Fad Probabilistico
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COTEQ-032AVALIAÇÃO DE CONFIABILIDADE ESTRUTURAL DE
DUTOS COM DANO POR INTERFERÊNCIA EXTERNA USANDO DIAGRAMA DE FALHA
PROBABILÍSTICO
José de Jesús Leal Carvajalino
José Luiz de França Freire
13 de Maio de 2011
O estudo de confiabilidade estrutural ajuda aos engenheiros a monitorar,
quantificar, analisar e avaliar o risco das estruturas
Segundo EIBER os incidentes nos dutos de transporte de óleo e gás
podem ser divididos assim: Anomalias, que são danos que ocorrem por
corrosão e/ou pela interferência de terceiros; Operação incorreta, que
são falhas relacionadas com a operação das linhas; Operação
inadequada do equipamento de controle da pressão. Outros: danos em
flanges, acessórios
Já a ASME B31.8 S [2] faz uma classificação de nove categorias de
incidentes em dutos, assim: corrosão externa, corrosão interna, corrosão
sob tensão, defeitos de fabricação do duto, defeitos por montagem do
duto, danos em componentes do duto (p. ex. flanges), interferência de
terceiros, operações incorretas e danos devido ao ambiente (p. ex.
deslizamento de solo)
INTRODUÇÃO
Os danos em dutos, que ocorrem por interferência externa, chamados
comumente também de danos mecânicos, podem resultar em: uma mossa
(dent), um sulco (gouge), uma mossa com sulco, ou ainda, uma perfuração na
parede do duto. O estado limite usado para dano mossa com sulco foi
determinado a partir do modelo da mecânica da fratura elasto-plástica do
modelo de Dugdale, o qual avalia o dano através do diagrama de falha
(FAD – Failure Assessment Diagram). Para a aplicação do modelo, o sulco
está orientado na direção axial e é considerado como uma trinca
(conservador). A avaliação do defeito é do tipo “passa ou não passa”. Se o
defeito está na região de segurança do FAD o mesmo é aprovado. Se o
defeito fica na região de falha do FAD o duto ou a estrutura avaliada é
rejeitada. A curva que separa a região de segurança e de insegurança do FAD
é a que define a função limite para avaliar o dano mossa-sulco e assim
calcular a probabilidade de falha (POF) do dano existente. A POF é
geralmente calculada usando métodos de confiabilidade de primeira e
segunda ordem (FORM e SORM) ou método de Monte Carlo. Neste trabalho,
uma nova melhoria do método FORM foi implementada usando a linguagem
VBA e o SOLVER do EXCEL.
INTRODUÇÃO
CONCEITOS DE CONFIABILIDADE
ESTRUTURAL
1Rel POF
A confiabilidade de uma estrutura:
Risco POF COF
A POF é usada:
( ( ) 0)POF P g x
Cálculo POF :
( ) 0
( )g x
POF f x dx
( )g x m R L
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6
fdp
m
Segurança
Falha
ms
ms
m
ÍNDICE DE CONFIABILIDADE
2 2
[ ( )]
[ ( )] mR L
E g x R L m
Var g x
0( )
m
mPOF
s
A área da região dos valores
menores que zero é a POF. O
índice de confiabilidade β é
igual ao número de desvio
padrões para o valor da média
da distribuição de m ser menor
ou igual que zero
MÉTODOS PARA O CÁLCULO DA POF
• MÉTODO DE PRIMEIRA ORDEM
(FORM)
- As variáveis x, (qualquer fdp), são
transformadas em variáveis y com
fdp normal padrão e
estatisticamente independentes
-g(x) é dada em função de g(y).
-Calcular ponto sobre g(y)=0
(hiperplano) com a menor distância
até a origem, (y*, ponto de projeto
no espaço reduzido).
(r*, l*)
Falha
Segurança
β
f (r, l)
l
r
R
L L
sR Ll r
s s
*y
( )POF
1
2
1 ( ) ( ) ( )
( )
K K T K K K T
Ky g y y g y g y
g y
- Algoritmo desenvolvido por Hasofer e Lind e aperfeiçoado por
Rackwitz e Fiessler (HL-RF)
Ponto deprojeto (y*)
β
m=g (y)y1
y2
Aproximaçãolinear de g(y*)
α*α1*
α2*
yK
yK+1
- A medida de sensibilidade
*
2*
1
( ( ) / )
( ) /
i i xii
n
i i xi
i
g x x
g x x
*i
i
y
2
100i iI
• MÉTODO DE PRIMEIRA ORDEM (FORM)
• MÉTODO DE SEGUNDA ORDEM (SORM)
Este método exige que a função de estado limite seja diferençável duas
vezes
10.5
1
( ) (1 )n
j
j
POF
• MÉTODO DE SIMULAÇÃO DE MONTECARLO
- A variável x, definida por uma fdp:i ii x x aleatóriox N
( ) 0g x
Número amostras falhasPOF
Número total amostras
• NOVO ALGORITMO FORM POR LOW E TANG (FORM-LT)
* * T
y y1min
TN N
i i i iN Nx Fi i
x x
R *( ) 0g x
1minT
x Fn n
R
• MELHORIA FORM POR LOW E TANG (FORM-LT)
1 ( )
Ni i
i iNi
xn F x 1 ( ) i ix F n
( ) ( )
x xx x
x x
x xF x n n x nNormal
Weibull com parâmetros de forma (ξ)
e de escala (λ)
( ) 1 exp ( / )F x x
1/
ln 1 ( )x n
1
1
0
1 (1 )
n
serie i
i
n
i
i
POF P g x
POF
1
1
0n
paralelo i
i
n
i
i
POF P g x
POF
ANALISE DE CONFIABILIDADE ESTRUTURAL DE SISTEMAS
DANO EM DUTOS CAUSADOS POR
INTERFERÊNCIA EXTERNA
L=2cLs = 2c
Configura
original
Configura
deformada
Sulco
D
t
a
Configura
original
Configura
deformada
Sulco
D
t
a
Configuração
original
Configuração
deformada
Sulco
H
t
a
A-A
tr
-falha pode ocorrer como resultado de uma ruptura (rupture) ou um
vazamento (leak)
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Kr
Sr
Diagrama de Falha (FAD)
Região de Falha
Região de Segurança
Região dominada
pela fratura
Região dominada
pelo colapso plástico
r rK f S
0.5
2
80
2r r rK S Ln Sec S
Ir
IC
KK
K
I m m b bK Y Y a
ref
r
f
S
1
1ref m
a
Mt
a
t
2
y u
f
ESTADO LIMITEdiagrama de falha (FAD – Failure Assessment Diagram)
0.5
2
8P ( ) 0 P 0
2mossa sulco mossa sulco r r rPOF g x K S Ln Sec S
PROBABILIDADE DE FALHA
Variáveis Distribuição Parâmetros
D mm Determinístico 457.2
t mm Normal μ = 12.8 σ = 0.3
σy MPa Lognormal μ = 445.9 σ = 12.8
σu MPa Normal μ = 593.4 σ = 14.5
Pop MPa Determinístico 7.0
CVN J Lognormal μ = 55.2 σ = 11.1
a mm Weibull λ = 0.98 ξ = 0.73
Ls=2c mm Weibull λ = 140.75 ξ = 0.813
H mm Weibull λ = 4.49 ξ = 0.9
• EXEMPLO
• RESULTADOS
Sr=0.24; kr=0.21
Sr=0.48; Kr=0.95
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Kr
Sr
Curva FAD
Análises FAD
x i *
0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00%3.48%
94.89%
1.63% 0.00%
D t Sy Su Pop CVN a 2c H
Fator de Importância Ii
• RESULTADOS
1.0E-03
4.0E-03
7.0E-03
1.0E-02
0 400 800 1200 1600 2000
POF
Ls=2c [mm]
Ls=2c x POFmossa-sulco
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Kr
Sr
Curva FAD
Ls=10 mm
Ls=140.75 mm
Ls=500 mm
Ls=1000 mm
Ls=2000 mm
x i *
Pontosdeterminísticos
• INFLUÊNCIA DO Ls NA POF DO DANO MOSSA-SULCO
• INFLUÊNCIA DA Pop NA POF DO DANO MOSSA-SULCO
1.0E-04
1.0E-03
1.0E-02
1.0E-01
6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
POF
Pop [MPa]
Total
Total
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Kr
Sr
Curva FAD
6 MPa
7 MPa
8 MPa
10 MPa
14 MPa
20 Mpa
22 MPa
24 MPa
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Kr
Sr
Curva FAD
0.5 mm
0.98 mm
1.5 mm
2 mm
2.5 mm
5 mm
6 mm
x i *
• INFLUÊNCIA DA a NA POF DO DANO MOSSA-SULCO
1.0E-05
1.0E-04
1.0E-03
1.0E-02
1.0E-01
1.0E+00
0 2 4 6 8 10
POF
a [mm]
Total
Total
•CONCLUSÕES
Através deste trabalho foi aplicado um procedimento de análise de
confiabilidade estrutural para dutos com defeitos tipo mossa-sulco. A
probabilidade de falha do duto foi calculada usando o diagrama falha
e o método FORM com uma nova melhoria que pode ser
implementada em uma planilha de EXCEL usando a linguagem VBA e
o SOLVER deste software. Cabe ressaltar que o cálculo da
probabilidade de falha se baseia em princípios de otimização, com os
quais foi possível determinar o ponto mais provável de falha, o valor
de cada variável que participa do processo e a sua sensibilidade na
falha.