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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-RIDO.
DEPARTAMENTO DE CINCIAS AMBIENTAIS E TECNOLGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
RITA OHANA SOARES BARBALHO
LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS HABITACIONAIS DA CIDADE DE MOSSOR-RN
MOSSOR
2013
-
RITA OHANA SOARES BARBALHO
LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS HABITACIONAIS DA
CIDADE DE MOSSOR-RN
Monografia apresentada Universidade Federal
Rural do Semi-rido (UFERSA), como exigncia
final para obteno do ttulo de especializao no
curso de Engenharia Civil.
Orientadora: Profa. D. Sc. Marlia Pereira de
Oliveira - UFERSA.
MOSSOR
2013
-
Ficha catalogrfica preparada pelo setor de classificao e
catalogao da Biblioteca Orlando Teixeira da UFERSA.
B238l Barbalho, Rita Ohana Soares.
Levantamento das principais patologias habitacionais
da cidade de Mossor-RN / Rita Ohana Soares Barbalho. Mossor, RN : 2013.
69f. : il.
Orientador: Prof. D. Sc.Marlia Pereira de Oliveira.
Monografia (Graduao) Universidade Federal Rural do Semi-rido, Graduao em Engenharia Civil,
2013.
1. Construo civil. 2. Patologias em revestimentos.
3. Impermeabilizao. I. Ttulo.
CDD: 620 Bibliotecria: Marilene Santos de Arajo
CRB-5/1033
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DEDICATRIA
Aos meus avs, que sempre ficavam
felizes com minhas conquistas e sempre
oravam pela minha felicidade. Com este
trabalho final, tenho certeza, que seria
mais uma das grandes alegrias que daria a
eles.
In memorian
Ao meu noivo Daniel Ahid, pelo amor,
pacincia, fora e ajuda que est me
oferecendo nesse momento presente.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, o responsvel por todas as minhas conquistas, pelo dom da vida, pela
ajuda e proteo, pela Sua fora e presena constante e por me guiar concluso de mais uma
preciosa etapa de minha vida;
A minha irm, Patrcia Mnia, aos meus pais Evaldo Bezerra Barbalho e Alzenira Soares
Barbalho que me deram a vida e me ensinaram a viver, confiando sempre na minha
capacidade e estando presente em todos os momentos da minha vida, me proporcionaram a
realizao deste sonho; A todos os meus tios, primos e avs. A todos os parentes na qual
posso contar sempre.
todos os meus docentes do curso de Engenharia Civil. Um agradecimento em especial
docente Marlia Pereira, pela grande determinao ao trabalho, e pelos dias de professora,
orientadora e me em diversos momentos dedicados a mim.
Aos moradores das residncias pesquisadas, cuja participao e receptividade foram
fundamentais para a realizao desse trabalho.
Aos meus amigos que fiz durante esse curso de Engenharia Civil UFERSA, pela fora, pacincia, dias de estudos noite, enfim, que participaram comigo momentos de risadas, de
tristeza e aperreios, demonstrando sempre carinho e dedicao.
Enfim, a todas as pessoas que contriburam direto ou indiretamente e me incentivaram nessa
jornada profissional.
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RESUMO
Este trabalho discorre sobre o desempenho e a avaliao das construes habitacionais da
cidade de Mossor-RN em que a partir de estudos de caso mostra quais as patologias mais
frequentemente encontradas no revestimento das residncias. Foram investigadas 11 (onze)
residncias em bairros distintos, escolhidas de forma distribuda, aleatria e sistemtica,
visando-se abranger uma amostra de casas geograficamente representativa e encontrar
problemas diversos para uma anlise com carter de pr-diagnstico patolgico. O estudo faz
uma descrio em forma de grficos das patologias que mais predominam na cidade e
tambm uma relao de alguns dos principais fatores que influenciam no aparecimento das
mesmas, como o tempo de construo da obra e/ou da ltima reforma, o uso de materiais
preventivos, bem como sua forma de aplicao; alm disso, listam-se as principais
consequncias com o surgimento das patologias. As informaes foram obtidas a partir de um
questionamento aos moradores das residncias e atravs de registro fotogrfico. O principal
intuito dessa pesquisa oferecer subsdio para a produo cientfica, para novas pesquisas em
relao a esse tema e contribuir de forma efetiva na indicao dos produtos necessrios para a
proteo e qualidade do revestimento em uma construo. Pode-se dizer que mesmo em
situaes ditas extremas, existem mtodos que podem evitar ou at mesmo retardar o
surgimento de tais transtornos.
Palavras-chave: Construo civil. Patologias em revestimentos. Impermeabilizao.
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ABSTRACT
This work discusses the performance and evaluation of buildings housing in the town of
Mossor-RN from the case study which shows the pathologies most frequently found in the
coating of the residences. Were investigated eleven (11) homes in distinctive neighborhoods
selected in a distributed, random and systematic way, aiming to cover a geographically
representative sample of homes and find many problems for an analysis with character of pre-
pathological diagnosis. The study makes a description in the form of graphs of the most
prevalent pathologies in the city and also makes a list of some of the main factors which
influence the appearance of them, such as the time of construction of the work and / or the last
reform, the use of materials preventive as well as their application form, also list the major
consequences with the emergence of pathologies. The information was obtained from a
question to the residents of the homes and through photographic register. The main of this
research is to provide grant for scientific production, for further research regarding this topic
and contribute effectively in the indication of products necessary to protect and coat quality in
a building. It can be said that even in extreme situations said methods are available which can
even prevent or delay the onset of such problems.
Key words: Civil Construction. Pathologies in house coating. Impermeabilization.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Alvenaria de tijolo. ................................................................................................................18
Figura 2 - Chapisco em alvenaria. ..........................................................................................................19
Figura 3 - Emboo externo. ....................................................................................................................20
Figura 4 - Aplicao do reboco ..............................................................................................................21
Figura 5 - Ilustrao do reboco ..............................................................................................................21
Figura 6 Fissura. ..................................................................................................................................23
Figura 7 - Trinca .....................................................................................................................................24
Figura 8 - Rachadura. .............................................................................................................................24
Figura 9 - Eflorescncia de rejuntamento...............................................................................................25
Figura 10 Descolamento da cermica da fachada. ..............................................................................26
Figura 11 - Ao da umidade sobre edificaes. ....................................................................................28
Figura 12 - Seleo dos bairros no mapa da cidade de Mossor. ...........................................................32
Figura 13 - Trincas e manchas nas paredes externa e a correspondente mancha amarelada na parte
interna. ....................................................................................................................................................34
Figura 14 Mesma trinca visualizada na: (A) parede interna e (B) Parede externa na residncia. .......35
Figura 15 Manchas escuras e descolamento da argamassa na parte inferior da escada. .....................35
Figura 16 - Trincas e manchas. ..............................................................................................................37
Figura 17 - Trinca no teto do quarto. .....................................................................................................37
Figura 18 Salitre na residncia do bairro Abolio II. ........................................................................38
Figura 19 - Manchas amareladas. ...........................................................................................................39
Figura 20 - Desagregao do revestimento. ...........................................................................................39
Figura 21 - Desagregao do revestimento e manchas escuras (bolor). .................................................40
Figura 22 - Trincas e fissuras. ................................................................................................................40
Figura 23 Trinca, salitre e eflorescncia. ............................................................................................41
Figura 24 Manchas e destacamentos de pintura perto da caixa dgua. ..............................................42
Figura 25 - Salitre na parede do corredor. ..............................................................................................43
Figura 26 Manchas na pintura, perto da cumeeira. .............................................................................44
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Figura 27 Trinca horizontal. ................................................................................................................44
Figura 28 Salitre na sala. .....................................................................................................................45
Figura 29 Manchas escuras e desregularizao da camada do reboco. ...............................................45
Figura 30 Rachaduras na parede Externa. ...........................................................................................46
Figura 31 manchas devido a vazamento no cano. ...............................................................................47
Figura 32 Destacamento da pintura. ....................................................................................................47
Figura 33 Parte inferior da escada. ......................................................................................................48
Figura 34 - Trinca horizontal entre o andar superior e inferior. .............................................................49
Figura 35 Manchas no teto do andar superior. ....................................................................................49
Figura 36 trinca entre paredes. ............................................................................................................50
Figura 37 Destacamento da pintura na parte superior da parede. ........................................................51
Figura 38 Manchas amareladas. ..........................................................................................................51
Figura 39 Manchas na pintura. ............................................................................................................52
Figura 40 Tonalidades de pinturas diferentes. .....................................................................................53
Figura 41 (A) parte externa inferior da faixada; (B) parte externa superior da faixada. .....................54
Figura 42 - Destacamento da pintura. ....................................................................................................54
Figura 43 - Manchas escuras, mofo (bolor), manchas esverdeadas. ......................................................55
Figura 44 - Destacamento da pintura e manchas escuras (bolor). ..........................................................55
Figura 45 - Manchas de infiltrao e destacamento da pintura. .............................................................56
Figura 46 - Destacamento de pinturas e manchas devido a umidade. ....................................................57
Figura 47 (A) Infiltrao por capilaridade. (B) Destacamento da pintura...........................................57
Figura 48 - Manchas de infiltrao e mofo. ...........................................................................................58
Figura 49 Patologias mais frequentemente encontradas nas residncias. ...........................................59
Figura 50 - % patologias versus perodo da ltima reforma. .................................................................62
Figura 51 - % Principais Consequncias ................................................................................................64
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LISTA DE TABELA
Tabela 1 - Classificao quanto abertura, segundo ABNT NBR 9575:2010. .....................................22
Tabela 2 Resumo geral dos dados .......................................................................................................60
Tabela 3 Registro das patologias enconhadas. ....................................................................................61
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LISTA DE SIGLAS
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
CIB Conseil International du Bliment
CUB Custo Unitrio Bsico
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia Estatstica
IPI Imposto sobre Produto Industrializado
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
PAC Programa de Acelerao do Crescimento
PVA Poliacetato de Vinila
UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-rido
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SUMRIO
1 INTRODUO ............................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 13
2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 13
2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ............................................................................................ 13
3 REVISO DE LITERATURA ...................................................................................... 14
3.1 PATOLOGIAS NA CONSTRUO CIVIL ................................................................... 14
3.2 PRINCIPAIS CAUSAS DAS FALHAS COMUMENTES ENCONTRADAS ............... 15
3.3 MTODOS PARA DIAGNOSTICAR AS MANIFESTAES PATOLGICAS ........ 16
3.4 REVESTIMENTO DE PAREDES ................................................................................... 17
3.3.1 Substrato ................................................................................................................. 17
3.3.2 Chapisco .................................................................................................................. 18
3.3.3 Emboo .................................................................................................................... 19
3.3.4 Reboco ..................................................................................................................... 20
3.4 FALHAS EM REVESTIMENTOS ................................................................................... 21
3.4.1 Fissuras, trincas e Rachaduras. ............................................................................. 22
3.4.2 Eflorescncia ........................................................................................................... 25
3.4.3 Descolamento de revestimento cermico .............................................................. 26
3.4.4 Vesculas .................................................................................................................. 27
3.4.5 Manchas ................................................................................................................... 27
3.4.6 Falhas relacionadas umidade ............................................................................. 28
3.5.6.1 Medidas Protetoras da umidade ................................................................................. 29
4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 31
4.1 PLANEJAMENTO DA PESQUISA ................................................................................. 31
4.2 PLANO DE COLETA DOS DADOS ............................................................................... 31
4.3 PLANO DE ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS ........................................ 31
5 ESTUDO DE CASO ........................................................................................................ 33
5.1 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DIAGNOSTICADAS NOS IMVEIS ............................ 33
5.1.1 Residncia do bairro Santa Delmira. ................................................................... 33
5.1.2 Residncia do bairro Abolio 2 ........................................................................... 36
5.1.3 Residncia do bairro Santo Antnio .................................................................... 38
5.1.4 Residncia do bairro Nova Betnia. ..................................................................... 41
5.1.5 Residncia do bairro Paredes.............................................................................. 43
5.1.6 Residncia do bairro Boa Vista............................................................................. 46
5.1.7 Residncia do bairro Pinto .................................................................................... 48
5.1.8 Residncia do bairro Lagoa do Mato ................................................................... 50
5.1.9 Residncia do bairro Ilha de Santa Luzia ............................................................ 52
5.1.10 Residncia do bairro Alto de So Manoel ............................................................ 53
5.1.11 Residncia do bairro Costa e Silva ....................................................................... 56
6 RESULTADOS E DISCUSSES .................................................................................. 59
7 CONCLUSES ............................................................................................................... 65
REFERNCIAS ..................................................................................................................... 67
ANEXO .................................................................................................................................... 69
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12
1 INTRODUO
Pesquisas apontam que Mossor, segunda maior cidade do Estado do Rio Grande do
Norte (RN), est entre as cidades mdias do Brasil que mais crescem no setor econmico
nacional e tambm na construo civil. Realidade possvel devido participao da
populao, de parceiros e, de empresas comprometidas com o desenvolvimento. Nesse
contexto, grande deve ser a preocupao tcnica quanto aplicao correta das normas de
engenharia no que concerne a projeto, execuo e manuteno das obras civis.
Como o revestimento uma das etapas finais de uma construo que tem por finalidade
proteger a alvenaria contra chuva e umidade, alm de apresentar tambm funo esttica em
fachadas e ambientes que compe uma construo, surge consequentemente o interesse de
analisar quais as vrias anomalias. Bem como importante o estudo de quais as principais
causas que provocam os danos apresentadados nos revestimento de algumas, levando assim
necessidade de um estudo de caso para a cidade.
A justificativa central desse estudo baseia-se na necessidade de se caracterizar, pelo
menos preliminarmente, as principais manifestaes patolgicas nas construes habitacionais
da cidade de Mossor-RN, bem como suas provveis causas e principais consequncias.
Buscou-se com esse propsito, realizar estudos de caso, investigando os problemas de
residncias dispersas geograficamente, a fim de coletar problemas diversos, buscando ainda
atravs de questionrios verificar informaes pertinentes ao histrico da construo e mesmo
se as mesmas manifestaes so comuns s contrues vizinhas.
O trabalho se divide ento em duas etapas. A primeira est relacionada visita ao local,
onde o auxlio da cmera fotogrfica e o questionamento aos moradores para conhecer a obra
de forma mais minuciosa. A segunda etapa est relacionada no estudo e identificao das
patologias encontradas e as principais causas, isto , foi utilizado o auxlio do estudo em
diferentes bibliografias e a necessidade da ajuda de diversos profissionais experientes nesse
assunto.
Dessa forma, com o agrupamento dos dados das patologias encontradas, sero
demonstradas, atravs de grficos, quais as patologias mais frequentes nos revestimentos dos
moradores de Mossor, levando em considerao a localizao da obra, tempo que foi
construda, empresas responsveis, material utilizado para edificao, mo-de-obra
qualificada, causa/consequncia que acarretaram seu surgimento e principalmente, quais as
principais queixas dos residentes.
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13
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste trabalho est baseado em identificar os principais problemas
patolgicos encontrados nos revestimentos de uma amostra representativa das residncias na
cidade de Mossor/RN.
2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS
Visitar residncias em diferentes bairros da cidade, tentando abranger uma amostra de
casas que represente a mesma, para uma anlise aprofundada das manifestaes patolgicas
encontradas.
Descrever os problemas patolgicos encontrados nas construes da cidade e atravs de
grficos demonstrarem as patologias mais encontradas frequentemente, tendo referncia
localizao e tempo de existncia da construo;
Apresentar a relao entre as aes preventivas na construo civil e a qualidade da
edificao e qual o papel da impermeabilidade e como pode ser utilizado na construo civil.
Fornecer subsdios para novas pesquisas na rea de patologia das construes.
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14
3 REVISO DE LITERATURA
3.1 PATOLOGIAS NA CONSTRUO CIVIL
Cirne (2006) afirma que, uma estrutura ou parte dela quando apresenta problemas
patolgicos durante sua utilizao ou at mesmo antes, no apresenta o desempenho
satisfatrio para o qual o edifcio foi projetado, comprometendo assim sua vida til.
O conjunto NBR 15575 de Normas de Desempenho da ABNT, cujas ultimas revises
datam de 2013, aborda conceitos como durabilidade dos sistemas e manutenibilidade das
edificaes. Esses documentos so a base tcnica que balizam a qualidade de desempenho das
edificaes, sendo que a vida til e a durabilidade, bem como o desempenho de uma
construo, so os conceitos correlatos que caracterizam o estado destas, o qual intimamente
se relaciona com a ocorrncia das manifestaes patolgicas nas mesmas.
As patologias podem aparecer em dois momentos, uma na fase de projeto onde o
projetista no escolhe o material adequado para o seu uso e nem a melhor forma de aplicao
do revestimento e a segunda, na fase de execuo, quando no se utiliza uma mo-de-obra
qualificada, ou quando os construtores fazem o servio de produo sem o controle adequado.
Segundo Pedro (2002), a origem das patologias pode ser dividida da seguinte forma:
Congnitas so aquelas originrias da fase do projeto, em funo da no
observncia das normas tcnicas, ou de erros e omisses dos profissionais, que
resultam em falhas no detalhamento e concepo inadequada dos revestimentos.
Construtivas sua origem est relacionada fase de execuo da obra,
resultante do emprego de mo-de-obra despreparada, produtos no certificados e
ausncia de metodologia para assentamento das peas.
Adquiridas ocorrem durante a vida til dos revestimentos, sendo resultado da
exposio ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da
agressividade do meio, ou decorrentes da ao humana.
Acidentais caracterizadas pela ocorrncia de algum fenmeno atpico,
resultado de uma solicitao incomum.
Os elementos que facilitam o surgimento desses problemas o aparecimento de
novos materiais, como aglomerantes, adesivos, aditivos, argamassas, plsticos, painis,
revestimentos, com eficincia e durabilidade ainda no comprovados pelo uso, pelo tempo e
pela adequada utilizao.
-
15
Como na rea da sade, o processo de diagnstico, tratamento e preveno utilizado
pela engenharia diante de um problema estrutural, dividido basicamente em trs etapas:
Patologia (detecta sintomas e analisa as origens do problema); Terapia (elimina a patologia);
Profilaxia (evita a recorrncia da patologia, por meio de medidas preventivas).
A terapia destas obras executada, hoje em dia, com o emprego de tcnicas e
equipamentos especiais, como tambm o indispensvel emprego de tecnologias, altamente
qualificados, denominados, segundo Bauer (2008) de notria especializao para exames,
onde eventualmente so feitas exposies de amostras em ambientes fortemente agressivos,
onde surgiro doenas que comprometero suas estruturas, sendo indispensvel cada vez, a
melhoria da investigao sobre este material.
Estas terapias dessas patologias correspondem ao estudo de soluo dos problemas
encontrados, cujo xito depende de um bom diagnstico (HELENE, 1992 apud MEIRA,
2010). Os sintomas correspondem como a manifestao patolgica se apresenta, por exemplo:
fissuras, eflorescncias, deformaes exageradas etc.
De acordo com Meira (2010), a complexidade das construes faz com que a anlise
dos problemas patolgicos encontrados deva ser pautada em metodologias eficientes de
investigao, onde, inevitavelmente, o emprego adequado de terminologias essencial.
3.2 PRINCIPAIS CAUSAS DAS FALHAS COMUMENTES ENCONTRADAS
As falhas mais costumeiramente observadas em obras so devido a:
Impermeabilizao inadequada ou insuficiente, geralmente decorre devido
falta do conhecimento, por parte da populao, sobre a importncia do uso de
impermeabilizantes em parte da construo, bem como da sua difcil aplicao.
Com a mo-de-obra desqualificada, este mtodo poder se tornar inadequado ou
insuficiente, e consequentemente, ter problemas futuros na construo;
Falta de controle de qualidade, o controle tecnolgico dos materiais e servios
o que garante o cumprimento das exigncias estabelecidas em projeto.
Ausncia ou execuo inadequada de juntas de dilatao, a falta de espaos
planejados que absorvam a movimentao natural da estrutura um dos
responsveis pelo surgimento de trincas e fissuras. A sua formao, alivia
esforos e evita colapso total, mas denuncia insuficincia ou m execuo de
juntas de dilatao;
-
16
Falta de cobrimento mnimo da armadura, a norma ABNT NBR 6118:2007
"Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento" classifica as estruturas de
acordo com o nvel de agressividade a que so expostas, definindo novos
parmetros de resistncia e cobrimento mnimo, visando busca por maior
durabilidade da estrutura.
Falhas de concretagem (frma, lanamento, adensamento e cura), a fim de
evitar recalques, deformaes e falhas devido ao manuseamento do escoramento
e frmas e at pela falta de estanqueidade da frma, se faz necessrio o
atendimento a norma ABNT NBR 14931:2004 Execuo de Estruturas de
Concreto Procedimento, onde contm muitas recomendaes para sistemas
de escoramento e frmas. Alm de limitar o lanamento em "queda livre" do
concreto a uma altura mxima de 2 metros em peas esbeltas, d instrues
sobre o adensamento para evitar a formao de nichos ou segregao do
material.
Falta de manuteno preventiva A manuteno preventiva umas das fases
fundamentais para evitar futuros problemas que venham a ameaar a segurana
do usurio. E que, os custos que se tm com manuteno preventiva, so bem
inferiores que as manutenes corretivas. Para uma adequada manuteno, pode-
se tomar como parmetro o que diz a norma ABNT NBR 5674:2012
"Manuteno de edificaes Requisitos para o sistema de gesto de
manuteno", na qual define manuteno como o conjunto de atividades a serem
realizadas para conserva ou recuperar a capacidade funcional da edificao e de
suas partes constituintes. A manuteno preventiva ou planejada envolve a
metodologia, ferramentas e equipamentos necessrios, condies de acesso,
cronograma de realizao das atividades previstas no projeto.
3.3 MTODOS PARA DIAGNOSTICAR AS MANIFESTAES PATOLGICAS
Meira (2010) define o diagnstico da construo em etapas, onde a etapa inicial de
anlise envolve a identificao de anomalias encontradas atravs de observaes mais
superficiais, que indicam a presena desta ou daquela anomalia. Nesta etapa, a inspeo
visual, o registro fotogrfico e a anlise dimensional so ferramentas comuns que auxiliam
-
17
nesta fase de diagnstico. uma primeira aproximao em relao ao diagnstico das falhas
encontradas.
Nos casos mais complexos, no entanto, quando as causas do problema no so claras,
necessrio recorrer anlise mais profunda, incluindo coleta de amostras e realizao de
ensaios no local.
O pr-diagnstico se caracteriza pelo levantamento de um nmero maior de causas
possveis para as manifestaes patolgicas encontradas, onde se faz a consulta nas
referenciais bibliogrficas especficos, o estudo mais aprofundado sobre os materiais
empregados e o levantamento do histrico construtivo da obra envolvida so ferramentas
importantes na formulao das hipteses iniciais em relao s causas dos problemas
encontrados.
A etapa de diagnstico busca confirmar ou no as hipteses definidas no pr-
diagnstico. No caso de uma no confirmao, novas hipteses so elaboradas e o processo de
diagnstico retomado da etapa anterior. Para uma confirmao de um diagnstico definitivo,
uma investigao acurada necessria. Nesse caso, se utiliza de anlise mais detalhadas de
campo e de laboratrio.
Ao fim do diagnstico, a anlise deve envolver alm da identificao das causas
relacionadas s manifestaes patolgicas encontradas as informaes necessrias, de forma
clara e didtica, indicando, inclusive, como evitar os problemas encontrados em situaes
semelhantes.
3.4 REVESTIMENTO DE PAREDES
3.3.1 Substrato
O substrato (figura 1) a superfcie que receber as camadas que constituem o
revestimento propriamente dito. Segundo YAZIGI (2011), o preparo do substrato (base)
dever ser iniciado removendo desmoldantes aderidos, leos, eflorescncias e outras sujeiras,
como tambm outros materiais estranhos como arames, pregos, pedaos de madeira.
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18
Figura 1 - Alvenaria de tijolo.
Fonte: Acervo da autora.
No mesmo pensamento da remoo de sujeiras do substrato, a norma ABNT NBR
7200:1998 Execuo de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgnicas
Procedimento tambm recomenda a iseno de partculas soltas, at mesmo de resduos de
argamassas provenientes de outras atividades, que quando presentes sugere que, podero ser
removidos, empregando-se lixas ou escovas. Alm disso, a norma recomenda a remoo de
manchas e leos, graxas e outras substncias gordurosas atravs de lavagens com soluo de
soda custica de baixa concentrao, sendo que a superfcie dever ser posteriormente, lavada
com gua limpa. As manchas de bolor podem ser removidas com uma soluo de hipoclorito
de sdio (gua sanitria ou de lavadeira).
A superfcie precisa apresentar uma textura spera para a aderncia da argamassa de
revestimento, assim a mesma deve ser chapiscada com argamassa de cimento e areia, com
aditivo adesivo. No caso de superfcies lisas, pouco absorventes ou com absoro heterognea
de gua, o chapisco aplicado uniformemente.
3.3.2 Chapisco
YAZIGI (2011) afirma que, o substrato precisa ser abundantemente molhado antes de
receber o chapisco, para que no ocorra absoro, principalmente pelos blocos, da gua
necessria cura da argamassa do chapisco. O chapisco tem a capacidade de reduzir ou
igualar a tendncia do substrato para absorver gua da camada de regularizao, alm da
funo de melhorar a aderncia da camada de revestimentos e garantir maior ancoragem do
emboo a base.
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19
Seu uso considerado uma preparao da base. Sua aplicao feita com colher do
pedreiro, ficando a alvenaria com um aspecto salpicado. A figura 2 mostra o uso do
chapisco em alvenaria.
Figura 2 - Chapisco em alvenaria.
Fonte: Acervo da autora.
A norma ANBT NBR 13.755:1996b recomenda trao de 1:3 em volume de cimento e
areia grossa lavada, com consistncia fluida.
3.3.3 Emboo
Aps a pega completa do chapisco e depois de embutidas todas as canalizaes, o
emboo (figura 3), tambm chamado de massa grossa, poder ser aplicado. A norma ABNT
NBR 13.755:1996b recomenda trao de 1:0,5:5 e 1:2:8 em volumes de cimento, cal hidratada
e areia mdia mida, respectivamente.
Ainda segundo YAZIGI (2011),, a areia dever ser de rio, lavada, no se recomenda
areia de cava e muito menos areia salitrada. A aplicao ter de ser feita superfcie
previamente umedecida. A espessura no poder exceder a 2 cm dever resultar em superfcie
spera, a fim de possibilitar e facilitar a aderncia do reboco.
J para aplicao do revestimento cermico, CARVALHO JR (1999) cita que, o
emboo deve est concludo h pelo menos 14 dias, sendo que algumas publicaes
recomendam um tempo de 30 dias, entre o seu trmino e o incio do assentamento do
revestimento. A figura 3 mostra o emprego de emboo externo na contruo de uma
habitao.
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20
Figura 3 - Emboo externo.
Fonte:http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/395451/gd/
1191668809/emboco-externo.jpg
Este tempo necessrio para diminuir os riscos de descolamentos devido
movimentao da base do assentamento, em funo da retrao hidrulica. Estas
movimentaes geram tenses superficiais muitas vezes maiores do que o conjunto de
cermica/argamassa colante poderia suportar.
3.3.4 Reboco
Depois da pega completa do emboo, o reboco poder ser aplicado depois de 24 horas,
aps a colocao de peitoris, tubulaes eltricas e marcos. Milito (2009), afirma que, com
ajuda do desempenamento de madeira, o reboco sobre a base dever ter uma espessura de 2
mm a 5 mm. Em locais externos, exposto a ao intensa do vento e do sol, o reboco dever ser
protegido de forma que a sua secagem no se processe de forma rpida.
O reboco dever apresentar aspecto uniforme, superfcie plana e sem empeno algum e
sua aplicao deve ser efetuada de baixo para cima. A figura 4 mostra a aplicao do reboco.
-
21
Figura 4 - Aplicao do reboco
Fonte: Tcnicas de construo civil e construo de edifcios.
De forma geral os revestimentos j so empregados na forma de acabamento da parede.
Para ambientes sem exigncias especficas, podem ser empregados papel de parede, tinta ltex
PVA ou acrlica (figura 5), cortia, dentre outros.
Figura 5 - Ilustrao do reboco
Fonte: Acervo da autora.
3.4 FALHAS EM REVESTIMENTOS
Os revestimentos so partes das edificaes bastante suscetveis ao aparecimento de
manifestaes patolgicas e discorrer sobre as principais, juntamente relatando as causas e a
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22
devida preveno, algo fundamental para o processo de investigao das patologias nos
revestimentos.
As falhas que ocorrem nos revestimentos podem ser causadas por deficincia de projeto;
por desconhecimento das caractersticas dos materiais empregados ou mesmo utilizao de
materiais inadequados; por erros de execuo, seja por deficincia de mo-de-obra,
desconhecimento ou no observncia de normas tcnicas e por problemas de manuteno.
(BAUER, 2008).
Dentre as principais patologias encontradas em um revestimento podem ser citados o
aparecimento de fissuras, a formao de eflorescncia, descolamento dos revestimentos,
vesculas, manchas e contaminao ambiental por substncia agressiva como sendo as mais
comuns.
3.4.1 Fissuras, trincas e Rachaduras.
Em muitos edifcios verticais e horizontais, surgem os problemas como trincas, tambm
conhecido como fissuras ou rachaduras, como se fossem a mesma coisa. Porm, h autores
que diferenciam esses termos pelo tamanho da abertura.
A norma ABNT NBR 9575:2010 Impermeabilizao - Seleo e Projeto classifica as
trincas, fissuras e microfissuras de acordo com abertura, de acordo com a tabela 1:
Tabela 1 - Classificao quanto abertura, segundo ABNT NBR 9575:2010.
Trincas Fissura Microfissura
Abertura (mm) > 0,5 mm e
< 1,0 mm 0,5 mm 0,05 mm
Fonte: ABNT, 2010.
De acordo com a norma ABNT NBR 15575-2:2013 Edificaes habitacionais
Desempenho - Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais a fissura de componente
estrutural o seccionamento na superfcie ou em toda seo transversal de um componente,
com abertura capilar, provocado por tenses normais ou tangenciais. As fissuras apresentam
abertura inferior e podem ser classificadas como ativas (variao da abertura em funo de
movimentaes higrotrmicas) ou passivas (abertura constante). J as trinca so expresso
-
23
coloquial qualitativa aplicvel a fissuras com abertura maior ou igual a 0,6 mm e as
rachaduras apresentam aberturas mais pronunciadas, da ordem de 5 mm.
A fissura (figura 6) pode ser definida como o estado de um determinado objeto em
apresentar aberturas finas, superficiais, pelo qual atingem somente a pintura ou azulejo. Por
afetar apenas a estrutura superficialmente, as fissuras no implicam a diminuio da
segurana das pessoas. As principais fissuras ocorridas em uma obra so: as fissuras em
revestimentos de argamassa, as fissuras relacionadas ao cobrimento deficiente do concreto,
deficincia de encunhamento da alvenaria, deformao lenta do concreto, argamassa de
assentamento, ausncia de vergas e contravergas, como tambm outras relacionadas a outros
fatores.
Figura 6 Fissura.
Fonte: Acervo da autora.
Segundo BAUER (2008), os principais fatores que levam a fissurao em revestimento
de argamassas so o excesso de finos que acarreta maior consumo de gua de amassamento,
gerando maior retrao por secagem; a falta e/ou deficincia de molhagem da base antes da
aplicao de cada camada de revestimento; em regio muito quente, com umidade relativa do
ar baixa ensolarada e com ventos, por fim, a falta de cura de revestimento tambm uma das
causas geradoras de fissurao.
A trinca (figura 7) o estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta
partido, separado em partes. Em muitas situaes a trinca to fina que necessrio o
emprego de aparelho ou instrumento para visualiz-la. Pelo fato das trincas poderem gerar a
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24
ruptura dos elementos, podem diminuir a segurana de componentes estruturais de um
edifcio, assim se faz necessrio o estudo das causas minuciosamente pesquisadas.
Figura 7 - Trinca
Fonte: Acervo da autora.
A rachadura (figura 8) pode ser definida como o estado em que um determinado objeto
ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferncias indesejveis.
Pode-se dizer que, a rachadura da parede fica susceptvel ao contato direto do vento e da gua
da chuva. Por mais que este estado seja muito comum, no significa que so normais. Logo,
no devem ser aceitas passivamente. Muitas vezes so bem pequenas, quase invisveis, mas
podem ser sintomas de algo muito grave que est acontecendo com a estrutura do prdio.
Figura 8 - Rachadura.
Fonte: Acervo da autora.
-
25
3.4.2 Eflorescncia
Segundo Meira (2010), a partir a existncia de sais solveis nos materiais; umidade,
como agente de dissoluo desse sal; transporte do sal at a superfcie do revestimento; a
cristalizao dos sais transportados na superfcie do material com a evaporao, fatores estes
que acarretam a formao de salinas na superfcie dos materiais, que chamado eflorescncia,
onde se caracteriza pelo mau aspecto resultante. Dependendo das circunstncias em que o sal
formado pode causar o descolamento dos revestimentos ou pinturas.
Bauer (2008), afirma que a eflorescncia causada por trs fatores de igual importncia,
como o teor de sais solveis existentes nos materiais ou componentes, a presena de gua e a
presso hidrosttica necessria para que a soluo migre para a superfcie. Estes trs fatores
tem que ocorrer concomitantemente, pois, caso uma delas sejam delineadas, no ocorrer o
fenmeno.
A figura 9 ilustra a eflorescncia de rejuntamento, mas propriamente eflorescncia
ocorrida nas fissuras de interfase.
Figura 9 - Eflorescncia de rejuntamento.
Fonte: http://www.revistatechne.com.br/engenharia-
civil/116/imagens/patologias15_44.jpg
Uma das formas mais comuns de formao de eflorescncia atravs da dissoluo do
hidrxido de clcio presente nos materiais base de cimento e a sua cristalizao na forma de
carbonato de clcio, aps sua reao com o CO2 (Dixido de Carbono) presente no ar. Onde
este tipo de eflorescncia pouco solvel em gua e muito aderente ao substrato, formando
manchas de cor branca escorrida que do um aspecto desagradvel a superfcie dos
revestimentos. (MEIRA, 2010).
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26
3.4.3 Descolamento de revestimento cermico
Dentre as patologias nos revestimentos, um dos mais comum e que pode ser destacado
o descolamento. Essa manifestao se subdivide em dois principais tipos: os de revestimento
de argamassa e nos revestimentos cermicos.
Segundo Bauer (2008), os principais fatores causadores do descolamento na argamassa
de cal a utilizao de produtos no devidamente hidratados ou a incompleta hidratao da
cal extinta, d m qualidade e o preparo inadequado da pasta de cal. Estes descolamentos
ocorrem de modo a separar uma ou mais camadas de revestimentos argamassados e
apresentam extenso que varia desde reas restritas at dimenses na totalidade da alvenaria.
Outro tipo de descolamento o de revestimentos cermicos, onde essa patologia sofre a
influncia das caractersticas do substrato a ser revestido, o tipo de adesivo utilizado, as
caractersticas do revestimento cermico e as condies de exposio. Os principais fatores
que acarreta este tipo de descolamento a ao da gua, onde os materiais ao absorverem ou
perderam umidade, mudam de volume, produzindo tenses capazes de vencer a capacidade de
aderncia ao substrato, depois de repetidos ciclos de expanso e contrao; os movimentos da
estrutura da edificao ou de outra natureza, dependendo da intensidade, podem resultar no
surgimento de tenses suficientes para provocar o descolamento de revestimentos cermicos
(MEIRA, 2010). A figura 10 representa o descolamento cermico em uma fachada.
Figura 10 Descolamento da cermica da fachada.
Fonte:http://4.bp.blogspot.com/_CETERcYBhLY/SXe-8MCO
ETI/AAAAAAAAAII/pBmsPbgeSbs/s320/Queda+cer%C3%A2
mica+fachada2.JPG
Bauer (2008) afirma que os descolamentos por empolamento esto envolvidos
diretamente a cal, consequentemente este tipo de patologia predomina onde h uma maior
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27
proporo de cal. Um exemplo o reboco que se destaca do emboo, formando bolhas cujo
dimetro tende aumentar. Outros fatores que contribui para este tipo de problema a cal no
hidratada existente no revestimento de argamassa por ocasio da sua execuo, onde depois
de aplicada aumentar de volume e consequentemente causando expanso.
A especificao e aplicao incorreta de argamassa colante causam prejuzos, como o
descolamento e possveis acidentes.
3.4.4 Vesculas
Bauer (2008) afirma que as vesculas surgem geralmente no reboco e so causadas pela
existncia de pedra de cal no completamente extinta onde estas surgem em pequenos pontos
localizados do revestimento, vo inchando progressivamente e acabam destacando a pintura e
deixando o reboco aparente, causadas tambm por matrias orgnicas contidas nos agregados,
torres de argila dispersos na argamassa ou outras impurezas, como mica, pirita e torres
ferruginosos.
Devido ao xido de clcio livre presente na cal se hidratar e a existncia de gros
maiores na cal, no h possibilidade de a argamassa absorver a expanso, com isso surge a
formao de vesculas, onde em seu interior um ponto branco surge, fenmeno este que pode
ocorre de modo acentuado aps a aplicao do revestimento, num perodo de trs meses.
Outro problema a unio entre a pasta de cimento e o agregado ficar debilitada,
ocorrendo inibio da pega, pela incluso na areia de matria orgnica como hmus,
partculas de madeiras, carvo e outros produtos vegetais e animais de distintas procedncias,
onde a ocorrncia pode ocorrer durante o transporte do agregado.(BAUER, 2008).
3.4.5 Manchas
A manchas ocorrem pela exposio a que o revestimento fica frequentemente submetido
ao da umidade e de microorganismos, os quais provocam o surgimento de algas e mofo, e
o consequente aparecimento de manchas preta ou verdes, mas dependendo de outros fatores
podero apresentar cores de diferenciadas, como marrom, verde, preta e outras cores.
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28
As manchas podero tambm surgir nas fachadas pela Contaminao Atmosfrica, onde
o principal responsvel por esse fenmeno a poluio atmosfrica, que podem ser causadas
por poluentes naturais ou biolgicos, e resduos provenientes da atmosfera. (BAUER, 2008).
Os principais fatores que influenciam o manchamento so os agentes climticos, onde
se destaca o vento, a chuva direta, a chuva escorrida, temperatura e vapor d`gua e os tipos
materiais de revestimentos, que se classifica de maneira geral em ptreos naturais, incluindo
os mais frequentes, calcrio, arenito, granito e mrmore e em ptreo conglomerados,
incluindo os concretos e argamassa de revestimentos (BAUER, 2008)
3.4.6 Falhas relacionadas umidade
Para Bauer (2008), dentre as principais manifestaes decorrentes dos problemas de
umidade em edificaes entra-se as manchas, corroso, bolor, fungos, algas, lquens,
eflorescncias, descolamentos de revestimentos, friabilidade da argamassa por dissoluo de
compostos com propriedades cimentceas, fissuras e mudana de colorao dos revestimentos.
A figura 11 mostra os diferentes mbitos que provoca a ao da umidade sobre
edificaes.
Figura 11 - Ao da umidade sobre edificaes.
Fonte: Pozzobon, 2007.
Os mecanismos mais importantes geradores de umidade nos materiais de construo,
so (BAUER, 2008):
- Absoro capilar de gua;
- Absoro de guas de infiltrao ou de fluxo superficial de gua;
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29
- Absoro higroscpica de gua;
- Absoro de gua por condensao capilar;
- Absoro de gua por condensao.
Destes fenmenos de absoro capilar e por infiltrao ou fluxo superficial de gua, a
umidade chega aos materiais de construo na forma lquida, nos demais casos a umidade
absorvida na fase gasosa.
3.5.6.1 Medidas Protetoras da umidade
Algumas medidas utilizadas ao combate da umidade, na qual, variam de acordo com o
tipo de mecanismo gerador.
De acordo com VEROZA (1987), a ausncia de impermeabilizantes nas reas
molhadas pode causar os seguintes problemas: goteiras, manchas, mofo, apodrecimento,
ferrugem, eflorescncias, criptoflorescncias, gelividade e deteriorao.
Goteiras e Manchas ocorrem quando a gua atravessa uma barreira, onde ela pode, no
outro lado, ficar aderente e ocasionar uma mancha; ou, se a quantidade maior, gotejar, ou
at fluir. Em qualquer dos casos, em uma construo, estes so defeitos que s raramente
podem ser admitidos. A umidade permanente deteriora qualquer material de construo, e
sempre desvaloriza uma obra. Goteiras e manchas so defeitos mais comuns das infiltraes e
que se procura sustar com a impermeabilizao.
A gua tambm pode estar presente nas edificaes atravs da umidade dos materiais,
utilizados na sua construo. A umidade degrada uma srie de componentes de uma
construo, inclusive nas pinturas, revestimento de papel de parede, laminados decorativos,
madeira, entre outros, tanto pela ao direta da gua, como pela dissoluo dos sais presentes
nos materiais de construo. Onde as manifestaes mais observadas nas pinturas como: a
eflorescncia, o desagregamento, saponificao, bolhas e destacamento.
A umidade ascendente na parede pode ser evitada com a impermeabilizao horizontal,
combinando com a impermeabilizao vertical das paredes exteriores, se for o caso;
procedimento de injees de produtos qumicos por perfuraes de parede, com funo de
reduzir o dimetro dos capilares e, com efeito, hidro-repelente outra soluo. Para a
eliminao de gua do terreno por saturao do solo em contato com vigas baldrames e
paredes da edificao e de fluxo superficial de gua utiliza a impermeabilizao vertical-
drenagem. E a umidade por condensao pode ser evitada com uma melhor ventilao do
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30
local, Isolamento trmico eficiente, impedindo a formao de pontes trmica. (BAUER,
2008).
Segundo SCHNARDIE (2009), os tratamentos mais indicados para rea onde h
atuao da infiltrao ou umidade, so:
-Aditivo Hidrfugo: Vigas de fundao, paredes, contra-pisos, argamassa de
assentamento (evita umidade ascendente), reservatrios.
-Aditivo Hidrorepelente: Fachadas, paredes externas.
-Argamassa Polimrica (Impermeabilizante): Reservatrios, piscinas, subsolos, paredes
internas e externas, pisos, pedras naturais antes do assentamento (evita eflorescncias).
-Cristalizante: Rodaps (evita umidade ascendente), paredes em subsolos (evita
infiltrao por lenol fretico- presso negativa).
-Manta Asfltica de alta performance Lajes, coberturas, piscinas.
-Manta Asfltica base de asfalto modificado Lajes, piscinas.
-Manta Asfltica anti-raiz floreiras, contra-piso e paredes em contato com o solo.
-Manta Asfltica aluminizada: res expostas e sem trnsito: lajes inclinadas, coberturas,
marquises.
-Manta Asfltica base de asfalto modificado com polmeros: lajes, contra-piso,
terraos, varandas, baldrames, lavabos, banheiro, cozinha, lavandeira.
-Tinta betuminosa: Proteo de superfcies de concreto, alvenaria, madeira e metlicas,
baldrames, fundaes, paredes em contato com o solo.
-Membrana Polimrica: lajes de cobertura, marquises, sheds, lajes, terraos, calhas,
baldrames, paredes em contato com a umidade, rodaps, floreiras, piscinas.
-Manta Asfltica elastomrica: lajes, floreiras, marquises, pisos, terraos calhas,
baldrames, piscinas.
-Membrana acrlica: lajes e marquises.
-Membrana de poliuretano: lajes, floreiras, marquises, pisos, terraos, calhas, baldrame.
-Resina termoplstica: piscinas, reservatrios.
-Emulso Asfltica: Lajes, pisos, baldrames.
-Emulso Acrlica: Lajes, pisos, paredes, calhas.
Conhecer sobre as medidas e os ingredientes corretos contra a umidade se faz
necessrio para evitar as variveis patologias que ocorrem em grandes quantidades nas
edificaes.
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4 METODOLOGIA
4.1 PLANEJAMENTO DA PESQUISA
A pesquisa foi dividida nas seguintes etapas:
Um estudo de caso das principais patologias ocorridas em 11 residncias de
bairros distintos da mesma cidade atravs do registro fotogrfico e um
questionamento feito ao morador (VER ANEXO). A figura 12, apresentada na
pgina seguinte, mostra a seleo dos bairros que tiveram residncias
investigadas
Foi realizada uma pesquisa bibliogrfica sobre as patologias mais comuns;
Classificao e ordenamento dos dados obtidos no levantamento.
Finalmente, de acordo com a residncia de cada bairro, fez-se um levantamento
das principais patologias encontradas com o respectivo tempo de construo ou
ltima reforma.
4.2 PLANO DE COLETA DOS DADOS
Os dados textuais foram coletados atravs de pesquisas de fontes bibliogrficas e
documentos, como: meio eletrnico (internet), obras literrias, normas e, por contato direto,
pessoal, ou por e-mail, com profissionais que atuam nessa rea das patologias.
Para uma melhor avaliao das patologias encontradas no estudo de caso, foi necessria
uma entrevista a cada morador, no qual foi aplicado um questionrio para uma melhor anlise.
As imagens das residncias foram obtidas com o registro fotogrfico na cidade de
Mossor-RN, utilizando uma cmera digital Fujifilm Finepix AV150 14 Mega Pixels.
4.3 PLANO DE ANLISE E INTERPRETAO DOS DADOS
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32
As especificaes das residncias visitadas esto dispostas juntamente com as
fotografias que apresentam visualmente as patologias mais comuns e suas respectivas
anlises, como: o local, as principais patologias observadas e as possveis causas.
Figura 12 - Seleo dos bairros no mapa da cidade de Mossor.
Fonte: Planta cadastral da cidade de Mossor Rio Grande do Norte 2010.
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33
5 ESTUDO DE CASO
5.1 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DIAGNOSTICADAS NOS IMVEIS
A figura 12, j apresentada anteriormente, ilustra o mapa de Mossor-RN, de forma
que, podem-se visualizar os bairros que foram selecionados para a realizao desse trabalho.
Os bairros selecionados e que esto demarcados no mapa so os seguintes: Santa Delmira,
Abolio, Santo Antnio, Nova Betnia, Paredes, Boa Vista, Pintos, Lagoa do Mato, Ilha de
Santa Luzia, Alto de So Manoel, Costa e Silva.
5.1.1 Residncia do bairro Santa Delmira.
Situada na Rua Ariscitides de Freitas, Bairro Santa Delmira, a residncia foi construda
h 8 anos, e atual moradora reside h 3 meses. A mesma informou que a ltima reforma foi
realizada h 3 meses, durante a qual foi realizada uma pintura geral nas paredes.
Ao ser construda, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de construo,
sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto e nem de
servios de projetos eltricos, estrutural ou hidrulico. Foi informado que houve o trabalho de
terraplenagem na obra.
Foi relatado que o maior incmodo refere-se a parte esttica, onde as rachaduras e o
salitre predominante. As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente
com a caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis
causas.
As patologias apresentadas na residncia tambm se fazem presentes em muitas
residncias prximas, embora em alguns casos o problema fora mitigado ou atenuado por
reformas recentes.
A figura 13 apresenta imagens relacionadas: A) localizao da caixa dgua e as
canalizaes que parte dela; B) a parede superior e interna da cozinha; C) Ampliao da
parede externa e inferior a caixa dgua. A principal patologia vizualizada: trinca e formao
de manchas na parte externa e na parede interna.
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34
Figura 13 - Trincas e manchas nas paredes externa e a correspondente mancha amarelada na
parte interna.
A B
C
Fonte: Acervo da autora.
A possvel causa das trincas o peso da caixa dgua e o fato de no ter feito uma
amarrao adequada entre as paredes que sustenta a caixa dgua e a parede da residncia. As
manchas externas devido aos respingos que a prpria caixa apresenta e a mancha interna a
presena de gua devido a algum cano estourado ou o beiral pequeno.
A figura 14 apresenta uma trinca na mesma parede, onde, (A) parte interna a residncia
e B) parte externa a residncia. A principal patologia vizualizada: trinca. A possvel causa:
recalque, devido a no compactao adequada. Como pode-se vizualizar nessa imagem a
trinca atinge tanto o lado inerno quanto o lado externo.
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35
Figura 14 Mesma trinca visualizada na: (A) parede interna e (B) Parede externa na residncia.
A BFonte: Acervo da autora.
O descolamento da pintura, bem como as manchas escuras, tem como a possvel causa o
contato direto da gua das chuvas. Isso se deve devido ao local no coberto onde a escada foi
construda.
Figura 15 Manchas escuras e descolamento da argamassa na parte inferior da escada.
Fonte: Acervo da autora.
A figura 15 mostra manchas escuras na residncia analisada no bairro Santa Delmira.
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5.1.2 Residncia do bairro Abolio 2
Situada na Rua Professora Dolores Freire de Andrade, bairro Abolio 2, a residncia
foi construda h 40 anos e a ltima moradora reside h 30 anos. Como a habitao pertenceu
aos seus pais, a residente soube informar o histrico da construo e de seu bairro que foi de
extrema importncia para a anlise de algumas patologias presentes atualmente.
O bairro Abolio um conjunto dividido em abolio 1, 2 e 3, onde as residncias so
conhecidas como casas da antiga Coabe.
As obras foram construdas por uma construtora, assim, de acordo com essa informao
razovel a considerao que houve os projetos estruturais, eltricos, hidrulicos e o
arquitetnico. Contudo, o trabalho de terraplenagem no foi devidamente realizado, inclusive
um processo com a seguradora do conjunto, onde esta ter que fazer uma reforma nas
residncias, devido a trincas que poder afetar a segurana do morador.
As diversas reformas foram realizadas de acordo com o manifestao mais aparente, de
modo localizado. Ao se apresentarem, por exemplo, mancha na cozinha, os moradores
contratatavam o servio de repintura daquele local. A grande ltima reforma foi realizada h 2
anos. Onde o reboco na parede foi refeito devido ao aparecimento do salitre.
Relatou-se que, o maior incmodo est na parte esttica: as rachaduras, infiltraes e
etc. As casas vizinhas alm dos problemas ocorridos na residncia pesquisada tem tambm
problema com o bolor devido a umidade, provocando em alguns residentes problemas
respiratrios e outros relacionados sade. Esse problema est ausente na habitao
investigada devido as reformas efetuadas periodicamente.
As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a
caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas.
A figura 16 ilustra a parte interna da sala, mais precisamente, abaixo da contraverga e a
parte externa dessa mesma parede. A principal patologia so as manchas amareladas e trincas,
cuja possvel causa fato de que o Beiral pequeno no evita o contado direto da chuva,
provocando as trincas no revestimento, manchas tanto escuras (parede externa) quanto
amareladas (parede interna).
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37
Figura 16 - Trincas e manchas.
B
A
Fonte: Acervo da autora.
A figura 17, ilustra como a proncipal patologia: trincas no teto do quarto de casal, sendo
as possves causas o recalque da laje, falta de resitncia da laje ou excesso de peso sobre a
laje. A potologia pode trazer consequncias graves. Sendo o parecer do engenheiro de
estrutura fundamental.
Figura 17 - Trinca no teto do quarto.
Fonte: Acervo da autora.
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38
Figura 18 Salitre na residncia do bairro Abolio II.
Fonte: Acervo da autora.
O salitre encontrado na parede, a uma altura aproximada de 1 metro (figura 18), tem
como a possveis caussa a juno da umidade com os sais presentes nos materiais da
construo, mais precisamente na areia, e a no observncia correta impermeabilizao, que
fora mal executada ou mesmo no realizada.
5.1.3 Residncia do bairro Santo Antnio
Situada na Rua Epitfio Pessoa, Bairro Santo Antnio, a residncia foi construda h 22
anos atrs, mas h 2 anos houve reforma em um dos quartos.
Ao ser construda a obra, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de
construo, sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de
arquiteto.
No houve projetos eltricos, estrutural e nem hidrulicos. O trabalho de terraplanagem
foi realizado.
A reforma tambm no foi analisada por uma empresa de construo, mas sim com base
no conhecimento de mestres de obras.
Foi relatada que o maior incmodo foi a acentuada infiltrao num dos quartos, em que
posteriormente formaram-se as manchas. Por conta dos prprios residentes foram feitos
alteraes na pintura a fim de atenuar esta patologia, fazendo uma nova concretagem e
cimentao da caixa de gua, mas segue-se a queixa de que tais patologias nunca se resolvem!
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39
As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a caracterizao
do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas.
As patologias encontradas foram tambm encontradas nas residncias prximas, mas em
algumas, patologias atenuadas por reformas atuais.
A figura 19 apresenta a imagem superior obtida da alvenaria interna com a laje do quarto.
A principal patologia vizualizada: manchas amareladas. A possvel causa: presena de
umidade.
Figura 19 - Manchas amareladas.
Fonte: Acervo da Autora.
A figura 20 apresenta imagens relacionadas: A) parede interna inferior da sala; B)
Ampliao da parede externa, correspondente ao corredor. A principal patologia vizualizada:
desagregao do revestimento. As possveis causas: expanso devido a presena de salitre.
Figura 20 - Desagregao do revestimento.
Fonte: Acervo da Autora.
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40
A figura 21 apresenta a imagem obtida da parte inferior da parede externa. As
principais patologias vizualizadas so: desagregao do revestimento e manchas escuras
(bolor). Onde a possvel causa: revestimento aplicado sem chapisco, ao de agentes
climticos.
Figura 21 - Desagregao do revestimento e manchas escuras (bolor).
Fonte: Acervo da Autora.
A figura 22 apresenta a imagem obtida da parte inferior interna do pilar. As principais
patologias vizualizadas so: trincas e fissuras. Onde a possvel causa: solicitaes de esforos.
Figura 22 - Trincas e fissuras.
Fonte: Acervo da Autora.
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41
5.1.4 Residncia do bairro Nova Betnia.
Situada na Rua Duodcimo Rosado, Bairro Nova Betnia, a residncia foi construda h
cerca de 25 anos, e a moradora reside h cerca de 20 anos. A ltima reforma, foi realizada h
2 anos, em que se restaurou a parede a uma altura de 1 m, o reboco foi refeitou e depois
repintou.
Ao ser construda a obra, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de
construo, sendo executada por um profissional liberal. Houve a contratao de um arquiteto
e teve projetos eltricos, estrutural e o hidrulico. Sendo que, o trabalho de terraplenagem no
foi realizado corretamente.
Foi relatada que o maior incmodo a parte esttica, principalmente devido ao salitre,
como ser ilustrada adiante. As principais patologias encontradas sero analisadas
posteriormente com a caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem,
com as possveis causas. A patologia predominante na residncia, o salitre, se encontram
tambm nas residncias prximas.
A figura 23 ilustra a rea externa da residncia, tendo como patologias: trincas, salitre e
formao de eflorescncia.
Figura 23 Trinca, salitre e eflorescncia.
Fonte: Acervo da Autora.
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42
A possvel causa do salitre a no impermeabilizao adequada, bem como o contato
direto com a gua da chuva e a possvel causa de trincas verticais na parede devido a falta de
amarrao da parede com algum elemento estrutural como o pilar ou outra parede que nasce
naquele ponto.
A residente da casa afirma que, em perodos chuvosos, nas juntas de argamassa do piso
cermico, este fica esbranquiado, mostrando a evidncia da eflorescncia.
A figura 24 ilustra a localizao, da parte externa, referente caixa dgua da residncia
e o seu beiral. A principal patologia visualizada so as manchas e o destacamento da pintura,
no qual se deve ao contato direto da gua da chuva, bem como, a gua que extravasa da caixa
dgua, pelo fato da bia estar com defeitos.
Figura 24 Manchas e destacamentos de pintura perto da caixa dgua.
Fonte: Acervo da Autora.
A presena de salitre nessa residncia a patologia predominante. Todas as paredes dos
corredores, quartos, cozinhas entre outros cmodos, apresenta esta patologia que pode ser
visualizada a 1 m e meio do cho. A no impermeabilizao e os sais presentes no solo desse
bairro so as principais causas desse problema.
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43
Figura 25 - Salitre na parede do corredor.
Fonte: Acervo da Autora.
A figura 25 mostra a forte presena do salitre na residncia investigada.
5.1.5 Residncia do bairro Paredes
Situada na Rua Marechal Deodoro, Bairro Paredes. A residncia foi construda h 50
cerca de anos, e a atual moradora reside h cerca de 30 anos.
Ao ser construda a obra, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de
construo, sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto
e nem de servios de projetos eltricos, estrutural ou hidrulico. Foi informado que houve o
trabalho de terraplenagem na obra.
A reforma tambm no foi analisada por uma empresa de construo, mas sim com base
no conhecimento do pedreiro, onde esta foi feita h trs meses, na parede interna da cozinha,
mas especificamente, na parte superior desta, perto da cumeeira. Com os constantes
vazamentos, em perodo chuvoso, a residente sentia grande incmodo devido as manchas na
pintura (figura 26), mas este problema foi cessado com a utilizao de impermeabilizao , no
caso, manta acrlica.
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44
Figura 26 Manchas na pintura, perto da cumeeira.
Fonte: Acervo da Autora.
Os principais problemas dos quais a residente se queixa so o mofo, em perodo
chuvoso, e a poeira, em perodo seco. Essa queixa ainda mais preocupante pois a residente
tem alergia, assim, este problema agravado com estas situaes. No pode deixar tambm de
comentar que, a parte esttica da casa tambm incomoda aos moradores.
As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a
caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas.
Algumas das patologias encontradas se encontram nas residncias prximas.
A figura 27 ilustra uma trinca horizontal ao lado da parte superior do porto. Esta
patologia pode ocorrer devido a expanso da argamassa de assentamento. Essas fissuras
ocorrero preferencialmentenas proximidades do topo da parede. Onde so menores os
esforos de compresso oriundos do seu peso prprio.
Figura 27 Trinca horizontal.
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45
Fonte: Acervo da Autora.
A figura 28 ilustra a parede que divide a sala dos quartos. A principal patologia
visualizada o salitre, que causa o deslocamento da pintura e a tonalidade de cor devido a
presena de umidade ascendente a esta altura.
Figura 28 Salitre na sala.
Fonte: Acervo da Autora.
A figura 29 ilustra o corredo externo na residncia. A principal patologia visualizada a
formao de manchas escuras, sendo a principal causa o contato da gua. H tambm a
pintura relizada sob a camada de reboco mal regularizada, causando incmodo visual pela m
vizualizao esttica.
Figura 29 Manchas escuras e desregularizao da camada do reboco.
Fonte: Acervo da Autora.
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46
A figura 30 ilustra uma rachadura, em alguns pontos, com mais de 6 mm de espessura.
Sendo a principal causa o contato de chuvas intensas, grande desgaste ao longo do tempo e a
falta de manutenso. Como esta parede divide as duas residncias e est prestes a desabar para
o lado da vizinha, necessita rapidamente ser derrubada e feita outra, j que coloca vidas em
riscos.
Figura 30 Rachaduras na parede Externa.
Fonte: Acervo da autora
5.1.6 Residncia do bairro Boa Vista
Situada na Rua Professor Manoel Joo, Bairro Boa Vista. A residncia foi construda h
42 anos e a atual moradora reside desde a sua construo.
Ao ser construda, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de construo,
sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto nem de
servios de projetos eltricos, estrutural ou hidrulico, embora a proprietria do imvel seja
arquiteta e participou da construo. Houve o trabalho de terraplenagem na obra.
Foi relatada que o maior incmodo sofrido a parte esttica. Ainda foi relatado que a
residncia passa constantemente por reformas a fim de mitigar eventuais problemas e atenuar
os incmodos referidos.
A ltima reforma mais geral foi realizada h 3 anos. Com o problema do salitre, o
pedreiro retirou todo o reboco e passou uma cristalizao em todas as paredes, depois rebocou
novamente e pintou. A residente disse que toda sua parede abaixo do reboco revestida por
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47
cermica. Ela mandou tirar o reboco e depois passou uma massa corrida acrlica em cima da
cermica e rejuntou.
As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a
caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e
solues. As patologias encontradas foram tambm encontradas nas residncias prximas, tem
uma casa vizinha da frente, de primeiro andar, que foi construda apenas h dois anos e que j
apareceu patologia do tipo salitre e descolamento no revestimento.
Alguns problemas, como manchas na parte superior da parede da sala, so devido a
vazamento de canos (figura 31).
Figura 31 manchas devido a vazamento no cano.
Fonte: Acervo da autora.
O destacamento da pintura uma patologia situada no teto da rea externa da residncia
(figura 32), possui como a principal causa a realizao da pintura sobre a pintura antiga,
causando este problema devido ao peso.
Figura 32 Destacamento da pintura.
Fonte: Acervo da autora.
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48
5.1.7 Residncia do bairro Pinto
Situada na Rua Santa Ceclia, Bairro Pinto. A residncia foi construda h 15 anos e a
atual moradora reside desde que a mesma foi construda.
Ao ser construda, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de construo,
sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto nem de
servios de projetos eltricos, estrutural ou hidrulico. Houve o trabalho de terraplenagem na
obra, onde a compactao foi feita de forma manual.
No houve reforma posterior a sua construo. Relatou-se que, o maior incmodo est
na parte esttica, onde o salitre dominou as paredes internas da residncia (figura 33).
Figura 33 Parte inferior da escada.
Fonte: Acervo da autora.
As outras patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a caracterizao
do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e solues.
As patologias manifestadas nessa residncia foram tambm encontradas nas residncias
prximas, principalmente o salitre que tambm incomoda as vizinhanas.
A trinca horizontal visualizada entre o andar superior e inferior (figura 34) tem como a
principal causa a falta de amarrao adequada da parede com a viga superior.
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49
Figura 34 - Trinca horizontal entre o andar superior e inferior.
Fonte: Acervo da autora.
Manchas no teto do andar superior (figura 35) tm como a principal causa os
vazamentos, devido algum problema no telhado, seja goteira, tricas, entre outros.
Figura 35 Manchas no teto do andar superior.
Fonte: Acervo da autora.
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50
5.1.8 Residncia do bairro Lagoa do Mato
Situada na Rua Antnio Delmiro, no Bairro Lagoa do Mato. A residncia foi construda
h 31 anos e a proprietria reside nela desde que foi construda.
Ao ser construda, no houve a utilizao dos servios de uma empresa de construo,
sendo executada por um profissional liberal. No houve a contratao de arquiteto nem de
servios de projetos eltrico, estrutural ou hidrulico. Houve o trabalho de terraplenagem na
obra, onde a compactao foi feita de forma manual.
A ltima reforma foi realizada h 4 anos, onde parte do reboco foi refeito. A mesma
tambm no foi analisada utilizando-se os servios de uma empresa de construo, mas sim
com base no conhecimento de mestres de obras.
Foi relatado que, o maior incmodo refere-se parte esttica, os deslocamentos da
pintura, como tambm as manchas. De acordo com informaes da residente, parte das trincas
foi ocasionada depois que houve a escavao para o saneamento da rua. As outras patologias
encontradas sero analisadas posteriormente com a caracterizao do local da residncia,
acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e solues. As patologias encontradas
foram tambm encontradas nas residncias prximas, mas em algumas, as patologias foram
atenuadas por reformas atuais.
A figura 36 retrata a sala da residncia. A principal patologia ilustrada a trinca entre as
paredes, sendo a principal causa a falta da amarrao as duas.
Figura 36 trinca entre paredes.
Fonte: Acervo da autora.
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51
O destacamento apresentado na parte superior da cozinha, mostrado na figura 37, a
principal patologia visualizada nessa imagem. A principal causa a presena de gua da
chuva, pela falta de proteo na cumeeira.
Figura 37 Destacamento da pintura na parte superior da parede.
Fonte: Acervo da autora.
A formao de manchas amareladas, situado na parte superior da parede da cozinha
(figura 38), ocorre devido a goteiras que facilita o contato com gua da chuva.
Figura 38 Manchas amareladas.
Fonte: Acervo da autora.
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5.1.9 Residncia do bairro Ilha de Santa Luzia
Situada na Rua Bencio Filho, no bairro de Santa Luzia. A residncia foi construda h 40
anos, mas a residente mora h 29 anos.
Ao ser construda a obra, no houve o emprego de uma empresa de construo, sendo
executada por um profissional liberal, o qual operou pelo conhecimento de experincia. No
houve a contratao de arquiteto. No houve projetos eltricos, estrutural e nem hidrulicos.
O trabalho de terraplanagem foi realizado, onde a compactao foi realizado manualmente.
A reforma foi realizada h 4 anos, com uma pintura na parede. Mas, tambm no foi
analisada por uma empresa de construo, mas sim com base no conhecimento do pintor.
Foi relatada que o maior incmodo a parte esttica. As principais patologias encontradas
sero analisadas posteriormente com a caracterizao do local da residncia, acompanhada de
sua imagem, com as possveis causas e solues. As patologias encontradas foram tambm
encontradas nas residncias prximas, mas em algumas, patologias atenuadas por reformas
atuais.
A figura 39 ilustra como patologia manchas na pintura, na parte inferior e superior da
parede da cozinha. Sendo a principal causa, o contato com a gua, j que, em perodos
chuvosos as residncias desse bairro ficam alagados, dependendo do nvel da chuva, perto do
telhado.
Figura 39 Manchas na pintura.
B
A
Fonte: Acervo da autora.
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53
A figura 40 ilustra tonalidades de pinturas de cores diferentes, na parte inferior do
quarto. A principal causa pintura nova sobre pinturas velhas.
Figura 40 Tonalidades de pinturas diferentes.
Fonte: Acervo da autora.
5.1.10 Residncia do bairro Alto de So Manoel
Situada na Rua 2 (dois) de Maio, Bairro Alto de So Manuel, a residncia foi construda
h 10 anos atrs, no houve reformas posteriores aps a entrega da obra.
Ao ser construda a obra, no houve o emprego de uma empresa de construo, sendo
executada por um profissional liberal, o qual operou pelo conhecimento de experincia. No
houve a contratao de arquiteto.
Houve apenas o projeto estrutural, sendo as instalaes eltricas e as hidrulicas efetuadas
apenas com o conhecimento do mestre de obra. O trabalho de terraplanagem foi realizado.
Os maiores problemas sofridos pelos familiares residentes nessa construo a incmodo
em relao a problemas respiratrios, alergias a mofo e muita poeira.
As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a caracterizao
do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e solues.
As patologias encontradas foram tambm encontradas nas residncias prximas, mas em
algumas, patologias atenuadas por reformas atuais.
A figura 41 apresenta imagens relacionadas: A) parede externa inferior da faixada; B)
parede externa superior da mesma faixada. A principal patologia vizualizada: destacamento
da pintura, manchas escuras e fissuras. A possvel causa: ao de agentes climticos.
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Figura 41 (A) parte externa inferior da faixada; (B) parte externa superior da faixada.
Fonte: Acervo da autora.
A figura 42 representa a parede do corredor. Na qual apresenta a patologia: destacamento
da pintura. Onde a possvel causa: Falta de aderncia da pintura com o revestimento.
Figura 42 - Destacamento da pintura.
Fonte: Acervo da autora.
A figura 43 apresenta a imagem obtida da parede encostada com a laje de cobertura. As
principais patologias vizualizada so: Manchas escura, mofo (bolor), algas. Onde a possvel
causa foi devido a infiltrao devido a trincas na laje e vazamentos.
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55
Figura 43 - Manchas escuras, mofo (bolor), manchas esverdeadas.
Fonte: Acervo da autora.
A figura 44 apresenta a imagem obtida da varanda. As principais patologias vizualizada
so: destacamento da pintura e manchas escuras. A possvel causa: infiltrao.
Figura 44 - Destacamento da pintura e manchas escuras (bolor).
Fonte: Acervo da autora.
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5.1.11 Residncia do bairro Costa e Silva
Situada na Rua dos Cajueiros, Bairro Costa e Silva, a residncia foi construda h 20
anos, havendo reformas posteriores aps a entrega da obra, no na sua totalidade, mas em
partes necessrias, de acordo com a necessidade do melhoramento em alguns repartimentos ao
longo do tempo.
Ao ser construda a obra, no houve o emprego de uma empresa de construo, sendo
executada por um profissional liberal, o qual operou pelo conhecimento de experincia. No
houve a contratao de arquiteto.
Houve apenas projetos eltricos, o estrutural e os hidrulicos no foram efetuados. O
trabalho de terraplanagem foi realizado. Os maiores problemas sofridos pelos familiares
residentes nessa construo a incmodo em relao s infiltraes e salitres.
As principais patologias encontradas sero analisadas posteriormente com a
caracterizao do local da residncia, acompanhada de sua imagem, com as possveis causas e
solues.
As mesmas patologias foram tambm encontradas nas residncias prximas, mas em
algumas, de forma atenuada devido a reformas atuais.
A figura 45 apresenta a imagem obtida da parede interna que divide a sala de estar do
banheiro. As principais patologias visualizada na imagem abaixo so as manchas de
infiltrao e destacamento de pintura. Onde a possvel causa foi devido a perda de aderncia
devido as infiltraes, bem como a sobreposio de pinturas novas sobre as antigas sem a
remoo das mesmas.
Figura 45 - Manchas de infiltrao e destacamento da pintura.
Fonte: Acervo da autora.
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57
A figura 46 apresenta a parede interna correspondente ao corredor. As principais
patologias vizualizada na imagem abaixo so os destacamento de pinturas e manchas devido a
umidade. Onde a possvel causa foi devido a infiltrao do solo. Os possveis tratamentos
pode ser: a aplicao de impermeabilizantes e melhores revestimentos, com por exemplo
atravs de uma tinta de outra base mais apropriada.
Figura 46 - Destacamento de pinturas e manchas devido a umidade.
Fonte: Acervo da autora
A figura 47 apresenta imagens relacionada a mesma parede interna do quarto. A
principal patologia vizualizada: A) Superfcie molhada, com umidade em excesso, chegando a
percolar; B) Destacamento da pintura. Onde as possveis causas nas duas imagens devido ao
contato direto da parede com o solo mido, provocado pela capilaridade.
Figura 47 (A) Infiltrao por capilaridade. (B) Destacamento da pintura.
Fonte: Acervo da Autora.
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58
A figura 48, representa imagens relacionada a mesma patologia: infiltrao na parte
superior, juno da alvenaria com o teto de gesso.
Figura 48 - Manchas de infiltrao e mofo.
Fonte: Acervo da autora.
Nestas imagens apresentam a mesma patologia: Manchas de infiltrao e mofo. Onde as
possveis causas nas quatro imagens so defeito relacionado ao madeiramento do telhado,
bem como a sua inclinao.
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6 RESULTADOS E DISCUSSES
De acordo com a tabela 2 pode-se visualizar o resumo geral dos dados do questionrio
feito ao morador de cada residncia, como: o nome do bairro; o tempo da construo; tempo
de residncia no local; o tempo da ltima reforma; o responsvel que construiu a residncia; a
utilizao ou no dos projetos hidrulicos, eltrico e o arquitetnico e se a terraplenagem foi
realizada.
A tabela 3 registra as patologias como: Fissura; Trinca; Rachadura; Eflorescncia;
Descolamento/Destacamento; Vescula; Mancha; Embolhamento; Mofo/Bolor; Vegetao
Esverdeada; Infiltrao e o Salitre, presentes na residncia pesquisada. A partir desses dados,
pode-se calcular a frequncia, em porcentagem, das patologias mais frequentemente
encontradas como se pode verificar no grfico % residncia versus patologias (figura 49). Os
resultados so os seguintes: Fissura (63,3%); Trinca (63,3%); Rachadura (18,2%);
Eflorescncia (18,2%); Descolamento/Destacamento (90,9%); Vescula (0%); Mancha
(100%); Embolhamento (9,1%); Mofo/Bolor (36,4%); Vegetao Esverdeada (27,3%);
Infiltrao (90,9%) e o Salitre (90,9%).
Figura 49 Patologias mais frequentemente encontradas nas residncias.
Fonte: Acervo da autora.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
% Residncias
Fissura
Trinca
Rachadura
Eflorescncia
Vescula
Manchas
Embolhamento
Morfo/Bolor
Desloc./ Destac.
Vegetao Esverdeada
Infiltrao
Salitre
-
60
Tabela 2 Resumo geral dos dados
RESIDNCIAS PESQUISADAS EM 2013
Localizao da
residncia (Bairros) Abolio 2
Santo
Antnio
Nova
Betnia Paredes Boa Vista Pintos
Lagoa do
Mato
Ilha de
Santa
Luzia
Alto de
So
Manoel
Costa e
Silva
Santa
Delmira
Tempo da Construo 40 anos 22 anos 25 anos 50 anos 42 anos 15 anos 31 anos 40 anos 10 anos 20 anos 8 anos
H quanto tempo mora
na residncia 30 anos
Desde
sempre 20 anos 30 anos
Desde
sempre
Desde
sempre
Desde
sempre 29 anos
Desde
sempre 8 anos 3 meses
Tempo depois da
ltima reforma
Sim. H 2
anos (em
algumas
partes)
Sim. H 2
anos
(pintura)
Sim. H 2
anos
(reboco e
pintura)
Sim. H
3 meses
(devido a
vazament
o)
Sim. H 3
anos
(salitre)
No
houve
reformas
Sim. H
4 anos
(refez o
reboco)
Sim. H 4
anos
(pintura)
No Houve
reformas
Sim. H
2 anos
(em um
quarto)
Sim.
H 2
anos
(pintura
)
Empresa contratada/
profissional liberal.
Empresa
contratada
Profission
al Liberal
(mestre de
obra)
Profission
al Liberal
(mestre de
obra)
Profission
al Liberal
(mestre
de obra)
Profissiona
l Liberal
(mestre de
obra)
Profissio
nal
Liberal
(pedreiro)
Profissio
nal
Liberal
(pedreiro)
Profissiona
l Liberal
(pedreiro)
Profissiona
l Liberal
(mestre de
obra)
Profissio
nal
Liberal
(Mestre
de obra)
Profissi
onal
Liberal
(pedreir
o)
Projeto
s
Hidrulico Sim No Sim No No No No No No No No
Eltrico Sim No Sim No No No No No No No No
Arquitetnico Sim No Sim No Sim No No No Sim No No
Terraplenagem No Sim
(manual) No
Sim
(manual)
Sim
(manual)
Sim
(manual)
Sim
(manual)
Sim
(manual)
Sim
(manual)
Sim
(manual)
Sim
(manual
)
Principais
Consequncias
esttico e
sade
Infiltrao
num dos
quartos
esttico esttico e
sade esttico esttico esttico esttico
esttico e
sade esttico esttico
Fonte: Acervo da autora.
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61
Tabela 3 Registro das patologias enconhadas.
RESIDNCIAS PESQUISADAS EM 2013
Localizao da residncia
(Bairros) Abolio 2
Santo
Antnio
Nova
Betnia Paredes Boa Vista Pintos
Lagoa do
Mato
Ilha de
Sa