Gerativismo.doc

63
Gerativismo Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação , pesquisa O Gerativismo ou Teoria gerativa é uma tentativa de formalização dos fatos lingüísticos, aplicando um tratamento matemático preciso, explícito e finito às propriedades das línguas naturais.Isto é, a linguagem purista pode ser compreendida e com isso facilitar o aprendizado dos idiomas. Ele foi criado por Noam Chomsky , em oposição ao estruturalismo bloomfieldiano . Ela foi denominada Gerativa exatamente por ser um sistema de regras e princípios formalizado ou explícito, o que significa que essas regras e princípios só podem ser operados sob condições específicas, sendo, no entanto, automaticamente aplicadas desde que satisfeitas essas condições podendo criar infinitas frases. Nos estudos do Gerativismo, é dado ênfase no falante através de seu desempenho e competência. Competência é o conhecimento da língua que o falante tem armazenado em sua memória durante sua vida; Desempenho é a performance durante a fala, que resulta da competência do falante e de outros fatores como a ocasião social em que o falante se encontra. O Gerativismo sucede o Estruturalismo, este com ênfase apenas na gramática apresentada nos textos e aquele tem o falante idealizado (competência e desempenho); Atualmente, os estudos de "Linguística" tem por base um terceiro paradigma que sucede o Estruturalismo e o Gerativismo. Esse paradigma é a Pragmática onde o falante é o "sujeito" da ação e, defende a funcionalidade da língua e o que se denomina "gramática de uso". Nos estudos da Pragmática, a língua não é definida apenas como código com apenas o objetivo da comunicação, mas também como "interação" entre o falante e o interlocutor . Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerativismo "

Transcript of Gerativismo.doc

Gerativismo

Gerativismo

Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Ir para: navegao, pesquisa

O Gerativismo ou Teoria gerativa uma tentativa de formalizao dos fatos lingsticos, aplicando um tratamento matemtico preciso, explcito e finito s propriedades das lnguas naturais.Isto , a linguagem purista pode ser compreendida e com isso facilitar o aprendizado dos idiomas. Ele foi criado por Noam Chomsky, em oposio ao estruturalismo bloomfieldiano.

Ela foi denominada Gerativa exatamente por ser um sistema de regras e princpios formalizado ou explcito, o que significa que essas regras e princpios s podem ser operados sob condies especficas, sendo, no entanto, automaticamente aplicadas desde que satisfeitas essas condies podendo criar infinitas frases.

Nos estudos do Gerativismo, dado nfase no falante atravs de seu desempenho e competncia. Competncia o conhecimento da lngua que o falante tem armazenado em sua memria durante sua vida; Desempenho a performance durante a fala, que resulta da competncia do falante e de outros fatores como a ocasio social em que o falante se encontra.

O Gerativismo sucede o Estruturalismo, este com nfase apenas na gramtica apresentada nos textos e aquele tem o falante idealizado (competncia e desempenho);

Atualmente, os estudos de "Lingustica" tem por base um terceiro paradigma que sucede o Estruturalismo e o Gerativismo. Esse paradigma a Pragmtica onde o falante o "sujeito" da ao e, defende a funcionalidade da lngua e o que se denomina "gramtica de uso". Nos estudos da Pragmtica, a lngua no definida apenas como cdigo com apenas o objetivo da comunicao, mas tambm como "interao" entre o falante e o interlocutor .

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerativismo"

Categoria: LingusticaFerramentas pessoais

Funcionalidades novas

Entrar / criar conta

Espaos nominais

Artigo

Discusso

VariantesVistas

Ler

Editar

Ver histrico

AesBusca

Parte superior do formulrio

INCLUDEPICTURE "http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/vector/images/search-ltr.png?283y" \* MERGEFORMATINET Parte inferior do formulrio

Navegao

Pgina principal

Contedo destacado

Eventos atuais

Esplanada

Pgina aleatria

Portais

Colaborao

Boas-vindas

Ajuda

Pgina de testes

Portal comunitrio

Mudanas recentes

Estaleiro

Criar pgina

Pginas novas

Contato

Donativos

Imprimir/exportar

Criar um livro

Descarregar como PDFFerramentas

Pginas afluentes

Alteraes relacionadas

Carregar ficheiro

Pginas especiais

Link permanente

Citar esta pgina

Esta pgina foi modificada pela ltima vez s 17h57min de 9 de agosto de 2010.

Este texto disponibilizado nos termos da licena Atribuio-Compartilhamento pela mesma Licena 3.0 Unported (CC-BY-SA); pode estar sujeito a condies adicionais. Consulte as Condies de Uso para mais detalhes.

Poltica de privacidade

Sobre a Wikipdia

Avisos gerais

http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Gerativismo&printable=yesGerativismo Chomskyniano A faculdade da linguagem

Resenha Critica: Gerativismo Chomskyniano A faculdade da linguagem

Noam Avram Chomsky nasceu na Filadlfia, Pensilvnia em 7 de Dezembro de 1928. Comeou a estudar cedo no Oak Lane Country Day School e no Central High School. Continuou seus estudos na Universidade da Pensilvnia onde estudou lingstica, matemtica, e filosofia. Em 1955, tornou-se Ph. D. na Universidade da Pensilvnia, entretanto, a maioria das suas pesquisas que o levou a este grau foi feita na Universidade de Harvard entre 1951 e 1955. Aps receber a sua graduao, Chomsky passou a lecionar no Massachusetts Instituto of Technology, e conquistou a Ferrari P. Ward Chair of Modern Language and Linguistics.Esta resenha tem por finalidade a reflexo critica sobre a Lingstica Gerativa (Gerativismo e/ou Gramtica Gerativa), desenvolvida por Noam Chomsky. O autor supracitado comeou os estudos da cincia da linguagem no prisma da teoria inatista da linguagem, no qual o autor desenvolveu os estudos dividindo-os sob vrios aspectos, a Hiptese gerativo-transformacional, cognitivismo construtivista e a gramtica universal. Ao levanta a hiptese gerativo-transformacional, Chomsky defende que o ser humano traz consigo uma gramtica prpria, isto , vem com o individuo e ganha forma a partir do seu desenvolvimento. Chomsky observa que a fala de um adulto serve como base para uma criana, pois esta comea assimilar dando estrutura, para conceituao e criao (criativa) das suas prprias regras. Dessa forma quando a criana internaliza os moldes (fala) da me, por exemplo, isso no significa que houve imitao, todavia a internalizao serviu como modelo de regras para aquisio da sua prpria linguagem. Chomsky defende que a criana tem um dispositivo de aprendizagem no qual ele d o nome de DAL (Dispositivo de Aquisio da Linguagem) que ativado e processa-se a partir de sentenas, que resulta o IMPUT, a fala da criana esta exposta ao meio social que a mesma inserida, por sua vez a criana em contato com a lngua seleciona as regras que funcionaro para a mesma, e desativar as que no venham a funcionar. Com essa proposta a criana tem uma gramtica universal, inata e que contm as regras de todas as lnguas. Os princpios e parmetros mudam a concepo de uma gramtica universal, devido gramtica universal ser formada por princpios leis/regras invariveis, e que so aplicadas do mesmo modo para todas as lnguas. Dessa forma os parmetros ou leis, se valem dos valores da lngua podendo prevalecer ou variar dentro da prpria lngua, dependendo da opo da criana dentro do IMPUT (obedecendo ao valor que o parmetro possa ter). Percebe-se que o ponto relativo do cognitismo construtivista tem uma contradio explicita ao behaviorismo defendido por Skiner, Skiner defendia que a linguagem era um conjunto de comportamento, Chomsky retruca esta linha de estudo de Skiner, por acreditar que o inatismo vem de uma herana gentica, prpria do ser humano, pois este nasce com uma gramtica e a desenvolve no decorrer do tempo (tanto as crianas como adultos no alfabetizados). Para Chomsky, no havia possibilidade da criana aprender por imitao, como behaviorismo coloca, Chomsky suscita uma reflexo de uma gramtica perfeita, e isso para Chomsky possvel para criana, devido a sua criatividade e aprendizado dirio e a formulao estrutural das sentenas, frases, para o seu cotidiano. O autor aborda de forma critica a tradio behaviorista, e as bases da concepo social da linguagem. Segundo Chomsky:Por isso, todos os falantes so criativos, desde os analfabetos at os autores dos clssicos da literatura, j que todos criam infinitamente frases novas, das mais simples e despretensiosas s mais elaboradas e eruditas. Pensemos, por exemplo, na frase que acabamos de produzir aqui mesmo neste texto. muito provvel que ela nunca tenha sido proferida exatamente da maneira como o fizemos, bem como jamais ser dita novamente da mesma forma. Chomsky chegou a afirmar, inclusive, que a criatividade o principal aspecto caracterizador do comportamento lingstico humano, aquilo que mais fundamentalmente distingue a linguagem humana dos sistemas de comunicao animal. (KENEDY, 2008, p.126) Chomsky considera a criatividade como algo que caracteriza a linguagem do homem, saindo do modelo behaviorista uma vez que este modelo (behaviorista), no abre espao criatividade da mente humana, ou seja, no acredita no pontecial do homem para produzir, e sim para imitar. O lingista Bloomfield interpreta o comportamento lingstico do individuo, como uma resposta previsvel, a partir dos estmulos possvel se ter uma resposta, por exemplo, o latir de um co ao ouvir, o som da campainha, caso tenha sido treinado para este. Isto posto, observa-se que Chomsky inova, trazendo uma perspectiva metodolgica dos estudos cientficos da Lingstica. Com essa ao, percebe-se que a Sintaxe privilegiada. Conforme Lyons:

[...] tudo que pode ser descrito esta no limite na forma, o que equivale a dizer, na perspectiva de Chomsky, tudo que relevante de algum modo, Sintaxe (LYONS, 1990, p.219) Na verdade, Chomsky prope uma reformulao em seu modelo, persistindo em defender a Sintaxe como uma cincia autnoma capaz de analisar as suas estruturas desde as simples as profundas levando em conta o enunciado dentro do contexto. Portanto, Chomsky, se vale da sua teoria para comprovar que o ser humano tem sua capacidade lingstica, que esta inscrita no seu cdigo gentico. Assim a criana necessita de ajuda para o desenvolvimento da gramtica especifica que a sua gramtica nativa. O inatismo uma tendncia que acredita na existncia da mente e que todo e qualquer aprendizado inato e no uma simples imitao, como dizem algumas tendncias.

Referncias:

AZEREDO, Jos Carlos de. Iniciao a Sintaxe do Portugus. 6 ed. RJ. Jorge Zahar, 2004, p.23-26LYONS, John. Linguagem e Lingstica: uma introduo. Traduo de Marilda Winkle Averbug. 1999, p. 219PAVEAU, Marie Anne. As grandes correntes da lingstica: da gramtica comparada pragmtica. So Paulo: clara luz, 2006, p. 167-171.KENEDY, E. Gerativismo. In: Mario Eduardo toscano Martelotta.(Org). Manual de lingstica. So Paulo: contexto, 2008, v.1, p.127-140

Horestes

Publicado no Recanto das Letras em 12/01/2010Cdigo do texto: T2025623

Esta obra est licenciada sob uma Licena Creative Commons. Voc pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crdito ao autor original. Voc no pode fazer uso comercial desta obra. Voc no pode criar obras derivadas.

Indique para amigos

Denuncie contedo abusivo

Comentrios

02/02/2010 02:18 - Ulisses Jnior

Muito legal Chomsky. Lembro-me da Lingustica estudada na faculdade. Abraos!

Comentar

Sobre o autor

Horestes

Euclides da Cunha/BA - Brasil

12 textos (2971 leituras)

(estatsticas atualizadas diariamente - ltima atualizao em 09/10/10 10:30)

PerfilTextosContato

http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/2025623

Aquisio da Linguagem luz do Modelo GerativistaAutores: Antnio Rmulo Bezerra de Sousa e Roberta Farias PaivaO presente trabalho tem por finalidade, fazer um apanhado de trs aspectos relacionados ao inatismo e tambm ao racionalismo. O primeiro deles com relao ao Modelo Gerativista, este explica que aquisio da linguagem inata, ou seja, nasce com a criana e a aquisio da lngua materna o amadurecimento desta, com relao lngua.Termos como competncia e desempenho, tambm so relacionados aquisio da lngua. A Competncia o conhecimento que o falante tem da gramtica de sua lngua e o Desempenho o uso desse conhecimento. Esta hiptese defende ainda, que as produes das crianas no so simples imitaes de adultos, pois existem produes que no se verificam na fala dos adultos, por isso so originais. Portanto estes defendem que as crianas possuem suas prprias regras de fala, mas que com o convvio com os adultos vo moldando sua fala as regras deles.Segundo Chomsky adepto do gerativismo, a criana possui um Dispositivo de Aquisio da Linguagem, DAL e que acionado atravs de frases ou falas, IMPUT, dos adultos, gerando assim a gramtica a qual a criana est contextualizada. Mas neste sistema somente algumas regras sero ativadas, pois a criana escolhe quais regras sero usadas para uso da lngua nativa, descartando as que no se adequo.Um outro assunto abordado, a Gramtica Universal, a criana j nasce com uma gramtica em sua cabea, onde se guardam todas as regras, de todas as lnguas, uma enorme quantidade de contedo. Mas a criana transforma esta gramtica, na gramtica de sua lngua, retirando s o que necessrio para o uso e aprendizagem da mesma e descartando o restante.O ltimo assunto a ser abordado a teoria dos Princpios e Parmetros, estes so na verdade uma releitura da Gramtica Universal, devido a novas descobertas na rea e tambm por causa de vrios questionamentos a respeito. Ento se postula que a gramtica regida por Princpios ou Leis, que so constantes usadas em todas as lnguas, contendo os Parmetros ou Leis que tem representaes nas lnguas em que se encontrem, ocasionando divergncias entre as lnguas e a transformao dentro de uma mesma lngua.Tentando desvendar como se do os valores aos Parmetros trs hipteses so propostas: A primeira diz que no inicio os parmetros no esto completamente presentes s com o aprofundamento da linguagem que eles aparecem, os mesmos foram organizados geneticamente, devendo ocorrer de acordo com o amadurecimento, cujos fatores so responsveis pela transcrio da gramtica universal e gramtica da lngua nativa. A segunda est dividia em dois aspectos: a da competncia plena/total, o entendimento que se tem que os princpios esto presentes desde o inicio do processo, caso no ocorra por algum problema, como por exemplo memria. A aprendizagem lexical, os princpios esto completamente presentes, a evoluo sinttica s depende da interiorizao morfolgicas e lexicais novas, o que necessita da interao com o meio. A explicao porque as fontes de suporte so to escassas a resposta de Chomsky na existncia da gramtica universal enquanto conceitos inatos, biologicamente determinados que constituem a mente humana. Outra questo a dissociao dos dispositivos de aquisio da linguagem das demais instncias cognitivas comportamentais, a aquisio da lngua se por meio de gramtica universal, e a definio dos parmetros no so obrigatoriamente atrelados aos sistemas cognitivos. Pretendemos aqui levantar algumas questes relacionadas a aquisio da linguagem pela criana dento de uma perspectiva racionalista ou mais especificamente inatista, buscando explicit-las de uma maneira simples, a fim de que se tenha uma viso dos princpios defendidos por essa tendncia terica lingstica. Desse modo, o trabalho em pauta est divido em cinco partes. Na segunda parte abordaremos o Modelo gerativista, que postula a existncia de um dispositivo de aquisio da linguagem, com o qual a criana j nasce possuindo, utilizando-se desse, para em contato com uma lngua me, amadurecer sua capacidade inata de se comunicar. Sustenta ainda, que as lnguas, indistintamente, so dispostas em estruturas, das quais a mais importante a estrutura profunda ou o sentido, tendo como principal defensor Noam Chomsky.Na terceira parte iremos trabalhar com a Gramtica Universal, tambm legado de Chomsky, onde a resposta para a, de certa forma, rpida aprendizagem de uma lngua por uma criana, deve-se a presena de uma Gramtica composta de todas as regras possveis de todas as lnguas, inserida na estrutura da mente do homem e a qual parte exclusiva da carga gentica da espcie humana tomando a linguagem como uma faculdade inerente ao ser humano, portanto, essa gramtica universal.Na quarta, iremos discorrer a respeito da Teoria de Princpios e Parmetros, cuja representou uma adequao dos conceitos j postulados pela Gramtica Universal, sendo que nessa abordagem, no se afirma mais que as crianas nascem dotadas com todas as regras das lnguas, mas com parmetros, os quais tero seus valores definidos pela lngua a que a criana ser exposta.Na quinta parte elaboraremos algumas concluses a respeito dos trs assuntos trabalhados no artigo, a fim de apreendermos e compreendermos melhor o que de mais significante essas tendncias tem a oferecerem para o estudo e para aprendizagem da linguagem. O MODELO GERATIVISTASeguindo uma tendncia Inatista e, por sua vez Racionalista, o modelo gerativista se prope explicar as manifestaes da aquisio de linguagem partindo do principio de que a criana j nasce dotada de ... uma capacidade inata de aquisio da linguagem. Nessa abordagem a aquisio de uma lngua materna o resultado direto do amadurecimento dessa criana, ou seja, uma conseqncia de sua capacidade de formular suposies, respostas s questes que lhe surgem e de procurar e encontrar algumas semelhanas presentes na lngua a ser adquirida. Desta forma, quanto maior for capacidade cognitiva da criana, maior ser o nmero de suposies formuladas por ela e mais prxima da linguagem do adulto ela estar. Com efeito, essa teoria d mais importncia para a sintaxe, em detrimento de morfologia e fonologia, descrevendo a aquisio da linguagem termos de competncias e desempenho. A competncia pode ser entendida como ...o conhecimento que o falante tem de gramtica de sua lngua... e o desempenho como ...o uso que a fonte faz desse conhecimento. Segundo a hiptese gerativo-transformacional, as frases produzidas pelas crianas no so simples imitaes aproximativas da fala dos adultos, mas que essas possuem algumas disposies e ordenaes que no se verificam na fala dos adultos, portanto so produes originais da criana. Baseado nisso, o gerativismo sugere que a fala da criana ordenada por regras prprias, mas que em contato com as regras da fala dos adultos, as crianas vo moldando o seu sistema de regras.Para Chomsky, adepto do gerativismo, a criana possui um mecanismo que lhe permite adquirir a linguagem, chamado de Dispositivo de Aquisio da Linguagem (DAL), o qual parte da herana gentica de sua espcie e que esse acionado pelas frases ou falas (imput) dos adultos, com as quais ir atuar, gerando assim a gramtica da lngua na qual a criana est contextualizada.No gerativismo sustentada a concepo de que ... as lnguas comportam uma estrutura profunda que se transforma, por meio de regras, numa estrutura superficial. Essas regras tm como domnio estruturas intermediarias entre a estrutura profunda e a estrutura superficial. Por isso, no decorrer do processo de aquisio da linguagem, a criana nota as disposies que h na lngua e adiciona a sua gramtica.Ainda segundo Chomsky, esse dispositivo constitui-se de um conjunto de regras, sendo que somente algumas dessas sero ativadas, uma vez que a criana escolhe, baseada na influncia que sofre da lngua nativa, quais as normas devem ser usadas na lngua que est adquirindo especificamente e quais devem ser descartadas. Aps esse processo, segue-se produo das falas da criana.A GRAMTICA UNIVERSALNa viso inatista de Chomsky proposto que a criana ...possui uma Gramtica Universal incorporada prpria estrutura de sua mente. , isto a criana j nasce biologicamente (geneticamente) equipada com uma gramtica onde se encontrem todas as regras possveis da todas as lnguas, um enorme contedo de informaes, isto , uma gramtica universal. Essa abordagem postula que a criana realiza operaes mentais que transforma a gramtica universal na gramtica da lngua a que est exposta, da seguinte forma: a gramtica universal constitui-se de um conjunto de regras, das quais a criana ir selecionar as que sero empregadas para que possa efetivamente adquirir a linguagem que est submetida e excluir todas as demais.Chomsky pauta seus argumentos para validar a teoria da gramtica universal desta forma: ...a criana, que exposta normalmente a uma fala precria, fragmentada, cheia de frases truncadas ou incompletas, capaz de dominar um conjunto complexo de regras ou princpios bsicos que constituem a gramtica internalizada do falante. (...). Um mecanismo ou dispositivo inato de aquisio da linguagem (...), que elabore hipteses lingsticas sobre dados lingsticos primrios (isto , a lngua a que a criana est exposta), gera uma gramtica especifica, que a gramtica da lngua nativa da criana, de maneira relativamente fcil e com um certo grau de estantaneidade. Isto , esse mecanismo inato faz desabrochar o que j est l, atravs da projeo, nos dados do ambiente, de um conhecimento lingstico prvio, sinttico por natureza. Assim, a linguagem atrelada a caractersticas inerentes a espcie humana, o que reafirma seu carter universal, tomando a linguagem como um fator biolgico e cognitivo. Ao assumir essa postura admite-se que o ser humano por natureza detentor de uma gramtica universal que possui princpios universais que fazem parte da faculdade da linguagem e parmetro que sero definidos pela influencia do meio e/ou da lngua nativa.A TEORIA DE PRINCPIOS E PARMETROSElaborada por Chomsky, em 1984, a Teoria de princpios e parmetros significou uma adequao dos conceitos da gramtica universal face aos questionamentos surgidos em torno da mesma, bem como diante das novas descobertas na rea da aquisio da linguagem. Nessa releitura ...postula-se que a criana nasce pr-programada com princpios (universais) e um conjunto de parmetros que devero ser fixados ou marcados de acordo com os dados da lngua a que a criana est exposta. A criana no escolhe mais as regras, nesta verso da teoria de princpios e parmetros, mas valores, paramtricos. Em outras palavras podemos dizer que se passou a acreditar que a gramtica universal disposta por princpios ou leis que so constantes e que so usadas igualmente em todas as lnguas; contendo tambm parmetros ou leis que tem representaes definidas pela lngua que se encontre, ocasionando as divergncias entre as lnguas e as transformaes dentro de uma mesma lngua. Nessa teoria a funo da criana analisar todas as partes do imput e depois process-lo a fim de atribuir o valor que cada parmetro deve possuir.Para um melhor esclarecimento, vamos exemplificar do seguinte modo: partindo da concepo de que todas as frases, indistintamente da lngua, requerem um sujeito, contudo esse sujeito no necessariamente tem que estar explicito, sendo esse parmetro ou valor que deve ser fixado. A criana, dependendo do sistema lingstico em que se encontra, decidir se o sujeito deve ou no constar obrigatoriamente na frase realizada.Entretanto, muitas perguntas sobre a problemtica dos parmetros ainda esperam por uma explicao, tais como: ...quantos so os valores dos parmetros? no estado inicial da GU, um dado parmetro j tem uma marcao especifica ou no tem marcao alguma? possvel haver reparametrizao? o que desencadearia a parametrizao?... Buscando desvendar como se d atribuio dos valores aos parmetros temos trs hipteses que se propem da conta de tal questo. A primeira afirma que no comeo do processo os parmetros no esto completamente presentes e s com o prosseguimento da aquisio da linguagem que esses surgem, crendo tambm que os mesmos so organizados geneticamente, de modo a ocorrerem em determinadas etapas do amadurecimento do individuo, cujos fatores motivadores de tal processo so responsveis pela transcrio da gramtica universal para a gramtica da lngua nativa.A segunda hiptese divide-se em duas perspectivas, a da competncia plena/total o entendimento que se teve que todos os princpios esto presentes no comeo do processo, caso no ocorra delimitao logo, o motivo pode ser um problema de memria, por exemplo, na referida delimitao. J a hiptese de aprendizagem lexical explica, segundo Pinker (1984), que os princpios estejam completamente presentes, a evoluo sinttica depende da interiorizao de partes morfolgicas e lexicais novas, o que pressupe a interao com o meio que rodeia o individuo.Outras partes primordiais da teoria de parmetros da aquisio da linguagem a explicao da aprendizagem da lngua, vista as fontes que do suporte as crianas so to escassas. A resposta de Chomsky fundamenta-se exatamente na existncia da gramtica universal enquanto conjunto de ...princpios inatos, biologicamente determinados, que constituem o componente da mente humana faculdade da linguagem. ( H tambm a questo da dissociao dos dispositivos de aquisio da linguagem das demais instncias cognitivas comportamentais, ou seja, a aquisio da lngua deu acionamento da Gramtica Universal e da definio de parmetros no so obrigatoriamente atrelados aos outros sistemas cognitivos, memria por exemplo, bem como a interao social.CONCLUSOConclui-se a partir do que foi lido e discutido nesse artigo, acerca dos estudos de Chomsky, discutimos trs vertentes de seu pensamento: o modelo gerativista, a gramtica universal e o modelo dos princpios e parmetros.O modelo gerativista se fundamenta no inatismo e tambm no racionalismo, que acreditam que a criana j nasce dotada de uma capacidade inata de aquisio da linguagem, e que o aprendizado da lngua materna o resultado de um amadurecimento dessa criana, isto , uma conseqncia de suas suposies, respostas ou concluses, a respeito da lngua a ser adquirida.Ento, quanto maior for capacidade cognitiva, maior ser a possibilidade de suposies levantadas por ela, e mais perto ficar da lngua do adulto. A aquisio da linguagem possui ainda termos de competncia e desempenho. A competncia seria o entendimento que se tem da gramtica de sua lngua e o desempenho como se usa esse conhecimento.A hiptese gerativo-transformacional diz que a fala da criana no simples imitao da fala do adulto, pois possue fatos que no aparecem na lngua do adulto, ento a fala das crianas original possui suas prprias regras, que atravs da convivncia com o adulto que vo se moldando.Para Chomsky, a criana possui um dispositivo de aquisio da linguagem chamado de DAL, que lhe permite adquirir a linguagem, que acionado atravs de fala ou frases, IMPUT, de adultos, ajudar no desenvolvimento da lngua a que a criana esta inserida.Chomsky diz ainda, que nesse processo de desenvolvimento da lngua a criana ir conhecer muitas regras, mas escolher somente aquelas que usar no contexto da lngua em que esta inserida e que eliminar as outras.A respeito da gramtica universal, Chomsky afirma que esta j nasce com a criana, cheias de regras de todas as gramticas que esta usar. E que esta se transforma em gramtica da lngua, a partir do momento que a criana separa as regras que usar em determinadas lnguas, ou seja, na lngua em que est inserida.Quanto teoria dos princpios e parmetros, uma releitura da gramtica universal, esta postula que lngua possui princpios ou leis, que so usados igualmente por todas as lnguas, e parmetros ou leis que possuem representaes na lngua em que se encontre, a partir disso cabe a criana selecionar o imput que melhor se adeque e depois processar o valor de cada parmetro. Para solucionar essa teoria, trs proposies acerca do assunto foram propostas. A primeira delas diz que no comeo os parmetros no esto presentes, s com o processo de aquisio da lngua que eles aparecem, e que so organizados geneticamente e so programados a aparecerem em determinadas fases do amadurecimento das crianas, cujos fatores responsveis por tal processo que transformam a gramtica universal em gramtica da lngua. A segunda hiptese dividida em duas fases: a da competncia plena/total que todos os princpios estiveram presentes desde o comeo, caso a delimitao no ocorra desde o comeo porque houve algum problema com por exemplo memria. A outra a da aprendizagem lexical que diz que os princpios esto completamente presentes, mas que a evoluo sinttica depende da interiorizao de partes morfolgicas e lexicais novas, o que exige uma interao com o meio. Outra a explicao porque as fontes de suporte so to escassas, a reposta de Chomsky sobre o assunto na existncia da gramtica universal enquanto conceitos inatos, biologicamente determinados que constituem a mente humana. Outra questo a dissociao dos dispositivos de aquisio da linguagem das demais instancias cognitivas comportamentais, a aquisio da lngua se d por meio da gramtica universal, e a definio dos parmetros no so obrigatoriamente atrelados aos sistemas cognitivos.BIBLIOGRAFIA1. KATO, Mary A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingstica. So Paulo: tica, 1990. pp. 98-138. 2. KAUFMAM, Diana. A natureza da linguagem e sua aquisio. INGERBER, Adele. Problemas de aprendizagem relacionados linguagem: sua natureza e tratamento. Traduo de Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1996. pp. 51-71.3. LYONS, John. Linguagem e lingstica: uma introduo. Traduo de Marilda Winkle Averbug. pp. 219-243.4. MAROTE, Joo Teodoro D`olim: FERRO, Glucia D`olim Marote. Didtica da lngua portuguesa. 8 ed. So Paulo: tica, 1996. pp. 17-24.5. MUSSALIM, Fernanda; BENTES, Anna Christina. (Orgs.). Introduo a Lingstica: domnios e fronteiras, v.2. So Paulo: Cortez, 2001. pp. 203-232.6. SANTOS, Raquel. A aquisio da linguagem. FIORIN, Jos Luiz (org.) Introduo a Lingstica: I. objetos tericos. So Paulo: Contexto, 2002. 7. SCARPA, Ester Mirian. Aquisio da linguagem. In MUSSALIN, Fernanda; Bentes, Anna Christina. (Orgs.). Introduo lingstica: domnios e fronteiras, v.2. So Paulo: Cortez, 2001. pp. 203-232.O presente trabalho, sob a orientao do professor Vicente Martins., da Universidade Estadual Vale do Acara(UVA), em Sobral, Estado do Cear, contou com a elaborao dos alunos do Curso de Letras Antnio Rmulo Bezerra de Sousa e Roberta Farias Paivahttp://www.profala.com/artpsico67.htmGramtica gerativa

Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Ir para: navegao, pesquisa

Gramtica

Classificao

Sintaxe

Semntica

Etimologia

Fontica

Morfologia

Literatura

Tipos

Gramtica descritiva

Gramtica gerativa

Gramtica formal

Gramtica funcional

Gramtica normativa

Gramtica transformacional

Gramtica universal

Gramtica implcita

Ver tambm

Fonologia

Comunicao

Lingustica

A gramtica gerativa ou generativa uma teoria lingustica elaborada por Noam Chomsky e pelos lingistas do Massachusetts Institute of Technology entre os anos de 1960 e 1965.

ndice

[esconder] 1 Caractersticas

2 Componentes da Gramtica

3 Ver tambm

4 Bibliografia

CaractersticasCriticando o modelo distribucional e o modelo dos constituintes imediatos da lingustica estrutural, que, segundo eles, descrevem somente as frases realizadas e no podem explicar um grande nmero de dados lingusticos (como a ambigidade, os constituintes descontnuos, etc.), N. Chomsky define uma teoria capaz de dar conta da criatividade do falante, de sua capacidade de emitir e de compreender frases inditas.

Nessa perspectiva, a gramtica um mecanismo finito que permite gerar (engendrar) o conjunto infinito das frases gramaticais (bem formadas, corretas) de uma lngua, e somente elas. Formada de regra que definem as sequncias de palavras ou de sons repetidos, essa gramtica constitui o saber lingustico dos indivduos que falam uma lngua, isto , a sua competncia lingustica; a utilizao particular que cada autor faz da lngua em uma situao particular de comunicao depende da performance.

Componentes da GramticaA gramtica formada de trs partes ou componentes:

Um componente sinttico, sistema das regras que definem as frases permitidas em uma lngua;

Um componente semntico, sistema das regras que definem a interpretao das frases geradas pelo componente sinttico;

Um componente fonolgico e fontico, sistema de regras que realizam em uma sequncia de sons as frases geradas pelo componente sinttico.

O componente sinttico, ou sintaxe, formado de duas grandes partes: a base, que define as estruturas fundamentais, e as transformaes, que permitem passar das estruturas profundas, geradas pela base, s estruturas de superfcie das frases das frases, que recebem ento uma interpretao fontica para tornarem-se as frases efetivamente realizadas. Assim, a base permite gerar as duas sequncias:

(1) A + me + ouve + algo,

(2) A + criana + canta.

A parte transformacional da gramtica permite obter A me ouve que a criana canta e a me ouve a criana cantar. Trata-se ainda de estruturas abstratas que s se tornaro frases efetivamente realizadas aps aplicao das regras do componente fontico. A base formada de duas partes:

O componente ou base categorial o conjunto das regras que definem as relaes gramaticais entre os elementos que constituem as estruturas profundas e que so representadas pelos smbolos categoriais. Assim, uma frase formada pela sequncia SN + SV, em que SN o smbolo categorial de sintagma nominal e SV o smbolo categorial de sintagma verbal: a relao gramatical a de sujeito e predicado;

O lxico, ou dicionrio da lngua, o conjunto dos morfemas lexicais definidos por sries de traos que os caracterizam; assim, o morfema me ser definido no lxico como um substantivo, feminino, animado, humano, etc. Se a base define a sequncia de smbolos: Art. + N + Pres. + V + Art. + N (Art. = artigo, N = nome, V = verbo, Pres. = presente), o lxico substitui cada um desses smbolos por uma "palavra" da lngua: A + me + (vazio) + acabar + o + trabalho, as regras de transformao convertem essa estrutura profunda numa estrutura de superfcie: a + me + acabar + (vazio) + o + trabalho, e as regras fonticas realizam A me acaba o trabalho.

Obtiveram-se, portanto, no fim da base, sequncias terminais de formantes gramaticais (como nmero, presente, etc.) e morfemas lexicais; essas sequncias so suscetveis de receber uma interpretao conforme as regras do componente semntico. Para serem realizadas, vo passar pelo componente transformacional.

As transformaes so operaes que se convertem as estruturas profundas em estruturas de superfcie sem afetar a interpretao semntica feita ao nvel das estruturas profundas. As transformaes, provocadas pela presena na base de certos constituintes, comportam duas etapas; uma consiste na anlise estrutural da sequncia oriunda da base a fim de ver se sua estrutura compatvel com uma transformao definida, a outra consiste numa mudana estrutural dessa sequncia (por adio, apagamento, deslocamento, substituio); chega-se ento a uma sequncia transformada correspondente a uma estrutura de superfcie. Assim, a presena do constituinte "passivo" na sequncia de base provoca modificaes que fazem com que a frase 'O pai l o jornal' se torne 'O jornal lido pelo pai'.

Essa sequncia vai ser convertida numa frase efetivamente realizada pelas regras do componente fonolgico (diz-se tambm morfofonolgico) e fontico. Essas regras definem as "palavras" provenientes das combinaes de morfemas lexicais e formantes gramaticais, e lhes atribuem uma estrutura fnica. o componente fonolgico que converte o morfema lexical "criana" numa sequncia de sinais acsticos [krisa].

A teoria gerativa deve fornecer uma teoria fontica universal que permita estabelecer a lista dos traos fonticos e as listas das combinaes possveis desses traos; repousa, portanto, sobre uma matriz universal de traos fnicos. Deve fornecer uma teoria semntica universal suscetvel de estabelecer a lista dos conceitos possveis; implica, portanto, uma matriz universal de traos semnticos. Enfim, a teoria gerativa deve fornecer uma teoria sinttica universal, isto , estabelecer a lista das relaes gramaticais da base e das operaes transformacionais capazes de dar uma descrio estrutural de todas as frases. Essas tarefas da gramtica gerativa implicam, portanto, a existncia de universais lingusticos a esses trs nveis.

Ver tambm Gramtica transformacional

Bibliografia DUBOIS, Jean. Dicionrio de Lingstica. So Paulo: Cultrix, 200?.

Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica_gerativa"

Categoria: GramticaFerramentas pessoais

Funcionalidades novas

Entrar / criar conta

Espaos nominais

Artigo

Discusso

VariantesVistas

Ler

Editar

Ver histrico

AesBusca

Parte superior do formulrio

INCLUDEPICTURE "http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/vector/images/search-ltr.png?283y" \* MERGEFORMATINET Parte inferior do formulrio

Navegao

Pgina principal

Contedo destacado

Eventos atuais

Esplanada

Pgina aleatria

Portais

Colaborao

Boas-vindas

Ajuda

Pgina de testes

Portal comunitrio

Mudanas recentes

Estaleiro

Criar pgina

Pginas novas

Contato

Donativos

Imprimir/exportar

Criar um livro

Descarregar como PDFFerramentas

Pginas afluentes

Alteraes relacionadas

Carregar ficheiro

Pginas especiais

Link permanente

Citar esta pgina

Noutras lnguas

Catal

esky

Cymraeg

Deutsch

English

Esperanto

Espaol

Galego

Italiano

Nederlands

Norsk (nynorsk)

Norsk (bokml)

Polski

Slovenina

Svenska

Trke

Esta pgina foi modificada pela ltima vez s 14h18min de 5 de abril de 2010.

Este texto disponibilizado nos termos da licena Atribuio-Compartilhamento pela mesma Licena 3.0 Unported (CC-BY-SA); pode estar sujeito a condies adicionais. Consulte as Condies de Uso para mais detalhes.

Poltica de privacidade

Sobre a Wikipdia

Avisos gerais

http://pt.wikipedia.org/wiki/Gram%C3%A1tica_gerativaNoam Chomsky

Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Ir para: navegao, pesquisa

Noam ChomskyAvram Noam Chomsky

Noam Chomsky, professor do MIT.[1]

Nascimento7 de Dezembro de 1928 (81 anos)Filadlfia, PensilvniaEstados Unidos

Escola/tradioLingustica

Principais interessesPsicologia, Poltica, tica

PrmiosPrmio Kyoto (1988)

InflunciasBertrand Russell, John Dewey, Mikhail Bakunin,W. von Humboldt, Adam Smith, Rudolf Rocker, Zellig Harris, Immanuel Kant, Ren Descartes, George Orwell, Karl Marx, C. West Churchman, W.V.O. Quine, Alan Turing

InfluenciadosColin McGinn Edward SaidSteven Pinker Tanya ReinhartDaniel Everett Morris HalleGilbert Harman Jerry FodorHoward Lasnik Robert FiskNeil Smith Ray JackendoffNorbert Hornstein Jean BricmontMarc Hauser Norman FinkelsteinRobert Lees Mark BakerJulian Boyd Bill HicksRay C. Dougherty Derek BickertonThom Yorke

Avram Noam Chomsky (Filadlfia, 7 de dezembro de 1928) um linguista, filsofo e ativista poltico estadunidense.

professor de Lingustica no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Seu nome est associado criao da gramtica ge(ne)rativa transformacional, abordagem que revolucionou os estudos no domnio da lingustica terica. tambm o autor de trabalhos fundamentais sobre as propriedades matemticas das linguagens formais, sendo o seu nome associado chamada Hierarquia de Chomsky.

Seus trabalhos, combinando uma abordagem matemtica dos fenmenos da linguagem com uma crtica radical do behavio(u)rismo, em que a linguagem conceitualizada como uma propriedade inata do crebro/mente humanos, contribuem decisivamente para o arranque da revoluo cognitiva, no domnio das cincias humanas.

Alm da sua investigao e ensino no mbito da lingustica, Chomsky tambm conhecido pelas suas posies polticas de esquerda e pela sua crtica da poltica externa dos Estados Unidos. Chomsky descreve-se como um socialista libertrio, havendo quem o associe ao anarcossindicalismo.

O termo chomskiano habitualmente usado para identificar as suas idias lingusticas embora o prprio considere que esses tipos de classificaes (chomskiano, marxista, freudiano) "no fazem sentido em nenhuma cincia", e que "pertencem histria da religio, enquanto organizao".

ndice

[esconder] 1 Biografia

2 Contribuio Lingustica

2.1 Gramtica Ge(ne)rativa

2.2 Hierarquia de Chomsky

2.3 Crtica da Lingustica de Chomsky

3 Contribuies Psicologia

4 Crtica da Cincia

5 A influncia em outros campos

6 Viso Poltica

6.1 A viso sobre o terrorismo

6.2 Crtica ao governo dos Estados Unidos da Amrica

7 Viso sobre o socialismo

7.1 Anlise dos meios de comunicao de massa

7.2 Chomsky e o Oriente Mdio

8 As crticas

8.1 David Horowitz

8.2 Acusaes de anti-semitismo

8.3 Crtica recebida dos ativistas palestinos

9 Notas

10 Bibliografia

10.1 Lingustica

11 Ver tambm

12 Ligaes externas

12.1 Palestras e entrevistas selecionadas

12.2 Artigos selecionados

12.3 Crticas a Chomsky

12.4 Stira de Chomsky

BiografiaChomsky nasceu na cidade da Filadlfia, no estado da Pensilvnia, nos Estados Unidos da Amrica, filho de um estudioso do hebraico e professor, William Chomsky. Em 1945, comeou a estudar Filosofia e Lingustica na Universidade da Pensilvnia com Zellig Harris, professor com cuja viso poltica ele se identificou. Antes de receber seu doutoramento em Lingustica pela Universidade da Pensilvnia em 1955, Chomsky realizou a maior parte de sua pesquisa nos quatro anos anteriores na Universidade de Harvard como pesquisador assistente. Na sua tese de Ph.D., um trabalho de mais de mil pginas, desenvolveu a sua abordagem original s ideias lingusticas, tendo um resumo sido publicado no seu livro de 1957 Syntactic Structures (Estruturas Sintcticas), numa editora holandesa, por recomendao de Roman Jakobson. A recenso crtica desta obra por Robert Lees teve um papel fundamental na sua divulgao e reconhecimento como trabalho revolucionrio.

Depois de receber o doutoramento, Chomsky leciona no MIT h mais de 40 anos consecutivos, sendo nomeado para a "Ctedra de Lnguas Modernas e Lingustica Ferrari P. Ward". Durante esse perodo, Chomsky tornou-se publicamente muito empenhado no activismo poltico e, a partir de 1964, protesta activamente contra o envolvimento americano na Guerra do Vietname. Em 1969, publica o livro American Power and the New Mandarins (O Poder Americano e os Novos Mandarins), um livro de ensaios sobre essa guerra. Desde ento Chomsky tornou-se mundialmente conhecido pelas suas idias polticas, dando palestras por todo o mundo e publicando inmeras obras. A sua ideologia poltica, classificada como socialismo libertrio, rendeu inmeros seguidores dentro do campo da "esquerda" mas tambm muitos detratores em todos os lados do espectro poltico. Durante este tempo, Chomsky continuou a pesquisar, a escrever e a ensinar, contribuindo regularmente com novas propostas tericas que virtualmente definiram os problemas e questes centrais da investigao lingustica nos timos 50 anos.

Dedicatria e autgrafo de Chomsky em edio brasileira de um de seus livros.

Em 1979, Paul Robinson escreveu no New York Times Book Review que "Pelo poder, alcance, inovao e influncia de suas idias, Noam Chomsky indiscutivelmente o mais importante intelectual vivo, hoje." Contudo, Robinson continua o artigo dizendo que os trabalhos de Chomsky sobre Poltica so "terrivelmente simplistas". Chomsky observa que "se no fosse por esta segunda afirmao, eu era capaz de pensar que estava fazendo algo errado verdade que o imperador est nu, mas o imperador no gosta que digam isto a ele, e os cachorrinhos-de-colo do imperador como o The New York Times no vo gostar da experincia se voc o fizer".

De acordo com o Arts and Humanities Citation Index, entre 1980 e 1992, Chomsky foi citado como uma "fonte" mais frequentemente que qualquer outro acadmico vivo, e foi a octogsima fonte mais citada, no cmputo geral.

Chomsky tambm tem recebido crdito de grupos culturais. O grupo musical Rage Against the Machine leva cpias de seus livros em suas turns. A banda de grunge Pearl Jam tocou pedaos de falas de Chomsky mixadas com algumas de suas msicas. O grupo de rock n' roll REM convidou o linguista para palestrar antes de seus shows, o que Chomsky recusou. Discursos de Chomsky tm sido apresentados em lados B dos lbuns da banda Chumbawamba e outros grupos. O cantor e ativista poltico Bono Vox, do grupo irlands U2, disse que "Se o trabalho de um rebelde derrubar o velho e preparar o novo, ento este Noam Chomsky, um rebelde sem pausas, o Elvis da Academia Como o rock n'roll dos anos 1990 continua sendo atado nas mos, irnico que um homem de 65 anos de idade tenha o real esprito rebelde".

A revista Rolling Stone escreveu que Chomsky "est no nvel de Thoreau e Emerson no campo da literatura da rebelio". A Village Voice comentou que "Com que perspiccia (Chomsky) no fica enrolando e realmente diz alguma coisa!". Uma resenha no The Nation tinha a seguinte observao: "No ler (Chomsky) cortejar a genuna ignorncia".

"Avram" uma outra forma de "Abrao". "Noam" uma palavra hebraica que significa "desprazeroso", "sem prazer". "Chomsky o nome eslavo "". A pronncia original, de acordo com o Alfabeto Fontico Internacional, [avram noam 'xomskij]. Geralmente anglicizada para ['vrm 'nm 'tmski] ou ['vrm 'nom 'tamski] com o sotaque estadunidense.

Contribuio LingusticaSyntactic Structures foi uma destilao do livro Logical Structure of Linguistic Theory (1955) no qual Chomsky apresenta sua idia da gramtica gerativa. Ele apresentou sua teoria de que os "enunciados" ou "frases" das lnguas naturais devem ser interpretados em dois tipos de representao distintas: as "estruturas superficiais" correspondendo estrutura patente das frases, e as "estruturas profundas", uma representao abstracta das relaes lgico-semnticas das mesmas.

Esta distino conserva-se hoje, na diferenciao entre Forma Lgica e Forma fontica, embora o processo de derivao transformacional com regras especficas tenha sido substitudo pela operao de princpios gerais. Na verso de 1957/65 da teoria de Chomsky, as regras transformacionais (juntamente com regras de sintagmticas, phrase structure rules e outros princpios estruturais) governam ao mesmo tempo a criao e a interpretao das frases. Com um limitado conjunto de regras gramaticais e um conjunto finito de palavras, o ser humano capaz de gerar um nmero infinito de frases bem formadas, incluindo frases novas.

Chomsky sugere que a capacidade para produzir e estruturar frases inata ao ser humano (isto , parte do patrimnio gentico dos seres humanos) gramtica universal. No temos conscincia desses princpios estruturais assim como somos no temos conscincia da maioria das nossas outras propriedades biolgicas e cognitivas.

As abordagens mais recentes, como o Programa Minimalista so ainda mais radicais na defesa de princpios econmicos e ptimos na estrutura gramtica universal. Entre outras afirmaes, Chomsky diz que os princpios gramaticais subjacentes s linguagens so completamente fixos e inatos e que as diferenas entre as vrias lnguas usadas pelos seres humanos atravs do mundo podem ser caracterizadas em termos da variao de conjuntos de parmetros (como o parmetro pro-drop, que estabelece se um sujeito explcito obrigatrio, como no caso da lngua inglesa, ou se pode ser opcionalmente deixado de lado (suprimido ou elidido), como no caso do portugus, italiano e outras).

Esses parmetros so freqentemente comparados a interruptores. A verso da gramtica generativa que desenvolve a abordagem paramtrica por isso designada princpios e parmetros. Nesta abordagem, uma criana que est a aprender uma lngua precisa adquirir apenas e to somente os tens lexicais necessrios (isto , as palavras) e fixar os parmetros relevantes.

Esta abordagem baseia-se na rapidez espantosa com a qual as crianas aprendem lnguas, pelos passos semelhantes dados por todas as crianas quando esto a aprender lnguas e pelo fato que as crianas realizarem certos erros caractersticos quando aprendem sua lngua-me, enquanto que outros tipos de erros aparentemente lgicos nunca ocorrem. Isto sucede precisamente, segundo Chomsky, porque as crianas esto a empregar um mecanismo puramente geral (isto , baseado em sua mente) e no especfico (isto , no baseado na lngua que est sendo aprendida).

As idias de Chomsky continuam a influenciar significativamente a pesquisa que investigavam a aquisio de linguagem pelas crianas, muito embora se tenham desenvolvido nesta rea abordagens neo-behaviouristas, ou mistas que privilegiam explicaes baseadas em mecanismos gerais de aprendizagem, com variantes emergentistas ou conexionistas.

Gramtica Ge(ne)rativaA abordagem de Chomsky em relao sintaxe, freqentemente chamada de gramtica gerativa, embora geralmente dominante, deu origem a escolas que dela divergem em aspectos tcnicos como a Gramtica Lexical-Funcional ou a HPSG. Noutros casos, h diferenas mais profundas, especialmente nas abordagens ditas funcionalistas, em parte herdeira do legado da Escola de Praga.

A anlise sinttica de Chomsky, muitas vezes altamente abstrata, se baseia fortemente em uma investigao cuidadosa dos limites entre construes gramaticais corretas e construes gramaticais incorretas numa lngua. Deve-se comparar esta abordagem aos assim chamados casos patolgicos (pathological cases) que possuem um papel semelhantemente importante em matemtica. Tais julgamentos sobre a correo gramatical s podem ser realizados de maneira exata por um falante nativo da lngua, entretanto, e assim, por razes pragmticas, tais linguistas normalmente (mas no exclusivamente) focalizam seus trabalhos em suas prprias lnguas-mes ou em lnguas em que eles so fluentes (geralmente ingls, francs, alemo, holands, italiano, japons ou um das lnguas do chins).

Algumas vezes a anlise da gramtica gerativa no tem funcionado quando aplicada lnguas que no foram ainda estudadas. Desta maneira, muitas alteraes foram realizadas na gramtica gerativa devido ao aumento do nmero de lnguas analisadas. Entretanto, as reivindicaes feitas sobre uma lingustica universal tem se tornado cada vez mais fortes e no tm se enfraquecido com o transcorrer do tempo. Por exemplo, a sugesto de Kayne, na dcada de 1990, de que todas as lnguas tm uma ordem Sujeito - Verbo - Objeto das palavras teria parecido altamente improvvel na dcada de 1960. Uma das principais motivaes que esto por detrs de uma outra abordagem, a perspectiva funcional-tipolgica (ou tipologia lingustica, freqentemente associada a Joseph H. O Greenberg), basear hipteses da lingustica universal no estudo da maior variedade possvel de lnguas, para classificar a variao e criar teorias baseadas nos resultados desta classificao. A abordagem de Chomsky por demais profunda e a dependente do conhecimento nativo da lngua para seguir este mtodo (embora tenha sido aplicada a muitas lnguas desde que foi criada).

Hierarquia de ChomskyVer artigo principal: Hierarquia de ChomskyChomsky famoso por pesquisar vrios tipos de linguagens formais procurando entender se poderiam ser capazes de capturar as propriedades-chave das lnguas humanas. A hierarquia de Chomsky divide as gramticas formais em classes com poder expressivo crescente, por exemplo, cada classe sucessiva pode gerar um conjunto mais amplo de linguagens formais que a classe imediatamente anterior. De maneira interessante, Chomsky argumenta que a modelagem de alguns aspectos de linguagem humana necessita de uma gramtica formal mais complexa (complexidade medida pela hierarquia de Chomsky) que a modelagem de outros aspectos. Por exemplo, enquanto que uma linguagem regular suficientemente poderosa para modelar a morfologia da lngua inglesa, ela no suficientemente poderosa para modelar a sintaxe da mesma. Alm de ser relevante em lingustica, a hierarquia de Chomsky tambm tornou-se importante em Cincia da Computao (especialmente na construo de compiladores) e na Teoria de Autmatos.

Seu trabalho seminal em fonologia foi The sound pattern of English, que publicou juntamente com Morris Halle. Este trabalho considerado ultrapassado (embora tenha sido recentemente reimpresso). Chomsky no pesquisa nem publica mais na rea de fonologia.

Crtica da Lingustica de ChomskyEmbora a abordagem de Chomsky seja reconhecidamente uma das melhores da Lingustica, ela tem sido criticada por outros autores. Talvez a mais conhecida abordagem alternativa posio de Chomsky seja a de George Lakoff e de Mark Johnson. O trabalho destes pesquisadores sobre Lingustica cognitiva desenvolveu-se a partir da Lingustica de Chomsky, mas difere dela de maneira significativa. Especificamente, argumenta contra os aspectos neo-cartesianos das teorias de Chomsky, eles afirmam que Chomsky falha em no levar em conta a incorporao extensiva da cognio. Como notado acima, a viso conexionista da aprendizagem no compatvel com a abordagem de Chomsky. Tambm, desenvolvimentos mais recentes em psicologia como, por exemplo, cognio localizada e psicologia discursiva no so compatveis com a abordagem chomskiana.

De maneira ainda mais radical, os filsofos na tradio de Wittgenstein (como Saul Kripke) acham que a viso Chomskyana fundamentalmente errada quanto ao papel das regras no que tange a cognio humana.

De maneira semelhante, os filsofos das tradies da fenomenologia, do existencialismo e da hermenutica se opem aos aspectos abstratos neo-racionalistas do pensamento de Chomsky. O filsofo contemporneo que representa melhor esta viso , talvez, Hubert Dreyfus, tambm famoso (ou notrio) pelos seus ataques contra a inteligncia artificial.

Contribuies Psicologia

Ver artigo principal: PsicologiaO trabalho de Chomsky em Lingustica teve implicaes importantes para a Psicologia e foi um de seus principais direcionamentos, durante o sculo XX. Sua teoria da gramtica universal foi uma crtica direta ao behaviorismo, fortemente estabelecido em seu tempo, e teve conseqncias importantes no entendimento de como a linguagem aprendida pelas crianas e o que, exatamente, a capacidade de interpretar linguagem. Os princpios mais bsicos desta teoria so atualmente geralmente aceitos (embora no necessariamente as fortes reivindicaes feitas pela abordagem de princpios e parmetros descrita acima).

Em 1959, Chomsky publicou uma crtica - a qual obteve uma grande repercusso - do livro Verbal Behavior, escrito por B.F. Skinner, o mais aclamado dos psiclogos da tradio psicolgica behaviorista (ou, em portugus, comportamentalista). Essa teoria, que tinha dominado a Psicologia Experimental na primeira metade do sculo XX, dizia que a linguagem era um comportamento aprendido [operante], sem ser de uma natureza diferente de outros comportamentos [natureza no sentido de algo que escape ao mundo fsico]. Skinner argumentava que a linguagem, como qualquer outro comportamento aprendido, poderia ser aprendida atravs das influncias ambientais que modelariam a aprendizagem da linguagem. Mas, vale-se ressaltar que Skinner nunca negou [pelo contrario] a influncia de mecanismos biolgicos, seja na linguagem, ou em qualquer outro comportamento. A linguagem, segundo Skinner, podia ser aprendida atravs das pistas e do condicionamento proveniente do mundo no qual aquele-que-aprende est imerso.

A crtica de Chomsky metodologia e s pressuposies bsicas de Skinner prepararam o caminho para uma "revoluo" contra a doutrina behaviorista. Em seu livro de 1966, Lingustica Cartesiana e em trabalhos subsequentes, Chomsky cria uma explicao das faculdades da linguagem humana que tornou-se um modelo para investigao em outras reas da Psicologia. Muito da concepo atual de como a mente trabalha vem diretamente de idias que, nos tempos modernos, encontraram em Chomsky seu primeiro autor. Mesmo embora as crticas de Chomsky tenham sido refutadas por behavioristas, a mais famosa rplica foi a do behaviorista Kenneth MacCorquodale. Entre outras coisas, ele mostra que Chomsky cometeu um nmero enorme de equvocos ao criticar o livro de Skinenr e os behaviorismos e explica o porqu da demora da rplica.

Existem trs idias chave:

Primeiro, que a mente "cognitiva", isto , que a mente realmente contm estados mentais, crenas, dvidas e assim por diante. A viso anterior negava mesmo isto, com a argumentao de que existem apenas relacionamentos "estmulo-resposta" tais como "Se voc me pergunta se quero X, eu irei dizer sim". Mas Chomsky mostrou que a maneira mais comum de entender a mente, como ter coisas como crenas e mesmo estados mentais inconscientes, tinha de estar certo.

Segundo, Chomsky argumentou que muitas partes do que a mente adulta podia fazer era "inata". Isto , embora nenhuma criana nascesse automaticamente sendo capaz de falar uma linguagem, todas as pessoas nascem com uma capacidade poderosa de aprendizado da linguagem que permite a eles dominar muitas linguagens muito rapidamente em seus primeiros anos de vida. Psiclogos subsequentes tm estendido esta tese para alm da linguagem de maneira que a mente no mais considerada um "papel em branco" quando do nascimento.

Finalmente, Chomsky introduziu o conceito de "modularidade", uma caracterstica crtica da arquitetura cognitiva da mente. A mente composta de uma conjunto de subsistemas especializados que interagem entre si e que apresentam fluxos de intercomunicao limitados. Este modelo contrasta agudamente com a velha idia segundo a qual qualquer parte de informao na mente poderia ser "acessada" por qualquer outro processo cognitivo. Iluses pticas, por exemplo, no "podem ser desligadas" mesmo quando se reconhece serem apenas iluses.

Crtica da CinciaChomsky tem refutado fortemente o deconstrucionismo e as crticas do ps-modernismo Cincia:

"Tenho passado muito tempo da minha vida a trabalhar em questes como estas, a utilizar os nicos mtodos que conheo e que so condenados aqui como "cincia", "racionalidade", "lgica" e assim por diante. Portanto, leio esses artigos com certa esperana de que eles me ajudassem a "transcender" estas limitaes, ou talvez me sugerissem um caminho inteiramente diferente. Temo ter me desapontado. Reconheo que isso pode se dever s minhas prprias limitaes. Muito frequentemente meus olhos se esgazeam quando leio discursos polissilbicos de autores do ps-estruturalismo e do ps-modernismo. Penso que tais textos so, em grande parte, feitos de trusmos ou de erros, mas isso apenas um pequeno pedao dessa coisa toda. verdade que h muitas outras coisas que eu no entendo: artigos nas edies atuais dos peridicos de Matemtica e de Fsica, por exemplo. Mas existe uma diferena, neste ltimo caso, eu sei como entend-los, e tenho feito isto em casos de particular interesse para mim; e eu tambm sei que outras pessoas que trabalham nestes campos podem me explicar seu contedo em meu nvel, de modo que possa obter uma compreenso (embora s vezes parcial) que me satisfaa. Em contraste, ningum parece ser capaz de me explicar que o ltimo artigo "ps-isto-e-ps-aquilo" no seja (em sua maior parte) outra coisa que no trusmos, erros ou balbcios, de maneira que eu no sei o que fazer para prosseguir com eles."[2]Chomsky nota que as crticas "cincia masculina branca" so muito semelhantes aos ataques antissemitas e politicamente motivados contra a "Fsica judaica" usada pelos nazistas para minimizar a pesquisa feita pelos cientistas judeus durante o movimento Deustche Physik:

"De fato, por si s a ideia de uma 'cincia masculina branca' me lembra, eu temo, a ideia de uma "Fsica judaica". Talvez seja outra inaptido minha, mas quando leio um artigo cientfico, eu no consigo dizer se o autor branco ou se homem. O mesmo verdade para o problema do trabalho ser feito em sala de aula, no escritrio, ou em qualquer outro lugar. Eu duvido que os estudantes no-masculinos, no-brancos, amigos e colegas com quem que trabalho no ficassem deveras impressionados com a doutrina de que seu pensamento e sua compreenso das coisas seria diferente da "cincia masculina branca" por causa de sua "cultura ou gnero ou raa". Suspeito que "surpresa" no seria bem a palavra adequada para a reao deles."[2]A influncia em outros camposModelos Chomskianos tm sido usados como uma base terica em vrios outros campos. A Hierarquia de Chomsky geralmente lecionada no ensino dos fundamentos da Cincia da Computao. Um sem-nmero de argumentos da Psicologia evolucionria derivado dos resultados de suas pesquisas.

O Prmio Nobel da Medicina e Fisiologia de 1984, Niels K. Jerne, usou o modelo gerativo de Chomsky para explicar o sistema imunolgico humano, equacionando "componentes de uma gramatica gerativa, com vrias caractersticas das estruturas das protenas". O ttulo do trabalho de Jerne agraciado com o prmio foi "A Gramtica Gerativa do Sistema Imunolgico".

Nim Chimpsky, um chimpanz que aprendeu 125 sinais da Linguagem Americana de Sinais, teve seu nome inspirado em Noam Chomsky.

Viso Poltica

Chomsky uma das personalidades mais conhecidas da poltica de esquerda americana. Ele se define politicamente na tradio do anarquismo, uma filosofia poltica que desafia todas as formas de hierarquia com a tentativa de elimin-las se se mostrarem injustas. Ele se identifica especialmente com a corrente do Anarcossindicalismo, orientada para a defesa do trabalhador. Diferentemente de muitos anarquistas, Chomsky nem sempre lutam contra a poltica eleitoral: ele tem mesmo apoiado candidatos a cargos pblicos. Ele se descreve como um "companheiro de viagem" da tradio anarquista em oposio ao anarquismo mais tradicional para explicar porque algumas vezes ele aceita colaborar com o Estado.

Chomsky tambm tem dito que ele se considera politicamente, na verdade, um conservador do tipo liberal clssico.[3] Ele tambm tem se definido como um sionista embora chame a ateno para o fato de que sua definio de sionismo considerada, por muitos, ser anti-sionista atualmente. Ele diz isso em face de perceber ter havido uma mudana no significado do conceito de "sionismo" desde a dcada de 1940. Sobre este assunto, em entrevista para a C-Span Book, ele disse:

"Eu sempre apoiei um lar tnico para os judeus na Palestina. Mas isto diferente de um estado judeu. H uma forte motivao para um lar tnico, mas se ele deve ser um estado judaico, ou um estado muulmano, ou um estado cristo, ou um estado branco, um problema inteiramente diferente".

Alm de tudo, Chomsky no gosta dos tradicionais ttulos e categorias polticas e prefere deixar sua abordagem falar por ela mesma. Seus principais modos de ao incluem escrever artigos para revistas e livros e proferir palestras engajadas politicamente. Ele tem uma enorme quantidade de apoiadores pelo mundo todo, o que o faz algumas vezes agendar suas palestras com dois anos de antecedncia. Chomsky foi um dos principais palestrantes do Frum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, Brasil, no ano de 2002.

A viso sobre o terrorismoChomsky difere da abordagem convencional pelo fato de ver o Terrorismo de Estado como o problema mais predominante, em oposio ao terrorismo praticado por movimentos polticos marginais. Ele distingue claramente entre o ato de matar civis do ato de atacar pessoal militar e suas instalaes. Ele demonstra da que as causas, as razes e os objetivos no justificam atos de terrorismo. Para Chomsky, o terrorismo objetivo, no relativo. Ele afirma "Assassinato de civis inocentes terrorismo, no guerra contra o terrorismo"[4]Primeiro, temos o fato de que o terrorismo funciona. Ele no falha. Ele funciona. Violncia geralmente funciona. Essa a histria do mundo. Em segundo lugar, um erro de anlise muito srio dizer, como comumente dito, que o terrorismo a arma dos fracos. Como outros meios de violncia, ela , surpreendentemente e principalmente, na verdade uma arma dos fortes. Tem-se como verdade que o terrorismo principalmente uma arma dos fracos porque os fortes tambm controlam os sistemas doutrinrios e estes afirmam que o terror dos fortes no conta como terror. Agora, isso est perto de ser universal. Eu no consigo achar uma exceo histrica, mesmo os piores assassinos em massa viam o mundo desta maneira. Veja o caso dos nazistas. Eles no estavam a realizar terror quando estavam ocupando a Europa. Eles estavam a proteger a populao local do terrorismo dos partisans. E, semelhana de outros movimentos de resistncia, o que existia era terrorismo. E o que os nazistas estavam a praticar era o contra-terrorismo.

Crtica ao governo dos Estados Unidos da Amrica

Chomsky tem sido um crtico coerente e contundente do governo norte-americano. Em seu livro 9-11, uma srie de entrevistas sobre os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, ele afirma, como j tinha afirmado antes, que o governo dos Estados Unidos da Amrica o estado terrorista lder, nos tempos modernos.

Chomsky tem criticado o governo do seu pas pelo seu envolvimento na Guerra do Vietn e no mais amplo conflito da Indochina, assim como pela interferncia em pases da Amrica Central e da Amrica do Sul e pelo apoio militar a Israel, Arbia Saudita e Turquia. Chomsky focaliza sua crtica mais intensa nos regimes amigos do governo dos Estados Unidos da Amrica enquanto critica seus inimigos oficiais - como a antiga Unio Sovitica e Vietn do Norte somente de passagem. Ele explica este comportamento com o seguinte princpio: " mais importante avaliar aes que voc tem mais possibilidade de influenciar." Sua crtica da antiga Unio Sovitica e da China tem tido algum efeito nesses pases pois ambos os governos censuraram seu trabalho, com o banimento da publicao de seus livros.

Chomsky tem repetidamente enfatizado sua teoria de que a maior parte da poltica externa dos Estados Unidos da Amrica baseada no "perigo do bom exemplo" o qual ele diz que um outro nome para a teoria do domin. O "perigo do bom exemplo" representado por um pas que conseguisse se desenvolver com sucesso independentemente do capitalismo e da influncia dos Estados Unidos da Amrica e desta maneira apresentasse um modelo para outros pases nos quais este pas tem fortes interesses econmicos.

Isto, diz Chomsky, tem feito com que o governo norte-americano repetidamente intervenha para impedir movimentos "socialistas" e outros movimentos "independentes" mesmo em regies do mundo nas quais ele no tem interesses econmicos e de segurana significantes. Em um de seus mais famosos livros, What Uncle Sam Really Wants, Chomsky utiliza esta teoria particular como uma explicao para as intervenes do governo norte-americano na Guatemala, no Laos, na Nicargua e em Granada.

Chomsky tambm acredita que as polticas da Guerra Fria do governo norte-americano no foram inteiramente modelados pela parania anti-sovitica mas, mais que isso, buscava a preservao da ideologia econmica e ideolgica norte-americana no mundo. Como escreveu em seu livro Uncle Sam: "O que os Estados Unidos da Amrica querem 'estabilidade', e isto quer dizer segurana para as classes altas e para as grandes empresas multinacionais".

Embora quase sempre seja um crtico da poltica externa do governo norte-americano, Chomsky tambm sempre tem expressado sua admirao pela liberdade de expresso usufruda pelos cidados desse pas em grande nmero de suas entrevistas e livros. Mesmo em relao a outras democracias ocidentais, tais como a Frana e o Canad, menos liberais na defesa da liberdade de debater que os Estados Unidos da Amrica, Chomsky no hesita em criticar esses pases por isto, como mostra o affair Faurisson. Esta sutileza parece no ser notada pelos crticos de Chomsky, os quais consideram sua viso da poltica externa americana como um ataque a todos os valores da sociedade americana.

Viso sobre o socialismo

Noam Chomsky no Frum Social Mundial em Porto Alegre, 2003.

Chomsky se ope profundamente ao sistema de "capitalismo de estado da grande empresa" praticado pelos Estados Unidos da Amrica e seus aliados. Ele apia as idias anarquistas (ou "socialistas libertrios") de Mikhail Bakunin e exige liberdade econmica alm do "controle da produo pelos prprios trabalhadores e no por proprietrios e administradores que os governem e tomem todas as decises".

Chomsky refere-se a isto como o "socialismo real" e descreve o socialismo no estilo sovitico como semelhante, em termos de controle totalitrio, ao capitalismo no estilo norte-americano. Ambos os sistemas se baseiam em tipos e nveis de controle mais do que em organizao ou eficincia. Na defesa desta tese, Chomsky refere por vezes que a filosofia da administrao cientfica proposta por Frederick Winslow Taylor foi a base organizacional para o macio movimento de industrializao sovitico e, ao mesmo tempo, o modelo de empresarial norte-americano.

Chomsky tem buscado iluminar os comentrios de Bakunin sobre o estado totalitrio como uma previso para o brutal estado policial que iria se instaurar em seguida revoluo sovitica. Reafirma a opinio de Bakunin: "aps um ano [..] a ordem revolucionria ir se tornar muito pior que a do prprio czar" que construda sobre a idia de que o estado tirano sovitico era simplesmente um crescimento natural da ideologia de controle de estado bolchevique. Ele tambm chamou o comunismo sovitico de "falso socialismo" e disse que, contrariamente ao que muitos nos Estados Unidos diziam, o colapso da Unio Sovitica devia ser considerada uma "pequena vitria para o socialismo" e no para o capitalismo.

Em "For Reasons of State", Chomsky advoga que ao invs de um sistema capitalista no qual as pessoas sejam "escravos assalariados" ou um estado autoritrio no qual as decises sejam tomadas por um comit central, uma sociedade devia funcionar sem pagamento do trabalho. Ele argumenta que as pessoas de todas as naes deviam ser livres para realizar os trabalhos que escolhessem. As pessoas deveriam ser livres para fazer o que eles quisessem e o trabalho que eles voluntariamente escolhessem deveria ser ao mesmo tempo "recompensador em si mesmo" e "socialmente til". "A sociedade seria dirigida sob um sistema de anarquismo pacfico sem a necessidade das instituies do "estado" ou do "governo". Os servios necessrios mas que fossem fundamentalmente desagradveis se existissem -, seriam tambm igualmente distribudos a todos.

Anlise dos meios de comunicao de massaOutra parte importante do trabalho poltico de Chomsky a anlise dos meios de comunicao de massa (especialmente dos meios norte-americanos), de suas estruturas, de suas restries e do seu papel no apoio aos interesses das grandes empresas e do governo americano.

Diferentemente dos sistemas polticos totalitrios, nos quais a fora fsica pode ser facilmente usada para coagir a populao como um todo, as sociedades mais democrticas como os Estados Unidos da Amrica precisam se valer de meios de controle bem menos violentos. Em uma frase freqentemente citada, Chomsky afirma que "a propaganda representa para a democracia aquilo que o cacetete (isto , a polcia poltica) significa para o estado totalitrio."[5]Em A Manipulao do Pblico,[6] livro escrito em conjunto por Edward S. Herman e Noam Chomsky, os autores exploram este tema em profundidade e apresentam o seu modelo da propaganda dos meios de comunicao com numerosos estudos de caso extremamente detalhados para demonstrar seu funcionamento. Para uma anlise completa deste modelo veja Teoria da Propaganda de Chosmky e Herman.

Um vis social pode ser definido como inclinao ou tendncia de uma pessoa ou de um grupo de pessoas que impede julgamentos e polticas imparciais e justas para a sociedade entendida como um sistema social integral.

A teoria de Herman e Chomsky explica a existncia de um vis sistmico dos meios de comunicao em termos de causas econmicas e estruturais ao invs de uma conspirao criada por algumas pessoas contra a sociedade.

Em resumo, o modelo mostra que esse vis deriva da existncia de cinco filtros que todas as notcias precisam ultrapassar antes de serem publicadas e que, combinados, distorcem sistematicamente a cobertura das notcias pelos meios de comunicao.

1. O primeiro filtro - o da propriedade dos meios de comunicao - deriva do fato de que a maioria dos principais meios de comunicao pertencem s grandes empresas (isto , s "corporations").

2. O segundo - o do financiamento - deriva do fato dos principais meios de comunicao obterem a maior parte de sua receita no de seus leitores mas sim de publicidade (que, claro, paga pelas grandes empresas). Como os meios de comunicao so, na verdade, empresas orientadas para o lucro a partir da venda de seu produto - os leitores! - para outras empresas - os anunciantes! - o modelo de Herman e Chomsky prev que se deve esperar a publicao apenas de notcias que reflitam os desejos, as expectativas e os valores dessas empresas.

3. O terceiro filtro o fato de que os meios de comunicao dependem fortemente das grandes empresas e das instituies governamentais como fonte de informaes para a maior parte das notcias. Isto tambm cria um vis sistmico contra a sociedade.

4. O quarto filtro a crtica realizada por vrios grupos de presso que procuram as empresas dos meios de comunicao para pression-los caso eles saiam de uma linha editorial que esses grupos acham a mais correta (isto , mais de acordo com seus interesses do que de toda a sociedade).

5. As normas da profisso jornalista, o quinto filtro, referem-se aos conceitos comuns divididos por aqueles que esto na profisso do jornalismo.

O modelo descreve como os meios de comunicao formam um sistema de propaganda descentralizado e no conspiratrio que, no entanto, extremamente poderoso. Esse sistema cria um consenso entre a elite da sociedade sobre os assuntos de interesse pblico estruturando esse debate em uma aparncia de consentimento democrtico mas atendendo os interesses dessa elite.

No entanto, isso feito s custas da sociedade como um todo que, naturalmente, compem-se de mais pessoas que aquelas que compe sua elite. Uma conspirao, nos Estados Unidos da Amrica, um acordo entre duas ou mais pessoas para cometer um crime ou realizar uma ao ilegal contra a sociedade. Para os autores o sistema de propaganda no conspiratrio porque as pessoas que dele fazem parte do sistema no se juntam expressamente com o objetivo de lesar a sociedade mas isso mesmo que acabam fazendo em funo dos vises descritos.

Chomsky e Herman testaram seu modelo empiricamente tomando "exemplos pareados", isto , pares de eventos que so objetivamente muito semelhantes entre si, exceto que um deles se alinha aos interesses da elite econmica dominante, que se consubstanciam no interesse das grandes empresas, e o outro no se alinha.

Eles citam alguns de tais exemplos para mostrar que nos casos em que um "inimigo oficial" da elite realiza "algo" (tal como o assassinato de um lder religioso), a imprensa investiga intensivamente e devota uma grande quantidade de tempo cobertura dessa matria. Mas quando o governo da elite ou o governo de um pas aliado que faz a mesma coisa (assassinato do religioso ou coisa ainda pior) a imprensa minimiza a cobertura da histria.

De maneira crucial, Herman e Chomsky tambm testam seu modelo num caso que muitas vezes tomado como o melhor exemplo de uma imprensa livre e agressivamente independente: a cobertura dos meios de comunicao da Ofesiva do Tet durante a Guerra do Vietn. Mesmo neste caso, eles encontram evidncias que a imprensa estava se comportando subservientemente aos interesses da elite.

A despeito de todas as evidncias - e exatamente como ele prprio prediz! - o modelo de propaganda (e a maior parte da poltica de Chomsky) tem sido olimpicamente ignorada ou distorcida pelos meios de comunicao (e sem nenhuma refutao).

Chomsky e o Oriente Mdio"Chomsky cresceu dentro de uma tradio cultural hebraica e sionista ".[7] Seu pai era um dos mais distinguidos eruditos da lngua hebraica e ensinava em uma escola religiosa. Chomsky tambm tinha tido uma fascinao e um envolvimento de longa data dentro da esquerda sionista. Como ele mesmo descreveu:

"Eu estava profundamente interessado nos....assuntos e nas atividades sionistas - isto , naquilo que na poca era considerado sionismo - embora as mesmas idias e preocupaes sejam atualmente chamdas de anti-sionistas. Eu estava interessado em opes socialistas e bi-nacionalistas para a Palestina, nos kibbutz e no sistema de trabalho cooperativo integral que tinha se desenvolvido nos assentamentos judeus realizados l (o Yishuv) As vagas idias que eu tinha nesse tempo (1947) eram ir Palestina, talvez a um kibutz, tentar envolver-me nos esforos de cooperao rabe-judaico dentro de uma estrutura socialista oposta ao sistema profundamente antidemocrtico de um estado judeu (uma posio que era muito bem considerada dentro da ala dominante do sionismo)".[8]Ele critica fortemente a poltica de Israel diante dos vizinhos palestinos e rabes. Entre muitos artigos e livros sobre este tema, seu livro The Fateful Triangle considerado um dos principais textos que se opem ao tratamento que Israel d aos palestinos e o apoio que os Estados Unidos do aos governos israelenses.

Chomsky tambm condenava o papel de Israel na "liderana do terrorismo de estado" quando realizava a venda de armamentos para a frica do Sul (nos tempos do apartheid) e para pases da Amrica Latina governados por governos-tteres dos americanos, como por exemplo a Guatemala na dcada que se inicia em 1980. Ele condenava tambm os paramilitares de direita apoiados pelos norte-americanos (ou, de acordo com Chomsky, terroristas) tais como os contras nicaraguenses.[9]Alm disso, ele tem constantemente condenado pelos Estados Unidos darem seu apoio militar, financeiro e diplomtico incondicional aos governos israelenses que se sucedem no tempo.

Chomsky caracteriza Israel como um "estado mercenrio" dentro do sistema de hegemonia dos Estados Unidos. Ele tambm tem criticado ferozmente setores da comunidade judaica por seu papel em obter esse apoio incondicional dos americanos, afirmando que "eles devem mais propriamente ser chamados de 'apoiadores da degenerao moral e, em ltima anlise, da destruio de Israel'".[10] Ele afirma da Liga Anti-Difamao (ADL, das inciais do nome da organizao em ingls):

"O rgo oficial lder da monitorao do anti-semitismo, a Liga Anti-Difamao do Bnai Brith interpreta o anti-semitismo com uma falta de vontade em conformar-se a suas exigncias no que diz respeito ao apoio s autoridades israelenses A lgica clara e direta: anti-semitismo a oposio aos interesses de Israel (como entendidos pela ADL).

A ADL virtualmente abandonou seu papel anterior de organizao de direitos civis, tornando-se 'um dos pilares principais' da propaganda de Israel dentros dos Estados Unidos, como por acaso a imprensa israelense a descreve, engaja em vigilncia, criao de listas negras, compilao de dossis ao estilo do FBI que so circulados entre os associados com o objetivo de difamao, respostas pblicas raivosas contra crticas feitas a aes realizadas por Israel e assim por diante. Esses esforos, sublinhados por insinuaes ou acusaes diretas de anti-semitismo, tm como objetivo defletir ou minar qualquer oposio s polticas de Israel, incluido aqui sua recusa, com o apoio dos Estados Unidos, de revisar sua poltica geral de assentamentos de colonos judeus."[11]As crticasAs fortes crticas que Chomsky faz ao conhecimento convencional que as pessoas tm das reas de Poltica e Histria o transformaram em uma figura controversa. Isto faz com que ele, por sua vez, tambm acabe sofrendo muitas crticas.

Algumas pessoas o acusam de usar citaes e fatos fora de contexto para apoiar seus argumentos ou de citar fontes de legitimidade duvidosa. Muitos tambm o acusam de tolerar, simpatizar ou minimizar as aes dos estados e grupos hosts aos Estados Unidos da Amrica e que esta posio faz com que seu trabalho seja excessivamente centrado em uma abordagem "antiamericana". A abordagem chomskiana da poltica americana seria, portanto, parcial.

Entretanto, Chomsky frequentemente acaba por demonstrar que a maior parte das crticas desses grupos so exageradas e distorcidas. Por exemplo, em seu livro "Depois do Cataclisma: Ps-guerra da Indochina e a Reconstruo da Ideologia Imperialista", Chomsky e Ed Herman afirmam que os meios de comunicao americanos utilizaram testemunhos no consubstanciados de refugiados alm de distorcerem fontes relacionadas s atrocidades do Khmer Vermelho com o objetivo de servir objetivos propagandsticos do governo norte-americano na esteira da Guerra do Vietn.

Algumas das pessoas atingidas pelas correes de Chomsky tm admitido seu erro. O jornalista Jean Lacouture, do New York Review of Books, escreveu que "as correes feitas por Noam Chmosky em meu artigo sobre o Camboja causaram-me grande pesar", admitiu ter feito "srios erros nas citaes" desde a incluso de fontes "questionveis" para os nmeros sobre as vtimas assassinadas, e diz que esses erros lhe trouxeram dvida sobre "a causa que estava tentando defender". Mesmo assim, Lacouture em seguida afirma que "embora tivesse que me considerar culpado pelos erros nos detalhes do meu artigo, eu me considero inocente no que concerne ao seu argumento fundamental". Isto , talvez na verdade ele no aceite as correes.

Mas alguns crticos, tais como Anthony Lewis, ento colunista do New York Times, acusou Chomsky de fazer apologia do Pol Pot. Chomsky contra-argumentou ao dizer que ele sempre reconhecera as atrocidades e a opresso desse regime, por exemplo, afirmando no incio dolivro "Depois do Cataclisma" que "no h dificuldades em documentar as enormes atrocidades e opresso (sofridas pelos cambojados por parte daquele regime), primariamente testemunhadas por refugiados".

Em Consenso Fabricado (igualmente escrito em co-autoria com Ed Herman), Chomsky responde:

"Como tambm notamos no primeiro pargrafo de nosso mais recente livro sobre este assunto (isto , After the Cataclysm) quando consideramos melhor os fatos, podemos concluir que as mais extremas condenaes ao Khmer Vermelho so realmente corretas. Mas mesmo que assim seja, de nenhuma maneira isso deve alterar as concluses a que ns chegamos sobre as questes centrais equacionadas aqui: os fatos disponveis foram selecionados, modificados ou algumas vezes inventados para criar uma certa imagem a ser oferecida populao em geral. A resposta a esta situao parece clara e no pode ser afetada pelo que quer que se descubra no Camboja no futuro"

"Uma reviso desse impressionante exerccio de propaganda causa grande ultraje - o que no muito surpreendente: a resposta e as razes para esta situao so semelhantes ao que acontece dentro do mundo sovitico quando seus dissidentes expem as propagandas fabricadas contra os Estados Unidos, Israel e outros de seus inimigos oficiais."

"Articulistas indignados chegaram a nos retratar como "apologistas dos crimes do Khmer Vermelho" em um estudo que denunciava as atrocidades do Khmer Vermelho (um fato sempre suprimido) e, em seguida, dizia qual notvel era o carter da propaganda Ocidental, nosso assunto, atravs de um estudo de dois volumes no qual tal captulo aparecia."

Alguns pesquisadores que realizaram uma reviso desta controvrsia, como Milan Rai consideram que ela foi parte de uma campanha de propaganda contra Chomsky, campanha esta desenhada para gerar uma necessidade de "defesa interminvel" em resposta a crticas de maneira que ele tivesse de distrair sua ateno de problemas mais substantivos.

Chomsky tambm foi criticado por mencionar em uma entrevista que deu a Salon.com notcias oriundas da organizao no governamental Human Rigths Watch e da Embaixada Alem que informavam que um ataque norte-americano s instalaes da fbrica de medicamentos de al-Shifa provavelmente tinha causado dezenas de milhares de mortos entre civis sudaneses moradores prximos..[12]Os crticos no contestaram os nmeros horripilantes da notcia, mas apenas disputaram qual das instituies fez explicitamente tal afirmativa. Por exemplo, o autor neoconservador Christopher Hitchens afirmou que "De qualquer maneira, esse um jeito muito vulgar, aritmtico e pragmtico de se utilizar um argumento. Se voc quer fazer isso, ento use fatos e nmeros errados, assim voc est realmente 'f'. Voc est duplamente 'f '..[13]J o autor direitista australiano Keith Windschuttle apenas concluiu que Chomsky um mentiroso..[14]David HorowitzO autor direitista americano David Horowitz um dos mais estridentes crticos de Chomsky. Ele tem definido Chomsky como o "Aiatol do dio Anti-Americano" e o "intelecto mais traioeiro na Amrica". Ele diz que Chomsky "tem apenas uma mensagem: a de que os Estados Unidos so o Grande Sat". Entretanto, embora afirme que " fcil demonstrar que todas as afirmaes de todas as pginas existentes em todos os livros que Chomsky tem escrito so fatos distorcidos", Horowitz em seguida escreve que "realmente no h necessidade" de assim o fazer. Notavelmente ele no explicita quais so esses fatos destorcidos e deixa assim pouca coisa a refutar.

Chomsky, por seu lado, no respondeu em detalhes s alegaes de Horowitz afirmando em entrevista que "Eu no li Horowitz. Eu no o li quando ele era um stalinista e eu no o leio hoje."[15] J esta resposta foi contra-argumentada por Horowitz, que disse que ele de fato nunca foi stalinista e que Chomsky de fato teria lido e analisado seus escritos no passado..[16]Entretanto, em artigo publicado pelo The Guardian, um autor da Ramparts Magazine descreve Horowitz como ex-stalinista.[17] Outro artigo, da National Review, tambm menciona Horowitz como antigo stalinista.[18]Acusaes de anti-semitismoO affair Faurisson o nome de uma grande controvrsia em que Chomsky se envolveu ao escrever um ensaio em defesa da liberdade de expresso de Robert Faurisson, um autor que nega que o Holocausto dos judeus tenha realmente existido. Esse ensaio de Chomsky foi ento usado como uma introduo ao livro escrito por Faurisson. Chomsky defendeu Faurisson por causa de suas crenas nas liberdades civis mesmo para aqueles que ele sente que so culpados de "crimes de guerra" e reflete a posio advogada por organizaes de defesa da liberdade civil, como a American Civil Liberties Union. Em vrias ocasies, geralmente por causa do affair Faurisson e de suas crticas a polticos israelenses, Chomsky tem sido acusado de apoiar o anti-semitismo, notadamente no livro de Werner Cohn cujo ttulo "Partners in Hate: Noam Chomsky and the Holocaust Deniers" (ISBN 0-9645897-0-2).[19]Chomsky respondeu s alegaes de Cohn chamando-o de um "mentiroso patolgico"..[20] Em 2002, o presidente da Universidade Harvard Lawrence Summers chamou a ateno ao dizer que a "campanha liderada por Chomsky" para que as universidades americanas se afastem de empresas com capital de israelenses " uma campanha anti-semtica em seus efeitos, se no for em inteno". Os pontos de vista que Chomsky tem expressado sobre estes assuntos tem feito com que, ocasionalmente, seus adversrios polticos, pricipalmente alguns eruditos judeus americanos, o acusem de apoiar o fascismo. De fato, Chomsky v com ceticismo essa campanha embora ele diga que "a compreende e simpatize com os sentimentos subjacentes daqueles que a propem..[21]Crtica recebida dos ativistas palestinosEmbora rotineiramente condene as aes dos governos israelenses no conflito israelo-palestino, Chomsky recentemente vem sofrendo ataques de ativistas pr-palestinos por sua defesa de um plano relativamente moderado que propem dois Estados, o de Israel e o da Palestina, na regio.[22]

HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Noam_Chomsky&printable=yes" \l "cite_note-22#cite_note-22" [23]Chomsky disse que propostas sem significante apoio internacional no so metas realsticas e respondeu que: "Estou aqui tentando defender as coisas muito seriamente: proponho algum tipo de programa de ao que seja factvel, que no tenha iluses; como por exemplo aqueles que propem "aes apenas com base em princpios", que consideram apenas o "realismo" da vida isto , que no consideram o destino das pessoas que sofrem".[24]Notas1. Cortesia de John Soares.

2. a b Revista Zmag, Cincia.

3. Livro Chomsky's Politics, pg.188

4. Livro: "9-11" (pg.76) (sobre o ataque terrorista em Nova Iorque em 11 de setembro de 2001)

5. Livro: Consenso Fabricado

6. CHOMSKY, Noam e HERMAN, Edward S.; A Manipulao do Pblico, Poltica e Poder Econmico no uso da Mdia Editora: Futura; ISBN 85-7413-144-X ISBN 978-85-7413-144-3 Livro em portugus, Brochura - 16 x 23 cm 1 Edio - 2003 - 470 pg.

7. Peck, pg. 11

8. Peck, pg.7

9. Chomsky, Noam. O que o tio Sam realmente quer. Braslia:Editora Universidade de Braslia, 1999.pag. 51-59. ISBN 85-230-0436-X

10. Fateful Triangle, pg.4

11. Matria de Chomsky para Revista Zmag.

12. Entrevista de Chomsky.

13. Christopher Hitchens critica Chomsky.

14. Keith Windschuttle critica Chomsky.

15. Chosmky critica Horowitz.

16. Horowitz rebate as crticas de Chomsky.

17. Sobre Horowitz.

18. Sobre Horowitz.

19. "Partners in Hate: Noam Chomsky and the Holocaust Deniers".

20. Chomsky rebate crticas de Cohn.

21. Crticas a Chomsky.

22. Artigo de Chomsky sobre o Assunto.

23. Artigo de Chomsky sobre o Assunto (2).

24. Chomsky se defende das crticas.

Bibliografia The Official Noam Chomsky Website

Chomsky's MIT homepage

ZNet: Noam Chomsky Archive

Bad News: Noam Chomsky Archive

A-Infos Radio Project: Talks by Noam Chomsky em formato MP3.

Lingustica Logical Structure of Linguistic Theory, 1955

Three Models for the Description of Language, 1956

Syntactic Structures, 1957

Aspects of the Theory of Syntax, 1965

Cartesian Linguistics, 1965

Language and Mind, 1968

Sound Pattern of English (com Morris Halle), 1968

Current Issues in Linguistic Theory, 1970

Studies on Semantics in Generative Grammar, 1972

Reflections on Language, 1975

Essays on Form and Interpretation, 1977

Rules and Representations, 1980

Lectures on Government and Binding: The Pisa Lectures, 1981

Language and the Study of Mind, 1982

Some Concepts and Consequences of the Theory of Government and Binding, 1982

Modular Approaches to the Study of the Mind, 1984

The Logical Structure of Linguistic Theory, 1985

Knowledge of Language: Its Nature, Origin and Use, 1986

Barriers, 1986

Language and Problems of Knowledge. The Managua Lectures, 1987

Language and Thought, 1993

The Minimalist Program, 1995

Derivation by Phase, 1999

New Horizons in the Study of Language and Mind, 2000

Ver tambmOutros projetos Wikimedia tambm contm material sobre este tema:

Citaes no Wikiquote

Imagens e media no Commons

Commons

Wikiquote

Debate Chomsky - Piaget

Chomskybot

Nim Chimpsky

Ligaes extern