II Simpósio de Ciências Biológicas - unicap.br³sio... · Ações como essa são importantes com...

32
II Simpósio de Ciências Biológicas Universidade Católica de Pernambuco Recife - Pernambuco 23 a 27 de agosto de 2010

Transcript of II Simpósio de Ciências Biológicas - unicap.br³sio... · Ações como essa são importantes com...

II Simpósio de Ciências Biológicas

Universidade Católica de PernambucoRecife - Pernambuco

23 a 27 de agosto de 2010

28 - ELASMOBRÂNQUIOS DO LITORAL SERGIPANO: COLEÇÃO DIDÁTICA PARAUTILIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DE VISITAÇÃO E EXPOSIÇÃO

Dismeire Vasco Oliveira Pereira1, Celia Waylan Pereira2 ,Fábio Neves Santos3

1Pesquisadora, 2Coordenadora Geral e 3Vice-presidente do Grupo de Estudo deElasmobrânquios de Sergipe – GEESq g p

RESUMO

O trabalho teve como objetivo a montagem de uma coleção biológica didática de

elasmobrânquios, com ocorrência no litoral sergipano, para utilização em visitas a sede do

grupo e na educação ambiental Em 2009 foram realizadas coletas de animais capturadosgrupo e na educação ambiental. Em 2009 foram realizadas coletas de animais capturados

que seriam descartados pelos pescadores. Foram coletados 46 exemplares, sendo 17

raias e 6 tubarões incorporados por inteiro à coleção, os demais exemplares foram

dissecados. O material foi incorporado ao acervo didático e catalogado em um banco de

dados específico para esse fim. A coleção possui atualmente 5 lotes formados por

l i t i ó ã di d tí l dé i b iõ A i it à l ãexemplares inteiros, órgãos diversos, dentículos dérmicos e embriões. As visitas à coleção

ocorreram em 2010 e durante as mesmas os estudantes tiveram uma “mini-aula” sobre a

biologia, pesca, peculiaridades dos elasmobrânquios, exposição do material e aplicação de

“mini-questionários” para avaliar o impacto das informações nos visitantes. Ao analisar as

respostas dadas aos questionários, podemos observar que inclusive os professores

acompanhantes afirmaram que nunca tinham tido acesso ao tipo de informação dada

durante a visita. Ações como essa são importantes com finalidade de educação ambiental,

a fim de estimular o entendimento do caráter complexo do meio ambiente e desfazer a

imagem negativa dos elasmobrânquios que foi ao longo dos anos fomentada pela mídia.

Palavras-chave: Coleção didática; educação ambiental; elasmobrânquios.

255

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

1. INTRODUÇÃO

A partir do século XVIII, o acelerado desenvolvimento industrial em todos os setores da

sociedade acarretou grandes transformações, contribuindo significativamente para o

acirramento da crise ambiental que perdura até hoje. Um dos instrumentos utilizados para

minimizar essa realidade é a Educação Ambiental (EA), que de acordo com Medina:

[...] é um instrumento imprescindível para a consolidação dosnovos modelos de desenvolvimento sustentável, com justiçasocial, visando à melhoria da qualidade de vida das populações

É de extrema necessidade construir uma sociedade mais consciente, em consonância

social, visando à melhoria da qualidade de vida das populaçõesenvolvidas, em seus aspectos formais e não-formais, comoprocesso participativo através do qual o indivíduo e a comunidadeconstroem novos valores sociais e éticos, adquiremconhecimentos, atitudes, competências e habilidades voltadaspara o cumprimento do direito a um ambiente ecologicamenteequilibrado em prol do bem comum das gerações presentes efuturas (2002, p.52).

,

com o manejo sustentável, que é segundo Boff,

Um desafio novo, uma nova situação da humanidade, da terra, obriga a uma nova atitude,

um novo conhecimento, novas práticas. Se desejarmos preservar essa herança que

recebemos ou se deixaremos que ela se degrade a ponto de atingir a nossa própria vidarecebemos ou se deixaremos que ela se degrade a ponto de atingir a nossa própria vida,

nossa própria casa. Ao chegar a uma situação dessas o ser humano percebe a

degradação da qualidade de vida e percebe a importância de ter uma relação boa com a

natureza, não agressiva, não destruidora com o meio ambiente (2003, p.2).

De forma que, a questão da biodiversidade tem recebido atenção crescente em todo

mundo e, em especial no Brasil, desde a realização da Conferência Mundial para o Meio

Ambiente e o Desenvolvimento, realizada em 1992. Nesse contexto, as coleções

biológicas passaram a adquirir importância crescente e neste particular, o Brasil, que

hospeda cerca de 20% da biodiversidade do planeta, mas detém somente 1% do acervo

biológico científico do mundo, tem um longo caminho a ser percorrido (KURY, 2006).

256

As coleções científicas constituem, de fato, uma fonte crucial de informação para todos os

que, por sua atividade, têm contato com seres vivos. Além disso, as coleções biológicas

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

são arquivos que devem ser utilizados para o ensino e pesquisa, e possui importância

como registro da diversidade biológica de uma determinada área, oferecendo diferentes

tipos de informações técnico-científicas (KUNZ et. al., 2007).

Assim, toda a coleção biológica tem importância didática, uma vez que a sua utilização

sempre implica em atualização e geração de conhecimento, no entanto, não é possível,

manter uma coleção científica com finalidade didática devendo existir uma coleção

específica para isso, em razão da possibilidade de perda de materiais de valor

inestimável, pela manipulação inadequada de peças da coleção científica.

De forma que, diante da necessidade de se educar para o desenvolvimento sustentável,

uma coleção didática pode servir como uma importante ferramenta para que visitantes

possam aprender e transmitir conceitos relacionados aos elasmobrânquios (tubarões e

raias), de maneira que, as pessoas compreendam o caráter complexo do meio ambiente.), q , p p p

E nesse contexto, a apresentação formal das espécies, é um passo para o esclarecimento

de informações equivocadas e preconceituosas sobre os elasmobrânquios, principalmente

os tubarões (FRANCO, 2002).

A função dos tubarões no ambiente marinho é fundamental, pois eles auxiliam a manter

em equilíbrio as populações de suas presas e os níveis populacionais do zooplânctonem equilíbrio, as populações de suas presas e os níveis populacionais do zooplâncton,

uma vez que o aumento drástico de zooplâncton poderia resultar numa diminuição dos

níveis de fitoplâncton (MENESES, 2008). Por tudo isso, é necessário um trabalho de

conscientização para mudar a visão critica de jovens e adultos no que diz respeito aos

elasmobrânquios.

Assim, o objetivo do trabalho consistiu em montar uma coleção didática de

elasmobrânquios com ocorrência no litoral sergipano para utilização em visitação e

exposição, bem como aproveitar esses momentos de contato com o público, estudantes

do ensino médio, para ministrar ao público acerca dos elasmobrânquios apresentando

informações acerca de biologia, pesca, ecologia e conservação desses animais.

257

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

2. MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho de montagem da coleção didática foi iniciado em março de 2009 e finalizado

em dezembro de 2009. A partir de acompanhamento de desembarques pesqueiros os

exemplares mortos pela captura e que seriam descartados pelos pescadores foram

coletados. Após a coleta, os animais foram levados ao laboratório do Grupo de Estudo de

Elasmobrânquios de Sergipe (GEES), onde foi processada a identificação segundo as

chaves de identificação pertinentes. Os elasmobrânquios foram acondicionados em

recipientes adequados e conservados em via úmida, por meio de imersão em solução

conservante (formol a 10%), ou via seca. Os exemplares de maior porte receberam

injeções de fixador nos músculos e cavidade abdominal para garantir a perfeita

conservação e o líquido conservante utilizado na imersão é periodicamente renovado

parcialmente ou totalmente (PEREIRA, et. al. 2009).p ( , )

Etiquetas com os dados de identificação (espécie, nome popular, número de identificação,

sexo, e comprimento total) e coleta (local e profundidade) foram confeccionadas e

colocadas nos recipientes onde os exemplares foram mantidos. Existe, ainda, a

identificação individual de cada elasmobrânquio, que é fixado em cada exemplar, no qual,

consta o acrônimo da coleção (GEES) e o número de identificação do animalconsta o acrônimo da coleção (GEES) e o número de identificação do animal.

Todas as informações referentes aos animais depositados na coleção também foram

registradas num livro de tombo, mantido no laboratório do GEES. Para informatização da

coleção foi utilizado um banco de dados desenvolvido no programa Microsoft Access© que

contém e registra todas as informações armazenadas no livro de tombo, de modo que, a

informatização da coleção é total e os dados são de fácil acesso e pesquisa, pois, a partir

do banco de dados é possível imprimir relatórios com os registros armazenados.

Por fim, complementado os objetivos do projeto foram realizadas visitas com alunos do 3º

ano do ensino médio, acompanhados de seus professores de biologia, onde durante a

visita foi ministrada uma mini-aula que abordou aspectos da biologia, pesca, aspectos

258

culturais e curiosidades envolvendo elasmobrânquios. Durante a visita, os alunos

puderam manusear os exemplares, utilizando equipamentos de biossegurança, ao mesmo

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

tempo em que receberam orientações técnicas sobre os animais manuseados. Também

foram distribuídos folders com informações pertinentes sobre os elasmobrânquios. Todos

os participantes da visita receberam ao final um mini-questionário com algumas perguntas

para avaliarmos o sucesso do processo de conscientização.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a conclusão do projeto, o acervo da coleção didática do GEES totaliza 46

exemplares incluindo 17 raias, 6 tubarões e vários órgãos internos desses animais, de

forma que o acervo é formado por exemplares inteiros de tubarões e raias, como também

exemplares juvenis e alguns órgãos como o coração, fígado, estômago, assim como

dentículos dérmicos e embriões (Fig. 1).( g )

13%9%

36%42%

Tubarões Raias Órgãos Embriões

Durante a visita foi notável o interesse dos alunos em adquirir novos conhecimentos e tirar

dúvidas junto à ministrante presente. Dentre os participantes, 95% afirmaram que o

g

Figura 1. Distribuição percentual do material depositado na coleçãodidática de elasmobrânquios.

259

procedimento didático utilizado foi bom e 5% afirmaram que o procedimento didático foi

razoável.

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

Outro dado impressionante é que 100% dos participantes afirmaram que nunca tinham

tido uma aula sobre elasmobrânquios a partir do enfoque dado. O que corrobora a

afirmação de Franco (2002) para quem uma coleção didática pode servir como uma

importante ferramenta para que visitantes possam aprender e transmitir conceitos. Nesse

caso, os conceitos apresentados quanto aos elasmobrânquios buscaram levar, a partir do

sentido amplo da educação ambiental, que os visitantes percebessem o caráter complexo

do meio ambiente e modificassem a imagem negativa dos elasmobrânquios que

possuíam. Pois, entende-se que os conhecimentos adquiridos ao longo de nossas vidas

devem ser acrescidos e fomentados aos relativos à Educação Ambiental em sentido

amplo, para que esta possa permear todo o arcabouço social, com o fito principal de

permitir a busca por uma visão holística do ambiente em que vivemos. Assim como

explica Reigota:p g

Hoje reconhece se que os impactos ambientais decorrentes das mais variadas

A educação ambiental na escola ou fora dela continuará a ser umaconcepção radical de educação, não porque prefere ser atendência rebelde do pensamento educacional contemporâneo,mas sim porque nossa época e nossa herança histórica eecológica exigem alternativas radicais, justas e pacíficas (1998, p.43).

Hoje, reconhece-se que os impactos ambientais decorrentes das mais variadas

intervenções antrópicas no meio tendem a causar efeitos imprevisíveis e até mesmo

possivelmente nocivos para a qualidade de vida das futuras gerações. Não é por outra

razão que a mídia vem se ocupando dos assuntos relacionados às alterações climáticas,

em contrapartida cometem erro ao fornecer informações equivocadas e preconceituosas

sobre os elasmobrânquios, principalmente no que diz respeitos aos tubarões.

Essas informações equivocadas ecoam na mente das pessoas e, a partir do contato, com

informações corretas e do contato com esses animais pode-se produzir uma mudança de

postura. Isso é demonstrado quando todos os participantes das visitações assinalaram no

questionário que adquiriram muitos conhecimentos com as aulas dadas durante as visitas

260

e que viram os elasmobrânquios, em especial, os tubarões, de uma forma diferente.

Assim, ressalta-se a importância da montagem de uma coleção didática de

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

elasmobrânquios e sua utilização em visitação e exposição, sempre acrescida de aulas

que agreguem conceitos úteis e essenciais sobre esses animais sobre o prisma da

educação ambiental, de forma, a combater a ética funcional ou utilitarista, que não

permite a reflexão das conseqüências dos atos humanos, mas que foi e continua sendo

motivadora de uma progressiva desvalorização dos processos integrativos em prol de

uma gritante racionalização decompositora de todos os processos subjetivos, sociais e

naturais (BRÜGGER, 2004).

4. CONCLUSÃO

Em suma, as coleções biológicas são de grande importância, pois devem ser utilizados

inicialmente para pesquisa, registrando a diversidade biológica de uma determinada área,

e em seguida transmitir esses conhecimentos aos jovens para, por exemplo, desmistificarg j p , p p ,

a visão ruim que a mídia transmite a cerca dos elasmobrânquios, notadamente dos

tubarões, para tanto é de fundamental importância demonstrar a função dos mesmos no

ambiente marinho.

5 REFERÊNCIAS5. REFERÊNCIAS

BOFF, L. Carta da Terra, II Fórum Mundial de Educação, janeiro 2003.

BRÜGGER, P. Educação ou adestramento ambiental? Florianópolis, LetrasContemporâneas, 2004.

FRANCO, F.L. Coleções Zoológicas. In: P. Auricchio; M. G. Salomão (ed.), Técnicas decoleta e preparação de vertebrados para fins científicos e didáticos. São Paulo: InstitutoPau Brasil. 350p., 2002.

KURY, A. B.; ALEIXO, A.; BONALDO, A. B. Diretrizes e estratégias para a modernizaçãode coleções biológicas brasileiras e a consolidação de sistemas integrados de informaçãosobre biodiversidade.. Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos: MCT, 2006. v.1. 324 p.

KUNZ, T.S.; GHIZONI-Jr., I.R.; SANTOS, W.L.A. dos; HARTMANN, P.A. Nota sobre acoleção herpetológica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Biotemas 20

261

coleção herpetológica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Biotemas, 20(3): p. 127-132, 2007.

III Simpósio Nordestino de Ciências BiológicasMEDINA, N.M. Formação de multiplicadores para Educação Ambiental. In: O contratosocial da Ciência: unindo saberes na Educação Ambiental. PEDRINI, A.G. (org.).Petrópolis: Vozes, 2002.

MENESES, T. S. Fauna, pesca e contaminação por metais pesados em pescado detubarões no litoral de Sergipe. Dissertação em Saúde e Ambiente. UniversidadeTiradentes, 115p. 2008.

PEREIRA, C. W.; SANTOS, F. N.; MENESES, T. S.; SILVA, A. P.; SANTOS, S. M. dos.Inventário da Coleção Zoológica Científica do Grupo de Estudo deElasmobrânquios de Sergipe. In: 2º Congresso Brasileiro de Biologia Marinha, 2009,BúziosBúzios.

REIGOTA, M. Desafios à educação ambiental escolar. In: CASCINO, F.; JACOBI, P.;OLIVEIRA, J. F. (orgs.) Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões eexperiências. São Paulo: SMA/CEAM, 1998, pp. 43-50.

29 - FATORES SOCIOAMBIENTAIS QUE INFLUENCIAM NA INCIDÊNCIA DEVERMINOSES NA PERIFERIA DO MUNICÍPIO DE INGÁ – PB

Bartolomeu Garcia de S. Medeiros1, Maria José Tavares Gomes2, Leonor M. Jacy de Medeiros Nóbrega3

1Doutorando na pós-graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal dePernambuco (UFPE), 2Aluna da especialização em Gestão de Saúde Pública, Bacharel emEnfermagem pela União Superior de Ensino de Campina Grande (UNESC), 3Mestranda emUTI pelo Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva (IBRATI)

RESUMO

O meio ambiente tem sido alvo de várias ações prejudiciais, e isso têm provocado o

aumento da incidência de algumas doenças, as quais podem ser adquiridas através dos

ã h id i O bj ti d t d f i li

262

vermes e que são conhecidas como verminoses. O objetivo desse estudo foi analisar a

influência de fatores socioambientais na incidência de verminoses e também identificar as

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

que ocorrem com maior freqüência na periferia do município de Ingá, PB. A pesquisa foi

realizada utilizando-se prontuários cedidos pelas Unidades Básicas de Saúde da Família

(UBSF), localizadas na periferia de Ingá- PB. Os índices de escolaridade assim como

aqueles relacionados com a qualidade da água utilizada pelos moradores e a forma de

descarte de lixo não foram satisfatório. Foi constatado também, altos índices de diferentes

verminoses, principalmente a amebíase (49,25%), giardíase (38,8%) e ascaridíase

(35,82%). Sendo assim, os fatores socioambientais têm influenciado negativamente na

periferia de Ingá, fato este que sinaliza para a tomada de soluções que poderiam ser

iniciadas com obras de saneamento e educação sanitária nas escolas e nos centros de

saúde.

Palavras-chave: vermes; infecção; ambiente.

1. INTRODUÇÃO

As alterações que ocorrem no meio ambiente devido à ação antrópica podem ser

consideradas um dos temas que mais vêm preocupando entidades de vários setores da

sociedade. Uma das conseqüências dessas ações é o aumento da incidência de

verminoses que podem causar danos a saúde humana Dados da Organização Mundialverminoses, que podem causar danos a saúde humana. Dados da Organização Mundial

de Saúde (2002), afirmam que mais de dois milhões de pessoas hoje estão infectadas

com algum tipo de verme ou parasita. Além disso, 2/3 da mortalidade mundial tem relação

com doenças de veiculação hídrica, como as parasitoses. No Brasil estes índices são

preocupantes, acometendo mais de 1/4 da população, sendo as crianças os alvos

Ápreferidos (PROTÁSIO, 2006).

Esses altos índices de verminoses são uma resposta das alterações que o homem exerce

no meio ambiente à medida que os mesmos poluem e contaminam as águas e os solos

devido ao mau uso, a falta de política ou até mesmo pela falta de informação de como se

deve lidar com resíduos e dejetos produzidos na própria casa. Esses elevados índices de

263

verminoses ainda se agravam quando são consideradas as zonas rurais e as periferias

das cidades, cujas populações em geral têm baixo nível socioeconômico e vivem em

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

precárias condições de saneamento básico (LUDWIG, 1999 & UCHOA, 2001). Barreto

(2006) constatou que ações educativas e participativas da comunidade contribuem

substancialmente para a redução da prevalência das enteroparasitoses na periferia de

Porto Alegre. Neste contexto, o saneamento básico aliado a costumes, os quais podem

ser adquiridos também através de programas de educação ambiental, podem ser de

grande utilidade para a população, uma vez que estes poderão ficar mais informados

sobre as formas corretas de como se utilizar e descartar os produtos utilizados na própria

casa. Segundo Gomes (2007) a coleta de lixo e as deficiências nos serviços públicos de

saúde e no sistema de tratamento de água e esgoto sanitário têm uma grande influência

na prevalência de verminoses na população, onde as orientações de educação, saúde e

as condições de saneamento básico são deficientes e precárias. Nesse contexto, pode-

se citar a periferia do município de Ingá - PB, onde a realidade da sua periferia não ép p g , p

diferente das demais do Nordeste e, desta forma, uma pesquisa que mostrasse alguns

pontos entre a incidência de algumas verminoses e sua relação com alterações causadas

ao meio seria muito importante para a população daquele local.

Sendo assim, o objetivo da pesquisa foi analisar a influência de fatores socioambientais

na incidência de verminoses e sua identificação na periferia do município de Ingá PBna incidência de verminoses e sua identificação na periferia do município de Ingá, PB.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O presente estudo referiu-se a uma pesquisa documental descritiva com abordagem

quantitativa nas Unidades Básicas de Saúde do município de Ingá – PB.

2.1 Material

Foram utilizadas todas as fichas padronizadas pela coordenação de Vigilância

Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Município de Ingá, existente nas Unidades

Básica de Saúde da Família (UBSF) que estão localizadas na periferia para registros de

264

verminoses.

2.2 Métodos

Foi elaborado um formulário para coleta dos dados em que havia

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

questionamentos sobre: nível de escolaridade; tipo de tratamento que a água para o

consumo recebe; forma de descarte do lixo domiciliar e, também as principais verminoses

notificadas naquela unidade. Os dados coletados foram tratados em valores percentuais e

a análises dos mesmos foram feitas através de gráficos que foram construídos mediante o

uso dos programas Word e Excel 2003.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Nível de escolaridade

28 36%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%28,36%

20,90%17,91% 19,40%

13,43%

0,0%

Figura 1. Nível escolar dos moradores da periferia do município de Ingá.

III Simpósio Nordestino de Ciências BiológicasDe acordo com a figura 1, pode-se perceber que os maiores índices correspondem às

pessoas que não tiveram acesso a escola em que 28,36% , representa os menores,

20,90% e 19,43% representam àquelas que não foram alfabetizadas e que possuem

apenas o ensino fundamental, respectivamente. As menores porcentagens, entretanto,

265

foram registradas em pessoas que são alfabetizadas (19,40%) e possuem o ensino médio

(13,43%). O analfabetismo ainda é um problema não apenas social, mas pode-se

estender até outras áreas em que a leitura, a compreensão e até mesmo a forma clara

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

como o indivíduo se comunica se faz necessário. O analfabetismo, entre outros fatores

tem como conseqüência o aumento nos índices de doenças parasitárias (ROBBINS et al.,

1996; apud SANTOS et al.,2006). Santos et al. (2006) ainda comentam que a falta de

uma educação voltada para aspectos relevantes da saúde assim como a falta de

saneamento tem elevado os índices de parasitoses intestinais.

3.2 Qualidade da água e descarte do lixo

50,0%

60,0%

59,70%

70,0%80,0%90,0%

86,57%A B

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0% 34,32%

0,00%

8,95%

0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%50,0%60,0%

4,48% 8,95%

De acordo com a Figura 2 (A) pode ser observado que uma grande parte dos moradores

Figura 2. Tipo de tratamento da água para o consumo (A) e forma do descarte do lixo domiciliar (B) dosmoradores da periferia de Ingá.

da região em estudo faz uso de água sem tratamento (59,70%) e ninguém faz uso de

água fervida (0%). Por mais que a água filtrada e clorada é utilizada por 34,32% e 8,95%

da comunidade, respectivamente, pode-se dizer que esses valores são preocupantes uma

vez que o maior índice ficou bem a frente dos outros e o mesmo corresponde a uma

prática não segura à saúde, principalmente no que diz respeito ao acometimento dos

266

indivíduos por diferentes verminoses. Segundo Leser et al. (1985), entre outros fatores, as

verminoses como amebíase, giardíase tem sido responsáveis por vários surtos

epidemiológicos e pelas elevadas taxas de mortalidade infantil, relacionadas à água de

consumo humano. Segundo Ministério da Saúde (2006) a qualidade dos serviços de

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

abastecimento tendem a diminuir do centro para a periferia. Analisando a Figura 2 (B),

percebe-se que o maior índice para o descarte do lixo se faz através da coleta pública

(86,57%), no entanto, ainda foi identificado o descarte a céu-aberto (8,95%) e queimados

ou enterrados (4,95%).Mesmo se apresentando em menores porcentagens, essas duas

últimas formas de descarte de lixo podem provocar problemas de contaminação não só

ao meio como também podem provocar o surgimento de doenças parasitárias. Estudo

realizado em Salvador-BA identificou ausência de coleta porta-a-porta em 44,0 % dos

domicílios, levando parte da população, particularmente aquela residente na periferia

urbana, a depositar os resíduos domiciliares em canais, encostas e pontos de lixo

(BARRETO et al., 1999).( , )

3.3 Principais verminoses identificadas no local

40 0%45,0%50,0%

35,82%

49,25%

38,80%

5,0%10,0%15,0%20,0%25,0%30,0%35,0%40,0% 35,82%

31,34%

2,98%

28,36%

1,49%

13,43%

0,0%

Figura 3. Principais verminoses notificadas nos moradores da periferia do município de Ingá.

267

De acordo com a Figura 3, com exceção da esquistossomose (2,98%) e tricuríase

(1,49%), foi observado alto índices das demais verminoses, sendo os índices mais

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

elevados àqueles representados pela amebíase (49,25%), giardíase (38,8%) e

ascaradíase (35,82%). Mesmo comportamento foi observado por Cleudnei & Hudson

(2001) que observaram uma grande incidência dos vermes que causam essas

verminoses, principalmente do Ascaris lumbricóides, Giardia lamblia e Entamoeba coli.).

Esses altos índices observados podem ser mais bem entendidos levando-se em conta as

Figuras anteriores, já discutias, em que houve condições insatisfatórias com relação ao

nível escolar, qualidade da água para o consumo e, também, em um cenário menos

grave, para o descarte do lixo domiciliar.Todas essas ações antrópicas, seja por falta de

informação ou de uma política eficiente, causam um impacto negativo ao meio e,

principalmente a saúde humana. Benkel et al. (2006) observaram altos índices dep p ( )

endoparasitoses na periferia de Porto Alegre. Neves (1991), salienta que a deficiência de

princípios higiênicos, precárias condições de moradia, favorecem a disseminação e

podem levar a incidência de parasitas em determinadas regiões. Gomes (2007) comenta

que no Brasil, apesar da relevância do problema, principalmente no aumento dos índices

de verminoses ainda é pouca a importância dada ao assunto onde as questões relativasde verminoses, ainda é pouca a importância dada ao assunto, onde as questões relativas

ao saneamento básico são deixadas fora das principais pautas dos poderes públicos,

tendo como conseqüência um aumento na incidência de várias doenças, principalmente,

as denominadas verminoses.

Ã4. CONCLUSÃO

Os índices de escolaridade assim como os relacionados com a qualidade da água

utilizada pelos moradores de Ingá são insatisfatórios, o que pode significar futuros

problemas para a comunidade.

O descarte de lixo, por mais que apresentou elevados índices satisfatórios, no entanto, há

268

ainda,o descarte em locais indevidos.

Altos índices de diferentes verminoses foram observadas, principalmente a Amebíase

(49,25%), Giardíase(38,8%) e Ascaridíase (35,82%), o que sinaliza para a tomada de

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

soluções que poderiam ser iniciadas com o saneamento e políticas que visem a educação

sanitária.

Pode-se dizer que esses dados poderão ser um importante indicador de algumas

condições social e de saneamento em que vive a população da periferia de Ingá, podendo

os mesmos ser alvos de políticas que visem mudanças benéficas sócio- ambientais da

comunidade.

5. REFERÊNCIASBARRETO, M. L. Avaliação do Impacto Epidemiológico do Programa de SaneamentoAmbiental da Baía de Todos os Santos (Bahia Azul), 9o Relatório Quadrimestral.S l d S t i d R Híd i S t H bit ã / I tit t d S údSalvador: Secretaria de Recursos Hídricos Saneamento e Habitação/ Instituto de SaúdeColetiva, Universidade Federal da Bahia. 1999.

BARRETO, JC. Detecção da incidência de enteroparasitas nas crianças carentes dacidade de Guacui – ES RBAC, vol. 38(4). 2006. p.221-223.

BENKEL, A.Enteroparasitoses em escolares localizadas na periferia de Porto Alegre,RS, Brasil. vol. 35 (1). 2006. p. 31-36.

Cl d i GS H d AS O ê i d i i i i d á d b ê iCleudeni GS e Hudson AS. Ocorrência de parasitoses intestinais da área de abrangênciado Centro de Saúde Cícero Idelfonso da Regional Oeste da Prefeitura Municipal de BeloHorizonte, Minas gerais. Revista de biologia e ciência da terra, 2001.

GOMES, MJT. Estudo da incidência de verminoses em unidades básicas de saúde dafamília no município de Ingá-PB. Monografia. Curso de Enfermagem. 2007. 53p.

LESER, W. S. et al. Elementos de Epidemiologia Geral. São Paulo: Atheneu, 1985. p.89 14489-144.

LUDWIG KM, Frei F, Filho FA, Ribeiro-Paes JT. Correlação entre condições desaneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis, Estado de São Paulo.Rev Soc Bras Med Trop 32. 1999. p. 547-555.

Organização Mundial da Saúde. Classificação Internacional de Funcionalidade,Incapacidade e Saúde. Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para aFamília de Classificações Internacionais, org.; coordenação da tradução Cassia Maria

269

ç , g ; ç çBuchalla]. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo - EDUSP; 2002.

PROTÁSIO, R. Vermes – mantenha distância. Questão de saúde, Rio de Janeiro,fev2006. Disponível em: TTP://2uol.Com.br/topbaby. Acesso em: 17 /set 2007.

SANTOS et al. Ocorrências de enteroparasitoses em crianças atendidas no PSF de um

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

p çmunicípio de Minas Gerais. Revista eletrônica de enfermagem, v8, n1, 2006. P.25-29.

UCHÔ, CMA, Lobo AGB, Bastos OMP, Matos AD. Parasitoses intestinais: prevalência emcreches comunitárias da cidade de Niterói, Rio de Janeiro – Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz60. 2001. p. 97-101.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade daágua para consumo humano. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. –B íli Mi i té i d S úd 2006 213Brasília : Ministério da Saúde, 2006, 213p.

270

30 - FIRST OCCURRENCE OF Alitta succinea (POLYCHAETA; NEREIDIDAE) ATBACIA DO PINA, RECIFE-PE (BRAZIL)

Cristiana Sette Santos Clímaco¹; Thayanne Lima Barros¹; Cinthya Simone Gomes Santos2.

¹Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)/ Departamento de Zoologia/ Laboratório de Comunidades Marinhas; 2Universidade Federal Fluminense (UFF)/ Instituto de Biologia / ; ( ) gDepto. de Biologia Marinha.

ABSTRACT

Alitta succinea is a cosmopolitan species that may in fact represents a species complex.

The aim of this study was to document the first occurrence of A. succinea for estuarine

regions of Pernambuco. Samples were collected monthly at two sites, the first located at

Cabanga Iate Clube de Pernambuco, and the second at the base of the Aquaticos Diving

Center, both located at Bacia do Pina estuary. Specimens were collected from October

2009 to July 2010, in a 10x10 cm intertidal and subtidal areas, that were scraped with the

aid of a spatula. The organisms were stored in plastic bags in the field for posterior fixation

and identification. The species Alitta succinea is recorded for the first time for Pernambuco

state, in a very well established population in both study areas, with individuals present

throughout the sampling period.

Keys-words: Annelida; First occurrence.

1. INTRODUCTION

The Nereididae is among the most diverse of polychaete families, comprising over 540

species and 43 genera (HUTCHINGS et al. 2000). Nereidids are most common in shallow

marine habitats, but they occur in a wide range of environments, from the deep sea to

estuaries freshwater streams and even temporary rainwater puddles in moist terrestrial

271

estuaries, freshwater streams and even temporary rainwater puddles in moist terrestrial

environments (WILSON 2000). There are 70 species of nereidids recorded in Brazil, and 36

species in the northeastern (AMARAL et al. 2010). Khlebovich (1996) ressurrected Alitta for

a group of closely related species- A. virens, A. brandti and A grandis- a species complex,

characterized by enlarged notopodial ligulae in posterior parapodia. He stated that Alitta is

most closely related to Nectoneanthes, only differing in the shape of the dorsal notopodial

ligules (BAKKEN & WILSON 2005) Alitta succinea (Leuckart 1847) is a valid seniorligules (BAKKEN & WILSON, 2005). Alitta succinea (Leuckart, 1847) is a valid senior

synonym for Nereis succinea, Leuckart 1847; (Nereis) Neanthes succinea Imajima 1972;

Nectoneanthes oxypoda Imajima 1972; Nereis alatopalpis Wesenberg-Lund, 1949;

Nectoneanthes alatopalpis Wu et al. 1985.

Alitta succinea is considered cosmopolitan in distribution and is common in temperate and

tropical marine habitats. The putative native range is the Atlantic coast of the Americas, but

the species also occurs as an introduced organism along coastal Europe and Africa, in the

Black Sea, Caspian and Aral Sea, and southern Australia (ISSG 2007). The species also

occurs along the US Pacific coast as an introduced, non-indigenous species, from

Washington State to California (USGS 2008). Introduction pathways have included natural

dispersal, ship ballast water, and hull fouling (ISSG 2007). In Brazil there are records of

Alitta succinea for Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe and from Bahia to Santa Catarina

coast.

The aim of this study is to document the first occurrence of the Allita succinea for estuarine

regions of Pernambuco and provide morphological basis for further studies focused on thisg p p g

putative species complex.

2. MATERIAL AND METHODS

2.1 Sampling sites

Samples were collected at two intertidal sites the first located at Cabanga Iate Clube de

272

Samples were collected at two intertidal sites, the first located at Cabanga Iate Clube de

Pernambuco, and the second at the base of the Aquaticos Diving Center (Figure 1).

The first site is located in the southwestern part of the Port of Recife, at the side of the

Coroa dos Passarinhos at the Cais das Cinco Pontas, both located at Bacia do Pina

estuary. The Pina estuary is formed by the confluence of the rivers Tejipió, Jiquiá, Jordão,

Pina and south arm Capibaribe. Is located near the port of Recife (8º04'S and 34°52'16''W),

being separated from the ocean by a natural sandstone dikebeing separated from the ocean by a natural sandstone dike.

Figure 1. Sampling sites (Cabanga and Aquaticos).

2.1 Metodology

Samples were collected monthly, from October 2009 to July 2010. In the sampling sites,

has been detected a vertical zonation, as a consequence of the tidal regime in Cabanga

Iate Clube. The sampling was always made in the area of the middle shore (when exposed

to air under conditions of low tide) and sublittoral (permanently submerged). In the

273

Aquaticos Diving Center, the specimens were collected at the single zone detected, the

sublittoral.

The areas were delimited by a 10x10 cm sampler, that were scraped with the aid of a

spatula, and the organisms present in this area were stored in plastic bags in the field for

posterior fixation, screening and identification in the laboratory.

Samples were fixed with 4% formaldehyde saline, staying for 48 hours, and after that

period the samples were washed and sieved with a net of 0 5 mm mesh and the materialperiod, the samples were washed and sieved with a net of 0.5 mm mesh and the material

properly labeled and preserved with 70% alcohol in appropriate vials.

3. RESULTS AND DISCUSSION

A detailed analysis of morphological features used in the family was performed. Allita is

diagnosed by the presence of only conical paragnaths in the oral and maxillary ring of

pharynx and foliaceus dorsal ligule in the posterior chaetigers and Allita succinea differs

from other species described in the genus by the presence of the dorsal cirrus deslocated

for the subterminal region of the notopodial ligule enlarged, but this taxa is morphologically

very similar to others species in the genus.

A complete specimen was chosen (Figure 2a) to be described: frontal antennae present,

one pair, cirriform; palpostyles conical. Prostomium with entire anterior margin.Two pair of

eyes, one pair of short antennae, four pairs of tentacular cirrus, one pair of palps, maxillary

and oral ring of pharynx with conical paragnaths (Figure 2b-c), arranged in discrete areas:

Area I: 2 arranged vertically; II: 18 arranged in arches in two rows, III: 15 arranged in fourg y g g

transverse lines, IV: 24 arranged in diagonal rows; V: 4; VI: 9 arranged in circles; VII-VIII: 58

arranged in one regular transverse row and two irregular. During the period of this work,

several specimes were analysed and was detected a little variation in the number of

paragnaths in each region of pharynx, but their espacial organization is similar in all of

them

274

them.

Three parapodia were examined, from 6º chaetiger (Figure 2e), in anterior region of body,

from chaetiger 20º (Figure 2f), in mid-region and the from chaetiger 45º (Figure 2g) in

posterior region. The anterior parapodium showed the dorsal cirrus longer than dorsal

ligule; the median showed the dorsal ligule relatively expanded, dorsal cirrus inserted in the

notopodial ligule mid region and shorter than this; the posterior showed the notopodialnotopodial ligule mid-region and shorter than this; the posterior showed the notopodial

ligule markedly enlarged, dorsal cirrus reduced and inserted in apical region of notopodial

ligule.

275

Figure 2. a- Complete specimen, dorsal view; b- Maxillary and oral ring ofpharynx with conical paragnaths (ventral view); c- Maxillary and oral ring ofpharynx with conical paragnaths (dorsal view); e- the 6º parapodium; f- the 20ºparapodium; g- 45º parapodium with the notopodial ligule markedly enlarged.

4. CONCLUSION

The specimens, that represent population very well established in both study areas, with

individuals always present throughout the sampling period, corresponds well to Allita

succinea (Leuckart, 1867) description, and only differ in the number of paragnaths present

in the pharynx when compared to specimes from south and southern region of Brazil Thisin the pharynx, when compared to specimes from south and southern region of Brazil. This

difference might possibly represent an intrapopulational variation because is common to

found different number of paragnaths in the examined specimens. Even though, it is

important to emphasize that we might be dealing with a species complex and that material

from Brazilian coast may infact represent a new taxa, representing a subject for further

t distudies.

5. REFERENCESAMARAL, A.C.Z.; NALLIN S.A.H. E STEINER T.M. 2010. Catálogo das espécies deAnnelida Polychaeta do Brasil.http://www.ib.unicamp.br/projbiota/bentos_marinho/prod_cien/texto_poli.pdf (Consultadoem 28/VII/2010))

BAKKEN, T.; WILSON, R.S. Phylogeny of nereidids (Polychaeta, Nereididae). ZoologicaScripta, 34,5, September 2005, pp507-547;

HUTCHINGS, P. A., WILSON, R. S., GLASBY, C. J., PAXTON, H. & WATSON RUSSELL,C. (2000). Appendix 1. In P. L. Beesley, G. J. B. Ross & C. J. Glasby (Eds) Polychaetes andAllies: the Southern Synthesis (pp. 242–243). Melbourne: CSIRO Publishing;

INVASIVE SPECIES SPECIALIST GROUP (ISSG). 2007. Ecology of Alitta succinea.INVASIVE SPECIES SPECIALIST GROUP (ISSG). 2007. Ecology of Alitta succinea.Global Invasive Species database. http://www.issg.org/database/species/ecology(consultado em 21/VII/2010);

KHLEBOVICH, V. V. (1996). Fauna of Russia and Neighbouring Countries. PolychaetousAnnelids, Volume III. Polychaetes of the Family Nereididae of the Russian Seas and theAdjacent Waters. St Petersburg: NAUKA publishing house.

WILSON, R. S. (2000). Family Nereididae. In P. L. Beesley & G. J. B. Ross & C. J. Glasby

276

(Eds) Polychaetes and Allies: The Southern Synthesis (pp. 138–141). Melbourne: CSIROPublishing.

UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY (USGS). 2008. Neanthes succinea SpeciesFactSheet. USGS Nonindigenous Aquatic Species Database, Gainesville, FL.

31 - INFLUÊNCIA DA UTILIZAÇÃO DO NOME “CAÇÃO E TUBARÃO” NO CONSUMODE CARNE DE TUBARÃO PELOS ARACAJUANOS

Endrigo Leite Ribeiro Chaves1; Samia Priscila Castro Araujo2; Celia Waylan Pereira2; Dismeire Vasco Oliveira Pereira1; Fabio Neves Santos3; Thiago Silveira Meneses3

1Pesquisador (a) Júnior do Grupo de Estudo de Elasmobrânquios de Sergipe - GEES; q ( ) p q g p ;2Coordenadora Geral e 3Pesquisador do GEES.

RESUMO

Tubarão ou cação é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso

pertencentes à classe dos Condrichtyes. Ocupam diversos nichos ecológicos desde os

mares tropicais aos oceanos Ártico e Antártico. São conhecidas cerca de 500 espécies em

todo planeta e no Brasil existem 84 espécies identificadas. O consumo da carne, bem

como a pesca predatória, tem agravado a situação de risco de extinção de várias espécies

de tubarão no litoral brasileiro. Com objetivo de informar que tubarão e cação são os

mesmos animais e que são ameaçados de extinção, foi feita uma pesquisa no municípioes os a a s e que são a eaçados de e ção, o e a u a pesqu sa o u c p o

de Aracaju, Sergipe, no período de Abril de 2009 à Abril de 2010, onde foram entrevistadas

90 pessoas, as quais consomem carne de pescado e também a carne de cação.

Observou-se que 86% dos entrevistados afirmaram que mesmo sabendo que tubarão e

cação são os mesmos, essa informação não influenciaria no consumo da carne e que 83%

não sabiam que os tubarões correm risco de extinção mas que mesmo assim nãonão sabiam que os tubarões correm risco de extinção, mas que mesmo assim não

deixariam de consumir sua carne. Conclui-se pela análise dos dados que alguns

aracajuanos não sentem receio em consumir a carne de tubarão mesmo que esse animal

esteja em situação de ameaça de extinção.

Palavras-chaves: Aracaju; cação; consumo.

277

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

1. INTRODUÇÃO

A Classe Chondrichtyes inclui os peixes que possuem um conjunto de caracteres

exclusivos, como por exemplo: esqueleto simples composto de cartilagens com alguns

pontos de calcificação, quatro a sete pares de fendas branquiais, ausência de pulmões e

bexiga natatória, condroneurocrânio, nadadeiras peitorais e pélvicas pares, nadadeiras

dorsais e anal não pareadas, órgãos copulares pares chamados mixopterígios ou

clásperes, superfície externa do corpo coberto por dentículos ou escamas placóides e

dentes da boca dispostos em séries que podem ser substituídos ao longo da vida do

animal (COMPAGNO,1999).

O potencial reprodutivo dos tubarões é baseado na produção de relativamente poucos

descendentes durante a vida de uma única fêmea e que depende de altas taxas de

sobrevivência dos animais jovens e de longas expectativas de vida para os adultos, masj g p p ,

foi uma estratégia bem sucedida durante milhões de anos. No entanto, as alterações do

habitat e a predação desenfreada, provocada pelos homens, ameaçam a sobrevivência

de muitas espécies. Os tubarões são comumente capturados em vários petrechos de

pescarias,tais como nos arrastos de fundo, espinhéis e redes de emalhar, seja de forma

intencional ou como fauna acompanhante na pesca dirigida a outras espécies Nesseintencional, ou como fauna acompanhante na pesca dirigida a outras espécies. Nesse

sentido, a pesca de arrasto de camarão é uma das modalidades pesqueiras que mais

impactam nas populações de tubarões, tendo em vista, que promove a captura de

tubarões em idade reprodutiva (POUGH; JANIS; HEISER,2003; SILVA, et. al., 2008).

Atualmente, cerca de 120 nações estão envolvidas nas atividades pesqueiras do tubarão,

incluindo o Brasil. Esse consumo insustentável dos tubarões (ou cações), ou partes deles,

como as nadadeiras (ou barbatanas) e a cartilagem, representa uma ameaça que está

levando muitas populações de tubarões ao declínio vertiginoso. A fauna de

elasmobrânquios no litoral brasileiro é representada por 84 espécies de tubarões e 76 de

raias (dulciaqüicolas e marinhas), sendo que 38 espécies estão nas listas de espécies

278

ameaçadas de extinção (SOTO, 2006; SZPILMAN, 2010).

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

A fauna de elasmobrânquios no estado de Sergipe foi previamente estudada por

ARAÚJO, SILVA e SILVA (1995) ao longo da Reserva Biológica de Santa Isabel e

posteriormente por SILVA e FRAGA (1998), que registraram nove espécies de

elasmobrânquios. MENESES, SANTOS e PEREIRA (2005) ampliaram o número de

espécies registradas para 27 espécies, sendo 20 de tubarões e 7 de raias com a

presença de exemplares típicos da fauna nordestina. Posteriormente, PEREIRA,

MENESES e SANTOS (2008) registraram a presença do tubarão-baleeiro, Carcharhinus

brachyurus, no litoral de Sergipe aumentando assim, para 28 o número de espécies

registradas, sendo 21 espécies de tubarões.

Os elasmobrânquios constituem recursos pesqueiros versáteis, sendo importante fonte de

renda para variados setores. A carne e as nadadeiras são utilizadas para o consumo

humano; o óleo do fígado é usado na produção de lubrificante, cosmético e vitamina A;; g p ç , ;

dentes e arcadas são vendidas como artefatos de decoração. Mais recentemente, a

cartilagem de tubarão tem sido explorada como complemento alimentar e como

tratamento para o câncer (ROSE, 1996).

No Brasil, a pesca de tubarão é liberada, sendo proibida pela portaria 121-N do IBAMA, a

prática do "finning" A pesca artesanal sempre esteve associada com os critérios deprática do finning . A pesca artesanal sempre esteve associada com os critérios de

exploração sustentável, não lhe sendo atribuída caráter predatório, contexto que, no

entanto, vem mudando em todo o mundo. A capturabilidade, a seletividade dos petrechos

utilizados e a produtividade das espécies envolvidas nas capturas influenciam no impacto

da pesca artesanal sobre os estoques de tubarões (WALKER, 1998). Em Sergipe,

tubarões dos gêneros Rhizoprionodon, Carcharhinus e Sphyrna são muito comuns nas

capturas da pesca artesanal com ocorrência elevada de indivíduos imaturos sexualmente

e fêmeas em período gestacional, o que sugere que a região é importante para

reprodução das espécies (PEREIRA, et. al. 2005; SANTOS, et. al. 2005).

A pesca para obtenção das barbatanas de tubarão (finning) é uma ação predatória

279

progressiva, constante e silenciosa. A Organização das Nações Unidas estimam que algo

em torno de 100 milhões de tubarões capturados e mortos anualmente em todos os

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

mares. Desses, cerca de 70%, ou 70 milhões de tubarões, são mortos só pra virar sopa

de barbatana. (SZPILMAN,2010).

Baseado no que foi descrito, o objetivo do presente trabalho é investigar a influência da

utilização dos nomes “tubarão e cação” no consumo de carne de tubarão além de buscar

identificar hábitos de consumo de pescados na cidade de Aracaju e traçar metas

educacionais e conscientização da população no controle do consumo da carne de

tubarão.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi desenvolvido em duas etapas: atividades de campo e análise integrada dos

dados. Para isso, se fez necessário um levantamento bibliográfico, um estudo exploratório

da situação atual do consumo da carne de tubarão no município de Aracaju e análise eç p j

interpretação dos resultados. A pesquisa foi realizada no centro da cidade de Aracaju, nas

imediações do mercado Albano Franco onde são vendidos gêneros alimentícios, e

pequenos animais vivos, além de roupas e calçados e que possui uma área extensa de

pescado e hortifrutigranjeiros.

A escala de auto avaliação utilizada foi o questionário criado pelo GEES (Grupo deA escala de auto-avaliação utilizada foi o questionário criado pelo GEES (Grupo de

Estudo de Elasmobrânquios de Sergipe) organização não governamental de pesquisa que

está localizado nas imediações da Universidade Tiradentes em Aracaju-SE. Devidamente

validado foi aplicado aos consumidoras de pescado que se aproximavam das bancas de

venda de peixes no mercado Albano Franco. Constando de 17 itens, sendo a maioria das

questões de respostas afirmativas ou negativas em relação ao consumo de pescado, o

questionário continha perguntas para obter informações sobre o conhecimento e consumo

de cação e a relação entre os termos cação e tubarão e se este conhecimento

influenciava no consumo das pessoas, informando também que algumas espécies

estavam ameaçadas de extinção e que o consumo era proibido.

280

Foram objeto de estudo 90 indivíduos consumidores de pescado. As entrevistas foram

realizadas no período de abril de 2009 a abril de 2010, abrangendo pessoas de ambos os

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

sexos numa faixa etária que variava entre 21 à 75 anos, pessoas de várias classes

econômicas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tabulação dos dados mostra que 90% dos entrevistados afirmam consumir carne

de pescado. A média do consumo de carne de pescado pelos aracajuanos pode ser

considerada elevada, sendo que 33,4% dos entrevistados consomem cerca de 1 a 2

vezes por semana, e que 23,3% dos entrevistados consomem 1 vez por mês (Figura1).

Gráfico1. Frequência de consumo de carne de pescado.

De acordo com a opinião das pessoas que consomem o pescado 73% dos entrevistados

acham a carne saborosa, 16% acham a carne barata e aproximadamente 11% consomem

por ser acessível Cerca 92% acham a carne de pescado saudável em termos depor ser acessível. Cerca 92% acham a carne de pescado saudável em termos de

nutrientes. Cerca de 52% dos entrevistados afirmaram não conhecer e nunca ter

experimentado carne de tubarão.

Essa informação foi obtida antes de saber se os entrevistados conheciam cação e aqui,

cabe aqui um esclarecimento sobre o uso dos termos tubarão e cação. As duas

d i õ d tili d é l t h d t b ã

281

denominações podem ser utilizadas, porém usualmente chamamos de tubarão as

espécies de grande porte, pouco comuns em nosso litoral, e de cação aquelas de

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

pequeno porte, cuja ocorrência em nossa costa é mais comum. No entanto, no meio

científico, a denominação utilizada é a de tubarão.

Como a intenção era saber se a população sabia a diferença entre cação e tubarão,

perguntamos logo após, sobre a carne de tubarão, se conheciam carne de cação.

Aproximadamente 75% dos consumidores afirmaram conhecer e já ter experimentado a

carne de cação. Perguntamos também aos consumidores de pescado o que significava

para eles a palavra “cação”, 35% responderam que era qualquer outro tipo de carne.

Ao chegarmos ao ponto crucial do questionário perguntamos se os aracajuanos sabiam

que cação e tubarão eram a mesma coisa, e a resposta de 54% dos entrevistados foi que

sim. Logo após informarmos que cação e tubarão eram os mesmos fizemos outras

perguntas para saber se essa informação influenciava no consumo. Na tabela 1 abaixo,

podemos verificar as demais perguntas feitas e as respostas dos entrevistados:p p g p

Tabela1. Perguntas e resultados do questionário.

De acordo com os dados da tabela acima é possível perceber que uma parte da

população tem conhecimento de que cação é tubarão e que isso não influencia no

d b l d t b õ tã d

282

consumo dessa carne e que saber que alguns desses tubarões que estão sendo

consumidos estão ameaçados de extinção, também não influencia no consumo.

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

Ao saber que sobre a prática finning os entrevistados ficaram compadecidos e não

consideravam correto esta atitude. Porém quando perguntamos se trocariam por definitivo

este tipo de carne uma parcela importante dos entrevistados disse que não, deixando

bem claro que a maioria não deixaria de comer a carne de tubarão.

O cação é uma espécie ameaçada, ou seja, em poucos anos, se nada for feito,

poderemos deixar de ter cação no nosso litoral. A carne de cação é relativamente barata

e as suas barbatanas podem custar 20 vezes mais que a carne por ser considerado uma

iguaria por alguns povos orientais, e alguns pescadores praticam o “finning” mesmo sendo

proibido no Brasil, por motivos meramente comerciais. Desse total, cerca de 50 a

70% são mortos só pra virar sopa de barbatana, uma ação predatória progressiva,

constante e silenciosa. Em conjunto, a pesca exagerada e a pesca predatória são

insustentáveis e estão ameaçando seriamente a sobrevivência das populações deç p p ç

tubarões __ 43% das espécies de tubarões em nosso litoral sergipano já estão ameaçadas

de extinção.

4. CONCLUSÃO

Cação ou tubarão? São exatamente o mesmo animal a diferença é que as pessoasCação ou tubarão? São exatamente o mesmo animal, a diferença é que as pessoas

costumam chamar de cação, os tubarões pequenos que são comercializados para o

consumo de pescados e usam a palavra tubarão para designar animais maiores, esse foi

um nome comercial e comum na culinária para se referir ao tubarão.

A análise dos dados obtidos pelo questionário revelou que a maioria dos aracajuanos que

foram ouvidos e que consomem pescado, mesmo sabendo que cação é o mesmo que

tubarão e que algumas espécies estão ameaçados de extinção, essa informação não

influenciaria no seu cardápio, na verdade as pessoas ficam compadecidas ao saberem da

extinção e da prática “finning”, mas quando se comenta em abdicar desse prato ocorre

uma negação, como se um cação a menos não fizesse diferença no ambiente natural.

283

É imprescindível conscientizar que os tubarões exercem duas funções primordiais na

manutenção do equilíbrio e da saúde da vida nos oceanos. Primeiro, como predadores

III Simpósio Nordestino de Ciências Biológicas

situados no topo da cadeia alimentar, os tubarões asseguram um tipo de ordem nos

oceanos. Mantêm o controle populacional de suas presas habituais e exercem importante

papel na seleção natural. Segundo, ao comerem os animais doentes, feridos ou mortos

exercem também função importante na manutenção da saúde dos oceanos.

Uma das justificativas do governo para a não colocação de diversas espécies de peixes

nas listas de animais ameaçados do IBAMA é evitar um problema social, já que milhares

de famílias vivem da pesca. Se proibirmos hoje a pesca de algumas espécies de peixes

criamos um problema social. Se deixarmos a questão por conta dessas famílias, em

pouco tempo os estoques se esgotarão e teremos não um, mas dois problemas: o

problema social e o problema ambiental da extinção e da perda de biodiversidade. É

necessário uma legislação de proteção que efetivamente venha a cercear a pesca

predatória e sobrepesca das espécies de tubarões no litoral sergipano, de modo a reprimirp p p g p , p

os atos e inconseqüentes dos pescadores comerciais, artesanais ou industriais.

5. REFERÊNCIASARAÚJO, M. L. G.; SILVA, V.C.; SILVA, A. C.C. Resultados preliminares do estudosobre eslamobrânquios capturados da Reserva Biológica Santa Isabel, Pirambu-SE.In: Reunião do Grupo de Trabalho sobre Pesca e Pesquisa de Tubarões e Raias no Brasil,p q ,VII, p.22, Rio Grande, 1995.

COMPAGNO,L.J.V. Systematics and body form. In: HAMLET,W.C. (ed). Sharks, skatesand rays – The biology of eslamobranch fishes,chap.01 Baltimore: The Jhon KopkinsUniversity Press,1999.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAISRENOVAVÉIS. Portaria do IBAMA 121N DE 24 DE AGOSTO DE 1998. Disponívelwww.ibama.gov.br/cepsul/legislacao.php?id_arq=167Acesso em 11/04/2010.

LESSA, R.; SANTANA, F. M.; RINCÓN, G.; GADIG, O. B. F.; EL-DEIR, A. C. A.

Biodiversidade de elasmobrânquios do Brasil. In: Avaliação e ações prioritárias para aconservação da biodiversidade da zona costeira e marinha, Ministério do Meio Ambiente,dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, Recife, 1999.

MENESES, Thiago Silveira; SANTOS, Fabio Neves; PEREIRA, Celia Waylan. Fauna de

284

Elasmobrânquios do Litoral do Estado de Sergipe, Brasil. Arquivo de Ciências doMar, Fortaleza, v. 38, p. 79-83, 2005.

III Simpósio Nordestino de Ciências BiológicasPEREIRA, Celia Waylan; SANTOS, Fabio Neves; MENESES, Thiago Silveira. Captura detubarões Rhizoprionodon spp. pela pesca artesanal com espinhel de fundo nolitoral sul de Sergipe. In: VII SEMANA DE PESQUISA DA UNIT - SEMPESQ, 2005,Aracaj Anais 2005 Seminário de Iniciação Cientifica da UNIT Aracaj UNIT 2005 1Aracaju. Anais 2005 Seminário de Iniciação Cientifica da UNIT. Aracaju: UNIT, 2005. v. 1,p. 106-107.

PEREIRA, Celia Waylan; MENESES, Thiago Silveira; SANTOS, Fabio Neves. Presençado Tubarão-Baleeiro, Carcharhinus brachyurus (Günther, 1870) na Costa Nordeste doBrasil. In: Congresso Íbero-Americano de Oceanografia e III Congresso Brasileiro deOceanografia, 2008, Fortaleza. Anais. Fortaleza: AOCEANO, 2008. v. 1.

POUGH F H ; JANIS C M ; HEISER J B A vida dos vertebrados Atheneu Editora PPOUGH, F. H.; JANIS. C.M.; HEISER. J.B. A vida dos vertebrados. Atheneu Editora. P.125. São Paulo. 2003.

ROSE, D.A. Social and economic importance of elasmobranchs. Shark News, n. 6,1996.

SANTOS, Fabio Neves; PEREIRA, Celia Waylan; MENESES, Thiago Silveira. Pesca ebiologia de tubarões da família Sphyrnidae capturados na pesca artesanal deSergipe. In: VII SEMANA DE PESQUISA DA UNIT - SEMPESQ, 2005, Aracaju. Anais2005 Seminário de Iniciação Cientifica da UNIT. Aracaju: UNIT, 2005. v. 1, p. 155-156.

SILVA, A. C. C.; FRAGA, R. T. Levantamento de eslamobrânquios capturados dentrodas três milhas no litoral de Sergipe. In Congresso Brasileiro de Zoologia, XXIII, p. 248,Recife, 1998.

SILVA, Aline Pinto; MENESES, Thiago Silveira; SANTOS, Fabio Neves; PEREIRA, CeliaWaylan; CARVALHO, Luis Carlos B de; SANTOS, Silvana Menezes. Identificação dosEl b â i C t d C F A h t D t d P dElasmobrânquios Capturados Como Fauna Acompanhante Descartada na Pesca deArrasto de Fundo para Camarão no Litoral de Sergipe. In: X Semana de Pesquisa daUniversidade Tiradentes - Sempesq, 2008, Aracaju. Anais Sempesq. Aracaju : UNIT, 2008.v. 1. p. 351-351

SOTO, J. M. R. Fauna de elasmobrânquios do Brasil: de inexpressiva à quarta maisdiversificada do mundo em apenas 20 anos!. In: Reunião da Sociedade brasileira parao estudo de elasmobrânquios: os desafios da pesca e pesquisa direcionadas a águasprofundas, V, p. 62-63, Itajaí, Nov. 2006.

SZPILMAN,M. Pesquisa Nacional de Comportamento e Percepção do Consumidorde Cação. Projeto Tubarões no Brasil.2010. Disponível em:http://www.institutoaqualung.com.br/protuba.html. Acesso em 11/03/2010.

WALKER, T. I. Can shark resources be harvested sustainable? A question revisitedwith a review of shark fisheries, Mar. Freshwater Res., 49, p. 553-572, 1998.

285