IDADE MODERNA£o retangular já indicava o preciosismo da representação renascentista; Sutilezas...

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IDADE MODERNA RENASCIMENTO E HUMANISMO .

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IDADE MODERNARENASCIMENTO E HUMANISMO

.

O QUE É RENASCIMENTO?

Renascimento poderia ser definido como um

despertar do humanismo;

No humanismo o “ser humano” ocupa o

centro, contrastando com o período

anterior, onde Deus era o centro do mundo.

Começou na Itália, no século XIV, e difundiu-

se por toda a Europa, durante os séculos

XV e XVI;

Grande interesse pelo passado greco-romano

clássico - especialmente pela arte;

Marca o desenvolvimento no campo das

artes, literatura, ciência, política e

econômica.

ÉPOCA DE TRANSFORMAÇÕES

Economia mercantil; (alcançar o máximo possível de desenvolvimento

econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de

um reino, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional)

Crescimento das cidades;

Fortalecimento da Burguesia.

Renascimento: Movimento Cultural.

Humanismo: Movimento Intelectual.

Amor Sagrado e

profano; de

Vecellio Tiziano.

O HUMANISMO É ANTICRISTÃO?

Apesar de seu pensamento se opor a

mentalidade do período anterior (medieval) e

colocar o homem como principal ser do

universo, o humanismo não era anticristão.

No máximo sua contestação era contra a Igreja

Católica (como irá ocorrer na reforma protestante – movimento

reformista cristão do século XVI por Martinho Lutero - protesto contra

diversos pontos da doutrina da Igreja Católica Romana, propondo uma

reforma no catolicismo romano).

Grande parte dos pintores renascentistas eram

contratados pela Igreja para realizar suas

obras.

RUPTURA

Os renascentistas são seres humanos críticos e

cidadãos – diferente de sacerdotes e monges

como na Idade Média

A Idade Moderna se inicia, em 1453, com a

Queda do Império Romano do Oriente,

através da tomada de Constantinopla pelos

Turcos Otomanos.

Busca pela proporção, equilíbrio e

harmonia; o retorno à estética clássica da

antiguidade e a consciência do poder da

razão como fundamento do

antropocentrismo - homem como o centro

do universo.

PERÍODO 1.400 -1499

QUATTOCENTO

O termo Renascimento começou a ser

usado já no séc. XIV, (divididos em períodos:

Quattocento, Cinquecento e Maneirismo). quando instituiu

sua forma digna dos antigos, isto é, da

arte clássica romana.

Vimos a riqueza artística de todo o

período medieval (Gótica, Românica) assim como

o Renascimento, fruto de um processo

lento de transformações contextuais e

estéticas.

PERÍODO 1.400 -1499

QUATTOCENTO

Por volta de 1400, séc. XIV a Itália estava

praticamente dominada pelos milaneses e o

Estado florentino via-se ameaçado em sua

independência.

Os humanistas de Florença iniciaram uma

campanha contra os tiranos através de

intensas realizações culturais.

Primeiramente houve o concurso para as

Portas de Bronze do Batistério de

Florença, tendo ganhado o escultor Lorenzo

Ghiberti

QUATROCENTOLORENZO GHIBERTI Escultor italiano

renascentista consagra

os delicados relevos

das almofadas das

portas;

Divisão retangular já

indicava o preciosismo

da representação

renascentista;

Sutilezas dos relevos;

Michelangelo

sabiamente as chamou

de “Portas do Paraíso”.

Lorenzo Ghiberti: “Portas do Paraíso” ( c. 1435). Bronze dourado, Batistério de Florença (réplica). Detalhe: Painel - A História de Jacob e de Esaú

PINTURA

Aplicação da perspectiva científica;

Realismo;

Expressão naturalista e dinamismo das figuras;

Cheias de movimento;

Utilização do claro-escuro e do "sfumato“;

Inspiração nos modelos greco-romanos, donde lhe

vem a unidade, o equilíbrio e a harmonia das obras;

Exaltação do homem, visível na revalorização da

beleza física, representação de nus e busca da

perfeição anatômica;

PINTURA

Utilização de novos recursos técnicos como a pintura

a óleo e a tela como suporte;

Autonomia em relação à arquitetura;

A pintura veneziana utilizava muito a paisagem;

A florentina era religiosa e primava pelo desenho

estrutural, tendo na paisagem um fator secundário

surgimento do artista com um estilo pessoal, criador

individual e autônomo.

A grande inovação da pintura

renascentista, sem dúvida, foi a

perspectiva matemática.

Brunelleschi contribuiu de forma

decisiva, também nesta arte,

mas foi com Masaccio e seu

afresco da Santíssima Trindade,

novamente em Florença, que a

perspectiva abriu-se em

possibilidades infinitas:

Sobre um plano bidimensional a

simulação de ambiente além da

superfície.

Figura Masaccio: A Santíssima Trindade, a Virgem, S. João e os doadores (c. 1427). Afresco em Santa Maria Novella, Florença

Fora da Itália

Pintor Jan van Eyck, de Flandres (atual

Bélgica) atingiu igualmente o esplendor

da representação;

Porem não usando a matemática e a

perspectiva de ponto de fuga, como

Masaccio, mas a tradição gótica de

observação da natureza pelos detalhes;

Seu quadro mais famoso retrata as

bodas do casal Arnolfini;

No fundo temos um espelho convexo

que reflete as costas do casal e no meio

uma figura, provavelmente o próprio

artista, tido como testemunha;

Van Eyck

Invenção da tinta a óleo com secagem rápida;

Obra com meticulosos pormenores e vivas

cores extrema precisão nas texturas;

Representação da tridimensionalidade, ou

seja,a perspectiva.

Todo o período subsequente

apresentou inovações nas

técnicas de perspectiva e

escorço (distorções na proporção da figura

humana para a ilusão de perspectiva);

Sempre em busca de uma

representação mais próxima da

realidade;

Artistas como Ucello e

Mantegna chegaram às vias da

obsessão com as possibilidades

geométricas da perspectiva.Figura Mantegna: S. Tiago a caminho de sua

execução (1455). Afresco da igreja dos Ermitões

(já destruída), Pádua.

A maior aproximação com os ideais clássicos foi

atingida por Sandro Botticelli;

Discípulo de Fellipo Lippi;

Adquiriu deste as linhas leves e sinuosas da

representação humana;

Tendo Lourenço de Medice (governante) como mecenas (pessoa

que financia arte), foi orientado nas narrativas mitológicas

clássicas para que estas não se tornassem apenas

temas, mas revelações misteriosas dos antigos;

O célebre Nascimento de Vênus, não só relata em detalhes o mito mas

manifesta o surgimento do paradigma da beleza ocidental.

Botticelli

Pinturas feitas para o chamado círculo dos Medici – círculo de patrícios, literatos e

eruditos que cercavam Lorenzo, o Magnífico, o chefe da família Medici e governante

da cidade.

Foi para um membro desse grupo que Botticelli fez seu O Nascimento de Vênus.

Sandro Botticelli

O Nascimento de Vênus. 1480.

Florença.

174x279cm.

Botticelli está entre a Idade Média e o Renascimento Sandro Botticelli

A Primavera..

Produzido para uma residência da família Medici.

Perspectiva

Sandro Botticelli

Adoração dos Magos.

ITÁLIA COMO PALCO:

A riqueza das cidades italianas: Gênova, Veneza,

Florença, Milão e Roma.

Forte presença da cultura Clássica: a Itália foi a sede

do Império Romano.

Mecenato: Famílias ricas e poderosas que financiavam

os artistas e intelectuais renascentistas para se

projetarem socialmente.

Sábios Bizantinos: em 1453, Constantinopla foi

invadida pelos Turcos Otomanos e os sábios fugiram

para a Itália levando acervos sobre a cultura grega.

NESSE MOMENTO SURGE A FIGURA DO MECENAS,

PESSOA QUE FINANCIA A ARTE.

A maior

parte das obras são

encomendas, como David

(1501-1504), de Michelangelo;

Herói bíblico;

Enfrenta Golias, uma força que

todos julgavam ser impossível

de vencer;

Leva três anos para concluir e é

de mármore Carrara.

A CULTURA RENASCENTISTA:

Burguesa e Humanista:

Divulgava novas ideias e valores

identificados com o estilo de vida burguês

e urbano.

Sem influência no mundo rural.

Uma cultura laica (não interferência da igreja), não

centrada na Igreja e nos valores religiosos.

Agora seria uma cultura Racional e Científica.

CARACTERÍSTICAS:

Racionalismo: Tudo teria uma explicação

lógica, e não só pela Fé.

Antropocentrismo e Humanismo:

Valorizando o talento a capacidade , a

criatividade e a inteligência.

Valorizava e glorificava o homem.

Inspiração na Cultura Clássica:

Inspiração em Sócrates, Aristóteles, Platão,

Eurípedes (estudavam mas não copiavam).

Individualismo e Otimismo: Exaltava-se o espírito

de competição, o individualismo... Valorizando sua

competência e a capacidade individual.

Otimista, pois acreditavam na sua criatividade e no

poder de realização.

Naturalismo: Integração homem à natureza,

colocava de lado o fantástico e o sobrenatural.

Hedonismo: Busca dos prazeres materiais passou a

ser uma constante.

Realismo: Os artistas buscavam expressar a

realidade com precisão.

O mesmo salto realístico que ocorreu na pintura

ocorreu na escultura;

O status de arte autônoma que não existia desde a

antiguidade;

O grande reformulador foi florentino Donatello;

As esculturas não apenas passaram a ser

independentes da arquitetura, mas também

apresentavam peculiaridades humanas requintadas;

ESCULTURA

Tema bíblico de Davi – aquele que

enfrentou e matou o gigante Golias;

Primeiro nu em bronze dos tempos

modernos apresenta uma postura

jovial e palaciana, apoiado sobre a

cabeça de seu inimigo;

Escultor italiano, recorreu a várias

técnicas e materiais durante sua vida

(mármore, bronze, madeira)...

DONATELLO - (1386 – 1466)

Donatello

DONATELLO

David ,1432-40, Bronze,

altura: 1,95m

Primeira estátua independente a

retratar um nu em tamanho natural

desde a Antiguidade;

A nudez é uma referência à origem

clássica de Florença;

Tomou por modelo um adolescente

e não um jovem plenamente

desenvolvido como os atletas

gregos, por isso a estrutura corporal

não é desenvolida;

O contraposto faz referência a uma

estátua antiga.

DONATELLO

São Jorge ,1415-1417,

Mármore, altura: 2,18m.

Donatello foi o grande escultor do século XV.

São Jorge

- Trata o corpo humano como uma estrutura

articulada, capaz de movimento;

- A armadura articulada constituem numa

estrutura secundária, moldada pelo corpo; (São

Jorge é capaz de tirar suas roupas)

- Pode ser retirado do enquadramento

arquitetônico sem nada perder (independência em

relação à arquitetura)

- A postura, com o peso caindo recaindo sobre a

perna avançada, transmite a idéia de prontidão

para combate (originalmente empunhava uma arma).

DONATELLO

Monumento Equestre de Gattamelata,

1445-1450. Bronze, tamanho acima do

natural. Piazza del Santo, Pádua.

Monumento equestre de Gattemelata, falecido

comandante dos exércitos venezianos.

Maior obra independente em bronze feita pelo

artista.

A estátua não faz parte de um túmulo nem foi

encomendada por um soberano para glorificar

a si próprio;

Mas sim um monumento autorizado pela

República de Veneza, em honra especial aos

serviços ilustres e à fidelidade da figura

retratada.

União entre ideal e realidade

Andrea Del Verrocchio

Outro grande escultor (homem) do

período foi Andrea Del Verrocchio;

Esculturas e pinturas grandiosas e

perfeitas e pelos discípulos que

dali saíram mestres, como

Leonardo da Vinci;

Mas também podemos observar o

seu Davi (aquele que enfrentou e matou o gigante

Golias) , agora um irônico e ágil

adolescente.

CINQUECENTO

O RENASCIMENTO PLENO

O final dos séc. XV e as primeiras décadas do séc. XVI

são normalmente chamados de Renascimento Pleno;

É o período em que os princípios renascentistas

(proporção, equilíbrio e harmonia; o retorno à

estética clássica da antiguidade e a consciência do

poder da razão como fundamento do

antropocentrismo) são amplamente atingidos;

Grandes gênios como a tríade Leonardo, Michelangelo e

Rafael; seus sucessores Bellini, Giorgione, Ticiano e

Veronese, o alemão Dürer e o holandês Hieronimus

Bosch;

LEONARDO DA VINCI

(1452 - 1519)

Pintor,

Escultor,

Músico,

Arquiteto,

Matemático

Inventor.

Leonardo da Vinci.1490. O Homem Vitruviano

Uma figura masculina desnuda

separadamente e simultaneamente em

duas posições sobrepostas com os braços

inscritos num círculo e num quadrado.

A cabeça é calculada como sendo um oitavo

da altura total.

Vitruviano, vem de Vitruvius um importante

arquiteto romano que escreveu um tratado

de 10 livros denominado De Architectura,

no 3º livro ele descreve as proporções do

corpo humano.

Coleção de invenções e soluções de engenharia : esboços de helicópteros,

submarinos, pára-quedas, veículos, embarcações, máquinas voadoras, turbinas,

teares, canhões, pontes, carros de combate, etc.

“Visão e introvisão.”

Leonardo da Vinci. Coito, 276

x 204 mm, c. 1492-4, Biblioteca Real de

Windsor, Inglaterra.

Detalhe: Leonardo da Vinci. Feto

no útero, 305 x 220 mm, c. 1492-4,

Biblioteca Real de Windsor,

Inglaterra.

Nos últimos anos Leonardo dedicou-se cada vez mais aos interesses científicos.

“Gastava muitas de suas noites dissecando cadáveres, em meio aos odores da

morte e da decomposição. O quanto ele era habilidoso nessas técnicas o

mostram seus desenhos anatômicos.”

Estudos dos olhos Estudos sobre gravides

Elicoptero Ponte elevadiça

Arquitetura – estudos de cidades

Na pintura, suas obras

mais conhecidas são A

Virgem dos Rochedos, A

Última Ceia e Monalisa. (Monalisa, 1503.)

Aplicação do claro-escuro;

Perspectiva através do uso do “sfumato”;

A fama da Mona Lisa - entre todos os

rostos sorridentes que já foram pintados,

esse aqui foi especialmente considerado

misterioso;

Um traço forte que obscurecesse o

caráter do modelo;

Caráter de ternura maternal que era,

para Leonardo, a essência da

feminilidade;

Paisagem, composta principalmente de

rochas e de água.

Leonardo da Vinci

Mona Lisa. 1503 -1505.

Óleo sobre painel, 76x56cm.

Museu do Louvre, Paris.

A Última Ceia, Leonardo Da Vinci

A Virgem dos Rochedos 1483-1486

Leonardo da Vinci

A Última Ceia. 1495 -1498.

Mural.

Santa Maria delle Grazie, Milão.

Regras da perspectiva – o ponto de fuga está atrás da cabeça de Cristo –

exatamente no centro da pintura.

O arco atrás da abertura central equivale a uma auréola.

O cenário se relaciona com as figuras como se não existisse antes delas – a

arquitetura se torna menos importante.

O objetivo mais elevado da pintura é retratar “a intenção da alma humana”

através dos gestos e movimentos de seus membros.

A Virgem do Carmo Leda (único nu de toda sua obra) Madonna Litta

Michelangelo

ESCULTOR

Michelangelo considerava-se essencialmente um escultor;

Ainda jovem esculpiu obras primas;

Escultor, mais especificamente um entalhador de estátuas de

mármore.

A arte, para ele, não era uma ciência, mas sim “a criação de

homens”, análoga à criação divina.

A fé de Michelangelo na imagem do homem como o veículo

supremo de expressão deu-lhe um sentido de afinidade com a

escultura clássica.

Michelangelo

David. 1501-1504. Mármore.

Altura da figura: 4,089m.

Colocada na entrada do Palazzo

Vecchio como símbolo cívico-patriótico

da República Florentina;

Michelangelo vinha de uma estadia de

muitos anos em Roma e ficara

fortemente impressionado com os

corpos musculosos e cheios de

emoção da escultura helenística

(difusão da cultura);

Sua escala heroica, sua beleza e

poder sobre-humanos e o volume

proeminente de suas formas tornaram-

se parte do estilo de Michelangelo;

David, no entanto, jamais poderia ser

tomado por uma estátua da

Antiguidade - David é calmo e tenso

ao mesmo tempo.

David

Representa Jesus morto nos braços da

Virgem Maria;

A dor de Maria sobre o corpo morto do

filho;

Michelangelo abandonou o realismo cruel

e faz uma visão idealizada;

Alteração das proporções – o Cristo é

menor que a Virgem;

A Virgem Maria foi representada muito

jovem e com uma nobre resignação;

Expressão dolorosa do rosto é idealizada,

contrastando com a angústia que

tradicionalmente os artistas lhe imprimiam

Michelangelo. Pietá

1498. Mármore

São Pedro. Roma

A capela dos Medici

O intervalo entre a Capela Sistina e O Juízo

Final coincidiu com os papados de Leão X e

Clemente VII; ambos pertenciam à família

Medici.

Leão X decidira construir uma capela contendo

quatro túmulos monumentais para membros de

sua família.

Michelangelo trabalhou no projeto durante 14

anos, completando a capela e dois túmulos.

É a única obra do artista em que suas estátuas

permanecem no enquadramento

especificamente planejado para elas.

Michelangelo

Túmulo de Giuliano

de Medici. 1524-1534

Mármore

A capela dos Medici

Figuras representam o Dia e a Noite;

O dualismo corpo e alma é expresso com inesquecível grandiosidade

através do aspecto meditativo e ameaçador do Dia e da sonolência

perturbada da Noite;

A estátua de Giuliano em trajes clássicos não apresenta nenhuma

semelhança com o morto.

Michelangelo

Túmulo de Giuliano

de Medici. 1524-1534

Mármore

A capela dos Medici

Michelangelo

Capela Sistina

1508-1512

Roma

Encomenda do Papa Júlio II – o maior e mais ambicioso dos papas do Renascimento

Nove cenas do Gênesis que vão da Criação do Mundo ao Dilúvio

A Capela Sistina

O pecado original

O Dilúvio

Deus criando o Sol e a Lua

A Capela Sistina

“O que ele mostra não é a criação física de Adão, mas a transmissão;

A dramática justaposição do Homem e de Deus que jamais foi obtida

por nenhum artista;

A relação entre o Adão preso à terra e a figura de Deus;

Percebemos que o movimento de Adão não se volta para seu Criador,

mas para Eva, que ele vê, ainda por nascer, sob a proteção do braço

esquerdo do Senhor.” (Janson)

A Capela Sistina

“Quando Michelangelo voltou à

Capela Sistina 20 anos depois,

o mundo ocidental estava

tomado pela crise espiritual e

política da Reforma;

(...) A humanidade, igualmente

abençoada e condenada,

amontoa-se em grupos

compactos, implorando por

misericórdia perante um Deus

irado.”

Michelangelo O Juízo Final 1534-1541

Capela Sistina Roma

A Capela Sistina

Uma vez concluída, as representações de nudez na

própria Capela foram consideradas obscenas e um

sacrilégio;

Após a morte de Michelangelo, decidiu-se obscurecer os

órgãos, o que foi feito por um aprendiz de Michelangelo;

Quando o trabalho foi restaurado em 1993, decidiu-se

deixar algumas das figuras ainda cobertas, como

documentos históricos;

A censura sempre perseguiu Michelangelo, que às vezes

era chamado de "inventor das obscenidades“.

A Capela Sistina

CURIOSIDADE

Rafael Sanzio 1483-1520

O artista mais popular de sua época;

Mestre da pintura e da arquitetura da

escola de Florença durante o

Renascimento italiano;

Celebrado pela perfeição e suavidade de

suas obras;

Não possuía a preocupação intelectual de

Leonardo da Vinci;

Nem as contradições de conteúdo

emocional de Michelangelo;

Preferia transferir para suas obras

equilíbrio, doçura e piedade, glorificando a

forma e a cor em si mesmas;

Expressava sentimentos religiosos.

AS TRÊS GRAÇAS

SAGRADA FAMÍLIA

RESSUREIÇÃO DE

CRISTO

(MASP – SP)

Um grupo de famos filósofos

gregos agrupa-se ao redor de

Platão e Aristóteles, cada um

em uma pose ou atividade

características;

Mas pode-se dizer que evoca

o espírito da Última Ceia pela

maneira com que cada filósofo

revela “a intenção de sua

alma”;

Pela simetria da composição

pela interdependência da

arquitetura e das figuras.

Rafael. A Escola de Atenas

1501-1511

Roma.

Rafael - A Escola de Atenas - Roma.

Tema clássico: a ninfa Galatéia;

Perseguida em vão por Polifemo,

pertence à mitologia grega;

Mas a evocativa de uma Antiguidade

alegre e sensual é louvada, em

contraste com o idealismo austero de A

Escola de Atenas;

Movimento espiral através da torção do

corpo de Galatéia;

Feito para a casa de verão de um rico

banqueiro.

Rafael. Galatéia

1513

Roma.

Rompeu com os princípios renascentistas de proporção, equilíbrio e

harmonia;

Abandonar recursos do estilo passado, propõe uma arte expressiva,

distorcida e individualizada;

Talvez:

1. O Renascimento Pleno tivesse esgotado uma fórmula;

2. Contexto histórico – a reforma Protestante de Martinho Lutero e os

novos descobrimentos marítimos – não permitissem mais uma

representação artística baseada no equilíbrio e na harmonia;

3. Talvez apenas um momento artístico intermediário, onde a

permanência de elementos do estilo anterior briga com o surgimento de

prenúncios do posterior;

MANEIRISMO

É fácil perceber a

proporção

exageradamente

alongada e o equilíbrio

assimétrico da Madona

de Pescoço Longo de

Parmigianino;

MANEIRISMO

A Madona de pescoço

longo (1540, inacabado).

Uffizi, Florença

Apresenta

clima de

irrealidade;

A movimentada

composição em

diagonal d’A

Última Ceia, de

Tintoretto;

MANEIRISMO

Tintoretto: A Última Ceia. (1594). San

Giorgio Maggiore, Veneza.

O êxtase

vertiginoso do

Enterro do

Conde de Orgaz,

do cretense

Domenicus

Teothokopoulus

conhecido por El

Greco.

MANEIRISMO

El Greco: O Enterro do

Conde de Orgaz,( 1586)

S. Tomé, Toledo

Giorgio Vasari;

Grande personalidade deste período;

Pintor e cenógrafo, organizou e ornamentou

memoráveis festas em Florença e decorou

palácios e igrejas;

Porém entrou para a história como o autor

do Le Vite , célebre livro de biografias dos

principais pintores, escultores e arquitetos

de seu tempo;

Apesar de bastante parcial, inaugurou a

moderna História da Arte.

MANEIRISMO

Vasari, capa do Le Vite. (1550)

CONTRIBUIÇÕES DO RENASCIMENTO Impulsionou o capitalismo que surgia.

Afirmou os valores da burguesia – novo grupo social.

Retirou o monopólio da explicação do mundo e danatureza das mãos da Igreja.

Incentivou o desenvolvimento das ciências – métodosracionais de investigação.

DECADÊNCIA DO RENASCIMENTOReforma protestante e Contra-Reforma Católica

Sufocamento do espírito crítico e o racionalismorenascentista, porém não impediram sua expansão.

MUNDO MEDIEVAL

1.A verdade esta na biblia;

2.A vida material é pouco importante

3.A tradição é na igreja católica;

4.Vida dedicada a religião;

5.A realidade só explicada pela vontade

de Deus; conformismo; todas as

mudanças são contrarias as vontades de

Deus;

6.Natureza é fonte de pecado e deve-se ficar

afastado de suas tentações;

7.Anscetismo: vida simples e afastada dos

prazeres e desejos.

MUNDO MODERNO

1.A verdade é obtida pela experimentação, pela

observação e pela razão;

2.A vida terrena e material é importante

3.Explica-se a realidade terrestre, pelo o que

acontece na terra;

4.O homem deve e pode progredir tanto

material como cultural;

5.Conhecer para transformar a natureza,

saber=poder;

6.A natureza é maravilhosa e o homem faz parte

dela;

7.Hedonistico; valorização do corpo e dos

prazer materiais e intelectuais.