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247Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentria e Cirurgia MaxilofacialVolume 48, N4, 2007
Resumo:A existncia de um glossrio de termos endodnticos era uma necessidade sentida desde h muito por todos
aqueles que se dedicam mais a esta rea da Medicina Dentria, e que querem e precisam de comunicar entre si, sendo
fundamental que a terminologia tenha significado preciso e facilmente perceptvel por colegas oriundos de escolas dife-
rentes. O rpido desenvolvimento tecnolgico e cientifico da Endodontia tem determinado uma evoluo constante do
lxico utilizado, e nessa conformidade qualquer glossrio deve ser encarado como algo dinmico, em constante evoluo,
pretendendo-se que no cristalize no tempo, mas antes se actualize permanentemente.
Este o primeiro de trs artigos, que so a nossa contribuio para um Glossrio de Termos Endodnticos em Portugus.
Palavras-Chave: Glossrio; Endodontia; Terminologia
Abstract: The existence of a glossary of contemporary endodontic terminology was long felt need for everyone with a parti-
cular focus on this area of knowledge, who want and need to communicate, and therefore feel the necessity that the termi-
nology has a precise meaning and simultaneously that it will be understood by others, even from different schools. The
fast technological and scientific development of Endodontics has determined a permanent evolution of the used lexicon,
and so anyglossary must be perceived as something dynamic, evolving constantly, something that it will be updated regu-
larly and will not stay fossilized in time.
This is the first of three papers, which are our contribution to the Glossary of Endodontic terminology
Key-words: Glossary; Endodontics; Terminology
(Ferreira MM, Albuquerque B, Paulo S, Ginjeira A, Capelas JA. Glossrio de Termos Endodnticos - Parte I. Rev Port Estomatol Cir Maxilofac 2007;48:247-255)
* Mdico Dentista, Assistente de Endodncia da FMUC;
** Mdico Dentista, docente voluntrio de Endodncia da FMUC;
*** Mdico Dentista, Assistente de Endodontia da FMDUL;
****Mdico Dentista, Professor Associado de Endodncia da FMDUP
A existncia de um vocabulrio relacionado com a sade eas cincias da vida um elemento fundamental para a comu-
nicao entre colegas, que necessitam de usar terminologia com
significados precisos e facilmente perceptvel por outros, saben-
do que escolas diferentes usam terminologia diferente.
Um Glossrio apresenta-se como um elemento fundamen-
tal de comunicao. No entanto, difcil mant-lo actualizado,
devido ao rpido crescimento e evoluo de novos conhecimen-
tos. Cada novo conceito, nova descoberta, nova teoria ou tcni-
ca, requerem um termo ou um conjunto de palavras que sirva
para os descrever.
O Glossrio de Termos Endodnticos constitui uma publi-
cao sucinta de palavras, que podero ajudar na educao pr
e ps-graduada dos mdicos dentistas, bem como na comuni-
cao entre os clnicos.Este glossrio constitui assim um esforo, no sentido de
contribuir para a promoo desta rea da medicina dentria.
Certos que ele possui falhas ou omises, estas podero ser
colmatadas em ocasio posterior, j que, tal como a lngua-me,
tambm este lxico no esttico, antes se compe de termos
que vo caindo em desuso e outros novos que iro aparecen-
do, estando o seu dinamismo intimamente relacionado com o
dinamismo da prpria disciplina.
INTRODUO
Glossrio de Termos EndodnticosParte I A a F
Manuel Marques Ferreira*; Bernardo Albuquerque**; Siri Paulo **; Antnio Ginjeira***;
Jos Antnio Capelas ****
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Volume 48, N4, 2007Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentria e Cirurgia Maxilofacial
Abcesso coleco purulenta localizada num tecido ou espao
confinado.
Abcesso periodontal Reaco inflamatria devida a infeco
originria do periodonto, com formao de pus e edema.
Independente do estado de vitalidade pulpar, ocorrendo
frequentemente com polpa vital.
Abcesso perirradicular agudo reaco inflamatria nos teci-dos periapicais secundria a uma infeco da polpa e necrose,
com coleco purulenta e eventualmente edema dos tecidos
moles.
Abcesso perirradicular crnico reaco inflamatria a uma
infeco da polpa necrosada, geralmente assintomtica, cara-
cteriza-se pela existncia de uma fstula, por onde drena o pus.
Radiograficamente observa-se uma imagem radiolcida de
tamanho varivel e de contornos mal definidos.
Abcesso Fnix ou Phoenix exacerbao aguda de uma patolo-
gia perirradicular crnica prvia, sem sintomatologia, de origem
pulpar.
Abcesso pulpar coleco localizada de pus, no espaopulpar
do dente, provocado por microorganismos.
Abertura coronria comunicao entre a superfcie oclusal
e a cmara pulpar, por remoo do seu tecto, para permitir o
acesso livre ao sistema canalar. O mesmo que acesso coro-
nrio, cavidade de acesso ou acesso canalar.
Abraso dentria desgaste patolgico do dente atravs de
um processo mecnico no usual.
Acesso canalar abertura preparada na coroa do dente, para
aceder ao sistema de canais, com o propsito de instrumen-tar, desinfectar e obturar os canais. O mesmo que abertura
coronria, acesso coronrio, cavidade de acesso.
Acesso coronrio O mesmo que abertura coronria, acesso
canalar, cavidade de acesso.
Agente tensioactivos compostos capazes de reduzir as tenses
superficial e da interface.
Agentes etching agentes cidos usados na desmineraliza-
o do esmalte ou dentina para aumentar a adeso de alguns
materiais de adeso estrutura dentria, para remover a
smear-layerantes da obturao canalar, ou para expor as
fibras de colagnio na superfcie de uma estrutura radicular
infectada/doente para facilitar a readaptao do ligamento
periodontal.
Alargador vareta metlica de seco quadrangular ou trian-
gular, com parte activa em espiral de passo largo, obtida atravs
da toro ao longo do seu eixo.
Amputao radicular remoo cirrgica de uma raiz, deixan-
do a respectiva coroa intacta.
Anastomose (istmo) fina comunicao entre dois ou mais
canais na mesma raiz.
ngulo de transio ngulo formado pela parte terminal da
ponta cortante das limas tipo K. As especificaes ISO deter-
minaram que este ngulo dever ser 75 +/- 15. Os desenhos
mais recentes aumentaram este ngulo ou eliminaram-no.
Anquilose diagnstico clnico para o resultado final de reab-
soro de substituio, na qual o dente deixa de ter capaci-
dade de efectuar o movimento fisiolgico, devido fuso doosso com a superfcie da raiz, causada pelo desaparecimento
do cemento, reabsoro dentinria e substituio desta por
aposio de tecido sseo.
pex anatmico extremidade do dente determinado morfo-
logicamente.
pex radiolgico extremidade do dente determinado radio-
graficamente. A morfologia radicular e distoro da imagem
radiogrfica podem levar a que o apx radiolgico no corres-
ponda ao pex anatmico.
Apexificao mtodo de induo de uma barreira calcifica-
da numa raiz com foramen apical aberto ou de induo da
continuao do desenvolvimento de uma raiz com formao
incompleta, em dentes com polpa necrtica.
Apexognese procedimento efectuado em dentes com polpa
vital, para permitir ou favorecer o desenvolvimento fisiolgico
e formao completa da raiz.
Apicectomia exciso de parte da poro apical de uma raiz
e tecidos moles adjacentes, durante uma cirurgia perirradicular.
Auto-transplante dentrio transferncia de um dente de
um alvolo para outro, numa mesma pessoa.
Avulso deslocamento total do dente para fora do seu alvo-lo. O mesmo que exarticulao.
Bacterimia presena de bactrias na corrente sangunea
que pode ser transitria, intermitente ou contnua.
Bainha epitelial de Hertwig dupla camada de clulas, epitlio
interno e externo de esmalte, que prolifera e cresce a circun-
dar a papila dentria. Ela induz diferenciao em odontoblas-
tos das clulas da periferia da papila dentria, definindo a forma
da raiz. Com o crescimento, os fragmentos da bainha radicu-
lar formam uma rede que circunda o dente. As clulas que se
encontram nesta rede residual so conhecidas como restos
epiteliais de Malassez.
Bases cavitrias restituio mecnica que suporta as foras
mastigatrias transmitidas restaurao definitiva. Substitui a
dentina perdida e idealmente tem uma elasticidade similar.
Destacam-se os cimentos de xido de zinco e eugenol, de
fosfato de zinco, sendo o material de eleio actualmente o
ionmero de vidro.
Bifurcao rea anatmica representada pela diviso das
razes de um dente bi-radicular.
Biopulpectomia remoo da polpa radicular vital (saudvel
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ou inflamada) O mesmo que pulpectomia.
Biopulpectomia parcial cervical extirpao da polpa da
cmara (ou coronria) at ao incio do canal radicular, tendo
como finalidade a formao de uma ponte dentinria que
mantenha a vitalidade pulpar e permita o desenvolvimento
radicular (apexognese). O mesmo que pulpectomia coronria
ou pulpotomia. Branqueamento uso de substncias qumicas, por vezes
combinadas com o calor, para remoo de coloraes dentrias
exgenas e alterao das pigmentaes endgenas para tons
mais claros.
Branqueamento externo uso de agentes qumicos na parte
externa dos dentes para clarear a colorao de dentes vitais.
Os agentes mais frequentemente utilizados so o perxido de
hidrognio e o perxido de carbamida.
Branqueamento interno uso de agentes qumicos oxidantes,
a nvel interno da poro coronria de dentes submetidos a
tratamento endodntico, para alterar a colorao adquirida. Os
agentes mais frequentemente utilizados so o perborato de
sdio, o perxido de hidrognio e o perxido de carbamida .
Broca de Gates-Glidden broca longa, com parte activa curta,
em forma de chama, com lminas em espiral inclinadas, unidas
numa ponta no cortante. Tambm conhecida s como broca
de Gates.
Broca Peezo broca longa com parte activa cilndrica, em espi-
ral de passo largo (1/2 espiral), com ponta no cortante.
Calcificao distrfica focode calcificao difuso, frequente-
mente encontrado em polpas de indivduos com idade avana-da; usualmente descrito como sendo perivascular ou perineural.
Calcificao nodular um factor fisiolgico relacionado com
alteraes regressivas que correspondem vacuolizao dos
odontoblastos com atrofia reticular e calcificao pulpar. Os
ndulos podem conter ou no estrutura dentinria encontran-
do-se includos na dentina, aderentes parede da cmara ou
localizados no tecido pulpar. Tambm chamados de minerali-
zaes pulpares.
Calcificao parcial origem provvel nas alteraes defensi-
vas da polpa, com a consequente formao de dentina terciria
(reparadora ou irritativa), dando a imagem de diminuio do
lmen canalar e atrofia da cmara pulpar.
Calcificao pulpar massa calcificada que ocorre na polpa ou
nas paredes do espao pulpar; classificada como verdadeiras
ou falsas de acordo com a composio e dentculos ou pulpoli-
tos livres,aderentes ou intersticiais, de acordo com a sua locali-
zao em relao polpa e paredes do espao pulpar. O mesmo
que mineralizao pulpar.
Calcificao total origem provvel em traumatismos de
pequena intensidade, dando uma imagem de dente compacto
sem vestgio de cmara ou canal radicular.
Calo malha/rede de tecido fibroso, cartilagem e osso que
une os topos fracturados de um osso. Ocorre um processo
semelhante em fracturas radiculares horizontais, com a denti-
na, osteodentina ou cemento, a unir os segmentos.
Camada de epitlio estratificado na finalizao da formao
de esmalte, o epitlio externo do esmalte, o retculo estrela-do e o estrato intermdio perdem a sua identidade distinta e
formam esta camada adjacente aos ameloblastos.
Cmara pulpar cavidade que ocupa a poro central da coroa,
acompanhando a sua forma externa. Encontra-se rodeada por
dentina e contm a polpa dentria. A parede oclusal deno-
minada tecto da cmara e a parede cervical o pavimento ou
soalho da cmara, estando situado ao nvel do colo anatmi-
co dos dentes.
Canal em C canal radicular com a forma da letra C em corte
horizontal. mais frequente nos segundos molares inferiores.
Canal em S canal radicular com a forma da letra s em corte
horizontal.
Canal acessrio qualquer ramificao do canal principal que
comunica com a superfcie externa do dente.
Canal colateral de menor calibre que o principal, geralmente
paralelo a este, podendo alcanar o pex radicular indepen-
dentemente.
Canal lateral canal acessrio localizado no tero cervical ou
mdio da raiz, perpendicular ao canal principal.
Canal principal passa pelo longo eixo do dente.
Canal pulpar passagem na raz do dente desde a cmarapulpar at ao foramen apical. Pode ser estreito, ter ramificaes
laterais ou exibir uma morfologia irregular.
Canal recorrente sai do canal principal segue um trajecto e
volta a entrar no mesmo canal.
Canal secundrio liga o canal principal superfcie externa,
a nvel do tero apical.
Capacidade seladora propriedade de um material, um cimen-
to, quanto preveno da infiltrao marginal.
Crie dentria destruio de tecidos dentrios resultante da
aco bacteriana.
Cateterismo confirmao objectiva do trajecto e nmero dos
canais, procurando atingir os limites apicais de referncia e os
determinados. O mesmo que explorao, permeabilizao
ou negociao inicial.
Cavidade de acesso cavidade talhada na coroa dentria de
modo a fornecer acesso directo aos canais radiculares sem
interferncias. O mesmo que abertura coronria, acesso
canalarou acesso coronrio.
Cavitao formao de vacolo, a nvel microscpico, provo-
cado atravs da alternncia da alta-frequncia de uma ponta
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de instrumento a vibrar em frequncias prximas ou superi-
ores a 20 KHz. Quando o vcuo implode, as ondas de choque
criadas propagam-se atravs do lquido.
Celulite edema inflamatrio sintomtico, que se difunde
atravs do tecido conjuntivo e planos fasciais; est frequente-
mente associado com uma infeco por microrganismos com
subsequente falncia dos tecidos conjuntivos. Cemento tecido mineralizado que se encontra na superfcie
da raiz dos dentes, e que providencia a ligao s fibras perio-
dontais que ligam o dente ao osso alveolar e tecido gengival.
O cemento composto por 40-50% de matria inorgnica e
50-55% de matria orgnica e gua. Est histologicamente
diferenciado em tecido celular e acelular.
Cicatrizao reparao de leses atravs da formao de um
tecido com predomnio conjuntivo de origem fibroblstica.
Cimento endodntico cimento usado para obturar o espao
canalar, utilizado em combinao com gutta-percha slida
(cones) ou plastificada.
Clamp dispositivo metlico ou de plstico que se coloca a
circundar o dente ao nvel da gengiva, para segurar a dique no
local correcto. Apresentam vrias formas para se adaptarem
aos diferentes dentes e diferentes anatomias. So colocados
com o auxlio de um instrumento prprio. O mesmo que retentor.
Cloreto de etilo lquido inflamvel, extremamente voltil
usado para aplicar temperaturas muito baixas ao dente no
teste de sensibilidade trmica pulpar. Tambm usado como
anestsico tpico no tratamento da dor miofacial. Como alter-
nativa temos o diclorodifluormetano (DDM). Clorofrmio lquido muito voltil, sem cor e no inflamvel,
utilizado em tratamentos endodnticos, como solvente da
gutta-percha e dos cimentos de xido de zinco eugenol.
Cloropercha pasta resultante da dissoluo de um p consti-
tudo por xido de zinco, gutta-percha e rosin, em clorofrmio.
utilizado como meio de cimentao dos cones de gutta durante
a obturao canalar.
Compactao lateral aps introduo de cimento endodn-
tico, a colocao de cada cone (acessrio) de gutta-percha
seguida da introduo de instrumentos metlicos com conici-
dades caractersticas (condensadores laterais), que adaptam
os cones cavidade, diminuindo os espaos vazios. O mesmo
que condensao lateral.
Comprimento endodntico distncia desde um ponto de
referncia a nvel coronrio, at ao ponto onde dever ir a
instrumentao e obturao. O mesmo que comprimentode
trabalho.
Comprimento de trabalho o mesmo que comprimento
endodntico
Concrescncia fuso do cemento de dois dentes adjacentes.
Concusso leso traumtica das estruturas de suporte do
dente sem que haja perda de substncia ou ruptura das fibras
periodontais. O dente praticamente no tem aumento de mobil-
idade nem est deslocado, responde normalmente aos testes
de sensibilidade mas est ligeiramente sensvel percurso
vertical. No h alteraes radiogrficas.
Condensador lateral (Spreader) instrumento metlico comligeira conicidade e pontiagudo, para condensar lateralmente
os cones de gutta percha contra as paredes do canal, para
realizar a obturao do mesmo.
Condensador vertical (Plugger) instrumento metlico com
ligeira conicidade e ponta plana, utilizado para fazer a
compactao vertical da obturao de um canal radicular.
Cone mestre o cone de guta-percha de maior dimetro a
encravar na totalidade do comprimento de trabalho de um
canal radicular, de forma a proporcionar resistncia remoo
(tug-back) na medida adequada. o primeiro a ser inserido
para se efectuar a obturao canalar. O mesmo que cone prin-
cipal.
Cone principal o mesmo que cone mestre
Cones de gutta-percha cones flexveis, radiopacos, que exis-
tem em diversos tamanhos e que so utilizados na obturao
de canais radiculares em conjugao com os cimentos seladores.
Cones de papel pontas de papel parasecar os canais radicu-
lares ainda humedecidos por desinfectantes ou outros mate-
riais, durante o tratamento endodntico.
Conesestandardizados cones de gutta percha, de papel ou
outromaterial, fabricadas de acordo com as especificaes dosinstrumentos endodnticos estandardizados.
Constrio apical menor dimetro a nvel da poro apical
do canal, que se encontra numa posio varivel mas usual-
mente a 0,5-1mm do centro do foramen apical.
Crepitao som produzido pela frico de fragmentos sseos
fracturados ou pelo ar em movimento atravs dos tecidos
moles, como no enfisema subcutneo; tambm o som produzi-
do pela frico de superfcies sinoviais secas dos ligamentos.
Cresatina (acetato de metacresil) lquido oleoso, sem cor,
com um odor fenlico caracterstico, exibindo vrios graus de
toxicidade e com aco antibacteriana e antifngica de modera-
da intensidade. utilizado como medicao intra-canalar.
Cripta ssea defeito sseo associado a cirurgia perirradicular.
O mesmo que loca ssea.
Crista oblqua externa crista fina na superfcie lingual do
corpo da mandbula que se estende desde o bordo anterior do
ramo da mandbula com diminuio da proeminncia no senti-
do anterior e inferior at regio do foramen do mento. Esta
estrutura modifica-se minimamente em tamanho e direco,
ao longo da vida.
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Cultura microbiana tcnica assptica para obteno de uma
amostra de micrbios, usualmente da cavidade pulpar ou de
uma tumefaco de um tecido mole.
Curetagem perirradicular procedimento cirrgico para remover
tecido infectado, inflamado/reactivo, ou materiais estranhos,
do osso que circunda a raiz de um dente tratado endodonti-
camente. D0 dimetro do incio da parte activa do instrumento. Tambm
conhecido como D1.
D16 dimetro do final da parte activa do instrumento. Tambm
conhecido como D2 DDF determinao do dimetro do foramen, atravs do primeiro
instrumento que encrava no comprimento de trabalho; corre-
sponde ao dimetro do canal radicular antes da instrumen-
tao.
Deiscncia defeito vertical, estreito, na tbua ssea alveolar,
habitualmente a vestibular, sobre a raiz de um dente; desde
a crista ssea at sua zona apical.
Delta apical morfologia na qual um canal principal se divide
em mltiplos canais acessrios prximo do pex.
Dens evaginatus desenvolvimento anmalo da estrutura
dentria, resultante da dobra do epitlio de esmalte interno
para o retculo estrelado, com a projeco da estrutura a exibir
esmalte, dentina e tecido pulpar; frequentemente encontrado
em descendentes de Mongolides.
Dens in dente (ou Dens invaginatus) invaginao que ocorre
na coroa do dente,geralmente do lado lingual e que se estende
em direco cavidade pulpar. Pode ser classificado em trstipos: tipo I com a invaginao at ao 1/3 cervical da cavidade
pulpar; tipo II quando atinge o 1/3 mdio e tio III quando atinge
o 1/3 apical (segundo Oehler). Esta anomalia mais frequente
no incisivo lateral superior. No exame clnico pode ser detec-
tado atravs do dimetro mesio-distal do cngulo que maior
a nvel cervical do que a nvel incisal; radiograficamente nota-
se um aspecto de calcificao que se estende em direco
apical. O tratamento poder ser preventivo, endodntico (e)
ou cirrgico.
Dens invaginatus (dens in dente) defeito de desenvolvi-
mento, resultante dobra interna da coroa, antes da calcificao
ocorrer; pode aparecer clinicamente como uma acentuao do
sulco lingual dos dentes anteriores. Nas suas formas mais
severas, a nvel radiogrfico, tem a aparncia de uma dente
dentro de outro dente, da a designao dens in dent. Apesar
de poder ocorrer em qualquer dente da arcada, a sua localiza-
o mais frequente nos incisivos laterais superiores.
Denterosa alterao da cor, de tom avermelhado, da coroa
de um dente, causada por reabsoro interna.
Dente no-vital dente tratado endodonticamente ou dente
necrosado, ocasionalmente acompanhado de colorao escure-
cida da coroa clnica.
Dentina tecido mineralizado que constitui o maior volu-
me/corpulncia da coroa e raiz, circundando a polpa pois a
parede da cmara pulpar e canal radicular. A sua composio
67% inorgnica, 20% orgnica e 13% gua.
Dentina esclertica (dentina transparente) dentina carac-terizada pela calcificao dos tbulos de dentina como resul-
tado de alguma leso ou envelhecimento. A sua transparn-
cia devida diferena de ndices refractivos dos tbulos de
dentina calcificados e dos tbulos de dentina normais adja-
centes, quando analisados pela luz transmitida.
Dentina globular reas de dentina mineralizada que no de
fundiram como uma massa homognea.
Dentina inter-globular reas de dentina no mineralizada
ou hipo-mineralizada que persiste na dentina madura, sendo
frequentemente encontrada na dentina que circunda a polpa.
Dentina inter-tubular matriz de dentina calcificada encon-
trada na parte externa da dentina peri-tubular. Compreende o
maior corpo de dentina e consiste num extenso nmero de
finas fibras de colagnio envolvidas numa substncia amorfa
e no to calcificada como a dentina peri-tubular.
Dentina Peritubular faixa estreita de dentina altamente calci-
ficada; circunda o lmen de cada tbulo dentinrio.
Dentina primria dentina formada durante o desenvolvi-
mento do dente. Exibe um padro bem organizado de tbu-
los e processos celulares.
Dentina secundria dentina formada por uma funo pulparnormal aps completa formao do dente. O padro tubular
regular mas o nmero de tbulos menor do que o encon-
trado na dentina primria. Histologicamente, a dentina secundria
separada da dentina primria por uma linha hipercromtica
ou zona de demarcao.
Dentina superficial primeira poro de dentina formada
sobreo esmaltee cemento; contem feixes de fibras Von Korffs
que esto dispostas em ngulo recto com a superfcie.
Dentina terciria (reactiva, reparadora, reaccional, osteo-
dentina) dentina produzida como resposta a cries ou restau-
raes profundas; frequentemente produzida subjacente aos
tbulos dentinrios que se encontram sob a zona irritada e
tambm pode ser produzida na zona apical do canal. Os tbu-
los so irregulares, tortuosos e de nmero reduzido, podendo
mesmo estar ausentes. A mineralizao irregular e podem
estar presentes incluses celulares.
Dentina tubular dentina ou pr-dentina com os tbulos
dispostos de forma ordenada. O termo usado para diferen-
ciar a dentina regular do tecido amorfo calcificado encontrado
na dentina terciria.
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Dentina, ponte de dentina terciria ou outra substncia calci-
ficada que providencie o encerramento de uma polpa previa-
mente exposta ou de uma polpa excisada por pulpotomia; a
sua formao pode ser facilitada atravs da aplicao de agentes
qumicos como o hidrxido de clcio.
Desbridamento remoo de material estranho, tecidos necrosa-
dos e microrganismos, de uma rea lesada. A nvel canalar soeliminadas as substncias orgnicas e inorgnicas, bem como
os microrganismos, atravs de meios mecnicos e qumicos.
O mesmo que necropulpectomia
Descalcificao remoo de sais de clcio dos ossos ou dentes;
uma forma de desmineralizao que produz uma matriz de
colagnio flexvel e pode ser digerida por enzimas e qumicos
inorgnicos como o hipoclorito de sdio.
Descolorao dentria endgena subdividida em pigmen-
tao natural ou adquirida e pigmentao iatrognica rela-
cionada com tratamento endodntico.
Desmineralizao remoo de todos os sais minerais de
ossos ou dentes.
Determinao do comprimento de trabalho, mtodos
valores mdios, sensao tctil, tcnicas radiogrficas, locali-
zadores apicais electrnicos, pontas de papel.
Dilacerao deformao caracterizada por deslocao da raiz
de um dente do seu alinhamento com a coroa, apresentando
uma curvatura acentuada; pode ser uma consequncia de leso
durante o desenvolvimento dentrio.
Dique folha de latx ou outro material elstico, utilizada para
isolar um ou vrios dentes do ambiente oral, prevenindo amigrao de fluidos ou objectos estranhos atravs do campo
operatrio. adaptada atravs do auxlio de um arco metlico
ou plstico e de um retentor.
Displasia peri-radicular cementria (displasia fibrosa peri-
radicular, osteofibrose peri-radicular) leso fibro-ssea,
reactiva, benigna, de etiologia desconhecida, na qual o osso
que circunda os pices radiculares de dentes vitais, inicial-
mente substituda com tecido conjuntivo fibroso e subsequente-
mente por uma mistura de tecidos, cemento e osso.
Radiograficamente so reconhecidas trs fases, radiotransparn-
cia, mista e radiopacidade. Esta condio frequente nas
mulheres afro-americanas de meia idade, nos incisivos mandibu-
lares; leva anos a atingir o estdio final de desenvolvimento.
Dor experincia multifactorial nociva que envolve no s a
resposta sensorial mas tambm modificaes atravs de influn-
cias cognitivas e emocionais relacionadas com a experincia
do passado. Dor uma designao que no pode ser defini-
da de modo absoluto. No uma sensao mas o resultado
da interpretao das sensaes pela mente; uma percepo
influenciada por aspectos emotivos e cognitivos anteriores As
sensaes que so genericamente interpretadas como dolorosas,
abrangem uma vasta variedade de experincias sensitivas ou
sensoriais desagradveis com caractersticas e intensidades
muito variadas.
Dor dentria fantasma dor regional que continua numa rea
aps a extraco do respectivo dente.
Dor facial atpica sndrome caracterizada por uma dor crni-ca pulsltil persistente, de estabelecimento neural e com um
exame clnico que no revela a causa aparente. J foram sugeri-
das mltiplas etiologias, incluindo origens psicognicas.
Dor miofascial e disfuno sndroma caracterizado por uma
dor profunda, inspida, referida a nvel regional e associada
com pontos gatilho em msculos ou fscias. a causa mais
prevalente de sintomas dolorosos na disfuno temporo-
mandibular. A dor referida dos pontos gatilho pode ser inter-
pretada como enxaqueca, dor de dentes, disfuno temporo-
mandibular ou dor sinusal.
Dor referida dor que interpretada como tendo origem numa
zona do corpo que no a zona origem que est a causar a dor.
Edema acumulao de fludo num tecido.
EDTA (cido etileno-diamino-tetra-actico) o sal dissdico
do cido etilenodiaminotetraactico numa soluo aquosa,
usado como agente quelante, nas preparaes canalares,
desmineralizaes, remoo de dentina amolecida e da smear
layer.
Electro-cirurgia remoo ou coagulao de tecido atravs do
uso da corrente elctrica com alta-frequncia, aplicada local-
mente com um instrumento metlico; pode ser usada paraexpor a coroa clnica, para controlar a hemorragia durante
procedimentos cirrgicos, pulpotomias e pulpectomias.
Eletro-esterilizao mtodo histrico de terapia anti-micro-
biana do sistema canalar, que envolve a aplicao directa de
uma corrente a um electrlito anti-microbiano, dentro do canal
radicular. A dissociao dos electrlitos em ies positivos e
negativos aumenta o efeito anti-microbiano da soluo.
Eminncia proeminncia ou projeco encontrado super-
fcie de um osso ou dente.
Endodoncia ndon (dentro), odontos(dente) e a termi-
nao -ia que significa aco.
Endodontia o mesmo que Endodoncia
Endodontologia o estudo do complexo pulpodentinrio, da
biologia, fisiologia, microbiologia, patologia dos tecidos pulpares
e perirradiculares e das diferentes tcnicas utilizadas para efe-
ctuar os tratamentos desses mesmos tecidos
Endotoxina complexo lipopolissacardeo encontrado na parede
celular de microrganismos Gram negativos, que inflamatrio,
citotxico e pirognico.
Enfisema subcutneo acumulao de ar ou outro gs num
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Glossrio de Termos Endodnticos
Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentria e Cirurgia MaxilofacialVolume 48, N4, 2007
espao entre tecidos; durante o tratamento endodntico, usual-
mente, resulta da injeco de ar atravs de um canal radicu-
lar para os tecidos moles adjacentes.
Enostose condensao de osso normal numa cavidade ssea
ou um prolongamento central da tbua cortical.
Enucleao remoo de uma leso tecidular na sua totali-
dade; em Endodontologia o termo refere-se remoo cirr-gica de leses perirradiculares.
Epidemiologia cincia que lida com a incidncia, distribuio
e controlo da doena na populao.
Epitlio externo do esmalte clulas cubides que constituem
a margem externa do orgo de esmalte q que se une com o
epitlio interno do esmalte na futura juno amelo-cemen-
tria, para formar a bainha epitelial de Hertwigs.
Epitlio interno de esmalte camada de clulas no rgo de
esmalte, entre a papila dentria e o estrato intermdio. Sob a
influncia da papila dentria, estas clulas diferenciam-se em
ameloblastos.
Epitlio reduzido do esmalte estrutura que inclui a cama-
da de epitlio estratificado e os ameloblastos; protege a coroa
do dente antes da erupo.
Eroso perda de substncia dentria devido a um processo
qumico isento de bactrias.
Erupo ectpica erupo de um dente num local diferente
da sua posio normal.
Esmalte tecido mineralizado que se encontra sobre toda a
superfcie da coroa, proporcionando uma resistncia adequa-
da s foras de mastigao. A sua composio , aproximada-mente, 96% substncias inorgnicas e 4% substncias orgni-
cas e gua.
Espaador lateral instrumento metlico pontiagudo, liso e
com ligeira conicidade, utilizado para compactar materiais num
canal preparado. O mesmo que condensador lateral.
Espao pulpar cavidade que se encontra no interior dos dentes
e aloja a polpa dentria.
Espigo intrarradicular dispositivo de forma cilndrica ou
ligeiramente cnica, de rigidez varivel consoante o material
constituinte, mas sempre elevada, que colocado com um
cimento no interior de um canal radicular previamente submeti-
do a tratamento endodntico para proporcionar reteno de
um ncleo ou de uma reconstruo.
Esterilizao destruio completa de micro-oganismos.
Esterilizao a vapor em autoclave mtodo de esteriliza-
o que utiliza a aco do vapor de gua aquecido entre121C
(250F) e 135C com utilizao de presso positiva elevada,
durante um tempo varivel, superior a 10 minutos.
Esterilizao com gs de xido de etileno mtodo de esteri-
lizao que utiliza a aco do gs constitudo por xido de
etileno e Freon aquecido a 55-60C (130-140F) durante 2
horas sob condies de vcuo inicial seguido de aumento de
presso. Este processo deve ser seguido de um perodo de
arejamento para remover resduos do gs de xido de etileno
que adere superfcie.
Esterilizao qumica no autoclave mtodo de esterilizao
que usa a aco do vapor de formaldedo, lcool, cetonas egua aquecidos a 126C (260F) com presso elevada durante
20 minutos. O mesmo que chemiclave.
Esterilizao seca pelo calor mtodo de esterilizao que
utiliza a aco do ar aquecido a 170c (340F) mais de 60 minutos.
Estrato intermdio camada de clulas achatadas entre o
epitlio interno do esmalte e o retculo estrelado que so carac-
terizadas por uma actividade da fosfatase alcalina excepcional-
mente elevada. Embora estas clulas no produzam esmalte,
elas so essenciais para a sua deposio.
Etiologia factores implicados na causa de uma doena. Os
factores etiolgicos podem ser locais ou sistmicos.
Eucapercha pasta de gutta percha dissolvida em leo de
eucaliptol; por vezes utilizado como cimento de obturao
de canais.
Eugenol componente fenlico; um lquido amarelo plido
ou incolor, com propriedades antisspticas e calmantes.
frequentemente combinado com xido de zinco para consti-
tuir diversas pastas e cimentos. Pode ser utilizado como calmante
ou medicao intra-canalar, aps remoo da polpa vital.
Exame clnico, critrio de avaliao ausncia de dor e infla-
mao,cicatrizao de fstula, manuteno de funo e ausn-cia de bolsas.
Exame radiogrfico, critrio de avaliao a espessura e
contorno do ligamento periodontal normais definem a cura;
uma radiolucidez periapical nova, inalterada ou aumentada
definem o insucesso.
Exostose projeco ssea benigna que se desenvolve super-
fcie do dente.
Exotoxina substncia txica produzida por determinado tipo
de bactrias e encontrada fora da parede celular.
Exposio pulpar remoo da dentina que protege e polpa.
Pode ser por crie, traumtica, acidental ou iatrognica
Exsudado lquido, clulas e plasma que extravasaram do
sistema vascular e se acumularam num tecido; usualmente
resulta de uma inflamao.
Exsudado fibrinoso exsudado caracterizado por uma abundn-
cia de fibrinognio que resulta da deposio de fibrina no local
da leso.
Exsudado hemorrgico exsudado caracterizado por uma
abundncia de clulas vermelhas sanguneas.
Exsudado purulento exsudado caracterizado pela existncia
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Ferreira MM et al
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de tecidos e microrganismos que sofreram necrose de lique-
faco e por uma abundncia de leuccitos polimorfonuclea-
res resultando numa formao purulenta no stio da leso.
Exsudado seroso exsudado caracterizado pela abundncia
de fludo com elevado nvel de protenas no local da leso.
Extruso movimento de um dente numa direco incisal ou
oclusal. A extruso pode ser intencional, fisiolgica ou traumtica. Extruso radicular (erupo forada) movimento ortodn-
tico numa direco oclusal, para expor um defeito por crie,
reabsoro ou traumtico, com a inteno de ser restaurado.
Fenestrao defeito na tbua ssea alveolar que, frequente-
mente, deixa exposta uma poro da raiz do dente. Tem, usual-
mente, uma localizao vestibular.
Frula acessrio rgido ou flexvel utilizado para suportar,
proteger ou imobilizar dentes que foram perdidos, reimplan-
tados, fracturados ou sujeitos a determinados procedimentos
endodnticos cirrgicos.
Fibras pticas fibras de vidro ou de plstico que conduzem
a luz. Com utilidade no diagnstico endodntico, os disposi-
tivos de fibras pticas so utilizados na transiluminao de
dentes e tecidos, sendo teis na deteco de fracturas sseas
ou radiculares, orifcios canalares, entre outros.
Fibrose pulpar aumento do nmero e tamanho dos elemen-
tos fibrosos da polpa, com concomitante diminuio do nmero
de clulas; ocorre como parte do processo normal de enve-
lhecimento mas pode ser acelerado por leses traumticas ou
alteraes degenerativas patolgicas da polpa.
Fstula canal que define a ligao entre uma rea fechadacom a presena de inflamao at uma superfcie epitelial. A
abertura ou stoma pode ser intra-oral ou extra-oral e repre-
senta um orifcio atravs do qual o pus libertado. Geralmente
desaparece espontaneamente com a eliminao do factor
responsvel. A terapia endodntica resolve os casos com infla-
mao pulpar como factor responsvel.
Fstula oroantral abertura anormal entreo seio maxilar e a
cavidade oral.
Flare-up excerbao aguda de uma patologia perirradicular
aps se ter iniciado o tratamento endodntico.
Fludo dentinrio fludo intra-tubular e extra-celular que se
pensa ser um ultrafiltrado do sangue por capilares terminais
da polpa. difundido atravs do espao que circunda os proces-
sos odontoblsticos e possivelmente atravs da estrutura intra-
celular dos odontoblastos antes de entrar nos tbulos dentinrios
e continuar o seu movimento sob um gradiente de presso e
antes de deixar o dente atravs dos poros diminutos da dentina.
Fluorose dentria forma de hipoplasia do esmalte. Des-
colorao do esmalte, com textura mosqueada, resultante da
ingesto de quantidades excessivas de fluoretos, na fase de
aposio durante o desenvolvimento do dente.
Flutuao sensao tctil de uma poro de fludo verifica-
da durante a palpao de uma massa ou tumefaco como
um abcesso.
Foramen abertura natural da raz de um dente que permite
as passagem do pedculo vsculo-nervoso, que contm elemen-
tos vasculares, nervosos e conjuntivos. O foramen apical aprincipal abertura apical da raiz de um dente.
Foramen acessrio orifcio na superfcie de uma raiz, que
comunica com um canal lateral ou acessrio.
Fora balanceada tcnica de instrumentao canalar que
permite a utilizao de foras fsicas opostas para guiar a
preparao instrumental. Esta tcnica utiliza a rotao horria
e contra-rotao para dar uma forma adequada ao canal enquan-
to simultaneamente se remove dentina
Formaldedo soluo ou gs desinfectante (HCHO) usado
como antissptico, desinfectante e fixador histolgico.
Formalina soluo de formaldedo.
Formocresol misturatxica composta por 19% de formalde-
do e 35% de cresol num veculo de gua-glicerina; foi utiliza-
do parapara pulpotomias de dentes decduos e como medicao
intracanalar de dentes permanentes durante o tratamento
endodntico. Classificado como carcinognico pela IARC
(International Agency for Research on Cancer) da OMS
Fractura fenda ou rotura num osso, cartilagem ou estrutura
dentria. As fracturas dentrias so classificadas de acordo com
a extenso, localizao e tipo.
Fractura coronria complicada Fractura da coroa com envolvi-mento pulpar, fractura que envolve o esmalte e dentina com
exposio da polpa.
Fractura coronria no complicada Fractura da coroa sem
envolvimento pulpar, envolvendo o esmalte e dentina mas
sem exposio da polpa.
Fractura do esmalte envolve apenas o esmalte; inclui frac-
turas superficiais e incompletas.
Fractura radicular envolve apenas a raiz de um dente, cemen-
to, dentina e exposio pulpar.
Fractura corono-radicular envolve esmalte, dentina cemen-
to e exposio pulpar.
Furca rea anatmica de um dente multi-radicular, onde a
raiz diverge.
Fuso unio de 2 dentes que mantm cavidades pulpares
independentes, resultante da unio de dois grmen dentrios
adjacentes.
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Glossrio de Termos Endodnticos
AAE Appropriateness of Care and Quality Assurance Guidelines. American Association of Endodontists, 3rd edition, 1998
AAE Glossary of Endodontic Terms. American Association of Endodontists, 7th edition, 2003
AAE Guide to Clinical Endodontics. American Association of Endodontists, 4th edition, 2004Endodontia, Programa da disciplina. Faculdade de Medicina Dentria da Universidade de Lisboa, 2007
Endodontia, Programa da disciplina. Faculdade de Medicina Dentria da Universidade do Porto, 2007
Endodontia, Programa da disciplina. Licenciatura em Medicina Dentria da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, 2007
BIBLIOGRAFIA