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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CATARINENSE – CAMPUS AVANÇADO SOMBRIO
MICHEL GREGORINE NICHELE
ROTEIROS CICLOTURÍSTICOS: UMA PROPOSTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE O
LAZER, A HISTÓRIA E A CULTURA SOMBRIENSE
Sombrio (SC)
2016
MICHEL GREGORINE NICHELE
ROTEIROS CICLOTURÍSTICOS: UMA PROPOSTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE
O LAZER, A HISTÓRIA E A CULTURA SOMBRIENSE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão de Turismo, do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense - Campus Avançado Sombrio. Orientador: Prof. Eddy Ervin Eltermann, Me.
Sombrio (SC)
2016
MICHEL GREGORINE NICHELE
ROTEIROS CICLOTURÍSTICOS: UMA PROPOSTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE
LAZER, A HISTÓRIA E A CULTURA SOMBRIENSE
Esta Produção Técnica-Científica foi julgada
adequada para obtenção do título de Tecnólogo em
Gestão de Turismo e aprovada pelo Curso de
Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Catarinense – Campus Avançado Sombrio.
Área de Concentração: Turismo
Sombrio, 12 de Dezembro de 2016.
Prof. Eddy Ervin Eltermann, Me.
Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado
Sombrio
Orientador
Prof. Leonardo Lincoln Leite de Lacerda, Me.
Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado
Sombrio
Membro
Prof. Carolina Braghirolli Stoll, Ma.
Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado
Sombrio
Membro
DEDICATÓRIA
Dedico esta conquista a mim mesmo, que
acima de tudo busquei força de vontade
para enfrentar os novos desafios. Dedico
esta conquista, também a todos aqueles
que, como eu, acreditam que tudo é
possível, independente das
circunstâncias.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças para a conclusão
deste trabalho.
Agradeço, também, a todos que mesmo de maneira indireta fizeram parte de
toda a caminhada acadêmica.
Ao meu orientador, amigo e professor Eddy Ervin Eltermann, Me, que com sua
dedicação afinca foi fundamental para que se obtivessem êxitos positivos e
satisfatórios neste trabalho. Professor, obrigado por seu apoio e parceria.
A todos os professores que se dedicaram e apostaram que tudo daria certo.
Aos meus colegas e amigos de faculdade, que foram de grande importância para
que eu tenha chegado até aqui.
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Avançado
Sombrio, que po r me io de sua estrutura e de seus colaboradores construiu um
excelente ambiente de formação intelectual.
Em especial, agradeço, a minha colega de trabalho, amiga, e professora,
Jésca Goulart Caetano, por ter me apoiado e supervisionado a produção deste
trabalho em todo seu tempo disponível.
Por fim, porém não menos importante, agradeço a minha família por ter sido
minha base forte em todos os momentos da minha vida. Agradeço também pela
grande dádiva de ter conhecido e convivido com muitas pessoas, das quais
guardarei boas lembranças. De ter partilhado alegrias e recebido o maior
presente que alguém pode obter: o conhecimento.
EPÍGRAFE
“O Sol nasceu para todos, mas a Sombra é pra quem à
procura.”
Michel G. Nichele
RESUMO
Este estudo propõe como plano de ação a criação de roteiros cicloturisticos para o
Município de Sombrio (SC). Para este estudo buscou-se conhecer a história do
Município de Sombrio, da Prefeitura Municipal, da Secretária de Turismo, dos pontos
turísticos e paisagísticos, bem como uma parcial percepção da cultura e história do
turismo de sol e praia da região, em municípios limítrofes do mesmo, para que assim
pudesse adentrar na atual realidade da região, entre outros. O Estagio Curricular
Obrigatório, em suas trezentas horas, foi realizado na Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo do município de Sombrio,
proporcionando assim um maior entendimento da situação do turismo na cidade,
fortalecendo a proposta de implantação deste projeto. Desta forma, para que os
resultados aqui propostos fossem alcançados, primeiramente, realizaram-se
pesquisas bibliográfica e documental, nas quais foram coletadas informações que
serviram para ampliar o conhecimento de temas como o cicloturismo, turismo, lazer,
entre outros. Utilizou-se o conhecimento em torno da abordagem qualitativa, do
método dedutivo, na qual teoria e prática se unem para uma dinâmica materializada.
Assim foram criados e mapeados seis roteiros de cicloturismo para o município
de Sombrio (SC), e municípios limítrofes, identificados 15 atrativos turísticos, bem
como realizados os orçamentos que vão dar embasamento aos interessados em
desenvolver o projeto.
Palavras-chave: Cicloturismo. Lazer. Caminho dos Canyons.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Imagem 01 – Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) ................................................. 20
Imagem 02 – Acesso lateral da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) .................... 21
Imagem 03 – Acesso do térreo ao primeiro andar da prefeitura ............................... 28
Imagem 04 – Acesso principal da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) ................. 29
Imagem 05 – Recepção do Gabinete do Prefeito ..................................................... 29
Imagem 06 – Departamentos do terceiro andar ....................................................... 30
Imagem 07 – Quarto andar e acesso ao Auditório .................................................... 31
Imagem 08 – Local do estágio .................................................................................. 31
Imagem 09 – Centro de Eventos Municipal Multiuso ................................................ 58
Imagem 10 – Casa da Cultura de Sombrio (SC) ..................................................... 60
Imagem 11 – Calçadão Cultural de Sombrio (SC) ................................................... 61
Imagem 12 – Mosaico do Calçadão Cultural de Sombrio (SC) ................................ 62
Imagem 13 – Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua ................................................. 63
Imagem 14 – Interior da Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua................................ 64
Imagem 15 – Biblioteca Municipal Cônego João Reitz ............................................. 65
Imagem 16 – Lagoa de Sombrio (SC) ...................................................................... 66
Imagem 17 – Furnas de Sombrio (SC) .................................................................... 67
Imagem 18 – Planície do Morro da Santa................................................................. 68
Imagem 19 – Vinícola Bez ........................................................................................ 69
Imagem 20 – Cachaçaria Daboit .............................................................................. 70
Imagem 21 – Portal de entrada Sítio Frezza ............................................................ 71
Imagem 22 – Ervas Medicinais ................................................................................. 72
Imagem 23 – Vista lateral do Morro da Moça ........................................................... 73
Imagem 24 – Museu Rural Municipal de Vista Alegre ............................................... 74
Imagem 25 – Portal de entrada do CTG Sul Catarinense ......................................... 75
Imagem 26 – Balneário Gaivota na alta temporada de verão ................................... 76
Imagem 27 – Loja Baike Mania ................................................................................ 97
Imagem 28 – Bicicleta modelo Mountain Bike .......................................................... 98
Imagem 29 – Sinalizadores noturno de segurança para bicicleta ...........................101
Imagem 30 – Cadeira de criança para bicicleta ......................................................101
Imagem 31 – Espaço para implantação do CIT ......................................................104
Imagem 32 – Shopping Outlet Japonês ..................................................................106
Imagem 33 – Paraciclo modelo SESC ....................................................................107
Mapa 01 – Roteiro Sombrio Minha História ............................................................... 79
Mapa 02 – Roteiro Lagoa das Furnas ....................................................................... 81
Mapa 03 – Roteiro um Drink a Moça dos Morros ...................................................... 85
Mapa 04 – Roteiro Meu Sol, Minha Praia .................................................................. 89
Mapa 05 – Roteiro Ruralidade e Cachoeira .............................................................. 92
Mapa 06 – Roteiro Cachoeiras dos Canyons ............................................................ 96
Organograma 01 – Setores da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) .................... 33
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Orçamentos das bicicletas e acessórios .............................................102
Tabela 02 – Distribuição dos recursos financeiros ..................................................105
Tabela 03 – Orçamento dos materiais para restauração do CIT .............................108
Tabela 04 – Orçamento dos materiais para construção de um paraciclo ................109
Tabela 05 – Orçamento dos mobiliários e objetos para o CIT ................................110
Tabela 06 – Orçamento dos materiais para festa de inauguração do CIT ..............110
Tabela 07 – Orçamento geral para implantação do projeto ....................................111
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AABB – Associação Atlética Banco do Brasil
AMESC – Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense
APBP – Association of Pedestrian and Bicycle Professionals
AVES – Associação de Voadores do Extremo Sul Catarinense
CIT – Centro de Informações Turísticas
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
CRAS – Centro de Referência da Assistência Social
CREAS – Centro de Referência especializada de Assistência Social
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
FECAM – Federação Catarinense de Municípios
IFC – Instituto Federal Catarinense
MTUR – Ministério do Turismo
OMT – Organização Mundial do Turismo
RedeCIM – Rede Catarinense de Informações Municipais
SAMAE – Sistema de Tratamento de Água e Esgoto
SC – Santa Catarina
SDRs – Secretárias de Desenvolvimento Regional
SEC – Sombrio Esporte Clube
SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil
SOL – Secretaria da Organização do Lazer
TCU – Tribunal de Contas da União
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
1.1 Problema de pesquisa ...................................................................................... 16
1.2 Objetivos ............................................................................................................ 16
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 17
1.2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 17
1.3 Organização dos capítulos ............................................................................... 17
2 ESTÁGIO ............................................................................................................... 19
2.1 Dados da empresa ............................................................................................ 19
2.2 Histórico da empresa ........................................................................................ 21
2.3 Estrutura física da empresa ............................................................................. 27
2.4 Setores/Departamento/Organograma .............................................................. 32
2.5 Setores estagiados na empresa ....................................................................... 36
2.5.1 Aspectos positivos, limitantes e conhecimentos adquiridos ............................. 37
2.5.1.1 Aspectos positivos ......................................................................................... 37
2.5.1.2 Aspectos limitantes ........................................................................................ 38
2.5.1.3 Conhecimentos adquiridos ............................................................................ 39
3 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 41
3.1 Turismo: conceitos, história e perspectivas ................................................... 41
3.2 O lazer e as politicas públicas: direito e necessidade social ........................ 44
3.3 O cicloturismo e sua roteirização: definições e perspectivas para a
atividade ................................................................................................................... 48
4 METODOLOGIA CIENTIFICA E TÉCNICAS DE PESQUISA................................ 51
4.1 Conhecimento Científico .................................................................................. 51
4.2 Pesquisa Bibliográfica ...................................................................................... 51
4.3 Pesquisa Documental ....................................................................................... 52
4.4 Pesquisa Participante ....................................................................................... 52
4.5 Abordagem Qualitativa ..................................................................................... 53
4.6 Método Dedutivo ............................................................................................... 54
4.7 Procedimentos Metodológicos ........................................................................ 54
5 PROPOSTA DE AÇÃO .......................................................................................... 57
5.1 Pontos turísticos culturais e/ou de beleza visual e paisagística .................. 57
5.1.1 Complexo Esportivo Sant’Helena (Roteiros 1, 2, 3 e 4) ................................... 57
5.1.2 Casa da Cultura de Sombrio (SC) .................................................................... 58
5.1.3 Calçadão Cultural de Sombrio (SC) ................................................................. 60
5.1.4 Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua .............................................................. 62
5.1.5 Biblioteca Pública Municipal Cônego João Reitz .............................................. 64
5.1.6 Lagoa de Sombrio (SC) .................................................................................... 65
5.1.7 Furnas de Sombrio (SC) ................................................................................... 66
5.1.8 Morro da Santa ................................................................................................. 67
5.1.9 Vinícola Bez ..................................................................................................... 68
5.1.10 Cachaçaria Daboit .......................................................................................... 69
5.1.11 Sítio Frezza .................................................................................................... 70
5.1.12 Maria do Chá .................................................................................................. 71
5.1.13 Morro da Moça ............................................................................................... 72
5.1.14 Museu Rural Municipal de Vista Alegre .......................................................... 73
5.1.15 Centro de Tradições Gaúchas – CTG Sul Catarinense .................................. 74
5.2 Roteirização cicloturística entre os pontos turísticos culturais e/ou de
beleza visual e paisagística .................................................................................... 76
5.2.1 Primeiro Roteiro: Sombrio Minha História ........................................................ 77
5.2.2 Segundo Roteiro: Lagoa das Furnas ................................................................ 79
5.2.3 Terceiro Roteiro: Um Drink a Moça dos Morros ................................................ 81
5.2.4 Quarto Roteiro: Meu Sol, Minha Praia .............................................................. 85
5.2.5 Quinto Roteiro: Ruralidade e Cachoeira ........................................................... 89
5.2.6 Sexto Roteiro: Cachoeiras dos Canyons .......................................................... 92
5.3 Bicicletas, equipamentos e acessórios de segurança ................................... 96
5.3.1 Orçamentos das bicicletas, equipamentos e acessórios de segurança .........102
5.4 Centro de Informações Turísticas e Espaço das Bicicletas ........................102
5.4.1 Orçamentos para restauração do CIT, construção do Paraciclo, placa de
identificação do CIT e cerimônia de inauguração ....................................................107
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................112
6.1 Sugestões para novos trabalhos de pesquisa..............................................113
REFERÊNCIAS .......................................................................................................114
ANEXOS .................................................................................................................117
ANEXO A – Modelo de seguro Individual a ser utilizado neste projeto ............117
ANEXO B – Orçamento de Materiais a ser utilizado para a construção de um
paraciclo .................................................................................................................118
15
1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento do processo de consolidação do turismo como atividade
turística, ao longo dos anos, teve seu formato instituído por várias etapas dentro da
história no mundo. Uma das etapas a ganhar múltiplos olhares é sua ampla área de
atuação que se estabelece a partir das relações comerciais nos ramos de negócios,
entre eles de cunho cultural, gastronômico ou de proporção ao bem estar.
O Brasil, não sendo diferente de outros países, com um grande potencial
turístico em pauta, com suas belezas naturais como os atrativos de sol e praia, e
algumas potencialidades ainda inexploradas, vem agradando não somente adeptos
da atividade como também empresários do ramo, administrações públicas e
comunidades locais para esse setor. Isso ocorre devido à atividade turística ser
capaz de proporcionar a geração de benefícios econômicos e sociais a todos os
envolvidos, de modo que em muitos casos estabelecem a atividade turística como
principal fonte de renda em algumas cidades.
A sociedade de um modo geral, atualmente está vivendo em um ritmo
acelerado, proporcionado pela rotina diária entre trabalho e afazeres domésticos, e
sendo alvo das múltiplas informações instantâneas das mídias contemporâneas.
Neste contexto, o lazer vem sendo estabelecido como um elemento de extrema
importância no cotidiano social, o qual tem como principal agente o combate a tais
mazelas da vida cotidiana, proporcionando assim a interação, o descanso e o bem
estar. As formas de lazer que ganham mais adeptos nos dias atuais estão sendo as
que maior propiciam a interação com a natureza ou paisagens naturais devido à
compensação da rotina urbana.
A prática de esportes vinculada ao lazer é hoje uma constante mundial, pois
quando unidos, o lazer e o turismo como atividade, podem fazer a diferença entre as
formas que motivam as pessoas a se deslocarem de suas residências, em busca de
uma melhor utilização de seu tempo livre. Assim sendo o estudo aqui proposto vem
ao encontro a toda essa discussão que está se tomando em torno do lazer e a
importância do mesmo na vida das pessoas como um agente de mudanças.
Desta forma se estabelece aqui a criação de Roteiros Cicloturísticos que
enfatizam a cultura sombriense e tem como ideia o desenvolvimento do turismo e do
lazer no Município de Sombrio (SC), e municípios limítrofes, estabelecendo assim
propostas que abarcam o cicloturismo como elemento turístico e resultando em
possibilidades de avanço do turismo no município de Sombrio. Neste contexto, este
16
projeto visa dar ao empresariado local, ao poder público e outras entidades,
subsídios para o fortalecimento das relações entre os diversos setores e estabelecer
um contexto de possibilidade de atuação conjunta dos setores público e privado.
Para tal, faz-se aqui uma proposta que abrange um levantamento de custos de
implantação do projeto que se propõe.
1.1 Problema de pesquisa
A sociedade moderna pautou seu modelo de vida na constituição do sistema
capitalista, na qual a formação de um modelo de desenvolvimento com base na
acumulação de riqueza se intensificou, especialmente, no final do século XX. Neste
contexto, a estrutura social se organizou de maneira a atender as demandas do
capital, muitas vezes exigindo um esforço da sociedade numa direção onde o lazer
tornou-se elemento de segundo plano.
Assim, o projeto desenvolvimentista acabou sofrendo uma condensação em
sua estrutura e, consequentemente, novas formas de vida foram pensadas,
especialmente entre as novas gerações do século XXI. Passou-se a estabelecer
relações de trabalho hedonistas e uma busca mais acentuada na direção da
realização pessoal e um pouco menos acentuada na acumulação de bens. A nova
sociedade tem uma conduta direcionada à felicidade como meio de vida.
Nesse contexto, as possibilidades de lazer se intensificam, e, o turismo, como
elemento do lazer, constitui-se numa alternativa de felicidade. Com isso, pequenas
ações na formação de cidades criativas, de espaços públicos de diversão ou de
diminuição das condições de estresse da vida cotidiana se formam como
fomentadores da realização social.
Dessa forma, atividades de lazer como o cicloturismo se estabelecem e
promovem a celebração do ócio, da busca pela felicidade ou ainda, da possibilidade
de conhecimento do novo. E é nesse intuito que se estabelece a razão da pesquisa
aqui proposta, a qual indaga: de que forma o mapeamento de roteiros de
cicloturismo podem auxiliar no desenvolvimento do turismo em Sombrio e seus
municípios limítrofes?
1.2 Objetivos
Este item serve para agrupar o objetivo geral e os objetivos específicos.
17
1.2.1 Objetivo geral
Efetivar o mapeamento de roteiros de cicloturismo com o intuito de fomentar a
cultura local no município de Sombrio (SC) e demais municípios limítrofes.
1.2.2 Objetivos específicos
- Identificar locais e/ou atrativos turísticos que contribuam com a história e a
cultura de Sombrio e municípios limítrofes;
- Efetivar orçamento de instalação de ponto de informações turísticas com
aluguel de bicicletas em Sombrio;
- Buscar a compreensão dos graus de dificuldade que possam contribuir na
relação de construção dos roteiros de cicloturismo.
1.3 Organização dos capítulos
Neste subcapítulo objetiva-se explanar, de forma sucinta, os conteúdos que
foram trabalhados ao longo do presente estudo, por meio de conceitos teóricos.
No capítulo um apresenta-se, por meio da Introdução, toda a proposta que
será trabalhada neste trabalho, desde a sua abordagem temática até a proposta de
ação sugerida e apresenta algumas informações referentes aos objetivos deste
trabalho.
No capítulo dois, apresentar-se-á as informações referentes à Prefeitura
Municipal de Sombrio (SC), já que a mesma foi o ambiente onde se realizou às
300 horas do estágio obrigatório. Neste capítulo foram apresentados, também,
um breve histórico do município de Sombrio (SC), algumas imagens do prédio da
prefeitura e imagens históricas, e informativas a respeito da cidade e do local de
estágio. O organograma da prefeitura municipal de Sombrio, as descrições dos
ambientes que compõe a prefeitura, também se apresentam neste capítulo. Por
fim, no capítulo dois, apresentaram-se algumas considerações acerca do estágio,
tais como: pontos positivos, pontos limitantes e os conhecimentos adquiridos.
Todo o referencial teórico do qual se faz referência neste trabalho apresenta-
se no capítulo três. Ressalta-se que toda a teoria usada influenciou de maneira
direta na proposta de ação. Desta forma entrelaçou-se teoria e prática. Para
fundamentar este estudo fez-se uso de autores como Barbosa (2002); Tosqui (2007);
18
Dumazedier (2008); Trigo (1996); Gomes, Lacerda e Pinheiro (2010); Ruschmann e
Sagi (2009), entre outros.
No capítulo quatro expõem-se informações referentes à metodologia e as
técnicas utilizadas para a elaboração do presente estudo. Para isso fez-se uso dos
estudos acerca da metodologia de autores como Cervo (2007); Gressler (2007);
Marconi e Lakatos (2012), dentre outros.
O capítulo cinco apresenta a proposta de ação referente à elaboração de
roteiros para o cicloturismo no município de Sombrio (SC) e municípios limítrofes.
Neste capítulo apresenta-se o levantamento dos pontos turísticos culturais e
paisagísticos envolvidos nos roteiros propostos, bem como expondo, de maneira
breve, algumas informações referentes aos mesmos. Apresentam-se, também, de
maneira detalhada, todos os roteiros propostos. Por fim neste capítulo, fez-se a
exposição de orçamentos dos equipamentos e acessórios necessários para a
implantação do projeto.
No capítulo seis fazem-se as considerações finais com base em todo o
referencial teórico usado na produção deste estudo, já que foi por meio do mesmo
que se podem alcançar os objetivos propostos neste projeto.
Por fim, este estudo atenta outros elementos textuais, tais como: sumário,
referências, anexos, entre outros.
19
2 ESTÁGIO
O estágio obrigatório faz parte das normas do Curso Superior de Tecnologia
em Gestão de Turismo, do Instituto Federal Catarinense - Campus Avançado
Sombrio (IFC), e a sua realização busca estar de acordo com a lei federal 11.788 de
25 de setembro de 2008 como consta no art. 1°. Além de ser algo previsto na lei
acima mencionada, o estágio obrigatório é visto como uma atividade de suma
importância na vida acadêmica, já que é por meio do mesmo que se aplica de
maneira prática toda a teoria estudada. Desta forma, o estágio realizado junto a
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo da Prefeitura
Municipal de Sombrio (SC) é descrito neste capítulo como forma de compreensão
das atividades realizadas durante o estágio e da concepção da empresa. Foram,
portanto, abordados tópicos como: dados da empresa, histórico, estrutura física,
organograma, setor estagiado e, os aspectos positivos e/ou limitantes observados,
bem como o conhecimento adquirido durante o estágio.
2.1 Dados da empresa
A empresa onde foi realizado o estágio foi a Prefeitura Municipal de Sombrio
(SC), onde, conforme cumprimento das normas do Curso Superior de Tecnologia em
Gestão de Turismo, foram realizadas 300 horas de atividades. Nesse contexto, para
compreensão do espaço onde o projeto foi realizado, apresentam-se os dados
referentes ao mesmo:
Endereço: Rua Nereu Ramos, 861 – Bairro Centro
CNPJ: 82.963.216/0001-17
Cidade: Sombrio, SC
Telefone: (48) 3533.6633
Site: www.sombrio.sc.gov.br
A Prefeitura Municipal de Sombrio, atualmente dispõe de vários canais de
comunicação, como por exemplo, o site da prefeitura que além de disponibilizar
informações sobre o município ainda apresenta sub links para outros sites
informativos tais como: RedeCIM (Rede Catarinense de Informações Municipais),
FECAM (Federação Catarinense de Municípios) e AMESC (Associação dos
Municípios do Extremo Sul Catarinense), o TCU (Tribunal de Contas da União). Além
20
disso, utiliza-se de ferramentas mais informais e de fácil acesso como o Facebook
para divulgar as atuações mais relevantes.
A Prefeitura Municipal (Imagem 01) se subdivide em 15 departamentos
(Administração, Finanças e Planejamento; Obras e Serviços Urbanos; Educação;
Assistência Social; Saúde; Esporte; Sistema Autônomo Municipal de Água e Esgoto
(SAMAE); Agricultura; Cultura; Meio Ambiente; Gabinete; Desenvolvimento
Econômico; Comunicação Social; Procuradoria e; Turismo). Cada secretária
dispõem informações diretas e específicas via e-mail próprio.
Imagem 01 - Prefeitura Municipal de Sombrio (SC)
Fonte: Autor, 2016.
A Imagem 01 mostra o acesso principal com a atual faixada da prefeitura,
porém a mesma possui, também, outra entrada na via lateral ou térrea do prédio
como mostra a Imagem 02:
21
Imagem 02 - Acesso lateral da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC)
Fonte: O autor, 2016.
Como se pode observar na Imagem 02, a entrada lateral do prédio da
prefeitura não oferece informações aos visitantes, mostrando também certo descaso
com a aparência em toldos e pintura do prédio.
Como mencionado anteriormente, a prefeitura se subdivide em 15 secretárias,
portanto vale a pena ressaltar que o estágio, cuja explicação objetiva se dará na
sequência deste trabalho, foi realizado na Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Tecnológico e Turismo por meio do Sr. José Sidnei Januário, supervisor
de estágio dentro da empresa municipal.
2.2 Histórico da empresa
Como já mencionado outrora neste trabalho, o estágio obrigatório foi realizado
na Prefeitura Municipal de Sombrio (SC), portanto, nesta seção do estudo, far-se-á
uma breve contextualização histórica do município de Sombrio (SC), levando em
conta que há uma dificuldade elevada em conseguir informações adequadas, haja
vista a falta de literatura especializada na história do município. Outro elemento é a
inconsistência de dados, os quais, conforme a fonte utilizada remete a datas e fatos
controversos.
Dessa forma, organizou-se este capítulo levando em conta as concordâncias
encontradas, bem como, o conhecimento dos profissionais da prefeitura, do autor e
de seus familiares sobre o município de Sombrio (SC). Assim, conhecer a história do
22
município é fazer uma busca pelos fatos históricos nos quais, datas marcadas e
pessoas que por esta região passaram e contribuíram, mesmo que de maneira
indireta para a consolidação do mesmo, tornando-se primordial para a compreensão
de elementos do presente. Desta maneira, entender o processo de formação do
município de Sombrio desde os primórdios até os dias atuais torna-se necessário
neste estudo, já que fazer um breve detalhamento das datas cujo marco histórico se
apresenta na linha do tempo de Sombrio, é compreender também um pouco melhor
toda a cultura que se desenvolve na região até os dias atuais.
De acordo com Farias (2000) para compreender a formação de Sombrio é
necessário voltar ao ano de 1494, antes mesmo do descobrimento do Brasil, mais
especificamente no momento em que houve o Tratado de Tordesilhas que dividiu a
América em duas partes: uma pertencente aos espanhóis e outra aos portugueses.
Nesta época, as terras onde hoje se localiza o município de Sombrio, assim
como todas as terras localizadas ao sul de Laguna, pertenciam aos espanhóis. No
entanto, ainda de acordo com Farias (2000) em 1500 com o descobrimento e posse
oficial do Brasil pelos europeus, representados pelo português Pedro Alvares Cabral,
novas regras foram empossadas em todo território brasileiro, e devido a isso,
algumas atividades começaram a acontecer como, por exemplo, no período entre
1580 a 1640 que se implantou “[...] o chamado Aldeamento indígena- caça ao índio
nas bacias dos rios Araranguá, Mampituba e lagoa de Sombrio” (FARIAS, 2000, p.
36).
Até o ano de 1680 a América estava dividida conforme estabeleceu a divisão
de terras do Tratado de Tordesilhas. Porém, como explica Farias (2000), no
momento em que os portugueses fundaram a Colônia de Sacramento, o Tratado de
Tordesilhas foi quebrado. Neste mesmo ano o senhor Domingos de Brito Peixoto e
seus filhos se estabeleceram em Laguna, iniciando “[...] as investidas em direção ao
continente do Rio Grande de São Pedro, transitando pela região do Araranguá”
(IBIDEM, p. 36).
Ainda conforme o autor, os anos se passaram e em 1714, “Laguna é elevada
à categoria de Vila (Município), incluindo em seus domínios todas as terras ao sul da
Ilha de Santa Catarina, inclusive parte do Rio Grande do Sul atual” (IBIDEM, p. 36).
No período entre os anos de 1748 a 1756, Farias (2000) afirmando que
começaram a chegar ao estado de Santa Catarina cerca de seis mil pessoas de
origem açoriana. Destas seis mil pessoas, o autor afirma que, cerca de quatro mil
indivíduos se instalaram no litoral catarinense, já o restante dos açorianos que ao
23
estado chegaram, foram para o Rio Grande do Sul. Desta maneira, fica mais claro
entender o porquê de predominar em Santa Catarina a cultura açoriana.
Até o ano de 1760, Rio Grande do Sul e Santa Catarina faziam parte da
mesma capitania, porém no mesmo ano Rio Grande do Sul foi desintegrado da
Capitania de Santa Catarina passando assim a compor uma nova capitania. Vinte
anos depois, em 1780 definiram-se os limites entre as Capitanias de Santa Catarina
e Rio Grande do Sul, por meio do Rio Mampituba. Ainda, sobre a questão de limites
territoriais, vale a pena ressaltar que entre os anos de 1914 a 1961 o território que
formava Sombrio era a área limite entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul
(FARIAS 2000).
Há que se destacar que em 1789, ocorre na Europa a Revolução Francesa
que marca o início das revoluções liberais no mundo, afetando também os princípios
e ideais revolucionários no Brasil, e, consequentemente, em todo o território onde
hoje se encontra o estado de Santa Catarina.
A partir do ano de 1800 todo o território que formava o Brasil começou a
ganhar novas formas, novas áreas de terras foram descobertas e nomeadas, como é
o caso do Arroio Grande que em 1820 foi nomeado pelo francês Auguste de Saint-
Hilaire que ao passar pelo litoral de Sombrio, entre o rio Araranguá e o Mampituba
encontrou e nomeou o Arroio Grande que permanece, ainda hoje, com o mesmo
nome.
Em 1822, houve a Proclamação da Independência do Brasil, pelo Príncipe
Regente Dom Pedro. Todavia, em 1831 chega ao fim o primeiro reinado (Império).
Dois anos mais tarde, em 1833 Manoel Rodrigues e Luciano Rodrigues da Silva
compram a sesmaria Rodrigues e marcam assim a ocupação efetiva da área que
hoje compõe o município de Sombrio. Foi, também, neste mesmo ano de 1833, que
João José Guimarães adquiriu por meio da compra do Governo da Província, as
terras onde hoje se situa a sede do município tendo a propriedade 1130 metros de
frente a 3000 metros de fundo.
Com o término do primeiro reinado, Dom Pedro II, em 1840, dá início ao
segundo reinado (Império). A partir deste momento, outros imigrantes começam a
chegar às terras brasileiras, como exemplo, pode-se citar o ano de 1856 que marca
a chegada da imigração europeia ítalo-germânica para a região por meio da fixação
de João Evald em Passo Magnus.
Todas as mudanças ocorridas desde o ano de 1494 e principalmente a partir
do descobrimento do Brasil em 1500, influenciaram na formação municipal que se
24
instaura hoje em Sombrio, mas foi no ano de 1880, por meio da Lei Provincial 901,
03 de abril de 1880, que as terras de Sombrio passaram a fazer parte da (Vila)
Município de Araranguá que foi efetivamente instalado em 28 de fevereiro de 1883.
Com isso, pode-se dizer que Sombrio começou a ganhar formas tanto territoriais
como de cunho industrial, já que foi a partir da efetivação da (Vila) Município de
Araranguá que as terras de Sombrio passaram a despertar interesses comerciais.
Desta forma, em 1927, o senhor Guilherme Tiscoski cria a primeira indústria
de Sombrio, cuja produção estava voltada a indústria calçadista que até hoje ainda é
responsável por parte da economia municipal.
As evoluções territoriais continuaram acontecendo e em 1890 é criada a
Comarca de Araranguá, onde um ano após 1891, também é criado o distrito de
Passo do Sertão (São João do Sul), por meio do decreto n° 45, de 03 de fevereiro de
1891, do Governo do Estado de Santa Catarina, como 2° distrito de Araranguá, que
incluía em suas terras a área que hoje compõe o município de Sombrio.
Em 1914 é criado o 5° Distrito de Paz de Araranguá com sede em Morro de
Sombrio, através da Lei municipal n° 104, de 02 de janeiro de 1914, da Câmara
Municipal de Araranguá, desmembrando-se do distrito de Passo do Sertão (São
João do Sul).
Com o passar de dez anos em 1924, por meio da lei municipal n° 225 foi
desconstituído o 5° Distrito de Paz de Sombrio, e reanexado ao 2° Distrito de Passo
Sertão (São João do Sul). Todavia, dois anos mais tarde em 1926, é recriado
novamente o 5°Distrito de Paz de Sombrio, por meio da lei n° 253, efetivamente
instalado em 17 de janeiro, com a posse de Donatilo Ariel como primeiro intendente.
Há que se destacar o momento histórico nacional para contextualizar a
compreensão dos fenômenos ocorridos na época. Nesta conjuntura, em 1930,
ocorreu a chamada de Revolução de 30, resultando no período Vargas, que se
estabeleceu no Brasil por 15 anos, finalizando-se em 1945.
Com a instauração da primeira indústria nas terras que hoje compõe o
município de Sombrio, os primeiros passos para independência municipal, que
posteriormente aconteceria, foi dada. Por isso, 12 anos mais tarde, em 1938, exatos
31 de março, a sede do distrito de Sombrio foi elevada à categoria de Vila, por meio
do decreto n°86. Ainda neste mesmo ano, a Paróquia de Sombrio começou a ser
construída tendo como pioneiro e primeiro vigário o Padre João Reitz, sendo que a
mesma teve sua inauguração dez anos depois cujo padroeiro é Santo Antônio de
Pádua.
25
Um pouco mais adiante em 1943, o Interventor Federal, Doutor Nereu Ramos,
lança a pedra fundamental do hospital de Sombrio. Desta maneira passou a ser
possível realizar os mapeamentos das coordenadas geográficas de toda a região.
Aos 17 de junho de 1945 no mesmo ano que acontecia a 2ª Guerra Mundial e
a perseguição dos descendentes de alemães e italianos, os pontos centrais de
Sombrio passaram a ter a distribuição da rede elétrica.
Por fim, porém não menos importante, Farias (2000) afirma que em 02 de abril
de 1954, o município de Sombrio é instalado oficialmente por meio da lei estadual nº
133, de 30 de dezembro de 1953 e da instalação da prefeitura municipal de Sombrio,
cujo endereço se dá na Avenida Nereu Ramos, Centro de Sombrio (SC), no entanto,
ressalta-se que a primeira instalação municipal não corresponde ao endereço que a
mesma localiza-se hoje. Atualmente o endereço que abrigou a prefeitura municipal
de Sombrio entre os anos de 1954 a 1980, abriga a Biblioteca Pública Municipal
Cônego João Reitz.
No ano de instalação da prefeitura em Sombrio (1954), o município era
governado pelo Senhor Tenente Amintas Melo, prefeito provisório, nomeado pelo
Governador do Estado. Durante este mesmo ano, a partir do momento em que foi
imposto o processo eleitoral, elegeu-se no dia 15 de novembro, o primeiro prefeito
eleito de Sombrio, o senhor Santelmo Borba.
De acordo com Antônio Natálio Vignali (2011) o Padre João Reitz foi uma das
principais lideranças responsáveis pela emancipação do município de Sombrio (SC),
sugerindo, também, a escolha do nome de Liriópolis (Cidade dos Lírios) ao mesmo.
Todavia não tendo aceitação de grande parte das pessoas que ali viviam em relação
ao nome sugerido, o mesmo acabou por desistir.
Há ainda duas versões distintas que explicam a origem do nome dado ao
município de Sombrio (SC). Uma dessas versões defende a ideia de que o nome
surgiu a partir das figueiras existentes na época, cuja sombra servia como um lugar
de descanso para os tropeiros que pela região passavam com suas tropas de gados.
Ainda, perto das figueiras, os tropeiros tinham fácil acesso à água doce do rio
e a sombras das figueiras. Conforme Farias (2000, p. 31 citado por Prefeitura
Municipal de Sombrio 2016), o “[...] movimento das águas do rio da Laje associava
toda massa da água da região do rio, identificando a área de repouso como
sendo sombra do rio, que evoluiu para Sombrio: local da sombra sobre o rio”.
Já a segunda versão, relata que:
26
[...] desbravadores vindos de Laguna, ao vislumbrarem um morro escuro, sombrio, a cujo sopé formando como que um espaço vazio, desfraldava-se um lago ou lagoa [...]. O morro ainda distante da expedição mostrava-se sombrio, principalmente pela distância [...] o morro conhecido a partir de então pelo nome de Sombrio (FARIAS 2000, p. 31).
De acordo com s i t e d a Prefeitura Municipal de Sombrio (2016), o
primeiro morador do município, João José Guimarães partiu do norte do Rio Grande
do Sul e veio às terras sombrienses em busca do Morro de Sombrio, motivado pelo
grande volume de água doce (Lagoa de Sombrio), lugar este que, de acordo com
Coelho (2003), alguns pescadores haviam lhe passado a informação que do outro
lado da lagoa, as terras eram férteis, mas, até o momento, ninguém havia tentado
plantar nas mesmas devido à presença de alguns grupos indígenas no local.
Conforme Coelho (2003, p. 279), “durante o primeiro século de colonização, a
economia de Sombrio era voltada a farinha de mandioca, cachaça e pecuária”.
Posteriormente, com o passar dos anos, a economia sombriense foi adquirindo
novas características do que seriam as bases da economia atual da cidade, ou seja,
a economia que era voltada para a agricultura, passou a moldar-se aos setores
calçadistas e ceramistas conforme relatos, do autor, que dizem que:
Da pecuária surgiram os curtumes, onde eram fabricados sapatos botas e apetrechos pra montaria. Dos pés de morro vinha o barro que logo era transformado em tijolo para se erguer as primeiras e raras casas de alvenaria. Dos campos vinha a palha de butiá, usada para se trançar chapéus, vendido para todo o litoral catarinense e gaúcho (IBID. p. 280).
Partindo para informações mais recentes, o município de Sombrio está
localizado no extremo sul do estado de Santa Catarina, na região litorânea e
“pertence à microrregião de Araranguá, na mesorregião do sul catarinense,
situando-se entre as coordenadas geográficas de 29º 00’ e 29º 15’ de latitude sul e
49º 30’ e 49º 40’ de longitude oeste” (FARIAS, 2000, p. 29) e é um dos quinze
municípios pertencentes à Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense
(AMESC).
Acerca da economia municipal, hoje se pode dizer que Sombrio é um polo da
indústria do vestuário, ceramista e calçadista. Possui forte agricultura e é também
conhecido pelas suas paisagens naturais, como, por exemplo, a Lagoa de
27
Sombrio (SC), o Morro da Moça e as Furnas localizadas às margens da BR 101,
além de estar localizado dentro do roteiro Sul da Rota dos Canyons.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
município possui uma área de 143,329 km² e é cortado pela Rodovia BR 101. Seus
municípios limítrofes são Balneário Gaivota (SC), Ermo (SC), Santa Rosa do Sul
(SC), Jacinto Machado (SC) e Araranguá (SC). O gentílico referente à Sombrio é
sombriense e sua população em 2014 era de 26.613 habitantes (INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2016).
A Diretoria de Turismo da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) teve seu
início no ano 2003, sendo intitulada como Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Tecnológico e Turismo, e que por me io da lei nº 1446-2003, tornou-
se independente com a efetivação da Diretoria de Turismo.
Com esse feito, o município objetivou majorar os feitos no setor, oferecendo
mais qualidade e abrangência em seus projetos e realizações.
2.3 Estrutura física da empresa
A prefeitura municipal de Sombrio, como mencionado anteriormente, localiza-
se na Rua Nereu Ramos, 861 – Bairro Centro, e apresenta, como estrutura física,
um prédio de quatro andares com dois acessos. O acesso principal se dá na Rua
Nereu Ramos, e, o acesso alternativo, na via lateral do prédio, Rua Celso Gervásio
Cardoso onde há, também, um estacionamento privado da prefeitura.
No térreo, cujo acesso se dá ao lado do prédio, fica o Departamento de Obras
e Iluminação Pública, Departamento de Agricultura, Exatoria, 108º Junta de Serviço
Militar, cozinha, Almoxarifado e Serviço de Autoatendimento com caixa eletrônico. A
Imagem 03 abaixo mostra o acesso do térreo ao 1° andar da prefeitura:
28
Imagem 03 - Acesso do térreo ao primeiro andar da prefeitura
Fonte: Autor, 2016.
Como se pode perceber na Imagem 03, o acesso do térreo para o primeiro
andar da prefeitura apresenta limitações de acesso às pessoas com necessidades
especiais, que necessitam de muletas ou cadeira de rodas.
O primeiro andar compõe-se por meio do Setor de Recepção e Protocolo,
Departamento de Tributação e Atendimento Direto ao Público com três guichês,
Departamento de Fiscalização, dois banheiros (masculino e feminino), Secretaria de
Finanças, Contabilidade e Controle Interno, Tesouraria, Compras, Secretária e
Telefonista. A Imagem 04 mostra o interior do acesso principal da prefeitura que fica
no primeiro andar:
29
Imagem 04 - Acesso principal da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC).
Fonte: Autor, 2016.
O primeiro andar da prefeitura tem fácil acesso as pessoas que buscam por
informações e atendimentos, tendo logo ao lado da escada de acesso ao segundo
andar uma placa de orientação acerca dos departamentos. Todavia, há também
dificuldades de acesso para pessoas portadoras de alguma necessidade especial.
O segundo andar compõe-se por meio da Recepção do Gabinete do Prefeito,
Gabinete e Subgabinete, Departamento de Meio Ambiente, Departamento
Administrativo, dois Banheiros (masculino e feminino), como mostra a Imagem 05:
Imagem 05 - Recepção do Gabinete do Prefeito
Fonte: Autor, 2016.
30
Na recepção do Gabinete há disponível alguns assentos, para as pessoas que
aguardam atendimento, um café e água como cordialidade a disposição das
mesmas.
No terceiro andar encontra-se a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e
Turismo, no qual se realizou o estágio, Departamento de Recursos Humanos,
Departamento de Comunicação Social/Imprensa, Procuradoria, Departamento de
Patrimônio, como mostra a Imagem 06:
Imagem 06 - Departamentos do terceiro andar.
Fonte: Autor, 2016.
No terceiro andar há, também, um espaço adequado com um banco para as
pessoas sentarem-se, enquanto aguardam atendimento.
Por fim no quarto andar do prédio encontra-se o Suporte de Informática e o
Auditório, com capacidade para oitenta pessoas sentadas e dois banheiros
(masculino e feminino), como mostra a Imagem 07:
31
Imagem 07 - Quarto andar e acesso ao Auditório.
Fonte: Autor, 2016.
Sendo o quarto e ultimo andar do prédio da prefeitura, assim como nos demais
andares, o mesmo dispõe de espaços inadequados para o acesso de pessoas
portadoras de necessidades especiais, como se pode perceber por meio da Imagem
07.
O local específico de realização do estagio ocorreu na sala da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico e Turismo, a qual, conforme mencionado anteriormente,
fica no terceiro andar do prédio, numa sala de aproximadamente 14m², conforme
Imagem 08:
Imagem 08 - Local do estágio.
Fonte: O autor, 2016.
32
O mobiliário, que compõe a sala do Departamento de Desenvolvimento
Econômico e Turismo, é composto por:
Três mesas de escritório
Cinco cadeiras (sendo 2 para os atendentes e 3 para os visitantes);
Dois armários para arquivos;
Dois computadores (sendo 01fixo e 01 portátil);
Uma impressora;
Um aparelho de ar condicionado;
Um aparelho telefônico.
Destaca-se ainda que os departamentos de Educação, Saúde, Assistência
Social, Esporte, SAMAE, e Cultura não estão localizados no prédio da prefeitura, no
entanto, fazem parte da administração municipal, porém em outros lugares
específicos.
2.4 Setores/Departamentos/Organograma
Os departamentos e setores que compõem a atual estrutura da Prefeitura
Municipal de Sombrio estão organizados em uma hierarquia constituída por meio de
Secretarias e Diretorias, que tem como finalidade a melhor distribuição e realização
das demandas administrativas municipais em todas as áreas de atuação. As
Diretorias fazem parte integrada às Secretarias e estão organizadas com suas
atribuições.
Para melhor compreensão, optou-se por apresentar o organograma
inicialmente, visualizando a distribuição de todas as secretarias do setor público
Municipal.
33
Organograma 01 - Setores da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC)
Fonte: Autor, 2016.
Ainda, para melhor compreensão das atividades individuais de cada
secretaria, apresenta-se a descrição da função para que se possa identificar as
nuanças e competências que envolvem seu funcionamento:
a) Secretaria de Administração, Finanças e Planejamento:
Este setor é responsável pela administração das finanças do município, entre
gestão da frota e planejamento e distribuição de recursos, e o mesmo é administrado
por José Sidnei Januário.
b) Secretaria da Saúde:
Suas atribuições giram em torno do atendimento na área da saúde do
município, com agendando consultas, disponibilização de carros da saúde e
medicamentos, orientação à comunidade acerca de campanhas preventivas de
doenças e oferecimento de atendimento direto nos bairros por meio dos postos de
saúde. Estas funções se subdividem entre a Secretária de saúde Ana Carolina
Rodrigues Martins e a Diretora de saúde Andreia Simon.
c) Secretaria de Agricultura:
Esta Secretaria cuida do setor agrícola do município, tendo em sua
responsabilidade todo monitoramento da movimentação da produção por meio do
34
cadastramento das propriedades rurais e o fornecimento de bloco de notas aos
agricultores. A secretaria se dispõe na busca pela informação e atualização para
melhor fazer a capacitação e o apoio aos agricultores, através de cursos e palestras.
Também faz a distribuição de sementes e alocação de maquinários para trabalhos a
serem realizados nas propriedades rurais do município.
d) Secretaria de Educação:
Esta secretaria é a responsável pela organização e planejamento de toda a
área educacional do município desde o ensino infantil até o fundamento II (6º ano –
9º ano). A responsável pela secretaria é a professora Zulma Simon.
e) Secretaria da Comunicação Social:
Esta Secretaria também conhecida na prefeitura como setor de imprensa, é a
responsável pelo marketing direto e pelo gerenciamento de contratos publicitário
envolvendo os diversos setores da Prefeitura Municipal de Sombrio e a mesma
está sob a responsabilidade dos jornalistas Fabrício Espíndola e Talis Machado.
f) Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo:
A secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico tem como
responsável Paulo Humberto Borges e objetiva fazer a promoção e o planejamento
do desenvolvimento industrial e comercial no município. Esta secretaria dispõe por
meio do diretor Ricardo Davi Ayres, a Diretoria de Turismo, onde são feitos os
planejamentos e a organização de eventos além da promoção dos atrativos públicos
e naturais, com o intuito de promover maiores informações para os turistas e
moradores locais.
g) Secretaria de Obras e Serviços Urbanos:
Esta Secretaria exerce as funções necessárias para o desenvolvimento e a
manutenção da infraestrutura básica da cidade como, por exemplo, obras de
mobilidade urbana, saneamento, iluminação pública, limpeza, dentre outras.
Atualmente o secretario chefe é o advogado Ronaldo Dalpont.
35
h) Gabinete:
Neste setor, cujas atribuições maiores se dão por meio do atual prefeito Zênio
Cardoso, todas as decisões municipais são tomadas. Neste local, há ainda um dia
específico para o atendimento ao público. Dentro deste setor há a chefe de gabinete
Aldinéia Gomes Raupp Candido que é a responsável pela agenda do prefeito.
i) Assistência Social:
Este setor destina-se a fazer o acompanhamento das famílias vulneráveis do
município, promovendo a integração ao mercado de trabalho, inclusão da pessoa
com deficiência à vida social. Para isso o mesmo conta com o auxilio entidades
como o Centro de Referencia da Assistência Social (CRAS) e do Centro de
Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). A responsável pelo
departamento é a diretora Talita Silveira Barrin.
j) Esporte:
Esta secretaria objetiva criar projetos na área de esporte e do lazer voltados
para a comunidade implantando políticas e programas com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida e saúde da população local, desenvolvendo também a integração
dos mesmos por meio de jogos, passeios ciclísticos, dentre outras atividades
esportivas. Atualmente a secretaria de esporte desenvolve-se sob o comando dos
senhores Fernando Ferreira e Valdemar Nazário.
k) SAMAE:
Este departamento é o responsável pelo abastecimento de água e tratamento
de esgoto do município, tendo como Presidente, Paulo Custódio e como diretor
Executivo Josimar Casprik.
l) Cultura:
Tem como função o planejamento e fomento das atividades culturais por meio
de aulas de dança, capoeira, música, pintura, artesanato dentre outras. Rosangela
Garcia Margute é a responsável pelo departamento cultural.
36
m) Meio Ambiente:
Compete a esta diretoria fiscalizar, planejar, desenvolver e executar projetos
que visem à valorização e preservação dos ambientes naturais do município sob a
orientação da diretora Greici Bristot.
n) Procuradoria:
A procuradoria é a responsável em promover ações judiciais de interesse do
município e defendê-lo nas causas contrárias, fazer orientações ao prefeito e
unidades de administração além de elaborar projetos de leis para o mesmo. Hoje as
questões jurídicas estão sob o comando do advogado Lincon Matos Stuart.
2.5 Setores estagiados na empresa
Como mencionado no início deste capítulo, o estágio obrigatório previsto na
Lei Federal 11.788 de 25 de setembro de 2008 art. 1º, foi realizado na Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo do município de Sombrio (SC),
por meio de uma carga horária de 300 horas, como determina o Curso Superior de
Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto Federal Catarinense Campus
Avançado Sombrio. Durante a realização do mesmo pode-se observar e
acompanhar as atividades desenvolvidas pela Diretoria de Turismo, como, por
exemplo, a participação em algumas reuniões de planejamento e desenvolvimento
de planos e eventos municipais e regionais.
Há que se salientar que no período que antecedia ao estágio, foram
realizadas atividades de observação em eventos da Prefeitura Municipal de Sombrio
(SC), pois, o autor deste trabalho teve a oportunidade, durante o estágio, de
observar a organização e o funcionamento das atividades que ocorreram em período
distinto com o intuito de fazer o melhor planejamento em eventos como: A passagem
da Tocha Olímpica pelo município de Sombrio (SC), já que o Brasil foi sede da
realização das Olímpiadas 2016, Passeio de Ciclismo no próprio município e Arraial
Fest (festa tradicional do município), bem como, o desfile cívico. Neste sentido,
considera-se que houve, além das 300 horas regulares, a participação como ouvinte
em determinados momentos que também representaram o processo de
aprendizagem.
37
2.5.1 Aspectos positivos, limitantes e conhecimentos adquiridos.
No período de duração do estágio obrigatório tornou-se possível a realização
de várias avaliações e compreensões entre os aspectos positivos, limitantes e
conhecimentos adquiridos. Colocou-se a teoria do aprendizado acadêmico nas
atividades práticas reais, tentando assim atender as exigências cada vez maiores do
mercado de trabalho. Para melhor compreender, foram detalhados os aspectos,
conforme apresentados nos subcapítulos seguintes.
2.5.1.1 Aspectos positivos
Nos aspectos positivos tiveram-se os seguintes destaques:
a) Afinidade com o Ex-Diretor de Turismo:
A amizade foi o ponto fundamental para todo o seguimento do estágio, já que
o Ex-Diretor de Turismo, Ricardo Davi Ayres também é acadêmico no Curso
Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do IFC, e estando a frente da
secretária de turismo de Sombrio há mais de três anos, forneceu todo o suporte
necessário para a melhor realização e interação no ambiente;
b) Interação entre outros setores e secretarias dentro da Prefeitura Municipal:
O acesso às informações entre outros setores da prefeitura transcorreu de
forma fundamental para o desenvolvimento deste trabalho, onde foi possível avaliar
o entrosamento entre as secretarias e a consequente facilidade de circular entre os
diversos espaços do setor público municipal;
c) Participação como ouvinte nas reuniões da Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Tecnológico e Turismo:
A possibilidade de acesso às reuniões sempre foram facilitadas, com convites
à participação, para que melhor se fizesse o entendimento do processo de
desenvolvimento e organização dos eventos, no seu pré, trans e pós evento. A
38
participação nestas reuniões teve como positivo, a possibilidade de compreensão do
funcionamento da rotina da secretaria.
d) Participação direta nos eventos:
A participação nas reuniões favoreceu a realização de atividades dentro do
espaço de possibilidades de atuação da secretaria, sendo que houve colaboração
direta na colocação de cartazes de divulgação dos eventos, balizas, bem como, no
atendimento direto ao público.
e) Possibilidade de local para estudos com acesso à internet, e materiais de
pesquisas:
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo durante
o período de estágio disponibilizou em sua sala, um espaço com mesa, cadeira e
computador com acesso a internet, além de todo o material e informações que
fossem necessárias para o desenvolvimento do projeto de estágio.
f) Informações dos funcionários públicos e seus setores:
Os funcionários da prefeitura sempre forneceram todas as informações
cabíveis ao know how dos seus setores, não tendo restrições ao desempenho do
trabalho a ser realizado.
2.5.1.2 Aspectos limitantes
Durante o período de estágio, por meio de um levantamento de dados sobre a
infraestrutura no setor de turismo municipal, foi possível perceber algumas limitações
de grande relevância para o desenvolvimento do mesmo. São elas:
a) Falta de sinalização para chegar aos atrativos turísticos;
b) Dependência da AMESC para fazer a divulgação do município em eventos e
feiras;
c) Falta de mapa turístico da cidade e dos atrativos da mesma;
d) Falta de cooperativismo entre o comércio local no que diz respeito ao atendimento
aos turistas;
e) Mau aproveitamento do turismo de compras; (shopping do município)
39
f) Mão de obra desqualificada para o setor público de turismo;
g) Inexistência de uma estrutura para a gestão publica do turismo no município;
h) Inexistência de pesquisa de demanda e perfil do turista;
i) Falta de planejamento para explorar o potencial turístico de município;
j) Falta de políticas públicas específicas para o turismo;
k) Falta de roteiros turísticos;
l) Falta de integração entre os municípios que compõe a AMESC no que diz respeito
aos atrativos turísticos e a formação de roteiros integrados;
m) Entraves políticos no que diz respeito à substituição dos cargos, que estão vagos
na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo;
n) Engessamento de todo o setor público durante o período eleitoral;
o) Carência de miradores e ciclovias em possíveis pontos turísticos municipais.
Ainda sobre as questões limitantes, salienta-se que a infraestrutura do prédio
municipal necessita de adequações principalmente no que diz respeito à
acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais.
2.5.1.3 Conhecimentos adquiridos
Por meio do estágio realizado, pode-se perceber que há limitantes entre o
estudo acadêmico e a prática propriamente dita, uma vez que nem sempre é
possível aplicar a teoria em situações cotidianas. Ainda assim, pode-se aproveitar o
conhecimento adquirido em disciplinas como Planejamento e Organização do
Turismo I e II, Organização e Comercialização de Roteiros Turísticos, Agências e
Transportes, Gestão de Pessoas, Planejamento e Organização de Eventos, Lazer e
Entretenimento, entre outras.
Há inúmeros entraves burocráticos no desenvolvimento e organização de
reuniões de planejamento dos eventos municipais e o acadêmico pôde compreender
os processos e trâmites necessários para o andamento de projetos e ações da
Prefeitura Municipal de Sombrio. Assim, pode-se observar que nos eventos que
houve participação do acadêmico, foi possível visualizar o modus operandi das
ações públicas municipais em geral.
Durante a busca de informações sobre a história do município, a relação
criada com os responsáveis pelo arquivo histórico municipal, favoreceu o
aprendizado sobre a criação do município, sua história e o processo de
40
desenvolvimento até os dias atuais, sendo fundamental para compreender o
funcionamento do município atualmente.
Houve um avanço considerável no conhecimento a respeito da cultura local,
por meio das pesquisas realizadas, ampliou-se a percepção sobre as atribuições
administrativas do município e sobre o modo como o município desenvolve ou deixa
de desenvolver o turismo
41
3 REFERENCIAL TEÓRICO
O entendimento de vários autores se faz necessário para melhor
compreensão de um todo, em suas varias épocas da história, na qual a
fundamentação teórica se faz presente e se estabelece como agente de busca pelas
pesquisas já realizadas em torno dos temas do contexto deste estudo.
3.1 Turismo: conceitos, história e perspectivas
O turismo é uma atividade que se estabelece a partir das relações com outras
áreas, como a história, a geografia, a gastronomia, a literatura, a economia, crenças
religiosas, entre outras. Neste sentido, compreender o turismo e todo o seu leque de
atividades requer um breve mergulho nas compreensões históricas relacionadas a
este. Assim, faz-se necessário conceber a formação do turismo a partir de
momentos como, as peregrinações da Idade Média, os Jogos Olímpicos da Antiga
Grécia e a contribuição de Thomas Cook, formando contextos que se pode julgar
como sendo o princípio dos grandes deslocamentos em grupo.
De acordo com Patrícia Tosqui (2007), há que se considerar que o turismo
como uma atividade econômica só se firmou a partir do século XVIII, período este
em que os filhos dos aristocratas saíam das ilhas britânicas em busca de novos
conhecimentos culturais, políticos e artísticos no continente europeu. No entanto, na
busca pela historicidade turística, encontra-se inúmeras narrativas, construídas ao
longo dos anos, que caracterizam a história do turismo.
A partir das várias narrativas acerca do turístico como fenômeno ou atividade,
que compõem o marco histórico do mesmo, neste estudo evidenciam-se apenas três
destas narrativas: as peregrinações da Idade Média, o surgimento dos Jogos
Olímpicos e a influência do empresário inglês, Thomas Cook.
De acordo com Tósqui (2007) considerar as longas distâncias que os
peregrinos percorriam movidos pela fé como uma atividade turística, está longe de
se encaixar nos moldes conceituais da atualidade no que diz respeito a viagens por
lazer, uma vez que “o peregrino não escolhia o itinerário nem a durabilidade de seu
périplo. Ele estava totalmente exposto às dificuldades e às intempéries do caminho a
ser percorrido.” (BARBOSA 2002, p. 24 apud CISNE; GASTAL 2010).
42
Por conta dos movimentos que circundavam as peregrinações, acredita- se
que a Idade Média foi uma época caracterizada pelos constantes deslocamentos de
grandes grupos movidos por questões religiosas e/ou em busca de melhores
condições de vida. A Antiga Grécia também tem sua contribuição no marco histórico
do turismo, já que a mesma foi berço de um dos maiores eventos esportivo do
mundo: os Jogos Olímpicos. Obviamente que a priori aos jogos não tinham a
repercussão turística da atualidade, todavia se entendermos que os gregos da
época não eram pessoas que costumavam fazer longas viagens. Há que se
considerar, também, o fato de que os mesmos não hesitavam em percorrer longas
distâncias em busca de melhores condições de vida, por motivos religiosos, ou para
participarem ou assistirem aos jogos que aconteciam em Olímpia. (CARVALHO;
GAIO 2006).
Conforme Tosqui (2007), para falar da profissionalização da atividade turística,
é necessário mencionar a figura do empresário inglês Thomas Cook, já que o
mesmo foi de suma importância para a consolidação do turismo moderno que se
originou após a revolução industrial. Ainda, conforme a autora, foi a partir da
influência de Cook, em meados do século XX, que o turismo firmou-se como uma
atividade de massa, especialmente com a organização da primeira viagem
executada por ele.
A sociedade pós-moderna se intensifica a partir de uma conduta da relação
entre o trabalho e o lazer, especialmente como fomento à atividade turística. Assim,
o tempo livre pode ser proposto em atividades que envolvem o ócio e/ou o
deslocamento, bem como, em momentos que fomentam uma busca por novos
lugares, novos olhares e novas relações de prazer (DUMAZEDIER, 2008).
Nesse contexto, o turismo se estabelece como uma das ferramentas que
combatem o estresse diário e, consequentemente, promovem uma recarga de
energias para o enfrentamento dos percalços da vida. Pode-se afirmar que o turismo
tem, em seu conceito de atividade, vários fatores que o fazem ser analisado nas
relações de tempo e espaço. Assim, a atividade turística, com o passar dos anos,
surge como um fator de grande influência na economia, na política e na cultura de
cada região, tornando-se um agente de destaque. Sob esta ótica, Trigo (1996, p.62)
afirma que,
O turismo é uma atividade sofisticada que movimenta bilhões de dólares por ano e atinge centenas de milhões de pessoas. Inúmeros
43
locais transformaram-se em complexos turísticos pelas mais variadas razões: belezas naturais, núcleos históricos ou artísticos, centros comerciais, de convenções ou culturais, eventos esportivos ou ligados ao show business, grandes metrópoles ou complexos industriais, ou ainda centros turísticos artificiais como Disneyland em Los Angeles, Walt Disney World em Orlando ou os parques europeus como o Asterix.
Gomes, Lacerda e Pinheiro (2010), afirmam com base no site da Organização
Mundial do Turismo (OMT) que atualmente o setor do turismo ultrapassa o volume
econômico da exportação de petróleo ou automobilístico e isto faz com que a
atividade turística se constitua como uma fonte de recursos financeiros em vários
países desenvolvidos. Essa condição econômica que a atividade turística tem hoje
faz com que a mesma seja apontada como uma solução para os problemas
econômicos de muitas regiões.
A compreensão do turismo como atividade ou fenômeno, tem por objetivo
discutir a amplitude de alcance desta ciência social aplicada. Outras definições são
apresentadas, porém, com a mesma forma e abrangência em torno do mesmo
pensamento. De acordo com o Ministério do Turismo (MTUR), o turismo é
d e f i n i d o como “o movimento de pessoas, por tempo determinado, para
destinações fora de seu local de residência, e as atividades realizadas durante o
tempo de permanência nas localidades visitadas” (MINISTÉRIO DO TURISMO,
2016).
Ainda, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), salienta-se a
concepção da atividade como sendo “a soma de relações e de serviços resultantes
de um câmbio de residência temporário e voluntário motivados por razões alheias, a
negócios ou profissionais” (DE LA TORRE, 1992, apud BARRETO, 2008, p. 12).
Ao observar o processo de consolidação do turismo ao longo dos anos, pode-
se perceber que todas as principais definições do mesmo concordam no que diz
respeito ao seu complexo formato. Desta forma destaca-se que o turismo se
constitui por meio de uma junção de fatores. Entende-se, também que o mesmo é
um processo feito de varias etapas, cuja vertente é a motivação, passando,
posteriormente, pelo planejamento, viagem, estadia, lazer, dentre outros. Dentre as
principais características do turismo, destacam-se: descanso, lazer, desportivo,
gastronômico, religioso, profissional ou de eventos (BARRETO, 2008).
44
Nesse sentido, o fomento ao turismo é também o fomento ao lazer, pois o
mesmo se constitui como importante fator na condução da recuperação social e na
busca pelo bem estar. O turismo é o lazer em movimento e se estabelece como uma
dinâmica social importante para a continuidade das atividades cotidianas que um
trabalhador necessita. O turismo e o lazer são, portanto, importantes meios de
melhoria das condições de vida e consequentemente das motivações para o
trabalho.
3.2 O lazer e as políticas públicas: direito e necessidade social
O lazer assim como o turismo teve seus conceitos repensados e reformulados
ao longo dos anos e ambos apresentam alguns pontos característicos que os
aproximam. Sobre as proximidades entre lazer e turismo, Gomes, Lacerda e
Pinheiro (2010) (apud BEIRÃO, 2001) entendem que há várias proximidades entre o
turístico e o lazer. Para Beirão (2001), ambos se constituem como novas áreas de
estudo e caracterizam-se por se encaixarem nos moldes multidisciplinares. Ainda
sobre as aproximações entre turismo e lazer, Gomes, Lacerda e Pinheiro (2010, p.
39) afirmam que,
[...] o lazer e o turismo também estão imersos em uma complexidade. Além disso, nos instigam a pensar que ambos os fenômenos, mesmo apresentando diferenças e semelhanças entre si, na realidade concreta apresentam fronteiras muito tênues, de maneira que nem sempre conseguimos delinear onde um começa e o outro termina.
Em relação às transformações conceituais acerca do lazer, pode-se citar que
nos primórdios do lazer, o mesmo era confundido com ócio. Ócio por sua vez, a
partir da visão do ideal grego, servia como um momento em que as pessoas
refletiam e contemplavam os supremos valores da época.
Como já mencionado outrora a atividade de lazer construiu inúmeros
conceitos. Neste trabalho, porém, citaremos os conceitos de alguns estudiosos do
tema como Andrade, Dumazedier e Silva. Desta maneira, por meio dos autores já
mencionados, entende-se o lazer como um termo que “[...] denota com a liceidade
e/ou a eticidade do exercício de ocupação pessoal com o descompromisso do
tempo, sem vinculação da obrigatoriedade de compromisso com o trabalho”
(ANDRADE, 2001, p.51). Já para Cavallari e Zacharias (apud SILVA, 2010, p.21), o
45
lazer “é o estado de espírito em que o ser humano se coloca, instintivamente, em
busca do lúdico em seu tempo livre”.
Ao conceituar lazer, julga-se necessário mencionar o sociólogo francês, Joffre
Dumazedier, já que o mesmo é considerado um dos pioneiros dos estudos acerca
do lazer. Assim sendo, Dumazedier (1980), entende o lazer como um momento em
que o individuo tem a oportunidade de praticar atividades que julgue prazerosas,
seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para
desenvolver sua informação ou formação de maneira desinteressada, após
desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. Em outras
palavras, para o sociólogo, o lazer é toda atividade prazerosa que os indivíduos
praticam no seu tempo livre.
Salienta-se que os conceitos de lazer já mencionados, foram construídos ao
longo dos anos e a partir de cada contexto histórico. Assim sendo pode-se dizer que
as exaustivas jornadas de trabalho oriundas da revolução industrial, por exemplo,
tiveram sua contribuição como um divisor de águas entre o trabalho e o lazer, pois,
para Dumazedier (2008, p. 19-20), “Desde o nascimento da sociedade industrial, os
pensadores sociais do século XIX previam a importância do lazer [...]”. Ainda sobre a
relação entre o lazer e a revolução industrial, Dumazedier (1980), acredita que o
lazer instituiu-se, especialmente, no mesmo momento histórico e que este surgiu
como uma alternativa para o equilíbrio social.
Outro ponto que aproxima lazer e turismo é a questão econômica que ambos
adquiriram ao longo dos anos. No caso do lazer, as questões econômicas passaram
a ter maior impacto no ano de 1970. Neste momento o mesmo passou a ser
entendido sob as óticas econômicas e isto fez com que as atividades que o
envolviam passassem a ser vistas como um espaço de consumo e, assim,
contribuísse para a economia de muitas regiões.
Para melhor compreender a importância do lazer na sociedade atual, julgou-
se necessário neste estudo apoiar-se, também, de maneira sólida e persistente no
que assegura a Constituição Federal de 1988, mais especificamente nos Art. 6º e
Art. 7º do item 4º, no qual concebe o lazer como um direito social e no Art. 217 § 3º
que salienta a ideia de que o poder público tem a obrigação de proporcionar à
sociedade o incentivo ao lazer e a prática do desporto.
Sobre as obrigações politicas acerca do lazer, os pesquisadores Christianne
Gomes, Lacerda e Pinheiro (2010, p. 59) acreditam que:
46
[...] o Estado não deve deixar de cumprir sua responsabilidade nesse processo político, mas toda a sociedade pode e deve comprometer-se com a gestão de políticas públicas democráticas e participativas, pautadas na construção de um mundo mais justo, digno, inclusivo e sustentável. Além disso, políticas públicas comprometidas com a concretização de direitos sociais assumem o caráter de politicas sociais.
A partir do momento que o lazer passou a ser uma atividade assegurada pela
Constituição Federal de 1988, alguns estados brasileiros passaram a movimentar-se
a respeito do mesmo, como exemplo, cita-se neste estudo com base no que diz
Ruschmann e Sagi (2009) as movimentações do estado de Santa Catarina rumo às
novas mudanças na gestão pública em 2003 mesmo ano que foi criado o Ministério
do Estado de Santa Catarina também realizava outras ações para além do turismo,
como a divisão de sua gestão em “[...] Secretárias de Desenvolvimento Regionais
(SDRs) em 29 municípios-sede de cada região (ampliadas em 2005 para 30 SDRs)”.
(RUSCHMANN; SAGI 2009, p. 121).
A partir das mudanças ocorridas na gestão pública catarinense no ano de
2003, Ruschmann e Sagi (2009, p. 121), afirmam que “as secretarias de nível central
foram restruturadas e criou-se a primeira secretaria estadual do Brasil com o lazer
em pauta: a Secretaria da Organização do Lazer (SOL)”.
Obviamente para que haja condições adequadas de promover momentos de
lazer, as gestões públicas precisam pautar-se em politicas públicas com o intuito de
melhor desenvolver-se acerca do mesmo. Desta forma e considerando que politicas
públicas constituem-se como um conjunto de projetos e programas que objetivam
determinar “[...] o projeto de escolha dos meios para a realização dos objetivos do
governo, com a participação de agentes públicos e privados.” (BUCCI apud
CHEMIN, 2010, p. 62), acredita-se que a parceria com agentes privados agrega
mais êxito nas propostas/projetos de lazer.
Neste sentido, pensa-se na proposta central deste trabalho (cicloturismo), em
firmar parcerias com algumas empresas privadas do município de Sombrio (SC),
porém sabe-se também que é a gestão pública que deve moldar-se de maneira
adequada para a melhor promoção da proposta, uma vez que conforme salienta
Chemin (2011, p. 85) “O lazer tem relação direta com a qualidade de vida e esta tem
ligação, além de outros aspectos, com uma eficiente politica de desenvolvimento
47
urbano, com o desenvolvimento das funções sociais da cidade para garantir o bem
estar dos seus habitantes”.
Assim sendo, percebe-se, com maior clareza, que os projetos que visam o
lazer, constituem-se, por meio da junção de diferentes áreas entre os órgãos
públicos e privados. Salienta-se, porém, que a união entre o poder público e as
empresas privadas não são uma condição exclusiva para que se desenvolvam
projetos que ofertem a comunidade momentos de lazer, ou seja, o poder público
assim como as empresas privadas podem desenvolver projetos de lazer sem
atuarem juntas.
48
3.3 O cicloturismo e sua roteirização: definições e perspectivas para a
atividade
A formação de possibilidades de lazer em pequenos municípios tem por
característica a atuação de suas prefeituras na construção de espaços que possam
servir de locais de prática de lazer. Tais espaços podem ser desde parques, locais
para caminhadas, quadras esportivas, pistas de bicicleta, patins ou skate, campos
de futebol, entre outros. Assim, promover o lazer e possibilitar a presença do turismo
em pequenos municípios concebe-se pela realização de projetos que possibilitem o
acesso, da população, a para s onde os mesmos possam ser realizados.
Nesse contexto, projetos em torno, por exemplo, do cicloturismo, que
segundo Antonio Olinto (2014) é uma atividade turística na qual se faz uso de
bicicletas como um veículo para viajar ganha força nos últimos anos, haja vista a
construção de inúmeros quilômetros de ciclovias ou ciclofaixas em todo o país. Com
isso, o desenvolvimento da utilização de bicicletas no cotidiano das pessoas,
favorece a aproximação com este meio de transporte e incita sua utilização também
para atividades recreativas e/ ou culturais, já que para Amaral Et. al (2015, p. 07):
[...] A bicicleta é uma dádiva, sobretudo para quem vive em comunidades urbanas, pois ela desobstrui o espaço público, aumenta a segurança viária, tranquiliza nossas relações, economiza nossa renda e nossos impostos, nos dá autonomia e agilidade. Ela também é uma oferenda para a natureza, pois demanda pouquíssima matéria prima para fabricação, consome poucos recursos para sua infraestrutura viária, não empesteia o ar, é silenciosa e, misturando-se, embeleza a paisagem.
A bicicleta teve, com o passar dos anos, desde seu surgimento até a idade
contemporânea, diferentes olhares da sociedade elitista, principalmente acerca de
como a mesma representa-se socialmente. Pode-se destacar que a mesma vinha
sendo, na maioria das vezes, relacionada a um símbolo de pobreza, porém a partir
do momento em que ciclistas “[...] autodenominados ou não de cicloativistas [...]”
(AMARAL Et al, 2015, p. 08), passaram a desenvolver ações que promoviam a
bicicleta, a mesma passou a ter maior visibilidade na sociedade e isto fez com que
as atividades envolvendo a bicicleta passassem a ser encaradas sob outras óticas.
Para que se obtenha êxito nos projetos que visem o fomento do turismo e do
lazer é necessário um bom planejamento. De acordo com Miguel Bahl (2006, p. 298)
49
“Dentre a diversidade de atividades inerentes ao planejamento turístico, a mais
evidente é a elaboração de roteiros formatados como produtos, pois resumem um
processo de ordenação de elementos intervenientes na efetivação de uma viagem”.
Ainda acerca da importância do planejamento, Bahl (2006, p. 298) diz que,
“[...] um roteiro sincroniza os fatores envolvidos em uma viagem, ou seja: espaço-
tempo, bens e serviços. Nesse aspecto, há o espaço físico a ser percorrido, o tempo
disponível para usufruir uma programação e para percorrer um espaço, assim como
os bens e serviços vinculados”.
Para melhor utilização da bicicleta em espaços urbanos e rurais é
imprescindível à criação de roteiros que favoreçam o fluxo e que possibilitem à
população e turistas que nos locais pedalados tenham também alternativas culturais
para o fortalecimento de atrativos turístico/ culturais locais. Porém para melhor
compreensão dos processos necessários para a criação de roteiros que favoreçam a
utilização de bicicletas, faz-se necessário deixar claro que há diferenças entre
roteirização, roteiros turísticos, atrativo turístico e rota turística (BRASIL, 2010).
No intuito de apresentar a diferença entre roteiros turísticos, roteirização,
atrativo turístico e rota turística, fizeram-se algumas leituras, dentre elas de
documentos do Ministério do Turismo, nos quais se podem compreender os
conceitos de cada um. Conforme o documento, roteirização “[...], é uma estratégia
mercadológica, na qual – por meio de uma atuação coletiva – estados e municípios
conquistam diferentes mercados e minimizam os custos de suas ações” (BRASIL,
2010, p. 28). Já roteiro turístico é o:
[...] Itinerário caracterizado por um ou mais elementos que lhe conferem identidade. É definido e estruturado para fins de planejamento, gestão, promoção e comercialização turística. Um roteiro pode perpassar uma ou várias regiões, assim como uma ou várias rotas – sendo eminentemente temático. (BRASIL, 2010, p. 29).
Atrativo turístico, por sua vez refere-se ao “[...] Local, objeto, equipamento,
pessoas, fenômenos, eventos ou manifestações capazes de motivar o deslocamento
de visitantes para conhecê-lo.” (Ibidem). Já em relação à rota turística, o mesmo
documento conceitua a mesma como sendo o:
Percurso continuado e delimitado cuja identidade é reforçada ou atribuída pela utilização turística. Uma rota pode contemplar vários roteiros e perpassar várias regiões. Isto é, o turismo utiliza a História
50
como atrativo para fins de promoção e comercialização turística. Eis alguns exemplos: Estrada Real, Rota dos Tropeiros etc., onde o turista percorre o mesmo caminho percorrido por alguns personagens de uma determinada época.
Entendendo que roteirização caracteriza-se por ser o processo no qual se
organiza todas as exigências necessárias para a criação de roteiros turísticos e que
roteiro turístico é o produto final do processo de roteirização (o material que ficará
disponível ao público alvo), entende-se que ambos são de suma importância no que
diz respeito ao planejamento e a organização de quaisquer projetos turísticos
(BRASIL, 2010), neste caso no processo de construção do roteiro de cicloturismo já
que esta é a proposta de ação do presente estudo.
Como exemplo de uma roteirização efetivada profissionalmente no estado de
Santa Catarina, pode-se citar o Circuito do Vale Europeu, que de acordo com o site
do mesmo, dispõe do primeiro roteiro no Brasil planejado especialmente para ser
percorrido de bicicleta num total de 300 km com início e término na cidade de Timbó
– SC, acerca de 30 km de Blumenau. Além do Circuito a ser percorrido de bicicleta,
a região possui diversas opções e infraestrutura turística para a prática de outros
esportes de aventura, como rafting, rapel e caminhadas. A tradição do ciclismo é
também um dos traços da cultura local. Diariamente, famílias inteiras utilizam a
bicicleta como meio de transporte. Por isso, o cicloturista é encarado com muita
naturalidade e encontra uns elementos em torno da receptividade turística
(CIRCUITO VALE EUROPEU, 2016).
51
4 METODOLOGIA CIENTIFICA E TÉCNICAS DE PESQUISA
Neste capítulo são apresentados alguns elementos relevantes para
organização deste projeto, tais como as características da metodologia científica, o
tipo de abordagem utilizada na realização deste estudo, além de outros fatores que
foram importantes para elaboração e conclusão das pesquisas.
4.1 Conhecimento Científico
Um estudo ou projeto científico tem por necessidade que contemplar as
razões pelas quais o mesmo se estabelece, e, nesse sentido, fazer parte de um
contexto de formação do conhecimento acadêmico/científico. Para isso, faz-se
necessária uma análise em torno do conhecimento como elemento fundamental de
uma pesquisa, e, para tanto, pode-se afirmar que “O conhecimento científico vai
além do empírico, procurando compreender, além do ente, do objeto, do fato e do
fenômeno, sua estrutura, sua organização e funcionamento, sua composição, suas
causas e leis” (CERVO, 2007, p.7).
Com a mesma linha de pensamento Gressler (2007, p. 33) afirma que “[...] o
conhecimento científico consiste em um saber ordenado e lógico que possibilita a
formação de ideias, num processo complexo de pesquisa, análise e síntese”.
Neste projeto o conhecimento científico foi adquirido por meio de pesquisas
realizadas nos mais variados documentos, podendo-se assim analisar a atual
realidade do Município de Sombrio, e seus municípios limítrofes, bem como estudo
de implementação do projeto de ação. Sabe-se que o conhecimento é partícipe de
toda a formação de um estudo e somente a partir do conhecimento e da
comprovação é que se estabelece a veracidade científica como conceito.
4.2 Pesquisa Bibliográfica
De acordo com Organização Mundial do Turismo (OMT) (2005, p. 03), pode-
se afirmar que “a pesquisa atua como uma ferramenta necessária a todos os
processos de crescimento e desenvolvimento tecnológico de empresas e setores
econômicos, não apenas para indústria, mas para todos os que precisam se adaptar
as novas exigências do mundo atual”.
52
Entendendo-se a relevância da pesquisa na atualidade, faz-se necessário
ressaltar que a pesquisa bibliográfica se faz de extrema importância, pois leva ao
conhecimento mais apurado dos conceitos pesquisados e expostos em relação aos
temas estudados. De acordo com Marconi e Lakatos (2012, p.57), “[...] a principal
finalidade da pesquisa bibliográfica é possibilitar ao pesquisador o contato direto
com tudo o que já foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto”.
Neste estudo fez-se o uso de pesquisas bibliográficas para produção da
fundamentação teórica com maior ênfase. Buscou-se, portanto, entender a
contribuição de estudiosos de diversos temas referentes ao estudo aqui proposto
para que se pudesse compreender como a formação do conhecimento se consolidou
nas áreas afins. Para tanto, deu-se relevância a autores como TOSQUI (2007),
GASTAL (2010), GOMES; LACERDA e PINHEIRO (2010), DUMAZEDIER (2008),
RUSCHMANN e SAGI (2009), e CHEMIM (2010), entre outros de importante
relevância para o tema pesquisado neste trabalho.
4.3 Pesquisa Documental
A pesquisa documental se assemelha a pesquisa bibliográfica, no entanto
pode-se ressaltar que a mesma “[...] vale-se de documentos originais, que ainda não
receberam tratamento analítico por nenhum autor. [...] e é uma das técnicas
decisivas para pesquisas sociais e humanas” (HELDER, 2006, apud SÁ-SILVA;
ALMEIDA; GUINDANI, 2009, p. 03). Já para Marconi e Lakatos (2012, p. 48-49), “A
característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita
a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”.
Cabe ressaltar que para construção deste estudo buscou-se informações em
documentos, jornais, presentes no acervo das bibliotecas do IFC e da biblioteca
municipal de Sombrio, em documentos digitais como, por exemplo, o site da
Prefeitura Municipal de Sombrio e em algumas outras fontes de informação.
4.4 Pesquisa Participante
Na pesquisa participante o pesquisador é um agente ativo sob a mesma.
Neste estudo, por exemplo, pode-se afirmar que houve por parte do autor
envolvimento direto nas pesquisas, uma vez que o mesmo desenvolveu seu estágio
53
na Secretária de Turismo do Município de Sombrio. Para Bernal (2006 apud
MARCONI; LAKATOS, 2012, p. 73), a pesquisa participante “é um enfoque diferente
do método tradicional de se fazer investigação científica, uma vez que
(tradicionalmente consideradas como meros objetos de investigação) como sujeitos
partícipes em interação com os peritos investigadores, nos projetos de pesquisa”.
Já para Cano (2003 apud MARCONI; LAKATOS, 2012, p. 73), a pesquisa
participante nada mais é:
“[...] do que uma atividade investigativa é um processo eminentemente educativo de alto formatação e alto conhecimento da realidade na qual a pessoa, que pertence à comunidade ou ao grupo, sobre os quais recai o estudo, tenha uma participação direta na produção do conhecimento sobre a realidade”.
Como mencionado anteriormente o estágio se deu na Secretária de Turismo
de Sombrio e isto possibilitou ao estagiário conhecer a realidade municipal em
relação ao turismo. Assim sendo, pode-se dizer que neste estudo houve a pesquisa
participante no momento em que o autor se torna atuante no projeto e na condução
da pesquisa, ou seja, é o pesquisador e parte do objeto de pesquisa.
4.5 Abordagem Qualitativa
A pesquisa qualitativa é também conhecida como pesquisa exploratória uma
vez que a mesma tem como objetivo entender e interpretar de maneira bastante
consistente o se propõe estudar.
Ao optar-se em fazer uso da pesquisa qualitativa para o desenvolvimento
deste estudo, pensou-se em analisar o fenômeno do turismo com o intuito de melhor
compreender os argumentos apresentados, uma vez que “A pesquisa qualitativa
caracteriza-se pela tentativa de compreensão detalhada dos significados e [...]
argumenta-se que essa forma de pesquisa é aplicável para o levantamento de
hipóteses [...]” (PINHEIRO, 2010, p. 20). Ainda neste contexto a OMT (2006, p. 187)
“A análise qualitativa é outra forma de abordar a realidade do setor turístico;
entretanto, não deve ser considerada uma metodologia alternativa à análise
quantitativa, mas sim uma metodologia complementar”.
A utilização da abordagem qualitativa durante o estágio possibilitou a
verificação in loco da realidade dos agentes responsáveis pelo setor turístico no
54
município de Sombrio e municípios limítrofes. Pode-se dizer que, ao tratar da
formação de roteiro e da constituição de uma especificidade que não é linear ou
numérica, fez-se uma abordagem que dá centralidade a funções relacionadas á
compreensão dos locais, sua cultura, aos contextos, não se apegando simplesmente
à materialidade ou à quantificação.
4.6 Método Dedutivo
O Método Dedutivo para Cervo (2007, p.46) “[...] é a argumentação que torna
explícitas verdades particulares contidas em verdades universais”. O ponto de
partida é o antecedente, que afirma uma verdade universal, e o ponto de chegada é
o consequente, que afirma uma verdade particular ou menos geral contida
implicitamente no primeiro.
Com a mesma percepção Fachin (2006, p. 32-33) afirma que é o método no
qual o pesquisador parte do geral para o particular, do conhecimento universal para
o conhecimento particular. Diferente do método indutivo no qual oferece
probabilidades, o método dedutivo oferece certezas.
O método Dedutivo foi utilizado neste projeto para um melhor entendimento
da funcionalidade e aplicação do mesmo. Possibilitando a melhor compreensão da
atividade já existente, o cicloturismo no mundo e em cidades do Brasil, e, a partir
deste, fazendo-se uma adaptação para o município de Sombrio e municípios
limítrofes.
4.7 Procedimentos metodológicos
Apesar de se tratar de um projeto de ação, alguns procedimentos foram
seguidos para a realização deste estudo. Assim sendo, tratou-se de, inicialmente
buscar informações que pudessem contribuir para o desenvolvimento deste estudo
na biblioteca municipal. Esta busca ocorreu entre agosto e setembro, estabelecendo
a compreensão da necessidade de perceber a cultura do município como elemento
que pudesse ser trabalhado neste estudo. Assim, deu-se, a partir deste momento, a
compreensão da possibilidade de realizar-se um estudo que pudesse agrupar novas
formas de turismo com o aproveitamento da riqueza cultural de Sombrio.
55
Num segundo momento, a busca por informações referentes à
fundamentação teórica, deu-se, principalmente no período noturno, de agosto á
outubro, na biblioteca do Campus Avançado Sombrio. Além disso, foram utilizados
sites e outras informações em revistas especializadas para alavancar a
compreensão do turismo como uma atividade econômica.
Quanto à roteirização, os trechos foram inicialmente realizados de carro,
durante os finais de semana, para que se pudesse entender o grau de dificuldade
dos mesmos, bem como, analisar os atrativos ali dispostos. Procurou-se fazer no
período da manhã, dirigindo em velocidade baixa para que se pudesse avistar as
potencialidades. Também foi utilizado o mapeamento pelo Google Maps para uma
melhor compreensão dos roteiros aqui propostos entre distâncias a serem
percorridas.
Quanto ao projeto, foram feitas várias reuniões com o orientador do estudo e
discutido parcerias entre os entes envolvidos. Além disso, foram realizadas visitas à
loja de bicicletas BAIKE MANIA, onde possibilitou um maior entendimento de que
tipo de bicicleta e acessórios seria utilizado neste projeto.
Acrescentou-se também ao projeto, mais especificamente por meio do
paraciclo (dispositivo utilizado para a fixação de bicicletas – modelo SESC), a
conscientização do uso de bicicletas no meio urbano como uma opção viável para se
repensar o melhor aproveitamento dos espaços destinados aos estacionamentos de
veículos no perímetro urbano no município de Sombrio.
A troca de ideias em discussão com o orientador ao longo do desenvolvimento
deste projeto possibilitou ainda o surgimento de acrescentar ao mesmo a
implantação de um Centro de Informações Turísticas, para melhor assessoramento
aos visitantes. Com isso pensou-se na valorização de um agente ligado diretamente
ao turismo, onde se entra em parceria terceirizada com a Empresa Bixo do Mato
Ecoturismo, na conduta dos visitantes nas rotas propostas.
Outra parceria a ser firmada foi com o Shopping Japonês, devido à concessão
do espaço para a implantação de um Centro de Informações Turísticas (CIT), com
retorno financeiro ao mesmo com a venda dos roteiros aqui exposto. Com isso,
proporcionou-se fazer um levantamento de orçamentos para a implantação do
mesmo.
Para a implantação do CIT, pensou-se em possibilidades que pudessem
desenvolver da melhor maneira possível à gestão administrativa do mesmo, além de
56
sugerir à Diretoria de Turismo de Sombrio a implantação do cicloturismo, fazendo
com que haja um maior fortalecimento entre os vínculos dos agentes públicos e
privados do município.
57
5 PROPOSTA DE AÇÃO
Nesta seção do presente estudo, apresenta-se a proposta de ação, cujo
objetivo é à criação de roteiros cicloturísticos para o município de Sombrio (SC) e os
municípios limítrofes do mesmo.
Ressalta-se que o plano de ação que neste estudo se apresenta foi pensado
no intuito de fomentar a cultura local do município de Sombrio (SC) e dos demais
municípios limítrofes que fazem parte do roteiro proposto, além, é claro, de
desenvolver os atrativos turísticos das regiões exploradas na proposta, por meio do
mapeamento de roteiros de cicloturismo.
Assim, inicialmente propõem-se identificar os atrativos turísticos referentes
aos roteiros e, nesse sentido, procurou-se apontar aqueles que têm relativo
interesse relacionado ao tema ‘histórico cultural’ ou de contemplação pelo apelo
visual/ paisagístico como pontos de partida de análise.
5.1 Pontos Turísticos Culturais e/ ou de beleza visual e paisagística
O município de Sombrio (SC), como já mencionado anteriormente no
presente estudo, possui de acordo com o IBGE (2014), uma área territorial de
143,329 Km² entre os perímetros rurais e urbanos.
Entendendo que o lazer e seus respectivos lugares de desenvolvimento
podem oferecer muitos benefícios para o individuo e que mesmo sendo, o lazer, algo
assegurado por lei, há ainda uma busca constante pela realização do mesmo como,
de fato, deve acontecer. Esta seção do presente estudo objetiva apresentar uma
proposta de ação com o intuito de melhor desenvolver o lazer por meio de atividades
que envolvam as bicicletas.
5.1.1 Complexo Esportivo Sant´ Helena (Roteiro 1, 2, 3 e 4)
O Complexo Esportivo Sant’ Helena, hoje nomeado Centro de Eventos
Municipal Multiuso devido às reformas feitas na atual gestão municipal (2013 a
2016), localiza-se no Bairro Parque das Avenidas, esquina com a AV. Papa João
XXIII, e AV. Nereu Ramos a 500 metros do Shopping Outlet Japonês. Na sequencia,
pode-se visualizar o Centro de Eventos Municipal Multiuso, por meio da Imagem 09:
58
Imagem 09 - Centro de Eventos Municipal Multiuso
Fonte: Autor, 2016.
Em anexo ao Centro de Eventos encontramos o Estádio Antônio Sant’ Helena,
que também fora outrora conhecido como Campo de Futebol do SEC (Sombrio
Esporte Clube), onde atualmente são realizados jogos, como o Campeonato
Municipal, por exemplo, além, é claro, de sediar outras atividades de integração
comunitária. Ainda em anexo ao Centro de Eventos Multiuso, as pessoas dispõem
de uma academia ao ar livre, de uma pista de skate, de dois Ginásios esportivos
(Ênio B. Costa e Rogério Valerim), e de uma quadra de areia. Como exemplo de um
evento sediado pelo mesmo, pode-se citar a passagem da Tocha Olímpica pelo
município no ano de 2016, cuja representatividade expõe-se por meio de um
monumento.
Pensou-se no Centro de Eventos Multiuso como um ponto turístico cultural do
município de Sombrio a ser explorado nos roteiros que posteriormente serão
apresentados neste estudo, por acreditar na relevante contribuição do mesmo no
que se refere ao desporto municipal. As possibilidades de turismo dentro do Centro
de Eventos Multiuso se enquadram na compreensão das atividades esportivas
desenvolvidas, bem como, na contemplação do espaço para o ócio.
5.1.2 Casa da Cultura de Sombrio (SC)
59
A Casa da Cultura de Sombrio (SC) localiza-se na Rua Santo Antônio, n° 225,
Bairro Centro, e tem sua instalação inaugurada em 06/04/2009. Sua efetivação
refere-se à parceria entre a Prefeitura Municipal de Sombrio e o Ministério da
Cultura. O local compõe-se por meio de exposições permanentes que se constituem
por meio de fotos antigas, que mostram um pouco da história de Sombrio e fotos de
época da origem açoriana. Ainda na Casa da Cultura encontramos um espaço
reservado à Tocata, músicos do Grupo Açor Sul que tocam músicas típicas dos
Açores. A Tocata se faz presente no local nas terças e quintas-feiras no período
noturno no intuito de realizar ensaios. Além de todas essas atrações destinadas aos
visitantes, a Casa da Cultura ainda oferece oficinas de dança, violão, guitarra,
violino, pintura, artesanatos, informática, xadrez e teatro.
Ao falar da história cultural do município, não teria como falar da Casa da
Cultura sem citar o grupo de dança açoriana que há mais de uma década
desenvolvem trabalhos no município de Sombrio (SC). Portanto, destaca-se aqui a
importância do grupo de dança Açor Sul no que diz respeito à conquista de um ponto
cultural para o município de Sombrio (SC), o que consequentemente deu origem a
Casa da Cultura. Desde o seu surgimento, em maio de 1999 até os dias de hoje o
grupo Açor Sul se preocupa em manter as tradições açorianas, evidenciando-as por
meio de danças típicas dos açores, divulgando, assim o município em diversas
cidades das regiões onde se apresentam.
Ressalta-se que a senhora, Clair Hahn Fermiano foi à idealizadora do grupo
Açor Sul, quando iniciou um trabalho de estudos açorianos com alunos de 4ª série
do Ensino Fundamental, com o propósito de promover no município a valorização da
cultura dos primeiros imigrantes da região (os açorianos), assim como mostra a
Imagem 10 atual a seguir da Casa da Cultura de Sombrio:
60
Imagem 10 - Casa da Cultura de Sombrio (SC)
Fonte: Autor, 2016.
A Casa da Cultura tem como atrativo principal ao cicloturista, o conhecimento
do espaço, a observação das práticas diárias que ali acontecem bem como a
possibilidade de observação de painéis de fotos que retratam a história do município
por meio do Arraial Fest (festa tradicional que acontece de dois em dois ano no
município), além de outros elementos culturais como fantasias que retratam a cultura
açoriana no município.
5.1.3 Calçadão Cultural de Sombrio (SC)
O calçadão Cultural de Sombrio foi um projeto que teve seu surgimento em
1998 por meio do artista plástico, Jone Araújo que objetivava o intuito de evidenciar
a memória da cidade por meio de obras que representassem a mesma. A instalação
inicial da mesma endereçava-se na AV. Nereu Ramos, n° 1167, Bairro Centro,
Sombrio. Toda via no ano de 2016 o mesmo foi removido para a AV. Getúlio Vargas,
também no Bairro centro de Sombrio, por meio de um projeto de revitalização
realizado no ano de 2015/2016.
Jone Araújo efetuou uma pesquisa junto à comunidade de Sombrio (SC), a
fim de entender os aspectos mais relevantes entre a história e sua cultura e por meio
da arte utilizou a técnica de mosaico para deixar registrado no calçadão cultural de
Sombrio, representações que simbolizam a cultura sombriense. Além dos mosaicos
61
o calçadão dispõe também de outras obras como, vasos de cerâmica, cabines
telefônicas abrigadas por canoas, bancos com formas de remo nos encostos, figuras
de ferro em formato de Tear. Enfim, a obra do calçadão evidencia costumes, lendas,
tradições, religiosidade e educação, como mostra a Imagem 11:
Imagem 11 - Calçadão Cultural de Sombrio (SC)
Fonte: Autor, 2016.
A Imagem 11 mostra o Calçadão de maneira mais ampla, já na Imagem 12
pode-se ter uma melhor visualização de um dos treze mosaicos que compõe a
história do Calçadão Cultural de Sombrio:
62
Imagem 12 - Mosaico do Calçadão Cultural de Sombrio (SC)
Fonte: Autor, 2016.
O projeto de revitalização da AV. Getúlio Vargas, possibilitou ao município de
Sombrio, ter na atualidade o maior calçadão do Estado de Santa Catarina com 570
metros de comprimento. A revitalização da avenida, fez com que o município de
Sombrio se tornasse a oitava cidade do estado a ter sua rede de distribuição de
energia subterrânea.
5.1.4. Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua
A Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua de Sombrio é considerada um
patrimônio importante para o município e endereça-se no centro da cidade. A mesma
começou a ser construída no dia 31 de maio de 1940, porém só foi finalizada dez
anos depois. Arquitetonicamente o recinto lembra o estilo gótico e foi projetado
conforme as orientações do Padre João Reitz que objetivava fazer da mesma um
local de destaque na planície onde está localizada como mostra a Imagem 13:
63
Imagem 13 - Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua
Fonte: Autor, 2016.
Conforme Farias (2000), para a construção da igreja, foi necessária a ajuda
de 142 pessoas entre homens e jovens trabalhadores, e aproximadamente 90 carros
de boi para o transporte dos materiais necessários. No interior da mesma foram
feitas pinturas de anjos e santos pelo artista plástico José Fernandes mais
conhecido como Zé Diabo, que além de dispor de pinturas que embelezam o interior
da igreja, esculpiu na parede do altar imagens que simbolizam a religião católica,
como mostra a Imagem 14:
64
Imagem 14 - Interior da Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua
Fonte: Ângela, 2011.
No mês de dezembro a igreja e seu entorno são decoradas e iluminadas com
tema natalino, proporcionando ao visitante um cenário exclusivo para visitação e
contemplação do clima natalino. Na torre da mesma, é possível por meio de
agendamento deslumbrar de uma vista privilegiada da cidade.
5.1.5. Biblioteca Pública Municipal Cônego João Reitz
A Biblioteca Pública Municipal Cônego João Reitz, recebeu esse nome para
homenagear a pessoa do Padre João Reitz, por ser uma das principais lideranças
responsáveis pela arquitetura e desenvolvimento do município de Sombrio. O prédio
onde hoje se encontra a Biblioteca Municipal de Sombrio localiza-se na Av. Nereu
Ramos, nº 1032, Bairro Centro. O atual endereço da biblioteca foi outrora o
endereço do primeiro prédio da prefeitura de Sombrio durante os anos de 1954 a
1980. Atualmente a Biblioteca Municipal, dispõe de uma arquitetura provinda de uma
revitalização ocorrida no ano de 2007, como mostra a Imagem 15:
65
Imagem 15 - Biblioteca Municipal Cônego João Reitz
Fonte: Autor, 2016.
A Biblioteca, além de seu acervo de livros históricos e culturais que mostram
toda a trajetória da construção do município de Sombrio, também dispõe de arquivos
que abrangem também a trajetória histórica cultural dos municípios limítrofes de
Sombrio e região. Dispõem ainda de livros para literatura infantil, contos entre outros
e uma sala de pesquisa com computadores e espaço para divulgação de obras
como livros ou revista de cunho cultural. Por meio de agendamentos é possível a
abertura da mesma para visitação e atendimento ao turista.
5.1.6 Lagoa de Sombrio (SC)
A Lagoa de Sombrio é um atrativo natural que por meio de suas belezas
naturais dispõe de um grande potencial turístico a ser desenvolvido, como por
exemplo, passeios em barcos de pesca artesanal. Traz em sua história a vinda de
João José Guimarães que é reconhecido pela história do município como um dos
primeiros desbravadores das potencialidades das terras sombrienses. A lagoa ainda
é palco de mitos como, por exemplo, de tesouros deixados dentro da Lagoa por
padres jesuítas que fugiam dos bandeirantes. A mesma é também intitulada como a
maior lagoa de água doce do estado de Santa Catarina ficando situada entre cinco
Municípios do Extremo Sul (Sombrio, Santa Rosa do Sul, Balneário Gaivota, São
João do Sul e Passo de Torres), mede 16.368 km de comprimento e cerca de 5 km
66
de largura. A sua área é de 54 km2 tendo como profundidade máxima 3 metros. A
Imagem 16 mostra um ponto de contemplação da Lagoa:
Imagem 16 - Lagoa de Sombrio (SC)
Fonte: Autor, 2016.
Na Lagoa nos dias atuais são realizadas apenas atividades como a pesca
artesanal e contemplação da beleza natural que a envolve, não sendo feita nenhuma
atividade para o turismo, apesar de sua potencialidade turística. Já foram
apresentados alguns projetos para estudo ambiental e desaçoriamento da Lagoa
para transporte entre comunidades e para o desenvolvimento de atividades turísticas,
no entanto não há ações sendo realizadas para o andamento destes projetos.
5.1.7 Furnas de Sombrio (SC)
As furnas compõem-se por meio de um conjunto de grutas, localizadas a 2 km
de Sombrio anexo a BR 101. Dentre o conjunto de grutas que juntas formam as
furnas, cita-se aqui que a maior delas corresponde a uma área total de 1.118
metros². Aberta a visitações durante o ano inteiro, as furnas atraem principalmente
turistas movidos pela fé, que se encaminham até a maior gruta da localidade em
busca de visitar uma espécie de altar, no qual as pessoas que por ali passam
deixam lembranças e mensagens de agradecimentos por algo que conquistaram
pela fé, como mostra a Imagem 17:
67
Imagem 17 - Furnas de Sombrio (SC)
Fonte: Autor, 2016.
Por meio da história que circunda as Furnas de Sombrio, pode-se perceber
que a mesma é composta por suposições e lendas que tornam a história da mesma
ainda mais instigante, tanto quanto sua formação esculpida pela natureza.
Conforme moradores das localidades, as mesmas foram abrigadas por índios.
Mais adiante chegaram à localidade alguns tropeiros que vinham do Rio Grande Sul
e ao passarem por Sombrio faziam parada nas grutas para pernoitar a abastecer-se
das águas que saiam das rochas e matarem a sede dos animais que com eles
viajavam.
5.1.8 Morro da Santa
O Morro da Santa como assim está intitulado, localiza-se entre os municípios
de Sombrio e Santa Rosa do Sul. Seu acesso é por meio de estradas de chão batido
e alguns trechos de calçamento em sua subida íngreme, onde atinge uma altitude
aproximada de 270 metros, tendo a distância de 6 km do centro de Sombrio. No
local foi instalada a imagem de Nossa Senhora de Aparecida, onde todos os anos no
dia 12 de outubro acontece uma romaria até o alto do morro, onde é celebrada uma
missa em honra do seu dia. Tem uma vista privilegiada em meio às belezas naturais
existente como mostra Imagem 18:
68
Imagem 18 - Planície do Morro da Santa
Fonte: Autor, 2016.
Além de mirador com vista para as praias e também para os canyons da
região, as correntes de ar no Morro proporciona condições para a prática de voo
livre. Atualmente a Associação de Voadores do Extremo Sul Catarinense (AVES),
utiliza a área para a prática deste esporte e para a organização de eventos como os
festivais regionais.
5.1.9 Vinícola Bez
A Vinícola Bez esta localizada no Bairro Retiro da União, tendo como acesso
principal a Rodovia José Tiscoski, SC 485, região sudoeste do município de
Sombrio, sendo uma propriedade particular de Ronaldo Bez. No local, existe uma
construção em alvenaria onde são produzidos vinhos e espumantes coloniais a partir
de uvas produzidas na plantação da propriedade, e em alguns casos, uvas de outras
regiões, como é o caso da uva Goethe da região do município de Urussanga (SC). A
Imagem 19 mostra a construção de alvenaria onde acontece a produção de vinho e
espumantes:
69
Imagem 19 - Vinícola Bez
Fonte: Autor, 2016.
Na propriedade Bez além da produção e fabricação de uvas e vinhos, há dois
açudes com criação de alevinos, tipo Carpa Capim e a Carpa Chilena. Dispõe ainda
de um pomar de frutas como lichia, manga entre outras.
A propriedade possui sua potencialidade expressa no aspecto
histórico/cultural, representada pela produção de vinhos e espumantes, podendo
ainda agregar simultaneamente, áreas de lazer (pesque e pague nos açudes), a
produção de geleias e doces para seu próprio consumo e comercialização.
5.1.10 Cachaçaria Daboit
A Cachaçaria Daboit esta localizada na comunidade de Morro do Cipó,
Município de Sombrio, onde seu acesso principal fica pela Rodovia SC 485. A
mesma é uma propriedade particular de Luís Tadeu Daboit, que trabalha com
produção artesanal de cachaça, e também oferecem serviços de almoço para
pequenos grupos (agendados), sendo um serviço informal, pois sua principal fonte
de renda é a comercialização de cachaça. A Imagem 20 mostra a construção onde
se faz a moagem da cana de açúcar:
70
Imagem 20 - Cachaçaria Daboit
Fonte: Autor, 2016.
A Cachaçaria se identifica como uma condicionante a produção de cachaça e
seus derivados (puxa-puxa, pé-de-moleque entre outros), conta ainda com outros
serviços apresentados anteriormente, destacando-se em sua identidade cultural
como gastronomia ítalo-brasileira.
5.1.11 Sítio Frezza
O Sítio Frezza é uma propriedade particular de Osni Frezza e família,
localizada na comunidade de Vista Alegre, divisa dos municípios de Sombrio e Ermo
(SC), sendo seu acesso principal por estrada geral de chão batido. Possui como
principal atrativo turístico além das belezas naturais, uma gruta com a réplica da
imagem de Nossa Senhora Aparecida localizada em meio a uma trilha ecológica
dentro de sua propriedade. A Imagem 21 mostra a entrada ao Sítio:
71
Imagem 21 - Portal de entrada Sítio Frezza
Fonte: Autor, 2016.
A propriedade dispõe de uma serraria movida a água em frente à residência do
Sr. Osni, construída em madeira há cerca de dois anos e reconhecida na região como
um atrativo. Possui também um açude localizado próximo à trilha, além de um acervo
de aproximadamente 50 peças antigas como: louças, quadros, dinheiro, ferramentas
agrícolas expostas em lugar específico de sua propriedade. Existe também um
espaço modificado para realização de festas com capacidade para 200 pessoas,
além da produção de queijo colonial e com agendamento recebem uma demanda de
turistas e grupos escolares.
A cultura histórica da família se faz presente na arte de fazer e produzir, na
culinária, no artesanato, nas construções feitas dentro da propriedade, sendo forte
condicionante como potencialidades dos atrativos da região.
5.1.12 Maria do Chá
Maria da Rosa Santos, mais conhecida por Maria do Chá, tem sua
propriedade localizada na comunidade de Garuva Nova, município de Sombrio, a
quatro km da Rodovia SC 485, tendo como acesso principal, uma estrada de chão
batido. Como atividade principal a comercialização de seus chás, dom este herdado
por sua avó. Em seu horto cultiva quase todas as ervas medicinais que utiliza para
72
fabricação dos chás. A Imagem 22 mostra os recipientes em que separa as ervas
medicinais:
Imagem 22 - Ervas Medicinais
Fonte: Autor, 2016.
Maria do Chá, além do plantio e manejo das ervas medicinais, também serve
café colonial e pratos típicos da culinária italiana conforme agendamento com
capacidade para 15 pessoas. Pode-se ressaltar como potencialidades além da
comercialização dos chás ou ervas medicinais, a recepção de grupos com a
elaboração de café colonial e almoço.
5.1.13 Morro da Moça
O Morro da Moça está situado na divisa entre os municípios de Sombrio e
Santa Rosa do Sul, seu acesso principal se faz pela Rodovia SC 485, onde se
precisam percorrer quatro km de estrada de chão batido para se chegar ao melhor
ponto de visitação, que fica na propriedade particular de Manuel João Cardoso. A
Imagem 23 mostra o Morro em uma visão lateral:
73
Imagem 23 - Vista lateral do Morro da Moça
Fonte: Autor, 2016.
Na propriedade de seu Manuel ou Maneca como é conhecido, fica o início do
morro, que ainda dispõe de uma trilha de 1,5 km até uma gruta existente na caverna
do Morro da Moça. Possuí um lugar amplo para festas, churrasqueiras, piscinas e
lugar para descanso e contemplação, tudo com agendamento prévio, não servindo
qualquer tipo de refeição.
O Morro da Moça além de suas belezas naturais é provido de mitos sobre seu
respectivo nome, como conta seu Maneca, sobre a aparição de uma linda moça aos
antigos moradores da região, mas seu Maneca ainda se refere à verdadeira razão
pela qual se deu o nome do Morro, que visto a uma certa distância, tem-se o formato
de uma linda moça esculpida em seu paredão.
5.1.14 Museu Rural Municipal de Vista Alegre
O Museu Rural Municipal está localizado na comunidade de Vista Alegre,
sendo esta uma comunidade limítrofe ao município de Sombrio e o município de
Ermo (SC). O principal acesso a comunidade é feita pela Rodovia SC 108, que liga
os municípios de Ermo a Jacinto Machado, estando há 8 km do município de Ermo,
e 12 km do município de Sombrio. O Museu era a antiga casa de seu Abel Antônio
Acord, um dos primeiros habitantes da comunidade, que também é conhecida como
Morro do Loro e que foi doada pela família para a prefeitura de Ermo após o
74
falecimento de seu Abel. A Imagem 24 mostra uma parte da área do espaço onde se
encontra o Museu:
Imagem 24 - Museu Rural Municipal de Vista Alegre
Fonte: Autor, 2016.
O Museu Rural Municipal traz à comunidade o resgate histórico/cultural de seu
povo por meio de suas trezentas peças (como bules, chaleiras, gadanhas, serrotes,
entre outros objetos que resgatam a cultura antiga), que se encontram em exposição
no mesmo. O local também se encontra aberto ao público em dias não convencionais
mediante agendamento, tendo um público constante de visitações, ocasionando
assim o fortalecimento do turismo local.
5.1.15 Centro de Tradições Gaúchas – CTG Sul Catarinense
O Centro de Tradições Gaúchas – CTG Sul Catarinense está localizado no
Bairro Lagoa de Fora, em Balneário Gaivota, tendo como seu principal acesso a Rua
Almiro Manoel de Souza, a três km da Rodovia Pref. José Tiscoski SC 449. Teve
como seu fundador André Alves da Silva Sobrinho, em 02 de dezembro de 1972, e
mantem atualmente seus costumes e tradições folclóricas, tendo suas festividades
até os dias atuais sendo realizadas no início do mês de dezembro. A Imagem 25
mostra o portal de entrada do CTG:
75
Imagem 25 - Portal de entrada do CTG Sul Catarinense
Fonte: Antoneli, 2011.
O CTG Sul Catarinense localizado no município de Balneário Gaivota
pertencia ao município de Sombrio até o ano de 1995, porém com a sua
emancipação política, o mesmo passou a prestar seus serviços ao parque do CTG.
O município de Balneário Gaivota tem seu maior segmento no turismo de sol
e praia, e por isso é muito procurado por veranistas dos municípios vizinhos,
principalmente vindos do Rio Grande do Sul. Desta forma, o fortalecimento de
vínculos nos quesitos tradicionalistas (como as danças folclóricas, gineteadas, entre
outros) se destacam no município. A Imagem 26 mostra o fluxo de turistas na alta
temporada no município citado:
76
Imagem 26 - Balneário Gaivota na alta temporada de verão
Fonte: Cardoso, 2011.
O município de Balneário Gaivota (SC) possui um grande potencial turístico
devido as belezas naturais existentes no mesmo. Por meio de pesquisas no site do
IBGE, censo (2010), informou-se que a população total do município é de 8.234,
chegando a quase 50 000 mil pessoas na alta temporada de verão, que vem até o
Balneário movido pelo turismo de sol e praia.
5.2 Roteirização cicloturística entre os pontos turísticos culturais e/ou de beleza
visual e paisagística
A inadequada utilização dos espaços públicos é um ponto preocupante da
atualidade, no entanto pensar nesses espaços como locais propícios para o
desenvolvimento de atividades que envolvam o lazer pode ser uma solução para
esse agravante. E é neste sentido que se pensa que a proposta do cicloturismo tem
muito a contribuir para o melhor aproveitamento das ciclovias já construídas no
município de Sombrio (SC). No perímetro urbano, o município já dispõe de 8.5 Km
de ciclovias.
Os roteiros foram elencados em níveis, os quais compreendem a seguinte
dinâmica:
Nível 01: Constitui-se por meio de trajetos simples e leves, podendo, desta
forma, ser realizado por qualquer pessoa que saiba e goste de pedalar, uma vez que
77
os roteiros que se encaixam neste nível não exigem dos participantes muito esforço
físico.
- Nível 02: Constitui-se a partir de trajetos maiores, principalmente se
comparados aos roteiros de nível 01. Por conta disto, há a necessidade de mais
preparação física para o melhor desenvolvimento do roteiro.
- Nível 03: Constitui-se por meio de roteiros mais complexos que exigem dos
cicloturistas, maior preparo físico devido ao longo trajeto a ser percorrido e as
subidas íngremes existentes no mesmo.
5.2.1 Primeiro Roteiro: Sombrio Minha História
Percurso total: 4,66km, ida e volta - nível 01.
Destaques do roteiro: Calçadão Cultural e Igreja Matriz Santo Antônio de
Pádua, Sombrio (SC).
Valor: R$ 30,00 por pessoa (As crianças menores de cinco anos são
obrigatórias o uso da cadeirinha e estarem sempre acompanhadas pelos pais ou
pelo responsável legal. Vale ressaltar que as mesmas não pagam).
No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia
turístico; seguro individual (ANEXO A); ingresso se necessário; carro de apoio caso
necessário; itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa
com água, e cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade).
O roteiro terá como ponto de saída o Centro de Informações Turísticas (CIT)
(proposta exposta nos capítulos a seguir), que será instalado nas dependências do
estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII. A
primeira parada dar-se-á no Complexo Esportivo Sant’Helena na Av. Nereu Ramos
ao lado esquerdo e no sentido Norte da mesma.
Em seguida os cicloturistas irão se dirigir ao próximo ponto de parada,
seguindo ao lado direito, no sentido Sul ainda na Av. Nereu Ramos. Neste trecho os
mesmos poderão visualizar o Fórum da Comarca de Sombrio que fica instalado ao
lado esquerdo da avenida. Mais adiante os mesmos farão parada ao lado direito da
avenida, no Hotel Maria Rita, instalado na esquina com a Rua Santo Antônio. Ao
seguirem adiante ainda na Rua Santo Antônio os participantes do roteiro terão a
oportunidade de realizarem parada na Casa de Cultura de Sombrio. Retornando
para a Avenida Nereu Ramos, os cicloturistas seguirão pela mesma, no sentido Sul
78
até a rótula central no intuito de adentrar na Av. Getúlio Vargas, onde se localiza o
Calçadão Cultural do município e a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua (ambos no
sentido Leste).
Após realizarem parada no Calçadão Cultural e na Igreja Matriz, os
participantes do roteiro retornaram no sentido Oeste da mesma, onde poderão
observar, de passagem, algumas agencias bancárias como o Banco do Brasil, Caixa
Econômica e o Sicoob. Ao saírem da Av. Getúlio Vargas, os cicloturistas adentrarão
a Rodovia Prefeito José Tiscoski, passando ao lado do Supermercado Giassi, até
chegarem à via lateral da BR 101 - Rua Teodoro Rodrigues de Oliveira, na qual
seguirá no sentido Norte até chegarem ao Sombrio Moda Shopping, localizado a
direita nas margens da BR 101. Na sequência, seguirá no sentido Norte até
chegarem ao trevo do Outlet.
No intuito de prosseguirem no roteiro, os cicloturistas seguirão pela via lateral
da BR 101 no sentido Sul e adentrarão na primeira esquina, a direita na Rua Adolfo
Tiscoski no sentido Oeste até chegarem à primeira rótula da Rua Adolfo Tiscoski.
Virando a direita da mesma seguirão pela Av. Pref. Francisco Lumertz Júnior no
sentido Norte até chegarem ao Instituto Federal Catarinense onde se fará parada.
Por fim os cicloturistas seguirão ainda no sentido Norte da Av. Pref. Francisco
Lumertz até adentrarem na Rua Aires Medeiros de Souza, seguindo no sentido
Leste até chegarem ao ponto de partida do roteiro, no Centro de Informações. No
Mapa 01, pode-se visualizar o mapa referente ao roteiro:
79
Mapa 01 - Roteiro Sombrio Minha História
Fonte: Autor, 2016.
No Mapa 01, como se pode visualizar, mostra com maior clareza a rota
proposta a ser feita pelo centro do município de Sombrio (SC). Ressalta-se, ainda,
que a mesma se constitui por meio de um percurso de nível 01, já que o mesmo
pode ser considerado como leve e de fácil acesso, podendo ser realizado até
mesmo por pessoas com necessidades especiais, como cadeirantes, por exemplo,
já que a ciclovia e as calçadas já se encontram com os devidos padrões de
atendimento a este público.
5.2.2 Segundo Roteiro: Lagoa das Furnas
Percurso total: 8,90 km, ida e volta - nível 01.
Destaques do roteiro: Rota Central de Sombrio, Mirante da Lagoa, Furnas de
Sombrio (SC).
Valor: R$ 30,00 por pessoa (As crianças menores de cinco anos é obrigatório o
uso da cadeirinha e estarem sempre acompanhadas pelos pais ou pelo responsável
legal. Vale ressaltar que as mesmas não pagam).
No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia
turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;
itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água, e
cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade).
80
O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do
estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII. A
primeira parada dar-se-á no: Complexo Esportivo Sant’Helena na Av. Nereu Ramos
ao lado esquerdo e no sentido Norte da mesma.
Em seguida os cicloturistas irão se dirigir ao próximo ponto de parada,
seguindo ao lado direito, no sentido Sul ainda na Av. Nereu Ramos. Neste trecho os
mesmos poderão visualizar o Fórum da Comarca de Sombrio que fica instalado ao
lado esquerdo da avenida. Mais adiante os mesmos farão parada ao lado direito da
avenida, no Hotel Maria Rita, instalado na esquina com a Rua Santo Antônio. Ao
seguirem adiante ainda na Rua Santo Antônio os participantes do roteiro, terão a
oportunidade de realizarem parada na Casa de Cultura de Sombrio. Retornando
para a Avenida Nereu Ramos, os cicloturistas seguirão pela mesma, no sentido Sul
até a rótula central no intuito de adentrar na Av. Getúlio Vargas, onde se localiza o
Calçadão Cultural do município e a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua (ambos no
sentido Leste).
Depois de realizada as paradas no Calçadão Cultural de Sombrio e na Igreja
Matriz, todos retornarão à rótula e seguirão no sentido Sul, pela Av. Nereu Ramos
até chegarem à prefeitura municipal de Sombrio localizada a direita da Avenida. Mais
adiante seguirão pela Rua Manoel Teixeira da Rosa, onde ao lado direito, os
mesmos poderão visualizar a Emissora de Rádio FM, Rádio 102.9. Seguindo adiante
no sentido Sul pela Rua Generino Teixeira da Rosa, os cicloturistas terão
oportunidade de passar em frente ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS,
logo à direita, adentraram no sentido Oeste pela Rua Protásio Alves até chegarem a
via lateral da BR 101 onde seguirão pelo sentido Norte até a travessia do elevado da
BR 101, no qual poderão observar a Lagoa de Sombrio.
Ao atravessarem o elevado para a outra via lateral da BR 101, mais
precisamente na Rua José Vicente Claudino, no sentido Sul da mesma, seguirão até
chegarem as Furnas. Além de disporem de uma bela visualização da caverna, os
cicloturistas ainda têm opções de banheiros e lanchonete para uso sempre que
houver necessidade. Ao lado esquerdo da caverna há uma escadaria que dá
acesso ao lado de cima da caverna, cuja vista dispõe de uma unicidade das belezas
naturais que envolvem a Lagoa de Sombrio.
Na sequência retornarão pela via lateral da BR 101 seguindo no sentido Norte
até chegarem ao trevo que liga a Rodovia Pref. José Tiscoski no sentido Oeste, que
81
também liga os municípios de Sombrio e Jacinto Machado, com o intuito de
chegarem à Av. Pref. Francisco Lumertz Júnior onde passarão em Frente à Escola
de Ensino Médio Macário Borba – Escola Jovem de Sombrio.
Por fim seguirão ainda no sentido Norte até chegarem ao Instituto Federal
Catarinense para posteriormente seguirem pela Rua Aires Medeiros de Souza até
chegarem ao ponto de partida do roteiro, no CIT. O Mapa 02 mostra o segundo
roteiro:
Mapa 02 - Roteiro Lagoa das Furnas
Fonte: Autor, 2016.
O Mapa 02 mostra com maior clareza a rota a ser feita pelo centro do
município de Sombrio (SC), por meio de alguns pontos culturais, chegando até ao
mirante da Lagoa e a caverna das Furnas. Ressalta-se que este percurso
caracteriza-se como sendo de nível leve e de fácil acesso aos cicloturistas. Esta rota
até as Furnas pode ser feito por pessoas com necessidades especiais, como
cadeirantes.
5.2.3 Terceiro Roteiro: Um Drink a Moça dos Morros
Percurso total: 50,5 km, ida e volta - nível 3.
Horário de saída: 7h, matutino.
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Destaques do roteiro: Rota Central de Sombrio, Mirante da Lagoa, Furnas de
Sombrio (SC), Morro da Santa, Vinícola Bez, Cachaçaria Daboit, Maria do Chá e
Morro da Moça.
Valor: R$ 100,00 por pessoa (As crianças até de onze anos, somente poderão
realizar o percurso se acompanhadas pelos pais ou por um responsável legal).
Ressalta-se que para que este roteiro seja realizado, será necessário no mínimo de
valor R$ 400,00,caso algum cliente queira fazer o roteiro sozinho.
No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia
turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;
itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água, e
cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade).
Este roteiro constitui-se como um percurso que requer maior esforço físico, a
seus participantes, devido à distância a ser percorrida entre suas subidas íngremes
e estradas de chão batido. Neste percurso há algumas sugestões de horários entre
uma parada e outra para melhor aproveitamento do percurso.
O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do
estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII. A
primeira parada dar-se-á no: Complexo Esportivo Sant’Helena na Av. Nereu Ramos
ao lado esquerdo e no sentido Norte da mesma.
Em seguida os cicloturistas irão se dirigir ao próximo ponto de parada,
seguindo ao lado direito, no sentido Sul ainda na Av. Nereu Ramos. Neste trecho os
mesmos poderão visualizar o Fórum da Comarca de Sombrio que fica instalado ao
lado esquerdo da avenida. Mais adiante os mesmos farão parada ao lado direito da
avenida, no Hotel Maria Rita, instalado na esquina com a Rua Santo Antônio. Ao
seguirem adiante ainda na Rua Santo Antônio os participantes do roteiro, terão a
oportunidade de realizarem parada na Casa de Cultura de Sombrio. Retornando
para a Avenida Nereu Ramos, seguirão pela mesma, no sentido Sul até a rótula
central no intuito de adentrar na Av. Getúlio Vargas, onde se localiza o Calçadão
Cultural do município e a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua (ambos no sentido
Leste).
Depois de realizada as paradas no Calçadão Cultural de Sombrio e na Igreja
Matriz, os cicloturistas retornarão à rótula e seguirão no sentido Sul, pela Av. Nereu
Ramos até chegarem à prefeitura municipal de Sombrio localizada a direita da
Avenida. Mais adiante seguirão pela Rua Manoel Teixeira da Rosa, onde ao lado
83
direito, os mesmos poderão visualizar a Emissora de Rádio FM, Rádio 102.9.
Seguindo adiante no sentido Sul pela Rua Generino Teixeira da Rosa, todos terão
oportunidade de passar em frente ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS,
logo à direita, adentraram no sentido Oeste pela Rua Protásio Alves até chegarem a
via lateral da BR 101 onde seguirão pelo sentido Norte até a travessia do elevado da
BR 101, no qual poderão observar a Lagoa de Sombrio.
Ao atravessarem o elevado para a outra via lateral da BR 101, mais
precisamente na Rua José Vicente Claudino, no sentido Sul da mesma, seguirão até
chegarem as Furnas. Além de disporem de uma bela visualização da caverna, os
cicloturistas ainda têm opções de banheiros e lanchonete para uso sempre que
houver necessidade. Ao lado esquerdo da caverna há uma escadaria que dá
acesso ao lado de cima da caverna, cuja vista dispõe de uma unicidade das belezas
naturais que envolvem a Lagoa de Sombrio.
Na sequência, todos seguirão ainda no sentido Sul pela via lateral da BR 101
até adentrarem na BR 101 onde seguirão 400 metros também no sentido Sul até
chegarem à próxima via lateral à direita da BR 101 da mesma até chegarem à
comunidade do Bairro Jaguarari, no intuito de seguirem pela Avenida Jaguarari em
direção ao Morro da Santa até chegarem à Rua da APAE onde seguirá no sentido
Oeste com destino à Rua João J. de Matos que faz a ligação com a estrada Geral do
Bairro Boa Esperança.
Ao seguirem no sentido sul da estrada Geral do Bairro Boa Esperança, os
participantes terão, logo em seguida, acesso a uma placa de orientação com alguns
indicativos sobre o Morro da Santa. À direita da mesma há uma subida de 270 m de
altitude até o cume do Morro da Santa, tendo como horário previsto para a chegada
ao alto do Morro da Santa às 10h 30m.
Com o término da contemplação da vista proposta no alto do Morro, os
cicloturistas retomarão a rota e seguirão em sentido a comunidade de Retiro da
União. Para isso será necessário que os participantes desçam o Morro da Santa
com o intuito de chegarem, novamente, a Estrada Geral Boa Esperança, onde
seguirão até adentrarem a Rodovia Pedro Simon no sentido Oeste rumo a Vinícola
Bez, tendo como horário previsto de chegada às 12h para almoçar na propriedade,
além de, também, poderem fazer a degustação dos vinhos produzidos na Vinícola.
Quanto ao horário de saída da propriedade Bez, prevê-se às 13h 30m.
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Após saírem da Vinícola Bez, os cicloturistas retornaram pela Rodovia Pedro
Simon em sentido Oeste, até adentrarem na Estrada Geral do Morro do Cipó, onde
seguirão no sentido Oeste. Ainda na Estrada Geral do Morro do Cipó, os
participantes do percurso, poderão visualizar uma fábrica de cabos de vassouras ao
lado direito da mesma. Seguindo adiante, por cerca de 1 km ao lado esquerdo será
possível observar a pista de Motocross dos Chacais e ao lado direito, a empresa
Turati Alimentos.
Dando prosseguimento ao percurso, no sentido oeste da Estrada Geral do
Morro do Cipó, será possível a visualização de algumas cerâmicas de tijolos e
telhas, que contribuem no setor econômico do município de Sombrio. Ao chegarem à
comunidade de Garuva Nova, adentraram a esquerda pela Estrada Geral da
comunidade no sentido sul onde percorreram cerca de 2 km com destino a
propriedade da Dona Maria do Chá, tendo com horário de chegada as 14h30m e de
saída as 15h30m.
Na sequencia, os mesmos seguirão na direção oeste da ainda na Estrada
Geral da comunidade até a comunidade de Cotovelo, onde se localiza o Morro da
Moça, tendo como previsão de chegada as 16h15m e de saída 17h, já que o
próximo destino será na Cachaçaria Daboit. Localizada na Rodovia José Tiscoski no
sentido leste da mesma. Como horário previsto para chegada à cachaçaria, pensou-
se as 17h30m. Durante a parada na Cachaçaria, os cicloturistas poderão degustar o
caldo de cana produzido na propriedade, além de terem a oportunidade de
adquirirem informações sobre o desenvolvimento histórico da Cachaçaria.
Retomando ao percurso proposto neste roteiro, os participantes deverão
retornar à Rodovia José Tiscoski onde seguirão no sentido Leste até chegarem a AV.
Getúlio Vargas na entrada do Bairro Nova Brasília, Sombrio (SC), até o ponto que
liga a Rodovia José Tiscoski à AV. Pref. Francisco Lumertz Junior. Adentrando a
esquerda seguirão o Instituto Federal Catarinense- IFC. Por fim todos seguirão pela
Rua Aires de Medeiros de Souza, à direita retornando ao Centro de Informações,
tendo como horário previsto de chegada ao Centro de Informação às 19h.
O Mapa 03 ilustra, de maneira clara, o mapa do percurso:
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Mapa 03 - Roteiro Um Drink a Moça dos Morros
Fonte: Autor, 2016.
Como já mencionado, este roteiro apresenta um nível de maior esforço físico
a seus participantes devido à distância a ser percorrida entre suas subidas íngremes
e estradas de chão batido. Tendo também, sugestões de horários entre as paradas
para melhor aproveitamento do percurso, onde este percurso apresenta um roteiro
de mais ou menos 12h.
5.2.4 Quarto Roteiro: Meu Sol, Minha Praia
Percurso total: 42,9 km, entre ida e volta - nível 2.
Horário de saída: 7h da manhã.
Destaques do roteiro: Calçadão Cultural e Igreja Matriz Santo Antônio de
Pádua, Sombrio (SC), Lagoas de Balneário Gaivota e suas belezas naturais.
Valor: R$ 100,00 por pessoa (As crianças até onze anos de idade, somente
poderão realizar o percurso se acompanhadas pelos pais ou por um responsável
legal). Ressalta-se que para que este roteiro seja realizado, será necessário no
mínimo valor de R$ 400,00, caso aja o interesse de se fazer este roteiro com uma
pessoa.
No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia
turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;
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itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água, e
cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade).
O quarto roteiro é aqui apresentado como uma opção de turismo de Sol e
Praia e possui ligação direta entre os municípios de Sombrio e Balneário Gaivota e
tem como opção de saída o período matutino, já que uma das opções é almoçar no
Balneário Gaivota, ou no período vespertino com retorno ao município de Sombrio
no final da tarde. Em relação ao nível deste percurso, pode-se dizer que o mesmo
constitui-se de uma rota de nível 02, uma vez que a mesma não se apresenta tão
leve quando comparada com o primeiro roteiro proposto neste estudo e por não
fazer uso de subidas íngremes quanto o roteiro 03.
O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do
estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII. A
primeira parada dar-se-á no: Complexo Esportivo Sant’Helena na Av. Nereu Ramos
ao lado esquerdo e no sentido Norte da mesma.
Em seguida os cicloturistas irão se dirigir ao próximo ponto de parada,
seguindo ao lado direito, no sentido Sul ainda na Av. Nereu Ramos. Neste trecho os
mesmos poderão visualizar o Fórum da Comarca de Sombrio que fica instalado ao
lado esquerdo da avenida. Mais adiante os mesmos farão parada ao lado direito da
avenida, no Hotel Maria Rita, instalado na esquina com a Rua Santo Antônio. Ao
seguirem adiante ainda na Rua Santo Antônio os participantes do roteiro, terão a
oportunidade de realizarem parada na Casa de Cultura de Sombrio. Retornando
para a Avenida Nereu Ramos, todos seguirão pela mesma, no sentido Sul até a
rótula central no intuito de adentrar na Av. Getúlio Vargas, onde se localiza o
Calçadão Cultural do município e a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua (ambos no
sentido Leste).
Depois de realizada as paradas no Calçadão Cultural de Sombrio e na Igreja
Matriz, todos se deslocarão a esquerda da Igreja Matriz pela Rua João Reitz com
ligação a Rod. Pref. José Tiscoski, onde os mesmo seguirão, também a esquerda no
sentido leste da rodovia.
Logo após os 200 primeiros metros de pedalada pela Rod. Pref. José
Tiscoski, é possível observar o Sistema de Tratamento de Água e Esgoto do
Município de Sombrio (SAMAE). Mais adiante, seguindo no sentido leste da rodovia,
após percorrer 2,6 km se chegará à comunidade de Lagoa de Fora, comunidade
esta que é pertencente ao município de Balneário Gaivota.
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Ao chegarem à comunidade de Lagoa de Fora, os cicloturistas adentrarão a
direita da rodovia no sentido sul, no intuito de chegarem a uma das lagoas existentes
no entorno do município do Balneário. Ressalta-se que na lagoa os memsos
observarão adeptos do esporte de jet ski, que fazem uso da lagoa em competições.
Para acessar os perímetros da lagoa, faz-se necessário o acesso por meio de uma
propriedade particular.
Na sequencia, objetivando retornar ao percurso proposto, os cicloturistas
retornarão à Rodovia José Tiscoski e seguirão desta vez no sentido leste da mesma.
Rumo à próxima parada, os mesmos adentrarão a direita da rodovia, na Estrada
Municipal Manuel Domingos e seguirão no sentido sul, onde visualizarão a
Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), logo mais a frente o Centro de Eventos,
também à direita, o Sítio do Cássio, local de propriedade particular, que promove
eventos e locações do ambiente para festas.
Fazendo um percurso de 6 km ida e volta até a parte sul da lagoa, os
cicloturistas deverão retornar a Rodovia José Tiscoski e seguir novamente no
sentido leste da mesma até chegarem a Av. Interpraias, no Município de Balneário
Gaivota. Fazendo a sequencia do percurso, os participantes do mesmo deverão
encaminhar-se até a AV. Crispim João Pereira, popularmente conhecido como 4ª
Avenida. Da quarta avenida seguirão no sentido leste até a Av. Beirar.
Por conta disto, neste roteiro teremos 4,87 km de AV. Beira Mar, passando por
restaurantes, lanchonetes, quadras de esporte, lojas e entre outros atrativos, que
estão localizados na mesma. Após seguirem pela Avenida Beira Mar no sentido
norte, se chega a Rua da Lagoa, onde se terá acesso à Lagoa Cortada. Este lugar,
embora seja uma propriedade particular está sempre aberta ao público que se
dispuser a ir conhecê-la. Nas dependências da Lagoa Cortada, há um camping
grande, banheiros e uma área de banho considerada segura para os banhistas, o
que torna a parada ainda mais atrativa.
Ao saírem da Lagoa, todos seguirão no sentido Sul pela Rod. Interpraias até
chegarem na AV. Santa Catarina que dá acesso a AV. Guanabara, local onde se
localiza a Prefeitura Municipal de Balneário Gaivota e sua Câmara Municipal de
vereadores. Logo após, ao adentrarem na Rua Espírito Santo à direita e depois à
esquerda para retornar a Rodovia José Tiscoski sentido oeste, no intuito de
retornarem ao município de Sombrio. Porém antes de chegarem a Sombrio, na
comunidade de Lagoa de Fora, novamente terão acesso à Estrada Geral Albino
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Manoel de Souza, onde seguirá no sentido norte objetivando a chegada ao CTG Sul
Catarinense. Para isso farão um percurso com cerca de 3 km de ida e volta entre a
Rodovia José Tiscoski e a Estrada Geral Albino Manoel de Souza.
Ao término da parada no CTG, os envolvidos no percurso deverão retornar a
rodovia que liga Sombrio à Balneário Gaivota, para assim retornarem ao município
de Sombrio, aonde chegarão pela Rua Padre João Reitz até chegarem a AV. Nereu
Ramos, onde poderão visitar a Prefeitura Municipal de Sombrio. Na sequencia
retornarão pela Av. Nereu Ramos no sentido norte, até a AV Getúlio Vargas onde
entraram a esquerda no intuito de poderem voltar no sentido Oeste da mesma. Os
cicloturistas passarão por algumas agencias bancárias como o Banco do Brasil,
Caixa Econômica e o Sicoob.
Saindo da Av. Getúlio Vargas, os mesmos adentraram a Rodovia Prefeito
José Tiscoski passando ao lado do Supermercado Giassi até chegarem à via lateral
da BR 101, Rua Teodoro Rodrigues de Oliveira, sentido Norte até chegarem ao
Sombrio Moda Shopping, localizado as margens da BR 101 a direita da rodovia
federal. Na sequência, seguirá no sentido Norte até chegarem ao trevo do Outlet.
Novamente os mesmos seguirão pela via local, só que agora no sentido Sul e
adentrarão a direita na Rua Adolfo Tiscoski onde seguirão no sentido Oeste até a
primeira rótula e seguirão pela Av. Pref. Francisco Lumertz Júnior, sentido Norte
objetivando a parada no Instituto Federal Catarinense.
Por fim, todos seguirão pela Rua Aires Medeiros de Souza até chegarem ao
ponto de partida do roteiro, no Centro de Informações. O Mapa 04 mostra, de
maneira clara o quarto roteiro:
89
Mapa 04 - Roteiro Meu Sol, Minha Praia
Fonte: Autor, 2016.
O quarto roteiro aqui apresentado, além dos aspectos culturais, mostra as
belezas naturais que envolvem os municípios de Sombrio e Balneário Gaivota.
5.2.5 Quinto Roteiro: Ruralidade e Cachoeira
Percurso total: 53,4 km, entre ida e volta, nível 2.
Horário de saída: 7h, matutino.
Destaques do roteiro: Comunidades Rurais, Museu Rural e Cachoeira Linha
Rovaris.
Valor: R$ 125,00 por pessoa (As crianças até onze anos de idade, somente
poderão realizar o percurso se acompanhadas pelos pais ou por um responsável
legal). Ressalta-se que para que este roteiro seja realizado, será necessário um
valor mínimo de R$ 500,00, sendo que haja a possibilidade de algum turista querer
fazer a este roteiro com menos de quatro pessoas.
No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia
turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;
itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água, e
cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade), café da manhã e almoço.
O quinto roteiro é aqui apresentado como uma proposta turística entre as
comunidades rurais e suas potencialidades de atrativos turísticos. O mesmo possui,
90
ainda, ligação direta entre os municípios de Sombrio, Ermo e Jacinto Machado, por
isso se pensa como opção de saída do percurso no período matutino, mais
precisamente a partir das 7h da manhã, disponibilizando aos cicloturistas a
possibilidade de passar mais tempo no roteiro, por meio de um almoço sugerido no
Restaurante Delícias e Companhia, no Município de Jacinto Machado (SC), com
retorno ao final da tarde.
Como já mencionado sobre a formação dos níveis do percurso do roteiro, este
também será classificado como um percurso de nível 02, uma vez que o mesmo não
se apresenta como um percurso leve se comparado com o roteiro 01, e não exigindo
tanto esforço físico com subidas íngremes como o que propõe o roteiro 03.
O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do
estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII.
Virando a esquerda no sentido norte pela via lateral da BR 101, Rua Quintino
Manuel Domingos, todos poderão, mais adiante, visualizar a fabrica de sorvetes Q
Mexe.
Dando sequencia ao percurso, os mesmos continuarão pedalando por cerca
de 01 km até chegarem a Rua Três H no Bairro Guarita onde deverão entrar a
esquerda em uma estrada de chão batido. Desta forma, os integrantes do percurso
terão acesso à primeira comunidade a ser visitada por essa rota a comunidade de
Sanga Negra. Neste local, todos poderão observar um local onde se fazem carreira
de cavalos, um campo de futebol, cujas práticas de atividades esportivas são
bastante frequentes.
Ao continuarem seguindo ainda pela estrada geral, os cicloturistas farão a
próxima parada na comunidade do Maracanã, onde farão parada no Sitio Frezza por
volta das 8h da manhã, para tomarem um café colonial e conhecer um pouco mais
da história de toda a região. Ao término do café da manhã, todos serão
encaminhados no sentido oeste da Estrada Geral objetivando-se a chegada à
comunidade de Vista Alegre onde há o Museu Rural, cuja parada se programa para
às 09h30m.
Passando pela comunidade de Vista Alegre, seguindo ainda no sentido oeste,
chegar-se-á à comunidade de Agua Branca, que é a divisa dos municípios de Ermo
e Jacinto Machado. A comunidade de Agua Branca, além das plantações de fumo,
arroz e milho, ainda dispõem de transmissores de rádio AM a chamada Rádio Itaúna.
91
Para chegarem ao município de Jacinto Machado, todos deverão deixar a
estrada de chão batido, e adentrar em uma estrada com calçamento na AV. Egídio
Tomasi à esquerda até a AV. Padre Herval Fontanella, onde poderão visualizar o
Complexo Esportivo Albino Zanatta. Seguindo para o Restaurante Delícias e
Compania para poderem almoçar às 12h. Logo após o almoço, todos irão até a
Empresa Bixo do Mato Ecoturismo (Empresa especializada em guias turísticos).
As 13h serão todos encaminhados ao Museu Municipal de Jacinto Machado,
localizado na Rua Governador Celso Ramos. Depois de realizada a visita ao museu,
todos seguirão o roteiro até a Cachoeira da Gruta de Nossa Senhora de Lurdes no
Bairro Linha Rovaris, com acesso pela Rua Sílvio Boff, no sentido oeste até a Rua
Carlos Rovaris, onde deverão entrar a esquerda, no intuito de chegarem à mesma
por volta das 15h e tendo como saída prevista da cachoeira às 16h pela mesma rota
realizada na ida objetivando a volta ao centro de Jacinto Machado, por meio da
ligação pela Rodovia Pref. José Tiscoski com sentido a Cachaçaria Daboit, no
sentido leste da mesma.
Programou-se para se chegar a Cachaçaria Daboit as 17h30m. Após
degustarem o caldo de cana e conversarem sobre a propriedade, todos retornarão
ao Centro de Informações, pela Rodovia José Tiscoski até chegar a AV. Getúlio
Vargas na chegada do Bairro nova Brasília em Sombrio, onde seguirão até a
esquina com a AV. Pref. Francisco Lumertz Junior, onde entram à esquerda e
seguirão até o Instituto Federal Catarinense- IFC.
Para finalizar este roteiro, todos deverão seguir pela Rua Aires de Medeiros
de Souza no intuito de retornarem ao Centro de Informações por volta das 19h. O
Mapa 05 mostra, de maneira clara e objetiva o quinto percurso:
92
Mapa 05 - Roteiro Ruralidade e Cachoeira
Fonte: Autor, 2016.
O quinto roteiro proposto neste estudo, objetiva realizar passeios por algumas
das várias comunidades rurais existentes entre os municípios de Sombrio, Ermo e
Jacinto Machado, mostrando seus seguimentos agrícolas, culturais e gastronômicos.
Não deixando de ressaltar suas potencialidades no que diz respeito aos atrativos
naturais disponíveis nas propriedades particulares visitadas.
Acerca dos níveis de percurso do roteiro, ressalta-se que este também será
classificado por meio do nível 02, uma vez que o mesmo não se apresenta de
maneira tão leve, principalmente se comparado ao roteiro 01 e não tão complicado
se comparado com o roteiro 03, no qual se necessita maior esforço físico.
5.2.6 Sexto Roteiro: Cachoeiras dos Canyons
Percurso total: 93,4 km, entre ida e vota, nível 3.
Horário de saída: 7h, matutino.
Destaques do roteiro: Comunidades Rurais, Museu Rural, Cachoeiras e
Pousadas dos Canyons.
Valor: R$ 230,00 por pessoa (As crianças até onze anos de idade, somente
poderão realizar o percurso se acompanhadas pelos pais ou por um responsável
legal). Ressalta-se que para que este roteiro seja realizado, será necessário um
93
valor mínimo estimado em R$ 690,00, caso haja o interesse de realização deste
roteiro com menos de quatro pessoas.
No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia
turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;
itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água),
café da manhã, dois almoços e pernoite com café da manhã.
O sexto roteiro é aqui apresentado como uma proposta turística entre as
comunidades rurais e suas potencialidades de atrativos turísticos. O mesmo possui,
ainda, ligação direta entre os municípios de Sombrio, Ermo e Jacinto Machado, por
isso se pensa como opção de saída do percurso no período matutino, mais
precisamente a partir das 7h da manhã, disponibilizando aos cicloturistas a
possibilidade de passar mais tempo no roteiro, por meio de um almoço sugerido no
Restaurante Delícias e Compania, no Município de Jacinto Machado (SC), com
retorno ao final da tarde.
Como já mencionado sobre a formação dos níveis do percurso do roteiro, este
será classificado como um percurso de nível 03, uma vez que o mesmo não se
apresenta como um percurso leve se comparado com o roteiro 01, exigindo do
ciclista um condicionamento físico mais apurado devido à distância do percurso e
com suas subidas íngremes.
O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do
estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII.
Virando a esquerda no sentido norte pela via lateral da BR 101, Rua Quintino
Manuel Domingos, os mesmos poderão, mais adiante, visualizar a fabrica de
sorvetes Q Mexe.
Dando sequência ao percurso, os mesmos continuarão pedalando por cerca
de 01 km até chegarem a Rua Três H no Bairro Guarita onde deverão entrar a
esquerda em uma estrada de chão batido. Desta forma, os integrantes do percurso
terão acesso à primeira comunidade a ser visitada por essa rota a comunidade de
Sanga Negra. Neste local, todos poderão observar um local onde se fazem carreira
de cavalos, um campo de futebol, cujas práticas de atividades esportivas são
bastante frequentes.
Ao continuarem seguindo ainda pela estrada geral, todos farão a próxima
parada na comunidade do Maracanã, no Sitio Frezza por volta das 8h da manhã,
para tomarem um café colonial e conhecer um pouco mais da história de toda a
94
região. Ao término do café da manhã, todos serão encaminhados no sentido oeste
da Estrada Geral objetivando-se a chegada à comunidade de Vista Alegre onde há o
Museu Rural, cuja parada se programa para às 09h30m.
Passando pela comunidade de Vista Alegre, seguindo ainda no sentido oeste,
chegar-se-á à comunidade de Agua Branca, que é a divisa dos municípios de Ermo
e Jacinto Machado. A comunidade de Agua Branca, além das plantações de fumo,
arroz e milho a mesma possui ainda transmissores de rádio AM a chamada Rádio
Itaúna.
Para chegarem ao município de Jacinto Machado, os cicloturistas deverão
deixar a estrada de chão batido, e adentrar em uma estrada com calçamento na AV.
Egídio Tomasi à esquerda até a AV. Padre Herval Fontanella, onde poderão
visualizar o Complexo Esportivo Albino Zanatta. Seguindo para o Restaurante
Delícias e Compania para poderem almoçar às 12h. Logo após o almoço, todos irão
até a Empresa Bixo do Mato Ecoturismo que é, neste projeto, uma parceria.
As 13h serão todos encaminhados ao Museu Municipal de Jacinto Machado,
localizado na Rua Governador Celso Ramos. Depois de realizada a visita ao museu,
todos seguirão o roteiro até a Cachoeira da Gruta de Nossa Senhora de Lurdes no
Bairro Linha Rovaris, com acesso pela Rua Sílvio Boff, no sentido oeste até a Rua
Carlos Rovaris, onde deverão entrar à esquerda, no intuito de chegarem à cachoeira
por volta das 15h e tendo como saída prevista da mesma às 16h.
Após contemplarem as belezas provindas da cachoeira da Gruta de Nossa
Senhora de Lurdes, todos seguirão o roteiro por mais 16 km objetivando a chegada
a Pousada Vida Artesanal onde os mesmos terão a opção de pernoitar. Para melhor
entendimento do trajeto que será realizado entre a cachoeira da Gruta de Nossa
Senhora de Lurdes até a pousada Vida Artesanal, far-se-á a seguir o detalhamento
da rota proposta.
Ao saírem da cachoeira, os cicloturistas deverão retornar pela Estrada Geral
Linha Rovaris no sentido sul até chegarem a Estrada Municipal Serra da Pedra,
onde terá a oportunidade de chegarem, caso haja interesse, na loja Só Artesanato
que vende souvenirs, para ajuda na renda familiar. Mais adiante seguindo ainda ao
lado direito da rua pode-se avistar a represa da Linha São Pedro, que além de servir
como reservatório de água para a irrigação do arroz serve, também, para os
banhistas tomarem banhos nas épocas de verão.
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Ao seguirem rumo à comunidade da Serra da Pedra no sentido sul, passarão
em frente à Pousada Cechinel. Adentrando a esquerda pela Estrada Geral Tigre
Preta que dará acesso à Pousada Vida Artesanal com o horário previsto para as
18h. Neste local se fará o check in, e a pernoite, se assim for o pacote de adesão
feito pelos clientes.
No dia seguinte, após o café da manhã, far-se-á o check out e iniciará a saída
para o Morro do Carasal pela Estrada Municipal Engenho Velho no sentido sul da
mesma, objetivando a chegada ao mirante do Engenho Velho por volta das 9h, onde
se pode visualizar o Canyon Fortaleza, a Serra Geral e o Morro do Carasal. A saída
do mirante está prevista para as 9h40m.
Retornando a Estrada Municipal Engenho Velho, todos seguirão por
aproximadamente 6 km até chegarem a Cachoeira Do Burin por volta das 10h 15m e
propõe-se a permanência no local até às 11h. Ao prosseguirem pela Estrada
Municipal Engenho Velho, no sentido norte, os mesmos passarão pela comunidade
da Linha São Pedro, chegando até a Rua José Rico, onde passarão em frente ao
CTG Recanto da Gávea, na comunidade do Bairro Gávea em Jacinto Machado.
Seguindo até a Rua Governador Celso Ramos no sentido leste, passarão em
frente à empresa de Balas de Banana Índia e mais adiante chegarão ao Restaurante
Central onde terão a oportunidade de almoçar por volta das 12h e permanecerão no
restaurante até as 13h. Na sequência, os participantes do trajeto proposto seguirão
em direção a Cachaçaria Daboit, por meio da Rodovia Pref. José Tiscoski no sentido
leste da rodovia, tendo como chegada à mesma às 14h. Após degustarem o caldo
de cana produzido na propriedade e conversarem acerca do desenvolvimento
histórico da mesma, os cicloturistas retornarão ao CIT, pela Rodovia José Tiscoski
até chegar a AV. Getúlio Vargas na chegada ao Bairro nova Brasília em Sombrio
(SC), até a esquina com a Av. Pref. Francisco Lumertz Junior, na qual deverão
adentrar a esquerda objetivando a chegada ao Instituto Federal Catarinense- IFC.
Por fim, os mesmos encaminhar-se-ão até o CIT pela Rua Aires de Medeiros de
Souza.
O Mapa 06 mostra o percurso total proposto neste roteiro:
96
Mapa 06 - Roteiro Cachoeiras dos Canyons
Fonte: Autor, 2016.
Além dos roteiros propostos neste projeto, há uma carta com outras opções
de roteiros complementares oferecidos pela Empresa Bixo do Mato Ecoturismo, os
quais podem ser verificados através do site www.bixodomatoecotur.com.br/contato,
ou pelo telefone (48) 3535 1947 para maiores informações.
5.3 Bicicletas, equipamentos e acessórios de segurança.
Visando êxito na execução do projeto, proposto neste trabalho, buscou-se por
equipamentos de qualidade em lojas localizadas no município de Sombrio (SC). Em
busca por uma loja que atendesse as necessidades do projeto no que diz respeito
aos equipamentos utilizados no mesmo, encontrou-se a loja Baike Mania, localizada
na Rua Aires de Medeiros de Souza, n° 246, Bairro Januária, Município de Sombrio
(SC), que se propôs a firmar parceria no projeto. Desta forma a loja Baike Mania
disponibilizará oito bicicletas para adultos e duas bicicletas infanto-juvenis, além, é
claro, de disponibilizar, também, os equipamentos de segurança. Para que o projeto
possa ser efetivado e em troca o proprietário da loja terá como retorno alguma
porcentagem na venda dos roteiros (exposto nos capítulos a seguir).
Ressalta-se que todas as bicicletas e os equipamentos disponibilizados pela
loja (expostos nos capítulos a seguir) ficarão a disposição no CIT e que o
proprietário da loja e sua equipe ficarão encarregados de realizar a manutenção das
97
bicicletas sempre que necessário, além de disponibilizar um carro de apoio aos
cicluturistas.
A Imagem 27 mostra a fachada da Loja Baike Mania:
Imagem 27 - Loja Baike Mania
Fonte: Autor, 2016.
Qualquer bicicleta pode ser utilizada para se realizar uma viagem, todavia
para que a viagem seja de fato prazerosa é necessário que se faça uso de bicicletas
adequadas para realização dos roteiros propostos. Há que se destacar que,
atualmente, a melhor opção de bicicleta para se realizar o cicloturismo é a mountain
bike, que além de ser uma ótima opção para realização dos roteiros pensados neste
projeto, ainda é composta por peças com alta resistência e durabilidade de fácil
acesso.
A Imagem 28 mostra uma bicicleta de modelo Mountain bike a ser utilizada
neste projeto:
98
Imagem 28 - Bicicleta modelo Mountain Bike
Fonte: Autor, 2016.
Com a popularização deste modelo de bicicleta para as atividades de ciclo
turismo também expostas neste projeto, alguns equipamentos são considerados
como essenciais para melhor segurança e desempenho do cicloturista, tornando-se
básicos como se podem ver as orientações a seguir:
Quadro: O melhor material usado para essa parte da bicicleta mountain bike é o
cromo-molibdênio, pois é forte, relativamente leve e pode ser soldado facilmente.
Estas caraterísticas superam os quadros de alumínio, pois, em uma grande viagem,
carrega-se muito equipamento, e a leveza do alumínio torna-se irrelevante.
Entretanto, em viagens curtas e médias o alumínio pode ser usado tranquilamente.
As bicicletas desta linha fabricadas no Brasil geralmente possuem quadros feitos
para pessoas altas. Como curiosidade há uma forma simples para checar o tamanho
do quadro ideal para cada pessoa, quando for comprar uma bicicleta. Fique em pé,
com o quadro da bicicleta entre suas pernas, e a distância entre sua virilha e o
quadro deve ser de uns quatro dedos.
Freios: A maior parte dos modelos de bicicletas mountain bikes já vem com bons
freios, geralmente V-break ou até disco. Ambos são excelentes, mas com
características diferentes. Os V-breaks têm grande poder de frenagem, mas sofrem
desgaste prematuro das sapatas principalmente num dia de chuva em caminho de
99
terra ou chão batido. Outra desvantagem é que perdem facilmente a regulagem com
a mínima torção do aro. Já os freios a disco são superdimensionados para as
atividades de cicloturismo.
Câmbio: Uma bicicleta com 21 marchas já é suficiente para uma viagem, entretanto
as bicicletas de hoje já vêm com câmbio de 24 marchas. Existem várias marcas e
modelos de câmbios, e diferentes qualidades de material. A marca bastante segura e
usada em nosso projeto é a marca Shimano, pois é a maior do mundo e com melhor
custo-benefício em qualquer grupo. O peso da relação com câmbio é irrelevante
para o ciclo turista, mas a durabilidade é essencial, proporcionado maior conforto.
Amortecedores: Os amortecedores não são essenciais em uma viagem, porém um
bom amortecedor dianteiro pode auxiliar em viagens longas sobre estradas de terra.
Amortecedores traseiros são desaconselháveis, assim como amortecedores
dianteiros de baixa qualidade.
Pedaleira: O local onde se coloca os pés, que ao fixar os pés nos pedais, o ciclista
pode forçar a descida de um pedal ao subir o outro pedal. Desta forma o ciclista
diversifica a utilização da musculatura ganhando energia e velocidade. Existem
sapatos especiais que se fixam automaticamente nos pedais. Eles são caros e
desconfortáveis para longas distâncias ou caminhadas. Existe, entretanto, um
equipamento bem barato chamado de pedaleira (ou firma pé), que amolda em
qualquer calçado que o ciclo turista esteja utilizando, proporcionando maior conforto.
Aros: Na atualidade, quase todas as bicicletas possuem aros de alumínio. É
importante tentar conseguir um com parede dupla e reforçada para receber os raios
que seriam ideais se fossem feitos em aço inoxidável para maior resistência de
atrito.
Pneus: Neste quesito não se pode tentar economizar, pois os pneus tem que
aguentarem uma grande pressão como 70 a 80 libras. Tendo em vista que a maioria
dos roteiros de longa distância é em estradas de terra, o diâmetro do pneu nem
precisa ser muito largo entre 26X1,75 a 26X2,00.
100
Selim (banco): Os selins (bancos), originais geralmente não são adequados para
pedalar longas distâncias. Há selins de vários tamanhos e modelos, com gel, com
molas ou amortecedores, em couro, de titânio, e assim por diante. Uma pessoa só
poderá reconhecer o melhor, no momento em que o experimentar, entretanto há
alguns princípios que devem ser considerados na escolha:
Superfície de contato: Apesar de parecer mais confortável, quanto maior o
selim, maior sua superfície de contato, diminuindo a ventilação e aumentando a
região a ser atingida pela abrasão;
Excessivo movimento: As molas, amortecedores ou mesmo uma camada de
gel excessiva podem causar um movimento extra que aumenta a abrasão.
O selim escolhido neste projeto é de tamanho médio a pequeno, com gel e
sem molas, proporcionando maior desempenho e conforto.
Acessórios
Nos mais variados roteiros já existentes no mundo são quase impossíveis
encontrar uma bicicleta totalmente preparada para fazer uma viagem sem que seja
preciso acrescentar este ou aquele detalhe. Aqui está alguns dos principais
acessórios necessários a segurança:
Acessórios de segurança: Atualmente acredita-se que o maior fator para se
promover a segurança não está nos equipamentos e sim na atenção e observação
das pessoas, que ao pedalar sem pressa ou com qualquer tipo de estresse ou
distração há maior cuidado. Refletivos nos pedais, na frente, atrás e dos lados da
bicicleta, são equipamentos obrigatórios, assim como campainha e o espelho
retrovisor do lado esquerdo. Não obrigatórios, mas importantíssimos, são as luvas e
o capacete. A Imagem 29 mostra alguns acessórios de segurança:
101
Imagem 29 - Sinalizadores noturno de segurança para bicicleta
Fonte: Autor, 2016.
Todos os acessórios de segurança tornam-se indispensáveis quando se
tratam de prevenção e cuidados para evitarem os acidentes, promovendo então uma
viagem prazerosa aos seus adeptos. Outro acessório de adaptação sugerido neste
projeto, a cadeira para crianças com idades equivalentes de um a cinco anos como
mostra a Imagem 30:
Imagem 30 - Cadeira de criança para bicicleta
Fonte: Autor, 2016.
102
A proposta de acréscimo deste acessório em nosso projeto é possibilitar a
todos, inclusive famílias que tenham crianças pequenas a possibilidade de
realização de alguns dos roteiros aqui apresentados, promovendo assim o bem estar
da família.
5.3.1 Orçamentos das bicicletas, equipamentos e acessórios de segurança
Para melhor entendimento dos custos das bicicletas e acessórios mostrados
neste projeto, se faz necessário à especificação detalhada como mostra a Tabela 01:
Tabela 01 - Orçamento das bicicletas e acessórios ITEM QUANTIDADE VALOR
UNITÁRIO (R$)
VALOR TOTAL
(R$) BICICLETA COMPLETA ADULTO
08 1 025,91 8 207,28
BICICLETA COMPLETA INFANTO JUVENIL
02 1 139,05 2 278,10
CAPACETE SEGURANÇA ADULTO
08 179,90 1 439,20
CAPACETE SEGURANÇA INFANTO JUVENIL
02 179,90 359,80
CADEIRINHA 02 159,99 319,98
VALOR TOTAL (R$) 12 604,36
Fonte: Autor, 2016.
A Tabela 01 tem como objetivo um melhor entendimento de custos entre os
preços das bicicletas e seus acessórios aqui expostos neste projeto, mostrando
também o valor total de contribuição da Loja Baike Mania como parceiro.
5.4 Centro de Informações Turística e espaço das bicicletas
O turismo surge no mundo como uma atividade de desenvolvimento
econômico em varias áreas, no qual sua exploração vem agregando adeptos a esse
segmento mercadológico. O Brasil sendo um país de diversidade e belezas naturais
a serem exploradas, vem sendo alvo de mudanças onde também se segue o mesmo
rumo, no qual empresários da iniciativa privada, juntamente com administrações
públicas estão de certa forma tornando a atividade turística uma das principais
103
fontes de renda em algumas cidades. A demanda turística nas pequenas cidades,
em algumas situações, pode também ser classificada como referente ao turismo
alternativo, pois muitas vezes recebe um número moderado de turistas, devido à
capacidade de demanda dos locais. Pode-se afirmar que, algumas vezes, a forma
com que o turismo acontece se torna indiferente, pois os indivíduos praticantes da
atividade contemporânea são caracterizados pela busca da natureza e de uma
vivência diferenciada da sua rotina atual e muitas vezes encontram suas atividades
representadas em mais do que uma tipologia turística.
Nesse contexto, algumas atividades que representam os novos olhares para o
turismo, especialmente no Brasil, podem ser percebidas por meio de atividades
como o cicloturismo e sua expansão nos últimos anos. Dessa forma, o
desenvolvimento deste tipo de atividade em pequenos municípios pode ser o vetor
de ampliação de outras atividades relacionadas, como a hotelaria, a gastronomia e
toda a cadeia de comércio e serviços do município.
Nesta perspectiva, um exemplo de atividade contemporânea que se
desenvolve em municípios de pequeno porte pode ser verificado pelo cicloturismo no
município de Timbó, em Santa Catarina, localizado no Vale Europeu, onde
compreende a importância do desenvolvimento da atividade turística como uma
forma de agregar rentabilidade e a economia do município e comunidades
envolvidas.
Assim, a partir desse contexto, uma série de serviços de apoio ao turismo
também se desenvolvem numa consequência de geração de emprego e renda,
como a prestação de informações turísticas e a promoção dos destinos por meios de
divulgação, sendo possível realizar também a qualificação dos profissionais ligados
à área. Nesse sentido, além dos roteiros expostos neste projeto, cabe salientar
sobre a importância de implantação de um CIT, espaço este que ganha destaque
como parte integrante da consolidação do destino, auxiliando de forma fundamental
na recepção do turista. A Imagem 31 mostra o espaço há ser restaurado para a
implantação do Centro:
104
Imagem 31 - Espaço para implantação do CIT
Fonte: Autor, 2016.
A ideia de utilização deste espaço se dá numa proposta de articulação de
parceria entre público e privado, arquitetando uma aproximação entre Prefeitura
Municipal de Sombrio, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Tecnológico e Turismo, Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Avançado
Sombrio, Loja Baike Mania e o complexo Shopping Outlet Japonês. Ainda, há que se
considerar a utilização de terceirizado (Bixo do Mato Ecoturismo) em algumas
atividades.
Quanto á contratação dos estagiários propõe-se que sejam alunos
regularmente matriculados no Curso de Tecnologia em Gestão de Turismo do IFC,
sendo pagos pela Prefeitura Municipal de Sombrio, já a administração dos valores
arrecadados com a venda dos roteiros e a manutenção do CIT, propõe-se que o
Shopping Outlet Japonês seja o responsável.
Para melhor entendimento acerca da distribuição dos recursos financeiros
provindos da venda dos roteiros, apresenta-se a seguir a Tabela 02:
105
Tabela 02 - Distribuição dos recursos financeiros ITEM PORCENTAGEM (%) CAPITAL DE GIRO 10%
MANUTENÇÃO DO ESPAÇO 10%
AQUISIÇÃO DE NOVOS EQUIPAMENTOS 10%
PREFEITURA MUNICIPAL 25%
BIKE MANIA 15%
OUTLET JAPONÊS 15%
GUIA TURÍSTICO 15%
TOTAL% 100%
Fonte: Autor, 2016.
A administração da distribuição dos recursos financeiros dar-se-á pelo
Shopping Outlet Japonês, devido aos entraves burocráticos acerca dos repasses
financeiros feitos pela União.
O espaço sugerido na Imagem 31 possui uma dimensão de 25 m² e banheiro
pronto para uso. Atualmente o mesmo é utilizado como um local de guarda entulhos
(materiais de limpeza e frascos de filtros vencidos), pelo posto de combustíveis, e
está localizado dentro do pátio do Shopping Outlet Japonês, Bairro Januária, em
Sombrio (SC), as margens da BR 101. Pensou-se neste espaço devido ao grande
fluxo de turistas que frequentam o local como mostra a Imagem 32:
106
Imagem 32 - Shopping Outlet Japonês
Fonte: Autor, 2016.
O Shopping Outlet Japonês além da parceria com este projeto, concedendo o
espaço do futuro CIT (com retorno de recurso a partir de parte do valor arrecadado
com a venda dos roteiros), oferece também toda a estrutura financeira para devidas
reformas que sejam feitas no mesmo. Possui ainda em suas instalações um posto
de combustível e um restaurante conhecido internacionalmente como Restaurante
Japonês, parada obrigatória de ônibus vindos dos países vizinhos como Argentina e
Paraguai e por realizar seu atendimento no período de 24hs sem fechar aos
domingos ou feriados, sendo um local estratégico para divulgação do projeto.
Outro item importante a ser implantado ao lado do CIT, e em alguns Pontos
Turísticos Culturais centrais do município de Sombrio (SC) aqui apresentados neste
projeto, é o chamado Paraciclo, dispositivo utilizado para a fixação de bicicletas,
podendo ser instalado em áreas públicas ou áreas privadas (ANEXO B), como
mostra a Imagem 33:
107
Imagem 33 - Paraciclo modelo SESC
Fonte: SESC, 2015.
O modelo de Paraciclo aqui exposto foi uma adaptação do Serviço Social do
Comércio (SESC) do estado de Santa Catarina como uma iniciativa ao incentivo do
uso da bicicleta/ou bike à população. Esta instalação é usada para deixar a bicicleta
estacionada de forma segura e segue as normas internacionais de padronização e
segurança, que ainda de acordo com o SESC, as estruturas foram desenvolvidas a
partir das recomendações de entidades como a Association of Pedestrian and
Bicycle Professionals (APBP – USA) e Sustrans - UK. O paraciclo ocupa o mesmo
espaço de um carro e têm capacidade para 12 bicicletas, seu formato de instalação
permite que as bicicletas fiquem acomodadas de forma mais segura, podendo ser
presas pelo quadro e roda entre a calçada e a parte frontal do mesmo, neste caso
tendo sua instalação em via pública.
5.4.1 Orçamentos para restauração do CIT, construção do paraciclo, placa de
identificação do CIT e cerimônia de inauguração1
A Tabela 03 apresentará os materiais que serão utilizados para a restauração
do espaço onde terá o funcionamento do CIT, e custo de mão de obra para
realização dos serviços:
1 Os orçamentos dispostos nesse capítulo foram conseguidos por meio de empresas como Lajosul, JT Materiais de Construção, Lico Materiais de Construção, bem como em empresas especializadas em ferro e outros elementos necessários á construção do paraciclo.
108
Tabela 03 - Orçamento dos materiais para restauração do CIT ITEM QUANTIDADE
OU DIÁRIA
VALOR UNITÁRIO
(R$)
VALOR TOTAL
(R$) TINTA-GALÃO 18L 01 219,90 219,90
TRINCHA SIMPLES (PINCEL) 02 4,79 9,58
ROLO DE PINTURA/ ACESSÓRIOS
02 131,50 263,00
FITA CREPE 50 m 02 17,90 35,80
LIXA DE ALVENARIA 10 1,72 17,20
MÃO DE OBRA 3D 200,00 600,00
VALOR TOTAL (R$) 1.145,48
Fonte: Autor, 2016.
A Tabela 03 tem como objetivo mostrar detalhadamente os preços dos
materiais a serem utilizados, pesquisados nos materiais de construção do município
de Sombrio (SC), mostrando também o valor total orçado para reforma.
A Tabela 04 mostra os materiais a serem utilizados para a construção de um
paraciclo:
109
Tabela 04 - Orçamento dos materiais para construção de um paraciclo ITEM QUANTIDADE
DIÁRIA Kg
VALOR UNITÁRIO
(R$)
VALOR TOTAL
(R$) TUB IND. RED. 05 88,40 441,99
TUB RET. 02 87,10 173,19
VARETA DE SOLDA 02 Kg 15,00 30,00
DISCO FLAP 02 17,90 35,80
PINTURA EPOX - - 150,00
MÃO DE OBRA 5D 250,00 1.250,00
VALOR TOTAL (R$) 2.080,98
Fonte: Autor, 2016.
A Tabela 04 tem como objetivo um melhor detalhamento de valores entre os
materiais a serem utilizados para a construção de apenas um paraciclo, tendo-se
como base de pesquisa lugares que trabalham com este tipo de material dentro do
município de Sombrio.
A faixada de identificação do CIT foi outro item pesquisado entre a melhor
opção a ser desenvolvida, chegando assim à ideia de um impresso digital. Sendo
feito na parte frontal e as duas laterais do CIT, que juntas atingem uma dimensão de
14.5 m², sendo que o valor do m² é R$ 240,00, ficando assim avaliado em R$
3.480,00 o seu total. Assim como as obras de restauração se fazem de grande
importância para o desenvolvimento deste projeto, a Tabela 05 mostra os itens do
mobiliária a serem também elencados no mesmo:
110
Tabela 05 - Orçamento dos mobiliários e utensílios para o CIT ITEM
QUANTIDADE
VALOR UNITÁRIO
(R$)
VALOR TOTAL
(R$) BALCÃO DE ATENDIMENTO C/ VIDRO MODULADO 5MT
01 1.712,85 1.712,85
CADEIRA EXECUTIVA 01 209,90 209,90
ASSENTO PARA PÚBLICO LONGARINA 4 L
01 487,30 487,30
ARMÁRIO DIRETOR 01 1.171,00 1.171,00
LIXEIRAS SELETIVA 4 X 50 L 01 443,00 443,00
NOTEBOOK HP 01 1.399,99 1.399,99
TELEFONE C/ FIO ID. CHAMADAS
01 109,90 109,90
IMPRESSORA 01 360,05 360,05
CÂMERA DIGITAL GO PRO 01 1.870,19 1.870,19
AR CONDICIONADO 18000 BTU
01 2.099,00 2.099,00
PAINEL DE FOTOS 20 F 01 143,98 143,98
VALOR TOTAL (R$) 10.007,16
Fonte: Autor, 2016.
Os materiais expostos nas Tabelas cabem ressaltar, que foram todos
pesquisados no comércio local do município, dando assim maior fortalecimento ao
comércio local. A Tabela 06 mostra os materiais a serem utilizados para as
festividades de inauguração do CIT:
Tabela 06 - Orçamento dos materiais para festa de inauguração do CIT ITEM QUANTIDADE VALOR
UNITÁRIO (R$)
VALOR TOTAL
(R$) FOGOS DE ARTIFÍCIO TIPO GIRÂNDOLA
02 200,00 400,00
REFRIGERANTE FARDO C/6 (2L)
10 19,74 197.40
CAIXA COPO DES. 200 ml c/ 2500 uni.
01 55,00 55,00
SALGADINHO C/100 um. 10 30,00 300,00
VALOR TOTAL (R$) 952.40
Fonte: Autor, 2016.
111
Como forma de melhor expor todos os orçamentos pesquisados para a
implantação deste projeto se faz necessário à utilização da Tabela 07:
Tabela 07 - Orçamento geral para implantação do projeto ITEM VALOR TOTAL
(R$) TABELA 01 ORÇAMENTO DAS BICICLETAS E ACESSÓRIOS
12.604,36
TABELA 02 ORÇAMENTO DOS MATERIAIS P/ RESTAURAÇÃO DO CIT
1.145,48
TABELA 03 ORÇAMENTO DOS MATERIAIS P/ CONSTRUÇÃO DE UM PARACICLO
2.080,98
FACHADA DO CIT 3.480,00
TABELA 04 ORÇAMENTO DOS MOBILIÁRIOS E UTENSÍLIOS P/ CIT
10.007,16
TABELA 05 ORÇAMENTO DOS MATERIAIS P/ FESTA DE INAUGURAÇÃO DO CIT
952,40
VALOR TOTAL (R$) 30.270,38
Fonte: Autor, 2016.
Desta forma, apresentaram-se mais detalhadamente os orçamentos previstos
para a implantação deste projeto, mostrando também a viabilidade com baixo custo
do mesmo.
Quanto aos métodos de divulgação propõe-se que a Diretoria de Turismo do
município de Sombrio os faça por meio de divulgação eletrônica por meio do site da
prefeitura, por exemplo, já que o município está diretamente vinculado a AMESC,
pensa-se que o envolvimento municipal na divulgação dos roteiros será de grande
valia na promoção dos roteiros propostos. Além disso, entende-se a necessidade de
aproximação com outras instituições, organizações não governamentais ou
simplesmente empresas relacionadas à bicicleta como meio de lazer, bem como, em
agências de turismo locais. Destaca-se, contudo que, dada a proporção deste
projeto, estimula-se uma proposta de divulgação como novo Trabalho de Conclusão
de Curso nesta instituição.
112
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A busca por um melhor estilo de vida é o diferencial do século XXl, no qual o
lazer como forma de atividade física ou de contemplação do ócio, é apresentado
como uma ferramenta de cura, propiciando o bem estar e revitalização da força vital
para as pessoas enfrentarem os percalços do dia-a-dia.
O turismo como elemento da sociedade pós-moderna busca por estas
pessoas e exerce destaque na economia nacional, regional e local, isso porque cada
vez mais o ser humano identifica essa necessidade de conhecer locais diferentes do
seu cotidiano. Neste contexto, a movimentação causada pelo turismo pode ter
reflexo positivo, especialmente quando planejado adequadamente, uma vez que as
pessoas que visitam os destinos movimentam uma série de aspectos dentro da
cidade. Desta forma gera-se uma maior arrecadação financeira, além de exercer
influencia na divulgação daquele local, bem como, fazendo com que haja novamente
o retorno do visitante.
O município de Sombrio (SC) está localizado geograficamente em local
privilegiado, uma vez que possui sua proximidade entre litoral e serra, a parques
nacionais, e fazendo parte da Rota Caminho dos Canyons, sendo cortada, ainda por
uma das maiores Rodovias Federais do País, a BR101. O município possui ainda
em seu comércio local três shoppings, que resultam na circulação de vários
visitantes no setor de compras. No entanto, ressalta-se que não há um maior
aproveitamento dos visitantes que circulam pelo local, além do comercio de
compras, mesmo havendo outras possibilidades de exploração dos shoppings.
Cabe então aos gestores responsáveis entre públicos e privados buscarem
formas de maior eficiência para colocar em prática projetos como este, uma vez que
o mesmo pode servir como uma forma de ampliação do desenvolvimento da
atividade turística em todo o município de Sombrio e municípios vizinhos.
Desta forma os seis roteiros aqui propostos foram criados com o intuito de
proporcionar aos turistas possibilidades de atividades de interação, bem como
atividades de lazer aos moradores locais. Com isso tais roteiros procuram
desenvolver a cultura da região e mostrar o que existe para além da região central
ao mesmo tempo em que a aproximação com os municípios limítrofes contribuem
também para a formação de uma gestão do turismo integrada entre municípios.
113
Nesse sentido, este estudo propõe uma interlocução entre a qualidade de
vida que se estabelece a partir do uso de bicicletas e o turismo como elemento de
inclusão social, no qual o esporte e o lazer concebem-se como importantes
ferramentas na promoção efetiva de melhorias na qualidade de vida da população.
Assim, espera-se que o impacto possa ser percebido na saúde das pessoas, no
aumento da expectativa de vida, no uso consciente dos espaços públicos e no
desenvolvimento de uma cultura de paz, tão necessária para o bom convívio social.
Nesse sentido, com a inserção de políticas públicas para o lazer e com o
estrangulamento da mobilidade urbana, a bicicleta passa a ser uma alternativa
condizente ao contexto turístico, ao bem estar e, no caso do projeto proposto, ao
resgate cultural que se estabelece por meio de roteiros inseridos no meio urbano e
rural da região. Assim, espera-se, com este estudo, contribuir para o
desenvolvimento da atividade na região, valorizando a cultura sombriense e
fortalecendo a estrutura social de toda a região do extremo sul catarinense.
6.1 Sugestões para novos trabalhos de pesquisa
Nesta seção do trabalho, apresentam-se algumas sugestões de continuidade
para futuros estudos acerca do tema abordado nesta proposta. Ressalta-se que a
ampliação deste projeto pode acontecer, também, por meio da equipe gestora que
venha a aplicar o mesmo. Sugere-se que a continuidade do projeto proposto pode
desenvolver-se por meio do acréscimo de novos roteiros, de aplicativos tecnológicos
que possam facilitar o desenvolvimento do mesmo, além de poderem criar métodos
de divulgação para os roteiros propostos.
Outra possibilidade de ampliação deste projeto pode ser oriunda do local
onde foi realizado o estágio, em outras palavras, os futuros acadêmicos que
realizem o estágio também na secretária de turismo de Sombrio e tenham acesso a
este estudo podem, caso haja interesse, dar continuidade ao mesmo, mapeando
novos roteiros, por exemplo, acoplando-os a roteiros de outros municípios.
Evidencia-se que além de tudo o que foi proposto neste estudo, entre o
levantamento de pontos turísticos e o mapeamento feito entre eles e a inserção do
CIT, há ainda possibilidades de ampliação deste projeto, que não foram aplicadas
neste estudo devido ao pouco tempo disponível para o desenvolvimento do mesmo.
114
REFERÊNCIAS
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Esporte, Campinas, v. 31, n. 1, p. 41-56, 2009. ANDRADE, J. V.. Lazer: princípios, tipos e formas na vida e no trabalho. Belo Horizonte: Autentica 2001 ANTONELI. Fotos: portal de entrada do CTG Sul catarinense de Balneário gaivota. Disponível em: <http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=115&with_photo_id=60181975&order=date_desc&user=5234243>.Acesso em: 01 nov. 2016. BAHL, M. Planejamento turístico por meio da elaboração de roteiros. In: RUSCHMANN, D. ; SOLHA, K. T. (Org.) Planejamento Turístico. São Paulo: Manole, 2006. P. 298-316. BARRETO, M. . Manual de iniciação ao estudo do turismo. 13ª ed. rev. e atual. Campinas: SP. Papirus, 2003. (Coleção Turismo). BRASIL. Ministério do Turismo. Coordenação Geral de Regionalização. Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil: Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/modulox20operacional_7_roteirizacao_turistica.pdf>. Acesso em: 03 out. 2016. CARVALHO, R. B.; GAIO, R. . Os jogos olímpicos e o turismo. Movimento e percepção, V. 6, N.8, p. 18-28, jan./jun. 2006. Disponível em: <https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=iepaWIXqL6qX8QeIvLnADg#q=Os+Jogos+Ol%C3%ADmpicos+e+o+Turismo:+Uma+Vis%C3%A3o+Socio-Econ%C3%B4mica.+Movimento+%26+Percep%C3%A7%C3%A3o+> Acesso em: 21 dez. 2016 CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA, R. . Metodologia científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CHEMIN, B. F.; ELY, L. I. . Estudo do cenário de desporto e lazer no vale do Taquari/RS. Lajeado/RS: Univates, 2010. CHEMIN, B. F.. Politicas públicas do lazer: o papel dos municípios na sua implantação. 3 ed. Curitiba: Juruá, 2011. CIRCUITO VALE EUROPEU. Sobre o cicloturismo. Disponível em: <http://cicloturismo.circuitovaleeuropeu.com.br/regiao>. Acesso em: 03 set. 2016. CISNE, R. ; GASTAL, S. . Turismo e sua História: Rediscutindo periodizações. In: VI SEMINÁRIO DE PESQUISA EM TURISMO DO MERCOSUL, 2010, Caixas do Sul. Anais eletrônicos... Caxias do Sul: UCS, 2010. Disponível em:
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ANEXOS
ANEXOS A - Modelo de Seguro Individual a ser utilizado neste projeto
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ANEXO B - Orçamento de Materiais a ser utilizado para a construção de um paraciclo