Guia Educação Profissional 2015

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Conquiste sua vaga Investimentos do Pronatec, reconhecimento do mercado, centenas de opções: saiba como aproveitar o momento de alta dos cursos técnicos e tecnólogos no Brasil EMPREGOS Saiba por que um diploma pode garantir trabalho a 80% dos formados CURSOS Conheça as opções de carreira em 14 eixos tecnológicos À DISTÂNCIA Sucesso na educação on-line depende de perfil disciplinado ANO 1 • Nº 1 • R$ 13,90 Nesta edição, detalhes das 113 graduações tecnológicas existentes no país atualmente 2015 R$ 13,90

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Conquiste sua vagaInvestimentos do Pronatec, reconhecimento do mercado, centenas de opções: saiba como aproveitar o momento de alta dos cursos técnicos e tecnólogos no Brasil

EMPREGOSSaiba por que um diploma pode garantir trabalho a 80% dos formados

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À DISTÂNCIA Sucesso na educação on-line depende deperfi l disciplinado

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4 GUIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL | 2015

Diretor Editorial: Rubem BarrosEditor: Gabriel [email protected] a: Gustavo MoritaDiagramação: Cleber EstevamCapa: iStockphotoColaboradores: Camila Mendonça, Cinthia Rodrigues, Leandro Quintanilha, Juliana Duarte, Luciana Alvarez, (texto), Ronaldo Guimarães (foto), Luiz Roberto Malta e Maria Stella Valli (revisão) Subeditora web: Carmen GuerreiroEstagiária web: Nathália AguiarProcessamento de Imagem: Paulo Cesar Salgado Produção Gráfi ca: Sidney Luiz dos SantosPCP: Isabela Elias

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Guia de Educação Profi ssional é um anuá rio da Editora Segmento. Esta publicação não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressam apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião do anuário.

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Diretoria: Carolina Martinez Marcio Cardial Miriam Cordeiro Rita Martinez Rubem Barros

ISSN 1808-5571

Para aprofundar a leitura deste guia, no portal Guias de Educação você encontra a íntegra da pesquisa “Carreiras do Futuro”, organizada pela economista Renata Giovinazzo Spers,

nossa entrevistada da edição. Lá você também poderá acessar o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, publicado pelo Ministério da Educação, que traz as características detalhadas de 220 carreiras técnicas brasileiras. Basta acessar: www.guiasdeeducacao.com.br/educacao-profi ssional.

Para acompanhar as tendências dos técnicos e tecnólogos, ter informações sobre acesso a cursos e instituições e saber novidades sobre o mercado de trabalho, o portal tem uma seção totalmente dedicada à educação profi ssional. Além dessas dicas, você encontra reportagens exclusivas sobre temas de interesse de estudantes e profi ssionais em busca de novas oportunidades de carreira, como formas de fazer seu networking e encontrar aquelas vagas que o mercado não anuncia, ou a melhor maneira de aprimorar seu currículo com cursos de curta duração.

O portal Guias de Educação traz também reportagens e informações sobre vestibular, cursos a distância, pós-graduação e tudo relacionado à escolha de um curso. Para auxiliar nessa busca, o leitor pode pesquisar em um exclusivo banco de dados entre mais de 40 mil cursos e 800 instituições de ensino em todo o país, com informações divididas por área, carreira, nível e modalidade (presencial ou a distância).

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Não é fácil encontrar motivos definitivos para explicar por que o nível de desemprego

no Brasil é o mais baixo em muito tempo. Em dezembro de 2013, o Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE) divulgou que a taxa estava em 4,3%, a mínima histórica. Em abril de 2014, o desemprego se mantinha em 4,9%. As obras de infraestrutura no país e o aqueci-mento do setor de serviços podem apontar para um cenário positivo, mesmo diante das dificuldades do governo em sustentar o cresci-mento econômico e segurar a infla-ção. Por outro lado, poderiam dizer os pessimistas, o baixo desem-prego se deve apenas a um modelo de cálculo que não consegue fazer uma radiografia do mercado atual.

Olhando ao redor, o fato é que o mundo do trabalho está em pro-funda transformação. Profissões que não existem hoje serão impor-tantes em cinco anos. Empreen-

Uma nova realidade

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6 entrevistaA economista Renata Spers fala sobre como se preparar para as exigências das carreiras do futuro

10 cenárioEntenda por que os cursos técnicos e tecnólogos são hoje a principal aposta de empresas e governo

24 pronatecSaiba tudo sobre o programa federal que pretende chegar a 8 milhões de matrículas

30 pÚBLicasRedes federal e estaduais se expandem para atender a demandas locais e regiões mais afastadas

34 cursosConheça detalhes dos 14 eixos tecnólogicos que orientam a educação profissional no país

50 eadAutonomia, proatividade, disciplina: saiba qual o perfil necessário para estudar a distância

54 eXteriorEm países mais desenvolvidos, formados no ensino tecnológico ultrapassam bacharéis

56 catáLoGoO Brasil tem hoje 113 graduações tecnológicas: conheça os detalhes de cada uma e faça sua escolha

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dedores com alto conhecimento técnico e preparados para lidar com inovação poderão oferecer soluções inéditas para empresas e sociedade. Na corrente contrá-ria, outras profissões podem se tornar obsoletas ou desaparecer. O profissional generalista, que sabe um pouco de cada etapa do processo, passa a ser cobrado por detalhes que antes seriam delega-dos a subordinados.

O Brasil, apesar disso, ainda re-siste e segue ligado à cultura dos bacharéis, àquela ideia de que apenas uma formação tradicio-

nal de quatro anos e muita teoria poderia garantir o sucesso profis-sional. A realidade prova que isso não existe mais. Nesta primeira edição do Guia de Educação Pro-

fissional, colocamos em prática uma tentativa inédita de reunir ensino técnico, tecnológico e de qualificação em uma mesma pu-blicação, assim como apontar ca-minhos para aproveitar o máximo das oportunidades de formação que instituições públicas e priva-das oferecem. Aproveite a leitura!

Gabriel Jareta, editor

14 empreGosFormados na educação profissional encontram aceitação no mercado e passam a ocupar cargos de liderança

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na opinião da economista Renata Giovinazzo spers, da FEA-usP e do Profuturo-FIA, para se destacar no cenário profissional nos próximos anos vai ser preciso combinar formações – e técnicos e tecnólogos surgem tanto como ponto de partida como de chegada

Gabriel Jareta

Mercado

Em um cenário que abrange os próximos cinco anos, o profis-sional que vai se des-

tacar no mercado de trabalho será aquele que conseguir atender a demandas de uma sociedade em profunda trans-formação: consumidores que querem mais inovação nos serviços, população envelhe-cida que necessita de mais atenção, busca por mais qua-lidade de vida, atenção central ao meio ambiente por parte de governos e empresas. Para a economista Renata Giovinazzo Spers, professora da Facul-dade de Economia e Adminis-tração da USP e do Programa de Estudos do Futuro da FIA, esse perfil vai exigir formação combinada entre dois ou mais cursos e muita flexibilidade.

Nesse cenário, diz Renata, os cursos técnicos e tecnólo-gos podem surgir como um trunfo para quem quer ini-ciar uma nova carreira – ou, por outro lado, quer aperfei-çoar um conhecimento espe-cífico dentro de sua área de atuação. “Você pode pensar em uma pessoa que já tenha uma formação em direito, por exemplo, e que vê uma oportunidade numa área am-biental: ela poderia fazer um curso técnico relacionado a essa área para complementar a formação”, aponta.

Na entrevista a seguir, a economista se aprofunda so-bre essas novas carreiras e tendências do mercado – ba-seadas na pesquisa “Carrei-ras do Futuro”, coordenada por ela – e fala sobre como os jovens diante da escolha de uma carreira devem encarar a inovação e fazer a “leitura” do mercado de trabalho .

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A economista Renata Spers na

FEA-USP: não basta fazer um único curso, as necessidades

do mercado são dinâmicas

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E já há algumas profissões que foram identificadas?

Por exemplo, uma profissão que aparece como muito im-portante é uma que chama-mos de “gerentes de ecorrela-ções”. Mas, deixando o nome de lado, o conceito é aquele profissional que vai fazer a co-municação entre a empresa, grupos ambientais, governos e ONGs para desenvolver pro-gramas de sustentabilidade. É um profissional que po-deria ter formação em enge-nharia ambiental e uma pós em direito ou comunicação. De modo geral, essas novas carreiras vão demandar cada vez mais uma formação com-

binada. Não basta fazer um único curso e achar que está resolvido para o resto da vida, as necessidades do mercado são dinâmicas.

E como se preparar para obter essa formação?

Existe a necessidade de se-guir para a pós-graduação ou para a educação continuada de alguma forma. Até porque as necessidades das empresas são rápidas, mas a formação da pessoa pode demorar um pouco mais. A gente ainda não tem um curso de gerente de ecorrelações, mas é possível fazer um curso técnico ou uma graduação e depois uma pós que vai complementar o currí-culo. Essa é uma questão geral no mercado de trabalho.

Qual o papel da formação técnica ou tecnológica nesse cenário, já que a formação é mais rápida e geralmente o curso é desenhado para o mercado?

Sem dúvida, a gente vê que o fato de esses cursos serem mais rápidos e compactos atende a muitas dessas novas demandas. A única ressalva é que é importante estar prepa-rado para dar continuidade a isso de alguma forma, seja por meio de leitura, de viagens, de formação pela própria em-presa. O importante é ter uma formação complementar para assumir algumas necessida-

des que o curso não forneça. E não só como ponto de partida, mas também como comple-mentação. Você pode pensar em uma pessoa que já tenha uma formação em direito, por exemplo, e que vê uma oportunidade numa área am-biental: ela poderia fazer um curso técnico relacionado a essa área para complementar a formação.

Esse futuro aponta para um profissional mais específico ou mais generalista?

O que identificamos é que serão profissões que vão com-binar conhecimento, não vai ser nem o superespecialista, mas também vai ser preciso ter enfoque em algum mo-

Quais vão ser as principais características do mercado de trabalho no Brasil até 2020?

As profissões não surgem por acaso. Existem macro-tendências do ambiente que impactam as empresas e, con-sequentemente, as profissões. Nós conseguimos identificar algumas dessas macrotendên-cias que serão muito importan-tes no futuro. A primeira delas é a crescente ênfase em ino-vação, desde inovação tecno-lógica até a capacidade produ-tiva e intelectual das pessoas, inovação de uma forma mais ampla, impactando o mercado de trabalho de uma forma ge-

ral. A segunda macrotendên-cia é a busca por qualidade de vida, as pessoas vão demandar produtos e serviços que vão fa-cilitar sua vida e trazer como-didade – por exemplo, profis-sões ligadas a compras on-line e que envolvem pesquisas na internet. Outro fator é a preo-cupação com o meio ambiente: a sustentabilidade ganha força além do discurso, com pressão para a busca de alternativas de baixo impacto ambiental nas várias etapas de produção. E uma outra tendência é o enve-lhecimento da população, que acaba impactando algumas profissões, tanto em relação a pessoas consumindo mais como pessoas trabalhando até mais tarde e inclusive mu-dando de carreira.

A inovação é também a capacidade de o profissional transformar a novidade tecnológica em algo que seja fabricável ou em um negócio rentável. Às vezes você pode ter uma ideia

maravilhosa e não conseguir colocá-la no mercado.

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2020, por exemplo. E a área ambiental vai exigir desde uma habilidade mais geral, que pode envolver comunica-ção e gestão, como algumas mais técnicas.

Para o estudante mais jo-vem, que ainda pretende en-trar no mercado de trabalho, como fazer a leitura dessas tendências do mercado?

O que vai ser importante é combinar dois elementos principais: primeiro, tentar identificar suas principais habilidades e gosto pessoal mesmo, aquilo que gostaria de trabalhar; e, segundo, fi-car atento ao mercado por meio de leitura, informação, conversa com professores. Ele deve então tentar mapear aquilo que aparenta ser ten-dência do ambiente, como essas que eu comentei. A par-tir de uma lista prévia, tentar conversar com profissionais dessas áreas, fazer uma vi-sita ao local de trabalho, ver como é o ambiente físico, como funciona o dia a dia. Só ir atrás do que parece ser in-teressante, mas sem seguir a sua vocação, não adianta. E também fique atento às no-vas oportunidades, porque as combinações são muito grandes: você pode ir tra-balhar com meio ambiente, mas se especializar em le-gislação. Os caminhos têm muita flexibilidade.

tam para como a inovação pode ir além dos produtos. E é também a capacidade de o profissional transformar a no-vidade tecnológica em algo que seja fabricável ou em um negócio rentável. Isso é impor-tante lembrar: às vezes você pode ter uma ideia maravi-lhosa e não conseguir colocá--la no mercado.

A senhora acredita que vão surgir novas relações de trabalho, o empreendedor vai ser mais importante na economia?

O empreendedorismo deve aumentar, em parte pelos fa-tores tradicionais, como a melhoria da formação, mas a grande maioria dos especialis-tas indica que deve haver sim novas configurações nas rela-ções de trabalho. Um aumento de criação do próprio negócio para atender outros setores, clientes e empresas.

Ainda em relação ao meio ambiente, que outras carreiras podem surgir?

A engenharia ambiental é a profissão tradicional que mais vai continuar importante nos próximos anos. Não só para trabalhar em grandes organi-zações, como a Petrobras, mas também com a possibilidade de trabalhar com empreende-dorismo. Há oportunidades com empresas de reciclagem de lixo que devem crescer até

mento. Uma profissão em alta vai ser o chefe de inovação. Esse profissional vai precisar ter um conhecimento mais ge-neralista que o gerente de pro-duto e desenvolvimento, que vai trabalhar especificamente no desenvolvimento de um produto ou de um processo. O chefe de inovação vai ser aquele com visão mais abran-gente do negócio, vai precisar interagir em várias áreas da organização para conseguir desenvolver inovação em vá-rios âmbitos, não só específico naquele produto ou processo. Por outro lado, terá de conhe-cer bem o negócio, não pode ser tão generalista assim.

A inovação vai ser um ponto principal nesse cenário, mas o que significa isso? É uma inovação que vai além do desenvolvimento de tecnologia?

São novas formas de fazer desde um produto até a oferta de um serviço. Novas formas de conseguir menores cus-tos ou um serviço mais inte-ressante para o consumidor, algo que seja diferente. Não é só inovação tecnológica, mas como fazer para ser mais pro-dutivo e reduzir os custos. E muita inovação relacionada à capacidade intelectual das pessoas, haja vista a quanti-dade de aplicativos, softwares ou mesmo serviços que apon-

A engenharia ambiental é a profissão tradicional que mais vai continuar importante nos próximos anos. Não só para trabalhar em grandes organizações, como a Petrobras, mas

também com a possibilidade de trabalhar com empreendedorismo.

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Depois de décadas considerada uma for-mação de segunda classe, voltada apenas

para quem não conseguia nem mesmo sonhar com uma vaga em uma graduação tradicional, a educação profi ssional – tanto em nível técnico quanto em ní-vel superior – vive um “boom” no país. Incentivada por progra-mas governamentais ou como resposta às demandas do mer-cado de trabalho, o fato é que os cursos técnicos e tecnólogos se tornaram a principal alternativa para quem pretende se qualifi -car com rapidez para ocupar um posto em uma indústria, procu-rar oportunidades no aquecido setor de serviços ou mesmo in-vestir em um negócio próprio.

Em nível superior, os cursos de tecnologia são os que mais cresceram em número de ma-trículas segundo o último Censo do Ensino Superior brasileiro, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educa-cionais Anísio Teixeira (Inep). De 2011 a 2012, o salto entre os tec-nólogos foi de 8,5%, enquanto os bacharelados cresceram 4,6%

Cursos técnicos e superiores de tecnologia ganham força no país: saiba o que esperar dessa formação voltada para as exigências atuais do mercado brasileiro

Gabriel Jareta

Prontos para o

e as licenciaturas apenas 0,8%. Hoje, os tecnólogos represen-tam 13,5% de todas as matrícu-las do ensino superior brasileiro, um número que chega a quase 1 milhão de alunos.

Enquanto isso, nos cursos técnicos, o grande impulso vem do Pronatec, sigla para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, lançado em 2011 pelo governo federal e uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff. As projeções apon-tam 8 milhões de matrículas em cursos técnicos, de forma-ção continuada e de qualifi ca-ção profi ssional até o fi nal de 2014, com investimento de R$ 14 milhões. O Pronatec oferece, além da expansão dos institu-tos federais, inclusive para além dos grandes centros urbanos, ocupação de vagas em institui-ções privadas e estaduais.

Em ambos os cenários, essa massa de profissionais que sai da sala de aula preparada para a realidade do mercado de trabalho é uma resposta às exigências de empresas e órgãos públicos por um traba-

lhador capaz de se concentrar em questões técnicas e espe-cífi cas sem perder de vista as etapas gerais de um processo de gestão ou produção. No Brasil, acostumado nos últi-mos anos a formar bacharéis, nem sempre preparados para as exigências do dia a dia das organizações, essa é uma grande e bem-vinda novidade.

duas modaLidadesAs diferenças entre um curso

superior de tecnologia e um bacharelado estão na duração do curso, no objetivo e no con-teúdo das aulas. Enquanto um bacharelado dura, geralmente, quatro anos ou mais, o tecnó-logo não leva mais que dois anos. As aulas mais teóricas e abrangentes de um bachare-lado (ou mesmo de uma licen-ciatura) dão lugar ao estudo de disciplinas mais focadas em uma especifi cidade da área. A carga de aulas práticas em laboratórios é mais intensa e procura preparar o aluno para situações reais do trabalho.

O objetivo dos tecnólogos é formar um profi ssional capaz

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Alunos do curso técnico em mecatrônica na

Etec Jorge Street, em São Caetano do Sul

(SP): ênfase na prática e alto nível de emprego

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de atender, por exemplo, a de-mandas regionais: um curso de produção de vinho ou um de petróleo e gás se enquadram nesse quesito. Outro objetivo é formar mão de obra para no-vidades do mercado que ainda não passaram pelo tempo de maturação para constituir um bacharelado de quatro anos, caso de um curso de tecnologia em jogos digitais, por exemplo.

De modo geral, no entanto, a função do tecnólogo é ser espe-cialista em uma parte específi ca do processo. “O bacharel tem uma formação básica levando em conta todo o espectro da área escolhida, mas em algum momento ele vai ter de esco-lher a área de atuação, talvez na pós. O tecnólogo já faz essa escolha”, explica Cristiane Al-perstedt, diretora de Qualidade e Regulação Acadêmica da Uni-versidade Anhembi Morumbi. Isso na prática signifi ca o se-guinte: enquanto um estudante de administração vai conhecer toda a teoria e passar por todas as áreas que envolvem a car-reira, o tecnólogo em gestão de recursos humanos passa pela teoria geral de maneira mais breve e se aprofunda em todos os detalhes dos sistemas de RH.

No curso técnico, que pode ser feito concomitantemente ao ensino médio, o aluno tam-bém entra em contato com um conhecimento específi co e voltado para o mercado, com ênfase em aulas práticas. Em alguns setores, como enferma-gem, as vagas de trabalho são direcionadas de maneira es-pecífi ca para os profi ssionais com diploma técnico. “O aluno do curso técnico normalmente está no ensino médio e vis-lumbra uma colocação rápida numa posição hierárquica in-

estudantes é grande mesmo no período de estágio. “Hoje o cenário é de falta de mão de obra qualifi cada, e o mercado está cada vez mais exigente. Os técnicos e tecnólogos vêm ao encontro do que as empresas precisam”, aponta Eduardo Oli-veira, superintendente educa-cional do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

Essa tendência de altos níveis de emprego para o profi ssio-nal qualifi cado deve continuar nos próximos anos para o estu-dante que estiver atento a áreas mais aquecidas. Entre elas, aquelas ligadas à infraestrutura e à tecnologia da informação. “O leque é muito amplo, mas há algumas carreiras, como se-cretariado e algumas da cons-trução civil, que demandam bastante”, diz Oliveira. A área campeã de empregos no Bra-sil, a de serviços, continua em crescimento: ainda que a Copa do Mundo já tenha passado, há um enorme setor de eventos e turismo para ser explorado.

Conheça as diferenças Curso superior de tecnologia: também conhecido como tecnólogo, é

uma graduação mais curta – geralmente de dois a três anos – e voltada para o mercado de trabalho. As disciplinas são mais específi cas em relação à carreira escolhida e a parte prática é valorizada. O estudante sai capacitado para seguir carreira acadêmica, como mestrado e doutorado, e também pode prestar a grande maioria dos concursos que exigem nível superior.

Curso técnico: é um curso de nível médio, também voltado para a forma-ção profi ssional em diversas áreas, com algumas disciplinas teóricas e foco maior na prática. O aluno pode frequentar as aulas em conjunto com o ensino médio tradicional ou mesmo fazer um curso técnico depois de formado. O único pré-requisito é ter o diploma de ensino fundamental.

Graduação tradicional: trata-se de um curso superior voltado para a formação de um profi ssional mais generalista em sua área de atuação, com grande base teórica. Dura, em média, de quatro a cinco anos. Pode ser tanto um bacharelado – apto para atuar no mercado de trabalho e seguir carreira acadêmica – quanto uma licenciatura, voltada para a formação de professores.

termediária”, diz Cristiane. É di-ferente do perfi l do tecnólogo, ela explica: este é mais velho e procura um curso para reforçar o conhecimento. Ainda assim, é uma tendência crescente os mais novos, de 18 a 24 anos, procurarem um tecnólogo como primeira opção. “Os mais jovens procuram cursos tecno-lógicos mais localizados, como gastronomia”, aponta.

empreGos e estáGiosO diploma de um curso de

educação profi ssional signifi ca, nos dias de hoje, um grande salto nas chances de conquis-tar um emprego. No caso dos egressos das Fatecs, as Faculda-des de Tecnologia do Estado de São Paulo, por exemplo, o cha-mado nível de empregabilidade é de 92%. Já um estudo da Con-federação Nacional da Indústria (CNI) de 2014 aponta que 70% dos ex-alunos de cursos técni-cos conseguem obter uma vaga dentro de um ano após a conclu-são do curso. A busca por esses

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José Isidoro da Silva perdeu o pai, então provedor da casa, quando ainda era jo-

vem e teve de começar a tra-balhar mais cedo do que es-perava para ajudar a família. Foi no canteiro de obras, como servente e, depois, como aju-dante de pedreiro em Minas Gerais, que Isidoro buscou oportunidades. Os estudos não foram deixados de lado, mas frequentar uma univer-sidade já parecia algo dis-tante. “As faculdades, naquela

Oferta de cursos de educação profi ssional cresce no mesmo ritmo da demanda das empresas. Técnicos e tecnólogos encontram espaço para crescer – e se destacar – no mercado de trabalho

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Portas

Camila Mendonça

José Isidoro, 50 anos, fez a trajetória que é modelo da educação profi ssional: de servente de pedreiro a

coordenador de atendimento com um diploma técnico

época, eram caras e poucas. Não tinha condição de entrar em uma universidade pública, então, tive de escolher o cami-nho mais fl exível”, conta.

A escolha foi por um curso técnico, de edifi cações, em um Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica). “Es-colhi porque o tempo de for-mação era menor e era focado no que já fazia”, diz. A forma-tura foi em 1994 e desde então o ex- servente de obra cresceu e hoje, aos 50 anos, é coorde-nador do serviço de atendi-

mento ao cliente da empresa de engenharia EPO.

Isidoro é o exemplo clás-sico de profi ssional que viu na educação técnica a saída para obter um emprego melhor e salário mais alto. E nos anos 1990 era assim mesmo: profi s-sionais de obra, da indústria e aqueles que não tinham condi-ções de se tornarem bacharéis buscavam no ensino técnico a alternativa para não entrar na lista dos “sem profi ssão”, seja por terem histórias parecidas com a de Isidoro, seja por não

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afirma Felipe Morgado, ge-rente executivo de educação profissional e tecnológica do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). A mudança veio por necessi-dade. Para crescer, as compa-nhias passaram a demandar mais profissionais qualifica-dos e alguns setores, como a indústria e o comércio, e viram nos técnicos e tecnólo-gos a chave para aumentar a competitividade.

No caso da indústria, uma das maiores empregadoras desses profissionais, esta questão é latente. Ano após ano, a participação do setor no PIB (Produto Interno Bruto) tem diminuído, sem contar as pressões de produtos estran-geiros, que forçam o setor a se tornar mais produtivo. “A indústria precisa aumentar a produtividade, e para isso pre-cisa de profissionais qualifica-dos”, considera Morgado.

Para Márcio Guerra, gerente de estudos e prospectiva da CNI (Confederação Nacional da Indústria), os profissionais advindos da educação profis-sional são cruciais para o setor. “A base de todo o processo industrial está amparada pelo conhecimento técnico, que é o que dá o suporte ao pro-

cesso de avanço dos produtos industriais”, afirma. Segundo as projeções do Senai, o Brasil precisará formar 1,1 milhão de novos profissionais para aten-der à demanda em profissões industriais em 2014 e 2015. O número se refere a todos os ti-pos de ocupações industriais, de todos os setores (baixa e média qualificação, técnicos e profissionais de nível superior).

produção peLo paísA região Sudeste é a que

concentra boa parte dessa demanda, requerendo mais de 311 mil profissionais nos próximos dois anos. Contudo, verifica-se cada vez mais a descentralização dos setores produtivos, com aumento de oportunidades em regiões como Nordeste, Norte e Cen-tro-Oeste. “O mercado estava concentrado nos grandes centros e cerca de 80% da in-dústria mais sofisticada ainda está nas regiões Sul e Sudeste. Agora, está havendo uma des-centralização da produção – o que leva as instituições de en-sino técnico a descentralizar a oferta também”, atesta Divon-zir Gusso, coordenador de educação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Apli-cada). (Veja nas páginas 18 e 19 um mapa com as oportuni-dades pelo país.)

Para ajudar a indústria a su-prir essa demanda, o Governo criou, em 2011, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), cujo objetivo é aumentar a oferta de cursos técnicos, por meio de várias iniciativas, como a expansão da rede fe-deral de educação profissio-nal e acordos com o Sistema S, para ampliação e financia-

terem opção alguma. Mas de 1994 para cá muita

coisa mudou. A economia, o mercado, as empresas pas-saram por profundas trans-formações. E se antes as pes-soas viam no ensino técnico e tecnológico apenas uma saída, agora a educação pro-fissional é a principal opção para crescer no mercado de trabalho. “O ensino técnico e tecnológico ganhou mais es-paço principalmente porque o mercado começou a valo-rizar mais esse profissional”,

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Verifica-se cada vez mais a descentralização dos setores produtivos, com aumento de oportunidades em regiões como Nordeste, Norte e Centro-Oeste

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mento dos cursos oferecidos pelas entidades. (Leia mais a partir da página 24.)

Somente para o Sistema S, que inclui o Senai, o Senac (Serviço Nacional de Apren-dizagem Comercial), o Senar (Serviço Nacional de Aprendi-zagem Rural) e o Senat (Ser-viço Nacional de Aprendiza-gem do Transporte), serão destinados quase R$ 900 mi-lhões da Secretaria de Educa-ção Profissional e Tecnológica, do Ministério da Educação (MEC). As entidades atendem a 43% da demanda por educa-ção profissional do país.

Segundo o secretário da pasta, Aléssio Trindade, os investimentos acompanham o aumento do interesse de jovens pela educação profis-sional. Na segunda edição do Sisutec (Sistema de Seleção Unificada da Educação Profis-sional e Tecnológica), o Sisu do ensino profissional, foram re-gistradas mais de 900 mil ins-crições. No ano passado, este número era de cerca de 700 mil. “O mercado hoje funciona de forma diferente. Neste am-biente, por exemplo, precisa-mos mais de técnicos do que de engenheiros”, afirma Trin-dade. “A demanda por técni-cos só cresce, mas ainda há muito o que fazer neste sen-tido e o Brasil precisa muito se desenvolver nesta área”, diz. Do total das 7 milhões de va-gas de ensino superior, apenas 1,5 milhão são técnicas.

cuLtura do doutorUma das atratividades da

educação profissional é o fa-tor mercado de trabalho. Se-gundo Paulo Borges, supervi-sor de avaliação educacional do Senai-SP, a taxa de colo-

cação profissional dos alunos supera os 70% e chega a 80% em muitas áreas. Relatório do Senai Nacional, com os alunos formados há um ano pelo sis-tema e com os supervisores de empresas, mostra que a taxa de ocupação dos egressos do ensino técnico da entidade é de 74%, com 80% alocados no mercado formal.

Quando se mede o índice de afinidade, ou seja, se o aluno trabalha na área na qual se for-mou, o percentual atinge 69%. “Alguns acabam tendo algum desvio de função, e acabam se colocando em outra área, mas é um número expressivo, que sinaliza que estamos estru-turando os cursos de acordo com as necessidades do mer-cado”, avalia Borges.

Com números como esses, o entrave para aumentar a quantidade de pessoal quali-ficado, advindo da educação profissional, pode não estar no investimento, no número de vagas ofertadas e nem es-paço no mercado de trabalho. Ainda impera no país o que Trindade chama da cultura do doutor. “Viemos de uma cul-tura escravocrata forte e ainda carregamos o preconceito do trabalho operacional”, afirma. Mudar a cara do ensino pro-

fissional é um dos caminhos para atrair os jovens para as redes técnicas e tecnológicas e, assim, suprir as demandas do setor produtivo.

Para Borges, ainda preva-lece a tradição do bacharelado como a “verdadeira” formação superior. “Essa tradição é his-tórica e a educação profissio-nal carrega um pouco desse preconceito, de que quem faz o profissional vai ser empregado, e o bacharel, líder – mas isto vem se revertendo”, observa.

Pesquisa da CNI, de janeiro deste ano, feita com 2.002 pes-soas em 143 municípios brasi-leiros, mostra a mudança dessa percepção. Dos entrevistados, 25% frequentam ou frequen-taram educação profissional, 69% consideram os cursos de educação profissional como ótimos ou bons e 90% concor-dam total ou parcialmente que “quem faz um curso de edu-cação profissional tem mais oportunidades no mercado de trabalho do que aqueles que não fazem curso algum”. São resultados positivos, que aju-dam a reverter a ideia de “chão de fábrica” a que está ligada a educação profissional.

A mesma pesquisa da CNI revela que 73% dos entrevis-tados acreditam que é preferí-vel um bom curso técnico que uma faculdade de segunda linha e 55% dos brasileiros discordam totalmente ou em parte que só estuda em es-cola profissionalizante quem pertence a uma classe social mais baixa. Outro estudo, de 2012, realizado pela Fun-dação Getulio Vargas (FGV), mostra que quanto mais alta a classe social, maior é a taxa de frequên cia de instituição de ensino profissionalizante.

Relatório do Senai Nacional com alunos formados há um ano mostra que a taxa de ocupação dos egressos do ensino técnico da entidade é de 74%, com 80% alocados no mercado formal

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Técnicos e líderesComo é cada vez mais comum entre os estudantes brasileiros, Laiane

Araújo, de 25 anos, escolheu sair do ensino médio com uma profissão. A escolha: técnico de informática. “É uma área que estava crescendo e não tinha muito profissional”, conta. Assim que saiu da escola, já como profissional, ela encontrou na Finnet, empresa de tecnologia, o lugar para crescer. Há sete anos na empresa, a técnica saiu das mesas de help desk para a liderança da área de monitoração da empresa, em São Paulo. Sob sua gestão, estão oito homens – todos técnicos.

Quando Laiane entrou na empresa, a companhia era pequena e só ti-nha sede em Barueri. Ela passou pela área de suporte e seguiu para a área de manutenção em 2010. Mas não foi por acompanhar o crescimento da empresa que a profissional foi promovida. “Fui convidada para ser líder por conta dos meus conhecimentos técnicos”, afirma. Os conhecimentos para liderar pessoas ela foi adquirindo com a ajuda da empresa, que inves-tiu em cursos de gestão. “Eu já sabia a missão e os valores da empresa, mas no começo foi difícil. Mesmo assim, mostrei que consigo liderar”, diz. Além dos cursos de liderança, Laiane aprimorou os conhecimentos espe-cíficos: fez mais um curso técnico, de sistemas de informação, em 2008. “Tecnologia muda muito e o técnico ajuda a me atualizar, porque ao invés de ficar presa em uma grade curricular de quatro anos, faço um técnico de dois anos, com conteúdo mais atual”, analisa. 

As mudanças nos currícu-los dos cursos podem ajudar a atrair mais os jovens. “O ensino técnico envolve conhecimentos na área de gestão, cada vez mais requisitados no mercado. Esta-mos mudando culturalmente, principalmente em re giões que são vetores de desenvolvi-mento”, avalia Trindade.

Guerra, da CNI, afirma que houve uma mudança efetiva na ideia de que emprego na indústria não é bem remune-rado e não tem qualidade. “Es-sas mudanças só vão aconte-cer a partir do momento em que mostrarmos os retornos que esse ensino pode trazer para a carreira”, afirma.

O culto ao bacharelismo, diz, é comum em qualquer país, mas a velocidade de desenvol-vimento é maior naqueles que conseguiram atrair os jovens para as carreiras técnicas. “É este salto que precisamos dar, se quisermos construir uma in-dústria que agregue mais valor do que hoje ela gera”, explica.

Para atrair o jovem para o en-sino técnico e tecnológico é pre-ciso ajudá-lo a ver a aplicação prática do que ele aprende em sala de aula. Dar acesso ao curso que ele quer, na região onde ele mora, também faz parte das ações para atrair alunos. E des-cartar a ideia de que técnico não poderá ser líder é outra ini-ciativa, ainda que o mercado já dê conta desta tarefa.

Segundo Borges, não são raros os profissionais que fize-ram o itinerário da educação profissional e ocupam postos de gerência e diretoria em grandes instituições. “Tem muitos casos de oferta de em-prego que pedem um curso técnico, ainda que seja para altos cargos”, avalia.

Laiane Araújo, 25 anos: conhecimentos específicos e cursos de liderança para subir de posto

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VOCAÇÕES REGIONAISAs áreas mais promissoras em diversas regiões do País

MINAS GERAISconhecido pela produção de bebidas e alimentos, o estado tem oportunidades para tecnólogos que atuem na produção desses gêneros. o Instituto federal do estado oferece cursos de tecnologia de produção de cachaça e tecnologia de produção de grãos. Há ainda oportunidades no estado para técnicos em agroecologia, agroindústria, agropecuária, fl orestas, meio ambiente, zootecnia, sem contar as áreas tradicionais.

SANTA CATARINAo Instituto federal catarinense oferece anualmente em torno de 2 mil vagas para os alunos dos cursos técnicos de nível médio regulares e outras cerca de 1,2 mil para os cursos superiores do instituto. no eixo tecnológico, a área de recursos naturais tem maior demanda, como o técnico em agropecuária. Técnico em informática também tem mercado. outras áreas de destaque são controle e processos industriais, gestão de negócios e ambiente.

AMAZONASTem mercado em áreas tradicionais, como administração, comércio, contabilidade, eletrônica e informática, mas também em áreas específi cas como agroecologia, técnico em fl orestas, meio ambiente, paisagismo, recursos pesqueiros. Também há oportunidades para tecnólogos em alimentos, processos químicos, desenvolvimento de sistemas, construção de edifícios, produção publicitária e sistemas eletrônicos.

ACREoportunidades para técnicos da área ambiental, com formação em meio ambiente, biotecnologia e agropecuária. Também há espaço para tecnólogos em gestão ambiental e agroecologia. Áreas tradicionais, como informática, administração, edifi cações e controle ambiental, também têm demanda e há cursos no Instituto federal do estado.

DISTRITO FEDERALA capital do país tem vocação para serviços de administração pública e turismo, abrindo oportunidades para técnicos e tecnólogos das áreas de eventos, auxiliar administrativo, recursos humanos, informática e línguas. Mas há também oportunidades para técnicos em operação de máquinas e implementos agrícolas, agronegócio, além de construção civil.

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fonte: IFs e instituições de ensino infografi a: Luciano Arnold/start Digital fotos: 1. marco simola/Cifor; 2. Danny botelho; 3. William Ward; 4. Kelly sato; 5. Portal brasil; 6. matt Jacoby

SÃO PAULOcom foco em negócios da área fi nanceira, serviços e indústria, na capital, e no setor de agro e combustíveis no interior, o estado oferece oportunidades diversas. Há espaço para tecnólogos em agronegócio, alimentos, automação industrial, biocombustíveis, mecânica, eletrônica, turismo e internet. para técnicos, as oportunidades também existem nas áreas de construção civil, informática, eletroeletrônica, química, automação industrial, administração, comércio, logística, eventos, telecomunicações e alimentos.

RORAIMAcom vocação em recursos naturais, as oportunidades no estado se encontram para técnicos e tecnólogos das áreas de agricultura familiar e comercial, apicultura, pecuária de corte, fruticultura, piscicultura, madeira e móveis, serviços, turismo e artesanato.

ALAGOASo Instituto federal tem programa específi co para atender à demanda de formação de profi ssionais da indústria de petróleo, gás, energia e biocombustíveis. o estado também tem demanda de profi ssionais de soldagem e agropecuária, além das oportunidades em áreas como administração, eletrotécnica e mecânica.

BAHIAHá maior demanda pela área agrária, especialmente da agropecuária. Há oportunidades também na área de alimentos, zootecnia, agricultura, agrimensura, agroindústria e fl orestas. Devido à grande diversidade observada nas regiões do estado, todos os cursos ofertados têm uma demanda específi ca para atender à vocação produtiva da região. Em catu, a 78 km de salvador, há o desenvolvimento da indústria petrolífera, apesar de a agricultura familiar e a bovinocultura serem elementos essenciais da economia local. Guanambi, a 796 km de salvador, é caracterizada pelo clima semiárido, com solo propício para a plantação de feijão, milho, mandioca e algodão. o campus do If em Uruçuca, a 401 km da capital, tem o primeiro centro de pesquisas do cacau no mundo. Este ano, além de cinco cursos técnicos, passou a oferecer dois cursos superiores: tecnologia em gestão de turismo e agroecologia.

ESPÍRITO SANTOo estado tem oportunidades para agropecuária e agroindústria, especialmente para tecnólogos em cafeicultura e aquicultura. os campi do Instituto federal do estado oferecem cursos técnicos e tecnológicos em redes de computadores, saneamento ambiental, zootecnia, alimentos, pesca, mineração, gestão de qualidade e serviços e técnico em fl orestas, além dos tradicionais.

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Ser especialista em apenas uma etapa da produção já não faz mais parte do perfil do

profissional formado no ensino profissionalizante. Se por um lado o mercado exige profis-sionais mais qualificados e es-pecializados, também pede por mão de obra capaz de entender todo o processo.

“Os currículos passaram por transformações de conteúdo e a capacidade de resolver con-flitos e até componentes de empreendedorismo já são in-seridos”, avalia Márcio Guerra, gerente de estudos e prospec-tiva da CNI (Confederação Na-cional da Indústria). Ele explica que no perfil desses profissio-nais é possível incluir visão sistêmica e até habilidades de coordenação de equipes – o que torna o perfil ainda mais complexo e também completo.

“Agora existe uma demanda forte de profissionais de nível técnico, que passam a ter um papel preponderante nesta dinâmica, pois têm uma visão sistêmica, habilidades de lide-rar equipes, ao mesmo tempo que possuem conhecimentos para inovar processos e pro-dutos”, analisa Guerra.

A parte Educação profissional direciona para um perfil que é capaz de agregar conhecimentos específicos com a dimensão de toda a cadeia produtiva

É o caso de Emílio Leite de Souza, de 24 anos, consultor pleno da inoveLive!, unidade de negócio focada na venda e implantação de produtos Microsoft na Nuvem. Com pouco mais de dois anos na empresa, e cursando o último ano de tecnologia em análise de desenvolvimento de siste-mas na Fatec, Souza é respon-sável por projetos individuais na empresa e vem assumindo cargos de liderança.

Embora seja um curso tec-nológico, ou seja, voltado para um aspecto específico da área, também aborda ou-tros temas. “Ele tem proces-sos e dinâmicas que envol-vem gestão”, diz.

Souza sempre trabalhou com TI, já fez cursos espe-cíficos e viu nos tecnólogos opção mais focada, menos teórica e mais curta. Na opi-nião dele, profissionais com formação técnica são a base do conhecimento da empresa na área em que atua. Como já lida com pessoas ao coordenar alguns projetos, o foco, agora, é desenvolver outras habilida-des. “Quero sedimentar o co-nhecimento técnico que tenho e desenvolver conhecimentos

de gestão, área que quero fo-car, uma vez que agora a ideia é gerenciar uma nova área na empresa”, conta.

mais competênciasAs empresas também já

veem diferenciais nesse perfil mais ampliado do profissional técnico e tecnológico. Segundo relatório do Senai Nacional, as empresas consideram que o profissional técnico é capaz de suprir diversas demandas, das mais básicas às específicas e de gestão. Elas também reafir-mam a aprovação do perfil de competências do profissional com qualificação.

Isso não significa que uma das características principais dos técnicos e tecnólogos foi deixada de lado. “Esses profis-

e o todo

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Olho na inovação

sionais são mais focados  em suas áreas de atuação – esta é a essência”, lembra Felipe Morgado, gerente executivo de educação profissional e tecno-lógica do Senai. E é pelo fato de serem mais específicos que os cursos chamam a atenção de muitos profissionais.

Foi o que atraiu Kamila Ga-briela Amaro, de 26 anos, assis-tente de departamento pessoal na Telbrax, empresa de teleco-municações. Ela trocou o curso de administração no terceiro semestre para fazer o tecnólogo de gestão em recursos huma-nos. “A questão do tempo de curso não foi o que pesou, mas por ele ser mais direcionado. Para ter esse conhecimento, de-pois do curso de administração, eu teria de fazer uma pós-gra-duação na área. E no curso de tecnologia, não. A gente já tem todo o embasamento que uma pós-graduação daria”, conta.

Inserir os técnicos e tecnólogos no processo de inovação do setor produtivo é um dos grandes desafios da educação profissional. Ao contrá-rio do que se pensa, a inovação não se restringe aos muros da academia, principalmente quando se fala no se-tor industrial. “Na indústria, mais de 50% das inovações surgem dentro da própria rotina industrial, através dos funcionários. Técnicos conse-guem sim participar do processo de inovação nas empresas”, reforça Aléssio Trindade, secretário de Edu-cação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC).

O setor privado já se deu conta disso e também oferece, por meio dos

seus institutos, formação profissional a jovens que podem ser não apenas potenciais colaboradores, mas futuros desenvolvedores. “Eles perceberam que é preciso fazer alguma coisa. Neste aspecto, conseguem apresen-tar forte movimento para atrair esse jovem para o ensino técnico”, afirma Divonzir Gusso, coordenador de edu-cação do Ipea. Uma dessas iniciativas é da empresa de telecomunicações Oi. Por meio do Instituto Oi Futuro, a companhia criou o Nave (Núcleo Avan-çado em Educação), programa que ca-pacita os estudantes para profissões na área digital. O programa conta com duas escolas, no Rio de Janeiro e em Recife, onde atendem cerca de mil

estudantes, e tem parceria com as secretarias de Educação do Estado do Rio de Janeiro e de Pernambuco. A atenção tanto do setor público como do privado, as mudanças culturais com relação ao ensino profissionalizante e a crescente pressão das empresas por profissionais mais capacitados, am-pliando a oferta de vagas mais bem re-muneradas, têm conseguido atrair os estudantes. Somente o Senai de São Paulo matriculou um milhão de alunos no estado. Os resultados  dessas mu-danças e investimentos serão vistos no médio e longo prazo. E a indústria, um dos agentes mais interessados, espera que os resultados se conver-tam em mão de obra qualificada.

Emílio Souza, 24 anos, consultor na

área de TI: curso tecnológico em

análise de sistemas também trouxe

conceitos de gestão

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Antes de trocar de área, a profissional trabalhava na área administrativa. “Tive a oportu-nidade de conhecer um pouco a área de RH e foi daí que sur-giu o interesse, porque gosto de trabalhar com pessoas”, diz. Durante dois anos de curso, Kamila aprendeu os processos da área de RH, a rotina do de-partamento, como aplicar pes-quisas de clima, recrutamento e seleção. “Mesmo sendo tec-nológico, o curso é bem abran-gente e ensina a lidar com as pessoas e com determinadas situações”, afirma.

No terceiro período, a pro-fissional conseguiu estágio na empresa onde trabalha e, assim que se formou, foi efetivada. Para ela, o curso tecnológico ajudou no pro-cesso. “Para trabalhar na área, é preciso conhecimento mesmo e pelo curso ser es-pecífico agregou mais valor ao currículo. Contribuiu para minha carreira”, avalia. O ca-minho agora é fazer uma pós-gradua ção, mas Kamila ainda não descarta o bacharelado – quer fazer o curso de psico-logia, para ampliar os conhe-cimentos em pessoas.

Para Morgado, do Senai, o caminho traçado por Kamila é comum na trajetória de muitos profissionais – fazendo o perfil dos técnicos ser ainda mais di-ferenciado, técnico, mas tam-bém abrangente. “Eles partem depois para cursos de forma-ção continuada, se especiali-zando ainda mais” diz. Guerra, da CNI, enfatiza que é esse o itinerário natural do ensino pro-fissionalizante. “É coisa do pas-sado essa história de o aluno somente estar focado no con-texto onde está inserido”, diz.

Caminho inversoThiago Vítor Rodrigues Martins, de 27 anos, analista de redes na Tel-

brax, de telecomunicações, deixou o bacharelado de sistemas de infor-mação, no terceiro ano, para migrar para o curso de tecnologia em redes de computadores. “Não tinha afinidade com o curso. Ele me deu muita informação, mas meu objetivo era profissional e queria algo mais focado e objetivo”, conta. “O bacharelado dava um leque amplo e eu queria me profissionalizar em áreas específicas”, completa.

Na hora da escolha, Martins conta que não teve receio com relação a possíveis resistências do mercado pelo curso tecnológico – ao contrário. “É bem provável que no nosso setor cerca de 70% dos profissionais se-jam tecnólogos, por ser uma área bem específica”, avalia. Há três anos na empresa, Martins avalia que o curso de tecnologia foi um dos fatores determinantes para atuar diretamente na área que queria e para crescer na empresa. Ele entrou na área de tecnologia da informação como téc-nico de suporte. “Cresci mais. Se eu estivesse naquela área ainda, essa evolução não teria sido tão rápida”, acredita. Hoje, ele trabalha no centro de gerência de redes e é um dos líderes da equipe. Agora, o profissional quer continuar se especializando, via MBA e certificações, valorizadas no mercado em que atua.

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Thiago Martins, 27 anos, saiu de um bacharelado para um tecnólogo: mais objetivo

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