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NOVEMBRO 2011 . ANO VI . Nº 23 A pesquisa mostra que São Paulo é o principal estado produtor e empregador do setor têxtil do Brasil pág. 6 Estudo faz radiografia do setor têxtil paulista

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NOVEMBRO 2011 . ANO VI . Nº 23

A pesquisa mostra que São Paulo é o principal estadoprodutor e empregador do setor têxtil do Brasil

pág. 6

Estudo fazradiografia do setor

têxtil paulista

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Na edição do Plano Brasil Maior, o governo federal tentou de alguma forma privilegiar os setores mais vulneráveis à atual conjuntura econômica e o setor têxtil e de confecção estava entre eles, graças à mobilização da ABIT e do Sinditêxtil-SP. Várias medidas foram comemoradas, como a mudança da tributação da folha de pagamento, a desoneração das exportações via Reinte-gra, as linhas de crédito PROGEREN e REVITALIZA do BNDES.

Mas aquela que de forma inequívoca trará benefícios mais duradouros foi a autori-zação para que o Inmetro possa atuar nos recintos da Aduana, aprovada na MP 541.Trata-se de uma antiga reivindicação das entidades, já que traz isonomia com os produtos fabricados aqui no Brasil que estão sujeitos a todo tipo de fiscalização qualitativa e quantitativa pelo Inmetro (como a correta etiquetagem dentro das normas aprovadas pelo MERCOSUL).

Além disso, há muitos anos os exportado-res brasileiros de têxteis têm enfrentado exigências cada vez maiores de apresen-tar certificados, como o Oeko-tex e atender regras, como o REACH, quando o destino de suas exportações é a Europa ou os EUA. Portanto, não se trata de impor ou inventar novas barreiras para os importados mas, sim, atualizar nossos procedimentos aduaneiros com aqueles praticados nos países desenvolvidos, que importam volumes de têxteis muito supe-riores aos do Brasil.

Sem dúvida, para que o Inmetro possa exercer este trabalho com eficácia, nossa entidade deverá municiá-lo de estudos sobre produtos nocivos à saúde e contaminantes (como os corantes azóicos), o que já está sendo preparado pelo comitê liderado pelo nosso diretor George Tomic. Outro fator de isonomia que o Sinditêxtil-SP irá buscar será uma forma de verificar as práticas ambientais utilizadas na fabricação destes produtos importados de forma a atender as mesmas exigências que os fabricantes nacionais estão sujeitos.

Enfim, agora temos que lutar para que esta MP seja regulamentada o mais breve possível e que o Inmetro possa se prepa-rar para fazer uma efetiva fiscalização. O Sinditêxtil-SP vem insistindo com o governo para que adote uma centrali-zação das importações têxteis em apenas seis portos, distribuídos geograficamente pelo País e mais Foz do Iguaçu e Uruguai-

ana, principalmente para produtos sensíveis, como trapos e “produtos com defeito” que deveriam ter fiscalização física em 100% dos volumes. A esperan- ça é que se estivéssemos com esta MP em plena aplicação, não teríamos o lamentável caso da importação de lençóis contaminados de Pernambuco.

Em se tratando de Conjuntura, deve-se aplaudir a decisão do Banco Central de continuar a reduzir a Selic rumo à uma taxa de um digito, de forma a corrigir mais esta distorção econômica que é a taxa real de juros mais alta do mundo. Não se pode manter um nível de investimento adequado com taxas de juros tão eleva-das. Isto sem contar o custo social para o País, pois gastar mais com juros do que com saúde, educação e segurança, repre-senta um grande desperdício.

Esta redução de juros que trará efeitos na atividade econômica por volta do próximo mês de março mais a correção do salário mínimo por volta de 14% promete uma recuperação do consumo e da produção ainda no segundo trimestre de 2012.

Além destes fatores macroeconômicos, os preços das principais matérias primas como o algodão e o poliéster continuam cedendo no mercado internacional, tendência que pode se aprofundar nos próximos meses, devido ao aumento da oferta, principalmente na China. Isto sem dúvida trará uma melhora nas margens das indústrias têxteis em geral, que foram duramente castigadas neste ano.

Caso a estratégia do Sinditêxtil-SP em conjunto com a ABIT de regular as impor-tações e melhorar a competitividade das indústrias locais seja bem sucedida, podemos projetar um 2012 um pouco melhor do que este ano, com um leve crescimento, apesar da grave situação econômica da Europa e dos EUA.

SINDITÊXTIL-SP

PresidenteAlfredo Emílio Bonduki

Presidentes EméritosPaulo Antonio Skaf Rafael Cervone Netto

1º Vice-PresidenteFrancisco José Ferraroli dos Santos

2º Vice-PresidenteAlessandro Pascolato

3º Vice-PresidenteRomeu Antonio Covolan

Diretor TesoureiroLuiz Arthur Pacheco de Castro

1º TesoureiroPaulo Vieira

2º TesoureiroReinaldo José Kroger

Diretor SecretárioOswaldo Oliveira Filho

DiretoresAdilson Sarkis Antonio GrecoBenedito Antonio Yoshimassa Kubagawa Eurípedes de Freitas Fernando Tanus Nazar George TomicGilmar Valera Nabanete Julio Maximiano Scudeler Neto Laerte Serrano Amadeo Marcos Alexandre DiniMario Roberto Galardo Ordiwal Wiezel Junior Ramiro Sanchez Palma Ricardo Antonio Weiss Rogério da Conceição de Melo Ronaldo Daniel Heilberg Sandro Zabani

Conselheiros FiscaisAdriano Chohfi Nacif Gregório de Nadai Filho Guilherme Azevedo Soares Giorgi

Suplentes de Conselheiros FiscaisFernando José Kairalla Jair Antonio Covolan Shigueru Taniguti Junior

Sinditêxtil em Notícia é uma publicação do Sindicato das Indústrias Têxteis do Estado de São Paulo

Supervisão: Ligia Santos • Jornalista Responsável: Roberto Lima (MTb 25.712) • Colaboração: Aline Pereira e Sirlene Farias

Rua Marquês de Itu, 968 - 01223-000 - São Paulo/SP • Tel: (11) 3823-6100 • [email protected] • www.sinditextilsp.org.br

Projeto gráfico e editoração: Elemento Design Publicidade e Propaganda • Tiragem: 3.000 exemplares

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EXPEDIENTE

Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Sinditêxtil-SP, compromisso com o Meio Ambiente.

Alfredo Emílio Bonduki

Presidente

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Defesa comercial em relação a importações desleais, guerra fiscal, câmbio e a alta carga tributária praticada no Brasil foram temas recorrentes na terceira reunião itinerante da Frente Parlamentar Mista “José Alencar” para o Desenvolvi-mento da Indústria Têxtil e de Confecção que aconteceu, em setembro, na escola SENAI Francisco Matarazzo, na capital paulista. Parlamentares, empresários, sindicalis-tas e trabalhadores participaram do encontro. A Frente, que conta com mais de 260 parlamentares entre deputa-dos federais e senadores, já realizou encontros em Curitiba e Fortaleza com coordenação da ABIT e agora esteve em São Paulo, por solicitação do Sinditêxtil-SP.

Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP, enfatizou a necessidade de aprovar a resolução 72, que regulamenta a cobrança de ICMS pelos estados nas operações de importação e de vendas interestaduais, o que acabaria com a guerra fiscal. “O ICMS praticado em São Paulo é um dos mais altos do País. Estamos ilhados e isso enfraquece a posição da nossa indústria”, salien-tou Bonduki. A resolução 72 está na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal e depois de aprovada segue para o Plenário do Senado.

O diretor Superintendente da ABIT, Fernando Pimentel, ressal-tou o apoio da Frente Parlamentar aos pleitos do setor. “Ela é o fio condutor de todos os debates que travamos com o Executivo e será de grande importância, por exemplo, na aprovação da MP 540 (criação do REINTEGRA) e da MP 541 (incentivos à inovação e ao investimento) que ainda tramitam no Congresso”, disse. “Estamos presenciando um processo

acelerado de desintegração e desindustrialização da nossa cadeia produtiva”, alertou Pimentel ao apresentar um pano-rama do setor têxtil e de confecção. “Nos últimos sete anos o crescimento das importações de vestuário foi de 423%”, destacou o executivo.

A audiência pública contou ainda com a participação do deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), coordenador geral da Frente, que afirmou o empenho do grupo em defender a indústria têxtil e de confecção. “Precisamos de meca- nismos e de uma política econômica que diminua a taxa de juros no Brasil. Nossos produtos têm quali-dade, capacidade de design e um nível de inovação que fazem inveja a muitos países”, comentou o parla-mentar. “Temos a responsabilidade

de proteger a indústria têxtil do Brasil. Vamos cruzar todo o território nacional com esse movimento parlamentar”, afirmou o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), coordenador da Frente “José Alencar” em São Paulo.

A reunião, que também comemorou o Dia do Profissional Têxtil, teve a presença dos deputados estaduais Cauê Macris (PSDB-SP) e Antônio Mentor (PT-SP), o deputado federal Guilherme Campos (DEM-SP), além do presidente do Sindi-vestuário, Ronald Masijah, e da presidente da Conaccovest, Eunice Cabral, entre outros.

Frente Parlamentar “José Alencar” tem reunião em São Paulo

Da esq. para a dir.: Ronald Masijah (Sindivestuário), dep. estadual Cauê Macris, Alfredo Emílio Bonduki (Sinditêxtil-SP), dep. federal Vanderlei Macris e dep. federal Henrique Fontana

O ICMS praticado em São Paulo é um dos mais altos do País. Estamos ilhados e isso enfraquece a posição da nossa indústria.

Temos a responsabilidade de proteger a indústria têxtil do Brasil. Vamos cruzar todo o território nacional com esse movimento parlamentar

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Sob a coordenação do deputado Chico Sardelli (PV), a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Têxtil e de Confecções do Estado foi relançada, em agosto, na Assembléia Legislativa de São Paulo e conta, novamente, com o apoio do Sinditêxtil-SP. Sardelli dá continuidade, neste novo mandato, à coordenação dos trabalhos. A Frente Parlamentar já existia desde 2007 e foi adequada à nova Resolução, que exige um coordenador e apoiadores, que são alguns deputados. Entre os principais objetivos da comissão está a luta em defesa do setor têxtil e de confecção, um dos mais atingidos com a queda do dólar e com a concorrência desleal de produtos importados.

O presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki, ressal-tou a importância da indústria têxtil no Estado e lembrou que São Paulo já foi responsável por 50% da produção brasileira e responde por 40% do consumo têxtil no País. “O trabalho da Frente será de grande valor na interlocução com o Estado, pois precisamos de mais apoio do governo”, ressaltou.

Os deputados Antonio Mentor (PT) e Beto Trícoli (PV) parabenizaram a atuação da Frente desde o seu lançamento, recordando o trabalho desenvolvido, de importância funda-mental para a redução da alíquota do ICMS para produtos da cadeia têxtil, de 12% para 7%, e a prorrogação dessa conquista até 31 dezembro de 2012. "Foi um trabalho árduo, duro, de convencimento, que contou com o apoio de figuras

importantes da política, especialmente do presidente da Casa, o deputado Barros Munhoz (PSDB)", declarou Mentor. “A Frente terá o apoio incondicional de todos os parlamentares que a compõem”, afirmou Trícoli.

O deputado Chico Sardelli sugeriu a criação de uma agenda mensal de discussão, que conte com a participação dos setores produtivos, trabalhistas e dos sindicatos. "Em nome de toda a comissão, digo que não estamos fazendo nada mais do que nossa obrigação, ainda temos muito a fazer. Obrigado a todos que acreditaram nesse trabalho desde o início", enfati-zou Sardelli.

Ainda participaram da solenidade de relançamento dos traba- lhos o prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, Mário Heins, o presi-dente do Sindivestuário, Ronald Masijah, além de empresários, trabahadores e entidades representativas do setor.

Sinditêxtil-SP apoia Frente Parlamentar Têxtil Paulista

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TO Da esq.para a dir.: Sec. de Emprego e Relações do Trabalho, Davi Zaia, dep. estadual Chico Sardelli, dep. estadual Antonio Mentor, Ronald Masijah (Sindivestuário) e Alfredo Emílio Bonduki (Sinditêxtil-SP).

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O Sindicato das Indústrias Têxteis de São Paulo e o Banrisul firmaram convênio de prestação de serviços do grupo bancário às empresas associadas ao Sindicato. Com a parce-

ria, que já está em vigor, o Banco estende aos empresários associados ofertas e serviços de linhas de crédito, financia-mento, planos de poupança e fundos de investimento. Entre os benefícios, por exemplo, os associados podem contar com o Cartão BNDES, que financia investimentos de micro, peque-nas e médias empresas. Além disso, poderão analisar junto ao Banrisul serviços de vantagens e aplicações financeiras.

Para o presidente do Sindicato, Alfredo Emílio Bonduki, o acordo firmado é uma ferramenta importante para o setor têxtil. “Neste período de investimentos, o contato com o Banrisul ajudará a aumentar a competitividade do setor”, explica Bonduki. Segundo o gerente geral do Banrisul, Miguel Angelo Dana Provenzano, a parceria é uma oportunidade de estreitar relações com companhias que não são clientes do banco e desenvolver negócios que interessem às duas partes. “O Banrisul poderá, com este convênio, conhecer mais profundamente o funcionamento das empresas do setor têxtil e, desta maneira, se aproximar delas”, analisa Provenzano.

O convênio entre as instituições foi oficializado na reunião do Conselho do Sinditêxtil-SP, em agosto.

Sinditêxtil-SP e Grupo Banrisul: convênio

Miguel Angelo Dana Provenzano e Alfredo Emílio Bonduki assinam convênio

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O Sinditêxtil-SP, a ABIT e entidades parceiras assinaram um “Termo de Cooperação Técnica” com a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal de Educação. O acordo visa o assessoramento nas especificações técnicas dos uniformes escolares que serão destinados aos alunos da Rede Municipal

Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab assina acordo com Sinditêxtil-SP

de Ensino da capital. A assinatura aconteceu em setembro, no gabinete do prefeito Gilberto Kassab. A Rede Municipal tem cerca de 650 mil alunos e estas especificações técnicas poderão agilizar a compra dos uniformes e garantir melhor qualidade para os usuários.

Para Rafael Cervone Netto, presidente emérito do Sindicato, a parceria é de extrema importância. “Este tipo de projeto abre uma série de oportunidades até em outros Estados, além de São Paulo, que será uma grande referência. Foi um prazer para nós estarmos envolvidos num projeto como este, desta magnitude", avaliou.

"Este é um importante convênio. Estamos certos de que o Sinditêxtil-SP e a ABIT vão acompanhar os editais de compra do vestuário dos alunos das nossas escolas. Têm o interesse em trazer o que há de melhor nos materiais para a rede pública de ensino da prefeitura de São Paulo”, enfatizou Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo.

Alexandre Alves Schneider, secretário Municipal da Educação, disse que já havia uma troca de conversas com os empresários do setor, para que pudesse haver mais clareza na elaboração dos editais e também possibilitar que os produ-tores nacionais pudessem fazer parte destes editais. "Isso vai dar mais transparência e mais qualidade à licitação de uniformes escolares. É como se tivéssemos fazendo a licitação a duas mãos: prefeitura e indústria têxtil", disse Schneider.

Sindicato assina acordo com a Prefeitura de São Paulo

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Pessoal ocupado, evolução das indústrias, produção e inves-timentos no setor têxtil e de confecção de São Paulo. Estes são alguns dados que constam no estudo inédito que foi apresentado pelo Sinditêxtil-SP e pelo Sindivestuário, no SENAI, em Americana (SP), em agosto. O “Panorama da Indústria Têxtil e do Vestuário do Estado de São Paulo” foi realizado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) e também traz uma atualização das informações relati-vas à Região do Pólo Têxtil, que compreende as cidades de Americana, Santa Bárbara, Nova Odessa, Sumaré e Hortolân-dia. “O material é de fundamental importância, pois nos ajudará a entender a real situação do nosso setor, nos permite

ter a visão do todo, desde a fibra até o varejo”, comenta o presidente do Sindi- têxtil-SP, Alfredo Emílio Bonduki.

A pesquisa mostra que São Paulo é o principal estado produtor e empregador do setor têxtil do Brasil, com completa integração (todos os segmentos têxteis presentes). As empresas instaladas representam 29% do total nacional e nelas estão cerca de 30% do pessoal ocupado na cadeia têxtil brasileira

em 2010 - do total de 1,7 milhão de trabalhadores que atuam no setor têxtil e de confecção no País, mais de 500 mil estão em São Paulo. Empregos que estão distribuídos em 1.116 indústrias de fios, tecidos e beneficiamentos (23% do total Brasil), juntamente com outros 7.925 confeccionistas (30,3% do total). Veja, na tabela abaixo, detalhes da cadeia produtiva.

Bonduki anuncia os números de SP e do polode Americana e região

A produção têxtil é de 778,9 mil toneladas ano, equivalentes a 34% da produção brasileira de fios e tecidos. Já a produção de confeccionados gira em torno de 2,8 bilhões de peças ano, o que representa 28% de participação no total do País. O levantamento mostra, ainda, que o valor da produção está na ordem de R$ 27,7 bilhões, ou seja, 28% do montante projetado para o setor no Brasil, no ano passado. “Em 2010, nosso setor alcançou quase R$ 100 bilhões em vendas. Isso mostra que também temos representatividade em faturamento e não somente em mão de obra inten-siva”, reforça Bonduki.

Considerando todos os elos da cadeia, o relatório mostra que a Grande São Paulo, Americana, Araraquara e Campinas são os principais polos produtores do estado. Ainda de acordo com o estudo, a produção nacional de têxteis cresceu 8,3% entre 2008 e 2010. Neste período, São Paulo cresceu 7,4%. Já a produção nacional de confec-cionados ficou em 6,5% contra 7,2% no estado, no mesmo período. Confira no mapa, ao lado, a distribuição dos polos produtores do estado de São Paulo.

Apesar do crescimento, o Panorama também aponta que as exportações de têxteis e confeccionados no Brasil recuaram 16,3% de 2008 a 2010, ao mesmo tempo em que as impor-tações avançaram 31,5%. No mesmo período, em São Paulo, as exportações registraram queda de 8%, enquanto as impor-tações cresceram 25%. Com isso, São Paulo responde por 20% do déficit da cadeia têxtil.

Em 2010, ainda de acordo com o relatório do IEMI, os investi-mentos em máquinas no Brasil chegaram a US$ 1 bilhão, ou seja, crescimento de 27,9% em 2010 em relação ao ano anterior. São Paulo participou com 39,4% desse total.

REGIONAL – O Panorama da Indústria Têxtil e do Vestuário do Estado de São Paulo revelou que junto com a capital, o polo de Americana e região apresentam a mais completa integração entre os elos produtivos no segmento de têxteis, sendo que as empresas lá instaladas (656 indústrias) repre-sentam 2,1% do total nacional. Já o pessoal ocupado na região representa 3% do total da cadeia têxtil brasileira em 2010.

O estudo traz que 333 indústrias confeccionistas equivalem a 51% do total de empresas da cadeia têxtil da região, onde os investimentos de R$ 158 milhões em equipamentos represen-tam cerca de 8,8% dos valores investidos pela cadeia têxtil nacional. A produção têxtil ficou em 299 mil toneladas, ou seja, 13,6% da produção brasileira. Enquanto isso, a produção de confeccionados chegou a 87 milhões de peças (3% do estado e 1% do nacional). As vendas de R$ 5,2 bilhões equivalem a 5,2% do valor nacional, no ano passado. As tecelagens puxaram o resultado, com 53% das vendas.

A indústria do vestuário representa 39% do total das empre-sas do polo e região, enquanto as tecelagens respondem por 28%. A mão de obra registrada cresceu 4,8% entre 2008 e

Estudo faz radiografia do setor têxtil paulista

(1) – não inclui polipropileno

(2) – não inclui fios de filamentos contínuos;

(3) – inclui outros substratos (plástico, couro, nãotecido);

(4) – inclui Cameba e artigos técnicos e industriais.

FIBRAS E FILAMENTOS QUÍMICOS1

FIOS E LINHA DE COSTURA

BENEFICIAMENTO

CADEIA PRODUTIVA

TECIDOS MALHAS

VESTUÁRIO OUTROS

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2010, sendo 3,2% no segmento têxtil e 6,9% na confecção. A pesquisa revela, ainda, que a tecelagem emprega 40% da mão de obra empregada pelo setor na região; vestuário emprega 23%. No mesmo período, a produção de têxteis cresceu 12% em volume e 34,9% em valor. Em 2011, o crescimento previsto é de 7% em volume e 11% em valor. Em relação aos confeccionados, o crescimento foi da produção foi de 7% em volume e de 30% em valor, entre 2008 e 2010. Para este ano, estima-se um crescimento de 3,8% em volume e de 8,4% em valor. Já os investimentos no polo cresceram 37% no têxtil e apenas 6% na confecção, sendo que 85% foram em máquinas e equipamentos. Para 2011, a previsão de crescimento é de 10%.

Acima de mil funcionários De 500 a 999 funcionários De 100 a 499 funcionários Abaixo de 100 funcionários

Mapa dos Polos Produtores do Estado (1) (2)

Setor Têxtil (mão-de-obra)

Setor de Confecção (mão-de-obra)

(1) inclui fibras, filamentos, fios, tecidos, malhas,

vestuário, linha lar e outros

(2) não inclui fibras e filamentos químicos

MÃO DE OBRA:

Setor têxtil = 114.826

Confeccionados = 388.395

Ibitinga

Campinas

São Paulo

Amparo

Jundiaí

Votorantim

Piracicaba

Bauru

Avaré

Taguaí

Araçatuba

São José do Rio Preto

São José dos Campos

Ribeirão Preto

Araraquara

Itapetininga

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O investimento total na cadeia têxtil da RPT (Região do Polo Têxtil) deve chegar a R$ 174 milhões neste ano, de acordo com o estudo realizado pelo IEMI. Com isso, a projeção é de 10% de aumento em relação ao resultado do ano passado, quando o valor investido em Americana, Santa Bárbara d'Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia foi de R$ 158 milhões.

Na estimativa de 2011, o segmento têxtil puxa a fila dos inves-timentos na esteira dos 37% de aumento registrado em 2010, enquanto a área de confecção foi ampliada em 6%. Os números credenciam a região como a segunda principal produtora do setor no Estado, atrás apenas da Grande São Paulo, que é responsável por mais de 5 mil empresas (excluindo as oficinas que têm até 4 funcionários) e 248 mil empregos. Veja a posição de outras cidades do estado paulista na tabela ao lado.

As autoridades do setor consideram que o polo americanense consegue se sobressair em relação aos demais por conta da cadeia produtiva completa. Ou seja, os cinco municípios agregam fábricas de manufaturas têxteis (fios/linhas, tecidos e malhas), beneficiamento e confeccionados (vestuário e linha lar).

"Isso é um grande diferencial da região. Deter toda a cadeia têxtil-vestuário é um grande facilitador em termos de logística e custos. A concentração em um local só é muito favorável", avaliou Ronald Moris Masijah, presidente do Sindivestuário.

Juntos, os segmentos atingiram R$ 5,2 bilhões em vendas no ano passado, o equivalente a 5,2% do valor nacional no mesmo período. As tecelagens puxaram o resultado, com 53% das vendas. Os representantes do setor ainda destaca-ram o aperfeiçoamento das empresas localizadas na RPT. Entre 2009 e 2010, houve redução do número de fábricas - de 660 para 656 - na região, entretanto o dado não foi consid-erado negativo.

Sabe-se, ainda, que a produtividade na região quadriplicou

em relação à década de 1990, quando dois terços das tecela-gens de Americana foi fechada por problemas financeiros. "Os investimentos têm trazido um aumento de produtividade das empresas. Isso aumenta a competitividade e a perenidade delas. A qualidade dos produtos fabricados aqui evoluiu bastante", destacou Alfredo Emílio Bonduki, presidente do Sinditêxtil-SP.

Apesar dos resultados positivos, na avaliação dos especialis-tas, ainda há o temor da entrada de produtos importados no mercado nacional. "A importação destrói a indústria regional. O consumidor é suscetível ao preço", afirmou Masijah. O setor tem buscado junto ao governo federal incentivos para que a produção local faça frente às importações. O plano "Brasil Maior" deve auxiliar nesse objetivo, com medidas de desoner-ação para o segmento.

REUNIÃO - Após o anúncio do Panorama para a imprensa, o Sinditêxtil-SP e o Sindivestuário apresentaram o estudo aos empresários e profissionais têxteis de Americana e região. Além disso, a conjuntura atual de têxteis e vestuário no Brasil e em São Paulo e o plano “Brasil Maior” foram abordados no encontro, que também aconteceu no SENAI de Americana.

Representantes do Sinditêxtil-SP e Sindivestuário durante encontro

Imprensa da região prestigia o lançamento do PanoramaEmpresas (1) % P. Ocupado %

Total do Estado 9.041 100% 503.221 100%

PolosTêxteis e Confeccionados (2)

Grande São Paulo

Americana

Araraquara

Campinas

Jundiaí

Sorocaba

Piracicaba

S. J. Rio Preto

Bauru

Cerquilho

Ribeirão Preto

Baixada Santista

Marília

Outras

5.111

639

281

500

215

156

314

349

187

118

109

65

50

844

57%

6%

4%

5%

2%

2%

4%

4%

2%

1%

1%

1%

1%

9%

49%

11%

6%

6%

4%

3%

3%

3%

3%

2%

1%

0%

0%

8%

248.495

52.421

29.884

29.125

19.439

17.348

15.960

15.904

14.550

11.556

4.612

1.639

1.253

41.034

PRINCIPAIS POLOS PRODUTORES DO ESTADO DE SP

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Uma análise do Plano Brasil MaiorO Plano Brasil Maior tem o mérito de adotar medidas de redução do custo tributário da indústria em um momento de dificuldades do setor. Traz ainda contribuições pioneiras, como a deso- neração da folha e a instituição de um ressarcimento de até 3% das expor-tações por tributos não recuperados pelos exportadores. Além disso, completou a remoção de tributos fede- rais sobre o investimento. Ficou de fora a retirada dos indevidos incentivos fiscais que certos estados dão às importações.

Não devemos perder de vista que, mesmo com as novas medidas, o Brasil ainda não facilita o investimento, a inovação e a exportação como fazem outros países. A nosso ver, uma política industrial pode prever incentivos mais amplos, desde que reservados para premiar os esforços de investir e inovar não só da indústria, mas de todos os setores da economia, e para promover o florescimento das atividades industriais que nos conduzirão ao futuro. Áreas de sustentabilidade e de novas tecnologias estão entre as atividades para as quais o incentivo fiscal pode ser fundamental.

Talvez o maior mérito do PBM seja o reconhecimento de que a indústria é um vetor fundamental do desenvolvimento e que a política industrial é uma construção permanente, como salien-tou a Presidenta Dilma Roussef. Nesse sentido, três lacunas do Plano são extremamente graves e precisariam ser rapidamente sanadas sob pena de reduzir em muito o impacto das medi-das.

Primeiramente, o PBM confere um horizonte muito curto, defensivo e limitado à política industrial brasileira. Em se tratando da indústria em um país como o Brasil, onde o peso desse setor na economia e sua diversificação são relevantes, os objetivos de longo prazo devem ser ousados. Desafio é a visão

de futuro que se quer e é possível alcan-çar para a indústria. A política industrial serve de "ponte" entre o presente e essa antecipação do futuro. A ela cabe articular os mecanismos e dedicar energias, instrumentos, incentivos e recursos para que o objetivo seja confir-mado. Nesse sentido, o PBM é pobre, mas pode evoluir muito como fruto de debates sobre, especialmente, sua maior lacuna, que é a ausência de uma visão de futuro da indústria.

Desafios compatíveis com o momento não faltam. Seria muito relevante a definição de setores, cadeias ou atividades dentro da preocupação de desenvolver desde já as bases da trans-formação industrial que sustentará o dinamismo de longo prazo da indústria. Economia do petróleo, manufatura de base agroalimentar, produção de bens, serviços e equipamentos referenciados à sustentabilidade, à nanotecnologia, à saúde e educação, além de outros temas que o debate com a sociedade venham a identificar, poderiam ser alvo de desafios mais ambiciosos e para eles deveriam ser direcionados os incen-tivos.

Um segundo ponto diz respeito à governança da política industrial, que avançou com o PBM, mas é ainda deficiente. Prestigiar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial como instância superior de aconselha-mento à política é o ponto forte introduzido no PBM. No entanto, é necessário zelar para que este Conselho não se transforme em um fórum de debates de temas meramente setoriais e de alcance delimitado e de curto prazo. Sua pauta principal deve ser a definição dos rumos da indústria brasileira para que sua contribuição ao desenvolvimento do país seja maior.

Finalmente, a questão da produtividade. Para o Plano Brasil Maior o foco da nova política industrial está no estímulo à

inovação para alavancar a competitivi-dade da indústria. O Plano acerta em alçar a inovação a uma condição tão elevada. Mas, mesmo no caso de países líderes industriais, as empresas não são permanentemente inovadores, o que significa dizer que a indústria depende de outros fatores na definição de sua capacidade de competir com o produto produzido no exterior. Para conquistar maior competitividade, as economias que mais se destacam têm, além de grande atividade inovadora, primorosa produtividade e "competitivi-dade sistêmica" de primeira linha. Reside aí uma lacuna no PBM. Não há no Plano uma única palavra sobre produtividade.

Desde que estabeleçamos correta-mente o perfil e a estrutura da indústria que se deseja para o Brasil, melhoremos a governança do PBM e concedamos prioridade ao avanço da produtividade industrial, a indústria brasileira respond-erá à altura os desafios que a necessi-dade de um maior desenvolvimento econômico e social coloca para todos os setores econômicos do país.

Fonte: Carta IEDI – Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial

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TIG

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CertificaçãoO laboratório de ensaios têxteis da escola SENAI “Prof. Baptista Salles da Silva”, em Americana (SP), acaba de ampliar o escopo de acreditação junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). A extensão do escopo de acreditação é referente às análises de contagem de filamentos. O laboratório, que existe desde 1998, recebeu a primeira acreditação do INMETRO em 2005.

Hoje, dentre os 66 ensaios feitos em fios, tecidos, carpetes e peças confeccionadas, nove já são acreditados pelo Instituto. De acordo com o SENAI, são atendidas cerca de 20 empresas por mês no local. O laboratório presta atendi-mento sigiloso para indústrias de fibras, fiações, tecelagens, confecções, entre outros. Os artigos podem ser analisados antes de ir para venda ou depois de estarem disponíveis no mercado. Para o próximo ano, a escola buscará a acredi-tação dos ensaios em revestimentos de colchões, em tração e esgarçamento da costura.

Para mais informações: (11) 3461-9811 ramal 243 ou pelo e-mail [email protected].

MedalhaO empresário têxtil Rubens da Silva (Inova Têxtil) e também Conselheiro Consultivo do Sinditêxtil-SP recebeu, do Exército Brasileiro, a medalha “O Pacificador”, concedida anualmente a civis e militares em reconhecimento a serviços prestados ao Exército. A cerimônia faz parte da comemo-ração do Dia do Soldado (25 de agosto). A entrega da medalha ocorreu no Exército Geral, em Brasília, com a presença de Comandantes das Forças Armadas e altas autoridades civis e militares.Silva, com o apoio do general do Exército Renato Joaquim Farrezi, tem trabalhado na tentativa de modificar as normas de importação do fardamento brasileiro para torná-lo equipamento de segurança nacional. Segundo levantamen-tos do Exército, 92% das fardas brasileiras são fabricadas na China, que tem vencido nas licitações em razão do baixo custo de sua produção. O empresário americanense vem se reunindo periodicamente com militares do Exército, em Brasília, contando com apoio do Sinditêxtil-SP e da Facul-dade têxtil do SENAI, no Rio de Janeiro. O general e Chefe do Departamento de Logística do Exército Renato Joaquim Farrezi coordena os trabalhos.

70 anosCom novos projetos e crescimento na produção, a Linhas Bonfio S.A. completou 70 anos em setembro. A empresa, que passou de uma distribuidora de fios em São Paulo para uma indústria com três plantas fabris espalhadas pelo Brasil, deve inaugurar sua quarta fábrica em 2012, no Estado do Ceará.A trajetória da Linhas Bonfio iniciou quando os irmãos Emílio e Georges Bonduki fundaram um pequeno negócio próximo à região da Rua 25 de Março. Dali em diante, Emílio decidiu fazer com que seu investimento se expandisse e criou a Bonduki Bonfio, com a instalação de uma pequena fábrica de linhas no bairro do Brás. Tempos depois foi implantada uma retorsão de fios para malharia e tecelagem na cidade de Americana (SP). Com o aumento a produção a companhia a empresa adquiriu a tinturaria de fios Stilbene, em Itaquaquecetuba (SP) e, em 2003, montou mais uma unidade em Três Lagoas (MS), completando seu processo de verticalização. Com a assinatura da joint-venture com a empresa americana Ameri-can & Efird (A&E), em 2005, a Bonduki Bonfio se transformou em Linhas Bonfio S.A.

Agenda do Presidente Veja, abaixo, alguns dos principais compromissos do presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emilio Bonduki, nos últimos meses.

CampanhaA Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) iniciou uma campanha para

diminuir o valor da energia elétrica no País. O movimento

criado pela entidade tem se baseado nos altos custos da eletricidade pagos pelos consumidores tanto residenciais, como comerciais ou indus-triais. A empreitada ainda defende que sejam feitos novos leilões de concessão de serviços.

Para assinar o manifesto, acesse www.energiaaprecojusto.com.br.

Produtos da Linhas Bonfio

Participação no 24º. Congresso Nacional de Técnicos

Têxteis, em Fortaleza (CE)

Aula Magna no curso superior de Tecnologia em Produção

Têxtil na FATEC, em Americana (S)

Cerimônia de premiação IDEA Brasil

Cerimônia de posse das novas diretorias eleitas na FIESP e

no CIESP, no quadriênio 2011-2015

EVENTOS

08/08

15/08

23/08

26/09

Com o presidente da CETESB, Otávio Okano

Encontro com Dilma Pena, presidente da SABESP

Secretaria do Verde e Meio Ambiente de SP

Com o secretário da Fazenda de SP, Andrea Calabi

Encontro no CONPRESP, com José Eduardo de Assis Lefreve

REUNIÕES01/09

06/09

08/09

16/09

28/09

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RTA

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Comércio ExteriorPaulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, pela ordem, são os cinco principais estados importadores do setor no Brasil.Como resultado, São Paulo apresentou déficit de US$ 764 milhões em sua balança comercial de produtos têxteis e confeccionados (exceto fibra de algodão) no período analisado.

No período de janeiro a setembro, as exportações de produtos têxteis e confeccionados (exceto fibra de algodão) de São Paulo apresenta-ram aumento de 3,5% em valor se comparado ao mesmo período de 2010. Destacaram-se: Pastas e Feltros artificiais e sintéticos (+61,0%); Filamentos de Poliamida (+35,6%) e Tecidos Impregnados artificiais e sintéticos (+123,6%). Alguns segmentos apresentaram queda em suas exportações na comparação com o mesmo período de 2010: Fibras de Viscose (-73,7%); Fios de Seda (-59,8%); Roupas de Cama, Mesa e Banho de algodão (-47,6%).São Paulo ainda é o principal estado exportador brasileiro respon-sável, no período de janeiro setembro 2011, por 27,1% do total das exportações brasileiras do setor (exceto fibra de algodão), seguido por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Ceará.As importações de produtos têxteis e confeccionados (exceto fibra de algodão) de SP apresentaram aumento de 31,6%, em valor, se comparadas ao mesmo período de 2010. Destacaram-se: Vestuário (+65,6%); Filamentos de Poliéster (+29,4%); Tecidos de Algodão (+47,9%); Roupas de Cama, Mesa e Banho (+33,3%); Tapetes e Carpetes (+37,4%) e Fibra de Poliéster (+58,0%). Santa Catarina, São

EconomiaINFLAÇÃO

A inflação acumulada do vestuário no ano de 2011 apresentou cresci-mento menor do que seria esperado considerando o aumento nas cotações das matérias-primas têxteis, em especial do algodão. A alta do preço das roupas foi inferior ao índice registrado nas despesas pessoais e educação medido pelo IPCA (IBGE) que avalia a variação dos preços em todo o País. No caso do IPC (FIPE-USP), a variação de preços de vestuário foi inferior a maioria dos demais setores, inclusive abaixo do índice geral. Tal comportamento pode ser explicado pelo esfriamento da demanda no varejo e pelo forte crescimento das importações de vestuário.

EMPREGOA queda observada na produção física do setor têxtil e de confecção refletiu no mercado de trabalho, o que pode explicar os resultados observados nos seis primeiros meses do ano, comparativamente ao mesmo período de 2010. Avaliando individualmente os meses de março, maio e junho de 2011, notamos saldo negativo entre admis-sões e demissões no setor de 566, 354 e 296, respectivamente. Ainda assim, o saldo acumulado foi positivo tanto no Brasil quanto exclusi-vamente em São Paulo, isto a despeito de terem registrado redução em sua atividade manufatureira, o que pode ser explicado pelos esforços dos empresários em manter seu quadro de pessoal mesmo em momentos difíceis, bem como uma expectativa de melhoria das atividades no ano seguinte.

EVOLUÇÃO DO EMPREGO NO SETOR TÊXTIL E DE CONFECÇÃO

Período

Jan-Ago 2010

Jan-Ago 2011

No ano (2009)

No ano (2010)

Em 12 meses (Ago/2011)

Brasil

65.650

15.606

11.844

63.165

10.068

São Paulo

17.070

4.300

-247

15.818

1.676

PRODUÇÃO FÍSICA INDUSTRIAL

Os níveis de produção do setor têxtil e de confecção, nos primeiros oito meses do ano de 2011, foram profundamente afetados pelo crescimento dos produtos importados (especialmente os confeccio-nados), pelos altos preços das matérias-primas e redução do cresci-mento das vendas no varejo. Tanto no Brasil, quanto no Estado de São Paulo, a indústria apresentou redução de produção enquanto o varejo registrou crescimento de vendas. O setor têxtil, no estado de São Paulo, apresentou queda de 11,1% no mês de julho de 2011, comparando com o mesmo mês de 2010. Já a confecção apresentou queda de 10,48%. Portanto, o crescimento das vendas no varejo foi abastecido pelos produtos importados.

ACUMULADA NO ANO DE 2011

0

1

2

3

4

5

6

7

8

ÍNDICE GERAL

IPCA

IPC

4,98 4,94 4,79

4,14 4,17

5,125,53

6,01

6,7 6,7 6,65

7,91

6,23

2,232,34

3,7

HABITAÇÃO VESTUÁRIO TRANSPORTES EDUCAÇÃOSAÚDE E CUIDADOSPESSOAIS

DESPESASPESSOAIS

ALIMENTAÇÃOE BEBIDAS

Fonte: IBGE e FIPE-USP

IND

ICA

DO

RE

S

IND. TRANSFORMAÇÃO 3,08 -7,33 10,27 1,89 2,11

IND. TÊXTIL -1,89 -6,38 4,38 -14,33 -10,9

3,46

VAREJO(volume de vendas) 4,84 -2,72 10,62 5,93 7,57

7,21 -3,53 -0,93VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS -7,86

Últimos 12 mesesAcumulados

Jan/Ago2011

2008

ACUMULADO NO PERÍODO (VARIAÇÃO %)

Brasil

São Paulo

2009 2010

Jan/Ago2011

2008 2009 2010 Últimos 12 mesesAcumulados

IND. TRANSFORMAÇÃO 5,24 -8,42 10,04 2,3 2,94

IND. TÊXTIL -3,8 -4,7 5,64 -7,15 -5,1

4,17

VAREJO(volume de vendas) 10,02 -3,32 10,73 7,01 8,89

11,69 -5,35 -1,46VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS -6,26

Exportação Importação SaldoJan-Set 10 Jan-Set 11 Jan-Set 10 Jan-Set 11 Jan-Set 10 Jan-Set 11

BALANÇA COMERCIAL DO SETOR TÊXTIL & CONFECÇÃO

BRASIL

Exportação Importação SaldoJan-Set 10 Jan-Set 11 Jan-Set 10 Jan-Set 11 Jan-Set 10 Jan-Set 11

SÃO PAULO

Total (sem fibra)

Têxtil (sem fibra)

Confecção

Total (sem fibra)

Têxtil (sem fibra)

Confecção

1.049

749

300

1.069

850

219

3.602

2.713

889

4.602

3.165

1.437

(2.553)

(1.964)

(589)

(3.533)

(2.315)

(1.218)

345

280

65

357

295

62

852

556

296

1.121

650

471

(507)

(276)

(231)

(764)

(355)

(409)

(US$ fob em milhões)

Os dados atualizados de Economia e Comércio Exterior estão sempre disponíveis no site do Sinditêxtil-SP: www.sinditextilsp.org.br.

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Emprega Brasil!

Mobilização NacionalI n d ú s t r i a t ê x t i l e d e c o n f e c ç ã o

Moda BrasileiraEu uso!Eu assino!

Movimento em defesa da indústria nacional,dos empregos e dos investimentos do Brasil

www.abit.org.br/empregabrasil