GLOSSOFOBIA

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GLOSSOFOBIA (MEDO DE FALAR EM PÚBLICO) O medo sempre teve papel importante na adaptação e na sobrevivência humana. É o medo que nos faz fugir de situações perigosas. Sentir medo é normal, e não caracteriza uma fobia. A fobia é um medo excessivo, que permanece por muito tempo, em relação a um objeto ou uma situação, ou até mesmo pela antecipação de uma situação por meio do pensamento (uma resposta de ansiedade). O que levaria o fóbico a um comportamento de esquiva. Assim, observamos que a diferença entre sentir medo e uma fobia está na intensidade e na frequência. Existem diferentes tipos e subtipos de fobias que possuem características muito diferenciadas. Um tipo de fobia que retrata um dos maiores temores dos profissionais da atualidade é a glossofobia. A glossofobia é um termo pouco conhecido, vem do grego glossa (língua) e fobia (medo), é o medo falar em público (timidez). Muitas vezes a simples ideia de fazer uma apresentação em público, traz uma intensa ansiedade e se manifesta na comunicação verbal e não verbal, provocando aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, dilatando as pupilas, causando rigidez no pescoço e nas costas, provocando sudorese, secura na boca. A voz pode ficar tensa e tremula, expandem-se as vogais alongadas, gagueiras e o famoso “branco”. Considerando que a glossofobia é um reflexo aprendido, uma das formas de tratamentos seria através de programas ou exercícios específicos criados para dessensibilizar este comportamento.

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GLOSSOFOBIA (MEDO DE FALAR EM PÚBLICO)

O medo sempre teve papel importante na adaptação e na sobrevivência humana. É o medo

que nos faz fugir de situações perigosas. Sentir medo é normal, e não caracteriza uma fobia.

A fobia é um medo excessivo, que permanece por muito tempo, em relação a um objeto ou

uma situação, ou até mesmo pela antecipação de uma situação por meio do pensamento (uma

resposta de ansiedade). O que levaria o fóbico a um comportamento de esquiva. Assim,

observamos que a diferença entre sentir medo e uma fobia está na intensidade e na frequência.

Existem diferentes tipos e subtipos de fobias que possuem características muito diferenciadas.

Um tipo de fobia que retrata um dos maiores temores dos profissionais da atualidade é a

glossofobia. A glossofobia é um termo pouco conhecido, vem do grego glossa (língua) e fobia

(medo), é o medo falar em público (timidez). Muitas vezes a simples ideia de fazer uma

apresentação em público, traz uma intensa ansiedade e se manifesta na comunicação verbal e

não verbal, provocando aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, dilatando as

pupilas, causando rigidez no pescoço e nas costas, provocando sudorese, secura na boca. A

voz pode ficar tensa e tremula, expandem-se as vogais alongadas, gagueiras e o famoso

“branco”. Considerando que a glossofobia é um reflexo aprendido, uma das formas de

tratamentos seria através de programas ou exercícios específicos criados para dessensibilizar

este comportamento.

Algumas dicas para diminuir a glossofobia:

1. Prepare seu conteúdo

É importante saber qual será sua audiência para poder adaptar seu conteúdo a ela. Uma

apresentação que deu certo em uma turma de alunos do ensino médio pode não funcionar com

estudantes de pós-graduação. Conheça seu público, o que eles estudam, o que eles gostam, o

que eles querem saber.

2. Pratique

Praticar nunca é demais. Apresente na frente do espelho ou para seus amigos e peça feedback.

Veja se você está dentro do tempo previsto. A melhor dica de todas é filmar sua apresentação:

nela você pode avaliar sua fluência, suas pausas, sua voz, seus gestos, sua postura. Cada

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apresentação é uma oportunidade para aprendizagem e você aprenderá mais se puder se

assistir depois.

3. Questione seus pensamentos do tipo “E se…”

E se você tropeçar e cair? E se você esquecer o conteúdo? E se rirem de você? Mesmo que

imprevistos aconteçam, você sobreviverá. É normal ficarmos ansiosos, mas com o tempo a

ansiedade passa. Cinco minutos depois a audiência não vai lembrar o quanto você estava

nervoso, mas sim como foi a apresentação.

4. Use a imaginação

Não pense apenas no lado negativo da coisa. Imagine-se mais confiante. Pense em você

chegando na sala ou no auditório sorridente, com uma postura confiante, compartilhando seu

conhecimento. E se os pensamentos negativos voltarem, imagine-se solucionando os

problemas.

5. Foque no seu material

Quando estiver lá na frente, concentre mais no seu material e menos no que você está

sentindo. Logo você esquecerá que estava nervoso. Foque em dar o seu melhor e ajudar sua

audiência.

6. Respire

Esta dica eu recomendo não só para quem vai falar em público, mas sim para todos os

ansiosos e pode ser feita antes da apresentação ou algumas vezes ao dia. A respiração

diafragmática aliada ao controle respiratório te ajudará a absorver maiores quantidades de

oxigênio, diminuindo a ansiedade. O ideal é encher o pulmão de ar, segurar por alguns

segundos e soltar levemente, como se estivesse assoprando por um canudo.

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7. Evite cafeína

A cafeína é uma substância estimulante. Ela pode te ajudar a despertar, mas se você é uma

pessoa ansiosa ou agitada, ela pode te atrapalhar no restante do dia. Se você precisa se

acalmar é recomendado evitar o café e outros chocolates ou bebidas que contenham cafeína.

Prefira tomar água ou algum chá.

8. Enfrente a situação

Quanto mais você evitar ter que falar em público, mais difícil se tornará da próxima vez. É

melhor enfrentar a apresentação de uma vez, aprender com ela, e a próxima será um pouco

mais fácil. É somente com a prática que novos comportamentos se tornam hábitos.

Texto adaptado

Fonte: http://www.leoartese.com.br/palestras/59-superando-a-glossofobia?lang=.

http://scienceblogs.com.br/psicologico/2012/11/8-dicas-para-diminuir-medo-de-falar-em-

publico/.

Como faço para me livrar da minha timidez?

Muitos pacientes e usuários do meu site (http://www.thiagodealmeida.com.br/) me fazem esta

pergunta. Não existe uma receita comum que possa ser aplicada em todos os casos, para todas

as pessoas, mas me proponho, neste texto, a discutir algumas contribuições para você que tem

dificuldades com timidez.

Quer seja para procurarem um novo amor, quer seja para obterem um melhor posto em seu

trabalho, ou ainda, para obterem um encaminhamento para lidar com as diversas situações-

problemas do seu cotidiano, as pessoas mais cedo ou mais tarde, deparam-se com a questão da

timidez. Especificamente, em se tratando de relacionamentos amorosos, sabemos que algumas

pessoas com a intenção de se relacionarem amorosamente utilizam uma diversidade maior de

estratégias do que outras pessoas. Então, essas pessoas que têm um repertório maior e mais

sofisticado obviamente têm maiores possibilidades para iniciarem relacionamentos amorosos

e podem, por esse motivo, escolher alguém mais adequado ao seu perfil amoroso. Um

relacionamento assim também granjeia uma maior probabilidade de sucesso. Contudo, a cada

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vez mais, pessoas que se consideram tímidas acorrem aos consultórios na tentativa de se livrar

desta dificuldade.

É preciso avaliar o que você considera timidez, e o quanto isso afeta negativamente a sua

vida, profissional e relacionamentos. Para que todos estejam falando e pensando sobre o

mesmo assunto, compartilho com vocês a melhor definição que eu conheço a respeito deste

assunto. A timidez que pode ser definida como a tensão e a inibição em situações sociais e,

portanto, vai depender de vários fatores: falta de iniciativa, baixa autoestima, frustração (na

vida amorosa e profissional), traumas na infância, dentre outros fatores. Se você se encaixa

em algumas dessas alternativas, é bom começar a reagir. É bom saber também que:

(1) Você não é a única a passar por isso;

(2) É bom reavaliar a maneira como encara a si mesmo(a);

(3) Existem parceiros (as) que preferem pessoas menos extrovertidas;

(4) Existem profissões que não precisam ter muito contato com pessoas;

(5) Há pessoas tímidas cercadas de amigos e há pessoas tímidas solitárias.

(6) Não espere perfeição de si mesmo (a).

Muitas vezes o tímido por não saber o que fazer inveja ou tenta copiar a pessoa que identifica

como extrovertida. Se você costuma agir assim, saiba que o melhor que tem a fazer é se

assumir como você é, tímido (a) mesmo (a). Não superestime este estado achando que você

será a última pessoa da face da terra a encontrar um (a) namorado (a). Saiba que as pessoas

certas irão se aproximar de você. É uma questão de tempo. Tente não se desesperar. Mais vale

você saber o que fala e com quem fala do que tentar um comportamento que não lhe garanta

conforto nas relações. Se você se mantiver sereno (a), com o tempo, a timidez dá lugar ao

autocontrole. Eu aconselho você a insistir. Conviver mais com o sexo oposto, participar de um

voluntariado, ter a iniciativa no contato com os amigos, experimentar lugares e sensações que

nunca fez, no seu ritmo, enfim, abri-se ao novo.

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Ser uma pessoa extrovertida não significa que, de repente, você vai ter de interagir com todo

mundo ou estar presente a cada evento social para o qual você foi convidado (a). Procure

como meta conversar com uma pessoa de cada vez. Isso exigirá certo esforço da tua parte,

mas garanto: valerá à pena. Você será bem sucedido (a) ser houver confiança em si mesmo

(a). Pouco importa se é uma simples afirmação ou pergunta como, por exemplo, "ah, hoje tá

frio, né?", ou então, “como você está?”. Não se preocupe se você cometer alguma gafe ao

falar, ria do fato, e prossiga com a conversa. Não perca tempo em se condenar quando alguém

discordar do assunto que você trouxe, ou ainda, do ponto de vista que você está defendendo.

Não leve isso para o lado pessoal e nem acredite que é alguém desinteressante. Lembre-se: as

pessoas têm gostos diferentes. Não é nada pessoal. Não tem porque encarar isso como

rejeição.

Quando sair nas noites afora não pense que o álcool resolverá o que você mesmo (a) não fez/

faz por você. Um dia, um dos meus colegas de profissão soltou uma pérola infeliz. Ele disse

que preferia um tímido assumido a um alcoolista anônimo. Sinceramente, eu preferia que este

colega fosse mais tímido.

Caso você realmente se interesse pela pessoa com quem está interagindo, em geral não será

difícil arranjar assunto, e encadear um assunto no outro. Aliás, pessoas tímidas são bons

ouvintes. Logo, este quesito já é meio caminho andado para elas. Treine suas habilidades e

adquira outras também.

Caso você observe muitos prejuízos em sua vida social, o ideal é procurar um (a) terapeuta.

Junto com ele (a) você poderá descobrir os motivos que a levam a temer certas situações e

antecipar eventos negativos, que fazem com que você se retraia ainda mais, e trabalhar esses

motivos, a fim de que você se solte mais em situações de interação ou exposição com as

pessoas.

Oito dicas para diminuir o medo de falar em público

Segundo o brilhante comediante Seinfeld, o medo mais comum nos Estados Unidos é o de

falar em público. Em segundo lugar está o medo da morte. Isso quer dizer que, em um funeral,

muitos prefeririam estar no caixão do que fazendo um discurso. Brincadeiras à parte, não sei

se estes dados estão corretos, mas o medo de falar em público é extremamente comum e

poucas pessoas sabem que podem superá-lo apenas com um pouco de treino.

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1. Prepare seu conteúdo

É importante saber qual será sua audiência para poder adaptar seu conteúdo a ela. Uma

apresentação que deu certo em uma turma de alunos do ensino médio pode não funcionar com

estudantes de pós-graduação. Conheça seu público, o que eles estudam, o que eles gostam, o

que eles querem saber.

2. Pratique

Praticar nunca é demais. Apresente na frente do espelho ou para seus amigos e peça feedback.

Veja se você está dentro do tempo previsto. A melhor dica de todas é filmar sua apresentação:

nela você pode avaliar sua fluência, suas pausas, sua voz, seus gestos, sua postura. Cada

apresentação é uma oportunidade para aprendizagem e você aprenderá mais se puder se

assistir depois.

3. Questione seus pensamentos do tipo “E se…”

E se você tropeçar e cair? E se você esquecer o conteúdo? E se rirem de você? Mesmo que

imprevistos aconteçam, você sobreviverá. É normal ficarmos ansiosos, mas com o tempo a

ansiedade passa. Cinco minutos depois a audiência não vai lembrar o quanto você estava

nervoso, mas sim como foi a apresentação.

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4. Use a imaginação

Não pense apenas no lado negativo da coisa. Imagine-se mais confiante. Pense em você

chegando na sala ou no auditório sorridente, com uma postura confiante, compartilhando seu

conhecimento. E se os pensamentos negativos voltarem, imagine-se solucionando os

problemas.

5. Foque no seu material

Quando estiver lá na frente, concentre mais no seu material e menos no que você está

sentindo. Logo você esquecerá que estava nervoso. Foque em dar o seu melhor e ajudar sua

audiência.

6. Respire

Esta dica eu recomendo não só para quem vai falar em público mas sim para todos os ansiosos

e pode ser feita antes da apresentação ou algumas vezes ao dia. A respiração diafragmática

aliada ao controle respiratório te ajudará a absorver maiores quantidades de oxigênio,

diminuindo a ansiedade. O ideal é encher o pulmão de ar (ver vídeo), segurar por alguns

segundos e soltar levemente, como se estivesse assoprando por um canudo.

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7. Evite cafeína

A cafeína é uma substância estimulante. Ela pode te ajudar a despertar, mas se você é uma

pessoa ansiosa ou agitada, ela pode te atrapalhar no restante do dia. Se você precisa se

acalmar é recomendado evitar o café e outros chocolates ou bebidas que contenham cafeína.

Prefira tomar água ou algum chá.

8. Enfrente a situação

Quanto mais você evitar ter que falar em público, mais difícil se tornará da próxima vez. É

melhor enfrentar a apresentação de uma vez, aprender com ela, e a próxima será um pouco

mais fácil. É somente com a prática que novos comportamentos se tornam hábitos.

Este texto é uma adaptação do post “Eight Tips to Decrease Public Speaking Anxiety”,

escrito por Mary Ann Gauthier para o site Dumb Little Man. Espero que tenha ajudado a

quem está precisando.

Oratória sem segredo

Quem nunca sentiu aquele friozinho na barriga para falar em público? O problema é mais

comum do que se pensa, mas calma: tem solução.

Enquanto as ideias parecem fazer um nó e perder todo o sentido, as mãos suam e o corpo

treme. As palavras enroscam na garganta e o temível "branco" logo aparece, acompanhado

daquela gagueira inconveniente que torna impossível disfarçar o nervosismo. Essa dificuldade

para falar em público, que nos casos mais extremos recebe o nome de glossofobia, é uma

fobia social bastante comum, que atingirá cerca de 60% das pessoas em algum momento da

vida e está intimamente ligada à insegurança e à timidez.

De natureza reservada, o estudante de música Marcos Galvão (20) nunca tinha apresentado

dificuldade para falar em público até chegar à adolescência. Por volta dos 13 anos, à medida

que descobria e entendia melhor as convenções sociais que o cercavam, Galvão foi sendo

tomado por surtos de insegurança e timidez, que acabaram o tornando um indivíduo mais

calado e introspectivo.

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Quando precisa fazer algum tipo de apresentação ou exposição de ideias, o estudante sofre

com o nervosismo excessivo e o coração acelera só de imaginar: "Fico inibido até mesmo

para conversar com pessoas mais extrovertidas e falantes do que eu, imagine então para falar

em público, para muitas pessoas. É um pesadelo!", admite.

Influência familiar e estresse pós-traumático

Segundo a psicóloga Elizete Borges dos Santos, pós-doutora em Psicologia Clínica, alguns

fatores familiares podem ser desencadeadores desse tipo de comportamento: "Existem pais

classificados como castradores, que podem ser desde punitivos ou rigorosos demais,

embutindo medo na criança, até bonzinhos em excesso, quando não permitem que a criança

faça nada sozinha. Essa criação pode formar um adulto inseguro, tanto por não ter aprendido o

que fazer quanto pelo medo de errar", explica.

Outro fator que pode determinar o aparecimento do problema é a passagem por traumas:

mesmo que o indivíduo tenha sido excelente orador, um grande baque pode levá-lo a

desenvolver a glossofobia pós-traumática, porém, é importante lembrar que esta característica

não se torna inerente à personalidade da pessoa e, por isso, pode ser tratada. 

É tudo biológico

Os indesejáveis sintomas causados pela glossofobia, segundo Elizete, são gerados por uma

descarga de pensamentos negativos automáticos que ocasionam um acréscimo na adrenalina.

No momento do medo, as glândulas suprarrenais liberam essa adrenalina no organismo para

fortalecer os músculos, aumentando a pressão sanguínea e nos preparando para fugir o mais

rápido possível da situação de perigo. Quando falamos em público, entretanto, não dá para

fugir. O público está ali.

Como não nos movimentamos como faríamos se estivéssemos fugindo, a adrenalina não é

metabolizada e permanece mais tempo do que deveria no organismo, provocando taquicardia,

sudorese e tremedeira: "Com o pensamento fixo nos sintomas, o paciente acaba entrando num

círculo vicioso e corre o risco de entrar em pânico", previne Elizete.

Para contornar o problema, a doutora dá a dica: "Uma das técnicas mais usadas é a respiração

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profunda e o desvio de foco, ou seja, procurar não fixar-se nos sintomas. Porém, dependendo

da intensidade do bloqueio, é importante que a pessoa procure um profissional para solucionar

o caso. Na grande maioria das vezes o tratamento é simples e bem sucedido", avalia.

Para ajudar a evitar aquele friozinho na barriga, alguns cuidados também podem ser tomados:

- Prepare detalhadamente o que vai falar. Organização é o grande trunfo dos bons oradores.

- Não confie na memória, tenha sempre um roteiro à mão.

- Evite utilizar palavras difíceis e expressões pouco conhecidas. A naturalidade é a melhor

pedida.

- Conheça profundamente o assunto. Quanto mais informado estiver, mais confiante você

ficará.