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    Revista Brasileira de Fisiologia do Exerccio Volume 2

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    Exerccio como estratgia depreveno e tratamento da osteoporose:

    Potencial e limitaesAmandio A. R. Geraldes1

    1 Professor Assistente da Universidade Federal de Alagoas

    Professor Assistente

    Departamento de Educao Fsica

    Universidade Federal do Alagoas

    Tel: +55-21-3256913

    e-mail: [email protected]

    Resumo

    A osteoporose uma condio patolgicacrnica, associada incidncia de quedas e

    perda de autonomia funcional. As formas depreveni-la vm sendo alvo de estudo. Um estilode vida que envolvam o exerccio regular apontado como estratgia de preveno etratamento, mas os resultados de pesquisasrevelam-se conflitantes. Os objetivos do estudoso: a) descrever as evidncias disponveisquanto evoluo da densidade mineral ssea(DMO) com a idade; b) analisar o papel quepoderia ser atribudo ao exerccio fsico emsua preveno e tratamento. A reviso daliteratura indica que pessoas ativas tendem apossuir densidade ssea mais elevada do quea populao em geral. Exerccios que incluam

    Exercise as a strategy forosteoporosis prevention and treatment:Potential and limitations

    AbstractOsteoporosis is a chronic pathological

    condition associated with falls and lossof functional autonomy. Means to prevent

    it have been studied. A lifestyle involvingregular exercise is pointed out as astrategy for prevention and treatment, butdifferent studies come to conflictingconclusions. The present study aims at: a)describing available evidence concerningthe evolution of bone mineral density(BMD) with age; b) analyzing the role thatphysical exercise could play in theprevention and treatment of osteoporosis.Literature revision indicates that active

    individuals are likely to present moreelevated bone density than the populationin general. Exercises involving body mass

    1 Assistant Professor, Alagoas Federal University

    Professor Assistente

    Departamento de Educao Fsica

    Universidade Federal do Alagoas

    Tel: +55-21-3256913

    e-mail: [email protected]

    Amandio A. R. Geraldes1

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    o suporte do peso corporal contra a gravidadeparecem ser os mais indicados para um possvelaumento ou manuteno da DMO. Atividadessem impacto ou sobrecarga acentuada, como

    as sobre rodas ou em meio aqutico, parecemno ter o mesmo efeito. Alm disso, hevidncias de que aumentos no volume deatividade fsicas em crianas e jovens estoassociados a uma maior DMO geral,influenciando na estrutura ssea em idadesavanadas. A prtica de exerccios na idadeadulta possuiria menor potencial dediminuio dos riscos para a doena eincidncia de fraturas a ela associadas.

    Palavras-chaves: envelhecimento, sade,osso, fisiologia ssea, treinamento, atividadesaquticas

    1) Introduo

    Kelley (1998) define osteoporose como umadoena esqueltica sistmica, caracterizadapor baixa massa e deteriorao damicroestrutura do tecido ssea, levando fra-

    gilidade ssea e maior risco para as fraturas. Adoena caracteriza-se pelo decrscimo da mas-sa ssea, levando os ossos a uma maiorsuscetibilidade a fraturas. Uma queda, panca-da, a ao de se levantar de uma cadeira oumesmo o esforo de uma caminhada, pode, emportadores da osteoporose, provocar fraturasem um ou mais ossos. Nos Estados Unidos adoena afeta aproximadamente 28 milhes depessoas, na sua grande maioria mulheres (Nel-

    son, 2000). Mais de 1,5 milho de fraturas ocor-rem todos os anos em decorrncia daosteoporose naquele pas, o que claramenteidentifica esta doena como um problema desade pblica. Os locais mais comuns de fra-tura incluem o tero inferior do antebrao (pu-nho), vrtebras e quadris (ACSM, 1995). Asestimativas dos custos com os cuidados mdi-cos relacionados com estes trs tipos de fratu-ras, em mulheres caucasianas com 45 ou mais

    anos de idade, esto projetadas para 45,2 mi-

    against the support of gravity seem to bethe most likely to increase or maintainBMD. Activit ies lacking impact oroverload, such as on-wheels or aquatic

    exercise, do not seem to present the sameeffect. Moreover, there is evidence that anincrease in the volume of physical activityin childhood and youth is associated witha higher general BMD, with consequencesfor bone structure later in life. Exercisepractice in adulthood would have a lowerpotentia l for diminishing osteoporosisand the incidence of associated fractures.

    Keywords: aging, health, bone, bonephysiology, training, aquatic exercises

    1) IntroductionKelley (1998) defines osteoporosis as a

    systemic skeletal disease characterized bylow bone mass and micro-architecturaldeterioration of bone tissue, with aconsequent increase in bone fragility andrisk of fracture. It is characterized by adecrease in bone mass, which makes bonesmore susceptible to fractures. A fall, astroke, the simple act of rising from a chair,or even the effort of walking can fractureone or more bones in osteoporosispatients. In the United States, it affectsnearly 28 million people, mostly women(Nelson, 2000). More than 1.5 millionfractures occur every year due toosteoporosis, a fact that clearly identifiesthis disease as a public health issue. Bonesegments most commonly affected byfractures include the lower third of theforearm (wrist), the vertebrae and the hip(ACSM, 1995). Costs of medical carerelated to these three types of fracture inCaucasian women aged 45 and over areestimated at 45.2 million dollars over thenext 10 years. Brazil sorely lacks reliablestatistics on the prevalence ofosteoporosis. Traditional databases suchas those provided by DATASUS, the HealthMinistry and the Brazil ian Inst itute ofGeography and Statistics (IBGE) have

    been unsuccessfully consulted.

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    lhes de dlares, ao longo dos prximos 10anos. No Brasil h uma grande carncia de es-tatsticas que possam oferecer um quadroconfivel da prevalncia da doena. Bases de

    dados tradicionais como a do DATA-SUS,Ministrio da Sade, IBGE e outras foramconsultadas, sem sucesso. No entanto, algu-mas estimativas sugerem que at o ano 2000cerca de 15 milhes de brasileiros estaro pro-pensos a desenvolver a osteoporose, o que re-presenta uma parcela importante da popula-o acima dos 50 anos1.

    Como acontece com qualquer outra doenacrnica, a preveno das fraturas osteoporticas hoje, foco de muita pesquisa e debate. Asmedidas preventivas incluem modificaes noestilo de vida, nos hbitos nutricionais e naprtica de exerccios, bem como a administra-o de agentes farmacolgicos, como porexemplo a reposio hormonal (estrognio)(Ralston, 1997). Por outro lado, em sua prticao profissional que lida com exerccio no rarotem dvidas quanto ao real potencial de con-tribuio de sua atividade na preveno e tra-tamento da doena. O fato que os prpriosdados oriundos das pesquisas disponveis fa-vorece ainda mais esses contantesquestionamentos e incertezas. Desta forma, osobjetivos do presente esforo de reviso so:a) expor resultados de pesquisas referentes evoluo da densidade ssea com a idade; b)apresentar sugestes para a preveno e trata-mento da osteoporose, no que diz respeito aopapel que poderia ser atribudo ao exercciofsico.

    2) Osteoporose: conceitos, definies eevoluo

    Para McClung (1999) a osteoporose podeser definida como uma doena generalizadado esqueleto sseo, caracterizada por diminui-o da densidade mineral e alteraes na ar-quitetura dos ossos, predispondo os seus por-

    tadores s fraturas. Devido ausncia de sin-

    Nevertheless, some estimates suggest thatby year 2000, nearly 15 millionBraz ilians, represen ting a signi ficantsegement of the population 50 years of age

    and over, will be at risk to developosteoporosis1.

    Like many other chronic diseases,osteoporotic fractures are presently thesubject of a great deal of research anddebate. Preventive measures includechanges in lifestyle, nutritional habits andexercise practice, as well as medication,such as hormone replacement therapy(estrogen) (Ralston, 1997). On the otherhand, professionals dealing with exercise

    have doubts concerning the potentialcontribution of exercise to the preventionand treatment of osteoporosis. The truthis that available research data favors thisconstant questioning and uncertainty.Therefore, the present literature revisioneffort aims at presenting: a) researchresults concerning bone density evolutionwith age; b) suggestions concerning therole exercise might play in the preventionand treatment of osteoporosis.

    2) Osteoporosis: concepts,definitions and evolution

    McClung (1999) defines osteoporosis asa generalized skeletal disease,characterized by a decrease in bone mi-neral density and alterations in bonearchitecture, which predisposes itspatients to fractures. Due to the absenceof symptoms, people may lose bone mass

    for years (osteopenia) before realizingthe existence of osteoporosis, when moresevere morbid episodes happen. For thisreason, some authors and medicalassociations see it as a silent disease(National Institute of Health - NIH, 2000).Garnero and Delmas (1997) sum up thisconceptual clinical approach quoting theinternational consensus for osteoporosisdefinition: ... systemic skeletalprogressive disease characterized by low

    bone mass and bone tissue deterioration

    1 Site da Unidade de Diagnstico e Densitometria ssea (UDDO) - http://uddo.com/osteoporose/

    1 Diagnosis and Bone Densitometry Unit (UDDO) Website - http://uddo.com/osteoporose/

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    tomas as pessoas podem perder massa sseadurante anos (osteopenia), mas s perceberema existncia da doena na ocorrncia de epis-dios mrbidos mais graves. Por este motivo,

    alguns autores e associaes mdicas a tmcomo uma doena silenciosa (NationalInstitute of Health - NIH, 2000). Garnero eDelmas (1997) sintetizam esta abordagemconceitual clnica, citando o consenso inter-nacional para definio de osteoporose: ...do-ena progressiva do sistema esqueltico, ca-racterizada por baixa massa ssea e deteriora-o do tecido sseo, com um conseqente au-mento da fragilidade dos ossos, tornado-os

    suscetveis a fraturas. (p.913). Os mesmos au-tores tambm avanam um conceito mais tc-nico e menos clnico, denominado de concei-to densitomtrico da osteoporose. O conceitobaseia-se no fato de que a medida da densida-de mineral ssea forma a base do diagnsticoda osteoporose. Assim, limiares de densidademineral ssea (DMO) tm sido propostos, ba-seados na diferena entre o atual valor da DMOe a mdia terica do pico de massa ssea de

    jovens adultas saudveis, sendo expressoscomo uma frao do desvio padro. Dois limi-ares tm sido propostos: o primeiro define, narealidade, a situao da osteoporose j insta-lada; o segundo mais apropriado para a pre-veno da perda da DMO no momento da ocor-rncia da menopausa na qual, embora no hajaa osteoporose propriamente dita, a DMO japresenta diminuio significativa(osteopenia). Nesta classificao, a

    osteoporose definida por um valor de DMOque represente um desvio padro, para menos,igual ou maior que 2,5 quando comparada comos valores mdios da DMO de uma mulherjovem e saudvel.

    Bowman e Spangler (1997) sugerem que aosteoporose poderia ser classificada em doistipos, de acordo com a sua origem e a pocaem que se manifesta: osteoporose primria eosteoporose secundria. A osteoporose prim-ria, por sua vez, classificada em dois subtipos:

    with consequent increase in bone fragility,which makes them susceptible tofractures . (p.913). The same authorsdeveloped a more technical and less

    clinical concept for osteoporosis: thedensitometric concept. This concept isbased upon the fact that bone mineraldensity allows a diagnosis ofosteoporosis. Thus, bone mineral density(BMD) thresholds have been proposedbased on the difference between presentBMD values and the theoretical mean ofpeak bone mass in healthy young women,expressed as a standard deviationfract ion. Two thre sholds have been

    proposed: the first actually defines anexisting osteoporosis situation; thesecond is more appropriate for BMD lossprevention at menopause, whenosteoporosis is not present yet but BMDhas already been significantly decreased(osteopenia). In this classification system,osteoporosis is defined by a BMD valuethat represents a 2.5 standard deviationwhen compared to BMD mean values inhealthy young women.

    Bowman and Spangler (1997) suggestthat osteoporosis can by assigned to twotypes, according to its origin and periodof manifestation: primary and secondaryosteoporosis. Primary osteoporosis, inturn, could be assigned to two subtypes:type I (associated with estrogendeficiency) and type II, or senileosteoporosis (related to age). Type Iosteoporosis predominantly affectstrabecular bones, especially vertebral

    bodies and the distal part of the radius,presenting an yearly BMD loss rate of 3%to 5%. Type II or senile osteoporosis affectsboth cortical and trabecular bones,especially hip bones (Thacker, 1997). Inthis case, BMD yearly loss isapproximately 1% (Bowman, Spangler,1997). These authors say that bone massdensity loss throughout life is estimatedbetween 30% and 40% for women, andbetween 20% and 35% for men, in relation

    to the period of peak bone mass. As for

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    secondary osteoporosis, it generallyresults from drug ingestion or otheridentifiable diseases, such as multiplemyeloma or Cushing syndrome.

    Severe or established osteoporosis ischaracterized by one or more fragility-related fractures, usually affecting wrists,vertebrae or hips. One of the mostimportant determinants of future fracturesis the bone mineralization level inadulthood, also called peak bone mass.Estimates show that peak bone mass isreached in the last stages of puberty, andthat 40% to 60% of it is obtained inadolescence (Katzman et al., 1991). The

    cortical peak bone mass is influenced bygender, race, nutrition, exercise and ge-neral health. Bone mass is 30% higher inmen than in women, and nearly 10%higher in black than in white populations.In every population, bone mass presentsindividual variations. One out of twowomen and one out of eight men aged 50and over report fractures related toosteoporosis (Chow et al., 1989).Moreover, Bowman and Spangler (1997)

    observe that, among all possibleosteoporosis risk factors, genetics, as wellas primary and secondary menopause, maybe the most important. Haapasalo et al.(1998) state that genetic factors areresponsible for 60% to 80% of individualvariations in peak bone mass. The other20% to 40% are determined byenvironmental factors such as nutritionand physical activity.

    After reaching its peak mineralization,

    bone mass initiates its lifelong decliningprocess due to remodeling imbalance.Bones lose both their collagenous matrixand their mineral content, but keep theirbasic organization. In women, bone massdecreases rapidly during the three to sevenyears subsequent to menopause (Marcuset al., 1992; Prior et al., 1996). Chow etal. (1989) recall that in women, resorptionexceeds bone formation as womenapproach their forties. Men, in turn, are

    likely to present a slower but longer BMD

    osteoporose do tipo I (associada com defici-ncia de estrognio) e osteoporose do tipo IIou senil (relacionada com a idade) aosteoporose do tipo I incide principalmente

    sobre os ossos trabeculares, afetando os cor-pos vertebrais e a parte distal do rdio, apre-sentando uma taxa de perda da DMO em tornode 3% a 5% ao ano. Na osteoporose do tipo II,tambm denominada de osteoporose senil, tan-to os ossos corticais quanto os trabeculares,tendo uma maior incidncia sobre os ossos dosquadris (Thacker, 1997). Neste tipo deosteoporose, a perda da DMO situa-se em tor-no de 1% ao ano (Bowman, Spangler, 1997).

    Estas autoras observam que a perda da densi-dade da massa ssea durante o decorrer da vida, estimada entre 30% e 40% para as mulherese 20% e 35% para os homens, em relao poca de pico da massa ssea. Em relao osteoporose secundria, geralmente resulta daingesto de medicamentos ou de doenasidentificveis, por exemplo, o mieloma mlti-plo ou a sndrome de Cushing.

    considerada osteoporose severa, ouestabelecida, aquela caracterizada pela ocor-rncia de uma ou mais fraturas por fragilidade,usualmente nos punhos, vrtebras ou quadril.Um dos maiores determinantes do risco de fu-turas fraturas refere-se ao nvel demineralizao ssea na idade adulta, tambmdenominado de pico da massa ssea. Esti-ma-se que o pico da massa ssea seja atingidodurante os ltimos estgios da puberdade, sen-do que 40% a 60% deste obtido durante osanos da adolescncia (Katzman et al., 1991).O pico de massa ssea do osso cortical influ-enciado pelo sexo, raa, nutrio, exerccio ea sade global. A massa ssea 30% maior noshomens que nas mulheres, e aproximadamen-te 10% mais alta na populao negra do quena branca. Em cada populao, a massa sseapode variar entre os indivduos. Uma em cadaduas mulheres e um em cada oito homens comidades superiores a 50 anos, relatam fraturascorrelacionadas com a osteoporose (Chow et

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    decrease. In women, trabecular bonesdecrease at a 1% to 2% yearly rate,accelerating to 2% to 10% aftermenopause. McArdle et al. (1999) obser-

    ve that, in men, there is yearly bone lossof approximately 0.4% after their fifties.Cortical bones lose density at loweryearly rates: 0,05% before and 3% aftermenopause. There is evidence that BMDaccumulated during growth, as well asbone loss rates after the 30 years of age,are important determinants of thepotential for developing the disease atolder ages (Bass et al., 1998, Slemenda etal., 1991, Welten et al., 1994). Heaney

    (1998) states that, since the bone tissue issubject to daily stress, old bones areconstantly resorbed by osteoclasts, whilenew bones are formed by osteoblasts.Osteoporosis physiopathology seems toinvolve both osteoclastic hyperactivity,resulting in abnormal and deep resorptioncavities, and osteoblastic activity decli-ne, resulting in incomplete obturation ofthese cavities. Although bone remodelingoccurs in all parts of the skeleton,

    rotativity is higher in trabecular bonesthan in dense cortical bones. Sincetrabecular bones are more reticulated, orspongier, the segments in which theyprevail (namely, the vertebral bodies, thedistal part of the radius and the proximalpart of the femur) have a greaterpropensity for osteoporosis effects andconsequent fractures (Bowman, Spangler,1997).

    3) Osteoporosis, Risk of Falls andFractures

    Levinson and Atkorn (1998) point outthat osteoporotic fractures, especiallythose affecting the hip, are associated withfunctional decline, as well as to a decreasein quality of life and life expectancy. Infact, the incidence of falls and the severityof related complications increase withage, progressively impairing functional

    independence. According to Jorgensen et

    al., 1989). Alis, Bowman e Spangler (1997)observam que, dentre os possveis fatores derisco para a osteoporose, a gentica e a ocor-rncia da menopausa primria ou secundria

    podem ser os mais importantes. Haapasalo etal. (1998) citam que os fatores genticos soresponsveis por 60 a 80% da variaointerindividual no pico da massa ssea. O res-tante (20-40%) determinado por fatoresambientais como a nutrio e a atividade fsi-ca.

    Aps alcanar o seu pico de mineralizao,a massa ssea inicia seu declnio, processo queocorre durante toda a vida devido aodesequilbrio na remodelagem. Os ossos per-dem tanto a sua matriz colgena, quanto con-tedo mineral, mas retm sua organizao b-sica. Nas mulheres, a massa ssea decresce ra-pidamente durante os trs a sete anos imedia-tamente aps a menopausa (Marcus et al., 1992;Prior et al., 1996). Chow et al. (1989), lem-bram que em mulheres, a reabsoro excede aformao ssea quando elas se aproximam dos40 anos. J os homens tendem a ter a diminui-o da DMO em menores ritmos, mas por per-odos mais longos de tempo. No sexo femini-no, o osso trabecular decresce em uma taxa de1 a 2% ao ano, passando para 2 a 10% anuaisaps a menopausa. McArdle et al. (1999) ob-servam que, no sexo masculino, a perda ssea de aproximadamente 0,4% ao ano, inician-do-se a partir dos 50 anos. Os ossos corticaisperdem densidade em taxas menores, 0,05%antes da menopausa e 3% por ano aps a me-nopausa. importante lembrar que h evidn-cias de que a DMO acumulada durante o cres-cimento, assim como as taxas de perda sseaaps os 30 anos de idade, so importantesdeterminantes do potencial em se desenvol-ver ou no a doena em idades mais avana-das (Bass et al., 1998, Slemenda et al., 1991,Welten et al., 1994). Heaney (1998), reportaque estando o tecido sseo sujeito ao estressedo dia a dia, o osso antigo constantementereabsorvido pelos osteoclastos, enquanto osso

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    novo formado pelos osteoblastos. Afisiopatologia da osteoporose parece envolveruma hiperatividade dos osteoclastos, o que resul-ta em cavidades de reabsoro profundas e anor-

    mais, concomitantemente a um declnio da ativi-dade dos osteoblastos, resultando em obturaesincompletas dessas cavidades. Embora aremodelagem ssea ocorra em todos os locais doesqueleto, a rotatividade mais rpida nos ossostrabeculares, quando comparados com os densosossos corticais. O osso trabecular mais reticuladoou esponjoso; locais com predominncia de ossotrabecular esto mais propensos aos efeitos daosteoporose e conseqentemente fraturas, prin-

    cipalmente na regio dos corpos vertebrais, partedistal do rdio e proximal do fmur (Bowman,Spangler, 1997).

    3) Osteoporose, Risco de Quedas eFraturas

    Levinson e Atkorn (1998) lembram que as fra-turas osteoporticas, especialmente as de quadril,associam-se com o declnio do estado funcional

    e com a diminuio da qualidade e expectativade vida. De fato, a incidncia de quedas e a seve-ridade das complicaes aumentam com a idade,comprometendo progressivamente a independn-cia funcional. Segundo Jorgensen et al. (1996), aincidncia das fraturas osteoporticas est aumen-tando espera-se que, em 2050, afligiro mais de6 milhes de pessoas em todo o mundo. As mu-lheres so mais frgeis que os homens em todas asidades, por este motivo, a incidncia de quedas e

    fraturas de quadril no sexo feminino, 2 a 3 vezessuperior a apresentada pelos homens (Rhodes etal., 2000). A ttulo de exemplo, sabe-se que asfraturas de quadril, em mulheres com 50 anos deidade, apresentam uma proporo de 2:1000,aumentando para 10:1000 aps os 70 anos. OU.S. Preventive Services Task Force (1996) re-portava que cerca de 1,3 milho de fraturasosteoporticas ocorrem a cada ano nos EUA.

    Gardner et al. (2000), reportam que um tero

    das pessoas com 65 ou mais anos de idade

    al. (1996), osteoporotic fracturesincreasingly prevalent there areestimates showing that, in 2050, they willafflict more than 6 million people

    worldwide. Women are more vulnerablethan men at all ages: falls and hipfractures are two to three times morefrequent in women than in men (Rhodes etal., 2000). Hip fractures in 50-year-oldwomen occur at a 2:1000 proportion,which increases to 10:1000 in women overseventy. The U.S. Preventive Services TaskForce (1996) reported that nearly 1.3million osteoporotic fractures occur in theUSA every year.

    Gardner et al. (2000) report that onethird of people over 65 fall at least once ayear. According to the authors, falls arethe most common cause of injuries inpeople at this age and older, and mayresult in hospitalization and death.Kannus et al. (1999) observe that trauma-related injuries represent the fifth mostcommon cause of death among the elderlyin the USA. Many of these fatal injuriesare related to falling episodes

    approximately 5% to 11% of fallsaffecting the elderly result in fracturesand other serious impairments(Henderson et al., 1998; Orwoll, 1998).Elderly injuries and deaths caused by fallsrepresent an important public healthissue, especially when one knows that theelderly population growth is a worldwidephenomenon. Nearly one third of peopleaged 65 and over living in theircommunities, and more than half of those

    interned in institutions, fall at least oncea year. Nearly 50% of these individualsmay fall more than once a year(Henderson et al., 1998). Peel and Eastell(1995) suggest that one out of two womenand one out of six men at 90 years of agehave presented osteoporosis-relatedfractures. Nearly 15% of patients with hipfractures die in the first monthssubsequent to the episode, with mortalityrate reaching 30% within a year (Chow

    et al., 1989). Fifty percent of those who

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    caem, pelo menos uma vez, a cada ano. Se-gundo os autores as quedas so as mais co-muns causas de leses para pessoas com estaidade ou mais velhas, podendo resultar em

    internamento e morte. Kannus et al. (1999)observam que as leses por trauma represen-tam a quinta causa de morte em adultos idososnos EUA. Muitas dessas leses fatais so rela-cionadas a episdios de quedas aproxima-damente 5 a 11% das quedas sofridas por ido-sos resultam em fraturas e outros prejuzos s-rios (Henderson et al., 1998; Orwoll, 1998).Leses e mortes induzidas por quedas em ido-sos representam um problema de sade pbli-

    ca importante, principalmente quando se sabeque o crescimento desta parcela da populao um fenmeno mundial. Cerca de 1/3 das pes-soas com 65 ou mais anos de idade, vivendoem comunidade, e mais da metade das inter-nadas em instituies, caem ao menos uma vezpor ano. Cerca de 50% destes indivduos po-dem vir a sofrer mais de uma queda anual(Henderson et al., 1998). Peel e Eastell (1995)sugerem que uma em cada duas mulheres, e

    um em cada seis homens apresentam, aos 90anos de idade, ocorrncia de fraturas relacio-nadas com a osteoporose. Ora, estima-se que15% dos pacientes com fraturas de quadrilmorrem nos primeiros meses que se seguem sua ocorrncia, mortalidade que pode chegara 30% aps um ano (Chow et al., 1989). Cin-qenta por cento daqueles que sobrevivemaps uma queda, no retornam aos seus nveisiniciais de funcionalidade e passam a necessi-

    tar de acompanhamento (Levinson, Atkorn,1998). Entende-se pois, a importncia de iden-tificar as pessoas com risco aumentado e inici-ar medidas preventivas o mais cedo possvel.

    Para Henderson et al. (1998), a atividade f-sica poderia contribuir positivamente de duasformas, na preveno das fraturas resultantesda osteoporose: a) aumentando a fora do ossoatravs da otimizao da DMO; b) pelo au-mento da fora muscular nos membros inferi-ores, o que reduz potencialmente os riscos de

    survive a fall do not recover their initialfunctional levels and become dependanton attendance (Levinson, Atkorn, 1998).Therefore, it is important that people with

    increased vulnerability are identified andthat preventive measures are as soon aspossible taken.

    According to Henderson et al. (1998),physical act ivity could posi tivelycontribute to preventing fracturesresultant from osteoporosis by: a)increasing bone strength through BMDoptimization; b) increasing upperextremity muscular strength, thuspotentially decreasing the risk of falls.

    Gardner et al. (2000) complement theseobservations, stating that strength andbalance exercises play a central role infall prevention programs. Fi nally,reinforcing the role of regular physicalactivity in preventing osteoporoticfractures, Peel and Eastell (1995) obser-ve that the incidence of osteoporoticfractures has increased more thanexpected, even considering the aging ofthe population. According to the authors,

    this could be a result of alterations inbehavior standards concerninginadequate physical activity andnutritional habits in the last decades.

    4) Physical Activity, Risk andOsteoporosis Treatment

    Li terature suggests that exercisesinvolving body weight transportation mayreduce loss of bone mass (Grimston et al.,

    1993; Taaffe et al., 1997), while supinerest and physical inactivity are more likelyto have the opposite effect (Kerr et al.,1996). Donaldson et al. (1970) observedthat osteopenia related to lack of useoccurs locally in fractured or hemiplegicpatients and becomes generalized inquadriplegic ones. The authorsdemonstrated that male adults submittedto absolute rest for 30 to 36 weeks presentmonthly loss of bone mass equivalent to

    0.5% of total body calcium. Krolner et al.

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    (1983) found weekly losses of up to 0.9%in patients with disc herniation whoremained in bed for four weeks. Donaldsonet al. (1970) observe that mineral bone

    recovery starts immediately after walkingis resumed.

    Sedentarism-related risk of osteopeniais increased in situations of hormonedeficiency. Chow et al. (1989) observedthat, although it is a highly prevalentdisease among the elderly, osteoporosisespecially affects white menopausalwomen. Morbidity is so high amongwomen that for each male patient, eightwomen may be affected (an 8:1

    proportion). The authors cited statisticsindicating that one out of four women willprobably develop the disease. Accordingto Wiggins and Wiggins (1997), afterreaching their peak bone mass, between18 and 25 years of age, both men andwomen start BMD progressive decrease ata an annual rate of 0.3% to 0.5%. Atmenopause, due to estrogen deficiency,bone resorption acceleration occurs. Fromthen on, women experience an abrupt BMD

    decline that can reach rates ten timeshigher than the previous ones (3 to 5%yearly). In fact, bone mass loss is likely toaccelerate after menopause, even withadequate calcium supply and exercise.The sooner menopause occurs, the worsethe osteoporosis is likely to be.

    Peel and Eastell (1995) defend hormonereplacement therapy as the most effectivepreventive measure against osteoporosis.The authors state that, although estrogen

    activity is not completely understood, themost accepted theory says that it caninhibit osteoclastic actuation.Osteoclasts, in their turn, would haveestrogen receptors that, once activated,would inhibit interleukin synthesis. Sinceinterleukins are potent stimulators ofresorption, estrogen activity is likely toreduce bone catabolic metabolism (Clapp,Li tt le, 1995). Thacker (1997) observesthat women surgically menopaused

    abruptly stop producing estradiol and

    quedas. Gardner et al. (2000) complementamestas observaes citando que os exercciosque objetivam o aumento da fora e do equil-brio possuem um papel central nos programas

    de preveno de quedas. Finalmente, e refor-ando o papel da atividade fsica regular napreveno das fraturas osteoporticas, inte-ressante notar a observao de Peel e Eastell(1995), de que a incidncia das fraturasosteoporticas tem aumentado mais do que oesperado, mesmo considerando o envelheci-mento populacional. Segundo os autores, issopoderia ser reflexo das alteraes, nas ltimasdcadas, nos padres comportamentais no que

    diz respeito prtica de atividades fsicas ehbitos alimentares inadequados.

    4) Atividade Fsica, Risco e Tratamentoda Osteoporose

    A literatura sugere que os exerccios queimplicam no transporte do prprio peso po-dem reduzir a perda da massa ssea (Grimstonet al., 1993; Taaffe et al., 1997), enquanto o

    repouso no leito ou a inatividade fsica ten-dem a exercer papis opostos (Kerr et al., 1996).Donaldson et al. (1970) observam que o qua-dro de osteopenia por desuso, ocorre local-mente em pacientes com fraturas ouhemiplegias e, torna-se generalizada em paci-entes com quadriplegia. Os autores demons-traram, que adultos do sexo masculino, sub-metidos a repouso absoluto no leito, por per-odo compreendido entre 30 e 36 semanas, apre-

    sentaram perdas equivalentes a 0,5% do cl-cio corporal total/ms. Krolner et al. (1983)constataram perdas de at 0,9% do clcio s-seo a cada semana em pacientes com hrnia dedisco, quando acamados durante quatro se-manas. Donaldson et al. (1970) lembram que arecuperao do mineral sseo perdido inicia-se imediatamente ao reiniciar-se adeambulao.

    O potencial de risco do sedentarismo para a

    osteopenia aumentado em quadros de defi-

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    reduce androgen production by half. Thismay bring consequences related toestrogen deficiency, such as severeurogenital atrophy, osteoporosis and the

    possibi lity of developing cardiacdiseases. Bowman and Spangler (1997)state that even women with one or tworemaining ovaries present increased riskfor osteoporosis and may need hormonereplacement therapy.

    Although posi tive effects of hormonereplacement on BMD maintenance andgain in menopaused women have been welldocumented, some authors still dispute itsuse. One of its possible contraindications

    would be its correlation with cancerincidence, especially breast cancer(Adami, Pearson, 1995; Northrup, 1997).Nevertheless, Thacker (1997) reminds usthat although estrogen theoretically mightpromote the growth of a pre-ex istentbreast cancer, meta-analysis studies havefailed to demonstrate differences inbreast cancer incidence between womenwho are undergoing hormonereplacement therapy and those who are

    not (Dupont, Page, 1991). From the resultsof BMD studies in amenorrheic womenathletes, Clapp and Little (1995) infer thatexercise alone cannot compensate forestrogen deficiency effects.

    Nevertheless, studies have demonstratedthe synergy between exercise and estrogenduring menopause. Notelovitz et al.(1993), for instance, developed an expe-rimental study in surgically menopausedwomen. After being submitted to a one-

    year- long weight -training program inassociation with hormone replacementtherapy, subjects presented a significantincrease in BMD in comparison to thecontrol group. Chow et al. (1987) alsoobserved a nearly 17% increase in BMDin 38 osteoporotic patients after anintervention consisting of a one-year-longexercise program in addition to hormonereplacement. Comparing the effects of a11-month physical training program

    involving 54 elderly women divided into

    cincia hormonal. Chow et al. (1989) obser-vam que, apesar de ser uma doena de altaprevalncia entre os idosos, de forma geral aosteoporose afeta, principalmente, mulheres

    brancas menopausadas. A maior morbidade nosexo feminino tal, que para cada homem quea desenvolve, pode-se esperar encontr-la emoito mulheres (proporo de 8:1). Os autoresmencionam estatsticas, indicando que umaem cada quatro mulheres, provavelmente, de-senvolver a doena no decorrer de sua vida.Segundo Wiggins e Wiggins (1997) aps atin-gir o pico da massa ssea, em algum perodoentre 18 e 25 anos, ambos, homens e mulheres,

    iniciam uma diminuio progressiva da DMO,equivalente a 0,3% a 0,5% ao ano. No mo-mento da ocorrncia da menopausa, devido deficincia de estrognio ocorre uma acelera-o da reabsoro ssea. A partir da, as mu-lheres experienciam um declnio abrupto daDMO, que pode chegar a uma taxa dez vezesmaior que as precedentes (3 a 5% anuais). Defato, a perda da massa ssea tende a acelerar-seaps a ocorrncia da menopausa, mesmo com

    o suprimento adequado de clcio e exerccio.Quanto mais cedo ocorrer a menopausa, maiora tendncia em ser pior a osteoporose.

    A terapia de reposio hormonal defendi-da por Peel e Eastell (1995) como o meio maisefetivo de preveno contra a osteoporose. Osautores citam que, embora a maneira pela qualo estrognio atua ainda no seja totalmenteconhecida, a teoria mais aceita a de que podeatuar inibindo a ao dos osteoclastos. Por suavez, estes possuiriam receptores para oestrognio que, uma vez ativados, inibiriam asntese de interleucinas. Ora, as interleucinassendo potentes estimuladores da reabsorossea, a atuao do estrognio tende a reduziro metabolismo catablico dos ossos (Clapp,Little, 1995). Thacker (1997) observa que asmulheres cirurgicamente menopausadas per-dem, abruptamente, toda a produo deestradiol e aproximadamente metade da pro-duo de andrognios. Com isso, podem vir a

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    control group (n = 10); exercise group (n= 18) and exercise + hormonereplacement therapy group (n = 16), Kohrtet al. (1998) demonstrated significant

    improvement in the two last groups. Thegroup combining both strategiespresen ted an even higher increase inBMD. It is interest ing to note that theauthors also observed that, six monthsafter the intervention, the groupsubmitted to hormone replacementtherapy had not only preserved BMD buthad also decreased body fat, especiallyin the abdominal region.

    Another result of physical inactivity is

    its impact on body weight andcomposition. The American College ofSports Medicine ACSM (1995) mentionsthat some studies have identifiedcorrelations between BMD and fat mass,but reasons for this have not beencompletely understood. Two theories havetried to explain the phenomenon: a)adiposity would favor additional non-specific overload through increase in bodyweight (mechanical stress); b) increase in

    adiposity would benefit the skeleton byincreasing estrogen circulation (hormonalregulation). Elon (1996) mentions the 1995results reported by the project known asthe Study of Osteoporotic FracturesResearch Gro up, which dealt withosteoporosis risk factors, confirming thatheavy women would present lower risk forhip fracture. The National OsteoporosisFoundation (NOF) has confirmed this byfinding tha t women with body weight

    lower than 57 kilos present increased riskfor osteoporosis and related fractures.

    There is evidence of the benefits ofphysical activity for osteoporo sisprevention and treatment, as well as for adecrease in the incidence of falls, in theelderly population. Although effects ofphysical activity on the skeletal systemhave not been totally established, dataderived from most transversal studies havesuggested a significant correlation

    between BMD and physical activity levels.

    sofrer as conseqncias da deficincia deestrognio, tais como atrofia severa urogenital,osteoporose e a possibilidade de desenvolverdoenas cardacas. Bowman e Spangler (1997)

    afirmam que mesmo as mulheres com um oudois ovrios remanescentes, tambm tm acres-cido o risco de osteoporose, podendo vir anecessitar de terapia de reposio hormonal.

    Embora os efeitos positivos da reposiohormonal na manuteno e ganho da DMOem mulheres menopausadas tenham sido bemdocumentados, alguns autores ainda levantamcontrovrsias sobre sua utilizao. Uma daspossveis contra-indicaes deste tipo de tra-tamento seria sua correlao com a incidnciade cncer, principalmente o de mamas (Adami,Pearson, 1995; Northrup, 1997). Thacker(1997), porm, lembra que embora o estrognioseja um hormnio que, em teoria, possa pro-mover o crescimento de um cncer de mamapr-existente, estudos de meta-anlise falha-ram em demonstrar diferenas na incidnciada doena, comparando-se mulheres submeti-das reposio hormonal com mulheres queno fazem uso do tratamento (Dupont, Page,1991). Clapp e Little (1995), a partir dos resul-tados de estudos da DMO em mulheres atletasamenorreicas, so categricos ao afirmar queo exerccio, por si s, no pode compensar osefeitos da deficincia de estrognio.

    Entretanto, os resultados das pesquisas tmdemonstrado o papel sinrgico do exerccio edo estrognio durante a menopausa. Por exem-

    plo, Notelovitz et al. (1993) realizaram estudoexperimental em mulheres menopausadas ci-rurgicamente. Uma vez submetidas a um pro-grama de treinamento com pesos, com dura-o de um ano, conjuntamente com a terapiade reposio hormonal, estas mulheres apre-sentaram aumentos significativos na DMO,quando comparadas com o grupo controle.Chow et al. (1987) tambm observaram au-mentos em torno de 17% na DMO em 38 paci-

    entes osteoporticas, aps interveno com-

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    Bass et al. (1998) cite studies that haveidentified positive correlations betweenbone mass and muscular mass, as well asbetween physical inactivity

    (immobilization) and a decrease in BMD.A positive influence of physical activityon BMD would result from mechanicalworkload transmission to the skeleton,with a consequent association betweengravitational strength and musculartension in the tendinous insertions (ACSM,1995).

    Some longitudinal studies haveidentified causal relationships betweenspecific physical activities and an

    increase in BMD. The 15-year-longAmsterdam Growth and Health Study isone such study. According to Welten et al.(1994), this study demonstrated thatactivities involving body weight againstthe support of gravity played a moresignificant role in the increase of BMDthan the amount of calcium ingested. Asecond example comes from studies byBass et al. (1998) and Robinson et al.(1995), which demonstrated that high-

    impact activities, such as Olympicgymnastics, when performed beforepuberty, might confer re sidual BMDbenefits on adults. It is worth highlighting,however, that despite this evidence andthese expressive results, authors such asHenderson et al. (1998) call attention tothe fact that this type of study is hard tobe conducted for non-athletic subjects,since these subjects present relativelymodest and slow alterations in bone as a

    result of exercise. Therefore, while somestudies suggest the importance andefficacy of physical exercise in theprevention of osteoporosis, others havenot obtained corroborative results(Bemben et al., 2000; Cavanaugh, Cann,1988; Kerr et al., 1996). Shaw and Witzke(1998) observe that the variability ofresults could be partly explained by somenegligence on the part of the researchersin relation to certain training principles.

    In this sense, the following principles and

    posta por 12 meses de prtica de exerccios emconjunto com a terapia de reposio hormonal.Enfim, Kohrt et al. (1998), comparando os efei-tos de 11 meses de um programa de exerccios

    fsicos, em 54 mulheres idosas, divididas emgrupo controle (n = 10); grupo de exerccios(n = 18) e grupo de exerccios + terapia dereposio hormonal (n = 16), demonstrarammelhoras significativas nos dois ltimos. Nogrupo que combinou as duas estratgias, con-tudo, o aumento da DMO foi ainda mais acen-tuado. interessante notar, que alm destesachados, os autores observaram que o gruposubmetido terapia de reposio hormonal,

    alm de preservar a DMO, seis meses aps ofim da interveno tambm apresentou umamenor quantidade de gordura corporal, espe-cialmente, na regio abdominal.

    Outra conseqncia da inatividade fsica o impacto sobre o peso e composio corpo-ral. O ACSM (1995) observa que alguns estu-dos tm identificado correlaes entre a DMOe a massa gorda, apesar das razes para tal ain-da no serem bem compreendidas. Duas teori-as tentam explicar o fenmeno: a) aadiposidade favorece uma sobrecarga adicio-nal, ainda que no especifica, atravs do au-mento do peso corporal (estresse mecnico);b) torna-se plausvel que o aumento daadiposidade beneficia o esqueleto atravs doaumento da circulao dos nveis de estrognio(regulao hormonal). Elon (1996) cita os re-sultados de 1995 relatados pelo projeto deno-minado Study of Osteoporotic FracturesResearch Group sobre os fatores de risco paraa osteoporose, confirmando que mulheres pe-sadas possuiriam menor risco de ocorrncia defratura de quadris. A NOF refora esta posio,considerando que mulheres cujos pesos cor-porais sejam inferiores a 57 quilos possuemrisco aumentado para a osteoporose e fraturasa ela relacionadas.

    H evidncias sobre os benefcios da ativi-

    dade fsica regular na preveno e tratamento

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    da osteoporose, assim como na diminuio dosriscos na incidncia de quedas na populaode idosos. Embora os efeitos da prtica de exer-ccios fsicos sobre o sistema esqueltico ain-

    da no estejam totalmente estabelecidos, osdados derivados da maioria dos estudos trans-versais sugerem significativa correlao entrea DMO e a taxa de atividade fsica. Bass et al.(1998) mencionam, por exemplo, estudos queidentificaram correlaes positivas entre mas-sa ssea e massa muscular, bem como entre ainatividade fsica (imobilizao) e a diminui-o da DMO. A influncia positiva da prticade exerccios fsicos sobre a DMO seria fruto

    da transmisso de cargas mecnicas ao esque-leto, associando a fora gravitacional e a ten-so muscular nos stios de insero tendinosa(ACSM, 1995).

    Alguns estudos longitudinais puderam iden-tificar relaes causais entre atividades fsicasespecficas e a DMO aumentada. Como exem-plo, citam-se os resultados do AmsterdamGrowth and Health Study, com 15 anos dedurao. Seus resultados, segundo Welten etal. (1994), demonstraram que as atividades desuporte do peso corporal foram mais impor-tantes e significativas para o grau de DMO, doque a quantidade de clcio ingerida. Outroexemplo advm dos resultados obtidos porBass et al. (1998) e Robinson et al. (1995),demonstrando que as atividades de alto im-pacto, no caso a ginstica olmpica, quandorealizadas antes da puberdade, podem confe-rir a adultos benefcios residuais na DMO.

    Enfim, bom ressaltar que, apesar destasevidncias e resultados expressivos, autorescomo Henderson et al. (1998) chamam a aten-o para o fato de que no se deve esquecerque pesquisas deste tipo, quando realizadascom sujeitos no atletas, so difceis de seremconduzidas, j que nesta populao as altera-es sseas em resposta ao exerccio so rela-tivamente modestas e ocorrem lentamente.

    Assim, da mesma forma que se encontram es-tudos cujos resultados apontam para a impor-

    expected responses could be highlighted:a) the specificity principlethe trainingimpact must be focused on specific bonemass, since bone responses to mechanical

    stress are specific (local); b) the overloadprinciple the training stimulus over thebones must include workloads muchheavier than those used in daily tasks, asthe formula developed by Carter et al.(1987) shows; c) the reversibility principle in the absence of training stimuli, thetraining programs positive effects onbones will be lost; d) the biologicalindividuality principle the biologicallimitation (genetic) of individual capacity

    in each parameter determines thecomprehension of training adaptationeffects. When the limit is reached, bonemass gains will slow down and eventuallystabilize, characterizing a plateau; e) theinitial values principle individuals withlower BMD levels will potentially presentgreater gains with training (mechanicalworkload increase).

    Henderson et al. (1998) observe thateven if presently available data were

    considered evidence enough torecommend exercise as a preventiontherapy, there would remain a number ofquestions to be answered before more pre-cise prescriptions could be made. Theanswers would involve determining theappropriate nature and dosage ofexercise, the age at which practice shouldbe initiated, and the population segmentthat would benefit from it. Further, theywould have to consider the possible

    contributions of exercise to themaximization of bone resistance and adecreased risk of falling. For this reason,we present more specific considerationsconcerning the relationship betweenexercise prescription and the preventionand treatment of osteoporosis.

    5) Prescribed ExercisesThe fact that regular exercise is

    associated with an increase in BMD dueto the mechanical stress exerted by gravity

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    tncia e eficincia da prtica do exerccio napreveno e tratamento da osteoporose, ou-tros trabalhos no obtiveram resultados nestadireo (Bemben et al., 2000; Cavanaugh,

    Cann, 1988; Kerr et al., 1996). Shaw e Witzke(1998) observam que essa variabilidade deresultados pode ser, em parte, explicada poruma certa negligncia das pesquisas em rela-o a determinados princpios do treinamen-to. Nesse contexto, os autores citam os seguin-tes princpios e suas respostas adaptativas es-peradas: a) princpio da especificidade oimpacto do treinamento deve focalizar a reassea de interesse, j que as respostas sseas

    ao estresse mecnico so especficas (locali-zadas); b) princpio da sobrecarga o estmu-lo de treinamento sobre os ossos precisa in-cluir foras (cargas) muito maiores do que asutilizadas nas tarefas habituais, conformeexplicitado pela frmula de Carter et al. (1987);c) princpio da reversibilidade na ausnciado estmulo de treinamento, os efeitos positi-vos de um programa de treinamento sobre osossos sero perdidos; d) princpio da indivi-

    dualidade biolgica o limite biolgico (ge-ntico) da capacidade individual para cadaparmetro, determina a extenso dos efeitosadaptativos ao treinamento. Quando este li-mite alcanado, os ganhos na massa sseasero mais lentos e, eventualmente, sero esta-bilizados, caracterizando uma espcie deplat; e) valores Iniciais - indivduos combaixos ndices de DMO tero maior potencialde ganho em virtude do treinamento (aumen-

    to das cargas mecnicas).Henderson et al. (1998) lembram que, mes-

    mo que os dados atuais disponveis fossemaceitos como evidncia suficiente para reco-mendar o exerccio como terapia de preven-o, existe um grande nmero de questes aserem respondidas antes de uma prescriomais precisa. Isso inclui a natureza e a dosa-gem tima do exerccio, a idade em que sedeveria iniciar a prtica e que parcela da po-pulao obteria benefcio. Estas questes de-

    and muscular tension (Wolman, 1994;Henderson et al., 1998; Ross, 1998) is verywell documented. Such benefits are lessevident or even nonexistent in activities

    that do not involve gravitationalstimulation (ACSM, 1995). Low levels ofphysical activi ty, there fore , lead todecrease in bone density. Absolute supinerest, for instance, produces a negativecalcium balance within a few days, and adetectable decrease in bone density withina few weeks. This negative effectemphasizes the importance of shortper iods of immobi lization afte r acutediseases or surgeries. The author also

    observes that the lack of gravitationalstimulation could be responsible for thebone density decrease characteristicallypresented by individuals exposed togravityless environments.

    Associations such as the ACSM (1995)and authors such as Morris et al.(1997),Henderson et al. (1998) or Wel ten etal.(1994) support the assertion that, inorder to maximize BMD gains, physicalexercises should present certain

    characteristics. Therefore, joining muscu-lar tension to the action of gravity seemsto be important. Training effects wouldthen be closely associated with theimplementation of workloads heavier thanbody weight (real or external overload),or to high-impact exercises (jumps). Taaffeet al. (1997) state that, althoughcharacteristics of physical activity relatedto the stimulation of increased BMD arenot completely understood, increases in

    mechanical workloads imposed uponbones seem to present a higher or lowerosteotrophic effect according to theirintensity.

    Among effective activities, revisedstudies mention running (Wolman, 1994);resistive training (Chow et al., 1989;Grimston et al., 1993); exercises thatpro duce impact , such as Olympicgymnastics (Bass, 1998; Robinson et al.,1995; Taaffe et al., 1997); high-impact

    aerobic gymnastics and step classes

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    (Morris et al., 1997); sports such asvolleyball and basketball (Lee et al.,1995); and even rope-jumping orstationary jumping (Bassey, Ramsdale,

    1994). On the other hand, most studieshave demonstrated that physical activity even vigorous ones present a lowerimpact on BMD when performed in theabsence of the force of gravity. Examplesare swimming (Chow et al.,1989; Shaw,Witzek, 1998) and cycling (Etherington etal., 1996; Issekutz et al., 1966; Slemendaet al., 1991).

    Dook et al . (1997) and Taaffe et al .(1995, 1997) emphasize that, despite its

    high muscular and energetic demand,swimming does not present significantosteogenic effects, because it does notpro mote f loor-reaction strength.Therefore, the dissemination of aquaticactivities prescriptions especiallyhydro-gymnastics as a means tocorroborate osteoporosis therapy andprevention in the elderly is subject tocriticism. Neither the physiological northe psychosocial benefits resulting from

    such practices can be refuted. Yet,decreased compression strength over thevertebrae and articulations, which isgenerally pointed to as the most importantadvantage of aquatic activities, is itselfthe most important disadvantage in termsof bone mineralization. Thus, while suchactivities are indicated for individualspresenting vertebral pain, for instance,they are probably not indicated forindividuals aiming at increasing both

    muscular strength and BMD, such as inthe neck of femur.

    The overload necessary to increase bonemineralization rates must be higher thanthat associated with daily activities (Shaw,Witzek, 1998). But the ideal trainingintensity in osteoporosis prevention andtherapy is hard to define due to thescarcity of data concerning the workloadexerted on each skeleton segment duringthe several possible physical activities.

    Despite di ff iculties, some studies have

    vem ser tratadas no mbito das possveis con-tribuies do exerccio na maximizao daresistncia do osso e na reduo do risco dequedas. Com este intuito, passamos a expor

    consideraes mais especficas, sobre a rela-o entre a prescrio do exerccio e a preven-o ou tratamento da osteoporose.

    5) Exerccios Indicados

    Est bem documentado o fato de que a pr-tica de exerccios regulares, em funo doestresse mecnico exercido pela fora da gra-vidade e pela tenso muscular, est associada

    com aumentos na DMO (Wolman, 1994;Henderson et al., 1998; Ross, 1998). Estes be-nefcios so menos pronunciados, ou mesmoinexistentes, em atividades que no incorpo-ram a estimulao gravitacional (ACSM,1995). Assim, baixos nveis de atividade fsi-ca levam a um declnio na densidade ssea. Orepouso completo no leito, por exemplo, pro-move um equilbrio negativo no balano declcio em poucos dias, com uma reduo

    detectvel na densidade ssea podendo serobservada em poucas semanas. Esse efeitonegativo enfatiza a importncia de curtos pe-rodos de imobilizao aps doenas agudasou cirurgias. O autor observa ainda, que a faltade estimulao gravitacional pode ser respon-svel pela diminuio caracterstica da densi-dade ssea nos indivduos expostos a ambi-entes com gravidade zero.

    Associaes como o ACSM (1995) e autores

    como Morris et al.(1997), Henderson et al.(1998) ou Welten et al.(1994) apiam oposicionamento de que, para os exerccios f-sicos maximizarem ganhos na DMO, neces-srio que possuam determinadas caractersti-cas assim, parece que importante aliar atenso muscular ao da gravidade. Com isso,os efeitos do treinamento estariam estreitamen-te associados implementao de cargas su-periores ao peso corporal (real ou sobrecarga

    externa), ou ainda a exerccios de alto impac-

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    investigated the adequacy of specificstimuli in promoting bone adaptations.Resul ts have general ly indica ted thatresponses are highly specific to the body

    regions focused upon. LaRiviere et al.(1995), for instance, demonstratedimpressive BMD gains in the vertebralbodies and hips of young gymnasts afternine months of training. Chow et al.(1987) also observed significant bone-density gains in the neck of femur and ver-tebral bodies of menopausal women aged50 to 62, after 12 months of intervention,consisting of 5 to 10 minutes of stretchingand calisthenic exercises, followed by 30

    minutes of varied aerobic exercises(walking, dancing and running).

    In order to determine the trainingoverload necessary to promote BMDincrease, two main parameters may bemanipulated: a) workload magnitude(intensity/weight); b) number of stimuli(repetitions/volume). As for the workload,there is evidence that weight training maystimulate bone mineralization in specificsegments. Studies have shown that BMD

    is higher in individuals submitted to mus-cular strength and power training thanin sedentary individuals (Robinson etal.,1995) and endurance athletes (Taaffeet al., 1997). As for the workload intensityand volume, Taaffe et al. (1997) observethat although authors have not agreedupon training intensity and volume, anumber of previous studies indicated thatmore intense mechanical workloads aremore efficient than less intense ones.

    Corroborating this statement, Snow-Harter et al. (1992) state that the influenceof workload or repetition cycle (volume)on BMD increase is relatively modest.

    In relation to changes in BMD, authorssuch as Humphries et al. (2000) mention asignificant relationship between muscu-lar strength and bone mineralization.Therefore, considering the most efficienttraining workload for bone mineralizationstimulation, most authors but not all of

    them (cf. Bemben et al., 2000) mention

    to (saltos). Taaffe et al. (1997) citam que, em-bora as caractersticas especficas da atividadefsica, em se tratando de estimular o aumentoda DMO, no estejam totalmente compreen-

    didas, de modo geral considera-se que os au-mentos das cargas mecnicas impostas aosossos, de acordo com a sua intensidade, pos-suem maior ou menor efeito osteotrfico.

    Dentre os estudos revisados, podemos men-cionar atividades como atividades eficazes, acorrida (Wolman, 1994), o treinamento contraresistncia (Chow et al., 1989; Grimston et al.,1993), exerccios que promovam impactoscomo a ginstica olmpica (Bass, 1998;Robinson et al., 1995; Taaffe et al., 1997), au-las de ginstica aerbia de alto impacto e stepclass (Morris et al., 1997), desportos como ovolibol e o basquetebol (Lee et al., 1995), oumesmo pular corda ou saltitar no mesmo lugar(Bassey, Ramsdale, 1994). Por outro lado, agrande maioria dos resultados das pesquisastm demonstrado que as atividades fsicas mesmo as caracterizadas por substancial mo-vimento quando realizadas sem a presenada fora da gravidade tero um menor impac-to sobre a DMO. Como exemplos, podemoscitar a natao (Chow et al.,1989; Shaw,Witzek, 1998) e ciclismo (Etherington et al.,1996; Issekutz et al., 1966; Slemenda et al.,1991).

    Dook et al. (1997) e Taaffe et al. (1995, 1997)so enfticos, quando observam que a prticada natao, a despeito do elevado nvel de

    exigncia muscular e energtico, por no evo-car a fora de reao do solo, no possui efei-tos osteognicos significativos. Nesse senti-do, a disseminao da indicao de atividadesaquticas notadamente a hidroginstica como meio auxiliar na terapia e preveno deosteoporose em idosos, passvel de crticas.No se contestam os benefcios que possamadvir destas prticas, tanto fisiolgicos quan-to psicossociais. Entretanto, o que em geral

    apontado como principal vantagem das ativi-

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    dades na gua, a diminuio da fora de com-presso sobre vrtebras e articulaes, ao mes-mo tempo representa a principal desvantagemem termos de mineralizao ssea. Assim, se

    tais atividades revelam-se indicadas para in-divduos que apresentem quadros de algiasvertebrais, por exemplo, se o objetivo for amelhora da fora muscular e o aumento daDMO, principalmente a de colo de fmur, mui-to provavelmente elas no sero eficazes.

    Fundamentalmente, a sobrecarga necess-ria para um incremento na taxa demineralizao ssea deve ser superior quelaassociada s atividades cotidianas (Shaw,Witzek, 1998). A intensidade tima do treina-mento para a preveno e terapia daosteoporose, porm, difcil de ser definida,devido escassez de dados sobre aquantificao da carga de para cada um dosdiferentes locais do esqueleto durante as vri-as atividades fsicas possveis. Em que peseesta dificuldade, alguns estudos investigarama adequao de estmulos especficos para pro-mover adaptaes sseas. De forma geral, osresultados das pesquisas indicam que a res-posta s cargas altamente especfica s regi-es trabalhadas. LaRiviere et al. (1995) de-monstraram, por exemplo, em jovens ginastasaps nove meses de treinamento, impressio-nantes ganhos na DMO dos corpos vertebraise quadris. Chow et al. (1987) tambm obtive-ram ganhos significativos na densidade sseado colo de fmur e corpos vertebrais, em mu-lheres menopausadas de 50 a 62 anos de ida-de, aps 12 meses de interveno que incluacinco a dez minutos de alongamento e exerc-cios calistnicos, seguidos de 30 minutos deexerccios aerbios variados (caminhada, dan-a e jogging).

    Em relao sobrecarga de treinamento su-ficiente para promover aumento da DMO, doisparmetros principais, podem ser manipula-dos: a) magnitude da carga (intensidade/peso);

    b) nmero de estmulos (repeties/volume).

    strength training intensities close to 80%of maximum strength as the most efficientin obtaining osteogenic responses(Beverly et al., 1989; Nelson et al., 1994;

    Kerr et al., 1996; Taaffe et al., 1996).Although the number of studies is st il linsufficient to establish a general rule, theclassic study using an animal model,developed by Lanyon (1992) is generallyagreed upon. The study demonstrated thatin relation to osteogenic response,intensity (overload weight) should prevailover volume (number of repetitions).

    Activities that present lower absoluteintensity but that produce repetitive stress

    resulting from movements that involverapid acceleration and deceleration, suchas jumps, are similarly likely to increasebone mineral density in demanding areas.For instance, children who participate insports that produce high impact on theskeleton (equivalent to three times bodyweight) are likely to exhibit higher BMDin the neck of femur and vertebral bodiesthan children who participate in sportsthat produce a lower impact (Morris et al,

    1997; Nickols-Richardson et al., 2000).This has also proven true in adults. Bassey,Ramsdale (1994) demonstrated 3% to 4%BMD gains in the neck of femur of youngwomen in pre-menopause, after six monthsof three-times-a-week stationary jumpingtraining.

    Wolman (1994) mentions that athleteswho make intensive use the upper body,such as rowers, present increased bonedensity in the vertebral bodies. Sports such

    as volleyball and basketball, whichprovide relatively high impacts, alsoinduce BMD increase in vertebral bodiesand calcanei (Lanyon, 1992; Drinkwater,1994). As for running a good exampleof repetitive activity , which causesmoderately intense cyclical impacts on thelower extremities (800 to 200 steps every1.6 kilometer) most studies, although notall of them (Etherington et al., 1996),agree upon its osteogenic character,

    demonstrating expressive BMD gains in

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    No que toca carga, h evidncias de que otreinamento com pesos pode representar umestmulo para a mineralizao ssea de locaisespecficos estudos indicam uma maior

    DMO em indivduos submetidos a treinamen-to da fora e da potncia musculares, em com-parao com sedentrios (Robinson etal.,1995) ou mesmo com atletas de endurance(Taaffe et al., 1997). Ainda em relao inten-sidade e o volume da sobrecarga, Taaffe et al.(1997) observam que, em relao aos efeitososteotrficos, embora ainda no haja concor-dncia entre os autores, no que se refere in-tensidade e volume de treinamento, os resul-

    tados obtidos em numerosos estudos anterio-res, indicam a maior eficincia osteognica dascargas mecnicas de maior intensidade, sobreas de menor intensidade. Em concordncia comesta afirmao, Snow-Harter et al. (1992), ci-tam que a importncia do ciclo de carga ourepeties (volume) sobre o aumento da DMO, relativamente modesto.

    Em se tratando de alteraes na DMO, auto-res como Humphries et al. (2000) reportam asignificativa relao entre a fora muscular e amineralizao ssea. Dessa forma, em relao sobrecarga de treinamento mais eficiente paraestimulao da mineralizao ssea, a maioriados autores - embora no todos (vide Bembenet al., 2000) - mencionam como sendo as maiseficientes para a obteno de respostasosteognicas, as intensidades de treinamentode fora com intensidades prximas a 80% dafora mxima (Beverly et al., 1989; Nelson etal., 1994; Kerr et al., 1996; Taaffe et al., 1996).Embora o nmero de estudos ainda seja insu-ficiente para que se possa estabelecer uma re-gra geral, em todo caso, concorda-se com osresultados do clssico estudo de Lanyon(1992), realizado com modelo animal, o qualdemonstrou que, em se tratando de respostaosteognica, a intensidade (peso da sobrecar-ga) deve preponderar sobre o volume (nmerode repeties).

    the lower extremity bones of long-distance runners (Chow et al., 1989;Wolman, 1994). As for walking, Shaw andWitzek (1998) state that, because it results

    in final pressure on the column practicallyequivalent to body weight, it may not besufficiently intense to produce importantBMD gains.

    Considering this, we mention the resultsof a study by Hatori et al. (1993). Theydemonstrated, by studying 33 menopausedwomen aged from 45 to 67, that walkingthree times a week, for seven months, withintensity superior to the anaerobicthreshold, would produce significant

    BMD gains in vertebrae. Anaero bicthreshold was established in a treadmilltest, and, in relation to the studiedpopulation, was equivalent to walkingintensities that would elevate heart rateup to or over 126 bpm, or a walking speedequivalent or superior to 7.2 km/hour.

    In summary, despite evidence suggestingthat both components of trainingworkload (intensity and number ofrepetitions) may contribute to BMD

    increase, there is a tendency to overvalueworkload intensity and/or impact to thedetriment of the number of repetitions orthe duration of the stimulus. For our part,we agree with other authors (Heinonen etal., 1995; Taaffe et al., 1997; Robinson etal., 1995), who suggest that, in connectionwith BMD increase, workload magnitudeas well as pressure rates are moreimportant than the number of cycles.

    As already men tioned, stud ies have

    demonstrated that bone skeleton responseto exercise is local/specific, andsignificantly stronger in maximum stressareas (Morris et al., 1997). Kerr et al.(1996), for instance, demonstrated thatprofessional tennis players present higherBMD in their dominant arm. Similarresults were reported by Bass et al. (1998)and Haapasalo et al. (1998) for tennis andsquash players who had started practicingbefore puberty, who presented differences

    between dominant and non-dominant arm

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    that reached 11% to 24%. Wolman (1994)observed that certain activities developvery specific BMD profiles in the bodysegments used. Thus, runners present

    higher bone density in their calcanei,femur and vertebrae than sedentaryindividuals. Rowers, weight lifters andother athletes who perform upper-body-intensive exercise, present increased bonedensity in their vertebrae and hips.Adaptations are so specific that weightlifters who privilege the use of seatedmachine training present lower hipmineralization than those who train withfree we igh ts (Shaw, Witzek, 1998) . In

    contrast, this position imposes overloadson the lumbar column that are 5 to 6 timesheavier than body weight (Granhad et al.,1987). Therefore, as Shaw and Witztek(1998) observe, individuals who undergothis type of training present elevated BMDin their vertebral bodies. Classical (Chowet al., 1989; Halle et al., 1990; Kritz-Silverstein, Barret-Connor, 1994) andrecent (Rhodes et al. (2000) studiesdemonstrating the positive correlation

    between strength, muscular mass, andBMD level allow us to infer that resistivetraining is a promising means forincreasing or maintaining BMD inspecific body segments.

    6) Aging and Exercise Effects onBMD

    Many studies have tried to observegender-and-age-related differences in

    BMD response to physical exercise. Thereare studies with male individuals (Orwoll,1998), with women of different ages andtraining condition (Clapp III, Little, 1995;Wiggins, Wiggins, 1997); with menopausalwomen (Halle et al., 1990; Chow et al.,1987), with elderly women (Kritz-Silverstein, Barret-Connor, 1994;Wolman, 1994), and even with pre-adolescent boys and girls (Bass et al.,1998; Morris et al., 1997; Slemenda et al.,

    1991). Wolman (1994) observed thatphysical activity involving body weight

    Atividades de menor intensidade absoluta, masque produzam estresse repetido, resultantes demovimentos de rpida acelerao e desacelerao,como nos saltos, tendem igualmente a aumentar

    a densidade mineral ssea nos locais exigidos.Por exemplo, crianas que participam de espor-tes que geram altos impactos no esqueleto (maisdo que trs vezes o peso corporal), tender a exibirmaior DMO no colo de fmur e corpos vertebrais,do que crianas que praticam esportes que pro-duzam impactos menores (Morris et al, 1997;Nickols-Richardson et al., 2000). Este fato comprovado tambm em adultos, desde queBassey, Ramsdale (1994) demonstraram ganhos

    3% a 4% na DMO de colo de fmur de mulheresadultas saudveis na pr-menopausa, aps seismeses de treinamento de saltos estacionrio, rea-lizados trs vezes por semana.

    Wolman (1994) observa que os desportistasque utilizam intensivamente a parte superior docorpo - como os remadores - apresentam densida-de ssea aumentada nos corpos vertebrais. Des-portos como o vlei e o basquetebol, que provmimpactos relativamente altos, induzem tambma um aumento da DMO nos corpos vertebrais enos calcneos (Lanyon, 1992; Drinkwater, 1994).Em relao corrida, um bom exemplo de ativi-dade repetitiva atividade que acarreta impactoscclicos de intensidade moderada nos membrosinferiores (800 a 200 passadas para cada 1,6 kmcorridos), a maioria dos estudos, embora no to-dos (Etherington et al., 1996), so concordantescom sua caracterstica osteognica, demonstran-do resultados que expressam ganhos expressivosna DMO dos ossos dos membros inferiores emcorredores de longa distncia (Chow et al., 1989;Wolman, 1994). Com relao caminhada, Shawe Witzek (1998) observam que, por ser uma ativi-dade que resulta em uma fora final sobre a colu-na praticamente equivalente representada pelopeso corporal, em pessoas ativas pode no repre-sentar uma atividade com intensidade suficientepara produzir ganhos importantes na DMO.

    Neste aspecto, reportamo-nos aos resultadosda pesquisa de Hatori et al. (1993). Estes autores

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    support can reduce osteoporosis risk, evenin individuals over 80 years of age.Simultaneously, there is evidence that,during pre-adolescence, the skeleton may

    be more prone to increases in BMD(Welten et al., 1994; Haapasalo et al.,1998). Thus, authors such as Bass et al.(1998) consider that physical exercise cancontribute to prevention of osteoporosisand fractures by increasing bonemineralizationat two different moments:a) increase in BMD during the growthperiod; b) decrease of BMD loss (orrestoration of BMD) in old age.

    As for the effects of physical activity on

    the bones at different ages, it is worthnoting that physically active childrenpresent higher BMD levels than non-activeones. Several studies corroborate thisstatement: After a 10-month interventioninvolving 71 pre-adolescent girls rangingin age from 9 to 10, and including high-impact exercises and weight training,Morr is et al . (1997) found signi ficantgains in muscular strength and BMD.Slemenda et al. (1991) found significant

    correlation between the amount of timedaily spent on physical activity practiceinvolving body weight support and BMDincrease, in a group of 118 childrenranging in age from 5 to 14. The authorsalso mentioned that, in childhood,moderate increase in the amount of timespent on physical activities is associatedwith moderate, but important, BMDincrease in different body segments thatcould cause active children to reach

    adolescence with a BMD that is 5% to10% higher than that of non-activechildren.

    These data gain importance in light ofthe assertion of Bass et al. (1998) thatincreases in BMD achieved bypre pubescent individuals thro ughvigorous exercise are very expressive, andmay reduce the risk of age-related fractureby a factor of two to four. This couldrepresent an important advantage in

    osteoporosis prevention. The amount of

    estabeleceram, em estudo realizado com 33 mu-lheres menopausadas com idades entre 45 e 67anos, que 30 minutos de caminhadas com inten-sidade superior ao limiar anaerbio, durante sete

    meses e com uma freqncia de trs vezes porsemana, produziriam ganhos significativos naDMO das vrtebras. Neste trabalho, o limiaranaerbio foi estabelecido atravs de teste de es-foro realizado na esteira rolante, sendo equiva-lente, na populao estudada, a intensidades decaminhada que elevassem a freqncia cardacapara nveis iguais ou superiores a 126 batimentospor minuto. Ou ainda, uma velocidade de cami-nhada igual ou superior a 7,2 Km/hora.

    Em suma, apesar de as evidncias sugeriremque ambos os componentes da carga de trei-namento (intensidade e nmero de repeties),podem propiciar melhoras na DMO, existe umacerta tendncia em valorizar-se mais a intensi-dade da carga mobilizada e/ou impacto do queas repeties ou a durao do estmulo. Con-cordamos, nesse sentido, com oposicionamento de outros autores (Heinonenet al., 1995; Taaffe et al., 1997; Robinson etal., 1995), quando sugerem que, em se tratan-do de aumento da DMO, as magnitudes dascargas, bem como as taxas de presso (impac-tos), so mais importantes que o seu nmerode ciclos.

    Conforme dito, as pesquisas tm demons-trado que a resposta do esqueleto sseo aoexerccio local/especfica, sendo significati-vamente maior nas reas de mximo estresse

    (Morris et al., 1997). Kerr et al. (1996), porexemplo, demonstraram que jogadores profis-sionais de tnis apresentam DMO em seu bra-o dominante. Resultados semelhantes foramrelatados por Bass et al. (1998) e Haapasalo etal. (1998) em jogadores de tnis ou squashque iniciaram a prtica do esporte antes dapuberdade, as diferenas entre brao dominantee o no dominante alcanando valores de 11%a 24%. Wolman (1994) observou que determi-

    nadas atividades acabam por desenvolver per-fis bastante especficos de DMO nas reas cor-

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    porais solicitadas. Assim, corredores possuemgrande densidade ssea em calcneos, fmur evrtebras, quando comparados com sedentri-os. Remadores, levantadores de peso e outros

    desportistas que utilizam exerccios intensi-vos na parte superior do corpo, exibem densi-dade ssea aumentada nas vrtebras e quadris.As adaptaes so to especficas que, no casodos levantadores de peso que privilegiam otreinamento em mquinas, na posio senta-da, a mineralizao dos quadris tende a sermenor que a daqueles que treinam com pesoslivres (Shaw, Witzek, 1998). Inversamente, acoluna, nesta posio, sobrecarregada: as for-

    as impostas coluna lombar durante o treina-mento com pesos na posio sentada so esti-madas como sendo 5 a 6 vezes superiores aopeso do prprio corpo (Granhad et al., 1987).Desse modo, Shaw e Witztek (1998) mencio-nam que os indivduos que se valem deste tipode treinamento apresentam elevada DMO noscorpos vertebrais. Os achados obtidos em es-tudos clssicos (Chow et al., 1989; Halle et al.,1990; Kritz-Silverstein, Barret-Connor, 1994)

    e recentes (Rhodes et al. (2000), demonstran-do a correlao positiva entre a fora, a massamuscular e o nvel de DMO, nos permitem in-ferir que, o treinamento contra-resistncia re-presenta um meio promissor para aumentar oumanter a DMO reas corporais especficas.

    6) Envelhecimento e Efeitos dosExerccios na DMO

    Muitos estudos procuraram observar as res-postas da DMO ao exerccio fsico em funodo sexo e da idade. Assim, encontramos traba-lhos realizados junto ao sexo masculino(Orwoll, 1998), em mulheres de diferentes fai-xas etrias e estados de treinamento (Clapp III,Little, 1995; Wiggins, Wiggins, 1997); emmulheres menopausadas (Halle et al., 1990;Chow et al., 1987), em idosas (Kritz-Silverstein, Barret-Connor, 1994; Wolman,

    1994) e mesmo em meninos e meninas pr-

    bone mineral accumulated during growthand of the rate of BMD loss after 30 yearsof age will influence the futuredevelopment of the disease (Chow et al.,

    1989; Morris et al., 1997). Despite theneed for more longitudinal studies, thepresent study agrees with Haapasalo etal. (1998), when they recommend that, inorder to maximize BMD and consequentlyprevent osteoporosis-related fractures inadulthood, physical exercise should bepracticed during childhood andadolescence. Bass et al. (1998) summarizethe importance of physical activitypractice in childhood by saying:

    Urbanization and electronicentertainment may reduce physicalactivity levels in childhood, when greatestBMD benefits can be attained.(p.506).

    7) Strategies that Make Use ofPhysical Exercise

    Strategies for osteoporosis preventionshould have three main objectives: a) bonemass increase during and immediately

    after growth periods, resulting in anincrease in peak bone mass ; b)maintenance or decrease in the bone-massloss rate in adulthood; c) decrease in theincidence of falls among the elderly. Thus,programs that use moderate to intenseoverloads aimed at developing muscularmass and strength should be encouragedand recommended from childhood,especially for people with a family historyof osteoporosis. Decisions concerning the

    exercise modalities to be adopted requireclose attention to the age and physicallimitations of the individual. Finally, it isworth considering that, since aging isrelated to bone losses, significantincreases in BMD are unlikely once theprocess of dec line has started (Shaw,Witzke, 1998). Every training programshould consider the following health-related fitness components: a) flexibility;b) muscular resistance and strength; c)

    cardio-respiratory capacity; and d) body

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    adolescentes (Bass et al., 1998; Morris et al.,1997; Slemenda et al., 1991). Wolman (1994)cita que a prtica de atividades fsicas que in-cluam o suporte do peso corporal pode reduzir

    o risco de osteoporose, mesmo em sujeitos commais de 80 anos. Existem, igualmente, evidn-cias comprovando que, durante a pr-adoles-cncia, o esqueleto sseo pode ser maisresponsivo ao aumento da DMO (Welten etal., 1994; Haapasalo et al., 1998). Assim, auto-res como Bass et al. (1998) consideram que aprtica de exerccios fsicos possa contribuirna preveno da osteoporose e das fraturas,atravs do aumento da mineralizao ssea em

    dois perodos distintos: a) aumento da DMOdurante o perodo de crescimento; b) diminui-o da perda (ou restaurao) dos nveis daDMO na velhice.

    Em relao aos efeitos da atividade fsicasobre os ossos em diferentes idades, impor-tante lembrar que crianas fisicamente ativaspossuem maiores nveis de DMO do que asno ativas. Vrios estudos corroboram esta afir-mao: Morris et al. (1997), aps um perodode interveno de 10 meses de durao, reali-zado com 71 meninas pr-adolescentes comidades variando ente 9 e 10 anos, incluindoexerccios de alto impacto e treinamento compesos, obteve ganhos significativos de foramuscular e DMO. Slemenda et al. (1991) iden-tificaram, em um grupo de 118 crianas comidades variando entre 5 e 14 anos, uma corre-lao significativa entre o nmero de horasdirias despendidas na prtica de atividadesfsicas, envolvendo o suporte do peso corpo-ral, e o aumento da DMO. Os autores citamainda que, na infncia, aumentos moderadosno tempo gasto com atividades fsicas estoassociados com tambm moderados, mas im-portantes, aumentos na DMO de regies cor-porais diversas com isso, crianas ativas po-deriam chegar adolescncia com 5 a 10%maior DMO.

    Esta constatao reveste-se de importncia,quando Bass et al. (1998) observam que os

    composition. In dealing with osteoporosis,however, resistive training seems to be themost adequate strategy for transformingthe workload levels applied into bone

    mineralization. With respect todevelopment of strength and BMD, as wellas to decreasing the risk of fall-relatedfractures, resistive training programs areadaptable to and recommendable forindividuals of any age, but especiallythose of middle and old age.

    Resistive training programs designedfor the elderly should initially include asmall number of exercises five to eightat most and should emphasize exercises

    focused on the major muscle groups(multiarticulated), especially those of thelower extremities. Although trainingworkload intensity is hard to standardize,given that each individual respondsdifferently to the same load, recent studieshave demonstrated that even short-termprograms (eight weeks), consisting of 40-to 60-minutes sessions, three times a week,with three series of 8-10 RMs, safely andefficiently promote significant increments

    in muscular strength, as well asimprovements in the performance ofautonomy-related functional abilities.(Geraldes, 2000).

    Several studies have demonstrated thatevery activity that promotes major BMDincrements in children includes high-impact exercises or jumping (Grimston etal., 1993; Taaffe et al., 1997). Studies haverevealed that gymnasts present significantBMD increases after nine months of

    training (Shaw, Witzek, 1998),demonstrating that the floor-reactionstrength produced during landings froma jump, which can reach 10 times bodyweight or more (Taaffe et al., 1997),significantly stimulates BMD increase toa degree. Rope-jumping or hopping ontwo feet may plausibly imitate the stressesexperienced during gymnast training(Bassey, Ramsdale, 1994). With respect tothe duration of intervention, unlike to the

    muscular system, which responds with

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    major changes to relatively short periodsof resistive training, changes in bonemineralization require longer durations.Unlike the expressive gains in muscular

    strength (20% to 200%, depending on theinitial values) observed in short periods oftime (8 to 16 weeks), the complete trabecularbone remodeling cycle takes approximately4 to 6 weeks (Humphries et al,. 2000). Thisfact explains why interventions lasting 12months or more succeed in significantly anddetectably altering BMD; Shaw and Witzek(1998) assert that BMD increases superiorto 1.0% in this period of time can beconsidered significant, since age-related

    bone loss rate is 0.5 to 1.0% a year onaverage.

    Finally, we believe it is useful to reviewsome current recommendations concerningexercise and osteoporosis, according to asummary by the ACSM (1995): a) activitiesthat involve body-weight support areessential for the development andmaintenance of the bony skeleton; b)activities focused on increasing muscularstrength should be beneficial, particularly

    for bones that are not involved in suchactivities; c) sedentary women can presentsome improvement in BMD by becomingslightly more active, although , the primarybenefit from increasing the level of physicalactivity resides in the fact that inactivity-related bone-mineral loss is avoided orretarded; and d) at menopause, physicalactivity cannot be recommended as asubstitute for hormone replacement therapy.As for the elderly, the ACSM (1995)

    recommends exercise programs that includeactivities that improve muscular strengthflexibility and motor coordination, whicheffectively diminishes the incidence ofosteoporotic fractures by diminishing theincidence of falls.

    8) Conclusions and ApplicationPerspectives

    Physical exercise practice can contribute

    to the prevention and treatment of

    incrementos na DMO obtidos atravs da prti-ca de exerccios vigorosos em pr-pberes somuito expressivos, podendo reduzir entre duase quatro vezes os riscos de fratura durante o

    envelhecimento. Isso pode representar umaimportante vantagem na preveno daosteoporose, se lembrarmos que a quantidadede mineral sseo acumulado durante o cresci-mento, juntamente com a taxa de perda daDMO aps os 30 anos de idade, ir influenciarno desenvolvimento futuro da doena (Chowet al., 1989; Morris et al., 1997). Embora sejanecessria a realizao de um maior nmerode estudos longitudinais, no presente artigo,

    concorda-se com Haapasalo et al. (1998) quan-do recomendam que, para a maximizao daDMO na idade adulta e conseqente preven-o de fraturas relacionadas com a osteoporose,a prtica do exerccio regular durante a infn-cia e adolescncia. Bass et al. (1998) sinteti-zam a importncia da prtica de atividades f-sicas na infncia, quando concluem: A ur-banizao e as diferentes formas de diverti-

    mentos eletrnicos disponveis, podem re-

    sultar na reduo dos nveis de atividade f-sica em crianas, em um perodo em que os

    maiores benefcios para a DMO podem ser

    obtidos. (p.506).

    7) Estratgias que utilizam osExerccios Fsicos

    As estratgias preventivas da osteoporosedeveriam ter trs objetivos principais: a) au-

    mentar a massa ssea, durante e imediatamen-te aps os perodos de crescimento,maximizando o pico da massa ssea; b) man-ter ou desacelerar a taxa de perda da massassea durante a vida adulta; c) diminuir os n-dices de propenso s quedas em adultos ido-sos. Assim, programas que utilizem sobrecar-gas mdias a intensas com o objetivo de de-senvolver a fora e a massa muscular, deveri-am ser encorajados e recomendados desde a

    infncia, principalmente para aquelas pessoas

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    com histrico familiar da doena. A decisosobre as modalidades de exerccios a seremutilizados requer atentas consideraes sobrea idade e as limitaes fsicas de cada indiv-

    duo. Enfim, importante lembrar que, uma vezo envelhecimento estando relacionado s per-das sseas, improvvel que significantes au-mentos da DMO ocorram quando iniciado oprocesso de declnio (Shaw, Witzke, 1998). Nose deve esquecer que qualquer programa detreinamento deve considerar os componentesda aptido fsica relacionados com a sade: a)flexibilidade; b) resistncia e fora muscula-res; c) capacidade cardiorrespiratria; d) com-

    posio corporal. Em se tratando daosteoporose, porm, o treinamento contra-re-sistncia parece ser a estratgia mais adequa-da para traduzir em mineralizao ssea ospadres de cargas aplicados. Em se tratandodo desenvolvimento da fora e da DMO, bemcomo da diminuio do risco de fraturas cau-sadas por quedas, os programas de treinamen-to contra-resistncia so adaptveis e recomen-dados para indivduos de qualquer idade, es-

    pecialmente para aqueles de meia idade e ido-sos.

    Na formulao de um programa de treina-mento contra-resistncia para idosos, o nme-ro de exerccios deve ser, inicialmente peque-no, no mximo cinco a oito exerccios comnfase nos exerccios direcionados para osgrandes grupamentos musculares(multiarticulares), especialmente na regio dosmembros inferiores. Embora, a intensidade dascargas de treinamento seja difcil de ser padro-nizada, j que cada indivduo responde de for-ma diferente a um determinado peso, os resul-tados de estudos recentes, tm demonstradoque mesmo um programa de curta durao (oitosemanas), composto por trs sries de exerc-cios realizados com pesos, cuja magnitude decarga, permita a realizao de oito a dez repe-ties mximas, com uma freqncia de trei-namento composta por trs sesses semanaisde 40 a 60 minutos de durao, possibilita, de

    osteoporosis. Athletes and activeindividuals are likely to present higher bonedensity than the general population, whichcan serve as a reference when evaluating

    the effects of different exercise programs onBMD. Exercises involving body weightagainst the support of gravity seem to bethe key to the relationship between physicalactivity and the increase or maintenance ofBMD. As a consequence, activities such ascycling, swimming or hydro-gymnasticswould not be the most ind