardo, cazeiro da Quinta da Povoa, caso a que minuciosamente nos referimos no ultimo numero d’este jornal. Foi condemnado em 6 mezes de prisão e 3o dias de multa a 100 réis.
NUM ALBUMSe a mim se devera D o orbe a existencia, Aos pés de vóssencia Ir ia depôr 0 brilho da aurora, Dos mundos no cume, O doce perf ume D o calix da flo r.
O fog o sagrado D o astro do dia lintão guardaria Em urna dourada,E vinha tra^el-o, Pedindo somente O riso fulgente D uns labios de fada.
Mas, triste de mim! Que ousada chimcra! E u dar-lhe quimera A sjo ia s do mundo,E deixo-lhe apenas, E m pallidos versos,Os cantos dispersos D'affecto profundo.
JOAQ UIM DOS ANJOS.
P E N S A M E N T O SA fraqueja nos juizes produ-, muitas ve^es, os mes
mos eff eitos que a maldade; e a timide% pode ter resultados eguaes aos da tyrannia.— Bastos.
— Não ha maior loucura que ser avaro toda a vida para fa\er pródigos cedo ou tarde.
— A espada é a penna com que o guerreiro escreve as suas leis; a penna é a espada com que o sabio vence as sãas batalhas.
A N E C D O T A S
Uma senhora, que ia pagar a decima do marido, vol- tou-se para 0 empregado competente:
— Tenha a bondade de vêr se meu marido estd relaxado. . .
________Entre dois eleitores:— Que me di\es ao nosso deputado, que ainda não fo i
capa* de di^er palavra nas cortes?— Entendo que f a * muito bem, porque elle não é rico,
e como o silencio é o u ro . . . cala-se para o não desperdiçar.
________
Pretendendo um typo certo emprego que lhe não foi lado, disse que esta injustiça, havia de causar a morte a mais de cem pessoas. Perguntando-lhe alguem como havia isso de ser, respondeu:
— - E porque me determino a ser medico.
_ _ _ LITTERATURAO c o lh e re ir o
Houve noutro tempo um colhereiro que tinha por costumeira ir a uma matta muito longe de sua casa apanhar madeira para fazer colheres.
•Certo dia que elle estava cortando um pedaço a um castanheiro muito antigo, notou que no tronco havia um grande buraco.
Cheio de curiosidade, o colhereiro quiz vêr o que havia dentro, mas mal tinha entrado quando lhe appareceu um mouro encantado, que, com voz medonha, lhe disse:
— Já que te atreveste a penetrar no meu palacio, ordeno-te que tragas aqui a primeira coisa que te apparecer ao chegares a tua casa, e se não cumprires, fica certo que morrerás dentre em tres dias.
Foi-se o colhereiro para sua casa, onde tinha tres filhas muito lindas e uma cadellinha, que sempre o vinha esperar á entrada da porta.
N ’esse dia, porém, contra o seu costume, quem lhe appareceu á entrada da porta foi a filha mais velha.
Então elle. chorando, contou á filha tudo que lhe tinha succedido e pediu-lhe que fosse ella, senão que o mouro o mataria e ficava ella e as irmãs sem amparo.
A filha apromptou-se logo para ir, e depois de ter abraçado as irmãs, partiu para o palacio do mouro.
Deixemos agora o colhereiro com as duas filhas, e vamos vêr o que faz o mouro á outra filha.
Logo que ella chegou, deu-lhe as chaves de todas as salas do palacio e deitou-lhe ao pescoço um cordão de ouro fino com a chave dum a sala, pro- hibindo-a de entrar nella, pois se lá fosse, morreria.
Um dia em que o mouro tinha sahido, a infeliz
FO LHETIM
Traducção de J. DOS ANJOS
D E P O I S Í Í P E C C A D OL iv r o S egu n d o
11
No abatimento moral em que se encontrava, as revelações do tabelião deram á Magdaiena um g-ande consolo. Uma vez que o Pedro Guille- male conservara d’el!a uma recordação sympnthica, já não estava só no mundo; esperava encontrar n'el!e um amigo fiel que náo a abandonaria na duras provações que ia agora íiffrontar.
O r e s t o do t ra je c to fo i s ile n c io s o .
A paizrgem inundada de luz desenrolava se magnifica á vista dos nossos viajantes.
Ao meio dia estavam em V; ls ; mas só a atravessaram e a carruagem tomou rapidamente o caminho de Antraigues. A Mag lalena, com o coração opprim iJo, deitava pela porti nhola um olhar receioso. De repente fez-se muito palida. Acabava de avistar as primeiras casas da sua aldeia, o presbyterio, a egreja, e mais adeante o pavilhão da princeza.
A carruagem parou deante do pavilhão.
— Chega'mos, disse Riballier, abrindo a portinhola e saltando para o cháo.
Estendeu a mão á sr.a Telemaco. que descju atraz d’elle. e depois á j Magdaiena. a qut.ni conduziu até á , porta do pavilhão, em redor da qual
; lguns habitantes de Antraigues. at- trahidos pela bulha dos cavailos, se tinham formado em grupo.
A Magdaiena passou por deante a'el!es, com os olhos baixos, sem proferir uma palavra, como se temesse afírontar o olhar honesto d'aqnelia boa gente que a tinham conhecido pobre e a tornavam a vêr agora transformada. Entrou rapidamente em casa, com pressa de se livrar de uma curiosidade que a incommodava.
A sr.3 Telemaco não fez o mesmo. Como conhecia a maior parte dos curiosos, demorou-se a cumprimen- tal-os, a in errogal-os, toda orgulhosa por se lhes most-ar com um vestido de seda preta e um chapéo carregado de flores, em todo o brilho da sua fortuna. Depois dirigiu se para a porta do pavilhão por onde a Magdaiena aciiK.va de d sapparece.-. Mns.quando
ia a entrar, uma mulher velha tocou- lhe no braço, dizendo-lhe:
— Foi a Magdalenasinha quem passou agora por aqui?
— Ella mesma, respondeu a sr.a Telemaco.
— Está tão rica como bonita?— E ’ verdade.— 1 eve então alguma herança?— Não teve uma. teve muitas, tor
nou a sr.a Telemaco, sorrindo-se com- plac entemente.
— E' que dizem que foi dinheiro mal ganho.
— Os q"e dizem isso são invejosos, vá dize--lh'o da minha parte.
A sr.a I elemaco seguiu magestosa- mente o seu caminho e foi ter com a Magdaiena e com o sr. Rib.-llier a um salão do rez do-chão.
Quando entrou, a Magdaiena, ex- hausta de fadiga e de désgóstos, âc-
ceitára a poltrona que o tabellião lhe ofleiecera. Examinava em redor d'el- la aquelles sitios que lhe eram tão familiares, mas longe dos quaes vivia havia cinco annos. As lagrimas que lhe molhavam os olhos denunciavam- lhe a commoção, e vendo a assim, envolvida nos trajes de luto, ninguém quereria acreditar que era aquella a brilhante creatura que, tres dias antes, passeava pelo Bosque a sua radiante belleza e habitava n’um dospa- lacios mais sumptuosos de Paris.
— Naturalmente já pensou no almoço, sr. Riballier, disse a sr.a Telemaco, entrando ruidosamente no salão.
— Não tenha cuidado, minha senhora, respondeu o tabellião com frieza; está tudo prevenido.
(Continua,1.
O DOMINGOrapariga, cheia de curiosidade, quiz vêr o que esta- va na tal sala: entrou e vju muita gente com as cabeças cortadas; ella, toda horrorisada, fechou a porta e poz outra vez a chave ao pescoço, mas o mouro, quando voltou ao palacio, foi vêr a dita chave e viu que ella tinha uma mancha de sangue.
Então sem dar palavra, cortou a cabeça á pobre rapariga e foi deital-a na mesma sala onde ella tinha entrado.
Voltando o colhereiro, sabereis que elle foi ter com o mouro para que lhe desse noticias da filha, e elle lhe respondeu:
— Vae buscar a tua filha do meio para vir fazer companhia á que cá está, pois que anda muito triste com saudades delia.
Trouxe o colhereiro a filha, e a ella succedeu-lhe o mesmo que tinha succe- dido á sua irmã.
Restava ao colhereiro só a filha mais nova, mas como o mouro lhe ordenasse que lha levasse tambem, levou-llia.
Logo ella chegou, o mouro fez-lhe as mesmas recommendações que tinha feito ás outras irmãs.
A rapariga entrou na sala dos mortos e viu as irmãs degoladas, mas notou que ellas ainda estavam quente e teve desejos de as tornar á vida.
Na mesma sala havia um armario contendo pu- carinhos com sangue dos mortos; então ella, vendo dois pucarinhos com o no ine das irmãs, pegou nas cabeças delias, juntou-lhas aos corpos e despejou-lhe o sangue no pescoço; logo as irmãs tornaram á vida. Depois recommendou-lhes que não falassem, que ella havia de arranjar meio de as mandar para casa do pae.
As irmãs recommenda- ram-lhe que limpasse a chave para o mouro não saber o que ella tinha feito.
Voltou o mouro a casa e de nada desconfiou, e começou então a amar muito a rapariga a pontos de se deixar dominar por ella.
Um dia pediu-lhe ella que fosse elle levar uma barrica de assucar ao seu pae, pois estava muito pobre; o mouro disse logc que sim. Ella então met teu uma das irmãs dentro da barrica e disse ao mouro que fosse depreda, que não parasse no caminho, que ella o ia vêr do mirante.
O mouro partiu, ella ordenou á irmã que fosse dizendo pelo caminho es
tas palavras: «Eu bem te vejo» para o mouro julgar que era ella que lhe falava do mirante.
A rapariga dizia: «Eu bem te vejo; eu bem te vejo», e o mouro respondia: «Lindos olhos que tanto vêdês; correr, correr».
E c o rr ia ... corria, até que chegou a casa do pae; largou a barrica e voltou para o palacio.
P assados dias, quiz a rapariga mandar outra barrica ao pae; e da mesma fórma mandou a outra irmã.
Restava só ella; ora isso era mais difficil, mas como era muito esperta, de que se havia de lembrar? fez uma boneca de palha, vestiu-lhe os seus vestidos e pòl-a no mirante; metteu- se na barrica, depois de ter dito ao mouro que fosse depressa, que ella ia vêl-o do mirante.
Pelo caminho foi sempre dizendo: «Eu bem te vejo, eu bem te vejo». «Lindos olhos que tanto vêdes; correr, correr».
Assim voltaram as filhas todas para casa de seu pae; o mouro voltou ao palacio e foi-se abraçar á boneca de palha julgando ser a rapariga e cahiu do mirante abaixo, morrendo logo rebentado.
O palacio e o castanheiro desappareceram, pois tudo era obra de encanto
Agora, leitor, vae por uma parte, sae por outra, e vae ao rei que te conte ou t r a . . .
vari Acrobático» por todos os clowns da Com panhia,' trabalho que se executa ho- j je pela primeira vez; «As sevilhanas», baile andaluz pelas sympathicas dançarinas Josepha Alonso e Blan- ca O rtiz e muitas mais at- tracções que todas as noites fazem as delicias dos aldegallenses.
Circo Amado
Effectuou-se na sexta feira ultima no elegante C ir co Amado, um esplendido espectáculo em beneficio de dois artistas daquella Companhia: Adriano Rey e Pepito Paterna. Em um dos intervallos a «Troupe Pardal» executou com correcção tres lindos trechos, composição do director da referida «troupe», sr. José Cândido da Costa, (O Par dal) um dos mais habeis guitairistas d’estes sitios.
Para hoje annuncia-se um extraordinario e variado espectáculo popular em que serão executados dez números gymnasticos, mi- micos e acrobaticos, a que certamente não falha uma enchente. No programma d’estc espectáculo, que está primorosamente organisa- do, figuram: a sr." Blanca O rtiz e Manuel Amado que farão o assombroso trabalho de força e equilíbrio no «double-arame»; a sr.a Te- reza Dominguez, com os seus prodigiosos trabalhos de equilíbrio; «O Chari
Unia vergon h aDa Inspecção Geral de
Vinhos e Azeites foi enviado ao presidente da Commissão de Vigilancia ao fabrico e venda de vinhos e azeites no concelho de Aldegallega um officio com data de i 5 do corrente, dando conhecimento que no dia 12 do corrente, lbi reexpedido com destino a esta villa, á entrega do sr. Francisco Fortes Ribeiro, dois cascos de vinho de 1908, a fim de ser destilla- do na adega do referido senhor, conforme foi concedido pela Inspecção Geral, sujeitando-se á fiscali- sacão da Commissão de
»
Vigilancia d’esta villa.Segundo informações de
pessoas que nos merecem toda a confiança, sabemos que o sr. Ribeiro tem nesta villa um armazém de vinhos, armazém onde mette vinhos de differentes pro- cedencias, fazendo-os, provavelmente, sahir daqui mais tarde com o bello nome de vinho de Aldegallega, o que, com toda a certeza, lhe dará maior lucro.
Os viticultores d’esta villa estão altamente zangados, e com razão, por se dar lá fóra a uma zurrapa indigna o nome de vinho de Aldegallega, quando esta a que nos referimos, segundo nos affirmam, foi comprada lá fóra e trazida para aqui para depois sahir com esse bello nome,
Recommendamos á digna Inspecção Geral estes atrevidos negociantes de mixordias, que fazem ô des- credito da nossa viticultura.
pimenta, toucinho ás pequenas lascas e sal que baste, devendo ir tudo a refo- gar.
Feito tudo isto, junte-se- he o sangue, que deve pas
sar por uma cozedura, e in- troduz-se este recheio no interior do leitão, que, de- 3ois de cosido com uma linha, é barrado com manteiga de porco, toucinho 3Ícado, pimenta, uma folia de louro e colorau. Em
seguida vae ao forno a assar, devendo ser virado na pingadeira até que córe sem. Sirva-se com alface e enfeite-se com salsa e azeitonas.
ARTE C U L 1N A R IAL eitã o assad o á p r o v in
ciana
M orto o leitão de fórma que se lhe aproveite o sangue, mergulhe-se n um vaso dagua a ferver; e, com um panno bem aspero, esfregue-se até que a pelle fique branca. Depois de assim preparado, abra-se, ti- rem-se-lhe os intestinos, e, depois de bem lavados, aproveite-se-lhe o coração, o figado, a fressma e os rins, devendo haver o cui dado de se não rasgar mui to o animal. Hm seguida picam-se aquellas miude zas a que se junta salsa e cebola, tambem picadas,
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(Chronica do reinado de Luiz XV )
Romance historico porE. LA D O U C E T TE
Os amores trágicos de Manon Les- raut com o i elebre cavallèiro de Grieux. formam o entrecho d'este romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade devéras encantador.
A .corte de Luiz xv, com todos os seus esplendores e misérias, é escri- pta magistralmente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro , destinado sem duvida a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi recebido em Pa ris, onde se conta-am por milhares ós exemplares vendidos.
A edição portugueza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grande form to, illustrados com soberbas gravuras de pagina, e constará apenas de 2 volumes.
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B í d U O T H E W í f l DIAIIIO DE NOTICIASA GUERRA ANGLO-BOER
Impressões do Transvaal
Interessantíssima narração das luctas entre inglezes e boers, «illústrada» com numerosas zinco-gravun.s de «homens •celebres» do Transvaal e do Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruentas da
G U E R R A A N G L O -B O E R Por um funccionario da Cruz Verm elha ao serviço
do Transvaal.Fasciculos semanaes de 1 6 paginas................Tomo de 5 fasciculos ........................................... i 5o
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A G U E R R A ANGi .0 B O ER é a obra de mais palpitante actualidade.N'ella são descriptas, «por uma testemunha presen--ial», as differentes
phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantado o mundo inteiro.
A G U ER R A ANGLO -! OER . faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes bat; lhas, combates» e «escaramuças» d’esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes. tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodígios de heroismo e tenacidade, em que são egu; Imente ádmiraveis a coragem e dedicação p triotic a de vencidos e vencedores.
Os incidentes variadíssimos d’esta contenda e itre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verdadeiras pçripecias, por tal maneira cramaticas e pittorescas, que dão á G U ER RA A N G LO -B O ER, conjunctamente com o irresistível attractivo duma narrativa h storica dos nossos das, o encanto da leitura romantisada.
A Bibliotheca do D IA R IO DE N O T IC IA Sapresentando ao publico esta obra em «esmerada ediçáo,» e por um preço diminuto. julga prestar um serviço aos írim erosos leitores que ao mesm tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos successo; que mais interessam o mundo culto na actualidade.
Pedidos d Emprega do D IA R L O D E N 0 1 IC IA S Rua do Diario de Noticias, 110 — LISB O A
A g en te em A ld e g a lle g a — A . M e n d e s P in h e ir o J u n io r
COMMERCIO DO POVOTendo continuado a augmentar o movimento desta
já bem conhecida casa commercial pela seriedade de transacções e já tambem pela modicidade de precos porque são vendidos todos os artigos, vem de novo recommendar ao publico em geral que nesta casa se encontra um esplendido sortido de fazendas tanto em fanqueiro como em modas, retrozeiro, mercador, chapelaria, sapataria, rouparia, etc., etc., prompto a satisfazer os mais exigentes e
AO A L C A N C E D E TODAS AS BOLSAS
Devido á sahida do antigo socio d’esta casa, o ill.mo sr. João Bento Maria, motivada pelo cansaço das lides commerciaes, os actuaes proprietários resolveram am- plear mais o actual commercio da casa dotando-a com uns melhoramentos que se tornam indispensáveis a melhorar e a augmentar as várias secções que já existem. Tomam, pois, a liberdade de convidar os seus estimáveis freguezes e amigos, a que, quando qualquer compra tenham de fazei', se inteirem primeiro das qualidades, sortido e preços porque são vendidos os artigos, porque decerto acharão vantagosos.
A divisa d'esta casa é sempre ganhar pouco para vender muito e vender a todos pelos mesmos preços, pois que todos os preços são fixos.
Visitem, pois, o Commercio do P ovo ________
NUNES DE CA K VÃ LHO & SILVARua Direita, 88 e go — Rua do Conde, 2 a 6
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O F F I C I N A D E C A L D E I R E I R O D E COBREEncarrega-se de todos os trabalhos concernentes
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Os proprietários d’este novo estabelecimento participam aos seus amigos e ao publico em geral, que teem á venda um bom e variado sortido de artigos de mercearia, especialidade em chá e café, confeitaria, papelaria, louças pó de pedra.. Encarregam-se de mandar vir serviços completos de louça das principaes fabricas do paiz, para o que teem á disposição do publico um bom mostruário. Petroleo, sabão e perfumarias.
Unicos depositários dos afamados Licores da Fabrica Seculo X X , variado sortido em vinhos do Porto das melhores marcas, conservas de peixe e de fruetas, massas, bacalhau de differentes qualidades, arroz nacional e extrangeiro, bolachas, chocolates, etc., etc.
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