Insulina - Cissus sicyoides L. - Ervas Medicinais – Ficha Completa Ilustrada

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INSULINA NOME CIENTÍFICO Cissus sicyoides L. FAMÍLIA BOTÂNICA Vitaceae. SINONÍMIA Achite, anil-trepador, caavurana-de- cunhan, cipó-da-china, cipó-pucá, cipó- puci, cortina-japonesa, diabetil, insulina-vegetal, proeza-japonesa, tinta- dos-gentios, uva-brava, uva-do-mato. HABITAT Espécie autóctone da Mata Atlântica e Equatorial, vegetando próximo aos cursos de água. FITOLOGIA Planta escandente perene, que cresce cerca de 6m de comprimento. O caule é reptante, radicante, e mesmo tutorado lança raízes aéreas pêndulas com até 1m de comprimento. As gavinhas são opostas às folhas e raízes. As folhas são pecioladas, simples, glabras ou pubescentes, ovado-cordiformes, agudas, acuminadas ou mesmo arredondadas no ápice, truncadas ou cordiforme na base, medindo de 4 a 12cm de comprimento por 3 a 9cm de largura. As flores são perfeitas, as vezes polígamas, pálidas, pedunculadas, dispostas em cimeiras corimbiformes. Apresentam 4 pétalas, estendidas, disco em forma de copa. Bagas subglobosas ou

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Nome Científico – Família Botânica – Sinonímia – Habitat – Fitologia – Clima – Solo – Agrologia – Partes Utilizadas – Fitoquímica - Propriedades Etnoterapêuticas – Indicações – Atividade Biológica - Formas de Usos – Toxicologia - Outras Propriedades

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INSULINA

NOME CIENTÍFICOCissus sicyoides L.

FAMÍLIA BOTÂNICAVitaceae.

SINONÍMIAAchite, anil-trepador, caavurana-de-cunhan, cipó-da-china, cipó-pucá, cipó-puci, cortina-japonesa, diabetil, insulina-vegetal, proeza-japonesa, tinta-dos-gentios, uva-brava, uva-do-mato.

HABITATEspécie autóctone da Mata Atlântica e Equatorial, vegetando próximo aos cursos de água.

FITOLOGIAPlanta escandente perene, que cresce cerca de 6m de comprimento. O caule é reptante, radicante, e mesmo tutorado lança raízes aéreas pêndulas com até 1m de comprimento. As gavinhas são opostas às folhas e raízes. As folhas são pecioladas, simples, glabras ou pubescentes, ovado-cordiformes, agudas, acuminadas ou mesmo arredondadas no ápice, truncadas ou cordiforme na base, medindo de 4 a 12cm de comprimento por 3 a 9cm de largura. As flores são perfeitas, as vezes polígamas, pálidas, pedunculadas, dispostas em cimeiras corimbiformes. Apresentam 4 pétalas, estendidas, disco em forma de copa. Bagas subglobosas ou ovóides, negras, com 7 a 10mm de diâmetro. As sementes são solitárias, obovóides, com 4 a 6mm de comprimento.

AGROLOGIA Espaçamento: 1,0 x 0,5m. Propagação: estacas dos ramos. O enraizamento

das estacas é muito rápido, iniciando a rizogênese já aos 3 dias, em água. Pode ser

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também enraizada em areia, casca de arroz tostada ou outro substrato poroso. Manter o substrato sempre úmido e drenado.

Plantio: primavera. As mudas são transplantadas quando atingem um porte de 20 a 25cm de altura, com 6 a 8 folhas.

Nutrição: durante o inverno, é comum o surgimento de sintomas de deficiência de Fe, principalmente nas mudas em formação. As folhas novas adquirem uma coloração clorótica generalizada.

Tutoramento: devido ao hábito trepador, a planta tem que ser conduzida em espaldeiras, para não ser pisoteada ou ser contaminada de terra.

Poda: devido ao grande vigor da planta, seu crescimento tem que ser controlado e limitado aos tutores.

Floração: outubro a fevereiro. Pragas: a planta é muito susceptível à Diabrotica

spp. Colheita: inicia-se no quarto mês após o

transplante.

PARTES UTILIZADASFolhas.

FITOQUÍMICAEsteróis, quinonas e compostos fenólicos nas folhas e antocianinas nos frutos (348). Aminoácidos, alcalóides, saponinas, taninos, açúcares, esteróis, lactonas sesquiterpênicas e luteolina. Flavonóides: cianidina, cianidina-3-arabinosídeo, cianidina-3-rhamnosil-arabinosídeo, delfinidina, delfinidina-3-O--D-glucosídeo, delfinidina 3-O--D-glucosídeo e delfinidina-3-rhamnosídeo (179). Sais de magnésio, manganês, silício, cálcio, fósforo e potássio (9).

PROPRIEDADES ETNOTERAPÊUTICAS

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Sudorífica, hipotensora, preventiva de derrame (9), antidiabética (271), antiinflamatória, anti-reumática, estomáquica e anti-hemorroidária (1).

INDICAÇÕESIndicada para problemas respiratórios, hepáticos, renais e de ovários e para a epilepsia. As folhas amassadas servem para furúnculos, enquanto que as folhas aquecidas são utilizadas em abcessos e gânglios inflamados (179).

FARMACOLOGIA A decocção das folhas e talos não mostrou atividade bronco-dilatadora em cobaias que receberam histamina e acetil-colina (70). Descreve-se para esta planta uma forte estimulação uterina em ratas, atividade anticonvulsionante e depressiva do sistema nervoso central (53; 102; 134; 195; 348). Observou-se também um efeito anticonvulsivo através do extrato aquoso das folhas e talos em cobaias submetidas a eletrochoques e pentilentetrazol, nas doses de 250 a 500mg/kg (127).

ATIVIDADE BIOLÓGICAO extrato etanólico da folha possui atividade antibacteriana e atividade antibacteriana (134). Le Grand e Wondergem (apud 169) comprovaram atividade antibacteriana sobre Bacillus subilis. O extrato metanólico da planta apresenta atividade antibacteriana contra Bacillus sp. (98).

OUTRAS PROPRIEDADES É hospedeira do fungo Meliola juruana.

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