FCAV/UNESP · 2 - Ácido carbônico, H 2 CO 3 - Ácido cianídrico, HCN - Carbonatos, bicarbonatos...

128
FCAV/UNESP DISCIPLINA: Química Fisiológica ASSUNTO: Noções de Química Orgânica 1

Transcript of FCAV/UNESP · 2 - Ácido carbônico, H 2 CO 3 - Ácido cianídrico, HCN - Carbonatos, bicarbonatos...

FCAV/UNESP

DISCIPLINA: Química Fisiológica

ASSUNTO: Noções de Química Orgânica

1

QUÍMICA ORGÂNICA

Química Orgânica é a área da Química que estuda os compostos que contêm carbono, chamados de compostos orgânicos. A expressão compostos orgânicos surgiu, há mais de 200 anos, para designar substâncias produzidas por organismos vivos (animais ou vegetais). Atualmente são chamados de compostos orgânicos os compostos que contêm carbono, sejam ou não produzidos por organismos vivos.

2

QUÍMICA ORGÂNICA

Existem algumas substâncias que contêm carbono, mas não são consideradas substâncias orgânicas.

As mais importantes são: - Grafite, Cgraf.

- Diamante, Cdiam.

- Monóxido de carbono, CO - Dióxido de carbono, CO2

- Ácido carbônico, H2CO3

- Ácido cianídrico, HCN - Carbonatos, bicarbonatos e cianetos.

Os compostos acima são compostos inorgânicos. 3

ELEMENTOS COMUNS EM COMPOSTOS ORGÂNICOS

4

Fonte: PERUZZO, 2006.

COMPOSTOS ORGÂNICOS

Nos compostos orgânicos os átomos unem-se por ligação covalente. Ligação covalente: ocorre tipicamente entre átomos de elementos não-metálicos e/ou semi-metálicos, os quais formam moléculas. Os compostos orgânicos formam substâncias moleculares.

5

COMPOSTOS ORGÂNICOS

Como ocorre tipicamente com substâncias moleculares algumas substâncias orgânicas são gasosas, nas condições ambientes, outras são líquidas e outras são sólidas. Exemplos:

- Metano, etano, propano e butano, são gases. - Pentano e hexano, são líquidos. - Alcanos com 18 ou mais átomos de carbono , são sólidos.

6

CADEIA CARBÔNICA

Cadeia carbônica é a estrutura formada por todos os átomos de carbono de um molécula orgânica e também pelo heteroátomo que esteja posicionado entre esses carbonos.

7

Fonte: PERUZZO, 2006.

CADEIA CARBÔNICA

Qualquer átomo em uma molécula orgânica que não seja de carbono ou de hidrogênio é denomi- nado heteroátomo.

8

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONOS EM UMA MOLÉCULA ORGÂNICA

Classificar um carbono significa dizer a quantos outros carbonos ele se encontra ligado na cadeia carbônica.

9

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONOS EM UMA MOLÉCULA ORGÂNICA

EXEMPLO:

10 Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS

1. Classificação quanto à presença de ciclos

2. Classificação quanto à presença de heteroátomo(s)

11

Fonte: PERUZZO, 2006.

3. Classificação quanto à insaturação

CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS

4. Classificação quanto à presença de ramificações

12

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS

5. Classificação quanto à presença de aromaticidade

13

Fonte: PERUZZO, 2006.

GEOMETRIA DOS ÁTOMOS DE CARBONO

MOLÉCULAS QUE CONTÉM APENAS UM

ÁTOMO DE CARBONO PODEM SER: LINEARES,

(ex.: CO2), TRIGONAIS (ex.: CH2O) OU

TETRAÉDRICAS (ex.: CH4).

EM MOLÉCULAS MAIORES, NÃO SE COSTUMA

FALAR EM GEOMETRIA DA MOLÉCULA, MAS

EM GEOMETRIA DOS CARBONOS.

14

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 222.

GEOMETRIA DOS ÁTOMOS DE CARBONO

TABELA 1: Geometrias possíveis para o átomo de carbono.

15

16

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 222.

GEOMETRIA DOS ÁTOMOS DE CARBONO

EXEMPLOS:

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 222.

GEOMETRIA DOS ÁTOMOS DE CARBONO

EXEMPLOS:

17

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 571.

GEOMETRIA DOS ÁTOMOS DE CARBONO

18

DESENHOS EM PERSPECTIVA

São usados para informar o caráter tridimensional

de uma molécula.

Ligações que se estendem para fora do plano do

papel: são desenhadas como cunhas sólidas.

Ligações que se estendem atrás do plano do

papel: representadas como cunhas tracejadas.

19

DESENHOS EM PERSPECTIVA

EXEMPLO:

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 7.

20

CLASSE FUNCIONAL OU

FUNÇÃO QUÍMICA

Conceito: conjunto de substâncias que

apresentam semelhanças na fórmula

estrutural e, conseqüentemente, possuem

propriedades químicas semelhantes.

21

Fonte: PERUZZO, 2006.

GRUPO FUNCIONAL

Conceito: átomo ou grupo de átomos

característico de uma certa classe

funcional.

22

Fonte: PERUZZO, 2006.

Classe Funcional Grupo Funcional

Hidrocarboneto só C e H

Composto

Halogenado

― F, ― Cl,

― Br, ― I

Álcool

Fenol

Enol

Éter C O C

PRINCIPAIS CLASSES FUNCIONAIS (FUNÇÃO QUÍMICA) DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

23

PRINCIPAIS CLASSES FUNCIONAIS (FUNÇÃO QUÍMICA) DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

Classe Funcional Grupo Funcional

Aldeído

Cetona

Ácido Carboxílico

Sal de Ácido

Carboxílico

24

PRINCIPAIS CLASSES FUNCIONAIS (FUNÇÃO QUÍMICA) DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

Classe Funcional Grupo Funcional

Éster

Anidrido

Amida

Nitrocomposto ― NO2 25

PRINCIPAIS CLASSES FUNCIONAIS (FUNÇÃO QUÍMICA) DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

Classe Funcional Grupo Funcional

Amina

Nitrila ― CN

Ácido Sulfônico ― SO3H

Tiol ― SH

Sulfeto ― S ―

Organometálico Metal ligado a carbono

Ex.: CH3CH2Na

26

NOÇÕES DA NOMENCLATURA IUPAC PARA COMPOSTOS ORGÂNICOS

A nomenclatura de compostos orgânicos segue

as regras elaboradas pela IUPAC.

IUPAC União Internacional de Química Pura

e Aplicada.

De acordo com as regras da IUPAC, o nome de

um composto orgânico é formado pela união de

três fragmentos: prefixo + infixo + sufixo.

27

NOÇÕES DA NOMENCLATURA IUPAC PARA COMPOSTOS ORGÂNICOS

O prefixo, a parte inicial, indica o número de

átomos de carbono presentes na molécula.

28 Fonte: PERUZZO, 2006.

NOÇÕES DA NOMENCLATURA IUPAC PARA COMPOSTOS ORGÂNICOS

O infixo indica o tipo de ligação química entre

os átomos de carbono.

29

Fonte: PERUZZO, 2006.

NOÇÕES DA NOMENCLATURA IUPAC PARA COMPOSTOS ORGÂNICOS

O sufixo, a parte final, indica a classe funcional

do composto.

30

Fonte: PERUZZO, 2006.

COMPOSTO ORGÂNICOS RAMIFICADOS

CONCEITO DE CADEIA PRINCIPAL

Nos Hidrocarbonetos: a cadeia principal é a maior seqüência de átomos de carbono que contém as ligações duplas e triplas (se houver).

Nas demais classes de compostos orgânicos: a cadeia principal é a maior seqüência de átomos de carbono que contém o grupo funcional.

Os carbonos que não fazem parte da cadeia principal pertencem às ramificações.

No caso de duas seqüências igualmente longas, a cadeia principal é a mais ramificada.

31

HIDROCARBONETOS RAMIFICADOS

32

Fonte: PERUZZO, 2006.

COMPOSTOS ORGÂNICOS RAMIFICADOS

GRUPOS SUBSTITUINTES ORGÂNICOS

A expressão grupos substituintes orgânicos ou, simplesmente grupos orgânicos é usada para designar qualquer grupo de átomos que apareça com freqüência nas moléculas orgânicas.

Exemplos:

33

Fonte: PERUZZO, 2006.

GRUPOS SUBSTITUINTES ORGÂNICOS

COMPOSTOS ORGÂNICOS RAMIFICADOS

34

Fonte: PERUZZO, 2006.

35 Fonte: PERUZZO, 2006.

GRUPOS SUBSTITUINTES ORGÂNICOS

36

Fonte: PERUZZO, 2006.

HIDROCARBONETOS

São compostos orgânicos formados exclusiva-

mente por átomos de carbono e de hidrogênio.

Subdivisões:

37 Fonte: PERUZZO, 2006.

HIDROCARBONETOS

38 Fonte: PERUZZO, 2006.

HIDROCARBONETOS

39

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ÁLCOOL

Classe de compostos com a semelhança

estrutural de apresentar o grupo - OH ligado a

um carbono saturado.

40

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ÁLCOOL

São exemplos de álcoois:

Não são exemplos de álcoois:

41 Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSIFICAÇÃO DOS ÁLCOOIS

Álcoois Primários: contêm um grupo - OH

ligado a um carbono que tem um ou nenhum

átomo de carbono ligado a ele.

metanol etanol propan-1-ol

42

Álcoois Secundários: contêm um grupo - OH

ligado a um carbono que, por sua vez, está

ligado a outros dois átomos de carbono.

propan-2-ol

CLASSIFICAÇÃO DOS ÁLCOOIS

43

Álcoois Terciários: contêm um grupo - OH

ligado a um carbono que, por sua vez, está

ligado a outros três átomos de carbono.

2-metilpropan-2-ol

CLASSIFICAÇÃO DOS ÁLCOOIS

44

CLASSE FUNCIONAL ÁLCOOL

Nomenclatura de Álcoois Não Ramificados

Exemplos:

45

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ÁLCOOL

Nomenclatura de Álcoois Não Ramificados

Exemplo:

46

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ÁLCOOL

Nomenclatura de Álcoois Ramificados

Exemplo:

3,3-dimetilbutan-2-ol

47

Fonte: PERUZZO, 2006.

ÁLCOOIS

48

Fonte: BARBOSA, 2004.

CLASSE FUNCIONAL ALDEÍDO

Compreende substâncias que apresentam o

grupo funcional – CHO.

49

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ALDEÍDO

Nomenclatura de aldeídos não ramificados:

- Semelhante a dos álcoois, só que devemos

usar o sufixo al.

50

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ALDEÍDO

Nomenclatura de Aldeídos Ramificados

Exemplo:

51 Fonte: PERUZZO, 2006.

NOMENCLATURA TRIVIAL

ALDEÍDOS

Nomes triviais não reconhecidos pela IUPAC:

52

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL CETONA

Esta classe é composta por substâncias que

apresentam o grupo carbonila C = O entre

carbonos.

53

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL CETONA

Exemplo: propanona (muito conhecida

como acetona).

54

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL CETONA

Nomenclatura de cetonas não ramificados:

- Para denominar as cetonas, de acordo com

as regras sistemáticas da IUPAC,usamos o

sufixo ona.

55

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL CETONA

Nomenclatura de Cetonas Não Ramificadas

Exemplos:

56

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL CETONA

Nomenclatura de Cetonas Ramificadas

Exemplos:

57

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ÁCIDO CARBOXÍLICO

Os compostos desta classe têm em comum a

presença do grupo funcional – COOH.

58

Fonte: PERUZZO, 2006.

Ácidos Carboxílicos e Derivados

59 Fonte: BARBOSA, 2004.

Nomenclatura dos ácidos carboxílicos não

ramificados:

- A nomenclatura dessa classe funcional é feita

com a utilização do sufixo óico.

CLASSE FUNCIONAL ÁCIDO CARBOXÍLICO

60

Fonte: PERUZZO, 2006.

Nomenclatura dos ácidos carboxílicos

ramificados:

CLASSE FUNCIONAL ÁCIDO CARBOXÍLICO

61

Fonte: PERUZZO, 2006.

NOMENCLATURA TRIVIAL

ÁCIDOS CARBOXÍLICOS

62

Fonte: PERUZZO, 2006.

NOMENCLATURA TRIVIAL

ÁCIDOS CARBOXÍLICOS

63

Fonte: PERUZZO, 2006.

Ácidos Carboxílicos e Derivados

64

Fonte: BARBOSA, 2004.

Ácidos Carboxílicos e Derivados

65

Fonte: BARBOSA, 2004.

CLASSE FUNCIONAL ÉSTER

Grupo funcional característico desta

classe de compostos:

66

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ÉSTER

Os ésteres são comumente empregados como

flavorizantes em balas e doces.

67

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ÉSTER

Nomenclatura:

68

Fonte: PERUZZO, 2006.

CLASSE FUNCIONAL ÉSTER

Nomenclatura:

69

Fonte: PERUZZO, 2006.

70

CLASSE FUNCIONAL AMIDA

O grupo funcional característico desta

classe funcional é:

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 172.

Fonte: PERUZZO, 2006.

71

CLASSE FUNCIONAL AMIDA

Exemplo: proteínas (polímeros naturais)

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 172.

Fonte: PERUZZO, 2006.

72

CLASSE FUNCIONAL AMIDA

Exemplo: náilon (polímero sintético)

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 173.

Fonte: PERUZZO, 2006.

73

CLASSE FUNCIONAL AMIDA

Nomenclatura:

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 173.

Fonte: PERUZZO, 2006.

74

CLASSE FUNCIONAL AMIDA

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 125. Fonte: BARBOSA, 2004.

75

CLASSE FUNCIONAL AMINA

As aminas são derivadas da amônia, na qual

um, dois ou três dos hidrogênios foram

substituídos por grupos orgânicos.

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 169.

Fonte: PERUZZO, 2006.

76

CLASSE FUNCIONAL AMINA

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 169. Fonte: PERUZZO, 2006.

77

CLASSE FUNCIONAL AMINA

Nomenclatura:

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 169.

Fonte: PERUZZO, 2006.

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 238.

TAMANHO DA CADEIA CARBÔNICA E

SOLUBILIDADE

TABELA 2: Solubilidade de alguns álcoois em água, a 25oC.

78

TAMANHO DA CADEIA CARBÔNICA E

SOLUBILIDADE

QUESTÃO PARA DISCUSSÃO:

QUAL A EXPLICAÇÃO (OU JUSTIFICATIVA) PARA A

TENDÊNCIA OBSERVADA NA TABELA 2?

79

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 238. 80

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 254.

EFEITO DO TAMANHO DA MOLÉCULA

SOBRE O PONTO DE EBULIÇÃO

TABELA 3: Comparação entre temperatura de ebulição de álcoois.

81

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 254.

EFEITO DO TAMANHO DA MOLÉCULA

SOBRE O PONTO DE EBULIÇÃO

TABELA 4: Comparação entre temperatura de ebulição de alcanos.

82

EFEITO DO TAMANHO DA MOLÉCULA

SOBRE O PONTO DE EBULIÇÃO

QUESTÃO PARA DISCUSSÃO:

QUAL A EXPLICAÇÃO (OU JUSTIFICATIVA) PARA A

TENDÊNCIA OBSERVADA NAS TABELAS 3 E 4?

83

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 256.

EFEITO DO TIPO DE FORÇA

INTERMOLECULAR

TABELA 5: Exemplo da influência do tipo de interação intermolecular

sobre a temperatura de ebulição.

84

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 256.

TABELA 6: Exemplo da influência do tipo de interação intermolecular

sobre a temperatura de ebulição.

EFEITO DO TIPO DE FORÇA

INTERMOLECULAR

85

EFEITO DO TIPO DE FORÇA

INTERMOLECULAR

QUESTÃO PARA DISCUSSÃO:

QUAL A EXPLICAÇÃO (OU JUSTIFICATIVA) PARA A

TENDÊNCIA OBSERVADA NAS TABELAS 5 E 6?

86

EFEITO DO TIPO DE FORÇA

INTERMOLECULAR

87

Fonte: PERUZZO, 2006.

88

ISÔMEROS

Isômeros são dois ou mais compostos

diferentes que apresentam a mesma

fórmula molecular.

Isomeria plana ou constitucional.

Estereoisomeria:

- Isomeria geométrica;

- Isomeria ótica.

89

ISÔMERIA CONSTITUCIONAL OU

ISOMERIA PLANA

Pode ser percebida observando-se a

fórmula estrutural plana dos compostos.

Isômeros constitucionais diferem na

maneira com que seus átomos estão

concectados.

90

ISÔMERIA CONSTITUCIONAL OU

ISOMERIA PLANA

Exemplo 1:

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 276.

91

ISÔMERIA CONSTITUCIONAL OU

ISOMERIA PLANA

Exemplo 2:

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 276.

92

Exemplo 3:

ISÔMERIA CONSTITUCIONAL OU

ISOMERIA PLANA

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 276.

93

Exemplo 4:

ISÔMERIA CONSTITUCIONAL OU

ISOMERIA PLANA

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 276.

94

ISOMERIA ESPACIAL OU ESTEREOISOMERIA

Caracteriza-se pela existência de diferentes

compostos, que embora apresentem fórmulas

moleculares e estruturais idênticas,

apresentam diferentes arranjos espaciais dos

átomos.

Classificação:

- isomeria geométrica ou cis-trans;

- isomeria ótica.

95

ISOMERIA ESPACIAL OU ESTEREOISOMERIA

ISOMERIA GEOMÉTRICA (cis-trans)

A isomeria geométrica ocorre devido à

diferente disposição espacial dos átomos

em cadeias insaturadas ou cíclicas.

Isômeros geométricos apresentam fórmulas

estruturais planas idênticas, mas diferentes

propriedades físicas.

96

ISOMERIA GEOMÉTRICA (cis-trans)

Em Compostos Cíclicos

Compostos cíclicos substituídos podem apresentar

isômeros conforme ilustrado para as moléculas do

1,2-dimetilciclopropano:

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 50.

97

ISOMERIA GEOMÉTRICA (cis-trans)

Em Compostos Cíclicos

No composto A os dois grupos metila encontram-se em um

mesmo lado de um plano que passa pelos átomos de carbono

do anel. Nesse caso, deve ser usado o prefixo cis antes do

nome do composto e seu nome completo será:

cis-1,2-dimetilciclopropano.

No composto B os dois grupos metila encontram-se em lados

opostos do plano que passa pelos átomos de carbono do anel,

usando-se, nesse caso, o prefixo trans para designar tal

isômero. Seu nome completo é, portanto:

trans-1,2-dimetilciclopropano.

98

ISOMERIA GEOMÉTRICA (cis-trans)

Em Compostos Cíclicos

(1,2-dimetilciclobutano)

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 287.

99

cis-1,2-dimetilciclobutano trans-1,2-dimetilciclobutano

ISOMERIA GEOMÉTRICA (cis-trans)

Em Compostos Cíclicos

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 287.

100

ISOMERIA GEOMÉTRICA (cis-trans)

Em Compostos com Ligação Dupla C = C

Para que uma dada fórmula estrutural plana permita

a existência de isômeros geométricos, é necessário,

além da presença de uma ligação dupla, que cada um

dos carbonos da dupla apresente dois ligantes

diferentes entre si.

Exemplo 1: but-2-eno (H3C – CH = CH – CH3)

TF = - 139oC

TE = 3,7oC

TF = - 105oC

TE = 1oC

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 286.

101

ISOMERIA GEOMÉTRICA (cis-trans)

Em Compostos com Ligação Dupla C = C

(1,2-dicloroeteno)

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 285.

102

Nomenclatura: uso dos prefixos cis e trans

- Para designar alquenos dissubstituídos

estereoisoméricos, utilizam-se os prefixos cis e

trans.

- O prefixo cis é usado quando os grupos ligados

aos carbonos da dupla encontram-se de um

mesmo lado do plano que passa pelos carbonos.

- O prefixo trans é utilizado quando tais grupos

encontram-se em lados opostos do referido

plano.

Isomeria Geométrica em Compostos

com Ligação Dupla C = C

103

Isomeria Geométrica em Compostos

com Ligação Dupla C = C

Alquenos Dissubstituídos

Os termos cis e trans são usados apenas para alquenos

dissubstituídos.

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 67.

104

ISOMERIA ÓTICA

Tipo de isomeria em que uma molécula é a

imagem especular da outra.

Ocorre em moléculas que não apresentam

plano de simetria (moléculas assimétricas).

Isômeros Óticos ou Enantiomorfos ou

Enantiômeros.

105

ISOMERIA ÓTICA

EXEMPLO: molécula de CHBrClF.

- Esta molécula não apresenta nenhum plano de simetria.

- É denominada molécula assimétrica ou molécula

quiral.

- Se a colocarmos diante de um espelho, a imagem espe-

cular será diferente dela.

106

4. ISOMERIA ÓPTICA ISOMERIA ÓTICA

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 300.

107

ISOMERIA ÓTICA

Condição para haver isômeros óticos:

presença de carbono quiral ou

assimétrico.

Fonte: PERUZZO, 2006 : p. 301.

108

COMPOSTOS OTICAMENTE ATIVOS

Exemplos: açúcares, incluindo a sacarose.

*

*

*

*

*

*

*

* Este asterisco sinaliza os carbonos assimétricos.

Fonte: PERUZZO, 2006.

109

ISOMERIA ÓTICA

Representação de Enantiômeros

As linhas normais ( ̶ ) representam os grupos que estão no

plano do papel.

A linha tracejada representa o grupo que está atrás do plano.

A linha escura, em forma de cunha, representa o grupo que

está na frente do plano do papel.

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 151.

110

ISOMERIA ÓTICA

Representação de Enantiômeros

Uma maneira muito simples para representar compostos orgânicos

em duas dimensões foi introduzida pelo químico alemão Emmil

Fischer e denomina-se projeção de Fischer.

As projeções de Fischer para os compostos (I) e (II) são:

Nessas projeções, as linhas na horizontal representam grupos

que estão na frente do plano do papel e as linhas na vertical, os

grupos que estão atrás do plano.

Fonte: BARBOSA, 2004 : p.151.

111

ISOMERIA ÓTICA

As propriedades físicas (PF, PE e densi-

dade de dois enântiômeros são iguais,

exceto o desvio sobre a luz polarizada.

Isômeros óticos desviam o plano de

vibração da luz polarizada.

Um dos enantiômeros desvia o plano da

luz polarizada no sentido horário e o

outro no anti-horário.

112

A luz ou radiação comum é não polarizada, ou

seja, vibra ou oscila em várias direções.

A luz é denominada polarizada quando oscila em

apenas uma direção.

POLARÍMETRO E DESVIO DA LUZ POLARIZADA

113

POLARÍMETRO E DESVIO DA LUZ POLARIZADA

A luz polarizada é obtida quando a luz atravessa

lentes especiais denominadas polarizadores.

Uma das propriedades características de molé-

culas quirais é a sua capacidade de desviar o

plano de vibração da luz polarizada.

O aparelho utilizado para medir esse desvio é

denominado polarímetro.

Representação esquemática de um polarímetro. Fonte: PERUZZO, 2006.

114

Ao passar por um tubo contendo apenas moléculas simé-

tricas, o plano de vibração da luz polarizada não sofre

desvio (rotação).

Moléculas simétricas são oticamente inativas.

POLARÍMETRO E DESVIO DA LUZ POLARIZADA

Fonte: PERUZZO, 2006.

115

POLARÍMETRO E DESVIO DA LUZ POLARIZADA

Ao passar por um tubo contendo moléculas assimétricas,

o plano de vibração da luz polarizada sofre desvio (rotação).

Moléculas assimétricas são oticamente ativas.

Fonte: PERUZZO, 2006.

116

ANIMAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO

POLARÍMETRO

Fonte: http://www.labin.unilasalle.edu.br/infoedu/siteinfoedu1_03/turmasv_site/margo/site_grupo2/polarimetro.htm

117

Destrorrotatório (ou dextrógiro): desvia o

plano da luz polarizada no sentido horário.

É indicado como (+).

Levorrotatório (ou levógiro): desvia o

plano da luz polarizada no sentido anti-

horário. É indicado como (-).

POLARÍMETRO E DESVIO DA LUZ POLARIZADA

118

POLARÍMETRO E DESVIO DA LUZ POLARIZADA

As palavras dextrorrotatório e levorrotatório vêm

do latim dexter, “direita” e laevu, “esquerda”.

Exemplo: ácido lático.

Estas moléculas parecem idênticas,

mas um exame mais detalhado mostra

que uma é a imagem especular da

outra.

Estas duas formas do ácido lático são

isômeros óticos e denominadas

enantiômeros.

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 148.

119

POLARÍMETRO E DESVIO DA LUZ POLARIZADA

O composto (I) desvia o plano de vibração da luz polarizada

para esquerda ou no sentido anti-horário ([α = -2,6o]) e

corresponde à forma do ácido lático produzido pelos músculos

e responsável pela dor causada após exercícios físicos.

O composto (II), encontrado em grande quantidade no leite

azedo, desvia o plano da luz polarizada para a direita ou no

sentido horário ([α = +2,6o]).

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 148.

120

ISOMERIA ÓTICA

RACEMATO:

- É uma mistura formada por iguais

quantidades de uma substância

levorrotatória e seu respectivo

enantiômero dextrorrotatório.

- É oticamente inativa, ou seja, não

desvia o plano da luz polarizada.

121

ISOMERIA ÓTICA

MOLÉCULAS COM MAIS DE UM CARBONO

ASSIMÉTRICO

Exemplo 1: 2-bromo-3-clorobutano

A moléculas acima apresenta dois carbonos (2 e 3)

assimétricos (*C).

No caso do composto possuir n carbonos assimétricos,

o número máximo de estereoisômeros que pode

existir é 2n.

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 156.

122

ISOMERIA ÓTICA

MOLÉCULAS COM MAIS DE UM CARBONO

ASSIMÉTRICO

O composto (I) é a imagem especular do (II). Eles

constituem um par de enantiômeros.

Os compostos (III) e (IV) constituem outro par de

enantiômeros.

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 156.

123

ISOMERIA ÓTICA

MOLÉCULAS COM MAIS DE UM CARBONO

ASSIMÉTRICO

O composto (I) não é imagem especular do composto

(III) nem do (IV). Similarmente, o composto (II) também

não é imagem especular do (III) nem do (IV).

Estereoisômeros que não são imagens especulares

uns dos outros são chamados diastereoisômeros.

124

ISOMERIA ÓTICA

Diferentemente dos enantiômeros, os diastereoisômeros

apresentam propriedades físicas diferentes, além de

diferentes rotações específicas.

Diastereoisômeros são estereoisômeros que não são

enantiômeros.

125

DESIGNAÇÃO D-L

A designação D-L, conhecida como convenção de Fischer-

Rosanoff, é usada na descrição de carboidratos e

aminoácidos.

No caso dos carboidratos, a projeção de Fischer é

representada na vertical, com o grupo CHO no topo.

Carboidratos: quando a hidroxila ligada ao carbono

assimétrico mais afastado da carbonila estiver para a

direita, o isômero será D, quando estiver para a esquerda

será L.

-Aminoácidos: representa-se o grupo carboxila (COOH)

na posição superior e se o grupo –NH2, estiver

para a direita, o isômero será denominado D; se estiver

para a esquerda será denominado L.

126

DESIGNAÇÃO D-L

Carboidratos:

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 158.

127

DESIGNAÇÃO D-L

-Aminoácidos:

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 159.

128

BARBOSA, L. C. de. Introdução à Química Orgânica.

São Paulo:Prentice Hall, 2004.

PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Química na

Abordagem do Cotidiano. 4. ed. São Paulo:Moderna,

2006. v. 3. Química Orgânica.

6. REFERÊNCIAS