Fornecedores Hospitalares - Ed. 155

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SA OM RE OM OM V R R S D V V S D S D E G A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR HOSPITALARES FORNECEDORES Ano 16 • Edição • 155 • Setembro de 2008 • R$ 15,90 CAMINHO ENTREVISTA José Luiz Spigolon, da CMB, fala sobre o andamento do Projeto Mais Gestão nas Santas Casas ENRICO DE VETTORI, DA DELOITTE, EXPLICA QUE, PARA MANTER A PERENIDADE, O SETOR DE SAÚDE DEVERÁ PENSAR EM NOVAS FORMAS PARA A ENTREGA DOS SERVIÇOS GESTÃO Confi ra as inúmeras possibilidades trazidas pela nanotecnologia para o setor de saúde ALTERNATIVO

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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR - Ano 16 • Edição • 155 • Setembro de 2008 CAMINHO ALTERNATIVO: Assistência Domiciliar, Medicina Gerencial.

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TURISMO EM

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PRONTUÁRIO ELETRÔNICO PESSO

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SAÚDE GLOBALIZADA

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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALARHOSPITALARESF O R N E C E D O R E S

Ano 16 • Edição • 155 • Setembro de 2008 • R$ 15,90

TURISMO EM

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SAÚDE GLOBALIZADA

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BALANÇO ENTRE GASTOS PÚBLICOS E PRIVADOS

ESTATÉGIA BASEADA EM VALOR PARA O CLIENTE

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TRATAMENTOS PERSONALIZADOS

DETECÇÃO PRECOCE DE DOENÇAS

TRATAMENTOS PERSONALIZADOS

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TRATAMENTOS PERSONALIZADOS

GERENCIAMENTO DE CRÔNICOS

DETECÇÃO PRECOCE DE DOENÇAS

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TELEMEDICINA

CIRURGIAS AMBULATORIAIS

HOSPITAIS DE ESPECIALIDADES

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HOSPITAIS DE ESPECIALIDADES

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VISÃO HOLÍSTICA DA MEDICINA

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TRATAMENTOS PERSONALIZADOS

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GERENCIAMENTO DE CRÔNICOS

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BALANÇO ENTRE GASTOS PÚBLICOS E PRIVADOS

ESTATÉGIA BASEADA EM VALOR PARA O CLIENTE

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TRATAMENTOS PERSONALIZADOS

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A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALARHOSPITALARESAno 16 • Edição • 155 • Setembro de 2008 • R$ 15,90

CAMINHO

ENTREVISTAJosé Luiz Spigolon, da CMB, fala sobre o andamento do Projeto Mais Gestão nas Santas Casas

ENRICO DE VETTORI, DA DELOITTE, EXPLICA QUE, PARA MANTER A PERENIDADE, O SETOR DE SAÚDE DEVERÁ PENSAR EM NOVAS FORMAS PARA A ENTREGA DOS SERVIÇOS

GESTÃOConfi ra as inúmeras possibilidades trazidas pela nanotecnologia para o setor de saúde

ALTERNATIVO

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I After Hours ICaminhos errantes,

desafios certeiros

í n d i c e

setembro 2008 - Número 155

ErrAtAA foto atribuída ao blogueiro Glauco Michelotti, na página 22 da edição 154, correspon-de, na verdade, a Adrianos Loverdos.Na página 33 da edição 154, a frase final de André Staffa, do Hospital São Luiz, ficou incompleta. O correto é “... Reconhecemos as pessoas como parte fundamental do processo e por isso acredito que conseguimos entregar bons resultados”, conclui.

I tecnologia ITodo cuidado é pouco

I reportagem de Capa IA caminho de novos modelos

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8 I Entrevista IJosé Luiz Spigolon, da CMB, fala sobre o andamento do projeto Mais Gestão nas Santas Casas

12 I Raio X IMudanças Estruturais

16 I .com IConfira o que foi destaque no portalSaúde Business Web

46 I 5 Perguntas ICertificado de Boas Práticas da Anvisa pode barrar licitações

48 I Melhores Práticas IMamografia digital aumenta rapidez do exame, dimi-nui dose de radiação e elimina uso de filmes

50 I Espaço Jurídico IFranchising e serviços de saúde

52 I Artigo RH IComo conduzir demissões

54 I Artigo IAfinal, o que é estratégia?

56 I Gestão IInúmeras possibilidades

64 I Artigo IA pressão da demanda de serviços

66 I Tecnologia I Unihealth investe R$ 600 mil em centralização de TI

68 I De Olho na Indústria I68 Os gigantes automobilísticos para a Saúde70 Nova casa, mais negócios72 Apotheka instala fábrica em São Paulo

76 I Carreiras I

78 I Livros I

76 Carreiras78 Livros80 Vitrine98 Hot Spot

80 I Vitrine I 98 I Hot Spot I

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Eu lEio a FornEcEdorEs hospitalarEs

Dire­tor Exe­cutivoAlbe­rto Le­ite­(11) 3823-6642/ (11) 7 133-8269

ale­ite­@itmidia.­com.­br

Ge­re­n­te­ Come­rcialDie­go We­n­ze­l(11) 3823-6708 / ( 11)7 14 4 -2542

dwe­n­ze­l@itmidia.­com.­br

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lpre­moli@itmidia.­com.­br

Jucile­n­e­ Marque­s (11) 3823-6604 / ( 11) 7 14 4 -2541

jmarque­s@itmidia.­com.­br

Eduardo Galan­te­(11) 3823-6629 / ( 11) 7 14 4 -2438

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pró­xima Edição

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C a n a l a b e r t o

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reportagem de capa Na proxima edição você coNfere a cobertura completa do saú-de busiNess forum 2008, que tem como tema a colaboração

A equipe da revis­ta Fornecedores­ Hos­pitalares­ es­tá à s­ua dis­pos­ição para tirar dúvidas­, receber crí­ticas­, opiniões­ e contribuir com o des­en­volvimento do s­eu negó­cio. Para anunciar ou falar s­obre projetos­ e ações­ pers­onalizadas­ entre em contato com nos­s­a equipe comercial:

RAFAel PARRi, Superintendente do Hos­pital Sepaco

ler a Fh é uma forma de tomarmos conhecimento da experiência dos outros componentes do setor e verificar o que está acontecendo na modernização e nos hábitos do segmento. além disso, é uma ferramenta de bench-marking, que cria um hábito de leitura, para estarmos constantemente atualizados de assuntos que são impor-tantes para a gestão em saúde.

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Presidente – executivo:Adelson de Sousa – [email protected]

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UNI DA DE SETORES E NEGÓCIOS - SAÚDE

EDI TO RIALEDITORA: Cyle ne Sou za - csouza@itmi dia. com.br

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FOR NE CE DO RES HOS PI TA LA RES A mais impor tan te revis ta voltada para a gestão estratégica de hospitais e outros estabelecimentos de saúde, dis tri buí da nos 26 Esta dos Bra si lei ros, mais Dis tri-to Fede ral, em esta be le ci men tos de saú de públi cos e par ti cu la res (hos pi tais, clí ni cas, uni da des mis ta de saú de, ambu la tó rios, pron to-socor ros, pos tos de saú de etc.) além de órgãos do gover no liga dos ao setor da saú de nas esfe ras muni ci pais, esta dual e fede ral. For ne ce do res Hos pi ta la res é uma publi ca ção men sal da IT Mídia S.A. Car tas para a reda ção devem ser envia das para Praça José Lannes, 40 - Edifício Berrini 500 – 17º andar - CEP: 04571-100 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3823-6600.

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INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

C A R T A D O E D I T O R

Novas soluções para velhos problemas

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Custos crescentes, recursos escassos e falta de acessibilidade. Os maiores problemas do setor de saúde são os mesmos há muito tempo e as soluções convencionais já se mostraram insufi cientes para resolvê-los.Não adianta apenas pensar em mais recursos, obras e novas tecno-logias. O setor vai precisar encontrar uma nova forma para atingir resultados e expandir seu alcance.Na reportagem de capa deste mês, buscamos apresentar caminhos alternativos, que podem ajudar a garantir a perenidade das insti-tuições de saúde.

De acordo com as pesquisas, instituições de saúde e consultores ouvidos pela nossa equipe de reportagem, as soluções passam pela mudança de comportamento de médicos e pacientes, a globalização dos serviços, o que inclui o turismo em saúde, novos serviços de medicina com-plementar e uma visão integrada da medicina, com ascensão da atenção primária.E já que estamos projetando o futuro, é bom estarmos atentos a uma nova tecnologia que pode trazer muitos benefícios para a saúde, tanto no que se refere a procedimentos como aos próprios equipamentos. Com a nanotecnologia, os tratamentos poderão ser mais direciona-dos e efetivos e os equipamentos, mais precisos. Você confere a evolução das empresas neste nicho em nossa reportagem de gestão.

Boa Leitura!Cylene SouzaEditora da Unidade Setores e Negócios / Saú[email protected]

Alfredo CardosoDiretor de Normas e Habilitações da Agência Nacional de Saúde Suplementar

Edson SantosPresidente do Grupo VITA e VPE do IHG

Luiz de LucaDiretor - superintendente do Hospital 9 de Julho

Marília Ehl BarbosaPresidente da Unidas e diretora-presidente da Capesesp

Marcos HumeGerente Sênior da Área de Negócios Corporativos da Johnson & Johnson e coordenador do Grupo Técnico de Trabalho de Avaliação de Novas Tecnologias da Abimed

Pedro FazioDiretor da Fazio e Superintendente da Avimed

O time que apóia a redação

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“As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas re� etem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação.”

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Mesmo com a falta de recursos, as Santas Casas decidiram dedicar esforços na busca pelo aumento da qualidade, tendo como foco a melhoria do atendimento e dos processos. Com o programa Mais Gestão, que conta com parceiros como Gerdau e Petrobrás, estes hospitais filantrópicos passarão a adotar metodologias que os ajudarão a combater desperdícios, manter equipes motivadas e levar à excelência administrativa. Em entrevista à Fornecedores Hospitalares, o superintendente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), José Luiz Spigolon, fala sobre o andamento do projeto.Cylene Souza - [email protected]

Fornecedores Hospitalares: Por que a CMB decidiu organizar este projeto? Em que está baseado?José Luiz Spigolon: O Mais Gestão surgiu de um projeto piloto adotado no Rio Grande do Sul e considerou a necessidade de resolução da falta de recursos financeiros. A Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Fi-lantrópicas (CMB) foi estimulada pelo empresário Jorge Gerdau a adotar esse modelo, em parceria com o Fórum Nacional dos Programas Estaduais e Setoriais de Qualidade, Produtividade e Compe-titividade (Fórum QPC). Em agosto de 2007 foi assinado um Acordo de Cooperação com o intuito de viabilizá-lo de uma maneira rápida, eficaz e que pudesse ser utilizado a longo prazo pelos hospitais. FH: Os hospitais se voluntariam para o pro-grama ou a seleção é feita pela própria CMB? Quais os critérios?Spigolon: A seleção dos hospitais participantes foi feita pela CMB, em conjunto com suas federações estaduais, a partir de critérios transparentes. Todos são sem fins lucrativos, filiados à Federação do seu estado ou à CMB, apresentam sinais de crise e/ou capacidade de multiplicar o treinamento recebido para outros hospitais similares da região, além de a alta direção oferecer garantias de continuidade na execução do programa. No total, 258 instituições hospitalares participam do Programa nesta primei-ra fase. A intenção é que consigamos aplicá-lo nas 2.100 instituições filiadas à CMB.

FH: Qual é a participação do Ministério da Saúde?Spigolon: A iniciativa tem recebido muitos elogios públicos do Ministério da Saúde. No lançamento nacional, se fez representar pela Secretária Executi-va, Márcia Bassit, que destacou a oportunidade da implementação dessa ação, num cenário em que as Santas Casas, os hospitais sem fins lucrativos e filan-trópicos estão passando por dificuldades financeiras decorrentes da limitada capacidade dos governos federal, estaduais e municipais em, conjuntamente, financiarem o sistema público de saúde. O ministro José Gomes Temporão também está estudando uma forma de o Ministério contribuir financeiramente com a próxima fase do Mais Gestão. FH: De que forma empresas como Petrobrás e Gerdau apóiam o projeto? Há troca de ex-periências, para trazer a realidade da gestão corporativa para as Santas Casas, ou o apoio é apenas financeiro?Spigolon: A Petrobrás e a Gerdau apóiam finan-ceiramente o projeto, além de ser Jorge Gerdau um grande entusiasta dele e ter fundado o Movimento Brasil Competitivo (MBC), que tem por missão contribuir para a melhoria da competitividade das organizações privadas e para a qualidade e produtivi-dade das organizações públicas, de maneira sustentá-vel. Petrobrás e Gerdau, assim como outras grandes corporações, estão no MBC, sendo natural que haja troca de experiências, levando a realidade da gestão corporativa para as Santas Casas e hospitais sem fins lucrativos, entidades estas típicas do Terceiro Setor.

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JoSé Luiz SPiGoLon, Da CMB: Baixaprofissionalização na gestão é o ponto críticodas Santas Casas e hospitais filantrópicos.

FH: Mesmo enfrentando a falta de recursos, as Santas Casas conseguirão implementar novos modelos de gestão e melhorar a assistência?Spigolon: O Programa é bastante ousado, uti-liza ferramentas simples e modernas que possi-bilitam uma rápida redução de desperdícios, o aumento na produtividade e qualidade pela me-lhoria dos processos, além da capacitação, en-gajamento e motivação da equipe profissional, resultando na melhora significativa do atendi-mento à população. Tudo isso baseado numa mudança no gerenciamento desses hospitais. Os resultados positivos já estão sendo percebidos. FH: Qual é o impacto esperado no dia-a-dia e na parte operacional das instituições filantrópicas?Spigolon: Engajamento, motivação e capacita-ção das equipes, revisão e melhoria de todos os seus processos, rápida redução de desperdícios, eliminação dos “gargalos”, aumento da produti-vidade e da qualidade e melhora significativa do atendimento à população. FH: Quais foram os resultados percebidos nos primeiros hospitais beneficiados com o projeto?Spigolon: O Programa partiu da experiência executada pela nossa federação no Estado do Rio Grande do Sul, em 2007, onde 50 dos 239 hospitais a ela filiados participaram do projeto-piloto. Esse piloto teve por base os resultados obtidos pela Santa Casa de Porto Alegre, que ganhou o Prêmio Nacional da Qualidade de 2002, após um grupo de técnicos ter elaborado um programa adequado à realidade dos Hos-

pitais Filantrópicos. O nível de satisfação dos participantes do projeto-piloto foi de mais de noventa por cento e os ganhos para os hospitais, altamente expressivos, considerando as várias etapas da execução do Programa. FH: Como foi a definição das metodologias de qualidade? Elas devem ter impacto maior na estratégia dos hospitais ou no trabalho e motivação dos funcionários?Spigolon: A motivação dos funcionários tem sido o grande mote para o alcance dos bons resultados, isto porque a metodologia adotada é bastante simples e objetiva, proporcionando rápida assimilação e resultados. A definição das metodologias de qualidade levou em conta os conceitos do modelo japonês Kaizen, com foco numa gerência para mudança gradual e contí-nua. Os elementos chaves de modelo são: quali-dade, esforço, participação de todos os emprega-dos, voluntariedade, mudança e comunicação. FH: Há planos para que, após a finalização do projeto, estas instituições busquem certifica-ções de qualidade, como CQH e ONA?Spigolon: Sim, a Confederação das Santas Casas já pensa numa forma de possibilitar-lhes a certificação. FH: Quais são as principais diferenças na ges-tão de instituições filantrópicas, privadas e públicas, além da questão dos recursos?Spigolon: As instituições filantrópicas têm por natureza a ausência do objetivo do lucro ou da ex-ploração comercial, contrariamente ao que ocor-re com as organizações privadas lucrativas. Têm por missão ações essencialmente sociais, voltadas para a população de baixa renda, colocando-se como parceiras dos governos para a execução de políticas públicas. Seus diretores são voluntários e não recebem remuneração ou outros benefícios pelos cargos que nelas desempenham. Indiscu-tivelmente, tais características as diferenciam na forma de gerir suas atividades, principalmente em relação às privadas lucrativas, mas sem deixar de adotar as melhores práticas de gestão disponíveis para o alcance dos seus objetivos. Em relação às instituições públicas, a grande diferença está em não sofrerem os efeitos das “amarras” impostas pela legislação pública, em especial no que se re-fere às licitações e funcionalismo.

FH: Em sua opinião, quais são os pon-tos mais críticos na gestão de hospitais filantrópicos?Spigolon: De um modo geral, a predomi-nância do baixo índice de profissionalização da gestão, o que decorre da incapacidade de contratação de bons profissionais, quer pela localização da maioria desses hospitais, quer pela precária remuneração dos serviços que prestam ao SUS. Estudos feitos pela Confe-deração atestam que, atualmente, em média, para cada R$ 100,00 gastos com os atendi-mentos, o SUS reembolsa apenas R$ 60,00. Isto também implica na baixa capacitação de recursos humanos que, por sua vez, leva a des-perdícios pelo desconhecimento de práticas e alternativas menos custosas. Afora isso, é pre-ciso destacar que entre os cerca de 2.100 esta-belecimentos filantrópicos do segmento saúde há inúmeros exemplos de práticas de gestão muito avançada, chegando a ser modelo para qualquer tipo de hospital de pequeno, médio ou grande porte. FH: É possível garantir uma boa ges-tão de qualidade e oferecer atendimen-to adequado à população, enfrentando problemas de f luxo de caixa comuns às Santas Casas?Spigolon: É muito difícil, especialmente porque não há regras claras, o que torna impossível um planejamento adequado das ações. Ainda hoje, mais da metade das ins-tituições que prestam serviços ao SUS não dispõem de um instrumento jurídico (con-trato ou convênio) regulando essa prestação de serviços e delimitando as obrigações e responsabilidades das partes envolvidas. Os gestores do SUS têm verdadeira ojeriza em assinar tal instrumento e se comprometer, por exemplo, com datas para o pagamento dos serviços que lhe são prestados. Todo o relacionamento é puramente tácito, nada formal. E assim, para garantir uma boa gestão de qualidade, são exigidos esforços, quase sempre, superiores aos que os diri-gentes de Santas Casas e de hospitais filan-trópicos podem dar. O endividamento jun-to a fornecedores e bancos são freqüentes e crescentes, sempre sob o aval particular desses dirigentes.

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Recentemente, o Hospital São Lucas, de Ribeirão Preto, sofreu uma mudança em seu controle acionário. No lugar dos 2 mil acionistas, sendo que, destes, 80 eram seus médicos fundadores, entra Pedro Palocci, que passa a deter 67% das ações. A nova estrutura organizacional contará com Palocci no comando e José Henrique Germann, ex- Hospital Israelita Albert Einstein como seu braço direito. Cylene Souza - [email protected]

Mudanças Estruturais

Em busca de uma administração unificada e de uma distribuição melhor de serviços, no início deste ano, o médico Pedro Palocci,

presidente dos Hospitais São Lucas e Ribeirânia, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, assumiu o controle acionário do Hospital São Lucas, do qual passa a deter 67% das ações. Os outros 2 mil acionis-tas, entre eles os 80 médicos fundadores, passaram a dividir os 33% restantes. Agora, o Grupo São Lucas Ribeirânia passa a ofe-recer atenção à saúde nos três níveis: primário, se-cundário e terciário, além de serviços de diagnósti-co, em suas quatro unidades: hospitais São Lucas e Ribeirânia, Centro de Especialidades Médicas e de Diagnóstico (Cemed) e RD Laboratórios. Outra novidade no grupo é a entrada de José Hen-rique Germann, ex-superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein, no quadro de acionistas. Germann assumiu em agosto a direção geral do Hospital São Lucas e tem como principal missão fi-delizar os médicos. “O que mais destaca o hospital na região é o corpo clínico, que, desde a fundação do hospital, tem origem na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. Isso não vai mudar com o novo controle acionário. Pelo contrário, quere-mos o médico cada vez mais fiel ao hospital. E o Germann é um especialista nisso, ele vai levantar os principais pontos com os médicos para chegar-mos aos resultados”, antecipa Palocci.Germann conta que diálogo com os médicos e busca de objetivos comuns nortearão seu dia-a-dia. “Faremos muitas negociações para buscar um ob-jetivo comum para o hospital e para o corpo clíni-co. Se, por exemplo, a cardiologia entender que é melhor focar na área coronariana, verificaremos o que é necessário de recursos e buscaremos atender. Serão analisadas as metas do hospital, as especia-lidades estratégicas, o foco no cliente/paciente, os Fo

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JOSÉ HENRIQUE GERMANN, DO SÃO LUCAS: Alinhamento das necessidades técnicas às expectativasda administração e dos médicos

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PEDRO PALOCCI, DO SÃO LUCAS: Planejamento estratégico prevê serviços que vãoda prevenção à gestão de crônicos

aspectos do gerenciamento da qualidade e dos ris-cos. Queremos alinhar as necessidades técnicas às expectativas, tanto dos médicos, quanto da admi-nistração do hospital”, explica Germann.Com esta gestão mais próxima do corpo clínico, o grupo pretende tornar mais evidentes os atribu-tos técnicos do hospital, assim como a gestão da qualidade, garantida pela acreditação plena da Or-ganização Nacional de Acreditação (ONA), e zelar para que os protocolos institucionais, considerados “técnicos, éticos e seguros”, sejam seguidos. “Do ponto de vista da administração, queremos aumen-tar a sustentabilidade. Nosso objetivo é gerar mais riqueza para todos: sócios, médicos e para o próprio hospital. Isso se consegue com mais receita, menos despesas e mais investimentos”, analisa Palocci.As novas estratégias pós mudança de controle acio-nário ainda estão sendo definidas, mas Germann adianta algumas especialidades que serão prioritá-rias para o São Lucas. “Como em qualquer lugar de São Paulo, as demandas predominantes são para as áreas cardiovascular, oncologia e neurologia.”

Operadoras como parceirasRibeirão Preto conta com uma população de mais de 500 mil habitantes e uma das maiores cobertu-

ras de saúde suplementar do País: 46% das pessoas têm planos de saúde. “Mas em Ribeirão, ao contrá-rio de São Paulo, a divisão entre planos de pessoa física e jurídica é bem parecida, com mais ou me-nos 50% para cada modalidade. É uma região de serviços, com pequenas empresas, por isso há mais planos individuais”, explica Palocci.Apesar destes números e embora tenha forma-do um grupo que, com suas quatro unidades, somou R$ 61,3 milhões em 2007, Palocci não ambiciona entrar no segmento de operadoras de saúde. “Isso não faz parte do nosso planeja-mento, até porque consideramos este mercado saturado. Seríamos mais um player a disputar os 46% da população que possui plano de saúde. A idéia é sermos prestadores de serviços e apoiar-mos as operadoras”, explica.Para atingir este objetivo, o planejamento do gru-po, totalmente focado no atendimento às operado-ras, define que serão necessários serviços que vão da prevenção à gestão de pacientes crônicos. “Com isso, diminui a necessidade de as operadoras terem serviços próprios e para poucos usuários.”Para atuar em prevenção, o grupo conta com o Ce-med, que atende 20 especialidades e oferece apoio nas áreas de fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia e nutrição, e o RD Laboratórios.Os atendimentos hospitalares ficam divididos en-tre o Hospital São Lucas, que fará o atendimento terciário focado em neurologia, cardiologia, ra-diologia intervencionista e ortopedia, e Hospital Ribeirânia, que complementará os serviços de alta complexidade do Hospital São Lucas e também atenderá baixa e média complexidade.Os próximos passos deverão ser a criação de ser-viços próprios de hospice, para internação de pa-cientes crônicos, e home care. “Nosso plano diretor também prevê, nos próximos sete anos, dobrar a capacidade de assistência e triplicar a área física, tanto ampliando os serviços atuais, quanto abrindo novas unidades de diagnósticos. Vamos estruturar todos os serviços para poder oferecer um bom pa-cote para as operadoras”, revela Palocci.Para integrar todos estes serviços e garantir a me-lhor gestão dos recursos, o grupo já investiu R$ 2,5 milhões em TI, o que inclui o sistema MV, que está em fase de implantação. “Queremos um ban-co de dados único, em que qualquer entrada de in-formações possa ser vista por todos os profissionais, de todas as unidades. O Cemed já está lançando os laudos dos exames no sistema, que é on-line. Basta

Sociedade MédicaO Hospital São Lucas foi idealizado em 1962, por médicos da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, que tinham dificul-dades para internar seus pacientes no Hospi-tal das Clínicas da cidade. Os hospitais eram fechados e só permitiam que seu próprio cor-po clínico utilizasse as instalações.Para viabilizar a construção, os professores de medicina da USP tornaram-se sócios e também passaram a vender ações para seus familiares e pacientes. Para apoiar o início das atividades, até mesmo os fornecedores ajudaram, trocando produtos por serviços. O hospital foi inaugurado em 1969, com 56 leitos, 26 apartamentos, 50 médicos e 100 funcionários. Hoje, conta com 100 leitos, 890 médicos credenciados e 447 funcioná-rios. No último ano, o faturamento foi de R$ 40 milhões.

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Grupo São LucaS ribeirânia em númeroS

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237,3004,6003,100

R$ 2,9 milhões

FundaçãoLeitosLeitos Day ClinicLeitos UTI GeralLeitos UTI CardiovascularLeitos UTI Pediátrica e NeonatalSalas cirúrgicasFuncionários contratados (CLT)Médicos CredenciadosAtendimentos por mês no Pronto-SocorroInternações/mêsCirurgias na Day ClinicCirurgias por mêsCirurgias cardíacas/mêsProcedimentos/mês HemodinâmicaProcedimentos/mês em Neurorradiologia IntervencionistaNúmero de especialidades médicas atendidas no CemedNúmero de atendimentos totaisConsultas especiais por mês no CemedExames de imagem por mês no CemedExames Laboratoriais por mês nas unidades hospitalaresFaturamento em 2007

* Fonte: Grupo São Lucas Riberênia

O Grupo São Lucas Ribeirânia, da qual fazem parte os hospitais São Lucas e Ribeirânia, o Centro de Especialidades Médicas e de Diagnóstico (CEMED) e o RD Laboratórios, conta hoje com 809 funcionários contratados e já investiu R$ 2,5 milhões em TI, para otimizar seus processos e permitir a integração das informações entre todas as unidades.

CEMED

29 anos491410

55

247270

3,500220150110

R$ 16 milhões

Riberânia

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R$ 40 milhões

São Lucas

2 anos

47

25,000R$ 2,4 milhões

RDLaboratórios

o médico acessar a internet para ter as informa-ções”, diz Palocci.

Perpetuação Dos pacientes do Hospital São Lucas, de 38% a 40% vêm de fora da cidade, num raio de 150 quilômetros, o que o torna referência regional no oeste de São Paulo e Mato Grosso. “A pró-pria origem do hospital, inaugurado por pro-fessores da Faculdade de Medicina, leva a isso. Os médicos vão trabalhar em outras cidades e referenciam seus pacientes para o São Lucas”, diz Palocci. Para perpetuar este status e manter o crescimen-to, a estratégia precisa ir além dos investimentos em infra-estrutura e tecnologia e da fidelização

dos médicos. A formação de lideranças também é uma preocupação constante. “A gestão de pes-soas precisa reconhecer os talentos, estabelecer conexões de filosofia de trabalho entre a insti-tuição e os funcionários, buscando satisfazer os dois lados, e investir em formação contínua”, define Germann.Para isso, a instituição acaba de investir em um MBA em Gestão de Saúde para 30 lideranças. O curso de 396 horas, organizado pela FAAP, foi feito sob medida para atender às necessidades do grupo, com a maior parte do conteúdo foca-do no institucional do São Lucas. O grupo também busca melhorar a formação dos demais profissionais com treinamentos con-tínuos, de acordo com as necessidades de cada

área, usando recursos como seu centro de estu-dos ou a estrutura de vídeo-conferência.Em nível institucional, a garantia de perenidade virá com o sucesso e o crescimento em velocida-des semelhantes para todas as unidades. “Toda a corrente tem a força de seu elo mais fraco. Por isso, este é o ano da reestruturação: queremos garantir que todos os serviços estarão no mesmo nível”, compara Palocci.Isso se dará com um modelo de gestão focado em qualidade e atento aos processos definidos pela acreditação; recursos humanos, sustentabi-lidade dos negócios e bons resultados clínicos. “Este rol dos indicadores nos dá reconhecimen-to e deixa o Raio-X da instituição mais nítido”, conclui Palocci.

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As 10 mais clicadas12345

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Saúde inicia campanhade vacinação contra rubéola

20 laboratórios estão na mira da DASA

SP cria pós-graduaçãográtis em gestão hospitalar

OPINIÃO: Alguns antônimos de "Acreditar"

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Webcast Entrevista

ASSISTA outras entrevistas no

www.saudebusinessweb.com.br

Serviço de atendimento ao cliente: decreto do governo exige transformação!

Em artigo, o especialista em Gestão e Qualidade e dire-tor executivo da V2 Con-sulting, Vladimir Vallada-res, diz que as empresas de saúde teriam que aumentar o seu quadro de atendentes

entre 15% e 50% para atender novas nor-mas de call center.

Alguns antônimos de “Acreditar”O artigo da consultora e médica especialista em ad-ministração em Saúde, Ani-ta Negrão Caldas, aborda as fraquezas e desencontros da indústria da acreditação no Brasil. Além disso, ela

defende que o selo passou por mudanças de objetivos nos últimos tempos.

Saúde em alerta: reuso de produtos e infecções

Para o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Equipa-mentos, Produtos e Supri-mentos Médico-Hospitala-res (Abimed), Aurimar José

Pinto, há clara ignorância da legislação aos princípios éticos que regem os direi-tos dos pacientes.

Medicina Alternativa: da confusão à integração

No artigo do chefe do Departamento de MTJ do Hospital Santa Cruz, Kazusei Akiyama, o médico defende a tese de que é preciso integrar a

medicina alternativa à convencional, com a concepção de novos métodos terapêuticos.

OpiniõesLeia e discuta com nossos colunistas

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PATRICIA SANTANA: estagiária da Unidade Setores e Negócios/ Saú[email protected]

Participe você também e comente sobre estes e outros temas em: www.saudebusinessweb.com.br* A repórter Katia Cecotosti está em licença maternidade e volta na edição de dezembro.

OPINIÃO: Acreditação de Serviços de Saúde

Universidade inaugura Centro de Simulação em Saúde Confi ra a reportagem sobre o novo Centro de Simulação da Uni-versidade Anhembi Morumbi, que contou com investimentos de R$ 10 milhões. A expectativa é fornecer treinamento para estudantes e profi ssionais de hospitais parceiros

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Cortar o mal pela raiz (literalmente)Neste mês é inevitável comentar a questão da infecção hospitalar. Vivenciamos e ainda estamos vivendo o surto de infecções por micobactéria de crescimento rápido (MCR) pelo Brasil afora. Só no Rio de Janeiro, por exemplo, 416 casos aconteceram no ano passado. E diante do descontrole, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sugere cortar o mal pela raiz, dizendo que existe um projeto em andamento que visa acabar com a obrigatoriedade de formação de co-missões de combate à infecção em instituições de saúde. Ora, se não está havendo a esterilização correta dos equipamentos e pessoas estão morrendo por conta disso (e é obrigatório ter uma comissão de controle de infecção), por que justamente o órgão regulador quer por fi m a esta obrigatoriedade? Isto é um retrocesso desca-bido. As instituições precisam de uma fi scalização mais rígida e punições claras, e não de mais abertura para praticar irregularidades. Ou o mercado de Saúde e a política – por meio da Agência – sofre de um “mal” chamado lobby; ou não houve nenhum tipo de planejamento ou estratégia para alterar a Portaria 2.626/98, que prevê as comissões. Confi ra as notícias que aqueceram o portal. Boa leitura!

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A voz dos leitores Dê sua opinião em nossa enquete on-line e confira o resultaDo aqui. toDa semana um novo tema.

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A sua instituição já estáse adequando às novas normas de call center?

sim, principalmente o tempo de demora para

conluir o atendimento26,67%

sim, principalmente o repasse para vários atendentes em um único atendimento6,67%

sim, principalmente investindo em treinamento dos atendentes6,67%

ainda estamos estudando formas para

atender às mudanças40%

não irei me adequar, irei terceirizar o call center20%

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Inbravisa quer protocolos para diminuir micobactériasO Instituto Brasileiro de Audito-ria em Vigilância Sanitária (In-bravisa) acredita que novos casos de infecção por Micobactérias de Crescimento Rápido (MCR) poderão ocorrer em todo o país, caso não sejam adotadas medi-das de melhoria das condições de limpeza e esterilização nos servi-ços de saúde do Brasil. De acordo com a instituição, é preciso que se estabeleça um centro de esterilização com área suja e área limpa, uma revisão do protocolo de descontaminação, limpeza e esterilização , com mo-nitoramento da eficácia dos méto-dos empregados, um aumento da

quantidade de equipamentos para que haja tempo hábil para reali-zação destes procedimentos, e até mesmo estabelecer contratos para terceirização destas atividades. Em nota à imprensa, o gerente de investigação e prevenção de in-fecções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Le-andro Santi, diz que "as infecções por MCR estão fortemente rela-cionadas às falhas nos processos de limpeza, desinfecção e esterili-zação de produtos médicos". Como medida imediata, o In-bravisa disponibiliza um manual técnico de orientações aos servi-ços de saúde.

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Com a proposta de proibir a instalação de depósitos destinados a lixo hospita-lar na área urbana da cidade de Bauru, acaba de ser protocolado um Projeto de Lei (PL) para restringir o descarte deste tipo de material em área urbana. O PL ainda deve ser discutido e vota-do. Pela proposta, o Executivo pode-rá conceder alvará de funcionamento para lixo hospitalar ou componentes similares em áreas destinadas aos dis-tritos industriais e próximas aos aterros sanitários do município. Além disso, o projeto determina que a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan) fique responsável pelo estudo dos pe-

didos de instalação dos depósitos e da sua fiscalização. O titular da Seplan, Leandro Joaquim, explica ao Jornal da Cidade de Bauru, que para procedimentos dessa natureza são feitas análises pela Empresa Munici-pal de Desenvolvimento Urbano e Rural (Emdurb), Vigilância Sanitária e Com-panhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo de São Paulo. O secretário comenta também que para autorizar o funcionamento des-ses locais a Seplan realiza estudos para emissão da licença de uso do solo e do chamado alvará de alta complexidade.

Atualmente, de acordo com assessoria de imprensa da Emdurb, o lixo hos-pitalar é enterrado em vala séptica, impermeabilizada para evitar conta-minação. A única fossa existente em Bauru para lixo hospitalar localiza-se nas proximidades das penitenciárias P1 e P2, em acesso da rodovia Mare-chal Rondon. Mas a destinação desse tipo de mate-rial está passando por mudança. Reso-lução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que é o gerador do lixo quem deve arcar com sua destinação final e não o Po-der Público.

Bauru quer lixo hospitalarfora da área urbana

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BlogsLeia e discuta com nossos blogueiros os assuntos mais quentes do mês

Pedro FazioÚLTIMO POST: Unidas: Excepcional PublicaçãoPedro Fazio é economista e diretor da Fa-zio Consultoria Roberto LatiniÚLTIMO POST: Consulta Pública 01/2008, do Ministério da SaúdeRoberto Latini é diretor da Latini & As-sociados e aborda as regulações do setor de Vigilância Sanitária Glauco MichelottiÚLTIMO POST: Gestão em Serviços de Saúde, Qu est-ce que c est?Glauco Michelotti é CEO do Grupo BEM, é formado em Matemática com MBA em Mercados de Capitais Marilia Ehl BarbosaÚLTIMO POST: Alternativas de ges-tão públicaMarilia Ehl Barbosa é presidente da UNIDAS – União Nacional das Insti-tuições de Autogestão em Saúde Blog da RedaçãoÚLTIMO POST: Remédios nossos de cada diaAs notícias de bastidores e os comentários das jornalistas do Saúde Business Web Ildo MeyerÚLTIMO POST: Gente cuidando de genteIldo Meyer é palestrante motivacional e médico com especialização em anestesio-logia e pós-graduação em Filosofi a Clíni-ca pelo Instituto Packter Adrianos LoverdosÚLTIMO POST: Revelando talentos no Congresso de AuditoriaAdrianos Loverdos é diretor técnico do Hospital Madrecor de Uberlândia. Tam-bém é autor do livro "Auditoria e Análise de Contas Médico Hospitalares" Claudia GoulartÚLTIMO POST: Miomas uterinos: adeus à cirurgiaClaudia Goulart é presidente da GE He-althcare para a América Latina

Associações são contrapré-qualifi cação de empresasA Consulta Pública Nº01 do ministério da Saúde deste ano, publicada em 23 de junho, regulamentará procedimentos de compra de produtos médicos, in-sumos farmacêuticos, medicamentos, soros, vacinas e hemoderivados. Segundo o documento, que deve virar uma portaria, as empresas que apresen-tarem certifi cado de Boas Práticas da resolução Nº 59 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) serão privilegiadas no processo de licitação. Para o presidente da Associação Brasi-leira de Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi), Roberto Rodri-gues, este sistema de pré-qualifi cação para que a empresa participe de uma li-citação pública infringe os princípios da própria Lei de Licitação. "O mercado como um todo tem que ter condições de participar de um processo de com-pra do Estado, o que aumenta a com-petição no mercado e pode inclusive diminuir os custos", pontua. Atualmente, 287 empresas obtiveram certifi cação sob a Resolução Nº 59. O número não contempla nem um terço do número total das empresas existen-tes no mercado. Para o secretário-exe-cutivo da Câmara Brasileira de Diag-nóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Gouvêa, a Anvisa possui um processo de certifi cação muito longo, o que faz com que as empresas internacionais sejam desfavorecidas. "Hoje em dia, a demora entre 8 a 10 meses para realizar um agendamento de inspeção junto à Anvisa. É preciso que um grupo da Agência vá in loco. Mais do que isso, existe a renovação anual. A própria Anvisa não está conseguindo cumprir com a RDC 59. O Estado acaba se onerando", conclui. Gouvêa acredita que "as empresas es-trangeiras acabam sendo punidas por

uma inefi ciência do órgão regulador. A empresa de grande porte deixaria de fornecer para o Estado. Este ônus será pago pela população". No ponto de vista do presidente da As-sociação Brasileira da Indústria de Arti-gos e Equipamentos Médicos, Odonto-lógicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), Franco Pallamolla, a proposta do ministério não visa fomentar a in-dústria nacional, mas focar na seguran-ça do sistema, no que tange qualidade. Para o executivo, a possível portaria fará com que as empresas sejam vistas de igual para igual. "Os prejudicados, se é que assim se pode dizer, seriam as empresas nacionais e internacionais que atuam na ilegalidade, produzindo sem qualidade e fora dos padrões de segu-rança defi nidos pelo órgão regulador", defende Pallamolla. Com relação à demora para obter a certifi cação da Anvisa e à possível de-manda que tal portaria deverá gerar. Franco é enfático: "Se a Anvisa está ou não preparada para atender a demanda não cabe a nós julgar. Trata-se de um problema de cunho administrativo que o órgão regulador deverá equacionar".

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CARLOS GOUVÊA, DA CBDL: Processo longo de certifi cação desfavorece empresas estrangeiras

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O governo paulista começa a oferecer, a partir deste mês, um curso de pós-graduação gratuito para os funcioná-rios com nível superior que atuam em santas casas e hospitais filantrópicos do Estado de São Paulo. O Curso de Especialização em Admi-nistração Hospitalar é fruto de uma parceria com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Esta-do de São Paulo (Fehosp) e a Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantene-dora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia.

Com 18 meses de duração, o curso é di-recionado 167 profi ssionais de nível su-perior que trabalham nas santas casas. Nos dias 22 e 23 de agosto serão inicia-das as turmas de Campinas e Marília. O objetivo da especialização é capaci-tar os profissionais dos hospitais filan-trópicos no gerenciamento de serviços de saúde, marketing, informação, re-cursos humanos, serviços operacionais e de apoio, atendimento direto ao pa-ciente, suprimentos, custos, legislação, além de gestão financeira e orçamen-tária. Serão 15 módulos focados em

gestão hospitalar, além de metodolo-gia científica, seminários e orientação para monografia. Os custos do novo curso ficarão por conta da Secretaria de Estado da Saú-de, que irá supervisionar o conteúdo programático e o cumprimento da car-ga horária de 360 horas pelos alunos. O investimento de R$ 1 milhão inclui a transmissão de aulas por videconfe-rência para médicos, enfermeiros, fo-noaudiólogos e funcionários adminis-trativos em nove hospitais beneficentes do Estado e na própria Fehosp.

SP cria pós-graduaçãográtis em gestão hospitalar

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O Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária (Inbravisa) acaba de informar que Estados como Rio de Ja-neiro, Minas Gerais e Distrito Federal só liberam doses do medicamento Fator VIII, para hemofílicos, para casos de ur-gência ou cirurgia. De acordo com o instituto, este medica-mento será fabricado no Brasil a partir de 2014 na estatal Hemobrás. Em nota à im-prensa, o Inbravisa indica que "o Ministério da Saúde alegou difi culdades na licitação

internacional para comprar o medicamento , e a Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) reteve a liberação da impor-tação do remédio ,durante quase um mês, alegando que faltava um documento , que deveria ser apresentado pelo Laboratório Baxter, fabricante do produto." Para o diretor presidente do instituto, Rui Dammenhain, "os entraves buro-cráticos não podem colocar em risco a vida de milhares de pessoas portadoras de hemofília", acredita.

Em nota de esclarecimento, a Baxter informou que até o fi nal do ano, entre-gará ao Ministério da Saúde mais 70 milhões de unidades internacionais de Fator VIII, antecipando em um mês a entrega total das 126 milhões de doses contratadas. Além disso, a multinacio-nal informou que “desconhece a ocor-rência de qualquer problema com sua documentação, tanto que tem entregue regularmente, e com antecedência, as doses contratadas.”

Estoque de remédiospara hemofílicos chegou a zerar no Brasil

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Em dezembro, a revista Fornecedores Hospitalares terá uma edição especial e você não pode fi car de fora!

Para encerrar 2008, nossa equipe editorial fará o balanço da indústria médico-hospitalar e farmacêutica. Iniciamos este projeto no ano passado e foi um sucesso. Neste ano, estamos vislumbrando um projeto ainda maior, com a participação de um número mais expressivo de empresas.

A idéia é organizar um guia com informações relevantes das indústrias, tanto para que seus clientes (nossos leitores) tenham uma lista com os principais fornecedores de cada produto, como para que conheçam a saúde fi nanceira, credibilidade, idoneidade e forma de trabalho de seu fornecedor. Neste ano, faremos subdivisões entre indústria médico-hospitalar e indústria farmacêutica.

Funciona da seguinte forma: Para participar da edição, a empresa deve responder ao questionário até dia 03 de novembro e enviar o seu logotipo, na resolução de 1200 x 1200 pixels, ou em 3 megapixels para o email [email protected]

PARTICIPE DO ESPECIAL DE BALANÇO DA REVISTAFORNECEDORES HOSPITALARES DE DEZEMBRO

* Só serão publicadas as empresas que enviarem o questionário completo e o logotipo.

** Não há custo algum e a participação nesta edição é estritamente editorial, não implicando em nenhum tipo de relacionamento comercial com a IT Mídia.

Você pode participar desta edição enviando suas informações pelo site

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A sustentabilidade do setor de Saúde é ampla-mente discutida entre os players. Em busca de soluções para fazer dos serviços de saúde um negócio rentável e perene, instituições buscam novos modelos e forma de gerar um valor agregado à atenção de saúde.É justamente com esta premissa que o Hospi-tal Santa Marina, da zona sul de São Paulo, acaba de fechar uma parceria com o Hospital de Olhos de São Paulo. A idéia é trazer a ins-tituição especializada em oftalmologia para dentro do hospital geral, como uma estratégia de expandir a atuação e suprir uma demanda regional reprimida por esta especialidade clí-nica. “O Santa Marina nunca teve tradição em oftalmologia. Na zona sul, não existem grandes pólos de oftalmologia. Queremos justamente associar o nome e a estrutura do Hospital dos Olhos à nossa estrutura”, explica a diretora comercial e de marketing do Santa

Marina, Andréia Bera.Hoje, com cerca de 20 mil consultas por mês dentro do Pronto-socorro, o Santa Marina tem uma expectativa de aumentar o atendi-mento ambulatorial. “Depois de seis meses de negociação, teremos uma equipe do Hospital dos Olhos aqui dentro, sendo que os honorá-rios médicos são da equipe e as taxas de servi-ço serão nossas”, conta Andréia.A instituição não precisou investir em estrutu-ra. De acordo com a diretora, foram feitas pe-quenas implementações no Hospital Dia, para comportar a demanda de pequenas cirurgias, e uma adequação e decoração diferenciada do centro médico. “Com relação à equipamentos, vamos fazer parcerias com fornecedores, nas quais compramos os insumos e eles fornecem gratuitamente o aparelho”, diz.Com 260 leitos, o Santa Marina acredita que existe uma demanda reprimida na região.

Portanto, “será elaborada uma comunicação visual e identidade visual conjunta entre as instituições. De forma a envolver os pacien-tes e mostrar a parceria, ou seja, a qualidade assistencial em oftalmologia que foi trazida para dentro do hospital”.Mais do que este acordo, em específi co, a idéia do Santa Marina é ampliar a cola-boração com outras instituições especiali-zadas. “Temos um visão em longo prazo de fazer mais negociações. Sempre vamos analisar a localização e as atividades com-plementares. Como somos de corpo clíni-co aberto, temos esta fl exibilidade. Só que precisamos tomar o cuidado para que os profi ssionais que não pertencem às insti-tuições parceiras não se sintam desmoti-vados”, acredita Andréia.O Hospital dos Olhos faz 57 mil consultas por ano, 59 mil exames e 6 mil cirurgias.

Santa Marina expande atuação com parceria

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Ceará deveganhar novo hospitalO Governo do Estado do Ceará acaba de lançar edital de licitação para a construção do Hospital Regional do Cariri. Com in-vestimentos de R$ 57,8 milhões, a unida-de, primeira da rede estadual no Interior, vai atender urgência e emergência de alta complexidade.O hospital Regional do Cariri será cons-truído em uma área de 27mil metros qua-drados, localizado no triângulo Crajubar. Serão 209 leitos, 20 de Unidades de Te-rapia Intensiva (UTI) e 15 leitos semi-in-tensivos. Além disso, haverá oito salas ci-rúrgicas.A previsão da Secretaria da Saúde do Es-tado é de sejam realizadas 7.872 cirurgias

de média e alta complexidade e 9.504 de pequena complexidade. O número espe-rado de internações por ano é de 6.760. No ambulatório, 29.568 consultas a cada ano.Também serão disponibilizados serviços de ressonância magnética, eletrocardio-grama, eletroencefalograma, mamografi a e radiologia. A previsão de conclusão das obras é de 18 meses.O Governo pretende ainda construir mais um Hospital Regional, no município de Sobral para atender a população da região Norte do Estado. Atualmente, todos os hospitais da rede estadual de saúde estão localizados em Fortaleza.

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo inaugurou e entregou nesta quinta-feira, 14, a gestão da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) de Es-pecialidades Santa Cecília ao Hospital Sírio-Libanês. A unidade, localizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Humber-to Pascalli, oferecerá atendimento em cardiologia, ortopedia, neurologia, ci-rurgia vascular, reumatologia, urologia e endocrinologia. O Sírio-Libanês já administra as AMAs Vila Piauí e Jardim Peri-Peri. Em parce-ria com a Secretaria Municipal de Saú-de, o hospital também já apoiou a re-forma de unidades de saúde, projetos de manutenção predial e de informática.

Sírio-Libanês seráresponsável por mais uma AMA

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Anvisa quer limitar número de cirurgiascom câmeras por causa de novo tipo de infecçãoA Agência Nacional de Vigilância Sani-tária (Anvisa) quer limitar o número de equipamentos e de procedimentos cirúr-gicos diários, especialmente os que usam pequenas câmeras de vídeo que são intro-duzidas no paciente. A medida deve ser adotada em todos os ser-viços de saúde do país para reduzir o núme-ro de infecções pós-cirúrgicas por Micobac-téria de Crescimento Rápido (MCR). Esse tipo de bactéria está relacionada a proble-mas na limpeza dos instrumentos e apare-lhos utilizados em cirurgias. A Anvisa informa que, ao fi scalizar os ser-viços de saúde, descobriu que essa apare-lhagem vinha sendo apenas desinfetada - procedimento que dura em torno de 30 minutos - e não esterilizada - procedimento recomendado e que dura cerca de 10 horas. "O que percebemos é que onde tem sido aplicado procedimentos de esterilização, de forma correta e completa, não há pro-blemas. E onde ocorreram casos e o serviço de saúde passou a adotar os procedimentos

de esterilização não houve reincidência", ex-plica a diretora-adjunta da Anvisa, Beatriz Macdowell Soares. Com a limitação do número de cirurgias e de aparelhos adquiridos pelo serviço de saúde, a agência espera acabar com a falta de tempo para a esterilização. Desde 2003, já ocorreram 2025 casos de infecções por MCR (existem mais 3 em investigação atualmente). Em 72% dos casos, a bactéria se desenvolveu após cirurgias abdominais, videolaparoscopia, redução de duodeno e retirada de lipomas. Sempre em procedi-mentos que utilizam câmeras de vídeo ou aparelhagem similar, mas não há registro de casos provocados por exames e procedi-mentos de diagnóstico. Recentemente, o governo do Espírito Santo proibiu temporariamente que as clínicas e hospitais do estado realizassem cirurgias de lipoaspiração. A medida foi tomada porque ocorreram os primeiros casos de infecção por esse tipo de bacté-ria no estado nesse tipo de procedimento.

Mas as lipoaspirações foram responsáveis até hoje por apenas 3% dos casos de in-fecção por MCR. Em nota técnica, a Anvisa alerta que esse tipo de infecção se configura uma doença emergente, "sem registros anteriores aqui e em outros países, nessa proporção" e que a situação é grave em quase todos os estados do país. "A Micobactéria tem crescimento rápido, mas pode se manifestar em até dois anos. Elas podem causar grânulos que podem provocar a necessidade de nova cirurgia para a retirada", explica Beatriz Macdowell. "Os profi ssionais de saúde devem alertar o paciente para os riscos e avaliar a real neces-sidade de indicação da cirurgia", completa. A Anvisa também sugere que os serviços de saúde que utilizem outros produtos para esterilizar os equipamentos e não mais o glutaraldeído 2% (mais utilizado atual-mente), porque a bactéria tem demonstra-do resistência ao produto. As informações são da Agência Brasil.

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27 cursos de medicinano País são inadequados Em levantamento divulgado nesta quarta-feira, 6, pelo Ministério da Educação, identificou-se que 27 cursos de medicina do País são inapropriados. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, nessas escolas, cerca de 2.600 alunos se formam anualmente, o que representa 1 a cada 4 médicos que terminam o ensino superior na área. Os cursos mal avaliados tiveram notas 1 e 2 em um novo indicador criado pelo MEC, o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que vai de 1 a 5. Além do desempenho e evo-lução dos alunos no Enade 2007 (antigo Provão), o novo indicador avalia o perfil do corpo docente e a satisfação dos estudantes, com base no questionário do Enade. Em medicina, foram analisados 153 cursos. Apenas qua-tro obtiveram a nota 5, que significa "referência na área". Do total de 3.239 cursos, 25% obtiveram notas 1 ou 2, grande parte de instituições privadas, e 21,4% ficaram en-tre 4 e 5, sendo que 1.211 não tiveram nota, por impossi-bilidades estatísticas.

Saúde cria centralde pacientes na fila do transplanteA Secretaria de Estado do Rio de Janeiro de Saúde e Defesa Civil criou uma central gratuita para atender aos pacientes do Hospital Geral de Bonsucesso e do Fundão que aguar-dam transplantes de fígado. Os pacientes devem entrar em contato com a Secretaria e agendar os exames. A lista para transplante de fígado é organizada por gravi-dade, que é medida pelo Meld, número criado pelo exame de sangue que corresponde à gravidade da situação do pa-ciente. Quanto mais alto for o número de Meld, maior a gravidade. Mas há outros critérios de priorização na fila, como, por exemplo, casos de urgência máxima, de acordo com a assessoria. A partir da semana que vem, estará disponível um site es-pecífico para consulta dos pacientes. Eles poderão saber, via Internet, se o seu exame está vencido e consultar sua posição na lista.O telefone para obter informações é 0800- 2857557.

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Da redação / Colaborou Patricia Santana – [email protected]

Sepaco investe US$ 1 milhão em aparelhos e estrutura física

O Hospital Sepaco, da zona sul de São Paulo, acaba de concluir a construção de 22 leitos, em formato de apartamento, e do centro ci-rúrgico. Mais do que isso, a instituição adqui-riu equipamentos de hemodinâmica e tomo-grafi a, serviços que antes eram terceirizados. Com recursos da ordem de US$ 1 milhão, sendo que 20% são próprios e o restante é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o hospital pretende tornar toda a área hospitalar pro-dutiva por 24 horas, retirando completa-mente a administração de dentro do hospi-tal. "Trabalhamos com o conceito de que o hospital é uma obra inacabada. Acabamos de aumentar a área de internação e o con-forto do centro cirúrgico para o médico. Alugamos uma casa em frente ao hospital

para alocar parte da equipe administrativa. Até o fi nal de 2009, outros 22 apartamen-tos serão construídos e, consequentemente, mais pessoas que não atuam com a assis-tência em si mudarão para a casa", conta o superintendente do Sepaco, Rafael Parri. De acordo com o executivo, o motivo do aumento de leitos é a crescente demanda da região. "Estávamos negando atendimento. Como estamos em uma área bem localiza-da, com metrô e área residencial, optamos por ampliar a estrutura. Agora, com 200 leitos, nossa taxa de ocupação é de 73%, mas, como acabamos de inaugurá-los, de-veremos atingir 80% até o fi nal do próxi-mo mês", explica. Mas as reformas não fi cam somente nesta inauguração. Parri antecipa que existe um

plano diretor para ampliar a Unidade de Te-rapia Intensiva (UTI) em 2009 e o pronto-atendimento em 2010.

MUDANÇA DE POSTURA Antes, os serviços de hemodinâmica e tomo-grafi a eram terceirizados por um grupo de mé-dicos dentro do hospital. Agora, com a aqui-sição dos equipamentos, o Sepaco quer servir serviços próprios. O motivo é a obsolescência. "Com o tempo, os equipamentos começaram a fi car ultrapassados. Contratamos equipes para operar as novas aparelhagens. A demanda pelos serviços tem aumentado, o que justifi cou o investimento próprio", diz Parri. Dados do hospital apontam que são realizadas 380 tomografi as por mês e, a partir de setem-bro, serão feitas 120 hemodinâmicas mensais.

ID Med é o primeiro registro médico eletrônico do PaísO Brasil acaba de inaugurar o primeiro por-tal de registro médico pessoal. Nos mesmos moldes de HealthVault e outras plataformas americanas, o ID Med surge como uma op-ção brasileira de prontuário eletrônico.Nele, o internauta tem a opção de fazer o próprio registro, o médico pode regis-trar diagnósticos dentro do histórico do paciente e ainda existe a possibilidade de importar resultados de exames, como diagnóstico por imagem. “Percebemos que com o crescimento da internet no Brasil, havia uma oportunidade de negó-cio. Afi nal, este tipo de plataforma já é bem disseminado nos Estados Unidos e outros países do exterior”, diz o diretor-executivo do ID Med, Humberto Mello.Inaugurado na segunda quinzena de agosto, o portal já possui 750 usuários com os prontuários e mais de 1 mil vi-sitas por dia. “Nossa meta é ter acima de 30 mil visitas por dia até o fi nal deste ano”, pontua Mello.

Com investimentos de R$ 200 mil, o portal tem capacidade de ampliação conforme a demanda de cadastros dos prontuários eletrônicos e os usuários não possuem limite de capacidade para registros.Depois de um ano de desenvolvimento e estudo de viabilidade, o ID Med pos-sui outras funcionalidades como o car-tão pessoal do usuário, onde é possível armazenar como arquivo de doenças, medicamentos habituais, vacinas apli-cadas, cirurgias realizadas, contatos de emergência, entre outros dados. “Cada cartão possui um código de emergência para acesso a informações do histórico, que deverá ser impressa e colocada junto aos documentos do usuário. A proposta é de que, em caso de emergência, a car-teirinha facilite a ação dos nos primeiros socorros”, explica o diretor.Além do serviço, o portal disponibiliza artigos e conteúdo informativo sobre

questões clínicas como doenças e méto-dos de cura, por exemplo. “Temos per-cebido que há uma aceitação acima da expectativa por parte dos profi ssionais da saúde. Temos mais de 200 médicos que publicam artigos, conceitos e diag-nósticos. O curioso é que eles são cola-boradores não recebem nada por isso”, conta Mello.

PARCERIASComo todos os serviços do portal são gratuitos, o retorno sobre o investimen-to será feito por meio de publicidade e parcerias. “Estamos negociando com prefeituras do interior de São Paulo, de forma que o registro eletrônico será feito pelos servidores públicos para gerir a saú-de deles. Já conversamos, também, com três laboratórios e seguros de saúde que manifestaram interesse em fi rmar acor-dos para a disponibilização de exames em nossa plataforma.

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O Ministério da Saúde inaugura a pri-meira reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (GE-CIS), em Brasília. O grupo abordará a efi ciência dos progra-mas de investimentos em empresas do se-tor, como o Profarma, e ações de estímulo da produção. De acordo com a pasta da Saúde, serão discutidos temas que afetam a produção industrial de saúde, como a desoneração do setor, carga tributária de produtos nacionais e importados, bem como investimentos da ordem federal. O objetivo do grupo, criado em maio deste ano por meio de decreto presi-dencial, é propor uma regulamentação para o complexo industrial da saúde, de forma a reduzir os gargalos e equa-lizar a balança comercial, cada vez mais dependente de produtos, equipa-mentos e tecnologia estrangeiros. Anualmente, o Ministério da Saú-de compra cerca de R$ 8 bilhões em medicamentos, equipamentos médi-co, materiais (órteses e próteses), he-moderivados, vacinas e reagentes para diagnóstico. Boa parte desse material

é importada, o que faz com que o dé-ficit da balança comercial da área seja de quase US$ 6 bilhões. Os encontros do grupo, formado por ga-binetes do ministério da saúde e por re-presentantes do próprio setor produtivo, serão regulares para a elaboração de di-retrizes para o apoio de políticas públicas que benefi ciem a indústria da saúde. O grupo é composto por representantes dos ministérios do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior (MDIC), da Ciência e Tecnologia (MCT), do Planeja-mento, Orçamento e Gestão (MPOG), da Fazenda (MF), Relações Exteriores (MRE) e da Casa Civil da Presidência da Repúbli-ca. Também participam do grupo os repre-sentantes da Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Nacional de Propriedade Indus-trial (Inpi), Agência Brasileira de Desen-volvimento Industrial (ABDI), Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), e Finan-ciadora de Estudos e Projetos (Finep).

Grupo do complexoindustrial da Saúde terá 1ª reunião

O Hospital de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, acaba de inaugurar o Centro de Imagem da Mulher, que reúne serviços de diagnóstico para acompanhamento e avaliação de doenças como câncer de mama e ginecológico, além de problemas decorrentes da menopausa. Além da estrutura radiodiagnóstica já oferecida pela unidade, que in-clui um novo tomógrafo helicoidal, o Centro concentra equipamentos de densitometria óssea, ultrassono-grafia e mamografia para o diag-nóstico precoce de doenças. Com os novos aparelhos, a expec-tativa é que sejam realizados cerca de 1,8 mil exames por mês. Destes, cerca de 25% serão destinados a pacientes encaminhadas pelos pó-los de mama da região da Barra e de Jacarepaguá. O Ministério da Saúde investiu um total de R$1,7 milhão em equipamentos.O Hospital de Jacarepaguá, unida-de do Ministério da Saúde, atende a alta e média complexidades em especialidades clínicas e cirúrgicas. Atualmente conta com 227 leitos de enfermaria e uma emergência clínica. A instituição realiza, em média, 12,7 mil consultas ambu-latoriais, 13 mil atendimentos na emergência, 600 internações e 500 cirurgias por mês.

Einstein inauguraCentro de Arritmia CardíacaO Hospital Israelita Albert Einstein inaugura hoje o Centro Einstein de Arritmia Cardíaca. A área contará com 10 profi ssionais que formarão uma equipe multidisciplinar e, baseados em protocolos, irão diagnosticar e propor tratamentos para pacientes car-diopatas, especialmente para os que cor-rem o risco de morte súbita. Entre as tecnologias utilizadas no centro estão os aparelhos Ensite e

Carto, que permitem a criação de imagens tridimensionais do coração para mapeamento eletroanatômico; eletrocardiograma de alta resolução e sistema de monitorização loop re-corder, que atualiza e grava continu-amente o eletrocardiograma. Entre os procedimentos disponíveis estão a microalternância da onda T, teste de in-clinação ortostática e ablação por cateter, entre outros.

Saúde investeR$ 1,7 mil em centro

de diagnósticopara mulher

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Assim como o farol marítimo é referência para os navios, seu hospital poderá ser referência em gestão hospitalar no Brasil.

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Participe gratuitamente do estudo que apresentará ao mercadoos melhores modelos de gestão hospitalar do Brasil em 2008.

Preencha o questionário e envie o case do seu hospital.

Os 20 melhores cases serão publicados em dezembro no especialHospitais Referência da revista Saúde Business,

o estudo mais importante feito com os Hospitais de todo o País.

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de novos modelos

Alice Sanches – [email protected]

O atual sistema global de saúde, baseado na entrega de serviços para o tratamento de doenças, está gerando um círculo vicioso pela prática de altos custos, má qualidade de serviços e precarie-dade no acesso aos cuidados. Mas um movimento mundial já demonstra que o segmento de saúde está em busca de caminhos para se adequar a uma nova realidade. Aspectos como mudanças de-mográfi cas, longevidade e a busca cada vez mais crescente por qualidade de vida estão levando prestadores de serviços, pagadores e cidadãos a criarem um modelo colaborativo no qual o foco serão os cuidados com a saúde.

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A caminho

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De acordo com o gerente sênior para Saúde da Deloitte, Enrico de Vettori, hoje, a infl ação da saúde está acima da

infl ação geral. Como exemplo, o executivo cita o PIB da saúde, que de acordo com os Centres for Medicare and Medicaid Services, nos Esta-dos Unidos, que em 1960 era de 5% e em 2005 passou para 16%; da Bélgica, que era de 3,4% e passou a 9,6%; e Japão que era de 3% e foi para 7%, no período citado. Porém, em alguns países, uma alternativa para baixar custos e aumentar o desempenho é o modelo de pagamento por performance, que utiliza indicadores para medir a qualidade do serviço e efetuar o pagamento. “A Califórnia já aplica este modelo em 30% dos usuários. Isto mostra que certas mudanças no sistema de saúde já são tendências de mercado, como aponta Micha”, avalia Vettori. O panorama geral da entrega de serviços de saúde foi analisado também no estudo “Healthcare 2015 and Care Delivery - Delivery Models Refi ned, Competencies Defi ned”, realizado pela IBM Global Business Services, por meio do IBM Institute for Business Value. A pesquisa perguntou a líderes de organizações do setor – CEO, CMO (sigla em inglês para diretor médico), CIO e diretores de 20 países: “Como prestadores irão entregar melhores serviços aos pacientes, considerando as oportunidades e as restrições envolvidas no sistema de cuidados com a saúde?” O resultado apontou para a necessidade da transformação e aprimoramento de modelos já estabelecidos.Um dos pontos apresentados no estudo é a mudança do foco dos valores, que passará de cuidados com a doença para cuidados com a saúde. Esta transformação ocorrerá a partir de ações colaborativas dos prestadores de serviços para incentivar os cidadãos a ter uma vida mais saudável; e na forma de redefi nir as dimensões de qualidade de serviços, que estarão baseados em prevenção, detecção antecipada e tratamento, tempo e recursos gastos para o diagnóstico, e monitoramento dos cuidados.Na opinião de Vettori, um dos aspectos da transformação dos modelos é começar a responsabilizar o cidadão. “As pessoas que bebem, fumam e, por isso, se colocam em um grupo de risco, devem pagar mais pelos serviços de saúde. Assim, elas não sobrecarregam o sistema. Pelo acesso à informação, principalmente em relação ao fumo, bebida, obesidade e estresse, os indivíduos precisam tomar uma postura consciente.”Esta mudança contará com uma variedade de decisões estratégicas, que ressaltará competências.

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Imagem: Able Stock

Fotos: Divulgação

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“Os principais aspectos para a transformação da entrega dos serviços de saúde são o acesso à informação, o aumento do poder de escolha e a tecnologia“Enrico de Vettori, da Deloitte

Estas decisões podem ainda impactar a liderança de organizações, a cultura, os modelos de negócios, estruturas organizacionais, processos e tecnologias. Segundo o estudo, a expectativa de alcançar mudanças de impacto no ambiente dos prestadores de serviços de saúde e outros stakeholders já traz movimentos como o incremento na aproximação entre pagadores e prestadores. Esta aproximação será multifacetada, com ações como: ênfase na prevenção combinada a decisões de coberturas racionais e incentivos alinhados com os stakeholders, como forma de superar barreiras estruturais,; busca por equilíbrio nos gastos públicos e privados; responsabilidade financeira transferida para os cidadãos; o aparecimento de locais não-tradicionais para entrega de cuidados com a saúde e competidores globais de serviços; a proliferação de modelos de entrega e capacidades dirigidas por mudanças combinadas com novo tratamento, aproximação e tecnologias.Em um novo modelo de serviços, problemas como aumento de custos, qualidade inconsistente de cuidados ou falta de acesso devem ser superados. Aspectos marcantes da atualidade como globalização, consumerismo (termo adaptado do inglês que se refere ao movimento de consumidores que passou a questionar as relações

de consumo e exigir mais dos fornecedores de produtos e serviços. Também é conhecido como “consumo consciente”.), mudanças demográficas e de estilo de vida, doenças crônicas e a proliferação de tecnologias médicas e tratamentos, tornam o cenário ainda mais desafiador, assim como as restrições financeiras, os incentivos desalinhados e a precariedade nos sistemas de informação para fornecer análises e insights. O gerenciamento para as mudanças requer muita pró-atividade. Transformar cuidados com o doente em cuidados com a saúde exige maior entendimento do valor que os fornecedores entregam. Em muitos países, o principal foco dos fornecedores é o diagnóstico e tratamento da pessoa doente. Embora o modelo seja necessário, um sistema de cuidados da saúde reativo impõe altos custos e ainda deixa o paciente sujeito a outras patologias que podem ser irreversíveis, principalmente em casos crônicos, como doenças coronarianas, diabetes e câncer. Neste sistema, as medidas de qualidade são focadas em resultados de tratamentos, tais como medicina baseada em evidência.Já no modelo pró-ativo, o valor estaria baseado em um sistema de cuidados como programas de prevenção personalizados, previsão, detecção precoce da doença, tratamento e gerenciamento

de doenças. Neste formato, é possível educar pacientes e gerenciar suas condições e saúde, ajudando a criar e manter a população mais saudável, com custos acessíveis praticados pelo setor. As dimensões de valores futuros incluem a habilidade contínua de melhoramento e inovação dos sistemas e ações que induzem os cidadãos a manterem estilo de vida mais saudáveis. Neste modelo, os cuidados com a saúde também incluem dimensões como qualidade clínica dos serviços, acesso e escolha. “Um dos problemas hoje enfrentados no sistema de saúde é a verticalização, que se caracteriza pelo fato de empresas de medicina de grupo comprarem laboratórios e hospitais, passando a oferecer produtos e serviços somente de seu portfólio. Estas empresas adquirem grande poder de barganha e o beneficiário não tem escolha, enquanto o ideal seria que os indivíduos tivessem chance de escolha”, considera o especialista em Saúde da Deloitte. “O ideal seria a horizontalização, um sistema formado por empresas de gestão – são cadeias ou redes de fornecedores de cuidados com a saúde. No Brasil, isto já é uma realidade, pois temos hospitais que atuam em vários Estados. O paciente ganha na medida em que pode participar de uma cadeia estruturada e com mais opções. Ao contrário disso, a verticalização restringe as opções”, completa.Nos sistemas de saúde baseados em valor, é necessário saber o que funciona, para aplicar este conhecimento apropriadamente. Hoje, muito freqüentemente, os profissionais da área não têm acesso ao conhecimento clínico e às informações relevantes do paciente. Como resultado, dependem quase exclusivamente de suas próprias experiências em casos similares. O processo é chamado de “medicina baseada em experiência” ou “medicina de tentativa e erro”. Por conta disso, o acesso às informações do paciente e ao conhecimento clínico são essenciais para melhorar o diagnóstico e tratamento, a promoção de saúde e os cuidados personalizados.

Gerenciamento pessoal da saúde Com o aumento da longevidade, cresceu a busca por serviços de cuidados com a saúde e a escolha pelo estilo de vida saudável. De acordo com a pesquisa, aproximadamente 80% das doenças coronarianas, mais de 90% dos casos diabetes, e de 30% a 70% dos casos de câncer podem ser prevenidos ou adiados pela mudança de comportamento, baseada em dietas, exercícios adequados e abstinência do fumo. Em um sistema

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de saúde transformado, cidadão e fornecedores co-produzirão cuidados de saúde. Os cidadãos devem começar a planejar sua saúde física e financeira, enquanto os prestadores de serviços devem incentivar os cidadãos a tornarem-se- consumidores esclarecidos sobre os serviços, esperando custos inferiores, alta qualidade clínica e de serviços e acesso conveniente.Hoje, os fornecedores estão focados na entrega de cuidados para doenças agudas. Porém, existe a necessidade de coordenar e integrar os modelos de forma preventiva. Países como Reino Unido e Estados Unidos estão testemunhando o crescimento de clínicas de varejo (serviços em lojas de varejo, como o Wal-Mart) que oferecem custos menores e facilidades de acesso. Em cuidados agudos, centros de cirurgias ambulatoriais (hospitais-dia) estão movendo os procedimentos para fora de hospitais. Em ambos os serviços, para agudos e crônicos, a telemedicina e a e-consulta estão sendo usadas para monitorar remotamente e atender pacientes.Mas, na opinião de Vettori, as clínicas de varejo são “uma indústria de receitas e de exames”. “Eles são comissionados, beneficiando assim laboratórios e serviços de imagem, aos quais normalmente estão vinculados. Acredito ser um modelo oportunista, que prejudica parte da população sem acesso aos planos de saúde”, ressalta.O crescente foco no valor e nos custos e complexidades das doenças combinadas com novos diagnósticos e tratamentos provavelmente resultará na proliferação de modelos de atendimento. Com isso, crescerá a pressão por mudança nos prestadores de serviços existentes. Por ter como característica a pró-atividade, os sistemas de saúde baseados em valor para o paciente, que reduzem a incidência de doenças, ficarão em ascensão. Assim, pode-se esperar escassez de profissionais que são experts em estratégias e técnicas como prevenção, diagnóstico precoce e medicina baseada em evidências. Estes serão mais necessários que os especialistas. Na visão de Vettori, a frieza e a distância entre médico e paciente também são problemas nos sistemas atuais, assim como os encaminhamentos para especialistas que não tem visão do todo. “Estamos passando por uma revolução silenciosa, na qual o paciente quer fazer suas opções, decidir ou mesmo opinar na decisão de seu tratamento, sem tirar a responsabilidade do médico. Só que para isso é preciso conversar com o médico, e não receber o atendimento em cinco minutos.”O estudo conclui que os novos modelos podem

trazer benefícios e implicações como: maior relacionamento entre médicos e pacientes, que juntos irão colaborar para promover a saúde, definir tratamentos e gerenciar doenças; maior competição entre fornecedores mundiais, como centros de bem-estar, clínicas de varejo, turismo em saúde, e cuidados entregues através de telemedicina; - nas bases para competição e diferenciação como a redefinição da dimensão dos valores; inovação; cultura, que necessitará mudança sustentável em níveis como: ecossistema, organizacional, departamental, trabalho em grupo e individual; - criação e redesenho de processos; e gerenciamento de informação.Para o especialista da Deloitte, existem outros aspectos que contemplam o cuidado com o paciente, como a gestão de protocolo, na qual o atendimento ao paciente é realizado por processos uniformes, porém, nem sempre o plano de saúde concorda com a aplicação do protocolo a todos os pacientes, porque isso poderia representar custos muito elevados. Mesmo sabendo que o atendimento via protocolo permite acompanhar o estado do paciente e até saber se ele precisará de uma internação, terá alta, ou se vai para outros atendimentos. O crescimento dos hospitais com gestão bem administradas e a enfermagem como um ambiente humanizado, por causa da capacitação do corpo clínico, também merecem destaque.“De forma geral, os principais aspectos para a transformação da entrega dos serviços são o acesso a informação, que vai permitir que o paciente compartilhe a decisão do tratamento com o médico; a mudança do sistema de pagamento para o pay for performance; o aumento do poder de escolha, com sistemas horizontais; e a tecnologia, que vai ajudar a resolver problemas antecipadamente. Não existe um modelo único para esta transformação, mais tudo envolve o paciente”, finaliza Enrico de Vettori.

a entreGa de novosserviços no BrasilDentro da visão do que seria um novo modelo de entrega de serviços, o Brasil apresenta algumas ações. Um exemplo de modelo de cuidados com foco na saúde é o atendimento da clínica Vidara, idealizada pelo diretor de operações da General Care, Luís Gustavo Garavelli. A Vidara tem como objetivo oferecer atendimento de baixa complexidade, como consultas e alguns tipos de exames, a baixo custo. Entre as especialidades estão a pediatria, geriatria e cardiologia. “Mundialmente, 90% dos problemas de saúde

“Mundialmente, 90% dos problemas de

saúde são de baixa complexidade, mas

o modelo vigente dá mais importância

para o atendimento de alta complexidade“

Luís Gustavo Garavelli, da General Care

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são de baixa complexidade, mas o modelo vigente dá mais importância para o atendimento de alta complexidade”, pontua Garavelli.O conceito da clínica é realizar consultas de baixo custo (R$ 29) e remunerar médicos de acordo com o resultado líquido das consultas (25%). No modelo entregue pela clínica Vidara, todos os pacientes passam por pré-consulta, para agilizar e melhorar a qualidade dos processos. Nesta pré-avaliação são verifi cados peso, altura, massa corpórea, pressão, testes de colesterol e triglicérides e diabetes sem custos adicionais e com resultados instantâneos. Estes processos são apoiados pelo Bit Care, tecnologia de desenvolvimento próprio, que traça o perfi l do paciente, com a inserção de informações durante as consultas, permitindo o acesso a seu histórico. “Pelas informações integradas, é possível intervir na saúde de nossos pacientes. A tecnologia empregada é essencial para este modelo de negócios, pois torna possível reduzir custos e melhorar processos, além de gerenciar o departamento fi nanceiro da clínica”, avalia o diretor.A expectativa de Garavelli é mostrar que é possível entregar um bom serviço a preços acessíveis. “A procura na clínica está satisfatória. Chegamos a quase 60% da ocupação máxima neste primeiro ano e o crescimento é de 100% a cada mês. Um fator que aumenta a demanda é a falta de acesso aos planos de saúde”, revela. Para os processos de administração, a Vidara implementa metodologias para avaliar a clínica e o médico. A pesquisa é usada na melhoria das clínicas e para premiar médicos que recebem avaliação positiva. “Esta pesquisa foi responsável pela recente implantação das especialidades dermatologia e estética.”

O FUTURO ESTÁ NA TECNOLOGIAMetodologias apoiadas em tecnologia da informação já são uma realidade para os cuidados com a saúde no Brasil. Segundo o diretor geral do Biocor, Mario Vrandecic, a tecnologia é uma realidade irreversível e universal aplicados aos sistemas de saúde. Atuando com alta complexidade, o Biocor investe em tecnologias, buscando melhor resolução em diagnóstico, tratamento e infra-estrutura hospitalar. Nos processos de gestão, a integração de toda a organização, inclusive da parte médica, com módulos que abrangem todas as atividades institucionais, apresenta benefícios, como o controle e disponibilização dos dados e informações, assim como dos processos administrativos e fi nanceiros.Os módulos incluem prontuário eletrônico e o

“A integridade da informação e a velocidade dos resultados são determinantes na tomada de decisão. Este acompanhamento mensal permite melhoria contínua“

Mario Vrandecic, do Biocor

BIOCOR INSTITUTO, EM MINAS GERAIS: Tecnologia passa a ser preponderante no planejamento do hospital

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PACS, que permitem a circulação de informações médicas em tempo real, acesso a imagens, exames e quaisquer outros dados do paciente, nos mais de 400 terminais da instituição. O hospital também conta com soluções integradas de gestão, como Business Inteligence (BI)

e Balance Scorecard (BSC), entre outros.

Com a utilização destas ferramentas na gestão, o Biocor estabelece

planejamentos estratégicos de curto, médio e longo prazos, com metas direcionadas

à satisfação do paciente, dos convênios, da equipe e corpo clínico, além da perspectiva fi nanceira de sustentabilidade. Diante das metas estabelecidas, os responsáveis atuam de acordo com os planos de ação, para conduzir a análise crítica dos resultados. “Periodicamente, essas metas são analisadas e atualizadas para um horizonte futuro. O sistema informatizado representa uma solução de efi ciência administrativa, pois agiliza

todo o processo. A integridade da informação e a velocidade dos resultados são determinantes na tomada de decisão. Este acompanhamento mensal permite melhoria contínua, sendo da responsabilidade de cada setor, dos grupos de trabalho e da direção”, avalia Vrandecic. A Irmandade de Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, apesar de ter grande parte do atendimento voltado ao Sistema Único de Saúde (SUS), também prepara processos e infra-estrutura para implantar tecnologias hoje existentes no mercado, como o Prontuário Eletrônico e a radiologia digital, com PACS. Inicialmente, a Santa Casa implementou um projeto piloto para Prontuário Eletrônico na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Guarulhos. O próximo passo será a implantação do Prontuário Eletrônico no hospital Santa Isabel. “A implantação do piloto em um hospital de menor porte é estratégica, pois queremos analisar a complexidade dos processos. Mas o objetivo é evoluir com o uso da tecnologia para todos os hospitais”, avalia o diretor de TI da Santa Casa de Misericórdia, Sidnei Jorge Rodriguez. No hospital, projetos de implementação do PACs estão em fase de desenho e em processo de viabilização de recursos fi nanceiros com grandes empresas do mercado. “O projeto é detalhado, complexo, custoso e deve atender todas as unidades da Santa Casa de uma vez”, garante Rodriguez. Em relação ao mercado nacional, o diretor considera que o Brasil ainda é precário na evolução do prontuário eletrônico. “Este é um processo evolutivo que ao longo dos anos vai se consolidar. Mas, é um caminho difícil, porque tem de passar por mudanças de cultura médica e de enfermagem. Por isso, é necessária uma solução amigável para estes profi ssionais. Na Santa Casa, o primeiro passo será implantar o prontuário eletrônico, porém mantendo a evolução clínica e prescrição médica impressos, já que ainda não temos a assinatura digital dos médicos”, enfatiza o diretor. Na opinião de Rodriguez, um modelo de serviços baseado em prontuário eletrônico trará velocidade e qualidade ao atendimento do paciente, considerando o acesso às informações disponíveis em uma tela. “Isso permitiria abreviar o processo de cura, dar agilidade à conduta médica em relação ao problema do paciente e, até mesmo, realizar estudos de casos. E, por ser hospital escola, agregaria valor ao ensino da medicina. A conferência entre médicos via vídeo-conferência para saber uma segundo opinião, também será

PACS, que permitem a circulação de informações médicas em

entre outros.Com a utilização destas ferramentas

na gestão, o Biocor estabelece planejamentos estratégicos de curto,

médio e longo prazos, com metas direcionadas à satisfação do paciente, dos convênios, da equipe e corpo clínico, além da perspectiva fi nanceira de sustentabilidade. Diante das metas estabelecidas, os responsáveis atuam de acordo com os planos de ação, para conduzir a análise crítica dos resultados. “Periodicamente, essas metas são analisadas e atualizadas para um horizonte futuro. O sistema informatizado representa uma solução de efi ciência administrativa, pois agiliza

na gestão, o Biocor estabelece planejamentos estratégicos de curto,

médio e longo prazos, com metas direcionadas à satisfação do paciente, dos convênios, da equipe e corpo clínico, além da perspectiva fi nanceira de sustentabilidade. Diante das metas estabelecidas, os responsáveis atuam de acordo com os planos de ação, para conduzir a análise crítica dos resultados. “Periodicamente, essas metas são analisadas e atualizadas para um horizonte futuro. O sistema informatizado representa uma solução de efi ciência administrativa, pois agiliza

SANTA CASA DE SÃO PAULO: Instituição se prepara para implantar PACS e já adotou o Prontuário Eletrônico em uma unidade de Guarulhos

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uma tendência. Se queremos uma evolução na forma de atendimento que vise a redução de custos e a implementação de novas ferramentas, o investimento em TI é fundamental”, completa o diretor de TI.Um exemplo de ação que utiliza recursos de vídeo-conferência é o projeto Educa São Miguel, que envolve alunos e professores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). O projeto, realizado em uma comunidade carente, leva informações de saúde para cerca de 300 famílias diagnosticadas com alta vulnerabilidade social. As atividades e aulas são ministradas para a população, mas antes da ação presencial, todo o preparo é feito por vídeo-conferência. Na etapa inicial, alunos, professores e agentes sociais discutem os temas que serão abordados e ajustam a linguagem, utilizando este recurso. Outra ação está relacionada a uma Expedição Científica e Assistencial, organizada por alunos, residentes e professores da FCMSCSP. A expedição realizou aproximadamente 2 mil atendimentos nas comunidades carentes de Ituverava, região

de Franca, no interior de São Paulo. O sistema de Telemedicina da Faculdade Santa Casa foi amplamente utilizado para promover discussões diárias entre o grupo que estava em Ituverava e os professores de São Paulo.

NOVAS ALTERNATIVAS DE NEGÓCIOSNa entrega de serviços voltados para o Turismo de Saúde, o Hospital Sírio-Libanês se estruturou, realizando alguns investimentos para a conquista da acreditação pela Joint Commission International, que adquire relevância como critério para apoiar o cliente internacional na hora de decidir em qual hospital fará seu tratamento médico, fora de seu país de origem. Para o final do ano, o hospital prevê a inauguração de uma estrutura física diferenciada para atendimento ao cliente internacional.Dentro dos fatores que incentivam a prática do turismo em saúde, sob a ótica dos países que recebem pacientes para tratamentos, todos possuem fatores em comum, como a excelência médica, atendimento com padrão

internacional e preços bem mais acessíveis que os países de Primeiro Mundo. No Brasil, devido ao renome de cirurgiões plásticos, a especialidade ainda é a preferida, mas a procura por tratamentos de alta complexidade como os oncológicos, as cirurgias cardíacas e de obesidade vêm crescendo. “Em países como os Estados Unidos, os gastos no setor de saúde superam os US$ 2 trilhões ao ano. O envelhecimento da geração baby boom (os americanos nascidos entre 1946 e 1964) e o total de pessoas desprovidas de planos de saúde, que já superam os 43 milhões, fazem com que os pequenos empregadores e americanos que não dispõem de seguro-saúde pessoal estejam cada vez mais procurando tratamento no exterior, onde reduzem, em média, de 60% a 80% o custo”, explica o gerente de relacionamento internacional e operações comerciais, Gilberto Cunha Galletta.De acordo com o gerente, a Turismo em Saúde está crescendo gradativamente no Brasil, porém de forma ainda muito incipiente, apesar da relação custo x benefício como um importante diferencial competitivo. “O Brasil oferece tecnologia, corpo clínico e modelo assistencial de excelência por preços mais acessíveis que o mercado americano e europeu. Mas é bom lembrar que não podemos levar em consideração, neste comparativo, países que estão mais desenvolvidos no segmento de atendimento ao cliente internacional, como Índia, Cingapura, Tailândia e Paquistão, pois estes recebem subsídios significativos de seus governos, que são transformados em incentivos fiscais, principalmente para importação de equipamentos cirúrgicos e de imagem, além de materiais especiais de alto custo, o que certamente tem impacto custo final do serviço prestado”, enfatiza Galletta.Outra prática do mercado é a oferta de sistemas de Hospital-Dia. Segundo a administradora da Maternidade e Hospital-Dia Santa Luiza, Ilse Barboza, instituição localizada em Balneário Camboriú (SC), o objetivo neste modelo de serviços é a realização de procedimentos cirúrgicos de pequeno e médio porte, que demandem curta permanência de internação do paciente após a realização da cirurgia, no máximo 12 horas. “O retorno do paciente para o âmbito familiar é mais ágil e econômico, diminuindo a ansiedade e transtornos. É uma tendência dos hospitais optarem por leitos com rotatividade, já que é mais econômico e traz um resultado positivo para as instituições” garante Ilse.

SÍRIO-LIBANÊS, EM SÃO PAULO: Hospital quer aumentar receita com estrangeiros e, para isso, deve inaugurar uma estrutura física diferenciada para atender ao cliente internacional

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Soluções

Para atender a esse novo cenário, o executivo da Carestream Health aponta as novas tendências para os sistemas de informação em saúde. O primeiro ponto que as novas tecnologias devem atender é o custo. "Hoje as soluções são complexas e caras. Por exemplo, o PACS. O que há no mercado são soluções completas, que precisam de grandes projetos e investimentos para serem implantadas, o que exclui muitos hospitais e clínicas", analisa. Na visão de Minnigh, o importante é desenvolver soluções escalonáveis, que possam ser adaptadas ao tamanho de cada organização e que possam ser ampliadas aos poucos, de acordo com a demanda e a capacidade de cada instituição. Outros pontos são a integração entre as soluções e a facilidade de acesso. Para o executivo, é necessário que os sistemas de diferentes provedores possam ser integrados, para que o hospital consiga agregar aquilo que achar interessante, e que facilitem o acesso do maior número de usuários. "O importante é que as soluções atendam a três quesitos básicos: acelerar a entrega dos resultados, adequação à capacidade fi nanceira e técnica de cada instituição e aumento da produtividade. Esse é o maior desafi o", aponta. Todd Minnigh acredita que quanto mais providos de tecnologia, mais condições os hospitais terão para trabalhar de forma integrada. O executivo cita exemplos de localidades que já colocaram o conceito em prática, como Paris, que integra 20 hospitais, tem mais de 300 estações de trabalho e 15 mil usuários cadastrados na web. "Com a integração dos serviços, as localidades conseguem reduzir custos e utilizar da melhor forma os recursos disponíveis, tanto em especialistas quanto em equipamentos", analisa. Para garantir a sustentabilidade do negócio e apostar em tecnologia, o executivo destaca. "O pensamento tem que ser de longo prazo, assim como o planejamento de investimentos. Dessa forma, o hospital terá condições de manter a atualização de suas tecnologias e a efi ciência de seus processos. É disso que o futuro da saúde depende", conclui.

(Ana Paula Martins – [email protected])

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Futuro da saúde depende de tecnologias mais acessíveis

Pensar o mercado de saúde em longo prazo. Essa é a dica que o diretor mundial de marketing da Carestream Health, Todd Minnigh, deixa para os hospitais e para os provedores de soluções de informação em saúde. Traçando um panorama do futuro da saúde nos próximos 15 anos, o executivo aponta um dos maiores dilemas do setor para o futuro, que é ter mais efi ciência com menos recursos. "Com o envelhecimento da população, aumenta a utilização dos serviços hospitalares e diminui o número de contribuintes para pagar

os serviços de saúde. Não há outro caminho, senão maior efi ciência", destaca. Em sua análise, Minnigh destaca a diminuição de pessoas atuantes no mercado de trabalho e o aumento de visitas aos hospitais para cada década de vida. Nos Estados Unidos, a projeção é que, em 2010, para cada pessoa aposentada, haja 4,6 pessoas trabalhando. Em 2025, essa proporção cai para um aposentado para 3,2 trabalhadores ativos. Ainda nos Estados Unidos, de uma geração para outra, aumenta em 4,1 vezes o número de visitas aos hospitais.

Minnigh também aponta a projeção do cenário brasileiro. Hoje, no Brasil, para cada aposentado há 9,32 trabalhadores ativos. Em 2025, a proporção será de 5,77 trabalhadores para cada aposentado. Outro problema destacado pelo executivo é o baixo número de profi ssionais em saúde nos países em desenvolvimento, sobretudo nos países da África. "Com a redução de trabalhadores e o aumento de usuários do sistema de saúde, as equipes terão que ser bem mais efi cientes", aponta.

TODD MINNIGH, DA CARESTREAM: Futuro da Saúdedepende de pensamento de longo prazo e planejamento dos investimentos

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Certificado de Boas Práticasda Anvisa pode barrar licitaçõesCom a publicação da consulta pública nº1 do Ministério da Saúde no dia 23 de junho, há a perspectiva de lançamento de uma portaria em que as empresas que apresentarem certificado de Boas Práticas da resolução Nº 59 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sejam privilegiadas no processo de licitação. As associações do setor temem que a Anvisa não consiga atender à demanda de procura pelo certificado. Em entrevista à Fornecedores Hospitalares, a Agência explica as mudanças. Da redação / Colaborou Patricia Santana – [email protected]

De acordo com o chefe da Coordenação de Inspeção de Produtos da Anvisa, Jean Clay de Oliveira, a Agência tem aprimorado os processos de concessão do certificado, fazendo com que o número de empresas certificadas no primeiro semestre de 2008 seja próximo ao total de companhias do consolidado do ano passado. Com relação ao baixo número de empresas certificadas, se comparado com o total de instituições no mercado, Oliveira atribui tal fato à não obrigatoriedade do selo.

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JEAN CLAY DE OLIVEIRA, DA ANVISA:A possível portaria do Ministério da Saúde não vai aumentar a demanda por certificado de qualidade

1. A Anvisa acredita que a possível por-taria irá aumentar a demanda das em-presas que buscam a certificação de Boas Práticas? Não, a demanda não aumentará muito por-que, mesmo sem a determinação do Minis-tério da Saúde, na prática muitos órgãos, por orientação da Anvisa, já exigem o certificado em suas licitações. Além disso, a certificação também é obrigatória para vários casos de registros de produtos na Anvisa. 2. Atualmente, quantas empresas da in-dústria médico-hospitalar possuem a cer-tificação de Boas Práticas da Anvisa? Nos últimos 12 meses (de agosto de 2007 a julho de 2008), foram concedidas 340 cer-tificações para empresas de produtos para a saúde. Embora a demanda seja grande, a Agência tem buscado aprimorar esse proces-so, com, por exemplo, a capacitação de ins-petores. Prova disso é que, enquanto no ano

de 2007 foram concedidos 252 certificados, apenas nos primeiros sete meses de 2008 já foram certificadas 214 empresas de produtos para a saúde. Além disso, a Anvisa regula-mentou, em 2007, o processo de certificação, com a publicação da RDC 66/07. 3. Como funciona o processo para ad-quirir o selo? Quanto tempo demora para fazer um agendamento para adqui-rir a certificação? Para obter a certificação, a empresa deve pro-videnciar o peticionamento eletrônico e en-caminhar a documentação à Anvisa, que so-licita ao Estado em que se localiza a empresa a inspeção sanitária. O prazo vai depender do envio do relatório de inspeção pelo ór-gão de Vigilância Sanitária onde se localiza a empresa; ou seja, vai depender do cronogra-ma de inspeção dos Estados. 4. Associações reclamam da ineficiência

da Anvisa para conceder a certificação de Boas Práticas para as empresas com sede no exterior. De acordo com asso-ciações, hoje em dia, há espera de 8 a 10 meses para realizar um agendamento de inspeção junto à Anvisa. Qual o po-sicionamento da Agência com relação a esta opinião?A afirmação não é verdadeira. No momento, a Anvisa não possui nenhum passivo de soli-citação de inspeção em fábricas de produtos para a saúde no exterior. Todas as solicita-ções recebidas neste ano já foram atendidas.

5. O número de empresas com certificação não contempla nem um terço do número total das empresas existentes no mercado. A que a Anvisa atribui a aderência parcial do mercado à resolução? Possivelmente porque, mesmo representan-do uma qualificação a mais, a certificação não é obrigatória para as empresas.

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Mamografia digital aumentarapidez do exame, diminui dose

de radiação e elimina uso de filmes

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Desde meados dos anos 90, a comunidade de mamografia tem focado na digitalização. A

mamografia foi uma das últimas áreas de imagens médicas a fazer a transição, em parte devido aos problemas técnicos em fazer com que as imagens digitais de alta qualidade atendessem às tarefas clínicas de detecção de câncer de mama, a habili-dade de gerenciar a imagem e a interpre-tação de maneira eficaz em todas as etapas do exame de mamografia, e o alto custo dos sistemas de mamografia digital.Hoje, a maioria dos mamogramas ainda é feita em sistemas tradicionais de filme, e isso ainda continuará a ser um compo-nente importante da imagem mamográfi-ca durante muitos anos. No entanto, com o amadurecimento dos sistemas digitais, essa técnica torna-se cada vez mais uma opção viável. Muitas instituições de saúde e clínicas de radiologia no Brasil ainda analisam as vantagens e desvantagens da migração total de um sistema analógico para o di-gital. Várias questões devem ser levadas em conta, como preço, treinamento de profissionais, parque já instalado e sua integração com as novas soluções, entre outros itens.Mamografia é ciência e arte. Arte, pois necessita de tecnólogos e radiologistas muito bem treinados para ler as imagens e detectar até as menores microcalcifi-cações. E ciência, pois depende do posi-cionamento certo da mama, compressão correta, disparo do Raio-X, entre outros procedimentos essenciais para o bom resultado do exame. O exame não cura

nem previne o câncer de mama, mas é o melhor método que permite, em todo o mundo, o diagnóstico precoce da doença e, justamente por esse motivo, possibilita maior de sobrevida. A busca incessante pela qualidade operacional do método é a maior motivação dos radiologistas.Nossa clínica em Campinas é hoje to-talmente digital. Adquirimos o primei-ro DR (Digital Radiology) em 2002 e, três anos mais tarde, instalamos um CR (Computerized Radiology) para Mamo-grafia. Em 2007, ampliamos nossas insta-lações e adquirimos novos equipamentos de Raio-X e ultra-som, usando tecnologia 100% digital. Com a implementação do CR, agili-zamos o atendimento às pacientes de mamografia, diminuindo o tempo dos exames. Além disso, pudemos reduzir o número de segundas chamadas para no-vos exames, uma vez que a mamografia digital permite uma amplitude dinâmica, contraste ampliado, manipulação de ima-gens, a possibilidade de zoom sem perda de resolução, entre outras possibilidades. Para completar, tornamo-nos também uma clínica ‘limpa’, sem uso de filmes e químicos, e expomos as pacientes a me-nos doses de radiação.

José Michel Kalaf é Membro da Co-missão de Mamografia do Colégio Bra-sileiro de Radiologia (CBR), Membro da Coordenação do Curso de Mama da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) e Diretor da Radiologia Clínica de Campinas

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Franchisinge serviços de saúdeA prestação de serviços de saúde demanda

altos investimentos e está sujeita a ganhos de escala, o que redunda na tendência de

concentração sobre a qual já comentamos em artigo anterior. Cabe aos administradores destes serviços bus-carem soluções criativas, que permitam viabilizar sua continuidade e possibilitem sua expansão de modo a não só sobreviver, mas a não ser caça e sim caçador nes-te ambiente em consolidação. A solução jurídica que permite o aproveitamento de ganhos de escala e com-partilhamento de investimentos com a manutenção da propriedade dos serviços de saúde é o franchising.O modelo de negócios no formato de franquia foi im-portado dos Estados Unidos e, embora já aproveitado no Brasil, foi regulamentado pela Lei 8.995/94, que norma-tizou os instrumentos jurídicos que suportam o negó-cio, deu direitos aos franqueados e impulsionou o setor, mantendo a necessária flexibilidade para que o modelo se adapte a cada negócio e empresa em particular.No modelo de franquia, o franqueado é proprietário de sua empresa, com as respectivas instalações e corpo de colaboradores, mas utiliza os métodos de trabalho, fornecedores e a marca do franqueador, entre outras coisas. Segundo dados da Associação Brasileira do Franchising (ABF), o faturamento das redes de fran-chising em 2007 foi de R$ 46 bilhões, com 1.197 re-des de franquia. Estes resultados decorrem dos benefícios do franchi-sing. O franqueador pode ampliar seu negócio com investimentos feitos pelos franqueados. Os franquea-dos podem utilizar uma marca renomada, dividindo custos de propaganda, aproveitar know-how, padro-nização de processos e negociações compartilhadas, entre outras vantagens que o franqueador oferece para sua rede.No segmento que compreende empresas de Esporte, Saúde, Beleza e Lazer, o faturamento em 2007 foi de R$ 6,73 bilhões, com 212 redes de franquia. Segundo levantamento realizado no site da ABF, entre suas as-sociadas estão: uma rede de clínicas de vacinação, duas redes de drogarias, sete redes de farmácias de manipu-lação, três redes de laboratórios de diagnóstico, 18 redes

de clínicas odontológicas, uma rede de orientação nu-tricional e uma rede de clínicas de saúde infantil.Estes números, apesar de considerar apenas empresas associadas à ABF, demonstram que existe um campo enorme para o crescimento do franchising em servi-ços de saúde, especialmente hospitais e clínicas, sejam de grande, médio ou pequeno porte, que podem se beneficiar do modelo como franqueadores ou fran-queados, inclusive por já serem atividades habituadas a procedimentos operacionais padronizados, como os típicos do franchising.Vislumbramos ainda, como benefícios adicionais que os serviços de saúde podem obter, uma abrangência territorial maior, se valendo de serviços unificados de agendamento de consultas, exames e internações ao estilo dos utilizados pelas redes hoteleiras, com me-lhor aproveitamento de capacidades ociosas e mais disponibilidade de atendimento para os pacientes.Além disso, ao utilizar know-how compartilhado, os membros de uma rede podem mais facilmente vencer os desafios da profissionalização administrativa, finan-ceira e tecnológica que tantas dificuldades trazem aos gestores médicos, aumentando o poder de negociação perante fornecedores e operadoras de planos de saúde, que também se beneficiariam por fazer negociações concentradas, reduzindo os custos de transação em suas operações. O franchising em serviços de saúde é uma oportunidade que ainda não está suficientemen-te explorada e que pode ser muito promissora no atual momento do setor de saúde brasileiro. Basta querer e saber como aproveitá-la corretamente. Rodrigo Alberto Correia da Silva é sócio do escri-tório Correia da Silva Advogados, presidente dos Comitês de Saúde da Câmara Britânica de Co-mércio (BRITCHAM) e da Câmara Americana de Comércio (AMCHAM), advogado de diversas associações de classe e empresas de produtos e ser-viços de saúde e Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor do livro “Regulamentação Econômica da Saúde” – [email protected]

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nComo conduzir demissõesPor melhor que seja o resultado de uma equipe, o

líder não está isento de um dia ter que demitir al-guém, mas pesquisas mostram que a maioria dos

líderes não está preparada para demitir. Algumas situações são gravíssimas, por isso é preciso rever ur-gentemente os valores da empresa, “aqueles” tão divulgados nos processos de qualidade, mas que nem sempre são praticados.Para muitos demitidos, a experiência pode ser arrasadora, comparável às grandes rupturas da vida, como o divórcio, a perda da capacidade física ou morte na família, entre outras situações graves. Saber demitir um profissional, independentemente do sta-tus quo, é uma competência essencial. Muitos são os absurdos que acontecem no mercado de trabalho. Há casos em que a demissão acontece em datas proeminen-tes como: dia do aniversário do colaborador, dia em que o filho do colaborador nasceu, quando o colaborador acabou de ter um grave acidente ou morte na família, quando o co-laborador ia entrar em férias, véspera de Natal, entre outras. E as agruras não param por aí. Temos “chefes” que tentam escapulir da incumbência de dar a notícia, ou seja, não querem fazer a demissão. Sabemos de um fato em que o “chefe” viajou e pediu para que um outro profissional, que nada tinha a ver com a situação, fizesse a demissão do colaborador. O fato grave: o colaborador trabalhava na empresa há mais de 35 anos e nem imaginava que seria demitido!Uma demissão sempre causará um forte impacto, não im-porta se a pessoa está preparada ou não. E mesmo que seja feita “sem traumas” num primeiro momento, a demissão não se transformará numa coisa boa.Desde muito tempo, na Fator RH vimos o quanto alguns líderes, que não acompanham os resultados de seus cola-boradores, sentem dificuldade em lidar com o processo de demissão. E isso por quê? Porque se o líder não registra os principais acontecimentos da vida profissional do colaborador, entregas boas ou ruins, encon-trará dificuldade no que falar no momento do desligamento.Veja pelo menos três situações tragicômicas que já presen-ciamos nas empresas:Demissão SurpresaO colaborador é surpreendido pelo “chefe”, ou seja, muitas vezes ele nem imagina que a sua demissão está por acon-tecer. Não há “sinais” para o colaborador rever a sua con-duta/desempenho, sequer algum registro para comprovar a ineficácia ou rompimento de compromissos assumidos, e um belo dia ele é demitido.

Demissão Festa JuninaO colaborador ainda está no cenário, mas o “chefe” coloca a “batata dele para assar na fogueira”. Nos bastidores, a in-formação estoura como pipoca, enquanto isso, ele dança a quadrilha e ouve os sinais da demissão que está por vir: - Olha a cooobra ... olha a chuuuva... a ponte caiuuu... Se ele for perceptivo, reconhecerá que os sinais não são bons. Terminada a festa junina, ele é demitido. Demissão CPIHá um dossiê da vida do colaborador, no estilo “cader-ninho negro”. Mas o “chefe” jamais ofereceu sequer um feedback ao maior interessado: - o próprio colaborador.Demissão do Bom SamaritanoO “chefe” é amigo da vítima, mas não tem coragem de demitir. Portanto, o discurso é:“quem avisa amigo é, eu acho que haverá “cortes” na empresa... “eu não queria que fosse você mas eu vou ver o que posso fazer, não prometo nada”... Sabemos que não há como tornar boa uma coisa que é ruim, mas existem maneiras de tornar menos doloroso e mais profissional o processo de demissão, e com menos conseqüências para o demitido. Mágoas sempre vai haver, mas não precisa haver ódio. Você acredita que exista alguma maneira de demitir sem traumas?

Eu aCrEdito!Faça com o mínimo de dor psicológica para o demitido, não humilhe nem torture com fatos do passado.Faça com empatia e uma dosagem de “anestésicos”, su-ficientes para ele poder encontrar uma boa atividade no mercado de trabalho.Prepare o colaborador, negocie com ele um período para que possa procurar outro trabalho, ainda empregado.Fique atento às datas proeminentes.Lembre-se do colaborador que fica na empresa e que não esquece a forma como o colega demitido foi tratado.Cabe ao líder informar à equipe a demissão feita. Uma equipe desinformada fica assustada, desmotivada, o que torna o ambiente inseguro e improdutivo.Portanto, líder, não seja protagonista nas tragicomédias das demissões. Saiba demitir, mas não espere aplausos!

EstEFânia ChiCalé Galvansócia Diretora da Fator [email protected]

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Gestão Estratégicaem HospitaisAfinal, o que é estratégia?

É a arte de aplicar meios disponíveis e explorar condi-ções favoráveis com o fim de alcançar objetivos especí-

ficos, de acordo com o dicionário Aurélio.A preparação de profissionais para gerir hospitais no Brasil co-meça com a Faculdade de Saúde Pública da USP. A Institui-ção implantou o primeiro Curso de Administração Hospitalar no ano de 1951, em convênio com a Fundação Kellogg. Até então, os administradores dos hospitais eram, em geral, ge-rentes de bancos ou diretores de empresas que se aposentavam e ofereciam seus serviços. Os cursos de especialização, MBA's em Saúde e o início do Sistema de Acreditação, no final dos anos 90, com grande apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), trouxeram como resultado um aumento significativo no nú-mero de profissionais preparados e qualificados a assumir a gestão de hospitais. É importante observar que, a consolidação dos planos de saú-de com a Lei 2.629, de 2000, em conjunto com outras mu-danças na legislação e, ainda, o aumento da complexidade dos procedimentos e o acirramento da concorrência, foram fatores que interferiram fortemente na necessidade de aper-feiçoamento da gestão.Naquele momento também teve início uma aproximação muito importante entre os diretores médicos, o corpo clínico e a administração dos hospitais, exercida por profissionais espe-cializados, criando uma sinergia natural e agregando ganhos ao crescimento e desenvolvimento de muitos hospitais.A Governança Corporativa vem sendo adotada também na gestão dos hospitais, principalmente os de propriedade de grupos familiares e até filantrópicos e lucrativos. Nas admi-nistrações familiares, os herdeiros perceberam a importân-cia da gestão profissional e empresarial e estão trabalhando fortemente para a adoção deste modelo. A gestão passa a ser delegada aos profissionais, com integração de todas as partes interessadas - stakeholders, e compreensão dos papéis de cada um atuando a partir de objetivos e metas previamente defi-nidos e negociados. A profissionalização especializada é responsável direta pela ges-tão orientada à estratégia e o vínculo desta com os processos ,que serão avaliados por indicadores, selecionados e negociados com os gestores para o acompanhamento completo do desem-penho do hospital.

Para que a gestão profissional funcione de forma sinérgica, além de rever os processos e definir os indicadores, é impor-tante que sejam considerados alguns aspectos, como: integra-ção da assistência; plano diretor de medicina; plano diretor de tecnologia da informação e gestão de recursos humanos.O gestor precisa ter em mente que tipo de medicina a institui-ção pretende prestar a partir de seu core business. Os hospitais não poderão mais pretender ser bons em todas as especialida-des: deverão definir e decidir quais áreas da medicina serão contempladas. A instituição deverá buscar ser referência em poucas especialidades e prestar estes serviços de forma diferen-ciada, com alta qualidade e segurança, agregando valores per-ceptíveis pelos clientes. Isto pode dar-se a partir da composição de uma equipe multiprofissional qualificada e motivada. A base de um hospital de sucesso é sua equipe multiprofissio-nal, de atenção assistencial. Nesse grupo, acrescento também todo o pessoal da tecnologia de informação, recursos huma-nos, de apoio e logística de suprimentos. Algumas mudanças nessas áreas trouxeram ganhos significativos para a saúde. A Tecnologia da Informação, por exemplo, rodava somente as folhas de pagamento e relatórios da contabilidade. Hoje é res-ponsável pela revolução trazida com os sistemas de gestão, por gerar o prontuário eletrônico do paciente, a dispensação de medicamentos em tempo real, lançados diretamente na conta do paciente, e muito mais.Com a implantação da gestão estratégica com profissionalis-mo, os hospitais serão naturalmente escolhidos pelo cliente-paciente e por suas seguradoras, especialmente aqueles com certificação. Este é o cenário: os mais ágeis e arrojados, com-petentes e visionários conquistarão os melhores resultados e os melhores lugares. É imprescindível e necessário que saibamos cada vez mais: “Qual é realmente o nosso negócio? Qual a visão de futuro? Que ferramentas possuímos para transformar os sonhos em realidade?” Peter Drucker, guru da administração, costumava dizer: “A melhor maneira de predizer o futuro é criá-lo”. E tudo começa com a elaboração de um plano estratégico para o hospital. Genésio Körbes é administrador Hospitalar, com MBA em Gestão Empresarial pela Universidade do Vale dos Sinos, e é Diretor do Hospital Bandeirantes

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Pensar o mundo em dimensões reduzidas, como propõe a nanotecnologia, melhorará a saúde(e todos os setores) incondicionalmenteelaine Hipólito – [email protected]

Inúmeraspossibilidades

Em pleno século XXI, a física quântica desvenda-se como uma possibilidade de ruptura de pensamento que há 60

anos o homem sequer imaginava. A ciência parece não ter mais limites e avança a pas-sos largos em todos os setores. Pesquisas são trabalhadas e feitas em dimensões muito re-duzidas. Em nano. Esse prefi xo signifi ca o bilionésimo de algu-ma grandeza. Se o padrão de medida for metro, a palavra torna-se nanômetro. Ou seja, um nanômetro tem um bilionésimo de um metro (0,0000000001 metro). Algo muito pequeno, que se aproxima do tama-nho dos átomos formadores de toda a maté-ria que se conhece. É nessa dimensão que trabalha a nanotecno-logia ou tecnologia atômica. E, por meio da manipulação de átomos, moléculas e partí-culas subatômicas criam-se novos produtos e equipamentos. Já nanociência é o estudo e o conhecimento das técnicas e aplicações das nanotecnolo-

gias. E, está presente em diversas áreas do conhecimento humano (engenharia, física, química, biologia, computação, medicina).Se o computador que você utiliza no seu trabalho ou em sua casa for bem atual, cer-tamente ele terá nanotecnologia no disco rí-gido e muitas vezes também no processador. Também dá para ir à drogaria da esquina, aqui mesmo no Brasil, e comprar cosméti-cos nanotecnológicos, por exemplo. saÚDePara a área da saúde, as expectativas quanto à utilização da nanotecnologia são imensas. No País, o que se faz no setor está presente em al-gumas redes de pesquisa apoiadas pelo Minis-tério da Ciência e Tecnologia (ver quadro). Entretanto, o ritmo nessa área é bem mais lento quando comparado a outros setores de pesquisa. Entre descoberta e aplicação do produto, por conta da necessidade de testes pré-clínicos e clínicos, levam-se anos. Mas há muitos itens em fase de testes.

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GUSTAVO SIMÕES, DA NANOX: Proteção antimicrobia-na resultou em negócios com a Fortinox

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Um deles é o princípio de drug delivery (entrega de drogas). Em outras palavras, o medicamento é encapsulado em um envoltório nanoscópico ca-paz de levar o remédio até o local do corpo (e só até este local) afetado por uma doença. Outro exemplo é a introdução de nanopartí-culas magnéticas no organismo para fazê-las vibrar e produzir calor sobre um tumor. Este morrerá por hipertermia. Até então, o que se tinha à mão, eram medi-camentos tomados em doses suficientes para

que as frações que tocam os locais de interes-se do corpo humano fossem eficientes. Mas esta prática faz com que todo o organismo seja inundado pelo remédio, o que pode provocar vários tipos de reação.

“Nós, cientistas, queremos sistemas de proteção e remediação eficazes, com me-nos efeitos colaterais e mais baratos que os tradicionais”, afirma o doutor em física Mário Norberto Baibich, diretor de Políti-

cas e Programas Temáticos da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvol-

vimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (Seped/MCT). Não é pouco o que se quer para uma tecnologia emergente. De acordo com Baibich, a comunidade que traba-lha com nanociência no Brasil está desempenhan-do um bom papel. “Em nanociência, temos a maior comunidade científica de toda a América Latina, e com resultados reconhecidos mundialmente. En-tretanto, a proporção de cientistas e pesquisadores na nossa sociedade ainda é pequena”, pondera. OrçamentO nacIOnalEm 2008, o Ministério da Ciência e Tecnologia destinou às áreas de nanociência e nanotecnolo-gia R$ 29 milhões. Destes, R$ 20 milhões vêm dos Fundos Setoriais e o restante do Plano Pluria-nual, que determina o planejamento estratégico dos investimentos do País durante quatro anos. Nessa contabilidade não estão os investimentos de empresas e das Fundações de Amparo à Pes-quisa dos Estados, como Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fun-dação de Apoio à Pesquisa de Minas Gerais (Fa-pemig), Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), que têm programas bastante ousados e com in-vestimentos significativos. Em âmbito mundial, esse mercado tem números superlativos. Algumas projeções apontam para US$ 2,6 trilhões por ano já em 2014. Hoje, o vo-

lume de dinheiro investido na área está na ordem de US$ 88 bilhões anuais. O crescimento é exponencial e não tem dado si-nais de saturação. Afinal, a maior parte dos bene-fícios ainda está por vir. empresas brasIleIrasDe olho nesse futuro, recentemente a Nanox li-cenciou seu selo antimicrobiano NanoxClean para outra empresa: a Fortinox. Esta última for-nece mais de 40 produtos (papagaios, comadres, cubas de assepsia, entre outros) em aço inoxidável para hospitais, clínicas e home cares. Esta proteção antimicrobiana começou a ser de-senvolvida em 2004, com a Universidade Esta-dual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar). Mas foi adicionada in-dustrialmente nas superfícies dos produtos só em 2006. Ela penetra nas células dos microorganis-mos, destruindo-os. Assim, as superfícies ficam limpas e livres de fungos e bactérias. “Isso, en-quanto o produto existir”, garante o presidente da Nanox, Gustavo Simões.Com a nanociência e a nanotecnologia à tona, não é possível enxergar o futuro das corporações sem inovação. As farmacêuticas Biolab e Eurofar-ma sabem bem disso. Juntas, hoje, possuem 6% do mercado brasileiro, com vendas auditadas em R$ 1,3 bilhão por ano, segundo dados do IMS Health.

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JOSÉ CARLOS DE LUCENA, DO CIETEC: Nos próximos cinco anos, 20% das empresas incubadas serão de nanotecnologia

HENRY SUZUKI, DA INCREMENTHA: Fórmula anestésica que usa nanotecnologia servirá de base para outros produtos

A expectativa é que, em cinco anos, os dois labo-ratórios detenham 8% do mercado nacional. Parte do crescimento estimado (R$ 270 milhões) virá de projetos da Incrementha PD&I. A empresa foi cria-da a partir da união das duas companhias e está focada em projetos de inovação farmacêutica. O farmacêutico bioquímico Henry Suzuki, que atua como diretor técnico da nova empresa, con-ta que, atualmente, o projeto mais importante envolve uma formulação anestésica. “Trata-se da primeira fórmula desenvolvida pela Incrementha na área de nanotecnologia, que também está ser-vindo de base para a criação de uma plataforma a ser empregada em outros produtos”, esclarece.O diretor técnico adianta que as primeiras sub-missões do produto para aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve-rão ocorrer nos próximos meses. Depois será a vez da habilitação do preço. Só então será possível a comercialização do produto pelas farmácias, o que deve ocorrer dentro de um ano e meio.“O fato de o laboratório estar sediado no Cen-tro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) tem contribuído bastante para o desenvolvimento de nossos projetos. A proximidade com o meio acadêmico-científico e com outras empresas de base tecnológica contam bastante”, acrescenta.

IncentIvo às empresas InovadorasA exemplo da Incrementha, as novas empresas

que apostam em inovação, independente do se-tor, têm recorrido ao Cietec. Localizado em São Paulo, o Cietec foi inaugurado em 1998, a partir de um convênio entre várias instituições. Tem como missão promover o desenvolvimento da ci-ência e da tecnologia nacionais. Para tanto, ofere-ce aos interessados incentivos à transformação do conhecimento. E, assim, indivíduos e empresas desenvolvem produtos ou serviços inovadores.Hoje, o Centro Incubador ocupa um espaço de 6,5 mil metros quadrados dentro da Cidade Uni-versitária, em São Paulo, o que é um facilitador para que as empresas incubadas possam ter acesso aos laboratórios do Instituto de Pesquisas Ener-géticas e Nucleares (IPEN), Instituto de Pesqui-sas Tecnológicas (IPT) e da Universidade de São Paulo (USP). Em seu quadro de funcionários, possui gestores vindos da iniciativa privada. São cerca de 20 executivos jovens ou com bastante ex-periência das mais diversas áreas. Mas para que uma empresa possa ser incubada, é necessário passar por um rigoroso processo se-letivo. “O procedimento é necessário para se en-xergar o potencial de mercado que o produto ou serviço poderá atingir”, esclarece o coordenador técnico do Cietec, José Carlos de Lucena.Também aqui o interesse pela nanotecnologia e nanociência é crescente. Lucena estima que, nos próximos cinco anos, 20% das empresas incuba-das pertencerão a estas duas áreas.Cria do Cietec, a Ciallyx Laboratórios & Con-sultoria existe desde 2003. “Estivemos durante 18 meses no hotel de projetos incubados para planejar, enxergar e construir a viabilidade téc-nica e financeira de nossa empresa”, conta a pes-quisadora sênior Cristina Massoco, que também é responsável pelo desenvolvimento e controle de testes realizados in vitro.Só no ano passado, a empresa abriu dois laborató-rios de ensaios in vitro no interior paulista. É tam-bém pioneira na realização de estudos pré-clínicos para vários medicamentos. E, em nanotecnologia, desenvolve testes de eficiência e de segurança para produtos farmacêuticos nanoestruturados. multInacIonalComo a nanociência e a nanotecnologia são de interesse mundial, empresas de todos os países estão envolvidas no assunto. É o caso da holan-desa Philips. Graças aos avanços em biologia e em medicina, sabe-se que todas as doenças são resultados de mu-danças moleculares. Identificar cedo as moléculas específicas de enfermidades ou o desbalancea-

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REDES DE PESqUISA

Desde de 2001, o Brasil estimula oficial e diretamente as pesquisas em nanotecnologia. Em 2005,foram criadas dez novas redes constituídas de pesquisadores das mais diversas áreas:

1 - Rede de Nanofotônica

2 - Rede Nacional de Nanobiotecnologia e Sistemas Nanoestruturados (Nanobioestruturas)

3 - Rede de Nanotecnologia Molecular e de Interfaces

4 - Rede de Nanobiomagnetismo

5 - Rede Cooperativa de Pesquisa em Revestimentos Nanoestruturados

6 - Microscopias de varredura de sondas - software e hardware abertos

7 - Nanotubos de Carbono: ciência e aplicações

8 - Simulação e modelagem de nanoestruturas

9 - Nanoglicobiotecnologia

10 - Nanocosméticos: do conceito às aplicações tecnológicas

Cada instituição faz uma parte da pesquisa. O desenvolvimento e os resultados são testados, publicados e eventualmente patenteados. Estas redes envolvem cerca de 300 doutores especializados em diversos ramos da nanociência e da nanotecnologia.

CRISTINA MASSOCO, DO CIALLYX: Testes de eficiência e segurança para produtos farmacêuticos nanoestruturados

PHILIPS RESEARCH: Empresa desenvolve sensores biológicos baseados em nanopartículas magnéticas, para ajudar a detectar doenças em nível molecular

mento molecular (os chamados marcadores biológicos de doenças) é uma poderosa ferramenta para se ter o diagnóstico precoce de uma enfermidade.Entretanto, o desafio científico atual é atingir um en-tendimento perfeito dos caminhos das doenças em nível molecular e combinar esse conhecimento com tecnologias de detecção apropriadas. “Nossos pesquisadores estão desenvolvendo sensores bio-lógicos ultra-sensíveis, baseados em nanopartículas mag-néticas”, esclarece o gerente de comunicação e porta-voz da Philips Research, Steve Klink.Para entender um pouco melhor o raciocínio desses profissionais, Klink explica que a tecnologia original-mente desenvolvida para cabeçotes de leitores de disco de computador está sendo adaptada pela empresa ho-landesa para produzir sensores biológicos diminutos, um procedimento que tem o potencial de revelar a presença de doenças no organismo antes que o pacien-te sofra os sintomas.Os pesquisadores da Philips também trabalham com no-vas técnicas de exames de ressonância magnética e aná-lise de dados para determinar concentrações de agentes de contraste, uma tecnologia de imagem que poderá ser usada para detecção precoce de tumores. Ela monitorará, ainda, a eficácia da terapia, ou seja, verificará se a medica-ção está funcionando e qual a dose mais indicada. Com tantos avanços em nanociência e nanotecnolo-gia, a pergunta que fica é: daqui a alguns anos o ho-mem morrerá de alguma doença?

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O último estudo da Symantec de ameaças à se-gurança na internet aponta que o setor de saúde é o terceiro mais vulnerável, atrás do segmento de educação e governo. Agora, diante da prepa-ração brasileira para a assinatura médica digital e com o aumento exponencial do volume de in-formações sobre pacientes on-line, sua instituição estará realmente protegida?Da redação / Colaborou Patricia Santana – [email protected]

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Q uanto valem as informações do

prontuário médico do presidente

da República? Esta é uma pergun-

ta um tanto quanto complexa. Afinal, quanti-ficar a vida de uma pessoa não é nada fácil. Mas, mesmo que o primeiro questionamento seja utópico, quanto custa a informação sobre a saúde de qualquer pessoa? Não tem preço. As instituições de saúde lidam justamente com dados que, em qualquer moeda, são imensu-ráveis. Portanto, o quesito segurança é uma premissa básica nas ações do setor. “Não há dúvidas de que a saúde tem um valor merca-dológico, pois o vazamento de informações in-dividuais pode ser usado para chantagem, in-vasão de privacidade; e o quadro clínico pode ser visto como uma análise do perfil do usuário por operadoras de planos de saúde”, pontua o sócio da consultoria PriceWaterHouse Coopers no Brasil, Edgar D Andréa.Garantir que todos os prontuários, ainda em pa-pel, seriam trancados em um armário e enfileira-dos em ordem alfabética parecia ser uma tarefa mais simples para os hospitais no passado. Hoje em dia, com o aumento do uso de informações dos pacientes on-line, prontuários médicos di-gitais e, agora, a tão sonhada assinatura médica digital, que surge com a proposta de colocar um fim no uso de papéis na Saúde, assegurar que tudo está sob total sigilo é um desafio para o gestor de Tecnologia da Informação. O Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, pretende obter uma prescrição eletrôni-ca com assinatura digital até 2012. Para

tanto, a CIO da instituição, Margareth de Ortiz Camargo, já começou, neste ano, os estudos para a viabilização do projeto. “Vamos começar com os médicos, mas da-qui a pouco o paciente também terá”, diz a executiva em entrevista à Information Week, em maio. A pesquisa mais recente da Symantec, empre-sa provedora de soluções de segurança, sobre ameaças à segurança na internet traz o seg-mento de Saúde em terceiro lugar no ranking de setores da economia mais vulneráveis a roubo de dados. Com 16%, o setor só fica atrás de educação (24%) e governo (20%). De acordo com diretor regional de produto da Symantec, Alberto Saavedra, existe uma prerrogativa de que grandes setores propor-cionam um melhor retorno sobre as informa-ções roubadas. “As regulamentações sobre o cuidado com as informações de saúde ainda são muito novas no Brasil. Mas não se trata de um setor que sofre constantes ataques ex-ternos, por parte de hackers, por exemplo. O usuário e a pessoa que manuseia a informação representam os maiores riscos dentro de uma instituição”, conta.Segundo D Andréa, não é comum existirem ataques massivos, mas interesses específicos. O executivo também acredita que diante da proporção das informações de saúde, o setor ainda investe pouco em segurança, diferen-temente, por exemplo, do setor financeiro, cuja prerrogativa é justamente a garantia de sigilo. “Como consultor, noto que médias e pequenas instituições de saúde possuem um

baixo nível de preocupação com a segurança de dados. Talvez, falte uma ação por parte do governo federal para endurecer a legislação”, menciona, se referindo aos Estados Unidos, que já possuem leis federais que proíbem a divulgação de dados de saúde, e onde o tra-tamento das informações dos pacientes é re-gulado, para que nenhum player do setor se beneficie dos dados. O estudo HealthCast 2020, da PriceWa-terHouse Coopers, que traça os desafios do setor de saúde para os próximos 10 anos, aponta que, num universo de 580 executi-vos hospitalares entrevistados, 73% acre-ditam na contribuição da tecnologia para a integração do sistema de saúde, mas apenas 54% consideram a TI importante ou muito importante no melhoramento da segurança dos pacientes. Políticas não dizem nadaNo Hospital Aliança, da Bahia, 10% do or-çamento disponível para a área de Tecnologia da Informação é destinado a ações de segu-rança. Senhas pessoais para acessar o sistema, controle sobre o nível de acesso, autenticação para gerenciamento de banco de dados e siste-mas operacionais, bem como antivírus, anti-spam, IPS (Sistema de prevenção de Intrusão, do inglês, Intrusion Prevention System), fi-rewall, segurança de rede e políticas aos cola-boradores. Esta é a artilharia que a instituição usa para barrar qualquer tipo de invasão às informações dos pacientes. “Nossas ações de segurança estão dentro do padrão britânico (BS7799) há três anos, as os aspectos de sigilo de dados sempre estão em constante atuali-zação e manutenção”, diz o CIO do hospital, Carlos Nestor Passos.Com uma equipe de 18 pessoas, o executi-vo aponta que existem dois grandes desafios para que os gestores de tecnologia possam garantir a segurança dos dados: ambiente in-tegrado e sensibilização dos colaboradores. “As instituições de saúde sofrem com uma quantidade muito grande de fornecedores tanto de equipamentos e softwares, como de sistemas. Então, o ambiente hospitalar pre-cisa estar integrado frente a toda a heteroge-neidade da infra-estrutura”, pontua. Já com

Receita de como gaRantiR a seguRançaPrivacidade de informações associadas à ética garantem um nívelde conscientizaçãoPolíticas precisam ser estruturadas, detalhadas e normatizadas dentrodas instituições e no próprio setor pela classe médica, por exemploAnálise de risco ao adotar qualquer tipo de prática ou solução,como o prontuário eletrônicoCapacidade sistêmica de controlar o nível de acessoAuditoria para o cumprimento de políticas, atreladas ao desempenhodo colaborador e com direito à dispensa com o descumprimentoInteroperabilidade

Fonte: Edgar D´Andréa, da PriceWaterHouse Coopers Brasil

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relação ao segundo desafio, Passos considera que as políticas por si só são inibidoras. “Por-tanto, o único elemento que existe para que se consiga defender os interesses da organi-zação é a sensibilização. A política de segu-rança não pode ser impositiva. Aqui no hos-pital, fazemos uma ação de convencimento, por meio de campanhas. A melhor estratégia é não bloquear ou burocratizar algo de uma única vez, pois assim certamente haverá re-sistência”, complementa.O Hospital Aliança trabalha com um corpo clínico aberto, logo, o profissional não é ne-cessariamente um funcionário do hospital. “Ele não tem a obrigatoriedade de adotar as políticas da empresa. Por isso, a equipe de tecnologia atua sempre ao lado do pro-fissional, principalmente com tecnologias móveis, como o agendamento remoto de uma cirurgia ou conexão com o centro ci-rúrgico. Em casos como este, o médico não pode ser um elemento fraco. Então, mais do que políticas, é preciso ter ferramentas e caminhos”, defende.O consultor D Andréa também compartilha da mesma opinião do CIO do Aliança. “Se não houver políticas conhecidas pelos funcio-nários, com fiscalização, dificilmente as polí-ticas saem do papel.”

Sigilo ao pé da letraNo HCor, em São Paulo, quando questiona-do sobre as ações desenvolvidas para a segu-rança dos dados, o gerente de TI, Adailton Luiz Mendes, logo disse: “quanto mais con-tar, mais vulnerável vou ficar. Prefiro falar de uma forma geral.” Preservando a sustentabilidade do trabalho que vem desenvolvendo, o executivo revelou que 12% do orçamento é aplicado em segu-rança e disponibilidade. “Somos acreditados pela Joint Comission, então é necessário pos-suir um monitoramento sobre a segurança, níveis de acesso e demais ferramentas para garantir a qualidade e sigilo das informações. Dentro do planejamento estratégico de TI, a segurança é uma rubrica que estamos sem-pre olhando e que tende a consumir cada vez mais do nosso budget”, pontua. De acordo com Mendes, o maior desafio para o gestor de TI é garantir uma infra-estrutura segura para a entrega da saúde on-line, o que deve ocorrer nos próximos anos, visto que no âmbito financeiro já há a Troca de Informações em Saúde Suple-mentar (TISS). “O grande problema é que a área de TI está em constante movimen-to. Precisamos montar uma estrutura que possa crescer aos poucos, de forma que

Edgar d’andréa, da pricEwatErhousEcoopErs: o setor de saúde ainda investe pouco em segurança

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hospital aliança, da bahia: 10% do orçamento vai para segurança

hcor, Em são paulo: Equipe dedicada ao assunto tem 16 pessoas

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novas tecnologias sejam incorporadas sem que haja um bug ou destruição de tudo o que já foi construído até então.”O gerente garante que já está nos planos do HCor adotar o prontuário eletrônico, mas ainda não se sabe se será com papel (digitali-zação das informações dos pacientes) ou sem papel (todo o registro é on-line). “As duas normativas já estão dentro do escopo de tra-balho da equipe de TI. A tecnologia não é o problema, porque já sabemos o caminho e estamos estudando formas de viabilizar o projeto de forma segura. Agora, a prática médica precisa incorporar este tipo de tra-balho no dia-a-dia. Para a cultura médica, o ganho com a tecnologia não é traduzido de uma forma fácil”, garante.Com uma equipe de 16 pessoas em TI, o HCor enxerga maior vulnerabilidade nas in-formações que podem sair do hospital, o que, com o advento do uso de dispositivos móveis, preocupa ainda mais o departamento. “Exis-tem tecnologias que barram as ações internas e os ataques externos. Mas as informações móveis requerem um cuidado maior. Para a otimização dos recursos, nós, gestores de TI, precisamos estar preparados para o futuro, ou seja, para a integração de dados em saúde no País inteiro”, conclui Mendes.

longe doS póloS,a realidade é outraNo interior de Goiás, no Hospital Santa Ge-noveva, a equipe de TI se restringe a duas pes-soas, que cuidam da gestão dos processos in-ternos. Com 300 funcionários e 250 médicos cadastrados, a dupla responsável por todo o gerenciamento de tecnologia ainda está cons-truindo uma política de segurança interna. O gerente de informática da instituição, Rober-val Lustosa, acredita que a segurança dos dados dos pacientes entre os médicos é uma questão de ética. “Cada médico tem um usuário e senha e definimos o que cada pessoa pode acessar den-tro do hospital. Os médicos podem acessar todos os histórico dos pacientes, sem exceção. Agora, partimos da premissa de que o médico não vai acessar o prontuário de um paciente que ele não atende. Isto é uma questão de ética”, declara.Com todos os softwares de acesso livre e com restrições de acesso à internet, o hospital ain-da não possui dispositivos móveis, o que torna a segurança menos complexa, de acordo com o gerente. “Ainda não fizemos um estudo do impacto dos aparelhos móveis nos equipa-mentos médicos, no sentido de prejudicar o desempenho deles. Se futuramente usarmos aparelhos móveis, seria na área administrati-va”, acredita Lustosa.

robErval lustosa, do santa gEnovEva: hospital ainda não possui uma política de segurança

santa gEnovEva, Em goiás: 250 médicos, 300 funcionários e duas pessoas em ti

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A pressão da demanda de serviços

Hoje em dia, um dos grandes desafios de todos os gestores de TI é fazer mais com menos.

Parece velho e ultrapassado, mas não. Essa é a nossa realidade, imposta por um mundo cada vez mais globalizado e com-petitivo: pressão por redução de custos, acompanhar as inúmeras mudanças den-tro da organização, fazer a gestão do por-tfólio de projetos, gestão da equipe, cui-dar do dia-a-dia e administrar a pressão por novas demandas de serviços de TI.Por mais bem-planejado e acordado seja o portfólio de projetos de TI com os clien-tes internos, estamos sempre recebendo solicitações de novos projetos, sem con-tar aquela demanda que não agrega valor algum. Costumo chamar esta prática de demanda podre, que temos de atender (como manutenção e correção de bugs).Ora, se o portfólio de projetos foi acor-dado com os clientes de TI, por que eles continuam gerando novas demandas? As empresas são dinâmicas, pois têm de se ajustar às mudanças e aos novos desafios do mercado em constante mudança. São estas mudanças as geradoras das deman-das não planejadas. Pois até mesmo as estratégias de curto e médio prazos – que são o nosso grande norteador – têm de se adaptar aos novos desafios, e com muita agilidade. Caso contrário, a empresa esta-rá fora do jogo.Este cenário com certeza nos é bem fami-liar. Logo, não adianta se lamentar que o portfólio de projetos não é respeitado ou que a empresa é muito dinâmica. Esta é a realidade do jogo. Muito bem, vamos encarar e mãos à obra (dando conta do

recado e colaborando para que a empresa esteja no jogo e ganhe a partida). Parece simples, mas não é.De nada adianta encarar a realidade e ter uma boa equipe, supercapacitada em gestão de projetos. Se não tivermos a ha-bilidade de nos ajustarmos às mudanças, na mesma velocidade em que a empre-sa está se movimentando, não daremos conta do recado.Se o gestor de TI não fizer parte do co-mitê executivo, onde se discutem as novas estratégias, a chance de ele ser pego de surpresa é muito grande. E pior, às vezes, um pouco tarde.Portanto, trate de estar próximo do co-mitê executivo e participar ativamente das discussões estratégicas e definições dos projetos estratégicos. Isto não é tudo. Outro cuidado muito importante é o ba-lanceamento entre projetos estratégicos e a disponibilidade de recursos. Não estou falando de recursos de TI apenas, mas principalmente, dos parceiros internos, que são fundamentais para a execução dos projetos com sucesso.Algumas dicas importantes: esteja perto das decisões estratégicas, tenha uma vi-são bem clara dos objetivos estratégicos de TI, faça o balanceamento de proje-tos e recursos, conquiste parceiros para os projetos de TI e sempre que possível delegue a gestão do projeto ao principal cliente do mesmo. Por fim, uma boa co-municação é fundamental.

Maurício Pereira é ex-gerente de TI da parte de manufatura da Pfizer

* Artigo publicado anteriormente na revista Information Week 199

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Os investimentos em TI na área de saúde es-tão crescendo a cada dia. Segundo pesquisa da Frost & Sullivan, o mercado movimentou US$ 5 bilhões em 2007 na Europa e apre-senta taxa de crescimento de 10% ao ano. No Brasil, a tecnologia da informação ainda é vista como custo e não como investimento pelo setor, segundo Bruno Iared, analista da consultoria. No entanto, isso está mudando, o que abre mercado para empresas como a Unihealth, especializada em serviços de lo-gística hospitalar. Com dois anos de atuação, a empresa já tem dez clientes em várias regiões do Bra-sil e até em Angola, na África. A expec-tativa é de crescimento de 400% ao ano, segundo Rodrigo Ferrari, gerente de tec-nologia da empresa.E a TI é ponto chave para este desempenho, tanto pelo lado da oferta (o software de ges-tão desenvolvido internamente pela empre-sa), quanto pela infra-estrutura do serviço. A oferta da empresa consiste em ferramentas para que os hospitais melhorem a gestão dos suprimentos relacionados às suas atividades, como remédios, seringas, etc. "É possível controlar um produto desde o momento em que ele chega ao hospital até o momento em que é administrado a um paciente", explica Ferrari. Com este controle, afirma, é fácil identificar a localização de um item caso haja recall do fabricante e reduzir o estoque dos almoxarifados. Realizar um projeto da forma tradicional, com a instalação de equipamentos e desloca-mento de equipes para suporte, no entanto, não ofereceria os resultados pretendidos.Por isso, desde o ano passado, a Unihealth adotou um modelo de TI centralizado para oferecer os serviços aos seus clientes. "A im-plantação de um projeto fica até 30% mais rápida desta forma", afirma Ferrari. Segundo

ele, a opção foi feita tendo em vista o poten-cial de crescimento da empresa. "Até o final de 2007, tínhamos três clientes. Hoje, já são dez", reforça.Com o ambiente centralizado, ao invés de implementar um servidor de banco de da-dos e um de importação de arquivos em cada cliente, o trabalho é feito dentro da própria estrutura da empresa, com agilidade e se-gurança. "A equipe de infra-estrutura conta com quatro profissionais", explica Ferrari. Equipe que não precisará crescer no mesmo ritmo da empresa, comenta ele, por conta da facilidade de gestão do ambiente. A equipe total de TI da Unihealth conta com 22 pes-soas, sendo oito para desenvolvimento, dez

para suporte aos clientes e quatro profissio-nais de infra-estrutura.O projeto do ambiente centralizado, que começou com um investimento de R$ 600 mil em 175 licenças do Citrix Presentation Server, três servidores Intel dual core, dispo-sitivos de storage e colocation em datacenter, hoje já conta com 250 licenças e sete servi-dores. E deve crescer mais. "Estamos traba-lhando em um novo software desenvolvido por profissionais com a certificação RUP/CMMI", adianta Ferrari. As atualizações do sistema e o mercado aquecido devem garan-tir à Unihealth o crescimento pretendido.

*Gustavo Brigatto é repórter do IT Web

Unihealth investe R$ 600 mil em centralização de TICom modelo, empresa reduz em até 30% o tempo gasto para implementações em novos clientes na área de saúde Gustavo Brigatto - [email protected]

Mayuli lurbe fonseCa, à frente da unihealth, espera crescimento de 400% ao ano, que será suportado por um sistema de Ti centralizado e uma equipe de 22 pessoas na área de tecnologia

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Os gigantes automobilísticos para a Saúde

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O poder de consumo do setor de Saúde amplia-se para diferentes segmentos da economia brasi-leira. Pensar na indústria de saúde pode reme-

ter automaticamente a equipamentos médicos e softwa-res. Mas uma outra aposta de investimento no mercado, que vem crescendo, parte das automobilísticas, que en-xergam a Saúde como uma forma de aproveitar o poder de compra do Estado para o crescimento dos negócios focados em veículos de grande porte.Na Fiat, o segmento de veículos adaptados para am-bulâncias representa hoje 4% de todas as vendas dos modelos Fiorino, Doblò e Ducato. No acumulado do mês de junho, isso representa um volume total de 1,5 mil unidades. “A previsão de volume de vendas da Fiat neste segmento para 2008 é de mais de 3 mil unidades”, calcula o gerente de Vendas Diretas, Paulo Goddard. A participação da multinacional italiana neste seg-mento da economia vem crescendo nos últimos anos, passando de 28% em 2006 para 48% do mercado no acumulado de junho deste ano. “Os modelos Fiat são reconhecidos pelo mercado como os mais adequados para a transformação em ambulância, tendo em vista a amplitude de nossa gama, e temos o Ducato, que é o modelo mais largo da categoria, facilitando a transformação”, considera Goddard.Em 2008, a montadora Iveco projeta vender cerca de 9 mil veículos no mercado brasileiro, 40% a mais do que no ano passado. “Uma das razões deste otimis-mo é que os novos modelos da linha de leves (Daily) e da linha de pesados (Stralis), lançados em outubro de 2007, vêm impactando fortemente as vendas e a aceleração produtiva”, justifica o executivo de Ven-das ao Governo, Davi Mondin.Além disso, a montadora pretende lançar duas no-vas famílias de produtos por ano e continuar com a estratégia de complementação das gamas já exis-tentes.As montadoras têm também aproveitado o poder de compra do Estado como forma de expansão dos negócios. “Infelizmente, nem todos os municípios possuem postos de saúde aptos a atender a toda e qualquer ocorrência, por isso, as UTIs móveis são tão úteis, tanto no transporte do paciente ao hospital como na prestação dos primeiros socorros”, defende Mondin, apontando que este mercado é crescente.

Em julho deste ano, a Iveco entregou ao Governo do Estado de Minas Gerais os primeiros 198 microô-nibus Iveco, do lote de 520 adquiridos. A ação faz parte do Programa Sistema Estadual de Transpor-te em Saúde (Sets), lançado pelo governo por meio da Secretaria do Estado de Saúde. Os veículos são destinados ao transporte de passageiros nos muni-cípios do interior de todo o Estado. Pacientes com consultas ou exames pré-agendados em cidades que não sejam aquelas onde moram poderão contar com os novos microônibus para deslocamento.De acordo com a Fiat, a Saúde Pública vem rece-bendo fortes investimentos do governo nos últi-mos anos. Com efeito, as compras de veículos des-tinados, principalmente, a serviços de urgência e emergência vêm crescendo bastante. “A Fiat sempre esteve pre-sente nos processos de compras pú-blicas, participando de licitações que, em sua grande maioria, ocorrem na modalidade de pregão público. Nes-ta modalidade, não há negociação direta com nenhuma montadora, e sim um processo de compra que se dá mediante a oferta de lances con-secutivos e de menor preço até que seja atingido um único menor preço ofertado”, conta Goddard. COmO funCiOna O SetOr Mesmo com a participação das gran-des indústrias automobilísticas no setor de Saúde, os modelos de veículos não feitos apenas para este uso específico. Existe também o trabalho das chama-das empresas implementadoras, que adaptam os carros para determinadas finalidades, como transporte de tropa, delegacia móvel, ambulância de remo-ção, UTI e patrulhamento ostensivo. “A Fiat possui parcerias com algumas empresas, dentre elas a Rontan e a En-gesig, para a implementação de veículos destinados ao segmento de saúde. Em todo projeto e processo de implemen-tação são garantidos todos os padrões

de segurança e qualidade da montadora”, explica o gerente de vendas.No caso da Iveco, existe uma linha de veículos aptos para serem transformados em ambulância. Atual-mente, os modelos mais usados são os da linha Dai-ly Furgão. “Estamos sempre investindo em pesquisa e lançando constantemente novos produtos no mer-cado brasileiro, seja para esse ou outro setor”, pon-tua Mondin. De qualquer forma, “o papel da im-plementadora é fundamental, afinal, essas empresas "personalizam" os veículos conforme as necessidades dos cliente. A Iveco trabalha hoje com muitas im-plementadoras entre as quais a Green Car, Rontan e Gran Casa”, complementa.

Com o mercado aquecido pelas grandes automobilísticas como a Fiat e Iveco, o setor de Saúde compra mais. Da redação / Colaborou Patricia Santana – [email protected]

FIAT: Veículos adaptados representam 4%das vendas dos modelos Dobló, Ducato e Fiorino

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Ao longo do último mês, o setor mé-dico-hospitalar sentiu na pele o en-trave que a falta de cuidados com a (des)infecção hospitalar pode causar.

Segundo registros do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 30% dos pacientes internados em todo o País contraem algum tipo de infecção hospitalar. Só em 2007, o Rio de Janeiro regis-trou 416 casos de infecções causadas pela mico-bactéria de crescimento rápido (MCR). Em oito anos, foram 969 vítimas.Diante do surto de infecções por micobacté-rias, o grande vilão identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi a esterilização incorreta dos instrumentos uti-lizados em procedimentos. É justamente de olho neste mercado que a Cristófoli tem in-tensificado os esforços para atingir a área mé-dico-hospitalar nos últimos oito anos. Recentemente, além de mudar para uma nova fábrica de 5 mil metros quadrados, que custou R$ 3,5 milhões, a empresa lançou dois novos equipamentos, desenvolvidos sob medida para o setor: a autoclave quadra de 54 litros e lava-dora termodesinfectora de 50 litros. “Acredito

que em todas as áreas, seja hospitalar ou odon-tológica, a busca por equipamentos que garan-tam a qualidade de esterilização vai aumentar. Trata-se de uma conscientização pela qual o mercado está passando neste momento”, de-fende a gerente comercial e de marketing, An-gela Cristófoli.A nova fábrica da companhia carrega con-sigo a premissa de duplicar a capacidade de produção, que hoje é de 4.250 itens por mês. “Com a nova área, teremos capacidade para produzir muito mais. Existe a perspectiva de dobrar a produção. A nossa estimativa é de que a cada ano aumentaremos em 30% a produção. Os números são conseqüências da demanda crescente”.Com 40 equipamentos no mercado, a compa-nhia, fundada há 18 anos, também tem inves-tido na educação do setor médico-hospitalar, como estratégia de crescimento e ampliação da atuação. “Temos um projeto de biossegurança, no qual uma consultora viaja o Brasil inteiro dando treinamento para profissionais da área médica. Ao todo, nove mil profissionais, em 18 Estados, já passaram por esta espécie de cur-

so. A idéia é promover a biossegurança. Agora, além de consultórios odontológicos, vamos es-tender este programa para clínicas”, conta.De acordo com a gerente, 4% do faturamento da empresa é investido em pesquisa e desen-volvimento. A meta de crescimento da receita para este ano é de 22% em relação ao ano passado. “No final do primeiro semestre, já atingimos 30% do planejado para o conso-lidado do ano. Isto significa que consegui-remos cumprir a meta estabelecida”, acredita Angela.

Mercado exterNoA Cristófoli, cuja sede é em Campo Mourão, no Paraná, exporta para 36 países na América Latina, África e Ásia. “Do total da produção de autoclaves, 17% é destinado para a expor-tação, o que representa 13% do faturamento ”, calcula.No entanto, a empresa não identifica o mercado externo como promissor no momento. “Com o dólar em baixa, a exportação acaba não sendo um bom negócio. Por isso, precisamos avançar para o exterior com cautela”, conclui.

Com investimento de R$ 3,5 milhões em uma nova unidade fabril, a Cristófoli quer entrar com mais força no mercado hospitalar. da redação / colaborou Patricia Santana – [email protected]

CRistóFoli: Nova fábrica tem capacidade para duplicar a produção, que hoje é de 4.250 itens por mês. Expectativa de crescimento é de 30% a cada ano

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A Apotheka, fabricante de mobiliário e equi-pamentos para hospitais e drogarias, acaba de investir R$ 1,8 milhão em uma nova fábrica no Brasil, que fica localizada em São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo. De acordo com o diretor operacional, Marcos Plana, o objetivo é atender as demandas hos-pitalares, projetando e construindo móveis e acessórios para instituições de Saúde de toda a América do Sul. "Pretendemos crescer cerca de 15% ao ano, nos próximos cinco anos, no Brasil. Como antes não tínhamos fábrica aqui, existiam limitações de crescimento, preços e prazos junto aos clientes", conta. Além disso, a localização na região Sudeste é estratégica, porque a demanda por serviços com valor agregado é maior. Com 2% de market share no Brasil, a empre-sa já possui alguns clientes como os hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Anchieta e Meridional. "Pretendemos exportar a partir de outubro. Existe a possibilidade de iniciar a importação para o Chile e Argentina.

No entanto, vamos trabalhar com 85% da fa-bricação para o mercado local, por uma questão de logística e de gestão", explica Plana. A fabricação dos móveis contará com maté-ria-prima majoritariamente nacional e alguns componentes importados. Os sistemas de ar-mazenagem são 80% importados. A estrutura da fábrica conta com quatro máquinas, que são como robôs acionados pelo escritório cen-tral, para a produção dos móveis modulados e personalizados para instituições de saúde. Os móveis produzidos também possuem so-luções de logística integradas, como sistema de automação para dispensação de medica-mentos, por exemplo. "Existe uma redução de custo da aquisição dos nossos produtos por conta do aumento da demanda e da nossa própria verticalização. Hoje, o mercado está globalizado e a carga tributária brasileira faz com que a produção nacional não traga tanto impacto no preço final do produto", pontua o diretor. O grupo Apotheka, cuja sede é na Espanha,

possui, além de soluções mobiliárias para o se-tor de saúde, serviços na área de financiamen-to, turismo e na área química. Ao todo, o gru-po fatura € 50 milhões, com um crescimento anual de 8%. Com a nova fábrica brasileira, a companhia contará com sete fábricas espalha-das pelo mundo. A venda do mobiliário para hospitais e farmá-cias é feita de forma direta e por meio de re-presentantes. "Agora, queremos ter um repre-sentante em cada Estado", antecipa o diretor. O serviço de financiamento para as empresas hospitalares que é oferecido no exterior ainda não está disponível no Brasil. "Aqui não te-mos volume financeiro que comporte o finan-ciamento de longo prazo. Estamos realizando cadastro junto às linhas pontuais de financia-mento do ABN Amro e BNDES. Contudo, estudamos uma forma de trazer capital do exterior e emprestar para as empresas brasilei-ras. Existem questões técnicas, com relação às garantias e retorno de investimento, que ainda precisam ser acertadas", conclui Plana.

Apotheka instala fábrica em São PauloCom aporte de R$ 1,8 milhão, a fabricante de móveis e equipamentos para hospitais e drogarias pretende expandir atuação na América LatinaDa redação / Colaborou Patricia Santana – [email protected]

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Com dezenas de cenários desbravados,o superintendente do A.C. Camargo, Carlos Lotfi, encontra no trekking suas inspirações pessoais e profissionais. Fred Linardi – [email protected]

CARLOS LOTFI e o guarda-parque na região do vulcão Horno: primeiro brasileiro a chegar lá

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Há três anos, após uma caminhada de quatro horas na região do vulcão Hornopiren, no extremo sul do Chile, o superintendente

administrativo do Hospital A.C. Camargo, Carlos Lotfi, concluiu mais um trajeto e teve uma rara e satis-fatória notícia. O guarda-parque do local, ao mostrar o livro de assinaturas de todos que haviam passado por lá, disse para Lotfi e mais dois aventureiros que encontrara no caminho que aquela era a primeira vez que brasileiros passavam por lá. O médico então pro-vava mais um gosto que o trekking pode dar.Entre origens e destinos, Lotfi, recorre ao sangue para explicar de onde vem a origem do gosto por andar, andar e... andar. O sangue em questão não é exatamente aquele impulsionado pelo coração no momento em que percorre uma trilha num vale ou montanha. “Acredito que seja a origem árabe, de ser errante, nômade. Isso vem do sangue e da von-tade de encontrar sempre um desafio.” Aos 48 anos, mesmo com a profissão que toma muito tempo de sua rotina, Lofti consegue enfrentar os desa-fios e, entre uma desbravada e outra, mantém o condi-cionamento físico para trilhar caminhos fantásticos.Tudo começou ainda na juventude, quando Lotfi se interessou por essas aventuras e, junto com ou-tros universitários, fez as primeiras viagens de fé-rias. Uma delas foi à trilha inca de Machu Picchu, que ainda não era tão preparada para turismo, na época em que não havia GPS, mas apenas mapas e bússolas. Já nas primeiras pisadas vieram os pri-

meiros aprendizados e, mais do que isso, a vivência que este mundo lhe trouxe, além do contato com a natureza. “Lembro-me que, ainda na época da residência, ficamos uns dias no Parque do Xingu, onde conseguimos grandes deslocamentos, ao mes-mo tempo em que estávamos lá prestando atendi-mento à saúde dos índios.”Ainda hoje, em qualquer oportunidade que apare-ça, como nos congressos, Lotfi já fica de olho nos arredores da região. Procura por trilhas, parques nacionais e se programa para a caminhada nos oportunos dias livres da viagem. E nessa trajetória, já passou por Fernando de Noronha, Pico da Ban-deira, Serra da Mantiqueira e por outras trilhas.Lugares como esses, além de trazerem a satisfação pessoal, acabaram o estimulando a convidar pes-soas que não tinham experimentado o trekking. O médico levou amigos e familiares para lugares como a região das cavernas do Petar (Parque Es-tadual Turístico do Alto do Ribeira) e trilhas por fazendas que ficam entre cidades do interior. “Mas cada um enxerga o desafio de forma diferente e al-guns acabam desistindo”, explica.Quando os filhos querem ir, são sempre bem-vindos e acabam já tendo contato com a disciplina da aventura e a importância de se fazer o trekking em grupo. SuperaçõeS Programar-se e alcançar objetivos são elemen-tos que permeiam toda a vista e beleza que o

trekking proporciona e que, segundo Lotfi, são os mesmos aspectos necessários para uma boa gestão. “Os esforços são constantes, por isso os planos são necessários e os resultados são a prova de que sua forma de gestão está correta”, compa-ra, lembrando também a idéia de superação que continua o tempo todo em sua mente, dando um estímulo aos músculos cansados e a boca que pede por água a todo tempo, mas em momentos em que não pode deixar a peteca cair. Qualquer parada pode significar não chegar, ao final do dia, a um lugar bom para dormir e descansar. “Durante uma caminhada, principalmente em uma montanha, vamos subindo e ficando cansa-dos. Olhamos para o pico e pensamos como ele está longe. Mas ao olhar para trás, vemos tudo o que já passou e isso trás muita satisfação para continuarmos encarando o desafio.”E como um bom gestor sempre corre atrás de no-vos desafios, o próximo dele não será pequeno. O médico já começou os planos para andar pelas tri-lhas do Kilimanjaro no ano que vem. Tudo envol-ve tempo, logística de alimentos e equipamentos e preparo físico – que ele mantém com caminhadas no Parque da Aclimação e aulas de yoga. Além do reconhecimento a si mesmo, as inspirações e a boa saúde, a prática do trekking traz, por fim, belas compensações, como o prazer de encontrar uma cachoeira ou um lago de água limpa e dar um merecido mergulho.

A cidade de Hornopiren, no Chile... E o parque nacional que abriga o vulcão

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Hospital Cema tem novos diretoresO Hospital Cema, localizado na Mooca, em São Paulo, acaba de reformular a diretoria. Como novo diretor-técnico assume o oftalmolo-gista Pedro José Monteiro Cardoso, que atua na instituição há 12 anos. O cargo não existia até então. Responsável pelo planejamento e definição das escalas médicas, pro-jetos voltados para o atendimento adequado dos pacientes e por man-ter um equilíbrio entre produtivida-de e qualidade, o médico acumula também a presidência da Comissão de Residência Médica (Coreme). Já na diretoria clínica, o escolhido foi Leandro Franchi, que está no hospital há 11 anos. O médico as-sume no lugar de Assad Frangieh que se desligou da instituição. Para auxiliá-lo, Maria Carmela Cundari Boccalini assume a vice-diretoria.

Paulo Angelis é o novosuperintendente do Hospital San Paolo

O Hospital San Paolo acaba de anunciar Paulo Angelis para a superintendência da institui-ção, em substituição a Ahmed Mohamad Kadri, que passa a integrar o Conselho de Admi-nistração. O executivo é especialista em Cardiologia e Terapia Intensiva, pós-graduado em Administra-ção Hospitalar pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (Pro-ahsa) e possui MBA em Gestão

de Organizações Hospitalares e Sistemas de Saúde pela FGV Management. Angelis atua há mais de 15 anos no gerenciamento de serviços de saúde e já teve passagens pela Blue Life, Hospital Bandei-rantes, Hospital Santa Bárbara e Hospital Santa Marina.

LeanDro FrancHi torna-se responsável pela diretoria clínica do cema

PaULo anGeLiS já teve passagens por operadoras, como a Blue Life, e outros hospitais paulistanos

PeDro joSé monteiro carDoSo assume a diretoria técnica e...

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Com a perspectiva de expandir e desenvolver a área de medicina es-tética em ginecologia e obstetrícia, acaba de ser criada a Associação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia Estética (ABGOMEC). Fundada no Rio de Janeiro, a entidade será dirigida pelo professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Hildoberto Carnei-ro, e pelo presidente regional Sul Fluminense da Sociedade de Gine-cologia e Obstetrícia, Ivan Montenegro. De acordo com os dirigentes, a associação é de caráter científico e tem o objetivo de difundir conhecimentos técnicos para a prática de tratamentos estéticos ginecológicos. Entre os planos dos diretores, está a realização do 1º Congresso Mun-dial de Ginecologia e Obstetrícia Estética para 2009. Com o intuito de formar o profissional para atuar nesse novo campo de trabalho, a associação já colocou em prática o ambulatório de Gi-necologia e Obstetrícia Estética, localizado no Biotraining - Centro de Pós-graduação em Medicina Estética do Rio de Janeiro. Para se associar à entidade não há custos. O único requisito é a forma-ção em ginecologista e/ou obstetrícia e estar em dia com a anuidade da respectiva sociedade.

Hospital MadreCortem novo diretor técnico

O Hospital MadreCor, localizado em Uberlân-dia, Minas Gerais, tem novo diretor técnico. Adrianos Loverdos assume a posição e deixa a diretoria técnica da B&B Auditoria Médica. Formado pela Faculdade de Medicina de Va-lença, no Rio de Janeiro, o médico atua há 20 anos na área de auditoria. O novo diretor já acumula experiências da diretoria técnica do Hospital Santa Paula, de São Paulo, da superintendência de relacionamento com prestadores da Unimed Paulistana, gerência médica da Avimed, gerência técnica da Gol-den Cross e da coordenação de auditoria da Blue Life. "Fiz muita auditoria independen-te e treinamentos em todo o Brasil", relem-bra Loverdos. A médica Jussara de Almeida Lima Ko-chen assume a diretoria técnica da B&B Auditoria Médica.

Ginecologistas e obstetrasterão nova associação

aDrianoS LoverDoS deixa a diretoria técnica da B&B auditoria médica

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Eu recomendoNewton Takashima, diretor do Hospital e Maternidade Brasil

Dois livros que li recentemente e aconselho para os gestores são: "O Mundo é plano”, de Tho-mas L. Friedman, e "A estratégia do oceano azul”, de W. Chan Kim. Ambos são de muita va-lia no planejamento estratégico de nossas empresas, pois nos levam a uma "visão macro" do negócio, valorizando o conhe-cimento do nosso mercado, a necessidade de uso de tecnolo-gia de informação, bem como a gestão das nossas decisões. Além disso, me ajudaram mui-to a quebrar alguns paradigmas e implantar mudanças.Do ponto de vista pessoal,

gostei do autor Bernardinho, em "Transformando suor em ouro”. A convite da IT Mí-dia, ano passado assisti uma palestra do treinador em que se destacou a importância do trabalho para todas as nossas realizações. Neste livro se re-força o caminho trilhado para a conquista do sucesso, basea-do na superação de obstáculos e minimização da influência de nossos defeitos no cumpri-mento de metas. O próximo livro que vou ler deverá ser al-guma obra de Machado de As-sis, como tantos estão fazendo neste centenário de sua morte.Fo

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A estratégia do oceano azul

Autor: W. Chan Kim e Renee Mauborge

Editora: Campus

Número de páginas: 258

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Transformando suor em ouro

Autor: Bernardo Rocha de Rezende

Editora: Sextante

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Arquitetura do ambientede nascer

Este livro pode ser uma fonte para compre-ensão de diferentes aspectos que envolvem as decisões sobre a arquitetura de ambientes para realização do parto e do nascimento. É desti-nado aos arquitetos, engenheiros e designers, aos profissionais de saúde de um modo geral, aos que trabalham com a construção, gestão e manutenção dos ambientes de maternidades e hospitais e, sobretudo, para quem busca com-preender a verdadeira dimensão do nascimento a partir do seu primeiro ambiente. “Arquitetura do Ambiente de Nascer” é uma contribuição da arquitetura para as novas maternidades.

Editora: Rio BooksAutor: Fábio BitencourtNúmero de páginas: 128Preço: R$ 45,00

Dicionário Brasileiro de Saúde Esta é uma obra que, de acordo com a editora, é indispensável para todos que se interessem por assuntos de Saúde. O Dicionário Brasi-leiro é produto de uma seleção realizada entre conceituados dicionários de termos técnicos da área e apresenta, dispostos em ordem alfa-bética, mais de 20 mil vocábulos, abreviaturas e siglas. Além disso, oferece exemplos e indica uso dos termos. É recomendado como ferra-menta básica para entendimento das biblio-grafias da área.

Editora: DifusãoAutoras: Genilda Ferreira MurtaNúmero de páginas: 776Preço: R$ 33,00

Guia Prático em Diagnósticopor Imagem da Mama

Tem como autores médicos de diversas especiali-dades relacionadas ao assunto, como oncologia, cirurgia plástica e radiologia. O livro se destina a estudantes e profissionais técnicos e tecnólogos em radiologia dedicados ao estudo da mama, abordando anatomia, fisiologia, doenças, mé-todos intervencionistas, equipamentos de alta capacidade resolutiva e técnicas necessárias para realizar os exames com qualidade. As fotos e ilus-trações utilizadas na obra proporcionam ao leitor uma melhor compreensão deste universo cientí-fico, uma vez que nesta especialidade o diagnós-tico por imagem requer elevado nível técnico.

Editora: DifusãoAutores: Organizado por Lúcia MaierhoferNúmero de páginas: 176Preço: R$ 42,00

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Na Vitrine deste mês você confere alguns dos principais lançamentos de monitores.

Básico e funcional O MEC-1000, da Romed, garante a facilidade de uso em vários lugares e finalidades 

para o dia a dia de instituições médicas. O monitor multiparamétrico fornece tendên-cias gráficas e tabulares de longa duração e oferece configurações para todos os parâ-

metros básicos como ECG, Respiração, Pressão Arterial e Temperatura, garantindo um bom custo benefício, apesar de não acompanhar os sensores de temperatura.

Multiparâmetros ampliadosO Life Scope A, distribuído pela Alliance, é um monitor fisiológico multiparamé-trico, com tela LCD de 12,1 polegadas e touch screen, ideal para a monitoração em centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva adulto, pediátricas e neona-tais. Apresenta como parâmetros básicos a monitorização de SpO2, ECG, PNI, Respiração e Temperatura. Pode ser ampliado, sem a necessidade de aquisição de módulos, para monitorização de até 11 parâmetros simultâneos.

 

Atenção ao pacienteO  IntelliVue  MP5,  da  Philips,  é  um  monitor  compacto  e  flexível,  que  pode  ser  utilizado tanto dentro quanto fora dos hospitais. Com tela de 8,4 polegadas touch screen e interface gráfica intuitiva, tem funções que podem ser acionadas com apenas um toque, permitindo aos profissionais de saúde dedicar mais atenção aos pacientes. Podem ser conectados à rede de informática do hospital por cabos ou wireless, sem interrupção na captação de informações.

Para quatro configuraçõesProduto  100%  nacional,  o  monitor  multiparamétrico  MX-300,  da Transmai,  permite  configuração  em  quatro  modelos  como  o  ECG; ECG+SpO2; ECG+PANI; e ECG+SpO2+PANI. O equipamento ainda conta com o congelamento das formas de onda de ECG e SpO2 e mo-nitoração no modo adulto e neonatal. Apresenta tendência para variação de  freqüência cardíaca e SpO2 nas últimas 72 horas. A velocidade de traçado pode ser ajustada para 25 ou 50 mm/s. 

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Parâmetros práticosO InMax, da Instramed, é um monitor multiparamétrico de alta tecnolo-gia, simples de operar, leve e compacto, possui a interface de operação al-tamente intuitiva e teclas de acesso rápido para as principais funções. Mo-nitora parâmetros ECG, pressão não invasiva (PANI), oximetria (SpO2), respiração, temperatura, dois canais de pressão invasiva (PI) e capnografia (EtCO2). Com inicialização instantânea, basta ligar e usar.

Alta detecçãoConfigurado com capacidade para monitoração de média e alta acui-dade, o Infinity Vista XL, da Draeger, pode ser usado desde Centros

Cirúrgicos até UTIs. Com monitoramento como o ACE e o OxiSure para SpO2, oferece alta detecção de ocorrências e redução de chamados positivos falsos. Tem Ethernet embutida e capacidade de conexão com

outros monitores por rede sem fio. Pode ser fixado na parede, carregado com as mãos ou encaixado em carrinho de transporte.

Monitoramento versátilO Magnavision YM 6000, da K.Takaoka, monitora os sinais vitais de pacientes ne-onatos a adultos em ambientes hospitalares e instalações similares. A tela colorida de 12,1 polegadas em LCD garante boa visualização. A facilidade de interação do usuário com a tela e as funções do aparelho se dá pelo botão de ajuste rápido. Os parâmetros são disponíveis para monitoração de Eletrocardiograma, Respiração, Pres-são não-Invasiva, Oximetria de Pulso e Temperatura, com opcional para módulos de Pressão Invasiva e Capnografia.

RessonânciaO MRI, Monitor para Ressonância Magnética da GE, é apto para atendimento pediátrico e adulto. Pré-configurado para ambiente de Ressonância Magnética até 3.0 Tesla, para cuida-dos intensivos ou anestesia. Sua tela tem 19 polegadas, além da possibilidade de ser remota com total controle das funções. Possui monitoração avançada de CO2, espirometria e agentes anestésicos. Com funcionamento em módulo hemodinâmico e registrador, ainda garante a compatibilidade de comunicação com a Central de Monitoração.

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Fundação Pio XI I

O HOSPITAL DO AMOR

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n Proporciona aos pacientes em recuperação uma higiene completa, além de uma deliciosa sensação de conforto e bem-estarn Retira todo o resíduo de sabonete, evitando qualquer sensação desagradável que possa ser gerada por agentes irritantes após a secagem da pelen Não precisa estar conectado à rede elétrica nem à rede de ar comprimido para funcionarn Controla a temperatura da águan A água permanece aquecida por um longo períodon Reduz o tempo de banho no leito em comparação com os meios tradicionaisn Totalmente portátil e transportáveln Ocupa pouco espaço no ambiente hospitalarn Silencioso, não agride o ambiente de repouson Reduz o consumo de energia elétrica, água e sabonete líquidon Evita o desperdício de água e sabonete líquidon Sua desinfecção pode ser feita com produtos já utilizados na rotina do hospital, como água e sabão, álcool, PVPI ou qualquer outra solução anti-séptica

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Health Móveis - 94Tel.: (11)3645-2226www.healthmoveis.com.br

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H o t s p o t

9 8 - revis­taFH.com.br

Hospital numa CaixaO nigeriano Seyi Oyesola teria tudo para ser um dos 97 entre 1.000 seres humanos que nasce e morre na Ni-géria, porém ele fez parte dos outros 903. Após passar por todas as dificul-dades de uma criança nigeriana, ele foi estudar nos Estados Unidos, mais precisamente em Cleveland, Ohio.Formou-se médico, mas não se es-queceu que antes de doutor, era um homem, nigeriano. Voltou para a sua cidade natal e estudou todos os núme-ros locais. Com base no estudo, criou o que ele mesmo apelidou de Hospi-tal in a Box (Hospital numa Caixa), uma espécie de hospital móvel, capaz de ajudar pessoas em locais distantes com um mínimo de segurança, ou máximo, como ele mesmo diz. O custo dos equipamentos é pequeno, se comparado ao de um hospital gran-de. As negociações variam. Podem ser equipamentos usados, remanufatura-dos ou simplesmente novos de empre-sas menores, mas o importante é que trazem mobilidade e salvam vidas.Num país onde 97 crianças em 1.000 morrem antes de completar um ano de idade, o aparato parece ser uma solução viável. Segundo o Dr. Seyi, o hospital dentro da caixa, que pode ser visualizado em www. globalmedical.netfirms.com, consegue realizar tare-fas nas áreas de: acidentes e emergên-cias, cirurgias gerais, olhos, odontolo-gia, patologias básicas e veterinária.Numa palestra proferida pelo Dr. Seyi, e que está disponível gratuita-mente no site www.ted.com, o médico diz que o melhor hospital não é aquele que tem os melhores equipamentos, os melhores processos ou a melhor equi-pe médica, mas sim aquele que está mais próximo de resolver o problema do paciente. Em um estilo completamente infor-

mal, de bermudas e roupas típicas da Nigéria, fica ainda mais fácil enten-der quando na mesma palestra ele mostra fotos de sua cidade natal, que tem desde problemas sociais até pro-blemas de adaptação ao mundo mo-derno. Por exemplo, em sua cidade não há taxis, uma ironia ao mundo em que vivemos.Lembro-me, então, de uma funcio-nária nossa que passou por um sus-to, quando uma das artérias de seu coração lhe pregou uma peça e ela teve que ser levada a um hospital com urgência. Embora estivesse na região da Avenida Paulista, em São Paulo, onde dificilmente você consegue an-dar uma quadra sem ver um hospital, decidiram ir ao HCor, bem próximo. Dias depois ela me conta como foi a experiência: spanica.Spanica, perguntei?Parecia que eu estava num SPA, to-dos me tratavam como um bebezi-nho, me trazendo comidas deliciosas, sorrindo, conversando comigo sobre diversos assuntos, controlando minha ansiedade. Os equipamentos eram tão bonitos que me senti feliz por po-der utilizá-los.Meses depois, pude sentar-me com o Dr. Kfouri, superintendente do HCor, e contar a experiência vivida por nossa amiga. Contei-lhe também que, na ocasião, por falta de informa-ções, acabamos não ligando para nin-guém do hospital. De forma calma ele me disse que se este foi o atendimento dado sem nenhuma ligação, é por-que era o tipo de atendimento dado a todos. Curta e excepcional resposta.

Alberto Leite é Diretor Executivo da IT Mídia [email protected]

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