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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CATARINENSE CAMPUS AVANÇADO SOMBRIO MICHEL GREGORINE NICHELE ROTEIROS CICLOTURÍSTICOS: UMA PROPOSTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE O LAZER, A HISTÓRIA E A CULTURA SOMBRIENSE Sombrio (SC) 2016

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CATARINENSE – CAMPUS AVANÇADO SOMBRIO

MICHEL GREGORINE NICHELE

ROTEIROS CICLOTURÍSTICOS: UMA PROPOSTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE O

LAZER, A HISTÓRIA E A CULTURA SOMBRIENSE

Sombrio (SC)

2016

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MICHEL GREGORINE NICHELE

ROTEIROS CICLOTURÍSTICOS: UMA PROPOSTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE

O LAZER, A HISTÓRIA E A CULTURA SOMBRIENSE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão de Turismo, do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense - Campus Avançado Sombrio. Orientador: Prof. Eddy Ervin Eltermann, Me.

Sombrio (SC)

2016

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MICHEL GREGORINE NICHELE

ROTEIROS CICLOTURÍSTICOS: UMA PROPOSTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE

LAZER, A HISTÓRIA E A CULTURA SOMBRIENSE

Esta Produção Técnica-Científica foi julgada

adequada para obtenção do título de Tecnólogo em

Gestão de Turismo e aprovada pelo Curso de

Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

Catarinense – Campus Avançado Sombrio.

Área de Concentração: Turismo

Sombrio, 12 de Dezembro de 2016.

Prof. Eddy Ervin Eltermann, Me.

Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado

Sombrio

Orientador

Prof. Leonardo Lincoln Leite de Lacerda, Me.

Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado

Sombrio

Membro

Prof. Carolina Braghirolli Stoll, Ma.

Instituto Federal Catarinense – Campus Avançado

Sombrio

Membro

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DEDICATÓRIA

Dedico esta conquista a mim mesmo, que

acima de tudo busquei força de vontade

para enfrentar os novos desafios. Dedico

esta conquista, também a todos aqueles

que, como eu, acreditam que tudo é

possível, independente das

circunstâncias.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças para a conclusão

deste trabalho.

Agradeço, também, a todos que mesmo de maneira indireta fizeram parte de

toda a caminhada acadêmica.

Ao meu orientador, amigo e professor Eddy Ervin Eltermann, Me, que com sua

dedicação afinca foi fundamental para que se obtivessem êxitos positivos e

satisfatórios neste trabalho. Professor, obrigado por seu apoio e parceria.

A todos os professores que se dedicaram e apostaram que tudo daria certo.

Aos meus colegas e amigos de faculdade, que foram de grande importância para

que eu tenha chegado até aqui.

Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Avançado

Sombrio, que po r me io de sua estrutura e de seus colaboradores construiu um

excelente ambiente de formação intelectual.

Em especial, agradeço, a minha colega de trabalho, amiga, e professora,

Jésca Goulart Caetano, por ter me apoiado e supervisionado a produção deste

trabalho em todo seu tempo disponível.

Por fim, porém não menos importante, agradeço a minha família por ter sido

minha base forte em todos os momentos da minha vida. Agradeço também pela

grande dádiva de ter conhecido e convivido com muitas pessoas, das quais

guardarei boas lembranças. De ter partilhado alegrias e recebido o maior

presente que alguém pode obter: o conhecimento.

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EPÍGRAFE

“O Sol nasceu para todos, mas a Sombra é pra quem à

procura.”

Michel G. Nichele

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RESUMO

Este estudo propõe como plano de ação a criação de roteiros cicloturisticos para o

Município de Sombrio (SC). Para este estudo buscou-se conhecer a história do

Município de Sombrio, da Prefeitura Municipal, da Secretária de Turismo, dos pontos

turísticos e paisagísticos, bem como uma parcial percepção da cultura e história do

turismo de sol e praia da região, em municípios limítrofes do mesmo, para que assim

pudesse adentrar na atual realidade da região, entre outros. O Estagio Curricular

Obrigatório, em suas trezentas horas, foi realizado na Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo do município de Sombrio,

proporcionando assim um maior entendimento da situação do turismo na cidade,

fortalecendo a proposta de implantação deste projeto. Desta forma, para que os

resultados aqui propostos fossem alcançados, primeiramente, realizaram-se

pesquisas bibliográfica e documental, nas quais foram coletadas informações que

serviram para ampliar o conhecimento de temas como o cicloturismo, turismo, lazer,

entre outros. Utilizou-se o conhecimento em torno da abordagem qualitativa, do

método dedutivo, na qual teoria e prática se unem para uma dinâmica materializada.

Assim foram criados e mapeados seis roteiros de cicloturismo para o município

de Sombrio (SC), e municípios limítrofes, identificados 15 atrativos turísticos, bem

como realizados os orçamentos que vão dar embasamento aos interessados em

desenvolver o projeto.

Palavras-chave: Cicloturismo. Lazer. Caminho dos Canyons.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Imagem 01 – Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) ................................................. 20

Imagem 02 – Acesso lateral da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) .................... 21

Imagem 03 – Acesso do térreo ao primeiro andar da prefeitura ............................... 28

Imagem 04 – Acesso principal da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) ................. 29

Imagem 05 – Recepção do Gabinete do Prefeito ..................................................... 29

Imagem 06 – Departamentos do terceiro andar ....................................................... 30

Imagem 07 – Quarto andar e acesso ao Auditório .................................................... 31

Imagem 08 – Local do estágio .................................................................................. 31

Imagem 09 – Centro de Eventos Municipal Multiuso ................................................ 58

Imagem 10 – Casa da Cultura de Sombrio (SC) ..................................................... 60

Imagem 11 – Calçadão Cultural de Sombrio (SC) ................................................... 61

Imagem 12 – Mosaico do Calçadão Cultural de Sombrio (SC) ................................ 62

Imagem 13 – Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua ................................................. 63

Imagem 14 – Interior da Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua................................ 64

Imagem 15 – Biblioteca Municipal Cônego João Reitz ............................................. 65

Imagem 16 – Lagoa de Sombrio (SC) ...................................................................... 66

Imagem 17 – Furnas de Sombrio (SC) .................................................................... 67

Imagem 18 – Planície do Morro da Santa................................................................. 68

Imagem 19 – Vinícola Bez ........................................................................................ 69

Imagem 20 – Cachaçaria Daboit .............................................................................. 70

Imagem 21 – Portal de entrada Sítio Frezza ............................................................ 71

Imagem 22 – Ervas Medicinais ................................................................................. 72

Imagem 23 – Vista lateral do Morro da Moça ........................................................... 73

Imagem 24 – Museu Rural Municipal de Vista Alegre ............................................... 74

Imagem 25 – Portal de entrada do CTG Sul Catarinense ......................................... 75

Imagem 26 – Balneário Gaivota na alta temporada de verão ................................... 76

Imagem 27 – Loja Baike Mania ................................................................................ 97

Imagem 28 – Bicicleta modelo Mountain Bike .......................................................... 98

Imagem 29 – Sinalizadores noturno de segurança para bicicleta ...........................101

Imagem 30 – Cadeira de criança para bicicleta ......................................................101

Imagem 31 – Espaço para implantação do CIT ......................................................104

Imagem 32 – Shopping Outlet Japonês ..................................................................106

Imagem 33 – Paraciclo modelo SESC ....................................................................107

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Mapa 01 – Roteiro Sombrio Minha História ............................................................... 79

Mapa 02 – Roteiro Lagoa das Furnas ....................................................................... 81

Mapa 03 – Roteiro um Drink a Moça dos Morros ...................................................... 85

Mapa 04 – Roteiro Meu Sol, Minha Praia .................................................................. 89

Mapa 05 – Roteiro Ruralidade e Cachoeira .............................................................. 92

Mapa 06 – Roteiro Cachoeiras dos Canyons ............................................................ 96

Organograma 01 – Setores da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) .................... 33

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Orçamentos das bicicletas e acessórios .............................................102

Tabela 02 – Distribuição dos recursos financeiros ..................................................105

Tabela 03 – Orçamento dos materiais para restauração do CIT .............................108

Tabela 04 – Orçamento dos materiais para construção de um paraciclo ................109

Tabela 05 – Orçamento dos mobiliários e objetos para o CIT ................................110

Tabela 06 – Orçamento dos materiais para festa de inauguração do CIT ..............110

Tabela 07 – Orçamento geral para implantação do projeto ....................................111

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AABB – Associação Atlética Banco do Brasil

AMESC – Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense

APBP – Association of Pedestrian and Bicycle Professionals

AVES – Associação de Voadores do Extremo Sul Catarinense

CIT – Centro de Informações Turísticas

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

CRAS – Centro de Referência da Assistência Social

CREAS – Centro de Referência especializada de Assistência Social

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

FECAM – Federação Catarinense de Municípios

IFC – Instituto Federal Catarinense

MTUR – Ministério do Turismo

OMT – Organização Mundial do Turismo

RedeCIM – Rede Catarinense de Informações Municipais

SAMAE – Sistema de Tratamento de Água e Esgoto

SC – Santa Catarina

SDRs – Secretárias de Desenvolvimento Regional

SEC – Sombrio Esporte Clube

SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil

SOL – Secretaria da Organização do Lazer

TCU – Tribunal de Contas da União

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15

1.1 Problema de pesquisa ...................................................................................... 16

1.2 Objetivos ............................................................................................................ 16

1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 17

1.2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 17

1.3 Organização dos capítulos ............................................................................... 17

2 ESTÁGIO ............................................................................................................... 19

2.1 Dados da empresa ............................................................................................ 19

2.2 Histórico da empresa ........................................................................................ 21

2.3 Estrutura física da empresa ............................................................................. 27

2.4 Setores/Departamento/Organograma .............................................................. 32

2.5 Setores estagiados na empresa ....................................................................... 36

2.5.1 Aspectos positivos, limitantes e conhecimentos adquiridos ............................. 37

2.5.1.1 Aspectos positivos ......................................................................................... 37

2.5.1.2 Aspectos limitantes ........................................................................................ 38

2.5.1.3 Conhecimentos adquiridos ............................................................................ 39

3 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 41

3.1 Turismo: conceitos, história e perspectivas ................................................... 41

3.2 O lazer e as politicas públicas: direito e necessidade social ........................ 44

3.3 O cicloturismo e sua roteirização: definições e perspectivas para a

atividade ................................................................................................................... 48

4 METODOLOGIA CIENTIFICA E TÉCNICAS DE PESQUISA................................ 51

4.1 Conhecimento Científico .................................................................................. 51

4.2 Pesquisa Bibliográfica ...................................................................................... 51

4.3 Pesquisa Documental ....................................................................................... 52

4.4 Pesquisa Participante ....................................................................................... 52

4.5 Abordagem Qualitativa ..................................................................................... 53

4.6 Método Dedutivo ............................................................................................... 54

4.7 Procedimentos Metodológicos ........................................................................ 54

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5 PROPOSTA DE AÇÃO .......................................................................................... 57

5.1 Pontos turísticos culturais e/ou de beleza visual e paisagística .................. 57

5.1.1 Complexo Esportivo Sant’Helena (Roteiros 1, 2, 3 e 4) ................................... 57

5.1.2 Casa da Cultura de Sombrio (SC) .................................................................... 58

5.1.3 Calçadão Cultural de Sombrio (SC) ................................................................. 60

5.1.4 Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua .............................................................. 62

5.1.5 Biblioteca Pública Municipal Cônego João Reitz .............................................. 64

5.1.6 Lagoa de Sombrio (SC) .................................................................................... 65

5.1.7 Furnas de Sombrio (SC) ................................................................................... 66

5.1.8 Morro da Santa ................................................................................................. 67

5.1.9 Vinícola Bez ..................................................................................................... 68

5.1.10 Cachaçaria Daboit .......................................................................................... 69

5.1.11 Sítio Frezza .................................................................................................... 70

5.1.12 Maria do Chá .................................................................................................. 71

5.1.13 Morro da Moça ............................................................................................... 72

5.1.14 Museu Rural Municipal de Vista Alegre .......................................................... 73

5.1.15 Centro de Tradições Gaúchas – CTG Sul Catarinense .................................. 74

5.2 Roteirização cicloturística entre os pontos turísticos culturais e/ou de

beleza visual e paisagística .................................................................................... 76

5.2.1 Primeiro Roteiro: Sombrio Minha História ........................................................ 77

5.2.2 Segundo Roteiro: Lagoa das Furnas ................................................................ 79

5.2.3 Terceiro Roteiro: Um Drink a Moça dos Morros ................................................ 81

5.2.4 Quarto Roteiro: Meu Sol, Minha Praia .............................................................. 85

5.2.5 Quinto Roteiro: Ruralidade e Cachoeira ........................................................... 89

5.2.6 Sexto Roteiro: Cachoeiras dos Canyons .......................................................... 92

5.3 Bicicletas, equipamentos e acessórios de segurança ................................... 96

5.3.1 Orçamentos das bicicletas, equipamentos e acessórios de segurança .........102

5.4 Centro de Informações Turísticas e Espaço das Bicicletas ........................102

5.4.1 Orçamentos para restauração do CIT, construção do Paraciclo, placa de

identificação do CIT e cerimônia de inauguração ....................................................107

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................112

6.1 Sugestões para novos trabalhos de pesquisa..............................................113

REFERÊNCIAS .......................................................................................................114

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ANEXOS .................................................................................................................117

ANEXO A – Modelo de seguro Individual a ser utilizado neste projeto ............117

ANEXO B – Orçamento de Materiais a ser utilizado para a construção de um

paraciclo .................................................................................................................118

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1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento do processo de consolidação do turismo como atividade

turística, ao longo dos anos, teve seu formato instituído por várias etapas dentro da

história no mundo. Uma das etapas a ganhar múltiplos olhares é sua ampla área de

atuação que se estabelece a partir das relações comerciais nos ramos de negócios,

entre eles de cunho cultural, gastronômico ou de proporção ao bem estar.

O Brasil, não sendo diferente de outros países, com um grande potencial

turístico em pauta, com suas belezas naturais como os atrativos de sol e praia, e

algumas potencialidades ainda inexploradas, vem agradando não somente adeptos

da atividade como também empresários do ramo, administrações públicas e

comunidades locais para esse setor. Isso ocorre devido à atividade turística ser

capaz de proporcionar a geração de benefícios econômicos e sociais a todos os

envolvidos, de modo que em muitos casos estabelecem a atividade turística como

principal fonte de renda em algumas cidades.

A sociedade de um modo geral, atualmente está vivendo em um ritmo

acelerado, proporcionado pela rotina diária entre trabalho e afazeres domésticos, e

sendo alvo das múltiplas informações instantâneas das mídias contemporâneas.

Neste contexto, o lazer vem sendo estabelecido como um elemento de extrema

importância no cotidiano social, o qual tem como principal agente o combate a tais

mazelas da vida cotidiana, proporcionando assim a interação, o descanso e o bem

estar. As formas de lazer que ganham mais adeptos nos dias atuais estão sendo as

que maior propiciam a interação com a natureza ou paisagens naturais devido à

compensação da rotina urbana.

A prática de esportes vinculada ao lazer é hoje uma constante mundial, pois

quando unidos, o lazer e o turismo como atividade, podem fazer a diferença entre as

formas que motivam as pessoas a se deslocarem de suas residências, em busca de

uma melhor utilização de seu tempo livre. Assim sendo o estudo aqui proposto vem

ao encontro a toda essa discussão que está se tomando em torno do lazer e a

importância do mesmo na vida das pessoas como um agente de mudanças.

Desta forma se estabelece aqui a criação de Roteiros Cicloturísticos que

enfatizam a cultura sombriense e tem como ideia o desenvolvimento do turismo e do

lazer no Município de Sombrio (SC), e municípios limítrofes, estabelecendo assim

propostas que abarcam o cicloturismo como elemento turístico e resultando em

possibilidades de avanço do turismo no município de Sombrio. Neste contexto, este

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projeto visa dar ao empresariado local, ao poder público e outras entidades,

subsídios para o fortalecimento das relações entre os diversos setores e estabelecer

um contexto de possibilidade de atuação conjunta dos setores público e privado.

Para tal, faz-se aqui uma proposta que abrange um levantamento de custos de

implantação do projeto que se propõe.

1.1 Problema de pesquisa

A sociedade moderna pautou seu modelo de vida na constituição do sistema

capitalista, na qual a formação de um modelo de desenvolvimento com base na

acumulação de riqueza se intensificou, especialmente, no final do século XX. Neste

contexto, a estrutura social se organizou de maneira a atender as demandas do

capital, muitas vezes exigindo um esforço da sociedade numa direção onde o lazer

tornou-se elemento de segundo plano.

Assim, o projeto desenvolvimentista acabou sofrendo uma condensação em

sua estrutura e, consequentemente, novas formas de vida foram pensadas,

especialmente entre as novas gerações do século XXI. Passou-se a estabelecer

relações de trabalho hedonistas e uma busca mais acentuada na direção da

realização pessoal e um pouco menos acentuada na acumulação de bens. A nova

sociedade tem uma conduta direcionada à felicidade como meio de vida.

Nesse contexto, as possibilidades de lazer se intensificam, e, o turismo, como

elemento do lazer, constitui-se numa alternativa de felicidade. Com isso, pequenas

ações na formação de cidades criativas, de espaços públicos de diversão ou de

diminuição das condições de estresse da vida cotidiana se formam como

fomentadores da realização social.

Dessa forma, atividades de lazer como o cicloturismo se estabelecem e

promovem a celebração do ócio, da busca pela felicidade ou ainda, da possibilidade

de conhecimento do novo. E é nesse intuito que se estabelece a razão da pesquisa

aqui proposta, a qual indaga: de que forma o mapeamento de roteiros de

cicloturismo podem auxiliar no desenvolvimento do turismo em Sombrio e seus

municípios limítrofes?

1.2 Objetivos

Este item serve para agrupar o objetivo geral e os objetivos específicos.

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1.2.1 Objetivo geral

Efetivar o mapeamento de roteiros de cicloturismo com o intuito de fomentar a

cultura local no município de Sombrio (SC) e demais municípios limítrofes.

1.2.2 Objetivos específicos

- Identificar locais e/ou atrativos turísticos que contribuam com a história e a

cultura de Sombrio e municípios limítrofes;

- Efetivar orçamento de instalação de ponto de informações turísticas com

aluguel de bicicletas em Sombrio;

- Buscar a compreensão dos graus de dificuldade que possam contribuir na

relação de construção dos roteiros de cicloturismo.

1.3 Organização dos capítulos

Neste subcapítulo objetiva-se explanar, de forma sucinta, os conteúdos que

foram trabalhados ao longo do presente estudo, por meio de conceitos teóricos.

No capítulo um apresenta-se, por meio da Introdução, toda a proposta que

será trabalhada neste trabalho, desde a sua abordagem temática até a proposta de

ação sugerida e apresenta algumas informações referentes aos objetivos deste

trabalho.

No capítulo dois, apresentar-se-á as informações referentes à Prefeitura

Municipal de Sombrio (SC), já que a mesma foi o ambiente onde se realizou às

300 horas do estágio obrigatório. Neste capítulo foram apresentados, também,

um breve histórico do município de Sombrio (SC), algumas imagens do prédio da

prefeitura e imagens históricas, e informativas a respeito da cidade e do local de

estágio. O organograma da prefeitura municipal de Sombrio, as descrições dos

ambientes que compõe a prefeitura, também se apresentam neste capítulo. Por

fim, no capítulo dois, apresentaram-se algumas considerações acerca do estágio,

tais como: pontos positivos, pontos limitantes e os conhecimentos adquiridos.

Todo o referencial teórico do qual se faz referência neste trabalho apresenta-

se no capítulo três. Ressalta-se que toda a teoria usada influenciou de maneira

direta na proposta de ação. Desta forma entrelaçou-se teoria e prática. Para

fundamentar este estudo fez-se uso de autores como Barbosa (2002); Tosqui (2007);

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Dumazedier (2008); Trigo (1996); Gomes, Lacerda e Pinheiro (2010); Ruschmann e

Sagi (2009), entre outros.

No capítulo quatro expõem-se informações referentes à metodologia e as

técnicas utilizadas para a elaboração do presente estudo. Para isso fez-se uso dos

estudos acerca da metodologia de autores como Cervo (2007); Gressler (2007);

Marconi e Lakatos (2012), dentre outros.

O capítulo cinco apresenta a proposta de ação referente à elaboração de

roteiros para o cicloturismo no município de Sombrio (SC) e municípios limítrofes.

Neste capítulo apresenta-se o levantamento dos pontos turísticos culturais e

paisagísticos envolvidos nos roteiros propostos, bem como expondo, de maneira

breve, algumas informações referentes aos mesmos. Apresentam-se, também, de

maneira detalhada, todos os roteiros propostos. Por fim neste capítulo, fez-se a

exposição de orçamentos dos equipamentos e acessórios necessários para a

implantação do projeto.

No capítulo seis fazem-se as considerações finais com base em todo o

referencial teórico usado na produção deste estudo, já que foi por meio do mesmo

que se podem alcançar os objetivos propostos neste projeto.

Por fim, este estudo atenta outros elementos textuais, tais como: sumário,

referências, anexos, entre outros.

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2 ESTÁGIO

O estágio obrigatório faz parte das normas do Curso Superior de Tecnologia

em Gestão de Turismo, do Instituto Federal Catarinense - Campus Avançado

Sombrio (IFC), e a sua realização busca estar de acordo com a lei federal 11.788 de

25 de setembro de 2008 como consta no art. 1°. Além de ser algo previsto na lei

acima mencionada, o estágio obrigatório é visto como uma atividade de suma

importância na vida acadêmica, já que é por meio do mesmo que se aplica de

maneira prática toda a teoria estudada. Desta forma, o estágio realizado junto a

Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo da Prefeitura

Municipal de Sombrio (SC) é descrito neste capítulo como forma de compreensão

das atividades realizadas durante o estágio e da concepção da empresa. Foram,

portanto, abordados tópicos como: dados da empresa, histórico, estrutura física,

organograma, setor estagiado e, os aspectos positivos e/ou limitantes observados,

bem como o conhecimento adquirido durante o estágio.

2.1 Dados da empresa

A empresa onde foi realizado o estágio foi a Prefeitura Municipal de Sombrio

(SC), onde, conforme cumprimento das normas do Curso Superior de Tecnologia em

Gestão de Turismo, foram realizadas 300 horas de atividades. Nesse contexto, para

compreensão do espaço onde o projeto foi realizado, apresentam-se os dados

referentes ao mesmo:

Endereço: Rua Nereu Ramos, 861 – Bairro Centro

CNPJ: 82.963.216/0001-17

Cidade: Sombrio, SC

Telefone: (48) 3533.6633

Site: www.sombrio.sc.gov.br

A Prefeitura Municipal de Sombrio, atualmente dispõe de vários canais de

comunicação, como por exemplo, o site da prefeitura que além de disponibilizar

informações sobre o município ainda apresenta sub links para outros sites

informativos tais como: RedeCIM (Rede Catarinense de Informações Municipais),

FECAM (Federação Catarinense de Municípios) e AMESC (Associação dos

Municípios do Extremo Sul Catarinense), o TCU (Tribunal de Contas da União). Além

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disso, utiliza-se de ferramentas mais informais e de fácil acesso como o Facebook

para divulgar as atuações mais relevantes.

A Prefeitura Municipal (Imagem 01) se subdivide em 15 departamentos

(Administração, Finanças e Planejamento; Obras e Serviços Urbanos; Educação;

Assistência Social; Saúde; Esporte; Sistema Autônomo Municipal de Água e Esgoto

(SAMAE); Agricultura; Cultura; Meio Ambiente; Gabinete; Desenvolvimento

Econômico; Comunicação Social; Procuradoria e; Turismo). Cada secretária

dispõem informações diretas e específicas via e-mail próprio.

Imagem 01 - Prefeitura Municipal de Sombrio (SC)

Fonte: Autor, 2016.

A Imagem 01 mostra o acesso principal com a atual faixada da prefeitura,

porém a mesma possui, também, outra entrada na via lateral ou térrea do prédio

como mostra a Imagem 02:

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Imagem 02 - Acesso lateral da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC)

Fonte: O autor, 2016.

Como se pode observar na Imagem 02, a entrada lateral do prédio da

prefeitura não oferece informações aos visitantes, mostrando também certo descaso

com a aparência em toldos e pintura do prédio.

Como mencionado anteriormente, a prefeitura se subdivide em 15 secretárias,

portanto vale a pena ressaltar que o estágio, cuja explicação objetiva se dará na

sequência deste trabalho, foi realizado na Secretaria de Desenvolvimento

Econômico, Tecnológico e Turismo por meio do Sr. José Sidnei Januário, supervisor

de estágio dentro da empresa municipal.

2.2 Histórico da empresa

Como já mencionado outrora neste trabalho, o estágio obrigatório foi realizado

na Prefeitura Municipal de Sombrio (SC), portanto, nesta seção do estudo, far-se-á

uma breve contextualização histórica do município de Sombrio (SC), levando em

conta que há uma dificuldade elevada em conseguir informações adequadas, haja

vista a falta de literatura especializada na história do município. Outro elemento é a

inconsistência de dados, os quais, conforme a fonte utilizada remete a datas e fatos

controversos.

Dessa forma, organizou-se este capítulo levando em conta as concordâncias

encontradas, bem como, o conhecimento dos profissionais da prefeitura, do autor e

de seus familiares sobre o município de Sombrio (SC). Assim, conhecer a história do

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município é fazer uma busca pelos fatos históricos nos quais, datas marcadas e

pessoas que por esta região passaram e contribuíram, mesmo que de maneira

indireta para a consolidação do mesmo, tornando-se primordial para a compreensão

de elementos do presente. Desta maneira, entender o processo de formação do

município de Sombrio desde os primórdios até os dias atuais torna-se necessário

neste estudo, já que fazer um breve detalhamento das datas cujo marco histórico se

apresenta na linha do tempo de Sombrio, é compreender também um pouco melhor

toda a cultura que se desenvolve na região até os dias atuais.

De acordo com Farias (2000) para compreender a formação de Sombrio é

necessário voltar ao ano de 1494, antes mesmo do descobrimento do Brasil, mais

especificamente no momento em que houve o Tratado de Tordesilhas que dividiu a

América em duas partes: uma pertencente aos espanhóis e outra aos portugueses.

Nesta época, as terras onde hoje se localiza o município de Sombrio, assim

como todas as terras localizadas ao sul de Laguna, pertenciam aos espanhóis. No

entanto, ainda de acordo com Farias (2000) em 1500 com o descobrimento e posse

oficial do Brasil pelos europeus, representados pelo português Pedro Alvares Cabral,

novas regras foram empossadas em todo território brasileiro, e devido a isso,

algumas atividades começaram a acontecer como, por exemplo, no período entre

1580 a 1640 que se implantou “[...] o chamado Aldeamento indígena- caça ao índio

nas bacias dos rios Araranguá, Mampituba e lagoa de Sombrio” (FARIAS, 2000, p.

36).

Até o ano de 1680 a América estava dividida conforme estabeleceu a divisão

de terras do Tratado de Tordesilhas. Porém, como explica Farias (2000), no

momento em que os portugueses fundaram a Colônia de Sacramento, o Tratado de

Tordesilhas foi quebrado. Neste mesmo ano o senhor Domingos de Brito Peixoto e

seus filhos se estabeleceram em Laguna, iniciando “[...] as investidas em direção ao

continente do Rio Grande de São Pedro, transitando pela região do Araranguá”

(IBIDEM, p. 36).

Ainda conforme o autor, os anos se passaram e em 1714, “Laguna é elevada

à categoria de Vila (Município), incluindo em seus domínios todas as terras ao sul da

Ilha de Santa Catarina, inclusive parte do Rio Grande do Sul atual” (IBIDEM, p. 36).

No período entre os anos de 1748 a 1756, Farias (2000) afirmando que

começaram a chegar ao estado de Santa Catarina cerca de seis mil pessoas de

origem açoriana. Destas seis mil pessoas, o autor afirma que, cerca de quatro mil

indivíduos se instalaram no litoral catarinense, já o restante dos açorianos que ao

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estado chegaram, foram para o Rio Grande do Sul. Desta maneira, fica mais claro

entender o porquê de predominar em Santa Catarina a cultura açoriana.

Até o ano de 1760, Rio Grande do Sul e Santa Catarina faziam parte da

mesma capitania, porém no mesmo ano Rio Grande do Sul foi desintegrado da

Capitania de Santa Catarina passando assim a compor uma nova capitania. Vinte

anos depois, em 1780 definiram-se os limites entre as Capitanias de Santa Catarina

e Rio Grande do Sul, por meio do Rio Mampituba. Ainda, sobre a questão de limites

territoriais, vale a pena ressaltar que entre os anos de 1914 a 1961 o território que

formava Sombrio era a área limite entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul

(FARIAS 2000).

Há que se destacar que em 1789, ocorre na Europa a Revolução Francesa

que marca o início das revoluções liberais no mundo, afetando também os princípios

e ideais revolucionários no Brasil, e, consequentemente, em todo o território onde

hoje se encontra o estado de Santa Catarina.

A partir do ano de 1800 todo o território que formava o Brasil começou a

ganhar novas formas, novas áreas de terras foram descobertas e nomeadas, como é

o caso do Arroio Grande que em 1820 foi nomeado pelo francês Auguste de Saint-

Hilaire que ao passar pelo litoral de Sombrio, entre o rio Araranguá e o Mampituba

encontrou e nomeou o Arroio Grande que permanece, ainda hoje, com o mesmo

nome.

Em 1822, houve a Proclamação da Independência do Brasil, pelo Príncipe

Regente Dom Pedro. Todavia, em 1831 chega ao fim o primeiro reinado (Império).

Dois anos mais tarde, em 1833 Manoel Rodrigues e Luciano Rodrigues da Silva

compram a sesmaria Rodrigues e marcam assim a ocupação efetiva da área que

hoje compõe o município de Sombrio. Foi, também, neste mesmo ano de 1833, que

João José Guimarães adquiriu por meio da compra do Governo da Província, as

terras onde hoje se situa a sede do município tendo a propriedade 1130 metros de

frente a 3000 metros de fundo.

Com o término do primeiro reinado, Dom Pedro II, em 1840, dá início ao

segundo reinado (Império). A partir deste momento, outros imigrantes começam a

chegar às terras brasileiras, como exemplo, pode-se citar o ano de 1856 que marca

a chegada da imigração europeia ítalo-germânica para a região por meio da fixação

de João Evald em Passo Magnus.

Todas as mudanças ocorridas desde o ano de 1494 e principalmente a partir

do descobrimento do Brasil em 1500, influenciaram na formação municipal que se

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instaura hoje em Sombrio, mas foi no ano de 1880, por meio da Lei Provincial 901,

03 de abril de 1880, que as terras de Sombrio passaram a fazer parte da (Vila)

Município de Araranguá que foi efetivamente instalado em 28 de fevereiro de 1883.

Com isso, pode-se dizer que Sombrio começou a ganhar formas tanto territoriais

como de cunho industrial, já que foi a partir da efetivação da (Vila) Município de

Araranguá que as terras de Sombrio passaram a despertar interesses comerciais.

Desta forma, em 1927, o senhor Guilherme Tiscoski cria a primeira indústria

de Sombrio, cuja produção estava voltada a indústria calçadista que até hoje ainda é

responsável por parte da economia municipal.

As evoluções territoriais continuaram acontecendo e em 1890 é criada a

Comarca de Araranguá, onde um ano após 1891, também é criado o distrito de

Passo do Sertão (São João do Sul), por meio do decreto n° 45, de 03 de fevereiro de

1891, do Governo do Estado de Santa Catarina, como 2° distrito de Araranguá, que

incluía em suas terras a área que hoje compõe o município de Sombrio.

Em 1914 é criado o 5° Distrito de Paz de Araranguá com sede em Morro de

Sombrio, através da Lei municipal n° 104, de 02 de janeiro de 1914, da Câmara

Municipal de Araranguá, desmembrando-se do distrito de Passo do Sertão (São

João do Sul).

Com o passar de dez anos em 1924, por meio da lei municipal n° 225 foi

desconstituído o 5° Distrito de Paz de Sombrio, e reanexado ao 2° Distrito de Passo

Sertão (São João do Sul). Todavia, dois anos mais tarde em 1926, é recriado

novamente o 5°Distrito de Paz de Sombrio, por meio da lei n° 253, efetivamente

instalado em 17 de janeiro, com a posse de Donatilo Ariel como primeiro intendente.

Há que se destacar o momento histórico nacional para contextualizar a

compreensão dos fenômenos ocorridos na época. Nesta conjuntura, em 1930,

ocorreu a chamada de Revolução de 30, resultando no período Vargas, que se

estabeleceu no Brasil por 15 anos, finalizando-se em 1945.

Com a instauração da primeira indústria nas terras que hoje compõe o

município de Sombrio, os primeiros passos para independência municipal, que

posteriormente aconteceria, foi dada. Por isso, 12 anos mais tarde, em 1938, exatos

31 de março, a sede do distrito de Sombrio foi elevada à categoria de Vila, por meio

do decreto n°86. Ainda neste mesmo ano, a Paróquia de Sombrio começou a ser

construída tendo como pioneiro e primeiro vigário o Padre João Reitz, sendo que a

mesma teve sua inauguração dez anos depois cujo padroeiro é Santo Antônio de

Pádua.

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Um pouco mais adiante em 1943, o Interventor Federal, Doutor Nereu Ramos,

lança a pedra fundamental do hospital de Sombrio. Desta maneira passou a ser

possível realizar os mapeamentos das coordenadas geográficas de toda a região.

Aos 17 de junho de 1945 no mesmo ano que acontecia a 2ª Guerra Mundial e

a perseguição dos descendentes de alemães e italianos, os pontos centrais de

Sombrio passaram a ter a distribuição da rede elétrica.

Por fim, porém não menos importante, Farias (2000) afirma que em 02 de abril

de 1954, o município de Sombrio é instalado oficialmente por meio da lei estadual nº

133, de 30 de dezembro de 1953 e da instalação da prefeitura municipal de Sombrio,

cujo endereço se dá na Avenida Nereu Ramos, Centro de Sombrio (SC), no entanto,

ressalta-se que a primeira instalação municipal não corresponde ao endereço que a

mesma localiza-se hoje. Atualmente o endereço que abrigou a prefeitura municipal

de Sombrio entre os anos de 1954 a 1980, abriga a Biblioteca Pública Municipal

Cônego João Reitz.

No ano de instalação da prefeitura em Sombrio (1954), o município era

governado pelo Senhor Tenente Amintas Melo, prefeito provisório, nomeado pelo

Governador do Estado. Durante este mesmo ano, a partir do momento em que foi

imposto o processo eleitoral, elegeu-se no dia 15 de novembro, o primeiro prefeito

eleito de Sombrio, o senhor Santelmo Borba.

De acordo com Antônio Natálio Vignali (2011) o Padre João Reitz foi uma das

principais lideranças responsáveis pela emancipação do município de Sombrio (SC),

sugerindo, também, a escolha do nome de Liriópolis (Cidade dos Lírios) ao mesmo.

Todavia não tendo aceitação de grande parte das pessoas que ali viviam em relação

ao nome sugerido, o mesmo acabou por desistir.

Há ainda duas versões distintas que explicam a origem do nome dado ao

município de Sombrio (SC). Uma dessas versões defende a ideia de que o nome

surgiu a partir das figueiras existentes na época, cuja sombra servia como um lugar

de descanso para os tropeiros que pela região passavam com suas tropas de gados.

Ainda, perto das figueiras, os tropeiros tinham fácil acesso à água doce do rio

e a sombras das figueiras. Conforme Farias (2000, p. 31 citado por Prefeitura

Municipal de Sombrio 2016), o “[...] movimento das águas do rio da Laje associava

toda massa da água da região do rio, identificando a área de repouso como

sendo sombra do rio, que evoluiu para Sombrio: local da sombra sobre o rio”.

Já a segunda versão, relata que:

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[...] desbravadores vindos de Laguna, ao vislumbrarem um morro escuro, sombrio, a cujo sopé formando como que um espaço vazio, desfraldava-se um lago ou lagoa [...]. O morro ainda distante da expedição mostrava-se sombrio, principalmente pela distância [...] o morro conhecido a partir de então pelo nome de Sombrio (FARIAS 2000, p. 31).

De acordo com s i t e d a Prefeitura Municipal de Sombrio (2016), o

primeiro morador do município, João José Guimarães partiu do norte do Rio Grande

do Sul e veio às terras sombrienses em busca do Morro de Sombrio, motivado pelo

grande volume de água doce (Lagoa de Sombrio), lugar este que, de acordo com

Coelho (2003), alguns pescadores haviam lhe passado a informação que do outro

lado da lagoa, as terras eram férteis, mas, até o momento, ninguém havia tentado

plantar nas mesmas devido à presença de alguns grupos indígenas no local.

Conforme Coelho (2003, p. 279), “durante o primeiro século de colonização, a

economia de Sombrio era voltada a farinha de mandioca, cachaça e pecuária”.

Posteriormente, com o passar dos anos, a economia sombriense foi adquirindo

novas características do que seriam as bases da economia atual da cidade, ou seja,

a economia que era voltada para a agricultura, passou a moldar-se aos setores

calçadistas e ceramistas conforme relatos, do autor, que dizem que:

Da pecuária surgiram os curtumes, onde eram fabricados sapatos botas e apetrechos pra montaria. Dos pés de morro vinha o barro que logo era transformado em tijolo para se erguer as primeiras e raras casas de alvenaria. Dos campos vinha a palha de butiá, usada para se trançar chapéus, vendido para todo o litoral catarinense e gaúcho (IBID. p. 280).

Partindo para informações mais recentes, o município de Sombrio está

localizado no extremo sul do estado de Santa Catarina, na região litorânea e

“pertence à microrregião de Araranguá, na mesorregião do sul catarinense,

situando-se entre as coordenadas geográficas de 29º 00’ e 29º 15’ de latitude sul e

49º 30’ e 49º 40’ de longitude oeste” (FARIAS, 2000, p. 29) e é um dos quinze

municípios pertencentes à Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense

(AMESC).

Acerca da economia municipal, hoje se pode dizer que Sombrio é um polo da

indústria do vestuário, ceramista e calçadista. Possui forte agricultura e é também

conhecido pelas suas paisagens naturais, como, por exemplo, a Lagoa de

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Sombrio (SC), o Morro da Moça e as Furnas localizadas às margens da BR 101,

além de estar localizado dentro do roteiro Sul da Rota dos Canyons.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o

município possui uma área de 143,329 km² e é cortado pela Rodovia BR 101. Seus

municípios limítrofes são Balneário Gaivota (SC), Ermo (SC), Santa Rosa do Sul

(SC), Jacinto Machado (SC) e Araranguá (SC). O gentílico referente à Sombrio é

sombriense e sua população em 2014 era de 26.613 habitantes (INSTITUTO

BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2016).

A Diretoria de Turismo da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC) teve seu

início no ano 2003, sendo intitulada como Secretaria de Desenvolvimento

Econômico, Tecnológico e Turismo, e que por me io da lei nº 1446-2003, tornou-

se independente com a efetivação da Diretoria de Turismo.

Com esse feito, o município objetivou majorar os feitos no setor, oferecendo

mais qualidade e abrangência em seus projetos e realizações.

2.3 Estrutura física da empresa

A prefeitura municipal de Sombrio, como mencionado anteriormente, localiza-

se na Rua Nereu Ramos, 861 – Bairro Centro, e apresenta, como estrutura física,

um prédio de quatro andares com dois acessos. O acesso principal se dá na Rua

Nereu Ramos, e, o acesso alternativo, na via lateral do prédio, Rua Celso Gervásio

Cardoso onde há, também, um estacionamento privado da prefeitura.

No térreo, cujo acesso se dá ao lado do prédio, fica o Departamento de Obras

e Iluminação Pública, Departamento de Agricultura, Exatoria, 108º Junta de Serviço

Militar, cozinha, Almoxarifado e Serviço de Autoatendimento com caixa eletrônico. A

Imagem 03 abaixo mostra o acesso do térreo ao 1° andar da prefeitura:

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Imagem 03 - Acesso do térreo ao primeiro andar da prefeitura

Fonte: Autor, 2016.

Como se pode perceber na Imagem 03, o acesso do térreo para o primeiro

andar da prefeitura apresenta limitações de acesso às pessoas com necessidades

especiais, que necessitam de muletas ou cadeira de rodas.

O primeiro andar compõe-se por meio do Setor de Recepção e Protocolo,

Departamento de Tributação e Atendimento Direto ao Público com três guichês,

Departamento de Fiscalização, dois banheiros (masculino e feminino), Secretaria de

Finanças, Contabilidade e Controle Interno, Tesouraria, Compras, Secretária e

Telefonista. A Imagem 04 mostra o interior do acesso principal da prefeitura que fica

no primeiro andar:

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Imagem 04 - Acesso principal da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC).

Fonte: Autor, 2016.

O primeiro andar da prefeitura tem fácil acesso as pessoas que buscam por

informações e atendimentos, tendo logo ao lado da escada de acesso ao segundo

andar uma placa de orientação acerca dos departamentos. Todavia, há também

dificuldades de acesso para pessoas portadoras de alguma necessidade especial.

O segundo andar compõe-se por meio da Recepção do Gabinete do Prefeito,

Gabinete e Subgabinete, Departamento de Meio Ambiente, Departamento

Administrativo, dois Banheiros (masculino e feminino), como mostra a Imagem 05:

Imagem 05 - Recepção do Gabinete do Prefeito

Fonte: Autor, 2016.

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Na recepção do Gabinete há disponível alguns assentos, para as pessoas que

aguardam atendimento, um café e água como cordialidade a disposição das

mesmas.

No terceiro andar encontra-se a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e

Turismo, no qual se realizou o estágio, Departamento de Recursos Humanos,

Departamento de Comunicação Social/Imprensa, Procuradoria, Departamento de

Patrimônio, como mostra a Imagem 06:

Imagem 06 - Departamentos do terceiro andar.

Fonte: Autor, 2016.

No terceiro andar há, também, um espaço adequado com um banco para as

pessoas sentarem-se, enquanto aguardam atendimento.

Por fim no quarto andar do prédio encontra-se o Suporte de Informática e o

Auditório, com capacidade para oitenta pessoas sentadas e dois banheiros

(masculino e feminino), como mostra a Imagem 07:

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Imagem 07 - Quarto andar e acesso ao Auditório.

Fonte: Autor, 2016.

Sendo o quarto e ultimo andar do prédio da prefeitura, assim como nos demais

andares, o mesmo dispõe de espaços inadequados para o acesso de pessoas

portadoras de necessidades especiais, como se pode perceber por meio da Imagem

07.

O local específico de realização do estagio ocorreu na sala da Secretaria de

Desenvolvimento Econômico e Turismo, a qual, conforme mencionado anteriormente,

fica no terceiro andar do prédio, numa sala de aproximadamente 14m², conforme

Imagem 08:

Imagem 08 - Local do estágio.

Fonte: O autor, 2016.

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O mobiliário, que compõe a sala do Departamento de Desenvolvimento

Econômico e Turismo, é composto por:

Três mesas de escritório

Cinco cadeiras (sendo 2 para os atendentes e 3 para os visitantes);

Dois armários para arquivos;

Dois computadores (sendo 01fixo e 01 portátil);

Uma impressora;

Um aparelho de ar condicionado;

Um aparelho telefônico.

Destaca-se ainda que os departamentos de Educação, Saúde, Assistência

Social, Esporte, SAMAE, e Cultura não estão localizados no prédio da prefeitura, no

entanto, fazem parte da administração municipal, porém em outros lugares

específicos.

2.4 Setores/Departamentos/Organograma

Os departamentos e setores que compõem a atual estrutura da Prefeitura

Municipal de Sombrio estão organizados em uma hierarquia constituída por meio de

Secretarias e Diretorias, que tem como finalidade a melhor distribuição e realização

das demandas administrativas municipais em todas as áreas de atuação. As

Diretorias fazem parte integrada às Secretarias e estão organizadas com suas

atribuições.

Para melhor compreensão, optou-se por apresentar o organograma

inicialmente, visualizando a distribuição de todas as secretarias do setor público

Municipal.

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Organograma 01 - Setores da Prefeitura Municipal de Sombrio (SC)

Fonte: Autor, 2016.

Ainda, para melhor compreensão das atividades individuais de cada

secretaria, apresenta-se a descrição da função para que se possa identificar as

nuanças e competências que envolvem seu funcionamento:

a) Secretaria de Administração, Finanças e Planejamento:

Este setor é responsável pela administração das finanças do município, entre

gestão da frota e planejamento e distribuição de recursos, e o mesmo é administrado

por José Sidnei Januário.

b) Secretaria da Saúde:

Suas atribuições giram em torno do atendimento na área da saúde do

município, com agendando consultas, disponibilização de carros da saúde e

medicamentos, orientação à comunidade acerca de campanhas preventivas de

doenças e oferecimento de atendimento direto nos bairros por meio dos postos de

saúde. Estas funções se subdividem entre a Secretária de saúde Ana Carolina

Rodrigues Martins e a Diretora de saúde Andreia Simon.

c) Secretaria de Agricultura:

Esta Secretaria cuida do setor agrícola do município, tendo em sua

responsabilidade todo monitoramento da movimentação da produção por meio do

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cadastramento das propriedades rurais e o fornecimento de bloco de notas aos

agricultores. A secretaria se dispõe na busca pela informação e atualização para

melhor fazer a capacitação e o apoio aos agricultores, através de cursos e palestras.

Também faz a distribuição de sementes e alocação de maquinários para trabalhos a

serem realizados nas propriedades rurais do município.

d) Secretaria de Educação:

Esta secretaria é a responsável pela organização e planejamento de toda a

área educacional do município desde o ensino infantil até o fundamento II (6º ano –

9º ano). A responsável pela secretaria é a professora Zulma Simon.

e) Secretaria da Comunicação Social:

Esta Secretaria também conhecida na prefeitura como setor de imprensa, é a

responsável pelo marketing direto e pelo gerenciamento de contratos publicitário

envolvendo os diversos setores da Prefeitura Municipal de Sombrio e a mesma

está sob a responsabilidade dos jornalistas Fabrício Espíndola e Talis Machado.

f) Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo:

A secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico tem como

responsável Paulo Humberto Borges e objetiva fazer a promoção e o planejamento

do desenvolvimento industrial e comercial no município. Esta secretaria dispõe por

meio do diretor Ricardo Davi Ayres, a Diretoria de Turismo, onde são feitos os

planejamentos e a organização de eventos além da promoção dos atrativos públicos

e naturais, com o intuito de promover maiores informações para os turistas e

moradores locais.

g) Secretaria de Obras e Serviços Urbanos:

Esta Secretaria exerce as funções necessárias para o desenvolvimento e a

manutenção da infraestrutura básica da cidade como, por exemplo, obras de

mobilidade urbana, saneamento, iluminação pública, limpeza, dentre outras.

Atualmente o secretario chefe é o advogado Ronaldo Dalpont.

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h) Gabinete:

Neste setor, cujas atribuições maiores se dão por meio do atual prefeito Zênio

Cardoso, todas as decisões municipais são tomadas. Neste local, há ainda um dia

específico para o atendimento ao público. Dentro deste setor há a chefe de gabinete

Aldinéia Gomes Raupp Candido que é a responsável pela agenda do prefeito.

i) Assistência Social:

Este setor destina-se a fazer o acompanhamento das famílias vulneráveis do

município, promovendo a integração ao mercado de trabalho, inclusão da pessoa

com deficiência à vida social. Para isso o mesmo conta com o auxilio entidades

como o Centro de Referencia da Assistência Social (CRAS) e do Centro de

Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). A responsável pelo

departamento é a diretora Talita Silveira Barrin.

j) Esporte:

Esta secretaria objetiva criar projetos na área de esporte e do lazer voltados

para a comunidade implantando políticas e programas com o objetivo de melhorar a

qualidade de vida e saúde da população local, desenvolvendo também a integração

dos mesmos por meio de jogos, passeios ciclísticos, dentre outras atividades

esportivas. Atualmente a secretaria de esporte desenvolve-se sob o comando dos

senhores Fernando Ferreira e Valdemar Nazário.

k) SAMAE:

Este departamento é o responsável pelo abastecimento de água e tratamento

de esgoto do município, tendo como Presidente, Paulo Custódio e como diretor

Executivo Josimar Casprik.

l) Cultura:

Tem como função o planejamento e fomento das atividades culturais por meio

de aulas de dança, capoeira, música, pintura, artesanato dentre outras. Rosangela

Garcia Margute é a responsável pelo departamento cultural.

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m) Meio Ambiente:

Compete a esta diretoria fiscalizar, planejar, desenvolver e executar projetos

que visem à valorização e preservação dos ambientes naturais do município sob a

orientação da diretora Greici Bristot.

n) Procuradoria:

A procuradoria é a responsável em promover ações judiciais de interesse do

município e defendê-lo nas causas contrárias, fazer orientações ao prefeito e

unidades de administração além de elaborar projetos de leis para o mesmo. Hoje as

questões jurídicas estão sob o comando do advogado Lincon Matos Stuart.

2.5 Setores estagiados na empresa

Como mencionado no início deste capítulo, o estágio obrigatório previsto na

Lei Federal 11.788 de 25 de setembro de 2008 art. 1º, foi realizado na Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo do município de Sombrio (SC),

por meio de uma carga horária de 300 horas, como determina o Curso Superior de

Tecnologia em Gestão de Turismo do Instituto Federal Catarinense Campus

Avançado Sombrio. Durante a realização do mesmo pode-se observar e

acompanhar as atividades desenvolvidas pela Diretoria de Turismo, como, por

exemplo, a participação em algumas reuniões de planejamento e desenvolvimento

de planos e eventos municipais e regionais.

Há que se salientar que no período que antecedia ao estágio, foram

realizadas atividades de observação em eventos da Prefeitura Municipal de Sombrio

(SC), pois, o autor deste trabalho teve a oportunidade, durante o estágio, de

observar a organização e o funcionamento das atividades que ocorreram em período

distinto com o intuito de fazer o melhor planejamento em eventos como: A passagem

da Tocha Olímpica pelo município de Sombrio (SC), já que o Brasil foi sede da

realização das Olímpiadas 2016, Passeio de Ciclismo no próprio município e Arraial

Fest (festa tradicional do município), bem como, o desfile cívico. Neste sentido,

considera-se que houve, além das 300 horas regulares, a participação como ouvinte

em determinados momentos que também representaram o processo de

aprendizagem.

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2.5.1 Aspectos positivos, limitantes e conhecimentos adquiridos.

No período de duração do estágio obrigatório tornou-se possível a realização

de várias avaliações e compreensões entre os aspectos positivos, limitantes e

conhecimentos adquiridos. Colocou-se a teoria do aprendizado acadêmico nas

atividades práticas reais, tentando assim atender as exigências cada vez maiores do

mercado de trabalho. Para melhor compreender, foram detalhados os aspectos,

conforme apresentados nos subcapítulos seguintes.

2.5.1.1 Aspectos positivos

Nos aspectos positivos tiveram-se os seguintes destaques:

a) Afinidade com o Ex-Diretor de Turismo:

A amizade foi o ponto fundamental para todo o seguimento do estágio, já que

o Ex-Diretor de Turismo, Ricardo Davi Ayres também é acadêmico no Curso

Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo do IFC, e estando a frente da

secretária de turismo de Sombrio há mais de três anos, forneceu todo o suporte

necessário para a melhor realização e interação no ambiente;

b) Interação entre outros setores e secretarias dentro da Prefeitura Municipal:

O acesso às informações entre outros setores da prefeitura transcorreu de

forma fundamental para o desenvolvimento deste trabalho, onde foi possível avaliar

o entrosamento entre as secretarias e a consequente facilidade de circular entre os

diversos espaços do setor público municipal;

c) Participação como ouvinte nas reuniões da Secretaria de Desenvolvimento

Econômico, Tecnológico e Turismo:

A possibilidade de acesso às reuniões sempre foram facilitadas, com convites

à participação, para que melhor se fizesse o entendimento do processo de

desenvolvimento e organização dos eventos, no seu pré, trans e pós evento. A

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participação nestas reuniões teve como positivo, a possibilidade de compreensão do

funcionamento da rotina da secretaria.

d) Participação direta nos eventos:

A participação nas reuniões favoreceu a realização de atividades dentro do

espaço de possibilidades de atuação da secretaria, sendo que houve colaboração

direta na colocação de cartazes de divulgação dos eventos, balizas, bem como, no

atendimento direto ao público.

e) Possibilidade de local para estudos com acesso à internet, e materiais de

pesquisas:

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo durante

o período de estágio disponibilizou em sua sala, um espaço com mesa, cadeira e

computador com acesso a internet, além de todo o material e informações que

fossem necessárias para o desenvolvimento do projeto de estágio.

f) Informações dos funcionários públicos e seus setores:

Os funcionários da prefeitura sempre forneceram todas as informações

cabíveis ao know how dos seus setores, não tendo restrições ao desempenho do

trabalho a ser realizado.

2.5.1.2 Aspectos limitantes

Durante o período de estágio, por meio de um levantamento de dados sobre a

infraestrutura no setor de turismo municipal, foi possível perceber algumas limitações

de grande relevância para o desenvolvimento do mesmo. São elas:

a) Falta de sinalização para chegar aos atrativos turísticos;

b) Dependência da AMESC para fazer a divulgação do município em eventos e

feiras;

c) Falta de mapa turístico da cidade e dos atrativos da mesma;

d) Falta de cooperativismo entre o comércio local no que diz respeito ao atendimento

aos turistas;

e) Mau aproveitamento do turismo de compras; (shopping do município)

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f) Mão de obra desqualificada para o setor público de turismo;

g) Inexistência de uma estrutura para a gestão publica do turismo no município;

h) Inexistência de pesquisa de demanda e perfil do turista;

i) Falta de planejamento para explorar o potencial turístico de município;

j) Falta de políticas públicas específicas para o turismo;

k) Falta de roteiros turísticos;

l) Falta de integração entre os municípios que compõe a AMESC no que diz respeito

aos atrativos turísticos e a formação de roteiros integrados;

m) Entraves políticos no que diz respeito à substituição dos cargos, que estão vagos

na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnológico e Turismo;

n) Engessamento de todo o setor público durante o período eleitoral;

o) Carência de miradores e ciclovias em possíveis pontos turísticos municipais.

Ainda sobre as questões limitantes, salienta-se que a infraestrutura do prédio

municipal necessita de adequações principalmente no que diz respeito à

acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais.

2.5.1.3 Conhecimentos adquiridos

Por meio do estágio realizado, pode-se perceber que há limitantes entre o

estudo acadêmico e a prática propriamente dita, uma vez que nem sempre é

possível aplicar a teoria em situações cotidianas. Ainda assim, pode-se aproveitar o

conhecimento adquirido em disciplinas como Planejamento e Organização do

Turismo I e II, Organização e Comercialização de Roteiros Turísticos, Agências e

Transportes, Gestão de Pessoas, Planejamento e Organização de Eventos, Lazer e

Entretenimento, entre outras.

Há inúmeros entraves burocráticos no desenvolvimento e organização de

reuniões de planejamento dos eventos municipais e o acadêmico pôde compreender

os processos e trâmites necessários para o andamento de projetos e ações da

Prefeitura Municipal de Sombrio. Assim, pode-se observar que nos eventos que

houve participação do acadêmico, foi possível visualizar o modus operandi das

ações públicas municipais em geral.

Durante a busca de informações sobre a história do município, a relação

criada com os responsáveis pelo arquivo histórico municipal, favoreceu o

aprendizado sobre a criação do município, sua história e o processo de

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desenvolvimento até os dias atuais, sendo fundamental para compreender o

funcionamento do município atualmente.

Houve um avanço considerável no conhecimento a respeito da cultura local,

por meio das pesquisas realizadas, ampliou-se a percepção sobre as atribuições

administrativas do município e sobre o modo como o município desenvolve ou deixa

de desenvolver o turismo

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

O entendimento de vários autores se faz necessário para melhor

compreensão de um todo, em suas varias épocas da história, na qual a

fundamentação teórica se faz presente e se estabelece como agente de busca pelas

pesquisas já realizadas em torno dos temas do contexto deste estudo.

3.1 Turismo: conceitos, história e perspectivas

O turismo é uma atividade que se estabelece a partir das relações com outras

áreas, como a história, a geografia, a gastronomia, a literatura, a economia, crenças

religiosas, entre outras. Neste sentido, compreender o turismo e todo o seu leque de

atividades requer um breve mergulho nas compreensões históricas relacionadas a

este. Assim, faz-se necessário conceber a formação do turismo a partir de

momentos como, as peregrinações da Idade Média, os Jogos Olímpicos da Antiga

Grécia e a contribuição de Thomas Cook, formando contextos que se pode julgar

como sendo o princípio dos grandes deslocamentos em grupo.

De acordo com Patrícia Tosqui (2007), há que se considerar que o turismo

como uma atividade econômica só se firmou a partir do século XVIII, período este

em que os filhos dos aristocratas saíam das ilhas britânicas em busca de novos

conhecimentos culturais, políticos e artísticos no continente europeu. No entanto, na

busca pela historicidade turística, encontra-se inúmeras narrativas, construídas ao

longo dos anos, que caracterizam a história do turismo.

A partir das várias narrativas acerca do turístico como fenômeno ou atividade,

que compõem o marco histórico do mesmo, neste estudo evidenciam-se apenas três

destas narrativas: as peregrinações da Idade Média, o surgimento dos Jogos

Olímpicos e a influência do empresário inglês, Thomas Cook.

De acordo com Tósqui (2007) considerar as longas distâncias que os

peregrinos percorriam movidos pela fé como uma atividade turística, está longe de

se encaixar nos moldes conceituais da atualidade no que diz respeito a viagens por

lazer, uma vez que “o peregrino não escolhia o itinerário nem a durabilidade de seu

périplo. Ele estava totalmente exposto às dificuldades e às intempéries do caminho a

ser percorrido.” (BARBOSA 2002, p. 24 apud CISNE; GASTAL 2010).

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Por conta dos movimentos que circundavam as peregrinações, acredita- se

que a Idade Média foi uma época caracterizada pelos constantes deslocamentos de

grandes grupos movidos por questões religiosas e/ou em busca de melhores

condições de vida. A Antiga Grécia também tem sua contribuição no marco histórico

do turismo, já que a mesma foi berço de um dos maiores eventos esportivo do

mundo: os Jogos Olímpicos. Obviamente que a priori aos jogos não tinham a

repercussão turística da atualidade, todavia se entendermos que os gregos da

época não eram pessoas que costumavam fazer longas viagens. Há que se

considerar, também, o fato de que os mesmos não hesitavam em percorrer longas

distâncias em busca de melhores condições de vida, por motivos religiosos, ou para

participarem ou assistirem aos jogos que aconteciam em Olímpia. (CARVALHO;

GAIO 2006).

Conforme Tosqui (2007), para falar da profissionalização da atividade turística,

é necessário mencionar a figura do empresário inglês Thomas Cook, já que o

mesmo foi de suma importância para a consolidação do turismo moderno que se

originou após a revolução industrial. Ainda, conforme a autora, foi a partir da

influência de Cook, em meados do século XX, que o turismo firmou-se como uma

atividade de massa, especialmente com a organização da primeira viagem

executada por ele.

A sociedade pós-moderna se intensifica a partir de uma conduta da relação

entre o trabalho e o lazer, especialmente como fomento à atividade turística. Assim,

o tempo livre pode ser proposto em atividades que envolvem o ócio e/ou o

deslocamento, bem como, em momentos que fomentam uma busca por novos

lugares, novos olhares e novas relações de prazer (DUMAZEDIER, 2008).

Nesse contexto, o turismo se estabelece como uma das ferramentas que

combatem o estresse diário e, consequentemente, promovem uma recarga de

energias para o enfrentamento dos percalços da vida. Pode-se afirmar que o turismo

tem, em seu conceito de atividade, vários fatores que o fazem ser analisado nas

relações de tempo e espaço. Assim, a atividade turística, com o passar dos anos,

surge como um fator de grande influência na economia, na política e na cultura de

cada região, tornando-se um agente de destaque. Sob esta ótica, Trigo (1996, p.62)

afirma que,

O turismo é uma atividade sofisticada que movimenta bilhões de dólares por ano e atinge centenas de milhões de pessoas. Inúmeros

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locais transformaram-se em complexos turísticos pelas mais variadas razões: belezas naturais, núcleos históricos ou artísticos, centros comerciais, de convenções ou culturais, eventos esportivos ou ligados ao show business, grandes metrópoles ou complexos industriais, ou ainda centros turísticos artificiais como Disneyland em Los Angeles, Walt Disney World em Orlando ou os parques europeus como o Asterix.

Gomes, Lacerda e Pinheiro (2010), afirmam com base no site da Organização

Mundial do Turismo (OMT) que atualmente o setor do turismo ultrapassa o volume

econômico da exportação de petróleo ou automobilístico e isto faz com que a

atividade turística se constitua como uma fonte de recursos financeiros em vários

países desenvolvidos. Essa condição econômica que a atividade turística tem hoje

faz com que a mesma seja apontada como uma solução para os problemas

econômicos de muitas regiões.

A compreensão do turismo como atividade ou fenômeno, tem por objetivo

discutir a amplitude de alcance desta ciência social aplicada. Outras definições são

apresentadas, porém, com a mesma forma e abrangência em torno do mesmo

pensamento. De acordo com o Ministério do Turismo (MTUR), o turismo é

d e f i n i d o como “o movimento de pessoas, por tempo determinado, para

destinações fora de seu local de residência, e as atividades realizadas durante o

tempo de permanência nas localidades visitadas” (MINISTÉRIO DO TURISMO,

2016).

Ainda, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), salienta-se a

concepção da atividade como sendo “a soma de relações e de serviços resultantes

de um câmbio de residência temporário e voluntário motivados por razões alheias, a

negócios ou profissionais” (DE LA TORRE, 1992, apud BARRETO, 2008, p. 12).

Ao observar o processo de consolidação do turismo ao longo dos anos, pode-

se perceber que todas as principais definições do mesmo concordam no que diz

respeito ao seu complexo formato. Desta forma destaca-se que o turismo se

constitui por meio de uma junção de fatores. Entende-se, também que o mesmo é

um processo feito de varias etapas, cuja vertente é a motivação, passando,

posteriormente, pelo planejamento, viagem, estadia, lazer, dentre outros. Dentre as

principais características do turismo, destacam-se: descanso, lazer, desportivo,

gastronômico, religioso, profissional ou de eventos (BARRETO, 2008).

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Nesse sentido, o fomento ao turismo é também o fomento ao lazer, pois o

mesmo se constitui como importante fator na condução da recuperação social e na

busca pelo bem estar. O turismo é o lazer em movimento e se estabelece como uma

dinâmica social importante para a continuidade das atividades cotidianas que um

trabalhador necessita. O turismo e o lazer são, portanto, importantes meios de

melhoria das condições de vida e consequentemente das motivações para o

trabalho.

3.2 O lazer e as políticas públicas: direito e necessidade social

O lazer assim como o turismo teve seus conceitos repensados e reformulados

ao longo dos anos e ambos apresentam alguns pontos característicos que os

aproximam. Sobre as proximidades entre lazer e turismo, Gomes, Lacerda e

Pinheiro (2010) (apud BEIRÃO, 2001) entendem que há várias proximidades entre o

turístico e o lazer. Para Beirão (2001), ambos se constituem como novas áreas de

estudo e caracterizam-se por se encaixarem nos moldes multidisciplinares. Ainda

sobre as aproximações entre turismo e lazer, Gomes, Lacerda e Pinheiro (2010, p.

39) afirmam que,

[...] o lazer e o turismo também estão imersos em uma complexidade. Além disso, nos instigam a pensar que ambos os fenômenos, mesmo apresentando diferenças e semelhanças entre si, na realidade concreta apresentam fronteiras muito tênues, de maneira que nem sempre conseguimos delinear onde um começa e o outro termina.

Em relação às transformações conceituais acerca do lazer, pode-se citar que

nos primórdios do lazer, o mesmo era confundido com ócio. Ócio por sua vez, a

partir da visão do ideal grego, servia como um momento em que as pessoas

refletiam e contemplavam os supremos valores da época.

Como já mencionado outrora a atividade de lazer construiu inúmeros

conceitos. Neste trabalho, porém, citaremos os conceitos de alguns estudiosos do

tema como Andrade, Dumazedier e Silva. Desta maneira, por meio dos autores já

mencionados, entende-se o lazer como um termo que “[...] denota com a liceidade

e/ou a eticidade do exercício de ocupação pessoal com o descompromisso do

tempo, sem vinculação da obrigatoriedade de compromisso com o trabalho”

(ANDRADE, 2001, p.51). Já para Cavallari e Zacharias (apud SILVA, 2010, p.21), o

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lazer “é o estado de espírito em que o ser humano se coloca, instintivamente, em

busca do lúdico em seu tempo livre”.

Ao conceituar lazer, julga-se necessário mencionar o sociólogo francês, Joffre

Dumazedier, já que o mesmo é considerado um dos pioneiros dos estudos acerca

do lazer. Assim sendo, Dumazedier (1980), entende o lazer como um momento em

que o individuo tem a oportunidade de praticar atividades que julgue prazerosas,

seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para

desenvolver sua informação ou formação de maneira desinteressada, após

desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. Em outras

palavras, para o sociólogo, o lazer é toda atividade prazerosa que os indivíduos

praticam no seu tempo livre.

Salienta-se que os conceitos de lazer já mencionados, foram construídos ao

longo dos anos e a partir de cada contexto histórico. Assim sendo pode-se dizer que

as exaustivas jornadas de trabalho oriundas da revolução industrial, por exemplo,

tiveram sua contribuição como um divisor de águas entre o trabalho e o lazer, pois,

para Dumazedier (2008, p. 19-20), “Desde o nascimento da sociedade industrial, os

pensadores sociais do século XIX previam a importância do lazer [...]”. Ainda sobre a

relação entre o lazer e a revolução industrial, Dumazedier (1980), acredita que o

lazer instituiu-se, especialmente, no mesmo momento histórico e que este surgiu

como uma alternativa para o equilíbrio social.

Outro ponto que aproxima lazer e turismo é a questão econômica que ambos

adquiriram ao longo dos anos. No caso do lazer, as questões econômicas passaram

a ter maior impacto no ano de 1970. Neste momento o mesmo passou a ser

entendido sob as óticas econômicas e isto fez com que as atividades que o

envolviam passassem a ser vistas como um espaço de consumo e, assim,

contribuísse para a economia de muitas regiões.

Para melhor compreender a importância do lazer na sociedade atual, julgou-

se necessário neste estudo apoiar-se, também, de maneira sólida e persistente no

que assegura a Constituição Federal de 1988, mais especificamente nos Art. 6º e

Art. 7º do item 4º, no qual concebe o lazer como um direito social e no Art. 217 § 3º

que salienta a ideia de que o poder público tem a obrigação de proporcionar à

sociedade o incentivo ao lazer e a prática do desporto.

Sobre as obrigações politicas acerca do lazer, os pesquisadores Christianne

Gomes, Lacerda e Pinheiro (2010, p. 59) acreditam que:

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[...] o Estado não deve deixar de cumprir sua responsabilidade nesse processo político, mas toda a sociedade pode e deve comprometer-se com a gestão de políticas públicas democráticas e participativas, pautadas na construção de um mundo mais justo, digno, inclusivo e sustentável. Além disso, políticas públicas comprometidas com a concretização de direitos sociais assumem o caráter de politicas sociais.

A partir do momento que o lazer passou a ser uma atividade assegurada pela

Constituição Federal de 1988, alguns estados brasileiros passaram a movimentar-se

a respeito do mesmo, como exemplo, cita-se neste estudo com base no que diz

Ruschmann e Sagi (2009) as movimentações do estado de Santa Catarina rumo às

novas mudanças na gestão pública em 2003 mesmo ano que foi criado o Ministério

do Estado de Santa Catarina também realizava outras ações para além do turismo,

como a divisão de sua gestão em “[...] Secretárias de Desenvolvimento Regionais

(SDRs) em 29 municípios-sede de cada região (ampliadas em 2005 para 30 SDRs)”.

(RUSCHMANN; SAGI 2009, p. 121).

A partir das mudanças ocorridas na gestão pública catarinense no ano de

2003, Ruschmann e Sagi (2009, p. 121), afirmam que “as secretarias de nível central

foram restruturadas e criou-se a primeira secretaria estadual do Brasil com o lazer

em pauta: a Secretaria da Organização do Lazer (SOL)”.

Obviamente para que haja condições adequadas de promover momentos de

lazer, as gestões públicas precisam pautar-se em politicas públicas com o intuito de

melhor desenvolver-se acerca do mesmo. Desta forma e considerando que politicas

públicas constituem-se como um conjunto de projetos e programas que objetivam

determinar “[...] o projeto de escolha dos meios para a realização dos objetivos do

governo, com a participação de agentes públicos e privados.” (BUCCI apud

CHEMIN, 2010, p. 62), acredita-se que a parceria com agentes privados agrega

mais êxito nas propostas/projetos de lazer.

Neste sentido, pensa-se na proposta central deste trabalho (cicloturismo), em

firmar parcerias com algumas empresas privadas do município de Sombrio (SC),

porém sabe-se também que é a gestão pública que deve moldar-se de maneira

adequada para a melhor promoção da proposta, uma vez que conforme salienta

Chemin (2011, p. 85) “O lazer tem relação direta com a qualidade de vida e esta tem

ligação, além de outros aspectos, com uma eficiente politica de desenvolvimento

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urbano, com o desenvolvimento das funções sociais da cidade para garantir o bem

estar dos seus habitantes”.

Assim sendo, percebe-se, com maior clareza, que os projetos que visam o

lazer, constituem-se, por meio da junção de diferentes áreas entre os órgãos

públicos e privados. Salienta-se, porém, que a união entre o poder público e as

empresas privadas não são uma condição exclusiva para que se desenvolvam

projetos que ofertem a comunidade momentos de lazer, ou seja, o poder público

assim como as empresas privadas podem desenvolver projetos de lazer sem

atuarem juntas.

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3.3 O cicloturismo e sua roteirização: definições e perspectivas para a

atividade

A formação de possibilidades de lazer em pequenos municípios tem por

característica a atuação de suas prefeituras na construção de espaços que possam

servir de locais de prática de lazer. Tais espaços podem ser desde parques, locais

para caminhadas, quadras esportivas, pistas de bicicleta, patins ou skate, campos

de futebol, entre outros. Assim, promover o lazer e possibilitar a presença do turismo

em pequenos municípios concebe-se pela realização de projetos que possibilitem o

acesso, da população, a para s onde os mesmos possam ser realizados.

Nesse contexto, projetos em torno, por exemplo, do cicloturismo, que

segundo Antonio Olinto (2014) é uma atividade turística na qual se faz uso de

bicicletas como um veículo para viajar ganha força nos últimos anos, haja vista a

construção de inúmeros quilômetros de ciclovias ou ciclofaixas em todo o país. Com

isso, o desenvolvimento da utilização de bicicletas no cotidiano das pessoas,

favorece a aproximação com este meio de transporte e incita sua utilização também

para atividades recreativas e/ ou culturais, já que para Amaral Et. al (2015, p. 07):

[...] A bicicleta é uma dádiva, sobretudo para quem vive em comunidades urbanas, pois ela desobstrui o espaço público, aumenta a segurança viária, tranquiliza nossas relações, economiza nossa renda e nossos impostos, nos dá autonomia e agilidade. Ela também é uma oferenda para a natureza, pois demanda pouquíssima matéria prima para fabricação, consome poucos recursos para sua infraestrutura viária, não empesteia o ar, é silenciosa e, misturando-se, embeleza a paisagem.

A bicicleta teve, com o passar dos anos, desde seu surgimento até a idade

contemporânea, diferentes olhares da sociedade elitista, principalmente acerca de

como a mesma representa-se socialmente. Pode-se destacar que a mesma vinha

sendo, na maioria das vezes, relacionada a um símbolo de pobreza, porém a partir

do momento em que ciclistas “[...] autodenominados ou não de cicloativistas [...]”

(AMARAL Et al, 2015, p. 08), passaram a desenvolver ações que promoviam a

bicicleta, a mesma passou a ter maior visibilidade na sociedade e isto fez com que

as atividades envolvendo a bicicleta passassem a ser encaradas sob outras óticas.

Para que se obtenha êxito nos projetos que visem o fomento do turismo e do

lazer é necessário um bom planejamento. De acordo com Miguel Bahl (2006, p. 298)

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“Dentre a diversidade de atividades inerentes ao planejamento turístico, a mais

evidente é a elaboração de roteiros formatados como produtos, pois resumem um

processo de ordenação de elementos intervenientes na efetivação de uma viagem”.

Ainda acerca da importância do planejamento, Bahl (2006, p. 298) diz que,

“[...] um roteiro sincroniza os fatores envolvidos em uma viagem, ou seja: espaço-

tempo, bens e serviços. Nesse aspecto, há o espaço físico a ser percorrido, o tempo

disponível para usufruir uma programação e para percorrer um espaço, assim como

os bens e serviços vinculados”.

Para melhor utilização da bicicleta em espaços urbanos e rurais é

imprescindível à criação de roteiros que favoreçam o fluxo e que possibilitem à

população e turistas que nos locais pedalados tenham também alternativas culturais

para o fortalecimento de atrativos turístico/ culturais locais. Porém para melhor

compreensão dos processos necessários para a criação de roteiros que favoreçam a

utilização de bicicletas, faz-se necessário deixar claro que há diferenças entre

roteirização, roteiros turísticos, atrativo turístico e rota turística (BRASIL, 2010).

No intuito de apresentar a diferença entre roteiros turísticos, roteirização,

atrativo turístico e rota turística, fizeram-se algumas leituras, dentre elas de

documentos do Ministério do Turismo, nos quais se podem compreender os

conceitos de cada um. Conforme o documento, roteirização “[...], é uma estratégia

mercadológica, na qual – por meio de uma atuação coletiva – estados e municípios

conquistam diferentes mercados e minimizam os custos de suas ações” (BRASIL,

2010, p. 28). Já roteiro turístico é o:

[...] Itinerário caracterizado por um ou mais elementos que lhe conferem identidade. É definido e estruturado para fins de planejamento, gestão, promoção e comercialização turística. Um roteiro pode perpassar uma ou várias regiões, assim como uma ou várias rotas – sendo eminentemente temático. (BRASIL, 2010, p. 29).

Atrativo turístico, por sua vez refere-se ao “[...] Local, objeto, equipamento,

pessoas, fenômenos, eventos ou manifestações capazes de motivar o deslocamento

de visitantes para conhecê-lo.” (Ibidem). Já em relação à rota turística, o mesmo

documento conceitua a mesma como sendo o:

Percurso continuado e delimitado cuja identidade é reforçada ou atribuída pela utilização turística. Uma rota pode contemplar vários roteiros e perpassar várias regiões. Isto é, o turismo utiliza a História

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como atrativo para fins de promoção e comercialização turística. Eis alguns exemplos: Estrada Real, Rota dos Tropeiros etc., onde o turista percorre o mesmo caminho percorrido por alguns personagens de uma determinada época.

Entendendo que roteirização caracteriza-se por ser o processo no qual se

organiza todas as exigências necessárias para a criação de roteiros turísticos e que

roteiro turístico é o produto final do processo de roteirização (o material que ficará

disponível ao público alvo), entende-se que ambos são de suma importância no que

diz respeito ao planejamento e a organização de quaisquer projetos turísticos

(BRASIL, 2010), neste caso no processo de construção do roteiro de cicloturismo já

que esta é a proposta de ação do presente estudo.

Como exemplo de uma roteirização efetivada profissionalmente no estado de

Santa Catarina, pode-se citar o Circuito do Vale Europeu, que de acordo com o site

do mesmo, dispõe do primeiro roteiro no Brasil planejado especialmente para ser

percorrido de bicicleta num total de 300 km com início e término na cidade de Timbó

– SC, acerca de 30 km de Blumenau. Além do Circuito a ser percorrido de bicicleta,

a região possui diversas opções e infraestrutura turística para a prática de outros

esportes de aventura, como rafting, rapel e caminhadas. A tradição do ciclismo é

também um dos traços da cultura local. Diariamente, famílias inteiras utilizam a

bicicleta como meio de transporte. Por isso, o cicloturista é encarado com muita

naturalidade e encontra uns elementos em torno da receptividade turística

(CIRCUITO VALE EUROPEU, 2016).

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4 METODOLOGIA CIENTIFICA E TÉCNICAS DE PESQUISA

Neste capítulo são apresentados alguns elementos relevantes para

organização deste projeto, tais como as características da metodologia científica, o

tipo de abordagem utilizada na realização deste estudo, além de outros fatores que

foram importantes para elaboração e conclusão das pesquisas.

4.1 Conhecimento Científico

Um estudo ou projeto científico tem por necessidade que contemplar as

razões pelas quais o mesmo se estabelece, e, nesse sentido, fazer parte de um

contexto de formação do conhecimento acadêmico/científico. Para isso, faz-se

necessária uma análise em torno do conhecimento como elemento fundamental de

uma pesquisa, e, para tanto, pode-se afirmar que “O conhecimento científico vai

além do empírico, procurando compreender, além do ente, do objeto, do fato e do

fenômeno, sua estrutura, sua organização e funcionamento, sua composição, suas

causas e leis” (CERVO, 2007, p.7).

Com a mesma linha de pensamento Gressler (2007, p. 33) afirma que “[...] o

conhecimento científico consiste em um saber ordenado e lógico que possibilita a

formação de ideias, num processo complexo de pesquisa, análise e síntese”.

Neste projeto o conhecimento científico foi adquirido por meio de pesquisas

realizadas nos mais variados documentos, podendo-se assim analisar a atual

realidade do Município de Sombrio, e seus municípios limítrofes, bem como estudo

de implementação do projeto de ação. Sabe-se que o conhecimento é partícipe de

toda a formação de um estudo e somente a partir do conhecimento e da

comprovação é que se estabelece a veracidade científica como conceito.

4.2 Pesquisa Bibliográfica

De acordo com Organização Mundial do Turismo (OMT) (2005, p. 03), pode-

se afirmar que “a pesquisa atua como uma ferramenta necessária a todos os

processos de crescimento e desenvolvimento tecnológico de empresas e setores

econômicos, não apenas para indústria, mas para todos os que precisam se adaptar

as novas exigências do mundo atual”.

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Entendendo-se a relevância da pesquisa na atualidade, faz-se necessário

ressaltar que a pesquisa bibliográfica se faz de extrema importância, pois leva ao

conhecimento mais apurado dos conceitos pesquisados e expostos em relação aos

temas estudados. De acordo com Marconi e Lakatos (2012, p.57), “[...] a principal

finalidade da pesquisa bibliográfica é possibilitar ao pesquisador o contato direto

com tudo o que já foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto”.

Neste estudo fez-se o uso de pesquisas bibliográficas para produção da

fundamentação teórica com maior ênfase. Buscou-se, portanto, entender a

contribuição de estudiosos de diversos temas referentes ao estudo aqui proposto

para que se pudesse compreender como a formação do conhecimento se consolidou

nas áreas afins. Para tanto, deu-se relevância a autores como TOSQUI (2007),

GASTAL (2010), GOMES; LACERDA e PINHEIRO (2010), DUMAZEDIER (2008),

RUSCHMANN e SAGI (2009), e CHEMIM (2010), entre outros de importante

relevância para o tema pesquisado neste trabalho.

4.3 Pesquisa Documental

A pesquisa documental se assemelha a pesquisa bibliográfica, no entanto

pode-se ressaltar que a mesma “[...] vale-se de documentos originais, que ainda não

receberam tratamento analítico por nenhum autor. [...] e é uma das técnicas

decisivas para pesquisas sociais e humanas” (HELDER, 2006, apud SÁ-SILVA;

ALMEIDA; GUINDANI, 2009, p. 03). Já para Marconi e Lakatos (2012, p. 48-49), “A

característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita

a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”.

Cabe ressaltar que para construção deste estudo buscou-se informações em

documentos, jornais, presentes no acervo das bibliotecas do IFC e da biblioteca

municipal de Sombrio, em documentos digitais como, por exemplo, o site da

Prefeitura Municipal de Sombrio e em algumas outras fontes de informação.

4.4 Pesquisa Participante

Na pesquisa participante o pesquisador é um agente ativo sob a mesma.

Neste estudo, por exemplo, pode-se afirmar que houve por parte do autor

envolvimento direto nas pesquisas, uma vez que o mesmo desenvolveu seu estágio

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na Secretária de Turismo do Município de Sombrio. Para Bernal (2006 apud

MARCONI; LAKATOS, 2012, p. 73), a pesquisa participante “é um enfoque diferente

do método tradicional de se fazer investigação científica, uma vez que

(tradicionalmente consideradas como meros objetos de investigação) como sujeitos

partícipes em interação com os peritos investigadores, nos projetos de pesquisa”.

Já para Cano (2003 apud MARCONI; LAKATOS, 2012, p. 73), a pesquisa

participante nada mais é:

“[...] do que uma atividade investigativa é um processo eminentemente educativo de alto formatação e alto conhecimento da realidade na qual a pessoa, que pertence à comunidade ou ao grupo, sobre os quais recai o estudo, tenha uma participação direta na produção do conhecimento sobre a realidade”.

Como mencionado anteriormente o estágio se deu na Secretária de Turismo

de Sombrio e isto possibilitou ao estagiário conhecer a realidade municipal em

relação ao turismo. Assim sendo, pode-se dizer que neste estudo houve a pesquisa

participante no momento em que o autor se torna atuante no projeto e na condução

da pesquisa, ou seja, é o pesquisador e parte do objeto de pesquisa.

4.5 Abordagem Qualitativa

A pesquisa qualitativa é também conhecida como pesquisa exploratória uma

vez que a mesma tem como objetivo entender e interpretar de maneira bastante

consistente o se propõe estudar.

Ao optar-se em fazer uso da pesquisa qualitativa para o desenvolvimento

deste estudo, pensou-se em analisar o fenômeno do turismo com o intuito de melhor

compreender os argumentos apresentados, uma vez que “A pesquisa qualitativa

caracteriza-se pela tentativa de compreensão detalhada dos significados e [...]

argumenta-se que essa forma de pesquisa é aplicável para o levantamento de

hipóteses [...]” (PINHEIRO, 2010, p. 20). Ainda neste contexto a OMT (2006, p. 187)

“A análise qualitativa é outra forma de abordar a realidade do setor turístico;

entretanto, não deve ser considerada uma metodologia alternativa à análise

quantitativa, mas sim uma metodologia complementar”.

A utilização da abordagem qualitativa durante o estágio possibilitou a

verificação in loco da realidade dos agentes responsáveis pelo setor turístico no

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município de Sombrio e municípios limítrofes. Pode-se dizer que, ao tratar da

formação de roteiro e da constituição de uma especificidade que não é linear ou

numérica, fez-se uma abordagem que dá centralidade a funções relacionadas á

compreensão dos locais, sua cultura, aos contextos, não se apegando simplesmente

à materialidade ou à quantificação.

4.6 Método Dedutivo

O Método Dedutivo para Cervo (2007, p.46) “[...] é a argumentação que torna

explícitas verdades particulares contidas em verdades universais”. O ponto de

partida é o antecedente, que afirma uma verdade universal, e o ponto de chegada é

o consequente, que afirma uma verdade particular ou menos geral contida

implicitamente no primeiro.

Com a mesma percepção Fachin (2006, p. 32-33) afirma que é o método no

qual o pesquisador parte do geral para o particular, do conhecimento universal para

o conhecimento particular. Diferente do método indutivo no qual oferece

probabilidades, o método dedutivo oferece certezas.

O método Dedutivo foi utilizado neste projeto para um melhor entendimento

da funcionalidade e aplicação do mesmo. Possibilitando a melhor compreensão da

atividade já existente, o cicloturismo no mundo e em cidades do Brasil, e, a partir

deste, fazendo-se uma adaptação para o município de Sombrio e municípios

limítrofes.

4.7 Procedimentos metodológicos

Apesar de se tratar de um projeto de ação, alguns procedimentos foram

seguidos para a realização deste estudo. Assim sendo, tratou-se de, inicialmente

buscar informações que pudessem contribuir para o desenvolvimento deste estudo

na biblioteca municipal. Esta busca ocorreu entre agosto e setembro, estabelecendo

a compreensão da necessidade de perceber a cultura do município como elemento

que pudesse ser trabalhado neste estudo. Assim, deu-se, a partir deste momento, a

compreensão da possibilidade de realizar-se um estudo que pudesse agrupar novas

formas de turismo com o aproveitamento da riqueza cultural de Sombrio.

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Num segundo momento, a busca por informações referentes à

fundamentação teórica, deu-se, principalmente no período noturno, de agosto á

outubro, na biblioteca do Campus Avançado Sombrio. Além disso, foram utilizados

sites e outras informações em revistas especializadas para alavancar a

compreensão do turismo como uma atividade econômica.

Quanto à roteirização, os trechos foram inicialmente realizados de carro,

durante os finais de semana, para que se pudesse entender o grau de dificuldade

dos mesmos, bem como, analisar os atrativos ali dispostos. Procurou-se fazer no

período da manhã, dirigindo em velocidade baixa para que se pudesse avistar as

potencialidades. Também foi utilizado o mapeamento pelo Google Maps para uma

melhor compreensão dos roteiros aqui propostos entre distâncias a serem

percorridas.

Quanto ao projeto, foram feitas várias reuniões com o orientador do estudo e

discutido parcerias entre os entes envolvidos. Além disso, foram realizadas visitas à

loja de bicicletas BAIKE MANIA, onde possibilitou um maior entendimento de que

tipo de bicicleta e acessórios seria utilizado neste projeto.

Acrescentou-se também ao projeto, mais especificamente por meio do

paraciclo (dispositivo utilizado para a fixação de bicicletas – modelo SESC), a

conscientização do uso de bicicletas no meio urbano como uma opção viável para se

repensar o melhor aproveitamento dos espaços destinados aos estacionamentos de

veículos no perímetro urbano no município de Sombrio.

A troca de ideias em discussão com o orientador ao longo do desenvolvimento

deste projeto possibilitou ainda o surgimento de acrescentar ao mesmo a

implantação de um Centro de Informações Turísticas, para melhor assessoramento

aos visitantes. Com isso pensou-se na valorização de um agente ligado diretamente

ao turismo, onde se entra em parceria terceirizada com a Empresa Bixo do Mato

Ecoturismo, na conduta dos visitantes nas rotas propostas.

Outra parceria a ser firmada foi com o Shopping Japonês, devido à concessão

do espaço para a implantação de um Centro de Informações Turísticas (CIT), com

retorno financeiro ao mesmo com a venda dos roteiros aqui exposto. Com isso,

proporcionou-se fazer um levantamento de orçamentos para a implantação do

mesmo.

Para a implantação do CIT, pensou-se em possibilidades que pudessem

desenvolver da melhor maneira possível à gestão administrativa do mesmo, além de

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sugerir à Diretoria de Turismo de Sombrio a implantação do cicloturismo, fazendo

com que haja um maior fortalecimento entre os vínculos dos agentes públicos e

privados do município.

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5 PROPOSTA DE AÇÃO

Nesta seção do presente estudo, apresenta-se a proposta de ação, cujo

objetivo é à criação de roteiros cicloturísticos para o município de Sombrio (SC) e os

municípios limítrofes do mesmo.

Ressalta-se que o plano de ação que neste estudo se apresenta foi pensado

no intuito de fomentar a cultura local do município de Sombrio (SC) e dos demais

municípios limítrofes que fazem parte do roteiro proposto, além, é claro, de

desenvolver os atrativos turísticos das regiões exploradas na proposta, por meio do

mapeamento de roteiros de cicloturismo.

Assim, inicialmente propõem-se identificar os atrativos turísticos referentes

aos roteiros e, nesse sentido, procurou-se apontar aqueles que têm relativo

interesse relacionado ao tema ‘histórico cultural’ ou de contemplação pelo apelo

visual/ paisagístico como pontos de partida de análise.

5.1 Pontos Turísticos Culturais e/ ou de beleza visual e paisagística

O município de Sombrio (SC), como já mencionado anteriormente no

presente estudo, possui de acordo com o IBGE (2014), uma área territorial de

143,329 Km² entre os perímetros rurais e urbanos.

Entendendo que o lazer e seus respectivos lugares de desenvolvimento

podem oferecer muitos benefícios para o individuo e que mesmo sendo, o lazer, algo

assegurado por lei, há ainda uma busca constante pela realização do mesmo como,

de fato, deve acontecer. Esta seção do presente estudo objetiva apresentar uma

proposta de ação com o intuito de melhor desenvolver o lazer por meio de atividades

que envolvam as bicicletas.

5.1.1 Complexo Esportivo Sant´ Helena (Roteiro 1, 2, 3 e 4)

O Complexo Esportivo Sant’ Helena, hoje nomeado Centro de Eventos

Municipal Multiuso devido às reformas feitas na atual gestão municipal (2013 a

2016), localiza-se no Bairro Parque das Avenidas, esquina com a AV. Papa João

XXIII, e AV. Nereu Ramos a 500 metros do Shopping Outlet Japonês. Na sequencia,

pode-se visualizar o Centro de Eventos Municipal Multiuso, por meio da Imagem 09:

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Imagem 09 - Centro de Eventos Municipal Multiuso

Fonte: Autor, 2016.

Em anexo ao Centro de Eventos encontramos o Estádio Antônio Sant’ Helena,

que também fora outrora conhecido como Campo de Futebol do SEC (Sombrio

Esporte Clube), onde atualmente são realizados jogos, como o Campeonato

Municipal, por exemplo, além, é claro, de sediar outras atividades de integração

comunitária. Ainda em anexo ao Centro de Eventos Multiuso, as pessoas dispõem

de uma academia ao ar livre, de uma pista de skate, de dois Ginásios esportivos

(Ênio B. Costa e Rogério Valerim), e de uma quadra de areia. Como exemplo de um

evento sediado pelo mesmo, pode-se citar a passagem da Tocha Olímpica pelo

município no ano de 2016, cuja representatividade expõe-se por meio de um

monumento.

Pensou-se no Centro de Eventos Multiuso como um ponto turístico cultural do

município de Sombrio a ser explorado nos roteiros que posteriormente serão

apresentados neste estudo, por acreditar na relevante contribuição do mesmo no

que se refere ao desporto municipal. As possibilidades de turismo dentro do Centro

de Eventos Multiuso se enquadram na compreensão das atividades esportivas

desenvolvidas, bem como, na contemplação do espaço para o ócio.

5.1.2 Casa da Cultura de Sombrio (SC)

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A Casa da Cultura de Sombrio (SC) localiza-se na Rua Santo Antônio, n° 225,

Bairro Centro, e tem sua instalação inaugurada em 06/04/2009. Sua efetivação

refere-se à parceria entre a Prefeitura Municipal de Sombrio e o Ministério da

Cultura. O local compõe-se por meio de exposições permanentes que se constituem

por meio de fotos antigas, que mostram um pouco da história de Sombrio e fotos de

época da origem açoriana. Ainda na Casa da Cultura encontramos um espaço

reservado à Tocata, músicos do Grupo Açor Sul que tocam músicas típicas dos

Açores. A Tocata se faz presente no local nas terças e quintas-feiras no período

noturno no intuito de realizar ensaios. Além de todas essas atrações destinadas aos

visitantes, a Casa da Cultura ainda oferece oficinas de dança, violão, guitarra,

violino, pintura, artesanatos, informática, xadrez e teatro.

Ao falar da história cultural do município, não teria como falar da Casa da

Cultura sem citar o grupo de dança açoriana que há mais de uma década

desenvolvem trabalhos no município de Sombrio (SC). Portanto, destaca-se aqui a

importância do grupo de dança Açor Sul no que diz respeito à conquista de um ponto

cultural para o município de Sombrio (SC), o que consequentemente deu origem a

Casa da Cultura. Desde o seu surgimento, em maio de 1999 até os dias de hoje o

grupo Açor Sul se preocupa em manter as tradições açorianas, evidenciando-as por

meio de danças típicas dos açores, divulgando, assim o município em diversas

cidades das regiões onde se apresentam.

Ressalta-se que a senhora, Clair Hahn Fermiano foi à idealizadora do grupo

Açor Sul, quando iniciou um trabalho de estudos açorianos com alunos de 4ª série

do Ensino Fundamental, com o propósito de promover no município a valorização da

cultura dos primeiros imigrantes da região (os açorianos), assim como mostra a

Imagem 10 atual a seguir da Casa da Cultura de Sombrio:

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Imagem 10 - Casa da Cultura de Sombrio (SC)

Fonte: Autor, 2016.

A Casa da Cultura tem como atrativo principal ao cicloturista, o conhecimento

do espaço, a observação das práticas diárias que ali acontecem bem como a

possibilidade de observação de painéis de fotos que retratam a história do município

por meio do Arraial Fest (festa tradicional que acontece de dois em dois ano no

município), além de outros elementos culturais como fantasias que retratam a cultura

açoriana no município.

5.1.3 Calçadão Cultural de Sombrio (SC)

O calçadão Cultural de Sombrio foi um projeto que teve seu surgimento em

1998 por meio do artista plástico, Jone Araújo que objetivava o intuito de evidenciar

a memória da cidade por meio de obras que representassem a mesma. A instalação

inicial da mesma endereçava-se na AV. Nereu Ramos, n° 1167, Bairro Centro,

Sombrio. Toda via no ano de 2016 o mesmo foi removido para a AV. Getúlio Vargas,

também no Bairro centro de Sombrio, por meio de um projeto de revitalização

realizado no ano de 2015/2016.

Jone Araújo efetuou uma pesquisa junto à comunidade de Sombrio (SC), a

fim de entender os aspectos mais relevantes entre a história e sua cultura e por meio

da arte utilizou a técnica de mosaico para deixar registrado no calçadão cultural de

Sombrio, representações que simbolizam a cultura sombriense. Além dos mosaicos

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o calçadão dispõe também de outras obras como, vasos de cerâmica, cabines

telefônicas abrigadas por canoas, bancos com formas de remo nos encostos, figuras

de ferro em formato de Tear. Enfim, a obra do calçadão evidencia costumes, lendas,

tradições, religiosidade e educação, como mostra a Imagem 11:

Imagem 11 - Calçadão Cultural de Sombrio (SC)

Fonte: Autor, 2016.

A Imagem 11 mostra o Calçadão de maneira mais ampla, já na Imagem 12

pode-se ter uma melhor visualização de um dos treze mosaicos que compõe a

história do Calçadão Cultural de Sombrio:

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Imagem 12 - Mosaico do Calçadão Cultural de Sombrio (SC)

Fonte: Autor, 2016.

O projeto de revitalização da AV. Getúlio Vargas, possibilitou ao município de

Sombrio, ter na atualidade o maior calçadão do Estado de Santa Catarina com 570

metros de comprimento. A revitalização da avenida, fez com que o município de

Sombrio se tornasse a oitava cidade do estado a ter sua rede de distribuição de

energia subterrânea.

5.1.4. Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua

A Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua de Sombrio é considerada um

patrimônio importante para o município e endereça-se no centro da cidade. A mesma

começou a ser construída no dia 31 de maio de 1940, porém só foi finalizada dez

anos depois. Arquitetonicamente o recinto lembra o estilo gótico e foi projetado

conforme as orientações do Padre João Reitz que objetivava fazer da mesma um

local de destaque na planície onde está localizada como mostra a Imagem 13:

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Imagem 13 - Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua

Fonte: Autor, 2016.

Conforme Farias (2000), para a construção da igreja, foi necessária a ajuda

de 142 pessoas entre homens e jovens trabalhadores, e aproximadamente 90 carros

de boi para o transporte dos materiais necessários. No interior da mesma foram

feitas pinturas de anjos e santos pelo artista plástico José Fernandes mais

conhecido como Zé Diabo, que além de dispor de pinturas que embelezam o interior

da igreja, esculpiu na parede do altar imagens que simbolizam a religião católica,

como mostra a Imagem 14:

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Imagem 14 - Interior da Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua

Fonte: Ângela, 2011.

No mês de dezembro a igreja e seu entorno são decoradas e iluminadas com

tema natalino, proporcionando ao visitante um cenário exclusivo para visitação e

contemplação do clima natalino. Na torre da mesma, é possível por meio de

agendamento deslumbrar de uma vista privilegiada da cidade.

5.1.5. Biblioteca Pública Municipal Cônego João Reitz

A Biblioteca Pública Municipal Cônego João Reitz, recebeu esse nome para

homenagear a pessoa do Padre João Reitz, por ser uma das principais lideranças

responsáveis pela arquitetura e desenvolvimento do município de Sombrio. O prédio

onde hoje se encontra a Biblioteca Municipal de Sombrio localiza-se na Av. Nereu

Ramos, nº 1032, Bairro Centro. O atual endereço da biblioteca foi outrora o

endereço do primeiro prédio da prefeitura de Sombrio durante os anos de 1954 a

1980. Atualmente a Biblioteca Municipal, dispõe de uma arquitetura provinda de uma

revitalização ocorrida no ano de 2007, como mostra a Imagem 15:

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Imagem 15 - Biblioteca Municipal Cônego João Reitz

Fonte: Autor, 2016.

A Biblioteca, além de seu acervo de livros históricos e culturais que mostram

toda a trajetória da construção do município de Sombrio, também dispõe de arquivos

que abrangem também a trajetória histórica cultural dos municípios limítrofes de

Sombrio e região. Dispõem ainda de livros para literatura infantil, contos entre outros

e uma sala de pesquisa com computadores e espaço para divulgação de obras

como livros ou revista de cunho cultural. Por meio de agendamentos é possível a

abertura da mesma para visitação e atendimento ao turista.

5.1.6 Lagoa de Sombrio (SC)

A Lagoa de Sombrio é um atrativo natural que por meio de suas belezas

naturais dispõe de um grande potencial turístico a ser desenvolvido, como por

exemplo, passeios em barcos de pesca artesanal. Traz em sua história a vinda de

João José Guimarães que é reconhecido pela história do município como um dos

primeiros desbravadores das potencialidades das terras sombrienses. A lagoa ainda

é palco de mitos como, por exemplo, de tesouros deixados dentro da Lagoa por

padres jesuítas que fugiam dos bandeirantes. A mesma é também intitulada como a

maior lagoa de água doce do estado de Santa Catarina ficando situada entre cinco

Municípios do Extremo Sul (Sombrio, Santa Rosa do Sul, Balneário Gaivota, São

João do Sul e Passo de Torres), mede 16.368 km de comprimento e cerca de 5 km

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de largura. A sua área é de 54 km2 tendo como profundidade máxima 3 metros. A

Imagem 16 mostra um ponto de contemplação da Lagoa:

Imagem 16 - Lagoa de Sombrio (SC)

Fonte: Autor, 2016.

Na Lagoa nos dias atuais são realizadas apenas atividades como a pesca

artesanal e contemplação da beleza natural que a envolve, não sendo feita nenhuma

atividade para o turismo, apesar de sua potencialidade turística. Já foram

apresentados alguns projetos para estudo ambiental e desaçoriamento da Lagoa

para transporte entre comunidades e para o desenvolvimento de atividades turísticas,

no entanto não há ações sendo realizadas para o andamento destes projetos.

5.1.7 Furnas de Sombrio (SC)

As furnas compõem-se por meio de um conjunto de grutas, localizadas a 2 km

de Sombrio anexo a BR 101. Dentre o conjunto de grutas que juntas formam as

furnas, cita-se aqui que a maior delas corresponde a uma área total de 1.118

metros². Aberta a visitações durante o ano inteiro, as furnas atraem principalmente

turistas movidos pela fé, que se encaminham até a maior gruta da localidade em

busca de visitar uma espécie de altar, no qual as pessoas que por ali passam

deixam lembranças e mensagens de agradecimentos por algo que conquistaram

pela fé, como mostra a Imagem 17:

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Imagem 17 - Furnas de Sombrio (SC)

Fonte: Autor, 2016.

Por meio da história que circunda as Furnas de Sombrio, pode-se perceber

que a mesma é composta por suposições e lendas que tornam a história da mesma

ainda mais instigante, tanto quanto sua formação esculpida pela natureza.

Conforme moradores das localidades, as mesmas foram abrigadas por índios.

Mais adiante chegaram à localidade alguns tropeiros que vinham do Rio Grande Sul

e ao passarem por Sombrio faziam parada nas grutas para pernoitar a abastecer-se

das águas que saiam das rochas e matarem a sede dos animais que com eles

viajavam.

5.1.8 Morro da Santa

O Morro da Santa como assim está intitulado, localiza-se entre os municípios

de Sombrio e Santa Rosa do Sul. Seu acesso é por meio de estradas de chão batido

e alguns trechos de calçamento em sua subida íngreme, onde atinge uma altitude

aproximada de 270 metros, tendo a distância de 6 km do centro de Sombrio. No

local foi instalada a imagem de Nossa Senhora de Aparecida, onde todos os anos no

dia 12 de outubro acontece uma romaria até o alto do morro, onde é celebrada uma

missa em honra do seu dia. Tem uma vista privilegiada em meio às belezas naturais

existente como mostra Imagem 18:

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Imagem 18 - Planície do Morro da Santa

Fonte: Autor, 2016.

Além de mirador com vista para as praias e também para os canyons da

região, as correntes de ar no Morro proporciona condições para a prática de voo

livre. Atualmente a Associação de Voadores do Extremo Sul Catarinense (AVES),

utiliza a área para a prática deste esporte e para a organização de eventos como os

festivais regionais.

5.1.9 Vinícola Bez

A Vinícola Bez esta localizada no Bairro Retiro da União, tendo como acesso

principal a Rodovia José Tiscoski, SC 485, região sudoeste do município de

Sombrio, sendo uma propriedade particular de Ronaldo Bez. No local, existe uma

construção em alvenaria onde são produzidos vinhos e espumantes coloniais a partir

de uvas produzidas na plantação da propriedade, e em alguns casos, uvas de outras

regiões, como é o caso da uva Goethe da região do município de Urussanga (SC). A

Imagem 19 mostra a construção de alvenaria onde acontece a produção de vinho e

espumantes:

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69

Imagem 19 - Vinícola Bez

Fonte: Autor, 2016.

Na propriedade Bez além da produção e fabricação de uvas e vinhos, há dois

açudes com criação de alevinos, tipo Carpa Capim e a Carpa Chilena. Dispõe ainda

de um pomar de frutas como lichia, manga entre outras.

A propriedade possui sua potencialidade expressa no aspecto

histórico/cultural, representada pela produção de vinhos e espumantes, podendo

ainda agregar simultaneamente, áreas de lazer (pesque e pague nos açudes), a

produção de geleias e doces para seu próprio consumo e comercialização.

5.1.10 Cachaçaria Daboit

A Cachaçaria Daboit esta localizada na comunidade de Morro do Cipó,

Município de Sombrio, onde seu acesso principal fica pela Rodovia SC 485. A

mesma é uma propriedade particular de Luís Tadeu Daboit, que trabalha com

produção artesanal de cachaça, e também oferecem serviços de almoço para

pequenos grupos (agendados), sendo um serviço informal, pois sua principal fonte

de renda é a comercialização de cachaça. A Imagem 20 mostra a construção onde

se faz a moagem da cana de açúcar:

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Imagem 20 - Cachaçaria Daboit

Fonte: Autor, 2016.

A Cachaçaria se identifica como uma condicionante a produção de cachaça e

seus derivados (puxa-puxa, pé-de-moleque entre outros), conta ainda com outros

serviços apresentados anteriormente, destacando-se em sua identidade cultural

como gastronomia ítalo-brasileira.

5.1.11 Sítio Frezza

O Sítio Frezza é uma propriedade particular de Osni Frezza e família,

localizada na comunidade de Vista Alegre, divisa dos municípios de Sombrio e Ermo

(SC), sendo seu acesso principal por estrada geral de chão batido. Possui como

principal atrativo turístico além das belezas naturais, uma gruta com a réplica da

imagem de Nossa Senhora Aparecida localizada em meio a uma trilha ecológica

dentro de sua propriedade. A Imagem 21 mostra a entrada ao Sítio:

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Imagem 21 - Portal de entrada Sítio Frezza

Fonte: Autor, 2016.

A propriedade dispõe de uma serraria movida a água em frente à residência do

Sr. Osni, construída em madeira há cerca de dois anos e reconhecida na região como

um atrativo. Possui também um açude localizado próximo à trilha, além de um acervo

de aproximadamente 50 peças antigas como: louças, quadros, dinheiro, ferramentas

agrícolas expostas em lugar específico de sua propriedade. Existe também um

espaço modificado para realização de festas com capacidade para 200 pessoas,

além da produção de queijo colonial e com agendamento recebem uma demanda de

turistas e grupos escolares.

A cultura histórica da família se faz presente na arte de fazer e produzir, na

culinária, no artesanato, nas construções feitas dentro da propriedade, sendo forte

condicionante como potencialidades dos atrativos da região.

5.1.12 Maria do Chá

Maria da Rosa Santos, mais conhecida por Maria do Chá, tem sua

propriedade localizada na comunidade de Garuva Nova, município de Sombrio, a

quatro km da Rodovia SC 485, tendo como acesso principal, uma estrada de chão

batido. Como atividade principal a comercialização de seus chás, dom este herdado

por sua avó. Em seu horto cultiva quase todas as ervas medicinais que utiliza para

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72

fabricação dos chás. A Imagem 22 mostra os recipientes em que separa as ervas

medicinais:

Imagem 22 - Ervas Medicinais

Fonte: Autor, 2016.

Maria do Chá, além do plantio e manejo das ervas medicinais, também serve

café colonial e pratos típicos da culinária italiana conforme agendamento com

capacidade para 15 pessoas. Pode-se ressaltar como potencialidades além da

comercialização dos chás ou ervas medicinais, a recepção de grupos com a

elaboração de café colonial e almoço.

5.1.13 Morro da Moça

O Morro da Moça está situado na divisa entre os municípios de Sombrio e

Santa Rosa do Sul, seu acesso principal se faz pela Rodovia SC 485, onde se

precisam percorrer quatro km de estrada de chão batido para se chegar ao melhor

ponto de visitação, que fica na propriedade particular de Manuel João Cardoso. A

Imagem 23 mostra o Morro em uma visão lateral:

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Imagem 23 - Vista lateral do Morro da Moça

Fonte: Autor, 2016.

Na propriedade de seu Manuel ou Maneca como é conhecido, fica o início do

morro, que ainda dispõe de uma trilha de 1,5 km até uma gruta existente na caverna

do Morro da Moça. Possuí um lugar amplo para festas, churrasqueiras, piscinas e

lugar para descanso e contemplação, tudo com agendamento prévio, não servindo

qualquer tipo de refeição.

O Morro da Moça além de suas belezas naturais é provido de mitos sobre seu

respectivo nome, como conta seu Maneca, sobre a aparição de uma linda moça aos

antigos moradores da região, mas seu Maneca ainda se refere à verdadeira razão

pela qual se deu o nome do Morro, que visto a uma certa distância, tem-se o formato

de uma linda moça esculpida em seu paredão.

5.1.14 Museu Rural Municipal de Vista Alegre

O Museu Rural Municipal está localizado na comunidade de Vista Alegre,

sendo esta uma comunidade limítrofe ao município de Sombrio e o município de

Ermo (SC). O principal acesso a comunidade é feita pela Rodovia SC 108, que liga

os municípios de Ermo a Jacinto Machado, estando há 8 km do município de Ermo,

e 12 km do município de Sombrio. O Museu era a antiga casa de seu Abel Antônio

Acord, um dos primeiros habitantes da comunidade, que também é conhecida como

Morro do Loro e que foi doada pela família para a prefeitura de Ermo após o

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falecimento de seu Abel. A Imagem 24 mostra uma parte da área do espaço onde se

encontra o Museu:

Imagem 24 - Museu Rural Municipal de Vista Alegre

Fonte: Autor, 2016.

O Museu Rural Municipal traz à comunidade o resgate histórico/cultural de seu

povo por meio de suas trezentas peças (como bules, chaleiras, gadanhas, serrotes,

entre outros objetos que resgatam a cultura antiga), que se encontram em exposição

no mesmo. O local também se encontra aberto ao público em dias não convencionais

mediante agendamento, tendo um público constante de visitações, ocasionando

assim o fortalecimento do turismo local.

5.1.15 Centro de Tradições Gaúchas – CTG Sul Catarinense

O Centro de Tradições Gaúchas – CTG Sul Catarinense está localizado no

Bairro Lagoa de Fora, em Balneário Gaivota, tendo como seu principal acesso a Rua

Almiro Manoel de Souza, a três km da Rodovia Pref. José Tiscoski SC 449. Teve

como seu fundador André Alves da Silva Sobrinho, em 02 de dezembro de 1972, e

mantem atualmente seus costumes e tradições folclóricas, tendo suas festividades

até os dias atuais sendo realizadas no início do mês de dezembro. A Imagem 25

mostra o portal de entrada do CTG:

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Imagem 25 - Portal de entrada do CTG Sul Catarinense

Fonte: Antoneli, 2011.

O CTG Sul Catarinense localizado no município de Balneário Gaivota

pertencia ao município de Sombrio até o ano de 1995, porém com a sua

emancipação política, o mesmo passou a prestar seus serviços ao parque do CTG.

O município de Balneário Gaivota tem seu maior segmento no turismo de sol

e praia, e por isso é muito procurado por veranistas dos municípios vizinhos,

principalmente vindos do Rio Grande do Sul. Desta forma, o fortalecimento de

vínculos nos quesitos tradicionalistas (como as danças folclóricas, gineteadas, entre

outros) se destacam no município. A Imagem 26 mostra o fluxo de turistas na alta

temporada no município citado:

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Imagem 26 - Balneário Gaivota na alta temporada de verão

Fonte: Cardoso, 2011.

O município de Balneário Gaivota (SC) possui um grande potencial turístico

devido as belezas naturais existentes no mesmo. Por meio de pesquisas no site do

IBGE, censo (2010), informou-se que a população total do município é de 8.234,

chegando a quase 50 000 mil pessoas na alta temporada de verão, que vem até o

Balneário movido pelo turismo de sol e praia.

5.2 Roteirização cicloturística entre os pontos turísticos culturais e/ou de beleza

visual e paisagística

A inadequada utilização dos espaços públicos é um ponto preocupante da

atualidade, no entanto pensar nesses espaços como locais propícios para o

desenvolvimento de atividades que envolvam o lazer pode ser uma solução para

esse agravante. E é neste sentido que se pensa que a proposta do cicloturismo tem

muito a contribuir para o melhor aproveitamento das ciclovias já construídas no

município de Sombrio (SC). No perímetro urbano, o município já dispõe de 8.5 Km

de ciclovias.

Os roteiros foram elencados em níveis, os quais compreendem a seguinte

dinâmica:

Nível 01: Constitui-se por meio de trajetos simples e leves, podendo, desta

forma, ser realizado por qualquer pessoa que saiba e goste de pedalar, uma vez que

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os roteiros que se encaixam neste nível não exigem dos participantes muito esforço

físico.

- Nível 02: Constitui-se a partir de trajetos maiores, principalmente se

comparados aos roteiros de nível 01. Por conta disto, há a necessidade de mais

preparação física para o melhor desenvolvimento do roteiro.

- Nível 03: Constitui-se por meio de roteiros mais complexos que exigem dos

cicloturistas, maior preparo físico devido ao longo trajeto a ser percorrido e as

subidas íngremes existentes no mesmo.

5.2.1 Primeiro Roteiro: Sombrio Minha História

Percurso total: 4,66km, ida e volta - nível 01.

Destaques do roteiro: Calçadão Cultural e Igreja Matriz Santo Antônio de

Pádua, Sombrio (SC).

Valor: R$ 30,00 por pessoa (As crianças menores de cinco anos são

obrigatórias o uso da cadeirinha e estarem sempre acompanhadas pelos pais ou

pelo responsável legal. Vale ressaltar que as mesmas não pagam).

No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia

turístico; seguro individual (ANEXO A); ingresso se necessário; carro de apoio caso

necessário; itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa

com água, e cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade).

O roteiro terá como ponto de saída o Centro de Informações Turísticas (CIT)

(proposta exposta nos capítulos a seguir), que será instalado nas dependências do

estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII. A

primeira parada dar-se-á no Complexo Esportivo Sant’Helena na Av. Nereu Ramos

ao lado esquerdo e no sentido Norte da mesma.

Em seguida os cicloturistas irão se dirigir ao próximo ponto de parada,

seguindo ao lado direito, no sentido Sul ainda na Av. Nereu Ramos. Neste trecho os

mesmos poderão visualizar o Fórum da Comarca de Sombrio que fica instalado ao

lado esquerdo da avenida. Mais adiante os mesmos farão parada ao lado direito da

avenida, no Hotel Maria Rita, instalado na esquina com a Rua Santo Antônio. Ao

seguirem adiante ainda na Rua Santo Antônio os participantes do roteiro terão a

oportunidade de realizarem parada na Casa de Cultura de Sombrio. Retornando

para a Avenida Nereu Ramos, os cicloturistas seguirão pela mesma, no sentido Sul

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até a rótula central no intuito de adentrar na Av. Getúlio Vargas, onde se localiza o

Calçadão Cultural do município e a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua (ambos no

sentido Leste).

Após realizarem parada no Calçadão Cultural e na Igreja Matriz, os

participantes do roteiro retornaram no sentido Oeste da mesma, onde poderão

observar, de passagem, algumas agencias bancárias como o Banco do Brasil, Caixa

Econômica e o Sicoob. Ao saírem da Av. Getúlio Vargas, os cicloturistas adentrarão

a Rodovia Prefeito José Tiscoski, passando ao lado do Supermercado Giassi, até

chegarem à via lateral da BR 101 - Rua Teodoro Rodrigues de Oliveira, na qual

seguirá no sentido Norte até chegarem ao Sombrio Moda Shopping, localizado a

direita nas margens da BR 101. Na sequência, seguirá no sentido Norte até

chegarem ao trevo do Outlet.

No intuito de prosseguirem no roteiro, os cicloturistas seguirão pela via lateral

da BR 101 no sentido Sul e adentrarão na primeira esquina, a direita na Rua Adolfo

Tiscoski no sentido Oeste até chegarem à primeira rótula da Rua Adolfo Tiscoski.

Virando a direita da mesma seguirão pela Av. Pref. Francisco Lumertz Júnior no

sentido Norte até chegarem ao Instituto Federal Catarinense onde se fará parada.

Por fim os cicloturistas seguirão ainda no sentido Norte da Av. Pref. Francisco

Lumertz até adentrarem na Rua Aires Medeiros de Souza, seguindo no sentido

Leste até chegarem ao ponto de partida do roteiro, no Centro de Informações. No

Mapa 01, pode-se visualizar o mapa referente ao roteiro:

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Mapa 01 - Roteiro Sombrio Minha História

Fonte: Autor, 2016.

No Mapa 01, como se pode visualizar, mostra com maior clareza a rota

proposta a ser feita pelo centro do município de Sombrio (SC). Ressalta-se, ainda,

que a mesma se constitui por meio de um percurso de nível 01, já que o mesmo

pode ser considerado como leve e de fácil acesso, podendo ser realizado até

mesmo por pessoas com necessidades especiais, como cadeirantes, por exemplo,

já que a ciclovia e as calçadas já se encontram com os devidos padrões de

atendimento a este público.

5.2.2 Segundo Roteiro: Lagoa das Furnas

Percurso total: 8,90 km, ida e volta - nível 01.

Destaques do roteiro: Rota Central de Sombrio, Mirante da Lagoa, Furnas de

Sombrio (SC).

Valor: R$ 30,00 por pessoa (As crianças menores de cinco anos é obrigatório o

uso da cadeirinha e estarem sempre acompanhadas pelos pais ou pelo responsável

legal. Vale ressaltar que as mesmas não pagam).

No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia

turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;

itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água, e

cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade).

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O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do

estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII. A

primeira parada dar-se-á no: Complexo Esportivo Sant’Helena na Av. Nereu Ramos

ao lado esquerdo e no sentido Norte da mesma.

Em seguida os cicloturistas irão se dirigir ao próximo ponto de parada,

seguindo ao lado direito, no sentido Sul ainda na Av. Nereu Ramos. Neste trecho os

mesmos poderão visualizar o Fórum da Comarca de Sombrio que fica instalado ao

lado esquerdo da avenida. Mais adiante os mesmos farão parada ao lado direito da

avenida, no Hotel Maria Rita, instalado na esquina com a Rua Santo Antônio. Ao

seguirem adiante ainda na Rua Santo Antônio os participantes do roteiro, terão a

oportunidade de realizarem parada na Casa de Cultura de Sombrio. Retornando

para a Avenida Nereu Ramos, os cicloturistas seguirão pela mesma, no sentido Sul

até a rótula central no intuito de adentrar na Av. Getúlio Vargas, onde se localiza o

Calçadão Cultural do município e a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua (ambos no

sentido Leste).

Depois de realizada as paradas no Calçadão Cultural de Sombrio e na Igreja

Matriz, todos retornarão à rótula e seguirão no sentido Sul, pela Av. Nereu Ramos

até chegarem à prefeitura municipal de Sombrio localizada a direita da Avenida. Mais

adiante seguirão pela Rua Manoel Teixeira da Rosa, onde ao lado direito, os

mesmos poderão visualizar a Emissora de Rádio FM, Rádio 102.9. Seguindo adiante

no sentido Sul pela Rua Generino Teixeira da Rosa, os cicloturistas terão

oportunidade de passar em frente ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS,

logo à direita, adentraram no sentido Oeste pela Rua Protásio Alves até chegarem a

via lateral da BR 101 onde seguirão pelo sentido Norte até a travessia do elevado da

BR 101, no qual poderão observar a Lagoa de Sombrio.

Ao atravessarem o elevado para a outra via lateral da BR 101, mais

precisamente na Rua José Vicente Claudino, no sentido Sul da mesma, seguirão até

chegarem as Furnas. Além de disporem de uma bela visualização da caverna, os

cicloturistas ainda têm opções de banheiros e lanchonete para uso sempre que

houver necessidade. Ao lado esquerdo da caverna há uma escadaria que dá

acesso ao lado de cima da caverna, cuja vista dispõe de uma unicidade das belezas

naturais que envolvem a Lagoa de Sombrio.

Na sequência retornarão pela via lateral da BR 101 seguindo no sentido Norte

até chegarem ao trevo que liga a Rodovia Pref. José Tiscoski no sentido Oeste, que

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também liga os municípios de Sombrio e Jacinto Machado, com o intuito de

chegarem à Av. Pref. Francisco Lumertz Júnior onde passarão em Frente à Escola

de Ensino Médio Macário Borba – Escola Jovem de Sombrio.

Por fim seguirão ainda no sentido Norte até chegarem ao Instituto Federal

Catarinense para posteriormente seguirem pela Rua Aires Medeiros de Souza até

chegarem ao ponto de partida do roteiro, no CIT. O Mapa 02 mostra o segundo

roteiro:

Mapa 02 - Roteiro Lagoa das Furnas

Fonte: Autor, 2016.

O Mapa 02 mostra com maior clareza a rota a ser feita pelo centro do

município de Sombrio (SC), por meio de alguns pontos culturais, chegando até ao

mirante da Lagoa e a caverna das Furnas. Ressalta-se que este percurso

caracteriza-se como sendo de nível leve e de fácil acesso aos cicloturistas. Esta rota

até as Furnas pode ser feito por pessoas com necessidades especiais, como

cadeirantes.

5.2.3 Terceiro Roteiro: Um Drink a Moça dos Morros

Percurso total: 50,5 km, ida e volta - nível 3.

Horário de saída: 7h, matutino.

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Destaques do roteiro: Rota Central de Sombrio, Mirante da Lagoa, Furnas de

Sombrio (SC), Morro da Santa, Vinícola Bez, Cachaçaria Daboit, Maria do Chá e

Morro da Moça.

Valor: R$ 100,00 por pessoa (As crianças até de onze anos, somente poderão

realizar o percurso se acompanhadas pelos pais ou por um responsável legal).

Ressalta-se que para que este roteiro seja realizado, será necessário no mínimo de

valor R$ 400,00,caso algum cliente queira fazer o roteiro sozinho.

No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia

turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;

itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água, e

cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade).

Este roteiro constitui-se como um percurso que requer maior esforço físico, a

seus participantes, devido à distância a ser percorrida entre suas subidas íngremes

e estradas de chão batido. Neste percurso há algumas sugestões de horários entre

uma parada e outra para melhor aproveitamento do percurso.

O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do

estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII. A

primeira parada dar-se-á no: Complexo Esportivo Sant’Helena na Av. Nereu Ramos

ao lado esquerdo e no sentido Norte da mesma.

Em seguida os cicloturistas irão se dirigir ao próximo ponto de parada,

seguindo ao lado direito, no sentido Sul ainda na Av. Nereu Ramos. Neste trecho os

mesmos poderão visualizar o Fórum da Comarca de Sombrio que fica instalado ao

lado esquerdo da avenida. Mais adiante os mesmos farão parada ao lado direito da

avenida, no Hotel Maria Rita, instalado na esquina com a Rua Santo Antônio. Ao

seguirem adiante ainda na Rua Santo Antônio os participantes do roteiro, terão a

oportunidade de realizarem parada na Casa de Cultura de Sombrio. Retornando

para a Avenida Nereu Ramos, seguirão pela mesma, no sentido Sul até a rótula

central no intuito de adentrar na Av. Getúlio Vargas, onde se localiza o Calçadão

Cultural do município e a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua (ambos no sentido

Leste).

Depois de realizada as paradas no Calçadão Cultural de Sombrio e na Igreja

Matriz, os cicloturistas retornarão à rótula e seguirão no sentido Sul, pela Av. Nereu

Ramos até chegarem à prefeitura municipal de Sombrio localizada a direita da

Avenida. Mais adiante seguirão pela Rua Manoel Teixeira da Rosa, onde ao lado

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direito, os mesmos poderão visualizar a Emissora de Rádio FM, Rádio 102.9.

Seguindo adiante no sentido Sul pela Rua Generino Teixeira da Rosa, todos terão

oportunidade de passar em frente ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS,

logo à direita, adentraram no sentido Oeste pela Rua Protásio Alves até chegarem a

via lateral da BR 101 onde seguirão pelo sentido Norte até a travessia do elevado da

BR 101, no qual poderão observar a Lagoa de Sombrio.

Ao atravessarem o elevado para a outra via lateral da BR 101, mais

precisamente na Rua José Vicente Claudino, no sentido Sul da mesma, seguirão até

chegarem as Furnas. Além de disporem de uma bela visualização da caverna, os

cicloturistas ainda têm opções de banheiros e lanchonete para uso sempre que

houver necessidade. Ao lado esquerdo da caverna há uma escadaria que dá

acesso ao lado de cima da caverna, cuja vista dispõe de uma unicidade das belezas

naturais que envolvem a Lagoa de Sombrio.

Na sequência, todos seguirão ainda no sentido Sul pela via lateral da BR 101

até adentrarem na BR 101 onde seguirão 400 metros também no sentido Sul até

chegarem à próxima via lateral à direita da BR 101 da mesma até chegarem à

comunidade do Bairro Jaguarari, no intuito de seguirem pela Avenida Jaguarari em

direção ao Morro da Santa até chegarem à Rua da APAE onde seguirá no sentido

Oeste com destino à Rua João J. de Matos que faz a ligação com a estrada Geral do

Bairro Boa Esperança.

Ao seguirem no sentido sul da estrada Geral do Bairro Boa Esperança, os

participantes terão, logo em seguida, acesso a uma placa de orientação com alguns

indicativos sobre o Morro da Santa. À direita da mesma há uma subida de 270 m de

altitude até o cume do Morro da Santa, tendo como horário previsto para a chegada

ao alto do Morro da Santa às 10h 30m.

Com o término da contemplação da vista proposta no alto do Morro, os

cicloturistas retomarão a rota e seguirão em sentido a comunidade de Retiro da

União. Para isso será necessário que os participantes desçam o Morro da Santa

com o intuito de chegarem, novamente, a Estrada Geral Boa Esperança, onde

seguirão até adentrarem a Rodovia Pedro Simon no sentido Oeste rumo a Vinícola

Bez, tendo como horário previsto de chegada às 12h para almoçar na propriedade,

além de, também, poderem fazer a degustação dos vinhos produzidos na Vinícola.

Quanto ao horário de saída da propriedade Bez, prevê-se às 13h 30m.

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Após saírem da Vinícola Bez, os cicloturistas retornaram pela Rodovia Pedro

Simon em sentido Oeste, até adentrarem na Estrada Geral do Morro do Cipó, onde

seguirão no sentido Oeste. Ainda na Estrada Geral do Morro do Cipó, os

participantes do percurso, poderão visualizar uma fábrica de cabos de vassouras ao

lado direito da mesma. Seguindo adiante, por cerca de 1 km ao lado esquerdo será

possível observar a pista de Motocross dos Chacais e ao lado direito, a empresa

Turati Alimentos.

Dando prosseguimento ao percurso, no sentido oeste da Estrada Geral do

Morro do Cipó, será possível a visualização de algumas cerâmicas de tijolos e

telhas, que contribuem no setor econômico do município de Sombrio. Ao chegarem à

comunidade de Garuva Nova, adentraram a esquerda pela Estrada Geral da

comunidade no sentido sul onde percorreram cerca de 2 km com destino a

propriedade da Dona Maria do Chá, tendo com horário de chegada as 14h30m e de

saída as 15h30m.

Na sequencia, os mesmos seguirão na direção oeste da ainda na Estrada

Geral da comunidade até a comunidade de Cotovelo, onde se localiza o Morro da

Moça, tendo como previsão de chegada as 16h15m e de saída 17h, já que o

próximo destino será na Cachaçaria Daboit. Localizada na Rodovia José Tiscoski no

sentido leste da mesma. Como horário previsto para chegada à cachaçaria, pensou-

se as 17h30m. Durante a parada na Cachaçaria, os cicloturistas poderão degustar o

caldo de cana produzido na propriedade, além de terem a oportunidade de

adquirirem informações sobre o desenvolvimento histórico da Cachaçaria.

Retomando ao percurso proposto neste roteiro, os participantes deverão

retornar à Rodovia José Tiscoski onde seguirão no sentido Leste até chegarem a AV.

Getúlio Vargas na entrada do Bairro Nova Brasília, Sombrio (SC), até o ponto que

liga a Rodovia José Tiscoski à AV. Pref. Francisco Lumertz Junior. Adentrando a

esquerda seguirão o Instituto Federal Catarinense- IFC. Por fim todos seguirão pela

Rua Aires de Medeiros de Souza, à direita retornando ao Centro de Informações,

tendo como horário previsto de chegada ao Centro de Informação às 19h.

O Mapa 03 ilustra, de maneira clara, o mapa do percurso:

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Mapa 03 - Roteiro Um Drink a Moça dos Morros

Fonte: Autor, 2016.

Como já mencionado, este roteiro apresenta um nível de maior esforço físico

a seus participantes devido à distância a ser percorrida entre suas subidas íngremes

e estradas de chão batido. Tendo também, sugestões de horários entre as paradas

para melhor aproveitamento do percurso, onde este percurso apresenta um roteiro

de mais ou menos 12h.

5.2.4 Quarto Roteiro: Meu Sol, Minha Praia

Percurso total: 42,9 km, entre ida e volta - nível 2.

Horário de saída: 7h da manhã.

Destaques do roteiro: Calçadão Cultural e Igreja Matriz Santo Antônio de

Pádua, Sombrio (SC), Lagoas de Balneário Gaivota e suas belezas naturais.

Valor: R$ 100,00 por pessoa (As crianças até onze anos de idade, somente

poderão realizar o percurso se acompanhadas pelos pais ou por um responsável

legal). Ressalta-se que para que este roteiro seja realizado, será necessário no

mínimo valor de R$ 400,00, caso aja o interesse de se fazer este roteiro com uma

pessoa.

No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia

turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;

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itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água, e

cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade).

O quarto roteiro é aqui apresentado como uma opção de turismo de Sol e

Praia e possui ligação direta entre os municípios de Sombrio e Balneário Gaivota e

tem como opção de saída o período matutino, já que uma das opções é almoçar no

Balneário Gaivota, ou no período vespertino com retorno ao município de Sombrio

no final da tarde. Em relação ao nível deste percurso, pode-se dizer que o mesmo

constitui-se de uma rota de nível 02, uma vez que a mesma não se apresenta tão

leve quando comparada com o primeiro roteiro proposto neste estudo e por não

fazer uso de subidas íngremes quanto o roteiro 03.

O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do

estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII. A

primeira parada dar-se-á no: Complexo Esportivo Sant’Helena na Av. Nereu Ramos

ao lado esquerdo e no sentido Norte da mesma.

Em seguida os cicloturistas irão se dirigir ao próximo ponto de parada,

seguindo ao lado direito, no sentido Sul ainda na Av. Nereu Ramos. Neste trecho os

mesmos poderão visualizar o Fórum da Comarca de Sombrio que fica instalado ao

lado esquerdo da avenida. Mais adiante os mesmos farão parada ao lado direito da

avenida, no Hotel Maria Rita, instalado na esquina com a Rua Santo Antônio. Ao

seguirem adiante ainda na Rua Santo Antônio os participantes do roteiro, terão a

oportunidade de realizarem parada na Casa de Cultura de Sombrio. Retornando

para a Avenida Nereu Ramos, todos seguirão pela mesma, no sentido Sul até a

rótula central no intuito de adentrar na Av. Getúlio Vargas, onde se localiza o

Calçadão Cultural do município e a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua (ambos no

sentido Leste).

Depois de realizada as paradas no Calçadão Cultural de Sombrio e na Igreja

Matriz, todos se deslocarão a esquerda da Igreja Matriz pela Rua João Reitz com

ligação a Rod. Pref. José Tiscoski, onde os mesmo seguirão, também a esquerda no

sentido leste da rodovia.

Logo após os 200 primeiros metros de pedalada pela Rod. Pref. José

Tiscoski, é possível observar o Sistema de Tratamento de Água e Esgoto do

Município de Sombrio (SAMAE). Mais adiante, seguindo no sentido leste da rodovia,

após percorrer 2,6 km se chegará à comunidade de Lagoa de Fora, comunidade

esta que é pertencente ao município de Balneário Gaivota.

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Ao chegarem à comunidade de Lagoa de Fora, os cicloturistas adentrarão a

direita da rodovia no sentido sul, no intuito de chegarem a uma das lagoas existentes

no entorno do município do Balneário. Ressalta-se que na lagoa os memsos

observarão adeptos do esporte de jet ski, que fazem uso da lagoa em competições.

Para acessar os perímetros da lagoa, faz-se necessário o acesso por meio de uma

propriedade particular.

Na sequencia, objetivando retornar ao percurso proposto, os cicloturistas

retornarão à Rodovia José Tiscoski e seguirão desta vez no sentido leste da mesma.

Rumo à próxima parada, os mesmos adentrarão a direita da rodovia, na Estrada

Municipal Manuel Domingos e seguirão no sentido sul, onde visualizarão a

Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), logo mais a frente o Centro de Eventos,

também à direita, o Sítio do Cássio, local de propriedade particular, que promove

eventos e locações do ambiente para festas.

Fazendo um percurso de 6 km ida e volta até a parte sul da lagoa, os

cicloturistas deverão retornar a Rodovia José Tiscoski e seguir novamente no

sentido leste da mesma até chegarem a Av. Interpraias, no Município de Balneário

Gaivota. Fazendo a sequencia do percurso, os participantes do mesmo deverão

encaminhar-se até a AV. Crispim João Pereira, popularmente conhecido como 4ª

Avenida. Da quarta avenida seguirão no sentido leste até a Av. Beirar.

Por conta disto, neste roteiro teremos 4,87 km de AV. Beira Mar, passando por

restaurantes, lanchonetes, quadras de esporte, lojas e entre outros atrativos, que

estão localizados na mesma. Após seguirem pela Avenida Beira Mar no sentido

norte, se chega a Rua da Lagoa, onde se terá acesso à Lagoa Cortada. Este lugar,

embora seja uma propriedade particular está sempre aberta ao público que se

dispuser a ir conhecê-la. Nas dependências da Lagoa Cortada, há um camping

grande, banheiros e uma área de banho considerada segura para os banhistas, o

que torna a parada ainda mais atrativa.

Ao saírem da Lagoa, todos seguirão no sentido Sul pela Rod. Interpraias até

chegarem na AV. Santa Catarina que dá acesso a AV. Guanabara, local onde se

localiza a Prefeitura Municipal de Balneário Gaivota e sua Câmara Municipal de

vereadores. Logo após, ao adentrarem na Rua Espírito Santo à direita e depois à

esquerda para retornar a Rodovia José Tiscoski sentido oeste, no intuito de

retornarem ao município de Sombrio. Porém antes de chegarem a Sombrio, na

comunidade de Lagoa de Fora, novamente terão acesso à Estrada Geral Albino

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Manoel de Souza, onde seguirá no sentido norte objetivando a chegada ao CTG Sul

Catarinense. Para isso farão um percurso com cerca de 3 km de ida e volta entre a

Rodovia José Tiscoski e a Estrada Geral Albino Manoel de Souza.

Ao término da parada no CTG, os envolvidos no percurso deverão retornar a

rodovia que liga Sombrio à Balneário Gaivota, para assim retornarem ao município

de Sombrio, aonde chegarão pela Rua Padre João Reitz até chegarem a AV. Nereu

Ramos, onde poderão visitar a Prefeitura Municipal de Sombrio. Na sequencia

retornarão pela Av. Nereu Ramos no sentido norte, até a AV Getúlio Vargas onde

entraram a esquerda no intuito de poderem voltar no sentido Oeste da mesma. Os

cicloturistas passarão por algumas agencias bancárias como o Banco do Brasil,

Caixa Econômica e o Sicoob.

Saindo da Av. Getúlio Vargas, os mesmos adentraram a Rodovia Prefeito

José Tiscoski passando ao lado do Supermercado Giassi até chegarem à via lateral

da BR 101, Rua Teodoro Rodrigues de Oliveira, sentido Norte até chegarem ao

Sombrio Moda Shopping, localizado as margens da BR 101 a direita da rodovia

federal. Na sequência, seguirá no sentido Norte até chegarem ao trevo do Outlet.

Novamente os mesmos seguirão pela via local, só que agora no sentido Sul e

adentrarão a direita na Rua Adolfo Tiscoski onde seguirão no sentido Oeste até a

primeira rótula e seguirão pela Av. Pref. Francisco Lumertz Júnior, sentido Norte

objetivando a parada no Instituto Federal Catarinense.

Por fim, todos seguirão pela Rua Aires Medeiros de Souza até chegarem ao

ponto de partida do roteiro, no Centro de Informações. O Mapa 04 mostra, de

maneira clara o quarto roteiro:

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Mapa 04 - Roteiro Meu Sol, Minha Praia

Fonte: Autor, 2016.

O quarto roteiro aqui apresentado, além dos aspectos culturais, mostra as

belezas naturais que envolvem os municípios de Sombrio e Balneário Gaivota.

5.2.5 Quinto Roteiro: Ruralidade e Cachoeira

Percurso total: 53,4 km, entre ida e volta, nível 2.

Horário de saída: 7h, matutino.

Destaques do roteiro: Comunidades Rurais, Museu Rural e Cachoeira Linha

Rovaris.

Valor: R$ 125,00 por pessoa (As crianças até onze anos de idade, somente

poderão realizar o percurso se acompanhadas pelos pais ou por um responsável

legal). Ressalta-se que para que este roteiro seja realizado, será necessário um

valor mínimo de R$ 500,00, sendo que haja a possibilidade de algum turista querer

fazer a este roteiro com menos de quatro pessoas.

No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia

turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;

itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água, e

cadeirinha para crianças menores de cinco anos de idade), café da manhã e almoço.

O quinto roteiro é aqui apresentado como uma proposta turística entre as

comunidades rurais e suas potencialidades de atrativos turísticos. O mesmo possui,

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ainda, ligação direta entre os municípios de Sombrio, Ermo e Jacinto Machado, por

isso se pensa como opção de saída do percurso no período matutino, mais

precisamente a partir das 7h da manhã, disponibilizando aos cicloturistas a

possibilidade de passar mais tempo no roteiro, por meio de um almoço sugerido no

Restaurante Delícias e Companhia, no Município de Jacinto Machado (SC), com

retorno ao final da tarde.

Como já mencionado sobre a formação dos níveis do percurso do roteiro, este

também será classificado como um percurso de nível 02, uma vez que o mesmo não

se apresenta como um percurso leve se comparado com o roteiro 01, e não exigindo

tanto esforço físico com subidas íngremes como o que propõe o roteiro 03.

O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do

estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII.

Virando a esquerda no sentido norte pela via lateral da BR 101, Rua Quintino

Manuel Domingos, todos poderão, mais adiante, visualizar a fabrica de sorvetes Q

Mexe.

Dando sequencia ao percurso, os mesmos continuarão pedalando por cerca

de 01 km até chegarem a Rua Três H no Bairro Guarita onde deverão entrar a

esquerda em uma estrada de chão batido. Desta forma, os integrantes do percurso

terão acesso à primeira comunidade a ser visitada por essa rota a comunidade de

Sanga Negra. Neste local, todos poderão observar um local onde se fazem carreira

de cavalos, um campo de futebol, cujas práticas de atividades esportivas são

bastante frequentes.

Ao continuarem seguindo ainda pela estrada geral, os cicloturistas farão a

próxima parada na comunidade do Maracanã, onde farão parada no Sitio Frezza por

volta das 8h da manhã, para tomarem um café colonial e conhecer um pouco mais

da história de toda a região. Ao término do café da manhã, todos serão

encaminhados no sentido oeste da Estrada Geral objetivando-se a chegada à

comunidade de Vista Alegre onde há o Museu Rural, cuja parada se programa para

às 09h30m.

Passando pela comunidade de Vista Alegre, seguindo ainda no sentido oeste,

chegar-se-á à comunidade de Agua Branca, que é a divisa dos municípios de Ermo

e Jacinto Machado. A comunidade de Agua Branca, além das plantações de fumo,

arroz e milho, ainda dispõem de transmissores de rádio AM a chamada Rádio Itaúna.

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Para chegarem ao município de Jacinto Machado, todos deverão deixar a

estrada de chão batido, e adentrar em uma estrada com calçamento na AV. Egídio

Tomasi à esquerda até a AV. Padre Herval Fontanella, onde poderão visualizar o

Complexo Esportivo Albino Zanatta. Seguindo para o Restaurante Delícias e

Compania para poderem almoçar às 12h. Logo após o almoço, todos irão até a

Empresa Bixo do Mato Ecoturismo (Empresa especializada em guias turísticos).

As 13h serão todos encaminhados ao Museu Municipal de Jacinto Machado,

localizado na Rua Governador Celso Ramos. Depois de realizada a visita ao museu,

todos seguirão o roteiro até a Cachoeira da Gruta de Nossa Senhora de Lurdes no

Bairro Linha Rovaris, com acesso pela Rua Sílvio Boff, no sentido oeste até a Rua

Carlos Rovaris, onde deverão entrar a esquerda, no intuito de chegarem à mesma

por volta das 15h e tendo como saída prevista da cachoeira às 16h pela mesma rota

realizada na ida objetivando a volta ao centro de Jacinto Machado, por meio da

ligação pela Rodovia Pref. José Tiscoski com sentido a Cachaçaria Daboit, no

sentido leste da mesma.

Programou-se para se chegar a Cachaçaria Daboit as 17h30m. Após

degustarem o caldo de cana e conversarem sobre a propriedade, todos retornarão

ao Centro de Informações, pela Rodovia José Tiscoski até chegar a AV. Getúlio

Vargas na chegada do Bairro nova Brasília em Sombrio, onde seguirão até a

esquina com a AV. Pref. Francisco Lumertz Junior, onde entram à esquerda e

seguirão até o Instituto Federal Catarinense- IFC.

Para finalizar este roteiro, todos deverão seguir pela Rua Aires de Medeiros

de Souza no intuito de retornarem ao Centro de Informações por volta das 19h. O

Mapa 05 mostra, de maneira clara e objetiva o quinto percurso:

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Mapa 05 - Roteiro Ruralidade e Cachoeira

Fonte: Autor, 2016.

O quinto roteiro proposto neste estudo, objetiva realizar passeios por algumas

das várias comunidades rurais existentes entre os municípios de Sombrio, Ermo e

Jacinto Machado, mostrando seus seguimentos agrícolas, culturais e gastronômicos.

Não deixando de ressaltar suas potencialidades no que diz respeito aos atrativos

naturais disponíveis nas propriedades particulares visitadas.

Acerca dos níveis de percurso do roteiro, ressalta-se que este também será

classificado por meio do nível 02, uma vez que o mesmo não se apresenta de

maneira tão leve, principalmente se comparado ao roteiro 01 e não tão complicado

se comparado com o roteiro 03, no qual se necessita maior esforço físico.

5.2.6 Sexto Roteiro: Cachoeiras dos Canyons

Percurso total: 93,4 km, entre ida e vota, nível 3.

Horário de saída: 7h, matutino.

Destaques do roteiro: Comunidades Rurais, Museu Rural, Cachoeiras e

Pousadas dos Canyons.

Valor: R$ 230,00 por pessoa (As crianças até onze anos de idade, somente

poderão realizar o percurso se acompanhadas pelos pais ou por um responsável

legal). Ressalta-se que para que este roteiro seja realizado, será necessário um

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valor mínimo estimado em R$ 690,00, caso haja o interesse de realização deste

roteiro com menos de quatro pessoas.

No valor proposto para este roteiro inclui-se: Aluguel da bicicleta; guia

turístico; seguro individual; ingresso se necessário; carro de apoio caso necessário;

itens de segurança e/ou acessórios (capacete, capa de chuva, garrafa com água),

café da manhã, dois almoços e pernoite com café da manhã.

O sexto roteiro é aqui apresentado como uma proposta turística entre as

comunidades rurais e suas potencialidades de atrativos turísticos. O mesmo possui,

ainda, ligação direta entre os municípios de Sombrio, Ermo e Jacinto Machado, por

isso se pensa como opção de saída do percurso no período matutino, mais

precisamente a partir das 7h da manhã, disponibilizando aos cicloturistas a

possibilidade de passar mais tempo no roteiro, por meio de um almoço sugerido no

Restaurante Delícias e Compania, no Município de Jacinto Machado (SC), com

retorno ao final da tarde.

Como já mencionado sobre a formação dos níveis do percurso do roteiro, este

será classificado como um percurso de nível 03, uma vez que o mesmo não se

apresenta como um percurso leve se comparado com o roteiro 01, exigindo do

ciclista um condicionamento físico mais apurado devido à distância do percurso e

com suas subidas íngremes.

O roteiro terá como ponto de saída o CIT, instalado nas dependências do

estacionamento do Shopping (Outlet Japonês), localizado na Av. Papa João XXIII.

Virando a esquerda no sentido norte pela via lateral da BR 101, Rua Quintino

Manuel Domingos, os mesmos poderão, mais adiante, visualizar a fabrica de

sorvetes Q Mexe.

Dando sequência ao percurso, os mesmos continuarão pedalando por cerca

de 01 km até chegarem a Rua Três H no Bairro Guarita onde deverão entrar a

esquerda em uma estrada de chão batido. Desta forma, os integrantes do percurso

terão acesso à primeira comunidade a ser visitada por essa rota a comunidade de

Sanga Negra. Neste local, todos poderão observar um local onde se fazem carreira

de cavalos, um campo de futebol, cujas práticas de atividades esportivas são

bastante frequentes.

Ao continuarem seguindo ainda pela estrada geral, todos farão a próxima

parada na comunidade do Maracanã, no Sitio Frezza por volta das 8h da manhã,

para tomarem um café colonial e conhecer um pouco mais da história de toda a

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região. Ao término do café da manhã, todos serão encaminhados no sentido oeste

da Estrada Geral objetivando-se a chegada à comunidade de Vista Alegre onde há o

Museu Rural, cuja parada se programa para às 09h30m.

Passando pela comunidade de Vista Alegre, seguindo ainda no sentido oeste,

chegar-se-á à comunidade de Agua Branca, que é a divisa dos municípios de Ermo

e Jacinto Machado. A comunidade de Agua Branca, além das plantações de fumo,

arroz e milho a mesma possui ainda transmissores de rádio AM a chamada Rádio

Itaúna.

Para chegarem ao município de Jacinto Machado, os cicloturistas deverão

deixar a estrada de chão batido, e adentrar em uma estrada com calçamento na AV.

Egídio Tomasi à esquerda até a AV. Padre Herval Fontanella, onde poderão

visualizar o Complexo Esportivo Albino Zanatta. Seguindo para o Restaurante

Delícias e Compania para poderem almoçar às 12h. Logo após o almoço, todos irão

até a Empresa Bixo do Mato Ecoturismo que é, neste projeto, uma parceria.

As 13h serão todos encaminhados ao Museu Municipal de Jacinto Machado,

localizado na Rua Governador Celso Ramos. Depois de realizada a visita ao museu,

todos seguirão o roteiro até a Cachoeira da Gruta de Nossa Senhora de Lurdes no

Bairro Linha Rovaris, com acesso pela Rua Sílvio Boff, no sentido oeste até a Rua

Carlos Rovaris, onde deverão entrar à esquerda, no intuito de chegarem à cachoeira

por volta das 15h e tendo como saída prevista da mesma às 16h.

Após contemplarem as belezas provindas da cachoeira da Gruta de Nossa

Senhora de Lurdes, todos seguirão o roteiro por mais 16 km objetivando a chegada

a Pousada Vida Artesanal onde os mesmos terão a opção de pernoitar. Para melhor

entendimento do trajeto que será realizado entre a cachoeira da Gruta de Nossa

Senhora de Lurdes até a pousada Vida Artesanal, far-se-á a seguir o detalhamento

da rota proposta.

Ao saírem da cachoeira, os cicloturistas deverão retornar pela Estrada Geral

Linha Rovaris no sentido sul até chegarem a Estrada Municipal Serra da Pedra,

onde terá a oportunidade de chegarem, caso haja interesse, na loja Só Artesanato

que vende souvenirs, para ajuda na renda familiar. Mais adiante seguindo ainda ao

lado direito da rua pode-se avistar a represa da Linha São Pedro, que além de servir

como reservatório de água para a irrigação do arroz serve, também, para os

banhistas tomarem banhos nas épocas de verão.

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Ao seguirem rumo à comunidade da Serra da Pedra no sentido sul, passarão

em frente à Pousada Cechinel. Adentrando a esquerda pela Estrada Geral Tigre

Preta que dará acesso à Pousada Vida Artesanal com o horário previsto para as

18h. Neste local se fará o check in, e a pernoite, se assim for o pacote de adesão

feito pelos clientes.

No dia seguinte, após o café da manhã, far-se-á o check out e iniciará a saída

para o Morro do Carasal pela Estrada Municipal Engenho Velho no sentido sul da

mesma, objetivando a chegada ao mirante do Engenho Velho por volta das 9h, onde

se pode visualizar o Canyon Fortaleza, a Serra Geral e o Morro do Carasal. A saída

do mirante está prevista para as 9h40m.

Retornando a Estrada Municipal Engenho Velho, todos seguirão por

aproximadamente 6 km até chegarem a Cachoeira Do Burin por volta das 10h 15m e

propõe-se a permanência no local até às 11h. Ao prosseguirem pela Estrada

Municipal Engenho Velho, no sentido norte, os mesmos passarão pela comunidade

da Linha São Pedro, chegando até a Rua José Rico, onde passarão em frente ao

CTG Recanto da Gávea, na comunidade do Bairro Gávea em Jacinto Machado.

Seguindo até a Rua Governador Celso Ramos no sentido leste, passarão em

frente à empresa de Balas de Banana Índia e mais adiante chegarão ao Restaurante

Central onde terão a oportunidade de almoçar por volta das 12h e permanecerão no

restaurante até as 13h. Na sequência, os participantes do trajeto proposto seguirão

em direção a Cachaçaria Daboit, por meio da Rodovia Pref. José Tiscoski no sentido

leste da rodovia, tendo como chegada à mesma às 14h. Após degustarem o caldo

de cana produzido na propriedade e conversarem acerca do desenvolvimento

histórico da mesma, os cicloturistas retornarão ao CIT, pela Rodovia José Tiscoski

até chegar a AV. Getúlio Vargas na chegada ao Bairro nova Brasília em Sombrio

(SC), até a esquina com a Av. Pref. Francisco Lumertz Junior, na qual deverão

adentrar a esquerda objetivando a chegada ao Instituto Federal Catarinense- IFC.

Por fim, os mesmos encaminhar-se-ão até o CIT pela Rua Aires de Medeiros de

Souza.

O Mapa 06 mostra o percurso total proposto neste roteiro:

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Mapa 06 - Roteiro Cachoeiras dos Canyons

Fonte: Autor, 2016.

Além dos roteiros propostos neste projeto, há uma carta com outras opções

de roteiros complementares oferecidos pela Empresa Bixo do Mato Ecoturismo, os

quais podem ser verificados através do site www.bixodomatoecotur.com.br/contato,

ou pelo telefone (48) 3535 1947 para maiores informações.

5.3 Bicicletas, equipamentos e acessórios de segurança.

Visando êxito na execução do projeto, proposto neste trabalho, buscou-se por

equipamentos de qualidade em lojas localizadas no município de Sombrio (SC). Em

busca por uma loja que atendesse as necessidades do projeto no que diz respeito

aos equipamentos utilizados no mesmo, encontrou-se a loja Baike Mania, localizada

na Rua Aires de Medeiros de Souza, n° 246, Bairro Januária, Município de Sombrio

(SC), que se propôs a firmar parceria no projeto. Desta forma a loja Baike Mania

disponibilizará oito bicicletas para adultos e duas bicicletas infanto-juvenis, além, é

claro, de disponibilizar, também, os equipamentos de segurança. Para que o projeto

possa ser efetivado e em troca o proprietário da loja terá como retorno alguma

porcentagem na venda dos roteiros (exposto nos capítulos a seguir).

Ressalta-se que todas as bicicletas e os equipamentos disponibilizados pela

loja (expostos nos capítulos a seguir) ficarão a disposição no CIT e que o

proprietário da loja e sua equipe ficarão encarregados de realizar a manutenção das

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bicicletas sempre que necessário, além de disponibilizar um carro de apoio aos

cicluturistas.

A Imagem 27 mostra a fachada da Loja Baike Mania:

Imagem 27 - Loja Baike Mania

Fonte: Autor, 2016.

Qualquer bicicleta pode ser utilizada para se realizar uma viagem, todavia

para que a viagem seja de fato prazerosa é necessário que se faça uso de bicicletas

adequadas para realização dos roteiros propostos. Há que se destacar que,

atualmente, a melhor opção de bicicleta para se realizar o cicloturismo é a mountain

bike, que além de ser uma ótima opção para realização dos roteiros pensados neste

projeto, ainda é composta por peças com alta resistência e durabilidade de fácil

acesso.

A Imagem 28 mostra uma bicicleta de modelo Mountain bike a ser utilizada

neste projeto:

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Imagem 28 - Bicicleta modelo Mountain Bike

Fonte: Autor, 2016.

Com a popularização deste modelo de bicicleta para as atividades de ciclo

turismo também expostas neste projeto, alguns equipamentos são considerados

como essenciais para melhor segurança e desempenho do cicloturista, tornando-se

básicos como se podem ver as orientações a seguir:

Quadro: O melhor material usado para essa parte da bicicleta mountain bike é o

cromo-molibdênio, pois é forte, relativamente leve e pode ser soldado facilmente.

Estas caraterísticas superam os quadros de alumínio, pois, em uma grande viagem,

carrega-se muito equipamento, e a leveza do alumínio torna-se irrelevante.

Entretanto, em viagens curtas e médias o alumínio pode ser usado tranquilamente.

As bicicletas desta linha fabricadas no Brasil geralmente possuem quadros feitos

para pessoas altas. Como curiosidade há uma forma simples para checar o tamanho

do quadro ideal para cada pessoa, quando for comprar uma bicicleta. Fique em pé,

com o quadro da bicicleta entre suas pernas, e a distância entre sua virilha e o

quadro deve ser de uns quatro dedos.

Freios: A maior parte dos modelos de bicicletas mountain bikes já vem com bons

freios, geralmente V-break ou até disco. Ambos são excelentes, mas com

características diferentes. Os V-breaks têm grande poder de frenagem, mas sofrem

desgaste prematuro das sapatas principalmente num dia de chuva em caminho de

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terra ou chão batido. Outra desvantagem é que perdem facilmente a regulagem com

a mínima torção do aro. Já os freios a disco são superdimensionados para as

atividades de cicloturismo.

Câmbio: Uma bicicleta com 21 marchas já é suficiente para uma viagem, entretanto

as bicicletas de hoje já vêm com câmbio de 24 marchas. Existem várias marcas e

modelos de câmbios, e diferentes qualidades de material. A marca bastante segura e

usada em nosso projeto é a marca Shimano, pois é a maior do mundo e com melhor

custo-benefício em qualquer grupo. O peso da relação com câmbio é irrelevante

para o ciclo turista, mas a durabilidade é essencial, proporcionado maior conforto.

Amortecedores: Os amortecedores não são essenciais em uma viagem, porém um

bom amortecedor dianteiro pode auxiliar em viagens longas sobre estradas de terra.

Amortecedores traseiros são desaconselháveis, assim como amortecedores

dianteiros de baixa qualidade.

Pedaleira: O local onde se coloca os pés, que ao fixar os pés nos pedais, o ciclista

pode forçar a descida de um pedal ao subir o outro pedal. Desta forma o ciclista

diversifica a utilização da musculatura ganhando energia e velocidade. Existem

sapatos especiais que se fixam automaticamente nos pedais. Eles são caros e

desconfortáveis para longas distâncias ou caminhadas. Existe, entretanto, um

equipamento bem barato chamado de pedaleira (ou firma pé), que amolda em

qualquer calçado que o ciclo turista esteja utilizando, proporcionando maior conforto.

Aros: Na atualidade, quase todas as bicicletas possuem aros de alumínio. É

importante tentar conseguir um com parede dupla e reforçada para receber os raios

que seriam ideais se fossem feitos em aço inoxidável para maior resistência de

atrito.

Pneus: Neste quesito não se pode tentar economizar, pois os pneus tem que

aguentarem uma grande pressão como 70 a 80 libras. Tendo em vista que a maioria

dos roteiros de longa distância é em estradas de terra, o diâmetro do pneu nem

precisa ser muito largo entre 26X1,75 a 26X2,00.

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Selim (banco): Os selins (bancos), originais geralmente não são adequados para

pedalar longas distâncias. Há selins de vários tamanhos e modelos, com gel, com

molas ou amortecedores, em couro, de titânio, e assim por diante. Uma pessoa só

poderá reconhecer o melhor, no momento em que o experimentar, entretanto há

alguns princípios que devem ser considerados na escolha:

Superfície de contato: Apesar de parecer mais confortável, quanto maior o

selim, maior sua superfície de contato, diminuindo a ventilação e aumentando a

região a ser atingida pela abrasão;

Excessivo movimento: As molas, amortecedores ou mesmo uma camada de

gel excessiva podem causar um movimento extra que aumenta a abrasão.

O selim escolhido neste projeto é de tamanho médio a pequeno, com gel e

sem molas, proporcionando maior desempenho e conforto.

Acessórios

Nos mais variados roteiros já existentes no mundo são quase impossíveis

encontrar uma bicicleta totalmente preparada para fazer uma viagem sem que seja

preciso acrescentar este ou aquele detalhe. Aqui está alguns dos principais

acessórios necessários a segurança:

Acessórios de segurança: Atualmente acredita-se que o maior fator para se

promover a segurança não está nos equipamentos e sim na atenção e observação

das pessoas, que ao pedalar sem pressa ou com qualquer tipo de estresse ou

distração há maior cuidado. Refletivos nos pedais, na frente, atrás e dos lados da

bicicleta, são equipamentos obrigatórios, assim como campainha e o espelho

retrovisor do lado esquerdo. Não obrigatórios, mas importantíssimos, são as luvas e

o capacete. A Imagem 29 mostra alguns acessórios de segurança:

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Imagem 29 - Sinalizadores noturno de segurança para bicicleta

Fonte: Autor, 2016.

Todos os acessórios de segurança tornam-se indispensáveis quando se

tratam de prevenção e cuidados para evitarem os acidentes, promovendo então uma

viagem prazerosa aos seus adeptos. Outro acessório de adaptação sugerido neste

projeto, a cadeira para crianças com idades equivalentes de um a cinco anos como

mostra a Imagem 30:

Imagem 30 - Cadeira de criança para bicicleta

Fonte: Autor, 2016.

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A proposta de acréscimo deste acessório em nosso projeto é possibilitar a

todos, inclusive famílias que tenham crianças pequenas a possibilidade de

realização de alguns dos roteiros aqui apresentados, promovendo assim o bem estar

da família.

5.3.1 Orçamentos das bicicletas, equipamentos e acessórios de segurança

Para melhor entendimento dos custos das bicicletas e acessórios mostrados

neste projeto, se faz necessário à especificação detalhada como mostra a Tabela 01:

Tabela 01 - Orçamento das bicicletas e acessórios ITEM QUANTIDADE VALOR

UNITÁRIO (R$)

VALOR TOTAL

(R$) BICICLETA COMPLETA ADULTO

08 1 025,91 8 207,28

BICICLETA COMPLETA INFANTO JUVENIL

02 1 139,05 2 278,10

CAPACETE SEGURANÇA ADULTO

08 179,90 1 439,20

CAPACETE SEGURANÇA INFANTO JUVENIL

02 179,90 359,80

CADEIRINHA 02 159,99 319,98

VALOR TOTAL (R$) 12 604,36

Fonte: Autor, 2016.

A Tabela 01 tem como objetivo um melhor entendimento de custos entre os

preços das bicicletas e seus acessórios aqui expostos neste projeto, mostrando

também o valor total de contribuição da Loja Baike Mania como parceiro.

5.4 Centro de Informações Turística e espaço das bicicletas

O turismo surge no mundo como uma atividade de desenvolvimento

econômico em varias áreas, no qual sua exploração vem agregando adeptos a esse

segmento mercadológico. O Brasil sendo um país de diversidade e belezas naturais

a serem exploradas, vem sendo alvo de mudanças onde também se segue o mesmo

rumo, no qual empresários da iniciativa privada, juntamente com administrações

públicas estão de certa forma tornando a atividade turística uma das principais

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fontes de renda em algumas cidades. A demanda turística nas pequenas cidades,

em algumas situações, pode também ser classificada como referente ao turismo

alternativo, pois muitas vezes recebe um número moderado de turistas, devido à

capacidade de demanda dos locais. Pode-se afirmar que, algumas vezes, a forma

com que o turismo acontece se torna indiferente, pois os indivíduos praticantes da

atividade contemporânea são caracterizados pela busca da natureza e de uma

vivência diferenciada da sua rotina atual e muitas vezes encontram suas atividades

representadas em mais do que uma tipologia turística.

Nesse contexto, algumas atividades que representam os novos olhares para o

turismo, especialmente no Brasil, podem ser percebidas por meio de atividades

como o cicloturismo e sua expansão nos últimos anos. Dessa forma, o

desenvolvimento deste tipo de atividade em pequenos municípios pode ser o vetor

de ampliação de outras atividades relacionadas, como a hotelaria, a gastronomia e

toda a cadeia de comércio e serviços do município.

Nesta perspectiva, um exemplo de atividade contemporânea que se

desenvolve em municípios de pequeno porte pode ser verificado pelo cicloturismo no

município de Timbó, em Santa Catarina, localizado no Vale Europeu, onde

compreende a importância do desenvolvimento da atividade turística como uma

forma de agregar rentabilidade e a economia do município e comunidades

envolvidas.

Assim, a partir desse contexto, uma série de serviços de apoio ao turismo

também se desenvolvem numa consequência de geração de emprego e renda,

como a prestação de informações turísticas e a promoção dos destinos por meios de

divulgação, sendo possível realizar também a qualificação dos profissionais ligados

à área. Nesse sentido, além dos roteiros expostos neste projeto, cabe salientar

sobre a importância de implantação de um CIT, espaço este que ganha destaque

como parte integrante da consolidação do destino, auxiliando de forma fundamental

na recepção do turista. A Imagem 31 mostra o espaço há ser restaurado para a

implantação do Centro:

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Imagem 31 - Espaço para implantação do CIT

Fonte: Autor, 2016.

A ideia de utilização deste espaço se dá numa proposta de articulação de

parceria entre público e privado, arquitetando uma aproximação entre Prefeitura

Municipal de Sombrio, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico,

Tecnológico e Turismo, Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Avançado

Sombrio, Loja Baike Mania e o complexo Shopping Outlet Japonês. Ainda, há que se

considerar a utilização de terceirizado (Bixo do Mato Ecoturismo) em algumas

atividades.

Quanto á contratação dos estagiários propõe-se que sejam alunos

regularmente matriculados no Curso de Tecnologia em Gestão de Turismo do IFC,

sendo pagos pela Prefeitura Municipal de Sombrio, já a administração dos valores

arrecadados com a venda dos roteiros e a manutenção do CIT, propõe-se que o

Shopping Outlet Japonês seja o responsável.

Para melhor entendimento acerca da distribuição dos recursos financeiros

provindos da venda dos roteiros, apresenta-se a seguir a Tabela 02:

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Tabela 02 - Distribuição dos recursos financeiros ITEM PORCENTAGEM (%) CAPITAL DE GIRO 10%

MANUTENÇÃO DO ESPAÇO 10%

AQUISIÇÃO DE NOVOS EQUIPAMENTOS 10%

PREFEITURA MUNICIPAL 25%

BIKE MANIA 15%

OUTLET JAPONÊS 15%

GUIA TURÍSTICO 15%

TOTAL% 100%

Fonte: Autor, 2016.

A administração da distribuição dos recursos financeiros dar-se-á pelo

Shopping Outlet Japonês, devido aos entraves burocráticos acerca dos repasses

financeiros feitos pela União.

O espaço sugerido na Imagem 31 possui uma dimensão de 25 m² e banheiro

pronto para uso. Atualmente o mesmo é utilizado como um local de guarda entulhos

(materiais de limpeza e frascos de filtros vencidos), pelo posto de combustíveis, e

está localizado dentro do pátio do Shopping Outlet Japonês, Bairro Januária, em

Sombrio (SC), as margens da BR 101. Pensou-se neste espaço devido ao grande

fluxo de turistas que frequentam o local como mostra a Imagem 32:

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Imagem 32 - Shopping Outlet Japonês

Fonte: Autor, 2016.

O Shopping Outlet Japonês além da parceria com este projeto, concedendo o

espaço do futuro CIT (com retorno de recurso a partir de parte do valor arrecadado

com a venda dos roteiros), oferece também toda a estrutura financeira para devidas

reformas que sejam feitas no mesmo. Possui ainda em suas instalações um posto

de combustível e um restaurante conhecido internacionalmente como Restaurante

Japonês, parada obrigatória de ônibus vindos dos países vizinhos como Argentina e

Paraguai e por realizar seu atendimento no período de 24hs sem fechar aos

domingos ou feriados, sendo um local estratégico para divulgação do projeto.

Outro item importante a ser implantado ao lado do CIT, e em alguns Pontos

Turísticos Culturais centrais do município de Sombrio (SC) aqui apresentados neste

projeto, é o chamado Paraciclo, dispositivo utilizado para a fixação de bicicletas,

podendo ser instalado em áreas públicas ou áreas privadas (ANEXO B), como

mostra a Imagem 33:

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Imagem 33 - Paraciclo modelo SESC

Fonte: SESC, 2015.

O modelo de Paraciclo aqui exposto foi uma adaptação do Serviço Social do

Comércio (SESC) do estado de Santa Catarina como uma iniciativa ao incentivo do

uso da bicicleta/ou bike à população. Esta instalação é usada para deixar a bicicleta

estacionada de forma segura e segue as normas internacionais de padronização e

segurança, que ainda de acordo com o SESC, as estruturas foram desenvolvidas a

partir das recomendações de entidades como a Association of Pedestrian and

Bicycle Professionals (APBP – USA) e Sustrans - UK. O paraciclo ocupa o mesmo

espaço de um carro e têm capacidade para 12 bicicletas, seu formato de instalação

permite que as bicicletas fiquem acomodadas de forma mais segura, podendo ser

presas pelo quadro e roda entre a calçada e a parte frontal do mesmo, neste caso

tendo sua instalação em via pública.

5.4.1 Orçamentos para restauração do CIT, construção do paraciclo, placa de

identificação do CIT e cerimônia de inauguração1

A Tabela 03 apresentará os materiais que serão utilizados para a restauração

do espaço onde terá o funcionamento do CIT, e custo de mão de obra para

realização dos serviços:

1 Os orçamentos dispostos nesse capítulo foram conseguidos por meio de empresas como Lajosul, JT Materiais de Construção, Lico Materiais de Construção, bem como em empresas especializadas em ferro e outros elementos necessários á construção do paraciclo.

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Tabela 03 - Orçamento dos materiais para restauração do CIT ITEM QUANTIDADE

OU DIÁRIA

VALOR UNITÁRIO

(R$)

VALOR TOTAL

(R$) TINTA-GALÃO 18L 01 219,90 219,90

TRINCHA SIMPLES (PINCEL) 02 4,79 9,58

ROLO DE PINTURA/ ACESSÓRIOS

02 131,50 263,00

FITA CREPE 50 m 02 17,90 35,80

LIXA DE ALVENARIA 10 1,72 17,20

MÃO DE OBRA 3D 200,00 600,00

VALOR TOTAL (R$) 1.145,48

Fonte: Autor, 2016.

A Tabela 03 tem como objetivo mostrar detalhadamente os preços dos

materiais a serem utilizados, pesquisados nos materiais de construção do município

de Sombrio (SC), mostrando também o valor total orçado para reforma.

A Tabela 04 mostra os materiais a serem utilizados para a construção de um

paraciclo:

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Tabela 04 - Orçamento dos materiais para construção de um paraciclo ITEM QUANTIDADE

DIÁRIA Kg

VALOR UNITÁRIO

(R$)

VALOR TOTAL

(R$) TUB IND. RED. 05 88,40 441,99

TUB RET. 02 87,10 173,19

VARETA DE SOLDA 02 Kg 15,00 30,00

DISCO FLAP 02 17,90 35,80

PINTURA EPOX - - 150,00

MÃO DE OBRA 5D 250,00 1.250,00

VALOR TOTAL (R$) 2.080,98

Fonte: Autor, 2016.

A Tabela 04 tem como objetivo um melhor detalhamento de valores entre os

materiais a serem utilizados para a construção de apenas um paraciclo, tendo-se

como base de pesquisa lugares que trabalham com este tipo de material dentro do

município de Sombrio.

A faixada de identificação do CIT foi outro item pesquisado entre a melhor

opção a ser desenvolvida, chegando assim à ideia de um impresso digital. Sendo

feito na parte frontal e as duas laterais do CIT, que juntas atingem uma dimensão de

14.5 m², sendo que o valor do m² é R$ 240,00, ficando assim avaliado em R$

3.480,00 o seu total. Assim como as obras de restauração se fazem de grande

importância para o desenvolvimento deste projeto, a Tabela 05 mostra os itens do

mobiliária a serem também elencados no mesmo:

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Tabela 05 - Orçamento dos mobiliários e utensílios para o CIT ITEM

QUANTIDADE

VALOR UNITÁRIO

(R$)

VALOR TOTAL

(R$) BALCÃO DE ATENDIMENTO C/ VIDRO MODULADO 5MT

01 1.712,85 1.712,85

CADEIRA EXECUTIVA 01 209,90 209,90

ASSENTO PARA PÚBLICO LONGARINA 4 L

01 487,30 487,30

ARMÁRIO DIRETOR 01 1.171,00 1.171,00

LIXEIRAS SELETIVA 4 X 50 L 01 443,00 443,00

NOTEBOOK HP 01 1.399,99 1.399,99

TELEFONE C/ FIO ID. CHAMADAS

01 109,90 109,90

IMPRESSORA 01 360,05 360,05

CÂMERA DIGITAL GO PRO 01 1.870,19 1.870,19

AR CONDICIONADO 18000 BTU

01 2.099,00 2.099,00

PAINEL DE FOTOS 20 F 01 143,98 143,98

VALOR TOTAL (R$) 10.007,16

Fonte: Autor, 2016.

Os materiais expostos nas Tabelas cabem ressaltar, que foram todos

pesquisados no comércio local do município, dando assim maior fortalecimento ao

comércio local. A Tabela 06 mostra os materiais a serem utilizados para as

festividades de inauguração do CIT:

Tabela 06 - Orçamento dos materiais para festa de inauguração do CIT ITEM QUANTIDADE VALOR

UNITÁRIO (R$)

VALOR TOTAL

(R$) FOGOS DE ARTIFÍCIO TIPO GIRÂNDOLA

02 200,00 400,00

REFRIGERANTE FARDO C/6 (2L)

10 19,74 197.40

CAIXA COPO DES. 200 ml c/ 2500 uni.

01 55,00 55,00

SALGADINHO C/100 um. 10 30,00 300,00

VALOR TOTAL (R$) 952.40

Fonte: Autor, 2016.

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Como forma de melhor expor todos os orçamentos pesquisados para a

implantação deste projeto se faz necessário à utilização da Tabela 07:

Tabela 07 - Orçamento geral para implantação do projeto ITEM VALOR TOTAL

(R$) TABELA 01 ORÇAMENTO DAS BICICLETAS E ACESSÓRIOS

12.604,36

TABELA 02 ORÇAMENTO DOS MATERIAIS P/ RESTAURAÇÃO DO CIT

1.145,48

TABELA 03 ORÇAMENTO DOS MATERIAIS P/ CONSTRUÇÃO DE UM PARACICLO

2.080,98

FACHADA DO CIT 3.480,00

TABELA 04 ORÇAMENTO DOS MOBILIÁRIOS E UTENSÍLIOS P/ CIT

10.007,16

TABELA 05 ORÇAMENTO DOS MATERIAIS P/ FESTA DE INAUGURAÇÃO DO CIT

952,40

VALOR TOTAL (R$) 30.270,38

Fonte: Autor, 2016.

Desta forma, apresentaram-se mais detalhadamente os orçamentos previstos

para a implantação deste projeto, mostrando também a viabilidade com baixo custo

do mesmo.

Quanto aos métodos de divulgação propõe-se que a Diretoria de Turismo do

município de Sombrio os faça por meio de divulgação eletrônica por meio do site da

prefeitura, por exemplo, já que o município está diretamente vinculado a AMESC,

pensa-se que o envolvimento municipal na divulgação dos roteiros será de grande

valia na promoção dos roteiros propostos. Além disso, entende-se a necessidade de

aproximação com outras instituições, organizações não governamentais ou

simplesmente empresas relacionadas à bicicleta como meio de lazer, bem como, em

agências de turismo locais. Destaca-se, contudo que, dada a proporção deste

projeto, estimula-se uma proposta de divulgação como novo Trabalho de Conclusão

de Curso nesta instituição.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A busca por um melhor estilo de vida é o diferencial do século XXl, no qual o

lazer como forma de atividade física ou de contemplação do ócio, é apresentado

como uma ferramenta de cura, propiciando o bem estar e revitalização da força vital

para as pessoas enfrentarem os percalços do dia-a-dia.

O turismo como elemento da sociedade pós-moderna busca por estas

pessoas e exerce destaque na economia nacional, regional e local, isso porque cada

vez mais o ser humano identifica essa necessidade de conhecer locais diferentes do

seu cotidiano. Neste contexto, a movimentação causada pelo turismo pode ter

reflexo positivo, especialmente quando planejado adequadamente, uma vez que as

pessoas que visitam os destinos movimentam uma série de aspectos dentro da

cidade. Desta forma gera-se uma maior arrecadação financeira, além de exercer

influencia na divulgação daquele local, bem como, fazendo com que haja novamente

o retorno do visitante.

O município de Sombrio (SC) está localizado geograficamente em local

privilegiado, uma vez que possui sua proximidade entre litoral e serra, a parques

nacionais, e fazendo parte da Rota Caminho dos Canyons, sendo cortada, ainda por

uma das maiores Rodovias Federais do País, a BR101. O município possui ainda

em seu comércio local três shoppings, que resultam na circulação de vários

visitantes no setor de compras. No entanto, ressalta-se que não há um maior

aproveitamento dos visitantes que circulam pelo local, além do comercio de

compras, mesmo havendo outras possibilidades de exploração dos shoppings.

Cabe então aos gestores responsáveis entre públicos e privados buscarem

formas de maior eficiência para colocar em prática projetos como este, uma vez que

o mesmo pode servir como uma forma de ampliação do desenvolvimento da

atividade turística em todo o município de Sombrio e municípios vizinhos.

Desta forma os seis roteiros aqui propostos foram criados com o intuito de

proporcionar aos turistas possibilidades de atividades de interação, bem como

atividades de lazer aos moradores locais. Com isso tais roteiros procuram

desenvolver a cultura da região e mostrar o que existe para além da região central

ao mesmo tempo em que a aproximação com os municípios limítrofes contribuem

também para a formação de uma gestão do turismo integrada entre municípios.

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Nesse sentido, este estudo propõe uma interlocução entre a qualidade de

vida que se estabelece a partir do uso de bicicletas e o turismo como elemento de

inclusão social, no qual o esporte e o lazer concebem-se como importantes

ferramentas na promoção efetiva de melhorias na qualidade de vida da população.

Assim, espera-se que o impacto possa ser percebido na saúde das pessoas, no

aumento da expectativa de vida, no uso consciente dos espaços públicos e no

desenvolvimento de uma cultura de paz, tão necessária para o bom convívio social.

Nesse sentido, com a inserção de políticas públicas para o lazer e com o

estrangulamento da mobilidade urbana, a bicicleta passa a ser uma alternativa

condizente ao contexto turístico, ao bem estar e, no caso do projeto proposto, ao

resgate cultural que se estabelece por meio de roteiros inseridos no meio urbano e

rural da região. Assim, espera-se, com este estudo, contribuir para o

desenvolvimento da atividade na região, valorizando a cultura sombriense e

fortalecendo a estrutura social de toda a região do extremo sul catarinense.

6.1 Sugestões para novos trabalhos de pesquisa

Nesta seção do trabalho, apresentam-se algumas sugestões de continuidade

para futuros estudos acerca do tema abordado nesta proposta. Ressalta-se que a

ampliação deste projeto pode acontecer, também, por meio da equipe gestora que

venha a aplicar o mesmo. Sugere-se que a continuidade do projeto proposto pode

desenvolver-se por meio do acréscimo de novos roteiros, de aplicativos tecnológicos

que possam facilitar o desenvolvimento do mesmo, além de poderem criar métodos

de divulgação para os roteiros propostos.

Outra possibilidade de ampliação deste projeto pode ser oriunda do local

onde foi realizado o estágio, em outras palavras, os futuros acadêmicos que

realizem o estágio também na secretária de turismo de Sombrio e tenham acesso a

este estudo podem, caso haja interesse, dar continuidade ao mesmo, mapeando

novos roteiros, por exemplo, acoplando-os a roteiros de outros municípios.

Evidencia-se que além de tudo o que foi proposto neste estudo, entre o

levantamento de pontos turísticos e o mapeamento feito entre eles e a inserção do

CIT, há ainda possibilidades de ampliação deste projeto, que não foram aplicadas

neste estudo devido ao pouco tempo disponível para o desenvolvimento do mesmo.

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REFERÊNCIAS

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Esporte, Campinas, v. 31, n. 1, p. 41-56, 2009. ANDRADE, J. V.. Lazer: princípios, tipos e formas na vida e no trabalho. Belo Horizonte: Autentica 2001 ANTONELI. Fotos: portal de entrada do CTG Sul catarinense de Balneário gaivota. Disponível em: <http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=115&with_photo_id=60181975&order=date_desc&user=5234243>.Acesso em: 01 nov. 2016. BAHL, M. Planejamento turístico por meio da elaboração de roteiros. In: RUSCHMANN, D. ; SOLHA, K. T. (Org.) Planejamento Turístico. São Paulo: Manole, 2006. P. 298-316. BARRETO, M. . Manual de iniciação ao estudo do turismo. 13ª ed. rev. e atual. Campinas: SP. Papirus, 2003. (Coleção Turismo). BRASIL. Ministério do Turismo. Coordenação Geral de Regionalização. Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil: Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/modulox20operacional_7_roteirizacao_turistica.pdf>. Acesso em: 03 out. 2016. CARVALHO, R. B.; GAIO, R. . Os jogos olímpicos e o turismo. Movimento e percepção, V. 6, N.8, p. 18-28, jan./jun. 2006. Disponível em: <https://www.google.com.br/?gfe_rd=cr&ei=iepaWIXqL6qX8QeIvLnADg#q=Os+Jogos+Ol%C3%ADmpicos+e+o+Turismo:+Uma+Vis%C3%A3o+Socio-Econ%C3%B4mica.+Movimento+%26+Percep%C3%A7%C3%A3o+> Acesso em: 21 dez. 2016 CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; DA SILVA, R. . Metodologia científica. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CHEMIN, B. F.; ELY, L. I. . Estudo do cenário de desporto e lazer no vale do Taquari/RS. Lajeado/RS: Univates, 2010. CHEMIN, B. F.. Politicas públicas do lazer: o papel dos municípios na sua implantação. 3 ed. Curitiba: Juruá, 2011. CIRCUITO VALE EUROPEU. Sobre o cicloturismo. Disponível em: <http://cicloturismo.circuitovaleeuropeu.com.br/regiao>. Acesso em: 03 set. 2016. CISNE, R. ; GASTAL, S. . Turismo e sua História: Rediscutindo periodizações. In: VI SEMINÁRIO DE PESQUISA EM TURISMO DO MERCOSUL, 2010, Caixas do Sul. Anais eletrônicos... Caxias do Sul: UCS, 2010. Disponível em:

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ANEXOS

ANEXOS A - Modelo de Seguro Individual a ser utilizado neste projeto

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ANEXO B - Orçamento de Materiais a ser utilizado para a construção de um paraciclo