Exp.Med.comprimento
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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Campina Grande – PB, 02 de julho de 2014
Centro de Ciências e Tecnologia – CCT
Departamento de Física – DF
Disciplina: Física Experimental I
Período: 2014.1
Professor: Wilton Turma: 01
Aluno: Moisés Inocêncio Rosas Neto Mat.: 114111700
☞ RELATÓRIO DA 2º EXPERIÊNCIA
(MEDIDAS DE COMPRIMENTO)
INTRODUÇÃO
O objetivo desta experiência é observar a precisão de três instrumentos de medição de
comprimento, altura e largura, conhecendo o significado dos algarismos significativos.
O material utilizado nesta experiência foi à régua milimetrada, paquímetro, escala milimetrada
complementar e móvel com superfície de fórmica.
MONTAGEM:
PROCEDIMENTOS E ANÁLISES
PROCEDIMENTOS
Com o auxílio da escala milimetrada complementar, mediu-se o comprimento, largura e altura
do móvel, e em seguida, anotou-se os dados obtidos na tabela I.
Repetiram-se as medições de comprimento, largura e altura usando a régua milimetrada e o
paquímetro. Anotaram-se os dados obtidos na tabela II e III.
O móvel utilizado na experiência possuía dois orifícios (um raso e outro fundo), então com o
auxílio do paquímetro mediu-se o diâmetro D e a profundidade P de ambos os orifícios com
relação aos seus respectivos topos. Observaram-se também as incertezas, ou seja, os desvios de
cada medida efetuada e anotaram-se todos os dados obtidos na tabela IV.
Mediu-se o comprimento de 1 unidade arbitrária com a régua milimetrada.
Finalmente, mediu-se novamente o diâmetro do orifício raso em 10 posições diferentes e
anotou-se na tabela V os dados obtidos em sua forma implícita.
DADOS OBTIDOS
Tabela I – Unidade Arbitrária: U Desvio Avaliado: VA= 0,05U
C L H
N° de Unidades Completas 4,00 2,00 3,00
Fração Avaliada 0,30 0,20 0,50
Valor Total Obtido 4,30 2,20 3,50
Valor com Desvio 4,30 0,05 2,20 0,05 3,50 0,05
Tabela II – Unidade: mm Desvio Avaliado: VA= 0,5 mm
C L H
N° de Unidades Completas 55,0 33,0 44,0
Fração Avaliada 0,5 0,1 0,6
Valor Total Obtido 55,5 30,1 44,6
Valor com Desvio 55,5 0,5 30,1 0,5 44,6 0,5
Tabela III – Unidade: mm Desvio Avaliado: VA= 0,05 mm
C L H
N° de Unidades Completas 55,00 30,00 46,00
Fração Avaliada 0,87 0,54 0,04
Valor Total Obtido 55,87 30,54 46,04
Valor com Desvio 55,87 0,05 30,54 0,05 46,04 0,05
Tabela IV – Diâmetro e Profundidade do Orifício Raso e Fundo e Desvios das medidas
efetuadas.
Diâmetro (mm) Profundidade (mm)
Orifício Raso 25,42 0,05 4,63 0,05
Orifício Fundo 19,04 0,05 33,47 0,05
Comprimento da Unidade Arbitrária 1U = ( 13,0 0,5 )mm
Tabela V – Medida do Diâmetro do Orifício Raso em 10 Posições Escrita na Forma Implícita
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D (mm) 24,62 25,15 24,85 24,81 24,34 25,05 25,14 25,03 24,90 24,69
CÁLCULOS
Através da igualação de dois valores de uma mesma grandeza obtidos nas Tabelas I e II foi
determinado o valor da unidade arbitrária “U”. Para tal operação, fora usada a Teoria do
Desvio Máximo Para Propagação de Erros, obtendo assim:
C₁= (4,30 0,05) U
C₂= (55,5 0,5) mm
(4,30 0,05) U = (55,5 0,5) mm
U = (55,5 0,5) mm
(4,30 0,05)
U = 55,5 55,5 0,05 + 0,5
4,30 4,30 4,30 55,5
U = 12,90697674 0,266360182
U = (12,91 0,27) mm
Cálculo de perímetro e área da face maior do móvel, volume total dos orifícios e do móvel,
usando a Teoria do Desvio Máximo e do Desvio Padrão:
- Perímetro da Face Maior do Móvel
C = (55,87 0,05)
H = (46,04 0,05)
(Desvio Máximo):
P = 2C + 2H
P = 2*(C+H)
P=2*(C+H δpc + δph )
P=2*(55,87 + 46,04 0,05 + 0,05 )
P=2*(101,91 0,10)
P=(203,82 0,20) mm
(Desvio Padrão):
δp =2* ((0,05)²+ (0,05)²) 1/2 =2* ( 0,0025+0,0025) 1/2 = 0,14142135
P = (203,82 0,14142135) ⇒ P = (203,82 0,14)mm
- Área da Face Maior do Móvel
C = (55,87 0,05)
H = (46,04 0,05)
(Desvio Máximo):
A = C x H
A=(C * H C * H * ( δpc/C + δph/H) )
A=55,87 * 46,04 55,87 * 46,04 * ((0,05/55,87) + (0,05/46,04))
A=2572,2548 5,0955
A=(2572,3 5) mm2
(Desvio Padrão):
A=(C * H C * H * ( δpc/C + δph/H) 1/2 )
A=55,87 * 46,04 55,87 * 46,04 * ((0,05/55,87)² + (0,05/46,04)² )1/2
A=2572,2548 3,619785387
A=(257,22548 0,3619785387) * 101
A=(257,2 0,4) * 101 mm2
- Volume Total dos Orifícios
Vt = Vr + Vp
Dr = (25,42 0,05)mm Pr = (4,63 0,05)mm
Dp = (19,04 0,05)mm Pp = (33,47 0,05)mm
(Desvio Máximo):
Volume do Orifício Raso: R = D/2 => R = 12,71
Vr = π. R² * Pr
Vr = π * 12,712 * 4,63
Vr= 2349,751659 mm3
δVr = (δVrd) + (δVr(Pr))
δVrd = π /2 * | (12,71 + 0,025)² * (4,63) – (12,71 – 0,025)² . (4,63) | =
= π /2 *|750.8944418 – 745,0097118| = 9,243712268
δVr(Pr) = π /2 * | (4,63 + 0,05). (12,71)² – (4,63 – 0,05). (12,71)² | =
= π /2 *| 756,026388 – 739,871978| = 25,37528789
δVr = 9,243712268+ 25,37528789 = 34,61900016
Vr = (2349,751659 34,61900016) = (2450 35)mm³
Volume do Orifício Profundo: R = D/2 => R = 9,52
Vp = π* (9,52)² * Pp
Vp = π * (9,52)² * (33,47) ⇒ Vp= 3033,399488 mm3
δVp = (δVpd) + (δVp(Pp))
δVrp = π /2 * | (9,52, + 0,025)² * (33,47) – (9,52 – 0,025)² * (33,47) | =
= π /2 *|3049,352127 – 3017,488687| = 50,05097451
δVp(Pp) = π /2 * | (33,47 + 0,05) * (9,52)² – (33,47 – 0,05) * (9,52)² | =
= π /2 * |3037,931008 – 3028,867968| = 14,23618994
δVp = 50,05097451+ 14,23618994= 64,28716445
Vp = (3033,399488 64,28716445) ⇒ Vp = (303 6 ). 101 mm3
Volume Total dos Orifícios:
Vt = Vr + Vp = (2450 + 303*10) (35 + 6. 10) ⇒ Vt = (5480 95)mm³ ⇒
Vt = (548 9) * 101mm3
(Desvio Padrão)
Volume do Orifício Raso:
δVr = ((δVrd)²+ (δVr(Pr))²) 1/2 = = ((9,243712268)² + (25,37528789)²) 1/2 = 27,00650759
Vp = (2349,751659 27,00650759) ⇒ Vp = (2350 27)mm3
Volume do Orifício Profundo:
δVp = ((δVpd)²+ (δVp(Pp))²) 1/2 = ((50,05097451)²+ (14,23618994)²) 1/2 = 52,03622924
Vp = (3033,399488 52,03622924) ⇒ Vp = (303 5) * 101 mm³
Volume Total dos Orifícios:
Vt = (2350 27) + (303 5)* 101
Vt = (2350 + 303* 10) ( (27)² + (5. 10) ²)1/2
Vt = (5380) (56,82429058)
Vt = (538 6). 10 mm³
- Volume do Móvel
C = 55,87 0,05
L = 30,54 0,05
H = 46,04 0,05
(Desvio Máximo) Obs.: Vtotal dos orifícios = Vt = (538 6). 10 mm³
V = C x L x H – (Volume total dos orifícios)
V= C x L= 55,87 * 30,54 55,87 * 30,54 *( 0,05/55,87 + 0,05/30,54)
V=1706,2698 4,3205
V = CL x H
V=1706,2698 * 46,04 1706,2698 * 46,04 * (4,3205/1706,2698 + 0,05/46,04)
V=78556,66159 284,22931
V = C x L x H – (Volume total dos orifícios)
V=78556,66159 – 5380 284,22931+ 60
V=73176,66159 344,22931
V=(7318 36) * 101 mm3
(Desvio Padrão) Obs.: Vtotal dos orifícios = Vt = (538 6). 10 mm³
V = C x L x H – (Volume total dos orifícios)
V= C x L= 55,87 * 30,54 55,87 * 30,54 *(( 0,05/55,87 )2+ (0,05/30,54)2)1/2
V=1706,2698 3,183609783
V = CL x H
V=1706,2698 * 46,04 1706,2698 * 46,04 *(( 3,183609783/1706,2698 )2+ (0,05/46,04)2)1/2
V=78556,66159 169,5940787
V = C x L x H – (Volume total dos orifícios)
V=78556,66159 – 5380 (169,59407872 + 602) 1/2
V=73176,66159 179,8948346
V=(7318 18) * 101 mm3
Tratamento estatístico das medidas dos diâmetros do orifício raso obtido na tabela V,
expressando o valor na forma explícita:
Valor médio:
mmD
D
VN
DN
i
i
858,24
)69,2490,2403,2514,2505,2534,2481,2485,2415,2562,24(10
1
1
1
Desvio (δD):
c = (24,62 –24,858)²+ (25,15 – 24,858)²+ (24,85 – 24,858)²+ (24,81 – 24,858)²+ (24,34 –
24,858)²+ (25,05 – 24,858)²+ (25,14 – 24,858)²+ (25,03 – 24,858)²+ (24,90 – 24,858)²+
(24,69 – 24,858)² = 0,492547008 mm
N
i
ITM TN 1
2)(1
σDm= _1 √0,492547008 = 0,0492547
10
mmD
D
DD DM
)05.086,24(
)0492547,0858,24(
)(
CONCLUSÃO
Ao longo do experimento pode-se concluir que é impossível construir um instrumento
que meça as dimensões exatas de um corpo com certeza, pois ao comparar os valores das
leituras obtidas pela régua milimetrada, escala arbitrária U e o paquímetro, verificou-se
vários valores para a escala U correspondente em milímetro. Cada instrumento é
adequado para realizar medições menores que o seu tamanho, por exemplo um
paquímetro só é utilizado para medições menores que a abertura máxima de suas orelhas,
então não seria possível utilizar o paquímetro para fazer a medição da mesa que foi
realizado o experimento. Observa-se que os valores das leituras efetuadas com régua
milimetrada e os valores das leituras efetuadas com a escala U, tem-se diferença de
medidas para os valores da escala U medida com a régua, já que são medidas obtidas de
instrumentos diferentes no qual possuem resoluções diferentes.
Analisando o cálculo do δA = 0,1U na medição da escala arbitrária U, observou-se que
com este desvio não temos uma grande precisão na escala arbitrária, ou seja deve-se ser
escrito com o δA = 0,05U.
Para se ter um melhor valor no diâmetro, fez-se o tratamento estatístico das leituras
retiradas da tabela V, foram feitas 10 medições da grandeza e calculou-se o valor médio.
Então, este valor é o que se é mais próximo do real.
Com base nessa experiência, o significado dos algarismos significativos de uma
medida, é a certeza do número expresso com o possível erro no desvio da medida real,
após o último resultado da avaliação. Assim, pode-se dizer que a experiência atingiu a
compreensão desejada.