ENTREVISTA A EMANUEL SIMÕES, NOVO TÉCNICO DO AVES...

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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 15 JANEIRO 2015 | N.º 530 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO ENTREVISTA A EMANUEL SIMÕES, NOVO TÉCNICO DO AVES Sempre me causou admi- ração o facto de o Aves não ter muitos adeptos a apoiar a equipa regularmente.” OPJ traz Hortas Urbanas a Santo Tirso Arrancou em setembro e, cerca de 150 participantes e 23 projetos (12 propostas coletivas e 11 indivi- duais) depois foi, finalmente, escolhido o projeto vencedor do Orçamento Participativo Jovem de 2014: uma Horta Urbana, a levar a cabo por três jovens da Lama.. ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM // PÁG. 13 Inaugurado parque infantil no pulmão saudável da freguesia O INDUSTRIAL LUÍS FERREIRA PINTO, QUE PATROCINOU A REALIZAÇÃO DO PARQUE INFANTIL INAUGURADO NO AMIEIRO GALEGO, DESAFIOU A CÂMARA MUNICIPAL A RETIRAR O PARQUE DA QUINTA DO VERDIAL DO ESTADO DE COMA VILA DAS AVES // PÁG. 12 Se a Misericórdia tomar conta do Hospital, uma coisa é certa, será sempre com o objetivo de a população ficar mais bem servida” É desta forma que José dos Santos Pinto responde quando questio- nado sobre a possível devolução do Hospital à Misericórdia, da qual é provedor. Mas também diz que, apesar do muito que se tem escrito, a instituição ainda não foi notifica- da de nada. PÁG.S 4 E 5

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 15 JANEIRO 2015 | N.º 530 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

ENTREVISTA A EMANUEL SIMÕES,NOVO TÉCNICO DO AVES

Sempre me causou admi-ração o facto deo Aves não ter muitosadeptos a apoiar aequipa regularmente.”

OPJ traz HortasUrbanas a Santo TirsoArrancou em setembro e, cerca de150 participantes e 23 projetos(12 propostas coletivas e 11 indivi-duais) depois foi, finalmente,

escolhido o projeto vencedor doOrçamento Participativo Jovem de2014: uma Horta Urbana, a levara cabo por três jovens da Lama..

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM // PÁG. 13

Inaugurado parqueinfantil no pulmãosaudável da freguesiaO INDUSTRIAL LUÍS FERREIRA PINTO, QUE PATROCINOU AREALIZAÇÃO DO PARQUE INFANTIL INAUGURADO NO AMIEIROGALEGO, DESAFIOU A CÂMARA MUNICIPAL A RETIRAR OPARQUE DA QUINTA DO VERDIAL DO ESTADO DE COMA

VILA DAS AVES // PÁG. 12

Se a Misericórdiatomar conta doHospital, uma coisaé certa, será semprecom o objetivo de apopulação ficarmais bem servida”

É desta forma que José dos SantosPinto responde quando questio-nado sobre a possível devoluçãodo Hospital à Misericórdia, da qualé provedor. Mas também diz que,apesar do muito que se tem escrito,a instituição ainda não foi notifica-da de nada. PÁG.S 4 E 5

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GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de janeiro foi o nosso estimado assinante José Luís Cunha Sampaio

e Castro, residente na rua de Lubazim, n.º 322, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

A Sombra do VentoCarlos Ruiz Zafón

DOM QUIXCOTE

POR // BELANITA ABREU

Cada livro, cada volume que vocêvê, tem alma. A alma de quem oescreveu, e a alma dos que o leram,que viveram e sonharam com ele.Cada vez que um livro troca demãos, cada vez que alguém passaos olhos pelas suas páginas, seuespírito cresce e a pessoa se fortalece.

Esta obra transporta-nos para umaBarcelona franquista no pós-guer-ra, em 1945. Tudo começa quan-do o pai de Daniel Sempere, quan-do este faz onze anos, decidelevá-lo a um lugar misterioso nocoração da cidade, o Cemitério dosLivros Esquecidos. Nessa bibliote-ca labiríntica que guarda obrasabandonadas pelo mundo, Danielencontra um livro de Julián Carax.Carlos Ruiz Zafón apresenta-nosum romance de profunda origi-nalidade, capaz de fazer perder ofôlego de qualquer leitor. “ASombra do Vento” é uma maravi-lhosa homenagem ao podermístico que os livros exercem nanossa vida. Arrebatador. |||||

|||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

O Natal já lá vai e, como sempre, mui-tas pessoas ficaram sem algumas pren-das que queriam. Eu não recebi ovinil do Bruno Pernadas. Também nãopodia. Só saiu em CD. O músico lis-boeta escreveu na sua página do Fa-cebook que há 80 % de probabilida-de da edição nesse formato tãocarismático. Já sonho em manusearuma capa gatefold (de abrir) e explo-rar uma provável riqueza gráfica. En-quanto aguardo, vou ouvindo o ál-bum gratuita e legalmente no Spotify,com interrupções de publicidade en-tre faixas por não ter a versão Premium.

O rapaz do apelido invulgar temrecebido imensos elogios pela suaestreia a solo. Muitos se encantamcom a sua polivalência musical e de-senvoltura em mostrar novos hori-zontes. Portugal precisa de invento-res como ele, daqueles que conse-

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FIM DE SEMANADentro de portas - “How Can We BeJoyful in a World Full of Knowledge”

BrunoPernadas, ummarinheirosem medo

guem sobrepor ideias em várias ca-madas e, no fim, dar a impressão deuma sequência lógica, onde as peçasdo puzzle se encaixam sem dificulda-de. Surpresa na aparição desta perso-nagem? Pouca para quem já lhe seguiao rasto nos Julie & The Carjackers.Conseguimos apanhar alguns porme-nores dispersos que lembram o exo-tismo e tropicalismo de “Parasol”. Ain-da bem que a ligação não se perdeu.

O arranque com “Ahhhhh” mos-tra logo as intenções de Bruno: arra-sar e inovar. Transforma-se num ma-rinheiro que manobra o barco semmedo da agitação do mar. Não re-ceia a distância para terra (4 músicaslongas), ignora a localização do pei-xe (sonoridade deslocada do que setem feito por cá), mas avança mesmodesconhecendo se as redes estão emcondições de serem usadas (paratocar este disco ao vivo recruta 11músicos).

Espero que as resoluções do Bru-no para este ano incluam concertosaqui na nossa zona. Quero ver tam-bém sequências aos órfãos (este de2014 e o que partilha com o grupode João Correia). Seria um ano des-gastante para ele, mas, com toda a cer-teza, marcante e memorável. Por isso,ó Pernadas, vê lá se dás à perna! |||||

O rapaz do apelidoinvulgar tem recebidoimensos elogios pelasua estreia a solo.Muitos se encantamcom a sua poliva-lência musical e de-senvoltura em mostrarnovos horizontes.

entreMARGENSASSINE E DIVULGE

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SEXTA, DIA 16 SÁBADO, DIA 17Aguaceiros fracos. Vento fraco.Max: 11º / min. 4º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 12º / min. 1º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 12º / min. 0º

DOMINGO, DIA 18

ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 03

Rua António Abreu Machado, nº111 | 4795-034 AVESTELEF/ FAX 252 872023 | email: [email protected]

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DECORAÇÕES

O mês de agosto serágaiteiro, se forbonito o 1.º de janeiro

“Como planear/ordenar uma cida-de” será o tema do primeiro de dezjantares debate levados a cabo pelaCâmara Municipal de Santo Tirso epela Associação Amar Santo Tirsoe que vai contar com a participaçãode figuras de destaque nos maisvariados temas. O primeiro jantardebate realiza-se já no próximo dia16 de janeiro, pelas 20h00, naFábrica de Santo Thyrso. O oradorconvidado será o conhecido arqui-teto Joaquim Massena. Em 1992,ganhou o primeiro prémio com dis-tinção para o projeto de Reabilita-ção do Mercado do Bolhão e em2009 concluiu o Restauro da Igre-ja da Lapa, também no Porto.

O objetivo é promover a discus-são em áreas que marcam aatualidade, promovendo fóruns dediscussão e envolvendo a socieda-de civil do concelho. “Esta parceriaentre as duas instituições resulta davontade de incentivar iniciativas queajudem a refletir sobre problemas,não só de cariz local, mas essenci-

Joaquim Massenaem jantar-debateesta sexta-feira

Jovens promessas da modadesfilam no Moda Tirso

almente de índole nacional”, expli-ca o presidente da Câmara, JoaquimCouto. Uma visão que é partilhadapela direção da Amar Santo Tirso:“Somos uma associação cívica e, co-mo tal, achamos importante estimu-lar a vida cultural do nosso conce-lho. Foi neste contexto, que surgiu aideia de criar este ciclo de debates”.

À semelhança de todos os jan-tares debate, a participação exigeuma inscrição prévia que poderá serfeita através do mail: [email protected]. O ciclo de jantaresdebate irá prolongar-se até junho.Todos os meses irá haver um novoconvidado e um novo tema. O ex-ministro das Teixeira dos Santos, oadvogado Pedro Marinho Falcão, oeurodeputado José Manuel Fernan-des, o economista Pedro Arroja, osjornalistas Adelino Gomes e Alfre-do Cunha, o ex-ministro da Agricul-tura Arlindo Cunha, são alguns dosnomes convidados para esta inicia-tiva. O programa completo poderá serconsultado em www.cm-stirso.pt |||||

CICLO DE JANTARES-DEBATE PROLONGA-SE ATÉ JUNHO

SANTO TIRSO // DEBATE

“Este concurso é mais uma iniciativaque levamos a cabo, no sentido deafirmar o potencial de Santo Tirso naárea da moda. Acreditamos que a par-tir da Incubadora de Moda e Design,localizada na Fábrica de Santo Thyrso,há muitas sinergias que podem sertrabalhadas com bons resultados parao concelho e o Moda Tirso é provadisso mesmo”, explica Joaquim Couto,presidente da Câmara de Santo Tirso.

O Moda Tirso vai também servirde montra para alguns dos jovenscriadores da Incubadora de Moda eDesign (IMOD) da Fábrica de SantoTirso, uma vez que é com peças des-tes que os 20 finalistas vão desfilar.Haverá, ainda, lugar para desfiles denomes já firmados, como é o caso dasmarcas portuguesas Vicri e Enamorata,

ESTE SÁBADO, DIA 17, A FÁBRICA DE SANTO THYRSO RECEBE A FINAL DA INICIATIVA QUEPROCURA, DESDE NOVEMBRO, AS NOVAS CARAS DO CONCELHO. MAS O MODA TIRSO ÉMAIS DO QUE UM CONCURSO DE MODELOS E PRETENDE AJUDAR A INDÚSTRIA DA MODA

esta última irá apresentar a coleçãode banho primavera/verão 2015.

Com entrada gratuita, o evento teráinício às 22h00 e contará com umpainel de jurados bem conhecidos,como o joalheiro Eugénio Campos,o fotógrafo Sal Nunkachov, o diretorcriativo da Vicri, Jorge Ferreira, o cirur-gião Fernando Póvoas, os gémeos Mo-reira, modelos internacionais, a estilis-ta Elsa Barreto, a CEO da LMA, Ale-xandra Pinho, a CEO da empresaCrispim e Abreu, Virgínia Abreu, ojornalista João Ribas e o modelo Nu-no Moreira. O presidente da Câma-ra de Santo Tirso, Joaquim Couto, serátambém um dos elementos do júri.

Já na área da música, sobem aopalco a Orquestra da Escola de Mú-sica de S. Martinho do Campo, o mú-

sico Olavo Lupia, e a participante doprograma da SIC, Factor X, FilipaMartins. Depois de conhecidos osgrandes finalistas a festa continua,ficando encarregue da animação oDj Tony Bianchi Bianchi.

Os dois vencedores da ModaTirso serão depois escolhidos tendoem conta a avaliação do júri presen-te no dia do desfile, a votação papelpelos presentes no evento e pelomaior número de “gostos” na sua fo-tografia no facebook do evento. Osvencedores do concurso ficarão agen-ciados na ONE Models por um anoe terão direito a usufruir gratuitamen-te, durante o mesmo período, dasinstalações do ginásio patrocinador,bem como a receber várias ofertas docomércio do concelho. ||||||

SANTO TIRSO // MODA

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04 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

DESTAQUE

||||| TEXTO E IMAGEM: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Sim, é verdade. Foi constituído umgrupo de trabalho composto por cin-co individualidades nomeadas peloMinistro da Saúde e outras cinco pelaUnião das Misericórdias. Este grupode trabalho já nos deu conhecimento

PSD DIZ NÃO ALIMENTARPRECONCEITOSCONTRA A MISERICÓR-DIA DE SANTO TIRSO

das diligências feitas numa reuniãoque teve lugar, em outubro, na SantaCasa da Misericórdia da Maia”. Quediligências? A de que o Hospital deSanto Tirso, assim como mais 28 hos-pitais pertencentes às Misericórdias,seriam entregues no ano seguinte.

Foi nestes termos que José dosSantos Pinto, provedor da Irmanda-de e Santa Casa da Misericórdia deSanto Tirso, respondeu quando ques-tionado pelo Entre Margens sobre aintenção do governo de devolver àsmisericórdias os hospitais nacionali-zados após o 25 de Abril de 1974.Mas a resposta de José dos SantosPinto já tem mais de dois anos. Narealidade, integra uma entrevista pu-blicada pelo Entre Margens em no-vembro de 2012.

Trazê-la para a atualidade mais nãoserve do que para sublinhar em queponto se encontra o processo, pelo

“Se a Misericórdia assumir aresponsabilidade de tomarconta do Hospital, uma coisaé certa, será sempre com oobjetivo de a população ficarmais bem servida”É DESTA FORMA QUE JOSÉ DOS SANTOS PINTO RESPONDE QUANDO QUESTIONADO SOBRE APOSSÍVEL DEVOLUÇÃO DO HOSPITAL DE SANTO TIRSO À MISERICÓRDIA, DA QUAL É PROVEDOR.MAS TAMBÉM DIZ QUE, APESAR DO MUITO QUE SE TEM ESCRITO SOBRE O ASSUNTO, AINSTITUIÇÃO AINDA NÃO FOI NOTIFICADA DE NADA

menos no que à Misericórdia diz res-peito. É que apesar do assuntos es-tar, outra vez, na ordem do dia, ocerto é que volvido todo este tempo,a Misericórdia continua a ter apenasconhecimento do mesmo através dacomunicação social, pois até hoje ain-da não foi notificada de nada.

“A negociação já se arrasta há trêsanos”, diz agora José dos Santos Pin-tos apesar de, na ocasião, se avançarde que o Hospital de Santo Tirso seriados primeiros a ser devolvido à Mise-ricórdia. Não foi. E nesta altura, a insti-tuição continua sem saber em que mol-des é que a mesma poderá acontecer.

O provedor da Santa Casa, saben-do da vontade do governo (e, parajá, apenas da vontade) reafirma o quehavia dito em 2012, de que “a insti-tuição está preparada para receber ohospital e torná-lo numa unidade aoserviço da comunidade”, mas faz de-

“Temos a certeza que com esta deci-são, o futuro do Hospital de SantoTirso, cuja integração no CentroHospitalar do Médio Ave o tem vin-do a descaracterizar, ficará assegu-rado”. É esta a opinião do PSD deSanto Tirso que, corroborando coma decisão do governo, diz não estarem causa o chamado serviço públi-co que o Hospital de Santo Tirso vaicontinuar a assegurar.

Demarcando-se daquilo que en-tende por “discursos populistas”, oPSD prefere antes valorizar as com-petências das Misericórdias, em par-ticular a de Santo Tirso, dando comoexemplo de qualidade os serviçosprestados pelo Hospital de Riba d’Ave,gerido pela misericórdia local.

“O PSD confia na capacidade e nacompetência da Misericórdia de San-to Tirso na condução das negocia-ções que vierem a ser encetadas como Ministério da Saúde, nomeada-mente no que respeita ao contratoprograma”, refere o partido em co-municado de imprensa. No mesmodocumento, alega mesmo que a“eventual gestão do Hospital de San-to Tirso pela Misericórdia vai apro-ximar a decisão dos reais interessesdas populações do concelho”.

“A Misericórdia de Santo Tirso éuma instituição de matriz social, queestá ao serviço das populações e doconcelho e não pode ser confundi-da com uma qualquer empresa pri-vada com fins lucrativos”, refere ain-da o PSD que deixa um desafio àCâmara Municipal e às forças vivasdo concelho, ou seja, para que este-jam ao lado da Misericórdia nas ne-gociações com o Ministério da Saú-de, por forma a que o contrato pro-grama garanta os serviços que oHospital já presta, e que possa recu-perar alguns dos que ao longo dosanos foram transferidos para o Hos-pital de Famalicão. |||||

A Misericórdia é umainstituição de matrizsocial, que está aoserviço das populaçõese não pode ser confun-dida com uma qualquerempresa privadacom fins lucrativos”

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 05

pender essa decisão daquilo queentende ser o mais importante, ouseja, os moldes em que essa entregaserá feita. “Aquilo não é uma resi-dência, aquilo é um ‘mundo’. Tere-mos de saber as condições que oEstado propõe e tudo isso passa poruma grande negociação”.

Numa altura em que o assuntovoltou à ordem do dia, com os parti-dos políticos a esgrimirem argumen-tos tendo como pano de fundo oServiço Nacional de Saúde, José dosSantos Pinto sublinha o grande pro-pósito da instituição da qual é pro-vedor: “servir a comunidade”. Se a Mi-sericórdia assumir a responsabilida-de de tomar conta do Hospital, umacoisa é certa, será sempre com o obje-tivo de a população ficar mais bemservida”. Se não houver garantia deque isso vai acontecer, então, Josédos Santos Pinto diz mesmo que a Mi-sericórdia poderá recusar a devoluçãodo hospital. “Com certeza”, reafirma.

EXECUTIVO CAMARÁRIOAPROVA MOÇÃOO anúncio da formalização da passa-gem do Hospital de Santo Tirso pa-ra a Santa Casa da Misericórdia, no-ticiada no final do ano, fez mobilizara Câmara Municipal que, rapidamentese insurgiu contra esta situação. “É

lamentável e condenável a decisãoautista do governo da coligação PSD/CSD-PP que tomou esta decisão uni-lateralmente, sem qualquer audiçãoprévia ou envolvimento da CâmaraMunicipal”. A autarquia entende ain-da que a decisão do governo acabacom o Centro Hospitalar do MédioAve e é a machadada final no Hos-pital de Santo Tirso, dada a possívelperda de serviços prestados”.

Entretanto, e já depois de tornadapública a posição da autarquia sobreo assunto, o presidente da Câmarareuniu com o Conselho de Adminis-tração do Hospital de Santo Tirso. Àsaída da reunião, o presidente reafir-mou estar “profundamente preocu-pado” com o futuro daquela unidadehospitalar e com os postos de trabalho.

A reunião realizou-se no dia 22de dezembro e, um dia depois, o exe-cutivo aprovou uma moção apresen-tada pela maioria socialista na reu-nião de dia 23 a exigir a suspensãodos efeitos do compromisso assina-do pelo governo, para a devoluçãodo Hospital de Santo Tirso à Miseri-córdia. A mesma foi aprovada, ape-nas, com os votos dos vereadoreseleitos pelo Partido Socialista. A opo-sição PSD/PPM votou contra.

A moção insurge-se “contra a pas-sagem do Hospital de Santo Tirso

para a Misericórdia e contra a arro-gância do governo em avançar comuma decisão sem ter ouvido o poderlocal, nomeadamente a Câmara Mu-nicipal”. Por outro lado, afirma-se que“nada move a Câmara contra a Mi-sericórdia”, sublinhando-se o papel damesma no que toca à assistência so-cial que presta no concelho, defen-dendo-se, porém que em matéria decuidados de saúde primária, “deveser o Estado a garantir aquelas fun-ções consagradas na Constituição”.

Nessa reunião, o vice-presidenteda Câmara Municipal, Luciano Go-mes – por sinal, também membro doscorpos sociais da Santa Casa da Mise-ricórdia – deu conta que na moçãonão está em causa a competência nema qualidade da Misericórdia, antes e“tão só, aquilo que o povo costumadizer que é necessário para comprarmelões, dinheiro”. Luciano Gomesnão tem dúvidas de que a devolu-ção do Hospital à Misericórdia vairetirar receitas à instituição e vai au-mentar as despesas. “A minha dúvi-da enquanto membro do executivo emembro dos corpos sociais da Miseri-córdia” acrescentou, “é saber se comaquilo que se perde em termos dereceita e aquilo que se perde para oaumento das despesas se se é capazde prestar um bom serviço, um servi-

ço de qualidade às populações”.Entretanto, também o PCP se jun-

tou às vozes dos opositores à trans-ferência do Hospital de Santo Tirso,questionando o Ministério da Saú-de sobre as condições em que pen-sa o governo fazer essa transferên-cia. No requerimento a que o EntreMargens teve acesso, o PCP manifes-ta a sua oposição à entrega de hos-pitais públicos para gestão por tercei-ros, “pois entende que se trata deuma forma de privatização das uni-dades do Serviço Nacional de Saú-de”. A confirmar-se este processo,dizem os comunistas, estar-se-á pe-rante “mais um ataque ao ServiçoNacional de Saúde, com prejuízo, emúltima análise, dos utentes”. |||||

A minha dúvida é saberse com aquilo que seperde em termos dereceita e aquilo que seperde para o aumentodas despesas se se écapaz de prestar umserviço de qualidade àspopulações”.

“LUCIANO GOMES, VICE-PRESIDENTE DACÂMARA MUNICIPAL E MEMBRODOS CORPOS SOCIAS DA MISERICÓRDIA

O governo prepara-separa, uma vez mais,manter todos osenvolvidos diretamenteneste processoafastados da decisão,para, depois, dar o casocomo consumado”.JOAQUIM COUTO, PRESIDENTE DACÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

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06 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

OPINIAO~

Um início de ano sob osigno de ‘Charlie Hebdo’

Começamos o ano de 2015 com umaenorme comoção resultante de umataque terrorista à imprensa, aquelaimprensa que toma partido ácido e ir-resoluto contra a ditadura de ideolo-gias perversas, disfarçadas de religio-sas e teocráticas que nos querem fazerregredir à Idade Média ou à barbáriedo ódio e da intolerância de um nazis-mo emergente sob a designação deestado islâmico. Uma imprensa ácida,dizia, o ‘Charlie Hebdo’, irreverentena sua forma caricatural de reduzir oscredos instigadores do medo a impos-turas tolas de um deus menor ou dedeuses menores a “Bonecos”, conse-gue trazer à praça pública multidõesconscientes de que a Democracia e osDireitos Humanos se defendem nãocom novas cruzadas e guerras mas coma convergência de partidos e organiza-ções, com o ecumenismo das grandesreligiões em prol de um mundo ondea “liberdade, a igualdade e a fraterni-dade”, a par da justiça e do progresso,possam determinar o futuro, ainda quecom total intransigência contra os queameaçam estes valores. Podemos entãodizer que neste novo ano, a imprensanas suas várias modalidades saireforçada e mais apta a defender-sede submissões indesejáveis.

Recomeçar o ano para um jornal

Exmo. Sr. Presidente,devo informá-lo que há pessoasa viverem nos blocos da Pracetadas Fontainhas, Vila das Aves, emcompleto desespero e sofrimento,desde idosos com tratamentos in-vasivos a jovens trabalhadoresque se levantam às seis horas damanhã sem dormirem o suficientepara enfrentarem mais um dia detrabalho, dado os bares, pseudo-bares (estabelecimentos comer-ciais) e os demais do edifício cha-mado Torre, todos ao redor e intra-blocos residenciais, não respei-tarem nada nem ninguém: horá-rios de encerramento, ruídos am-bientais persistentes e de amplitu-de insuportável, motivados nãosó, mas também, pela abertura dotipo licenciamento zero do C.D.A.

e consumo de bebidas no exte-rior dos estabelecimentos, ondese extravasa a má criação de al-guns consumidores e frequenta-dores de ocasião. As noites infer-nais e selvagens do verão conti-nuam afinal pelo inverno dentro.

Senhor presidente, quando vaiacabar este pesadelo e quandovai ajudar estes honestos e civili-zados cidadãos que têm direitoà paz, ao descanso, à saúde e aorespeito? Não estará na altura dese reverem as licenças e horáriosde todos estes estabelecimentos,zelando também pela nossa se-gurança e tranquilidade?

Diz-se, inclusivamente, sr. Presi-dente, que grassa por aqui a ven-da e o consumo de estupefacien-tes, vivendo-se um ambiente per-nicioso e degradante com o qualos moradores não se identificam.Até para a vigilância das autorida-des policiais a este eventual tráficode substâncias ilícitas apelamosà intervenção de vossa excelência.Muito mais haveria ainda parasinalizar.

Aceite os nossos respeitososcumprimentos, em nome dosmoradores. ||||| MSPMSPMSPMSPMSP

12 janeiro 2015

CARTAS AO DIRETOR

Carta abertaao Presidenteda CâmaraMunicipalde Santo Tirso

EDITORIAL

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, ABEL RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO

MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, CARLA VALENTE, BELANITA ABREU,

P.E ALEXANDRE SÁ.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 530 - 15 DE JANEIRO 2015

como o Entre Margens, que, honra lheseja feita, mantém até no cartunismouma tradição de anos de algum humorcrítico, não é tarefa fácil por parte deuma Cooperativa sem grandes meios erecursos. Conseguimos por parte daSecretaria de Estado da Cultura a con-sagração da nossa produção jornalís-tica como merecedora do estatuto doMecenato Cultural, o que, na prática,permite que quem o queira vir a apoiar,possa usufruir dos benefícios fiscaisdefinidos pela lei. Remetemos o de-senvolvimento deste “conseguimento”para uma informação da Direção daCooperativa que é simultaneamenteum apelo a que surjam “cooperantes”que singularmente apostem neste me-cenato cultural.

Queremos continuar a contar como melhor reconhecimento e apoio dasinstâncias autárquicas, nomeadamen-te nos meios que têm ao dispor paradarem a melhor informação aos seusautarcas sem recurso aos subterfúgiosda sua própria promoção e publicita-ção, submetendo-se também ao contra-ditório e à arbitragem dos jornalistasindependentes. Contamos com asses-sores para a imprensa que saibam equeiram fazer-nos chegar oportuna ecompetentemente informação relevan-te, facilitar-nos a tarefa jornalística deabordarmos com competência osdados em causa e propiciar-nos con-tactos com responsáveis e vereadoresmelhor posicionados para a aborda-gem justa dos problemas. Não pode-mos deixar de relevar o “exemplo” deserviço que o “ex-assessor de impren-sa” ao longo de 35 anos, FernandoMoreira, nos deixou na memória, me-recendo de todos quantos têm traba-

lhado na nossa redação uma conside-ração que, agora que se decidiu arescindir com o município tirsense, mecumpre testemunhar. Soubemo-lo pelocolega “Jornal de Santo Thyrso”, atra-vés de um texto sintomático a que nãoestamos habituados no jornal emcausa; estamos genericamente concor-dantes com o realce que nele se dá àpersonalidade do visado e às qualida-des com que se afirmou neste difícilexercício de mediação com a imprensaao longo de vários responsáveis autár-quicos, mas não deixamos de conside-rar que foi o recente “esvaziamentode funções de que foi alvo o seu postode trabalho” que, causando-lhe des-motivação, fez com que o visado tivesseoptado “por não condescender maiscom a situação” e rescindir. Se “era umassessor de imprensa à moda antiga”,como se diz no texto, o que, na sequên-cia, dele se diz nesse parágrafo, deforma encomiástica ou pertinente ejusta, acaba por ser um programadeontológico exemplar para qualquerassessor de imprensa que se preze, eo novo figurino não pode deixar deter muitos destes ingredientes evirtudes.

Gostaria de revelar desde já a cola-boração que, no decurso deste novoano, vamos dar a eventos que com achancela da “Amar Santo Tirso”, umdos dois “cooperantes em nome cole-tivo” da nossa Cooperativa, vão ocor-rer e que, fundamentalmente, passarãopor conferências e colóquios relevan-tes para a vida cívica, cultural e políticado nosso município mas, na qualidadede “parceiros mediáticos” ficamos aaguardar oficialmente a sua divulga-ção pela entidade promotora. |||||||||||||||||||||||||

Luís Américo FernandesO DIRETOR

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 07

CARTOON // VAMOS A VER...

O fim do“obreirismo”

Ouvia há dias na televisão um dinos-sauro político dizer, com evidenteorgulho, que nos seus mais de 36anos de poder tinha presidido aquase 5 mil inaugurações. E fazia ascontas de cabeça para logo acres-centar que tal significava uma inaugu-ração a cada 3/4 dias.

Não sei se as contas (estas contas)batem certo, nem tal importa muito.O que importa é que o paradigma degovernação política de Alberto JoãoJardim, cujos méritos foram muitos,está ultrapassado.

Hoje, a Madeira vive paredes meiascom um desenvolvimento fruto das op-ções políticas de Jardim e a existênciade “elefantes brancos” consequência deum obreirismo desenfreado e caótico.

Esta é uma realidade que se mul-tiplicou um pouco por todo o territóriocontinental. Quem viaja por este paísfora, não raras vezes depara-se comgigantes de betão, milhões de eurosde investimento, atirados ao abando-no e ao desleixo.

É por isso que aplaudo a estratégiade gestão dos fundos comunitários,da responsabilidade de Castro Almei-da – um ex-autarca de excelência -, deprivilegiar o imaterial, os projetos maisvirados para o ambiente, a cultura, olazer, em suma, a qualidade de vida.

Nesta linha, tenho de sublinhar otrabalho que tem sido feito em SantoTirso nos últimos anos. Ainda recen-temente, o novo espaço verde criado,

o Parque da Ribeira do Matadouro,recebeu elogios por parte da imprensaespecializada internacional.

É um bónus para a nossa auto es-tima e para o nosso orgulho. O par-que, que promete tornar-se um ex-libris da cidade, está já à disposiçãoda fruição dos munícipes, e junta-seao Parque da Rabada e ao museu deesculturas ao ar livre (pese emboraalgum exagero artístico), como umapeça fundamental de uma estratégiaenquadrada com os novos tempos.

Já o escrevi: Santo Tirso ainda temnecessidade de muito betão, pelacarência de infraestruturação básicaem muitas zonas do concelho. Porisso, a obra física não vai desaparecer,como é evidente nos projetos daQuinta de Fora e nas ampliações emcurso e projetadas para os parquesda Rabada e Ribeira do Matadouro.

Mas, espera-se que neste planoque se vislumbra bem gizado seja, fi-nalmente, encontrada a solução urba-nística e comercial que permita o en-quadramento mais benéfico para o Par-que D. Maria II, retirando-o do torpore do esquecimento a que há muitosanos está votado. ||||| *Pedro Fonsecaescreve de acordo com a antiga ortografia.

Em Portugal quem gere uma empresa,seja uma empresa própria ou de ou-trem, é responsável pelas dívidas quecria, mas no caso de dívidas ao esta-do (impostos ou segurança social)o gestor é solidário com a dívida daempresa e se a empresa não cumpriro gestor tem de pagar a divida pelaempresa. Existem mesmo situaçõesem que a não entrega de determina-dos valores constitui crime. Defen-do o princípio de que o dinheiro detodos nós é sagrado e que ninguémo pode usar de forma leviana. Obvia-mente, que não estou a dizer quetodos os que não pagaram os impos-tos são criminosos ou agiram sempreem benefício próprio: todos os queinfelizmente já geriram empresas quepassaram por maus momento com-preendem que a opção de pagar co-laboradores ou fornecedores antesde pagar impostos ou a segurançasocial é mais fácil de tomar. Até porque o Estado não precisa de colocara comida na mesa ao contrário doscolaboradores e dos fornecedores. Mas o que eu quero defender é

Igualdade para todosque quem usa dinheiro públicotambém tem que se responsabilizar:se no sector privado isto é verdadejá no público é o que se tem visto.Parece que no setor público, princi-palmente quando se trata de cargospolíticos, a responsabilidade acabaquando termina o mandato. É certoque os verdadeiros culpados destasituação somos todos nós, quandonos alheamos da decisão, ao votar-mos em sentido de protesto, paradepois podemos dizer que já sabía-mos que eram todos iguais... Porqueao usarmos o discurso do “são to-dos iguais” por um lado levantamossuspeitas mais ou menos infunda-das, e quando se prova que afinalnão existiu nada e aquele suspeitoafinal era inocente, acabamos a dizerque eles se safam sempre, que estãotodos feitos uns com os outros eque não há justiça em Portugal. Masquando alguém é preso, preven-tivamente ou não, é uma vergonha,é a justiça para as televisões, é umaprisão com objetivos políticos. Final-mente se não intervimos na politica,seja ela nas nossas freguesias, sejaatravés de grupos de pressão, o quefor, estamos a permitir que os queacabam por fazer uma vida dedicadaà politica sejam aqueles que seservem e não os que autenticamentefazem serviço público.

Por isso a mim, chocam-me algu-mas posições tomadas por alguns

elementos ligados ao Partido Socialis-ta e entendo que a sua direção estáa fazer o que é correto, afastando-se e deixando a justiça trabalhar, paracondenar ou ilibar o ex-PrimeiroMinistro José Sócrates, de uma formalimpa. Porque não há dúvidas quepara realmente ser possível reabilitara imagem de Sócrates tudo tem deser feito da forma mais clara possível,sem vitórias de secretaria, porque osindícios são muito fortes, mas nãopodemos esquecer que são só indí-cios e a inocência tem de ser presu-mida até prova em contrário.

Para finalizar um bom ano a to-dos e votos de rápidas melhoras adois políticos da nossa praça, quepassaram por momentos menosbons recentemente, Catarina Silva eRui Batista. ||||||

Pedro Fonseca*

“O parque da Ribeiro do Matadouro,que promete tornar-se umex-libris da cidade, está já à disposi-ção da fruição dos munícipes.PEDRO FONSECA

Chocam-me algumasposições tomadas porelementos ligados aoPS e entendo que asua direção está a faero que é correto, afas-tando-se e deixando ajustiça trabalhar, paracondenar ou ilibar oex-Primeiro Ministro”.

Mário Machado Guimarães

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08 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

ATUALIDADEPlano de Marketingleva, outra vez,oposição a abandonarreunião do executivo

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Mesmo antes de dar inicio à discus-são dos pontos da ordem do dia, opresidente da Câmara, Joaquim Couto,lembrou que “pela quarta vez nestemandato os vereadores do PPD-PSD/PPM abandonaram a reunião de cama-ra na votação de um dos pontos daordem do dia”. Couto sublinhou quea maioria socialista considera “queeste comportamento por parte da opo-sição é inaceitável e deixam claro quenão vão ceder à chantagem”. “O com-portamento dos senhores vereadoresda oposição é ilegal e politicamentecensurável”, continuou o presidenteda Câmara, apelando ao “sentido deresponsabilidade e ao bom senso”.

A declaração do presidente sur-ge depois de, na reunião de Câmarade dia 9 de dezembro os vereado-res do PSD terem abandonado a salaaquando da votação da proposta re-lativa à celebração do contrato de pres-

FOI EM MONTE CÓRDOVA QUE O EXECUTIVO MUNICIPAL SE REUNIUPELA ÚLTIMA VEZ EM 2014. MAS NEM O ESPÍRITO NATALÍCIOIMPEDIU O DEBATE ACESO DE IDEIAS E, MUITO MENOS,OS VEREADORES DO PSD/PPM DE ABANDONAREM A REUNIÃO.

tação de serviços tendo por objeto aelaboração do Plano de Marketingdo Município. A oposição alegou, naaltura, que desde 14 de outubro pas-sou a “exigir que os pedidos de emis-são de pareceres prévios viessemacompanhados de informação técni-ca devidamente fundamentada, bemcomo da consulta ao mercado que en-volvesse pelo menos três entidadese/ou pessoas, preferencialmente se-diadas em Santo Tirso”. Os vereado-res do PSD/PPM garantiram que o pe-dido é feito em nome da “exigênciae do rigor na gestão dos dinheirosdos contribuintes” e lembraram queno caso do plano de marketing as con-dições referidas não foram satisfeitas.

O ponto não foi votado na reu-nião de dia 9 e integrou, assim, a or-dem de trabalhos da reunião públi-ca de dia 23 e voltou a gerar con-trovérsia. “Independentemente da de-claração produzida pelo Sr. presidenteda câmara antes da ordem do dia, a

este propósito, os vereadores do PSD/PPM querem dizer que não se sen-tem minimamente condicionados nempressionados por qualquer parecerencomendado e não deixarão, nestaou em qualquer reunião de tomar assuas posições”, adiantou Alírio Can-celes sublinhando que a oposiçãoiria, mais uma vez, abandonar a reu-nião durante a votação do referidoponto. “Esta despesa é algo de inacei-tável nos dias que correm, e denotaque as prioridades do município con-tinuam ao contrário. São gastos obs-cenos, reveladores da falta de equi-dade na despesa”, sublinhou Can-celes, explicando que a assume algu-mas particularidades. “Temos uma as-sessoria de marketing que custou aomunicípio mais de 60 mil euros. Comesta proposta, a maioria socialista pre-tende celebrar um contrato de pres-tação de serviços, provavelmente paraassessorar a atual assessoria”.

Já com a oposição fora da reunião,o presidente da Câmara apelidou aatitude de “aproveitamento oportu-nista” e de “politicamente censurá-vel” e enfatizou a legalidade de todoo processo. “Quem não esta a cum-prir a lei é o PSD/PPM que se ausentada reunião quando poderia votar con-tra, a favor ou abster-se. Foi para issoque os eleitores deram o seu voto esão essas as responsabilidades quea constituição e a lei determinam”.Couto explicou que o Plano de Marke-ting em questão nada tem a ver coma assessoria de comunicação e ima-gem, tratando-se, antes, de um planode marketing territorial. “Há de factoaqui uma confusão deliberada parafazer demagogia e para confundir aspessoas”, sublinhou. Mesmo com aausência dos vereadores do PSD/PPMo ponto foi, posteriormente, aprovado.

ABASTECIMENTO DE ÁGUADiscutido foi também a aprovação donovo tarifário referente ao abasteci-mento de água para o ano de 2015.Perante o tarifário para o novo ano, a

oposição apresentou uma contra pro-posta que visava o congelamento dastarifas e a criação de tarifas sociaispara famílias numerosas e com me-nos recursos. “Ao contrário do quequerem fazer crer, trata-se de aumen-tar a tarifa da água”, argumentou Alí-rio Canceles. Couto lembrou o acor-do feito em 2014 que fez “não sócom que a tarifa não aumentasse mastambém diminuísse em 0,48 por cen-to”. A oposição lembrou que o con-trato com a Indaqua “colocou SantoTirso nos primeiros lugares dos con-celhos onde a água é mais cara” esublinhou que as alterações no tari-fário para 2015 mantêm Santo Tirsona mesma situação. Facto que, alega,contrasta com os elevados problemassociais que atingem o concelho. OPSD/PPM foi mais longe e comparouo município com outros concelhosque também entregaram a concessãoà Indaqua e que têm tarifas mais bai-xas, nomeadamente, Matosinhos, Vilada Feira, Vila do Conde e Fafe. Coutoacredita que as comparações nãopodem ser feitas de qualquer forma,até porque os contextos diferem. “Nãonos podemos comparar com Câma-ras que subsidiam a água. Obviamen-te que não estamos disponíveis paraisso. Os senhores presidentes de jun-ta estarão disponíveis para reduzir assuas verbas para que subsidiemos aágua? A população do concelho es-tará disponível para que a CâmaraMunicipal diminua o seu nível de in-vestimento pagando a fatura daágua?”. O presidente da autarquia su-blinhou, ainda, o facto de estar a sercumprida a lei.

UNANIMIDADE NA SÓ MESMONA ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOSAprovada foi a cedência, em regimede comodato, por um período de 25anos, da extinta Escola de Paços, emMonte Córdova, à Casa de Acolhi-mento Sol Nascente, para alargamentoda resposta do Centro de AtividadesOcupacionais a 15 utentes adultos

SANTO TIRSO // REUNIÃO PÚBLICA DO EXECUTIVOCAMARÁRIO DE 23 DE DEZEMBRO

CUMPRINDO A PROMESSA DEDESCENTRALIZAÇÃO, ÚLTIMAREUNIÃO DE CÂMARA DE 2014REALIZOU-SE NA FREGUESIA DEMONTE CÓRDOVA

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 9

portadores de deficiência. Ao mes-mo tempo foi decidido, por unanimi-dade, celebrar um protocolo entre oMunicípio de Santo Tirso e a EscolaProfissional Agrícola Conde S. Bento,para a cedência do direito de utiliza-ção das instalações da residência deestudantes localizada no centro dacidade de Santo Tirso. O protocolotem a duração de um ano, renovável.Já o Ginásio Clube de Santo Tirso, amaior associação desportiva do con-celho em número de sócios, vai re-ceber 30 mil euros ao abrigo de umaalteração ao contrato-programa dedesenvolvimento desportivo a esta-belecer com o município de SantoTirso, depois de, no âmbito do con-trato anterior, já ter sido contempla-do com uma verba de cerca de 80mil euros.

O executivo municipal aprovoutambém, por unanimidade, a celebra-ção de outro contrato-programa dedesenvolvimento desportivo com aAssociação de Futebol Amador deSanto Tirso, no valor de 32 mil euros,para a organização, de forma autó-noma e independente, das competi-ções amadoras de futebol no conce-lho. Se o Clube Automóvel de SantoTirso vai receber uma verba de 15mil euros, pela organização do Ralide Santo Tirso de 2014, já a Associ-ação de Solidariedade e Ação Socialde Santo Tirso será subsidiada pelaCâmara em 12.250 euros, para aaquisição de uma viatura destinadaao transporte de crianças. As associ-ações humanitárias dos bombeirosvoluntários do concelho de SantoTirso – “Amarelos”, “Vermelhos” e Viladas Aves – viram o executivo munici-pal deliberar a atribuição de um sub-sídio de 15 mil euros a cada umapelos serviços prestados no controloda “vespa asiática”.

A Casa de Acolhimento Sol Nas-cente terá, ainda, disponível uma verbade 15 mil euros atribuída pela Câ-mara para a aquisição de uma viatu-ra adaptada a deficientes. ||||

Na reunião de câmara desta terça-feira, o presidente da Câmara de San-to Tirso manifestou-se “preocupado”com o processo de transferência decompetências para os municípios emmatéria de Educação, Saúde, Segu-rança Social e Cultura. Joaquim Coutolembrou que o Governo ainda nãodisse, apesar de ter o diploma pronto,o que vai fazer em relação “à mochilafinanceira que permitirá à adminis-tração local exercer as competências”que lhe podem vir a ser entregues.

Através de nota de imprensa di-vulgada na passada terça-feira, o presi-dente da autarquia deu conta que “asparcerias” com o atual governo “atra-vés de contratos de delegação de com-petências ou de acordos de colabo-ração, têm sido praticamente todasdanosas para o município, acarretan-do elevados prejuízos financeiros euma deficiente prestação de serviçosà população do concelho”.

Um dos exemplos dado por Joa-quim Couto para justificar a apreen-são da Câmara relativamente ao proje-to do governo prende-se com o pro-tocolo celebrado tendo em vista a re-modelação do nó da variante à EN105,junto à Ribeira de Frádegas, um dosprincipais pontos de entrada na ci-

““Esta despesa [com oPlano de Marketing] éalgo de inaceitável nosdias que correm, edenota que as priorida-des do município conti-nuam ao contrário.São gastos obscenos,reveladores da falta deequidade na despesa”

O contrato com aIndaqua colocouSanto Tirso nosprimeiros lugares dosconcelhos onde a águaé mais cara”

“Não estamos disponí-veis para isso [subsí-diar a água]. Os se-nhores presidentesde junta estarão dispo-níveis para reduzir assuas verbas para quesubsidiemos a água?

ALÍRIO CANCELES, PSD/PPM

JOAQUIM COUTO, PRESIDEN-TE DA CÂMARA DE SANTO TIRSO

“Quem não esta a cum-prir a lei é o PSD/PPMque se ausenta dareunião quando pode-ria votar contra, afavor ou abster-se. Foipara isso que os eleito-res deram o seu voto”

ALÍRIO CANCELES, PSD/PPM

JOAQUIM COUTO

dade de Santo Tirso. De acordo como presidente da autarquia, “o muni-cípio adquiriu, conforme estava pre-visto no acordo, os terrenos paraviabili-zar a obra, tendo gasto cercade 350 mil euros, mas, até hoje, aempreitada ainda não se iniciou”.

“Mais problemático ainda”, reco-nhece Joaquim Couto, foi o que acon-teceu na área da Educação, com ocontrato celebrado entre o municí-pio de Santo Tirso e o Ministério daEducação em matéria de gestão dopessoal não docente das escolas dopré-escolar e do 1.º Ciclo. “Os pro-blemas que resultaram do acordocom o governo não deixaram outrocaminho ao município que não fos-se a renúncia do contrato, uma vezque os encargos assumidos com opessoal não docente eram manifes-tamente superiores ao financiamen-to atribuído”, defende Joaquim Couto,acrescentando: “Para além dos valo-res em causa serem absolutamenteinsuficientes para fazer face às des-pesas assumidas, os atrasos nas trans-ferências estavam a colocar em riscoa capacidade de resposta do municí-pio em matéria de prestação de apoi-os sociais à população de Santo Tirso”.

No período antes da ordem dodia da reunião de Câmara de terça-feira, Joaquim Couto garantiu que osvereadores socialistas são a “favor dadescentralização e da desconcentra-ção administrativas, mas não a qual-quer preço, ou seja, em prejuízo dapossibilidade de o município manteros níveis de apoios sociais prestadosà população do concelho, principal-mente num momento tão difícil paraas empresas e as famílias”.

“Parece que o único objetivo do go-verno, com o projeto de transferên-cia de competências para os municípi-os, não é melhorar a eficiência e efi-cácia da gestão dos recursos públi-cos, mas tão-só ver-se livre de umadespesa pública, em setores funda-mentais para a coesão e desenvolvi-mento do país”, concluiu o autarca. |||||

SANTO TIRSO // REUNIÃO DO EXECUTIVOCAMARÁRIO DE 13 DE JANEIRO

JOAQUIM COUTO DIZ-SE “APREENSIVO” FACE ÀS CON-SEQUÊNCIAS QUE PODEM ADVIR PARA A POPULAÇÃOCASO O GOVERNO NÃO ACAUTELE A ‘MOCHILAFINANCEIRA’ PELA TRANSFERÊNCIA COMPETÊNCIAS

Delegação decompetências temsido “danosa”para o município

NA EDUCAÇÃO, “OS PROBLEMASQUE RESULTARAM DO ACORDOCOM O GOVERNO NÃODEIXARAM OUTRO CAMINHOAO MUNICÍPIO QUE NÃO FOSSE ARENÚNCIA DO CONTRATO”,AFIRMOU JOAQUIM COUTO

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10 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

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|||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Foi inaugurado em 2013, depois deSanto Tirso ser, entre cerca de 70 ci-dades europeias candidatas, um dosvencedores do concurso internacio-nal Europan 9, dirigido a jovens ar-quitetos que lhes dá a possibilidadede apresentar projetos inovadores. OParque do Ribeiro do Matadouro é oresultado do projeto ‘Slow Fast Lands-cape’, cuja equipa de arquitetos in-clui o tirsense Gilberto Pereira. O par-que foi, agora, considerado uma dasmais interessantes obras de arquitetu-ra paisagística de todo o mundo pela“World Landscape Architeture”, publi-cação de referência na arquiteturapaisagística mundial.

Quando, ainda em 2013, o par-que foi inaugurado, o então presi-dente da Câmara, Castro Fernandes,sublinhava que o novo parque inte-

grava “um trabalho que tem a ver comtoda a estratégia paisagística de há30 anos” e explicava que se tratou deuma candidatura apresentada pelaCâmara Municipal. Comparticipadapelo QREN/POVT, o parque represen-tou um investimento de 1,5 milhõesde euros e foi então consideradouma obra de importância para o de-senvolvimento urbano. “O terrenonão estava abandonado mas eramuito pouco usado”, explicava Cas-tro Fernandes, “penso que foi umaintervenção inovadora”.

Espaços verdes é coisa que nãofalta em toda a área do parque doRibeiro do Matadouro. A dois passosdo edifício da PT e a apenas algunsmetros do edifício da Câmara Muni-cipal, dispõe de vários tipos de vege-tação que preenchem os diversos es-paços e convivem com os percursospedonais ou de ciclovia, que aliam a

Parque do Ribeiro do Matadouro é umdos mais ‘interessantes’ do mundoPARQUE GANHA NOVA VISIBILIDADE PELO RECONHECIMENTO TRAZIDO PELA PUBLICAÇÃO INTERNACIONAL

natureza à arte através das esculturasque vão ganhando forma à medidaque se penetra no interior do espaço.

A equipa responsável pelo proje-to também esteve presente na inaugu-ração do parque e coube a Vítor Estevesser o porta-voz. Na altura, explicouas sensibilidades da zona e as neces-sidades de ‘minimizar os impactos so-bre o ecossistema’. “Houve uma gran-de preocupação a nível de acessibili-dades, há uma serie de rampas quepermitem que o parque seja acessívelem todos os sentidos”, assegurava.

Todos os pormenores foram tidosem conta, desde a escolha de mate-riais “resistentes, com uma coerênciade cores para criar contraste forteentre a vegetação e a envolvente ur-bana”, à tecnologia digital interativa,à iluminação, pensada para atingirbaixo consumo de energia.

O parque é, agora, destacado como

uma das mais interessantes obras dearquitetura paisagística de todo o mun-do e a distinção é vista pelo atualpresidente da Câmara, Joaquim Cou-to, como “um grande orgulho”. “É sem-pre uma grande satisfação ver umprojeto municipal reconhecido a ní-vel internacional”, realçou, acreditan-do que o Parque da Ribeira do Mata-douro “é um espaço que pode serusufruído não só pela população doconcelho, mas também por quem vi-site Santo Tirso”.

A segunda fase de intervenção noParque Ribeira do Matadouro avan-çará no próximo ano, prevendo-se aexpansão das zonas verdes em cercade um hectare e meio. Por outro lado,está ainda contemplada a requalifica-ção do edifício existente no local, paracriação de um Centro de Juventudee várias iniciativas lúdicas e culturaisque visam animar o espaço. |||||

Na reunião desta semana do exe-cutivo camarário (ver texto na pá-gina anterior), foi decidida a atri-buição de um subsídio, no âmbitode um contrato de desenvolvimen-to desportivo, de 240 mil eurospara a construção do complexo daUnião Desportiva e Social de Roriz.Orçado em cerca de um milhãode euros, o projeto de requalifi-cação do campo de jogos da UDSde Roriz arrancou em agosto de2014. Para Joaquim Couto, a deli-beração aprovada é “o cumprimen-to de uma promessa feita à direçãoda UDS de Roriz”, com a qual opresidente da autarquia se com-prometeu “a dar todo o apoio ne-cessário para a conclusão de umprojeto que esteve num impassemais do que uma década”.

Em virtude das “vicissitudes porque passou todo o processo atéao arranque da obra”, nomeada-mente a indefinição quanto ao fi-nanciamento, o que implicou a in-tervenção do presidente da Câ-mara junto do Governo e da Co-missão de Coordenação e Desen-volvimento Regional do Norte, Jo-aquim Couto considera ser “umato de justiça o contrato-progra-ma de desenvolvimento despor-tivo a estabelecer com a UniãoDesportiva e Social de Roriz”.

O executivo deliberou também,por unanimidade, aprovar a alte-ração ao Protocolo de Colabora-ção celebrado entre o Municípioe a Associação Sénior Tirsensecom vista à cedência a título gra-tuito de um espaço na Central deCamionagem para a instalaçãodaquela universidade sénior. |||||

UDS de Rorizvai receber240 mil euros

SUBSÍDIO

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 11

||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Depois de 11 anos como militante,2013 foi o ano em que Sónia Martinsse tornou mais do que isso. Candi-datou-se à liderança do secretaria-do do PS de Vila das Aves e foi apoi-ada pelos militantes. Mesmo antesda eleição sublinhava: “muitos deles[militantes] dizem-me que é neces-sário um novo projeto para a Vila dasAves, um projeto que envolva outrosprotagonistas e sobretudo um pro-jeto que envolva uma nova forma defazer política”. Queria abrir o partidoà comunidade avense, fazer palestras,debates, que o PS fosse “para todos”.

Um ano depois, o plano de ativi-dades para o mandato já está prati-camente cumprido. Levaram a cabotertúlias, voltaram a ter o boletim infor-mativo, facilitaram o pagamento dasquotas na sede. Foi, de resto, numadessas tertúlias que a secretária coor-denadora fez um balanço do primeiroano de mandato. “Participamos no diado militante, abrimos a sede à comu-nidade para esclarecimentos relativosàs eleições primárias”, adiantou. Maisrecentemente abraçaram uma causasolidária e angariaram bens alimen-tares e roupa que posteriormente dis-tribuíram por sete instituições. “As

DISPUTOU A LIDERANÇA DO PS DE VILA DAS AVES COM RUI RIBEIRO E ACABOU PORSER ELEITA A 7 DE DEZEMBRO DE 2013. QUERIA UM PARTIDO FORTE, COESO E UNIDOE UM ANO DEPOIS, SÓNIA MARTINS FAZ UM BALANÇO MUITO POSITIVO.

Descendentes de SilvaMendes visitaramS. Miguel das AvesA neta e a bisneta de Manuel daSilva Mendes visitaram “S. Miguel dasAves”, a terra natal deste seu ascen-dente que foi presidente do Leal Se-nado em Macau. Foi no passado dia7 de dezembro que Isabel Silva Men-des Quinhones, neta “legítima” des-te famoso político e intelectual avense,a viver em Lisboa, e Anjos Mendes,a viver no Porto, bisneta do mesmode uma ligação que Manuel da SilvaMendes teve em solteiro, visitaramcom evidente emoção a terra e a casaque foi dos Silva Mendes, em Romão,residência antiga nas traseiras dosCastros de Romão.

Como se pode ver na foto, ambasas descendentes estiveram com oavense António Coelho, também eledescendente de uma das irmãs de Ma-nuel da Silva Mendes, junto à referi-da casa. Na outra foto, a neta de oi-tenta e poucos anos, está junto aoposte onde “resiste” ainda a placa como nome do ilustre ascendente que

dá nome à rua, ali junto ao cruzeirode Romão e que merecia melhorposicionamento. Saudamos as visitan-tes de tão esquecido avense que vi-veu em Macau entre 1900 e 1930e que o pe. Joaquim da Barca na suaMonografia de S. Miguel das Avesnão esquece. Aspetos desta visita es-tão também disponíveis no Faceboook,no sítio Manuel da Silva Mendes. |||||

pessoas receberam-nos muito bem econgratularam-se com a iniciativa”,lembrou Sónia Martins que diz sereste o caminho que querem seguir.

A secretaria coordenadora acre-dita que estão no bom caminho e,sublinha, “quem diz o contrário nãovê o nosso esforço”. Teresa Fernan-des, presidente Federativa das Mu-lheres Socialistas, não faltou à tertú-lia de dia 8 de janeiro e teceu lar-gos elogios a Sónia Martins. “O PSdeve estar muito orgulhoso de teruma secretária coordenadora comotu”, enfatizou, referindo que a sec-ção do PS de Vila das Aves é “umadas mais ativas do distrito”.

Sónia Martins acredita que o reco-nhecimento é fruto do trabalho, es-forço e dedicação que têm postonaquilo que faz mas também dosvalores socialistas “da fraternidade,da solidariedade, da igualdade e doempenho”. Assumiu o cargo no res-caldo das autárquicas e já enfren-tou um ano de eleições europeias eprimárias. “Tem sido um trabalho muitointenso e se ultrapassei todos os obs-táculos que me foram colocandoneste ano, estou pronta para abra-çar muitos outros”, adianta.

As pessoas, essas, têm participa-do nas tertúlias e têm-se mostrado

recetivas às iniciativas do partido. “Aspessoas sentem-se confortáveis eesse foi um nossos princípios, as pes-soas são bem vindas, queremos re-cebe-las muito bem, não só os mili-tantes mas toda a gente, queremosabrir as portas para todos”, refere. Oplano de atividades que há um anodeu entrada na Federação está qua-se concluído e é com orgulho quea secretária coordenadora o diz. “Ébom sinal, é sinal de que, de factonão estamos aqui de braços cruza-dos, estamos aqui a trabalhar, commuito gosto naquilo que fazemos eobviamente que o facto de termos oplano quase concluído não nos farábaixar os braços, pelo contrário, va-mos arregaçar as mangas e fazernovos projetos”.

Com o partido a sair das quatroparedes da sede socialista, SóniaMartins orgulha-se da existência decada vez mais mulheres no PS. Tudoporque, garante, o esforço é ‘redo-brado’. “Eu sou mãe, tenho o meuemprego, sou esposa, sou dona decasa e [tudo isto representa] um es-forço acrescido para as mulheres quese afirmam na política”, explica, acres-centando que, ainda assim, esta jánão é vista, exclusivamente, comoalgo reservado a homens. |||||

Secção do PS de Vila dasAves é “uma dasmais ativas do distrito”

VILA DAS AVES // PS

VILA DAS AVES // MANUEL DA SILVA MENDES

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12 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

ATUALIDADE

Inaugurado parque infantil nopulmão saudável da freguesia

Na tarde de domingo 21 de dezem-bro, cheia de um sol de inverno, da-queles que fogem cedo para dar lu-gar ao frio e à humidade, a presi-dente da Junta de Freguesia de Viladas Aves, Elisabete Faria, promoveu ainauguração do “primeiro parque in-fantil público de Vila das Aves”, inte-grado no Parque do Amieiro Gale-

O INDUSTRIAL LUÍS FERREIRA PINTO, QUE PATROCINOU A REALIZAÇÃO DO PARQUE INFANTIL AGORA INAUGURADO NOAMIEIRO GALEGO DESAFIOU A CÂMARA MUNICIPAL A RETIRAR O PARQUE DA QUINTA DO VERDIAL DO ESTADO DE COMA

VILA DAS AVES // PARQUE DO AMIEIRO GALEGO

go. Estiveram, para além dos mem-bros do executivo e da Assembleiade Freguesia, o industrial Luís FerreiraPinto, que patrocinou a realização daobra, a deputada da Assembleia daRepública Andreia Neto, o Presiden-te da Câmara de Santo Tirso e osvereadores Alírio Canceles e JoséManuel Machado e muito público.O “aperitivo musical” foi servido peloGrupo Coral da Associação de Re-formados de Vila das Aves, com can-ções tradicionais, algumas delas adap-tadas para aludir ao local.

Quase como ‘prenda de Pai Natal’para as crianças da freguesia, aten-dendo à aproximação da época nata-lícia, disse a presidente da Junta noseu discurso, “a obra vem valorizar oParque do Amieiro Galego que emboa hora foi possível adquirir e transfor-mar no que é agora durante o manda-to do meu antecessor, Carlos Valen-te”, afirmando também ser “este o local

trou gostar da sua terra e deste lugarem particular e que muito apoiou aJunta para adquirir e transformar esteespaço e que teve, mais uma vez, umgesto de solidariedade que nos obri-ga a deixar aqui bem gravado e bemvisível o seu nome”, fazendo notarque sem a ajuda deste industrial, nãoteria sido possível a instalação desteequipamento.

Tomando a palavra de seguida,Luís Ferreira Pinto referiu a sua satis-fação por ter apoiado esta obra, deque afirmou ter gostado e que vemvalorizar um local da sua infância ejuventude, “um pulmão da Vila dasAves onde ainda há mais coisas afazer” e desafiou o presidente da Câ-mara a tratar do “outro pulmão deVila das Aves”, que “se encontra emestado de coma”: a Quinta do Verdial,junto do Rio Vizela.

Joaquim Couto, presidente daCâmara Municipal de Santo Tirso,usou da palavra de seguida e faloudas responsabilidades do estado eseus patamares de poder, para referirque a Câmara Municipal “iniciou umanova etapa de relacionamento comas Juntas de Freguesia, de maior ri-gor, de maior transparência e de mai-or simplicidade” e que, por via da legi-slação e dada a situação económicado país, houve redução orçamentale terá de haver muito maior rigor noque respeita ao investimento. Enalte-ceu o excelente relacionamentoinstitucional com a Junta e pessoalcom a presidente da mesma e disseque, “depois de arrumar a casa esta-mos em condições de reiniciar umrelacionamento em termos de inves-timento de betão”, salvaguardandoporém a importância do investimen-to que “não se vê”, na coesão social,que consome muitos meios financei-ros. “Temos muita vontade de cola-borar” disse, mas há limitações e, re-lativamente à Quinta do Verdial, re-feriu que “há um estudo” e que “va-mos acelerá-lo”. Salientou também queesta Quinta, adquirida pela Câmarano início da década de noventa, “fi-cou como está e tenhamos paciência…eu só estou na Câmara há um ano.”Ainda assim, Joaquim Couto prome-teu tentar que, durante este manda-to possamos ter esse parque a funcio-nar…depois de reformular o projeto.

Passados os discursos, o descer-ramento das placas e a bênção queo padre Fernando Marques de Oli-veira efetuou, então sim, as criançaspresentes puderam passar a vias de fac-to e utilizar os equipamentos dispo-níveis. A verdadeira inauguração ficouentão, finalmente, concretizada… |||||

ideal para o parque infantil porquetorna este sítio ainda mais atraente eporque valoriza ainda mais este ma-ravilhoso local na margem do rio Ave”.

Na continuação, referiu a impor-tância do mecenato de Luís FerreiraPinto, “um avense de nascimento ede coração que sempre nos demons-

O INDUSTRIAL AVENSE LUÍS FER-REIRA LADEADO POR ELISABETEFARIA, PRESIDENTE DA JUNTA,E JOAQUIM COUTO, PRESIDENTE DACÂMARA DE SANTO TIRSO

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 13

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Cristiana Gonçalves, Joana Castro eMarta Ferreira não estavam à esperamas viram o seu projeto sair vencedordo Orçamento Participativo Jovem de2014, o primeiro do concelho de San-to Tirso. Naturais da Lama, as três jo-vens de 23 anos conhecem-se desdesempre e resolveram, agora, juntar-se em prol de um projeto em comum.

O investimento ronda os 92 mileuros, deverá ser executado duranteeste ano e representa um espaço decerca de 3750 metros quadrados. Ahorta, que se destinará tanto a famí-lias como a instituições, ganhará ex-pressão num terreno situado nas tra-seiras da Fábrica de Santo Thyrso.

OPJ traz HortasUrbanas a Santo Tirso

SANTO TIRSO // ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM

ARRANCOU EM SETEMBRO E, CERCA DE 150 PARTICIPANTES E 23PROJETOS (12 PROPOSTAS COLETIVAS E 11 INDIVIDUAIS) DEPOISFOI, FINALMENTE, ESCOLHIDO O PROJETO VENCEDOR DOORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM DE 2014: UMA HORTA URBANA.

“A ideia é, de facto, envolver a po-pulação no âmbito da agricultura”, re-feriu Marta Ferreira quando no dia13 foi conhecido ao vencedor, “naprimeira sessão em Vila das Aves exis-tia a ideia, o projeto foi apresentadomas não existiam custos não existianada fixo, entretanto falei com a Cris-tiana que me acompanhou nessasessão, decidimos avançar com o pro-jeto e entretanto a Joana apareceuna parte da comunicação”. O próxi-mo passo é fazer um projeto, pô-lo aconcurso e adjudicar a obra. Para Jo-aquim Couto “a única maneira decredibilizar a participação cívica é cum-prir compromissos” e é exatamenteisso que está a fazer. O presidente daCâmara, Joaquim Couto, acredita que

dentes de produção, com a salvaguar-da de que o dinheiro que daí resul-tar reverterá para os custos de ma-nutenção. Esta venda será controla-da pela autarquia, de modo a garan-tir que apenas os excedentes serãocomercializados e o valor aplicadoem despesas de manutenção.

O Orçamento Participativo Jovemcontinuará este ano com uma dota-ção igual à do ano anterior, 120 mileuros. “Vamos ver se os projetos apre-sentados em 2015 merecem essadotação. Espero que sim, porque pelaexperiencia que fizemos não faltamprojetos”, concluiu o presidente. |||||

o projeto tem uma forte componentesocial, primeiro porque “se tem verifi-cado que a população citadina temnecessidade de se ocupar em áreasrurais” e depois “há outro aspetomuito educativo nomeadamente paracrianças e jovens com dificuldadesde integração social. Pode funcionarcomo um motor, como um estímulopara a sua integração na comunida-de através da agricultura e da agricul-tura biológica”, refere o presidente.

A Horta Urbana prevê a afetaçãode um terreno com 60 talhões, comdimensões de 30 metros quadrados.Segundo o que está previsto, os pro-dutos cultivados serão apenas paraconsumo, não sendo possível a ven-da dos excedentes, caso estes exis-tam. Contudo, no caso das hortascoletivas, pondera-se a existência deum espaço de venda para os exce-

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14 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

ATUALIDADEVILA DAS AVES // ENTRE MARGENS A Cooperativa Cultural de Entre os

Aves, proprietária do Entre Margens,solicitou há algum tempo atrás o re-conhecimento do interesse culturalda edição do jornal, tendo comosuporte justificativo o conteúdo dassuas edições ao longo dos últimosanos e o como projeto “desenvolver,renovar e consolidar o jornal EntreMargens como meio de promoçãoda leitura, da difusão cultural e dainclusão social.”

Por despacho do Secretário de Es-tado da Cultura, exarado em dezem-bro, de que tivemos conhecimentoem data próxima do final do ano, foiefetivamente reconhecido o interes-se cultural do jornal Entre Margenspara as edições de 2014 e 2015.

Este reconhecimento é indispen-sável para permitir o acesso aomecenato cultural, isto é, dá a possi-bilidade de empresas e particularesobterem o estatuto de mecenas cul-turais, com a satisfação pessoal e pres-tígio que resultam pela associação aatividades culturais de qualidade ede relevante interesse para a socie-dade e obtendo, simultaneamente, osbenefícios fiscais definidos na lei.Assim, no caso das empresas quequeiram colaborar financeiramentena sustentação e no desenvolvimen-to do nosso jornal os donativos en-tregues são levados a custos em va-lor correspondente a 120% do totale no caso de donativos de pessoassingulares estes são dedutíveis àcoleta, para efeitos de IRS, em 25%das importâncias atribuídas.

Pensamos que esta é uma boa no-tícia para quem acompanha a evolu-ção do panorama cultural do Valedo Ave e vida do jornal “Entre Mar-gens” em particular. A direção da Co-operativa Cultural desde já agradecea disponibilidade de particulares ouempresas que queiram tornar-se ummecenas cultural apoiando o nossojornal, colocando-se ao dispor paraas informações suplementares que serevelem necessárias. ||||||

Interesse culturaldo ‘Entre Margens’reconhecido pelaSecretaria deEstado da CulturaRECONHECIMENTO CONQUISTADO EM DEZEMBROÚLTIMO PELO JORNAL ENTRE MARGENSPERMITE O ACESSO AO MECENATO CULTURAL

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Ao fim de quase dez anos, o CentroCultural de Vila das Aves passou a terum horário de abertura contínuo. Des-de o início do ano que o mesmo dei-xou de estar encerrado no períodode almoço. Feitas as contas: o CentroCultural funciona agora de segundaa sexta-feira no período compreen-dido entre as 9h00 e as 18 horas.

Esta decisão surge três meses de-pois da direção do mesmo estar agorapor conta de Maria do Céu, até en-tão diretora da Biblioteca Municipalde Santo Tirso. Facto de que a CâmaraMunicipal nunca chegou a dar con-ta à população, nem tão pouco dasaída do antigo diretor, Nuno Olaio.

Aproveitando a alteração introdu-zida no horário de funcionamentodo Centro Cultural, o Entre Margenstentou saber mais junto daquela res-ponsável, nomeadamente sobre comoencara este novo desafio e qual aorientação cultural que pretende im-primir àquela infra-estrutura.

A resposta não surgiu, porém, danova diretora do Centro Cultural, masda vereadora da cultura, Ana MariaFerreira. “Uma das estratégias do atualexecutivo, desde a tomada de posse,foi apostar na cultura e no turismo, deforma a potenciar as atividades do mu-nicípio, quer a nível local, como a ní-vel regional, nacional e internacional”,começa por dizer a vereadora, acres-centando que “fruto desta estratégiapolítica, tem sido feito um esforço de

Centro Culturaltem novo horário

VILA DAS AVES // CENTRO CULTURAL

AGORA SEM INTERRUPÇÃO NA HORA DE ALMOÇO ECOM NOVA DIRETORA DESDE OUTUBRO DE 2014

criar uma equipa municipal, capaz depromover e desenvolver as mais di-versas atividades culturais”.

Ana Maria Ferreira diz, porém que“não houve, contudo, qualquer alte-ração orgânica dos serviços munici-pais na área da cultura. Houve, ape-nas, a alteração do colaborador domunicípio que está adstrito ao Cen-tro Cultural de Vila das Aves”.

A vereadora sublinha que “o Cen-tro Cultural de Vila das Aves é umdos equipamentos municipais que aCâmara quer dinamizar, em prol dacomunidade” e refere que a aberturado mesmo à hora de almoço “é ape-nas um sinal da dinâmica que se quercontinuar a imprimir a este equipa-mento, mantendo as diferentes ativi-dades que ali se têm realizado: des-de exposições, a sessões de cinema,a espetáculos de música, a ateliês in-fantis, a ginástica para os seniores,entre muitas outra iniciativas”.

A vereadora fala ainda na preo-cupação que o executivo tem em “des-centralizar as iniciativas”, pelo que oCentro Cultural de Vila das Aves “as-sume um papel importante, por ser oequipamento municipal de referên-cia na zona nascente do concelho”.A mesma responsável dá, como exem-plo, os Cantares dos Reis, cuja reali-zação até à data se confinava aos Pa-ços do Concelho. A terminar a verea-dor diz ser o Centro Cultural “um equi-pamento muito importante, em termosda dinamização cultural nesta zonado concelho de Santo Tirso”. |||||

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 15

José Miguel Torres

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Cantar dos Reis emvigésima nona sessão

|||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Pela vigésima nona vez, ouviram-seas vozes das Janeiras e Reis por inici-ativa dos Escuteiros de Vila das Aves,no Salão Paroquial. Os grupos paro-quiais, as escolas e associações locaisvêm correspondendo ao convite e ca-da qual com o seu estilo próprio lá vaiconseguindo renovar a tradição cominovações ou mantendo o tom, asmodinhas e cantigas mais populares.

O programa iniciou com a Fanfarrados Bombeiros Voluntários de Viladas Aves com muito brio participativoe vozes bem afinadas para quem ha-bitualmente as não usa; a Escola daPonte encheu o palco para mostrar asua diferença em tudo quanto é co-

GRANDE AFLUÊNCIA REGISTADA EM MAIS UM SARAU DE REIS ORGANIZADOPELO AGRUPAMENTO 004 DOS ESCUTEIROS DE VILA DAS AVES

municação, reinterpretação das nar-rativas bíblicas e partilha de expres-sões entre alunos, docentes e encar-regados de educação; também foi vi-brante e musicalmente bem equilibra-do e acompanhado de instrumentoso coro do Agrupamento D. AfonsoHenriques, sob a responsabilidade daprofessora Esmeralda; a Catequese daInfância vai fazendo também muitobem a sua própria dramatização can-tada do evangelho da Infância deJesus; o Grupo Coral de Vila das Aves,sempre com vantagem no exercício docantar polifónico e procurando nun-ca se repetir no que interpreta, destavez, por razões de menor tempo depreparação, podia ter deixado melhorimpressão; os grupos folclóricos (o de

Lamelas vaicantaras Janeiras

MÚSICA // LAMELAS

Ainda as Janeiras. No próximo dia25 de Janeiro, e numa iniciativa or-ganizada pelo Rancho Folclórico SantaEulália de Lamelas, a sede da juntadaquela freguesia de Santo Tirso aco-lhe um Encontro de Janeiras.

Com início marcado para as 15horas, para este encontro foram con-vocados quatro grupos de folclore.São eles: o Rancho Tricanas do Cidral,que chega da Póvoa do Varzim; o Ran-cho Folclórico de S. Cosme de Ge-munde, da Maia, e, de Santo Tirso oGrupo Folclórico de Santa Cristinado Couto e o Grupo Etnográfico deS. Paio de Guimarei. A iniciativa con-ta também com a atuação do grupoda casa, o Rancho Folclórico de Lame-las. Este encontro de Janeiras contacom os apoios da Câmara de SantoTirso e das Juntas de Freguesia deLamelas e Guimarei.

O Rancho Folclórico de SantaEulália de Lamelas foi fundado a 21de junho de 1963. A origem advémde um cortejo de oferendas realiza-do nessa altura na freguesia, ondecrianças, jovens e adultos trajados arigor para a ocasião, cantavam e dan-çavam, daí que inicialmente o Ran-cho Folclórico de Santa Eulália deLamelas, tenha nascido como ranchoinfantil. Hoje, é um dos mais respei-tados grupos de folclore do municí-pio de Santo Tirso. ||||

Santo André e o das Fontainhas) semsombra de dúvida os mais popularese mais abrilhantados pelos seus tra-jes e pela sonoridade das vozes edos instrumentos típicos, este ano an-daram precipitados para não falharema dois compromissos, o da sua parti-cipação neste sarau e no que a Câ-mara Municipal resolveu inusitada-mente realizar no mesmo dia e horano Centro Cultural; o Lar Familiar daTranquilidade e Patronato Centro So-cial fizeram a reposição do cântico edas quadras que a paróquia adotoupara a vivência do Advento e do Natalnas Eucaristias e os cantores da ter-ceira e quarta idades ficaram benefi-ciados com os pequenos cantores einstrumentistas do Coro infantil soba direção de Alfredo Ribeiro; o CentroPolivalente de Cense e o Grupo deJovens Renascer são sempre participan-tes leais e bem acolhidos e o mesmose diga do Grupo ARVA; a encerrar,o anfitrião deste sarau, os Escuteirosfizeram também a sua vénia ao Me-nino com a criatividade musical queo professor João Carlos lhes incute.

Os escuteiros do Agrupamento004 agradeceram a grande afluên-cia de grupos e pessoas, fizeram di-nheiro com o serviço de bar e, recor-rendo às rifas do costume, lá foramsorteando os vários cabazes que,patrocinados pelo Intermarché local,pelas “Lendas Sublimes” de Guima-rães e pela Charcutaria CongeladosSanto André de Vila das Aves, permi-tiram um bom encaixe de verbas paraa gestão das suas atividades anuais.Um dos cabazes, “providencialmen-te”, foi parar ao Lar da Tranquilidadepor sortes que recaíram no nº 254-3º prémio, na posse do pároco ediretor do Lar que logo o destinou.

Apesar da presença a partir de cer-ta altura do presidente da CâmaraMunicipal de Santo Tirso, JoaquimCouto, há que dizer alto e bom somque os programadores das atividadesculturais do concelho estiveram mui-to mal na marcação para o mesmodia e hora do Sarau de Reis dosGrupos folclóricos no Centro Cultu-ral, quando este Sarau vai perfazer30 anos de tradição no próximoano. Fica aqui o reparo para estasobreposição imperdoável. |||||

APESAR DE IDÊNTICA INICIATIVAREALIZADA NO MESMODIA E À MESMA HORA NOCENTRO CULTURAL DE VILA DASAVES, O SARAU DE REISORGANIZADO PELOS ESCUTEIROSDE VILA DAS AVES VOLTOU AREGISTAR MUITO PÚBLICO.

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16 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

VALE DO AVE‘Poupança’ damote parasessão deesclarecimentoEm parceria com o Centro de Arbi-tragem de Conflitos de Consumo deVale do Ave e com o apoio da DECO(Delegação Regional do Minho), aCâmara da Trofa promove na próxi-ma terça-feira, dia 20, uma sessãode esclarecimento sobre poupança.

Esta iniciativa terá lugar no audi-tório da Associação Empresarial doBaixo Ave (AEBA), pelas 14h30, eabordará várias questões relaciona-das com a gestão do Orçamento Fa-miliar, tais como: elaborar o orça-mento de uma família, como contro-lar as despesas, como planear o fu-turo com segurança e confiança, comodefinir objetivos para a poupança,como determinar o saldo entre ren-dimentos e despesas, como calculara taxa de esforço de um agregadofamiliar, entre outros. |||||

TROFA //

A Câmara da Trofa e a Associaçãode Ação Social – ASAS inauguramno sábado, pelas 15h30, na Casada Cultura, a Exposição “Em Família…”.

Esta exposição reúne trabalhoselaborados pelos participantes do Pro-jeto (RE)Inserir na Trofa, no âmbitodos Ateliers de Pintura dinamizadoscom os formadores da Academia dasEmoções, parceira deste projeto.

Os autores pretendem desta for-ma, dar ênfase à importância que afamília tem no seu processo de recu-peração e manutenção da abstinên-cia de substâncias ilícitas. |||||

‘Em Família’com a ASAS

Famalicão quer reforçar o seu posi-cionamento como epicentro regio-nal de base altamente tecnológica einovadora na área do têxtil e do ves-tuário, e colocar-se no mesmo pata-mar ao nível do setor agroalimentar.Para isso, ao CITEVE - Centro Tecno-lógico Centro Tecnológico Têxtil eVestuário e ao CENTI - Centro de Na-notecnologia e Materiais Técnicos,Funcionais e Inteligentes a CâmaraMunicipal quer juntar em Vila Novade Famalicão, um Centro de Com-petências Agroalimentar.

Este é um dos caminhos que apon-ta o Plano Estratégico de Vila Novade Famalicão 2014-2025 para o

Famalicão quer setores têxtil eagroalimentar a marcar o futuro

desenvolvimento do concelho quefoi apresentado na semana passadapelo presidente da Câmara, PauloCunha, na Casa das Artes, numacerimónia que contou com a partici-pação de várias centenas de pesso-as representativas do tecido institu-cional e empresarial do município.

“É preciso fazer investimento aonível do desenvolvimento tecnoló-gico no agroalimentar e Famalicão,pela rede de empresas que tem nosetor e pela experiência emprestadapelo CITEVE, tem condições ideaispara ser a sede de um centro tecno-lógico que ajude as empresas dopaís a desenvolverem-se e a inova-

rem, como já acontece de forma mui-to significativa no têxtil”, afirmou oautarca famalicense.

Famalicão quer, assim, aplicar in-vestigação, tecnologia e desenvolvi-mento à tradição e aos valores quefazem e fizeram a história do conce-lho e que são reconhecidos comoas alavancas ideais para assegurar avisão que os famalicenses defende-ram para Famalicão durante a elabo-ração do Plano Estratégico – coesão,solidariedade, desenvolvimento e sus-tentabilidade, que garantam mais em-prego, mais ambiente, mais cultura,mais educação e mais solidariedade.

“É um Plano Estratégico assente

em pilares, relacionados com aquiloque Famalicão é e com aquilo que éa sua história, com as nossas forçase com os setores em que o conce-lho é notado a nível nacional e inter-nacional, e com o contexto de opor-tunidade influenciado pelas expetati-vas geradas em torno do novo qua-dro comunitário”, disse a propósitoo autarca famalicense.

Projetar Vila Nova de Famalicãocomo uma comunidade tecno-indus-trial global, focada na excelência dossetores agroalimentar e têxtil, comum território verde multifuncional épois o horizonte que se apresenta àcomunidade famalicense. |||||

FAMALICÃO // PLANO ESTRATÉGICO 2014-2025

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|||||| OPINIÃO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

“Sancti Bartholomeo de Inter AmbasAves” foi paróquia autónoma emtempos muito antigos e o nome de-fine bem a sua localização geográ-fica: entre ambos os rios Aves; aliás,esta referências aos rios, Ave e Vize-la, aparecia também noutras paró-quias como S. Miguel das Aves (hojeVila das Aves, que era S. Miguel deEntre Ambas as Aves) ou S. Pedro(que ficou de Riba d’Ave). Mas S. Bar-tolomeu era e é conhecido, também,como S. Bartolomeu de Niscra ou deNisca e situa-se na freguesia deSerzedelo, atualmente do concelhode Guimarães.

A capela de S. Bartolomeu estásituada ao lado de uma estrada mo-vimentada, a VIM, que lhe deu avisibilidade que não tinha em tem-pos antigos. A pouca distância daIgreja de Riba d’Ave, meio escondidanum pequeno bosque de carvalhos,a Capela de S. Bartolomeu era anti-gamente, e apesar dos acessos poucoconvidativos, bem conhecida do povoe local de prática de antiquíssimoscultos e rituais, como a seguir se verá.Em agosto, no dia do Santo (o dia emque o diabo anda à solta e faz comque as amoras deixem de ser apete-cíveis...) ainda se faz a festa, combons melões e muita animação. DizAurélio Fernando no seu livro “Ribad’Ave em Terras de Entre Ambas asAves” que “muita gente deixa paraesse dia o cumprimento do voto”,com um cerimonial que consiste na“deglutição sibarítica do farnel, aoqual se segue o sacrifício na ara le-vantada em frente do pequeninotemplo”, enchendo uma pequenacova feita na pedra com “carne deboi ou porco, bolinhos de bacalhau,pão, etc., tudo inundado de vi-nho…”. Com o tempo, outras peque-nas covas foram feitas nas afloraçõesrochosas do lugar e são tambémusadas para o efeito.

Na festa do Santo junta-se maisgente de uma só vez mas a ida de

ENTRE MARGENS | 17 JANEIRO 2015 | 17

O FIM DO BUCOLISMO: O CIMENTO ARMADO IMPÕE-SE AO ESPÍRITO DO LUGAR

SERZEDELO // S. BARTOLOMEU DE NISCRA

O sítio e astradições

farnel e garrafão àquele lugar fa-zia-se (e faz-se ainda!) ao longo detodo o ano porque não se pode es-perar pela festa para atalhar o medodas crianças: o medo de andar ou omedo de falar. Umas quantas voltasà capela e a criança vem de lá semreceio de caminhar (desde que, bementendido, cumpra os rituais, entreos quais o dos restos da comida dei-xados nos buraquinhos das pedras).Mas Aurélio Fernando diz mais, nolivro atrás referido: “batem com acabeça da criança, motivadora dovoto, na ara e vão ao templo e reti-ram o facão (é assim que lhe cha-mam) ou espada que S. Bartolomeuempunha, como instrumento domartírio; e voltam à ara com ele, afi-am-no (…) nos bordos da mesmaara que, por isso, dada a repetiçãosecular de tal ato, apresenta um re-baixamento dos topos superiores darespetiva face. Este afiamento do fa-cão anda rela-cionado com o corteda “trave” ou freio da língua, quemuitas vezes impede” a fala…

“No fim, deixam os sacrificadoresuma esmola ao altar de S. Barto-lomeu... e não há criança definhadaou raquítica que ali não vá, e volte,solta a língua, ou rija, de passosfirmes….”. Aurélio Fernando atestada antiguidade do local através doestudo da “ara” (pedra de altar) dosacrifício que não era mais do queuma ara votiva romana com inscrições.

Lembrei-me de trazer estas anota-ções aos leitores porque, ao circular

Uma espécie de cortina,frente à fachada princi-pal da capelan de S.Bartolomeu que, nãoacrescentando nada aolocal, vem perturbardiscrição e bucolismodos rituais milenares…

na VIM verifiquei que o local é pon-to de encontro de gente das redon-dezas, reformados talvez, que ali sejuntam à conversa e a jogar à malha.Mas a vontade de escrever sobre istosurgiu, mais ainda porque, de há unsmeses a esta parte, apareceu a enco-brir a vista da capela a quem vem dopoente uma estrutura de betão queanuncia uma espécie de mini centrocomercial, de dois andares. Uma es-pécie de cortina, frente à fachadaprincipal da capela que, não acres-centando nada ao local, vem pertur-bar a discrição e bucolismo dos ri-tuais milenares…

Posso estar enganado, mas aexcelentíssima Câmara Municipal deGuimarães, bem conhecida pelaexemplar conservação do patrimó-nio da cidade, deve ter-se descuida-do e aprovou a coisa em dia de S.Bartolomeu, pois o que fez ao local,na minha humilde opinião, é exa-tamente o mesmo que o diabo à soltafaz às amoras no dia do Santo... |||||

Riba de Ave comemorou em dezem-bro último os 27 anos de elevaçãoà categoria de vila. O aniversário foiassinalado com uma sessão solenerealizada no salão nobre da Junta deFreguesia que foi pequeno para aco-lher as muitas dezenas de pessoasque quiseram associar-se ao ato.Adesão esta que não é alheia aofacto de, este ano, o programa come-morativo ter incluído a Mostra Asso-ciativa e de se ter lançado o concurso“Regalo de Rabanada”, que elegeu arabanada mais saborosa da vila.

Apresentaram-se a concurso 13concorrentes: 6 em nome individual;5 instituições; 2 empresas. O júri foiformado por um trio de especialistasem arte culinária: Renato Cunha, chefdo conceituado restaurante “Ferru-gem”; Lígia Santos, primeira “master-chef” de Portugal; e Diana Ferreira,professora de restauração, cozinha epastelaria na Didáxis. De acordo como júri, as 13 rabanadas foram criterio-samente avaliadas sob os aspetos daapresentação, do sabor, da textura,da confeção e dos ingredientes.

Na sessão solene do aniversárioda vila, presidida por Susana Pereira(presidente da Junta), foram entreguescertificados de participação a todos osconcorrentes. Na mesma ocasião, foirealizada a entrega dos prémios aostrês primeiros classificados: 1º Prémiopara Sara Silvina Alves Cunha Santos;2º Prémio para Cristina Maria Men-des Teixeira da Costa; 3º Prémio paraChurrascaria Carvalho. No final da ses-são solene, as rabanadas foram de-gustadas por todos os presentes. |||||

Festa dos 27anos de vilacom com sabora rabanadas

RIBA DE AVE //

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DESPORTO18 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

|||| ENTREVISTA: CRISCRISCRISCRISCRISTINATINATINATINATINA VVVVVALENTEALENTEALENTEALENTEALENTE

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Ficou surpreendido quando foicontacto pela direção do ClubeDesportivo das Aves?Se calhar pelo ‘timing’. Ainda nãoestamos a meio do campeonato e,por isso, não estava à espera de terum convite. Fiquei um poucosurpreendido só por este aspeto.

Pesou muito a sua decisão?Foi uma decisão ponderada, difícilmas rápida. Parece um contrassenso,mas é a verdade. Foi difícil porqueeu tinha uma ligação muito forte como Vizela, tinha um plantel construídopor mim que já vinha com a base doano passado e pelo facto de deixarum projeto a meio. Foi fácil, porque oprojeto do Desportivo das Aves aliciou-me e a verdade é que é um salto naminha carreira. Daí, ter sido difícil, pon-derada, mas foi rápida. Gosto do Des-portivo das Aves, e o facto de já acom-panhar o clube há bastante tempo,também pesou. Já o ano passado tive

A UM DIA DA ESTREIA DO NOVO TREINADOR PRINCIPAL DO DESPORTIVODAS AVES (VER TEXTO NA PÁGINA AO LADO), O ENTREMARGENSDESLOCOU-SE AO ESTÁDIO PARA CONHECER MELHOR EMANUEL SIMÕES

Emanuel Simõespede aos adeptosavenses para irem aoestádio apoiar a equipa

CD AVES // ENTREVISTA A NOVO TREINADOR

a oportunidade de ir para a 2ª liga enessa altura rejeitei porque o projetonão me aliciou.

Tem ainda uma carreira recente nofutebol, como encara este desafio detreinar pela primeira vez umaequipa de futebol profissional?Como mais um passo em frente na mi-nha carreira que, apesar de curta, é sus-tentada, tranquila e sempre muito bemponderada. Costumo dizer que nãotenho pressa de chegar rápido no fute-bol, tenho todo o tempo do mundo.

Já realizou vários treinos. Comoencontrou o grupo de trabalho, visto

que a equipa atravessa a pior faseda época?Não sei se é a pior fase da época. Achoque a equipa está bem, está confiante,está predisposta para os desafios quetemos. Aquilo que eu encontrei foi,acima de tudo, um querer e uma von-tade que as coisas se alterem.

Vai fazer algumas alterações noesquema tático da equipa?O mais importante não é o esquematático. O mais importante são as nos-sas ideias, a nossa forma de jogar.Agora, é prematuro, temos muitopoucos treinos, mas acho que já sevai notar alguma coisa.

O que pensa do plantel que tem àsua disposição?É um plantel com qualidade e equi-librado. Se calhar está pouco morali-zado, mas acima de tudo acho quetemos qualidade, temos capacidadee temos matéria para ser trabalhada.É preciso é dar tempo ao tempo,porque as coisas não acontecem dodia para a noite.

Pensa ir buscar reforços neste mer-cado de inverno?Pensando nos 27 jogadores quetenho, tem que haver reforços.

Não teve o aval da direção para irbuscar mais reforços?Nem foi uma questão que se colocou.Sinceramente, aquilo que me predis-pus foi trabalhar com os jogadoresque tenho cá e os reforços têm queestar, primeiro, cá dentro, porque acho

que não interessa ir buscar por ir bus-car. Por isso temos é que analisar bemo que temos, aproveitar o plantel, por-que é um plantel muito extenso. Temosque tentar rentabilizar o que temos cádentro e, se depois, mais para a frente,acharmos que temos de retocar, teráde ser uma coisa muito cirúrgica, por-que ir buscar, por ir buscar, não fazsentido nenhum. Há que trabalhar edar oportunidade aos que cá estãode mostrar que têm qualidade.

É difícil gerir egos no desporto?É como em tudo na vida. Eu acho éque nós temos de perceber as pessoas,cada um é como cada qual. Cadaum tem a sua forma de estar e euacho que essa questão dos egos émuito relativa. A única coisa para mimque é difícil de gerir é um jogadorque não consegue pensar na equipa.Se esse jogador não pensar naequipa também não consegue estarcá. Comigo é muito simples trabalhar,pensamos primeiro enquanto equipae só depois o individual. Se pensaremenquanto individual não tem espaçopara estar neste plantel.

Quais são os objetivos até ao finalda época?Ganhar jogo a jogo. Foi o que eusimplesmente disse à direção. Nãome peçam objetivos a longo prazo, éa curto prazo. E o objetivo é ganharao Trofense, depois ao Marítimo eassim sucessivamente. Estes são osnossos objetivos e vai ser assim até,pelo menos, a equipa estar estabiliza-da. Quando a equipa estiver estabili-

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 19

“EMANUEL SIMÕES, TREINADOR DO CD AVES

Emanuel Simões tem 35 anose é natural de Barcelos. Aolongo da sua carreira comotreinador, o técnico avensetreinou os juniores do Tro-fense, o Bairro FC, o GD Lou-ro (distritais de Braga), oMaria da Fonte, (3ª divisão,atual quarto escalão), e porfim o Vizela (CampeonatoNacional de Seniores), ondese destacou por conseguirlevar a equipa aos oitavos definal da Taça de Portugal,acabando por ser eliminadapelo Sporting. ||||||

zada, aí podemos definir outros obje-tivos. Nesta fase é ganhar jogo a jogo.

Quais são as suas expetativas?As minhas expectativas são elevadas.Espero sinceramente que consigamoscumprir aquilo a que nos estamos apropor, que é ganhar jogos, fazer pon-tos. Não sou de muitos objetivos, depensamento a longo prazo, até porquenunca sabemos o dia de amanhã eentão no futebol mais ainda. Aquiloque eu penso é a cada dia que passacolocar mais um objetivo, ver a equipaa crescer, ver mais motivação, maisvontade, mais querer. Quero divertir-me, quero que os jogadores se divir-tam. Quero que o futebol seja algomais do que vir para cá jogar futebol.É isso que eu penso e é isso que euquero para o resto da época.

Quer deixar uma mensagem aosadeptos do clube?É importante os adeptos apoiarem aequipa. Uma das coisas que sempreme causou admiração foi o facto deo Aves não ter muitos adeptos a apoi-ar a equipa regularmente, a não sernas alturas de maior projeção. Eu achoque o Clube Desportivo das Aves éum clube com tradição, é um clubeque há muitos anos mantêm uma re-gularidade muito grande a este nívele precisa claramente de mais apoio,de ter as pessoas no estádio paraapoiar ou para criticar. Nós não de-vemos ter medo das críticas quan-doelas são construtivas, porque são elasque muitas vezes nos fazem cres-cer.Mas para isso é importante que aspessoas venham ver os jogos, in-dependentemente de criticarem, masque estejam sempre perto do clube eao lado da equipa. Se calhar esse é ogrande objetivo que neste momentoestá traçado da nossa parte, é tentarchamar mais pessoas ao estádio. Paraisso, eu sei que é preciso a equipajogar bem, ter qualidade, ter resul-tados, mas também as pessoas têmque pensar que não é depois de aequipa estar a jogar bem, depois deestarmos a ganhar que é preciso oapoio. O apoio é nos momentos difí-ceis. Por isso, se este é um momentodifícil para o clube, é nesta altura queprecisamos do apoio dos avenses. ||||||

||||| TEXTO: CRISCRISCRISCRISCRISTINATINATINATINATINA VVVVVALENTEALENTEALENTEALENTEALENTE

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Foram cerca de 400 os adeptos quese deslocaram ao estádio do ClubeDesportivo das Aves para a assistir à22ª jornada da II Liga, mas tambémà estreia de Emanuel Simões no co-mando técnico da equipa avense. Oempate em casa frente ao AtléticoClube de Portugal soube a pouco,principalmente pelo facto de a equipada casa ter estado melhor em campodurante grande parte da partida.

Primeira parte muito bem disputada,mostrando um Aves determinado aquerer dominar o encontro e logo aos5 minutos, através de um livre, Jorge

Um empate na estreiaFALTA DE SORTE NA ESTREIA DO NOVO TREINADOR AVENSE. DESPORTIVO DAS AVESENTROU MELHOR NA PARTIDA MAS NÃO CONSEGUIU DAR A VOLTA AO RESULTADO

Ribeiro obriga Igors a fazer uma monu-mental defesa. Esta situação repete-se ao minuto 17, quando Jorge Ribei-ro faz um cruzamento que quase traíao guardião Igors, que voltou a opor-se bem. Ao minuto 28, Caballero ca-beceia ao lado da baliza adversária,colocando a plateia em alvoroço.

Pouco tempo depois, aos 33 minu-tos, surge o golo do Atlético. Numcontra-ataque rápido, Jorge Gonçalvesisola Jajá que, à saída de Quim fezum ‘chapéu’ digno de registo, colo-cando os forasteiros em vantagem,injustamente. O CD Aves logo respon-deu e Caballero, esteve perto de empa-tar, quando ao minuto 36, na sequên-cia de um remate de Tito o avançadona recarga não conseguiu empatar,para desespero dos adeptos avenses.

A 2.ª parte primou pela vontade deos avenses darem a volta ao resultadoacabando por, ao minuto 57, chegarao empate, quando Caballero conver-teu em golo uma grande penalidade.

Após o empate, o Atlético ficoumais defensivo, obrigando o Aves asubir as suas linhas e pressionar maisa equipa adversária. Contudo, ManuelLiz assustou os avenses aos 86 minu-

tos, obrigando Quim a fazer umagrande defesa.

No final, o técnico avense referiuque o “resultado mais justo era a vitó-ria” e que o “Aves teve mais oportuni-dades de golo,” salientando aindaque os 20 minutos da segunda par-te traduziram aquilo que quer daequipa. Por sua vez, Carlos Pereira, trei-nador-adjunto do Atlético, destacao empe-nho das duas equipas e queambas estiveram “de parabéns”.

Com este resultado, o Aves soma23 pontos, conseguindo manter-seacima da linha de despromoção. |||||

CD AVES 1 - 1 ATLÉTICO CPAVES: QUIM, LEANDRO, JÚNIOR PIUS, ROMARIC, JORGE

RIBEIRO, GROSSO (ZÉ VALENTE, 78), TITO, RÚBEN NEVES

(RENATO REIS, 67), PEDRO PEREIRA, CABALLERO E

PERDIGÃO (LUÍS MANUEL, 87). ATLÉTICO: IGORS,

LEANDRO ALBANO, TIAGO DUQUE, ROBERTO, PEDRO

ALMEIDA, IBRAHIM, THOMAS (MANUEL LIZ, 58), JORGE

GONÇALVES (PALÁCIOS, 66), SILAS, QUINAZ E JAJÁ

(BJORN, 36). GOLOS: JAJÁ (33) E CABALLERO (57) DE

GRANDE PENALIDADE. ÁRBITRO: IANCU VASILICA (VILA

REAL). CARTÕES AMARELOS: THOMAS (40), TIAGO

DUQUE (57), PALÁCIOS (77) E IBRAHIM (83).

EMANUEL SIMÕESPERFIL

“Sempre me causou admi-ração o facto deo Aves não ter muitosadeptos a apoiar aequipa regularmente.”

FUTEBOL // DESPORTIVO DAS AVES

Não me peçam objetivos a longo prazo, é a curtoprazo. E o objetivo é ganhar ao Trofense,depois ao Marítimo e assim sucessivamente.

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DESPORTO20 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

Do jogo com a Oliveirense há a retera imensa luta entre a equipa e o poucoesclarecimento dos executantes comum futebol a maior parte do tempomal jogado. O equilibrio foi a notadominante do encontro, sobretudona primeira parte. Nesta etapa há aregistar uma oportunidade de golodigna desse nome para cada lado. À

TIRSENSE 0 - AD OLIVEIRENSE 1TIRSENSE: PAULO CUNHA, DIOGO PINHEIRO, PAULO

SAMPAIO, ANDRÉ PINTO, NERA, ANDRÉ CARVALHO, PEDRO

PEIXOTO (DANIEL CERDEIRA, 63), PEDRO MAURÍCIO

(GILMAR SANTOS, 79), CARLINHOS LEONEL, TIAGO AN-

DRÉ E MATT ODUARAN (KAKÁ, 85). AD OLIVEIRENSE:

LEO LEISCHSENRING, EDUARDO FILIPE, MANIEL PEDRO,

ÉDSON SILVA, MARCO RIBEIRO, CRISTIANO GOMES,

KINGSLEY ONYEUKWU (RICARDO RODRIGUES, 63),

VALTER BECK, JORGINHO RIBEIRO (IBRAHIMA FAYE, 82),

AREIAS (JOÃO AMARAL, 73), THÉO MENDY. GOLO: THÉO

MENDY (55). ÁRBITRO: ANDRÉ SILVA NETO (VILA REAL).

CARTÕES AMARELOS: KINGSLEY ONYEUKWU (5),

PEDRO PEIXOTO (30), DIOGO PINHEIRO (71), MARCO

RIBEIRO (75) E JORGINHO RIBEIRO (87).

CNS // DERROTA CASEIRA NA PENÚLTIMA JORNADADA PRIMEIRA FASE

Muita luta epouco futebol

passagem da meia hora de jogo,Pedro Maurício rematou para defesavistosa do guardião Leo. Cinco mi-nutos depois foram os forasteiros aestar perto do golo, com Jorginho Ri-beiro a conseguir isolar-se frente aPaulo Cunha mas a rematar por cimada baliza dos jesuítas.

Na segunda parte a toada de jogomanteve-se e só Théo Mendy alterouo rumo dos acontecimentos conseguin-do marcar o único golo da partida.

Em desvantagem esperava-se umareação do Tirsense, mas a clarividên-cia falta aos homens da casa e o jogoarrastou-se para o final, com a Olivei-rense a conseguir mais três pontos ea conseguiur colocar-se em melhorposição do que os homens de SantoTirso para enfrentar a segunda fase.

VITÓRIA FRENTE AOSANTA EULÁLIANa jornada anterior, no primeirodesafio de 2015, derrota por 2-0 navisita ao Varzim, com a equipa poveiraa resolver a partida ainda no primei-ro tempo. Abriu o ativo muito cedo,com o golo de Sérgio Organista aominuto 4 e com a vantagem amplia-da ao minuto 40 por Diego Mourão.Na segunda parte os da casa conse-guiram gerir a vantagem e triunfar.No último desafio de 2014, o Tirsen-se ganhou por 1-0 ao CCD de SantaEulália com o único golo da partidaa ser marcado por André Carvalhoao minuto 63 da segunda parte.

Ainda antes, Famalicão e Tirsense,também esgrimiram argumentos comos famalicenses a levar ma melhor.À passagem do primeiro quarto dehora Correia inaugurou o marcadore aos 35 o mesmo jogador bisou napartida e sentenciou-a. |||||

O TIRSENSE VOLTOU A PERDER EM CASA NA PENÚLTIMAJORNADA DA PRIMEIRA FASE DO NACIONAL DE SENIORES.UM GOLO SOLITÁRO DE THÉO MENDY NO INÍCIO DASEGUNDA PARTE FOI SUFICIENTE PARA OS TRÊS PONTOS AOVIZINHOS DE OLIVEIRA SANTA MARIA. O TIRSENSE É AGORASEXTO COM 18 PONTOS, TERMINANDO ESTA FASE COMUMA VISITA AO FC FELGUEIRAS, QUE SOMA 30 PONTOS.

DISTRITAIS

O Futebol Clube Tirsense comemo-rou no passado dia 5 de janeiro77 anos de história. Um aniversá-rio assinalado ao fim do dia noestádio Abel Alves de Figueiredocom os dirigentes, atletas da equi-pa sénior e das camadas jovens epor alguns adeptos mas já a pensarnos 78, que se pretende que seja oano da subida.

O desígnio e objetivo é revela-do de forma clara pelo presidenteFernando Matos que tem mais umano de mandato à frente dos desti-nos do clube.

“Espero comemorar os 78 anoscom mais força” adiantou o presi-dente, referindo que esta época é oano da “estabilidade e de criar es-truturas, de modo a que para o anopossamos lutar com outras condi-ções “pela subida de divisão”.

Quanto à atual época, “estamosnuma situação tranquila”, emboraFernando Matos admitia que a se-gunda fase “será mais complicada”acreditando, contudo, que “o Tir-sense vai assegurar a manutenção”.

“Aos sócios fico grato porque naatualização que temos em curso, jáconseguimos garantir cerca de milsócios e para o ano queria chegar

TIRSENSE // ANIVERSÁRIO

77 anos doTirsense aacreditar que os 78serão de subida

Em desvantagemesperava-se uma reaçãodo Tirsense, mas aclarividência falta aoshomens da casa.

Depois de uma fase menos boaem que perdeu mesmo a lideran-ça isolada, o S. Martinho conse-guiu três vitórias nas últimas jor-nadas disputadas. No passadoDomingo recebeu e venceu oCandal por 3-0, ao passo queno primeiro desafio do ano foi aRio Tinto vencer por 1-2. Na últi-ma jornada de 2014 o regressoàs vitórias frente ao Aliança deGandra por 2-1.

Com esta série de vitórias, con-seguiu isolar-se novamente nocomando do campeonato da Di-visão de Elite - Pró-nacional. Soma40 pontos e está com três pon-tos de vantagem sobre o Oliveirado Douro.

Na próxima jornada, o S. Mar-tinho visita o Vila Meã, equipaque segue no quinto posto com29 pontos somados.

VILARINHO PERDEDEPOIS DE DUAS VITÓRIASO Futebol Clube de Vilarinhomantém o segundo lugar da Di-visão de Honra da AFP depoisdas três últimas jornadas e man-tém-se em lugar de subida.

No passado fim de semanaperdeu por um zero na desloca-ção ao terreno do líder da tabe-la, o Pedrouços.

Antes tinha ganho por 0-3na deslocação ao terreno doNogueirense e no último jogo doano de 2014 recebeu e venceuo Alpendorada por 1-0.

Com estes resultados, o Vilari-nho soma 28 pontos e aumen-tou a distância para o líder, que játem 33 pontos. A derrota do fimde semana também viu aproximar-se os perseguidores, nomeada-mente o Baião que tem apenasmenos um ponto que o Vilarinho.

Na próxima jornada o Vilari-nho recebe o Maia Lidador quesegue no 6º posto com 23 pon-tos somados. ||||||

S. Martinhoretomacomando

aos dois mil”, por isso o presidentedos jesuítas apela aos adeptos e sim-patizantes que se tornem sócios eque ajudem a fortalecer o clube e adar-lhe condições para lutar porambições maiores, criando “maiorenvolvência em torno do clube”.

Fernando Matos na hora de cor-tar o bolo agradece sobretudo àsentidades oficiais, ou seja, à Câma-ra de Santo Tiro e à Junta de Fregue-sia, concluindo que está “orgulho-so do percurso feito até agora coma ambição de levar o Tirsense paraoutro patamar”.

Em nome dos atletas, o capitãoHugo Cruz evidenciou que o clube“está vivo” e que pretendem “voltaraos bons velhos tempos”. “Represen-tamos um clube especial e esperamosque o futuro seja risonho”, desejou.

Este aniversário ficou ainda mar-cado pela visita que alguns utentesda Cooperativa de Apoio à integra-ção do deficiente fizeram ao clube,entregando um quadro pintado poreles à equipa sénior. “Foi um mo-mento de agradável convívio comtoda a estrutura onde a solidarie-dade e amabilidade de todos pro-vocou um grande momento de ca-rinho e união”, refere o clube. |||||

O OBJETIVO FOI REVELADO DE FORMA CLARA PELOPRESIDENTE FERNANDO MATOS QUE TEM MAIS UMANO DE MANDATO À FRENTE DOS DESTINOS DO CLUBE

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 21

Quase mil atletas naS. Silvestre de Santo Tirso

Os juniores do Aves levaram amelhor no derby concelhio docampeonato nacional de junioresda 2ª divisão, série A. Recebe-ram e venceram por 3-2.

Com este resultado, os aven-ses mantêm a perseguição aos lu-gares de subida. Estão no quartoposto com 27 pontos, a três dotercerior, que é o Chaves e a qua-tro do Vizela. O líder, Moreirense,soma já 37 pontos e está já mui-to destacado na liderança com37 pontos somados. O Tirsensesegue no oitavo posto com 18pontos somados.

Na próxima jornada, o Avesvai a Ronfe, equipa que segue noúltimo lugar com apenas um pon-to. O Tirsense recebe o Chaves. |||||

Os avenses continuam a atravessaruma fase menos boa na série A daII Divisão de Futsal, somando já cin-co derrotas nas últimas jornadas.

As últimas duas aconteceram jánas duas jornadas disputadas nonovo ano. No passado fim de se-mana receberam e perderam por 1-2 com o Caxinas, ao passo que najornada anterior foram aos Pionei-ros de Bragança perder por 3-2.

Apesar dos resultados serempela margem mínima, o que é certoé que o Aves já soma cinco derro-

Ginásio cede frente aoscolossos nacionais

Aves derrotaTirsense

União de Freguesiasdá início a 2.ª edição daLiga Toupeira

Aves em quedatas consecutivas a que se junta aeliminação na Taça de Futsal na 3ªeliminatória. Foi no passado dia 20de dezembro que perdeu por 5-4frente aos Lobitos.

Na série A da II Divisão, a equi-pa de futsal do Aves caiu aindamais e é agora oitavo da geral comapenas 12 pontos somados.

Na próxima jornada, a 24 dejaneiro, o Aves recebe o Cabeçu-dense pelas 17h30, equipa quesegue no quatro lugar com 19 pon-tos somados. |||||

A Junta da União de Freguesiasde Santo Tirso, Couto (Sta. Cristinae S Miguel) e Burgães deu iníciono passado sábado, 10 de janeiro,a 2ª edição da Liga Toupeira Futsal2015 - Veteranos.

Com cerca de 300 pessoas amarcarem presença no Polides-portivo do Juncal, as partidas muitobem disputadas foram marcadaspelo convívio e pela boa disposi-

FUTSAL //

ção. Nesta primeira jornada, desta-que para as vitórias da Casa doBenfica, do AB 92, da A. D. Tarrioe do Ginásio Clube de Santo Tirsoque assim ocupam os lugares ci-meiros da tabela classificativa, to-dos com 3 pontos.

A próxima jornada realiza-se nopróximo sábado, dia 17 de janeiro,no Polidesportivo de Merouços apartir das 15h30. ||||||

JUNIORES //

ATLETISMO

Quase um milhar de pessoas es-tiveram no dia 20 de dezembrona 17ª São Silvestre de Santo Tirso,uma prova composta por umacorrida de 10 quilómetros. Noshomens o vencedor foi MiguelBorges, do Benfica e no setor fe-minino a vitória foi para DanielaCunha, da UD Várzea. A prova,apadrinhada por Sara Moreira, écaracterizada pelos vários desni-veis que tem no seu percurso.

Na classificação geral mascu-lina, em primeiro lugar ficou, Mi-guel Borges, do S.L.Benfica, com00:31:05.80. Em segundo, RuiMuga, do C. Académico Moga-douro, com 00:31:08.72. Em 3º,Pedro Ribeiro, do Sporting C.P.,com 00:31:12.42.

No sector feminino, DanielaCunha, da U. D. Várzea, ficou emprimeiro lugar, com 00:37:01.40.Seguida de, Jéssica Matos, da Ju-ventude Vidigalense, com 00:37:05.23. E, para completar o pódio,Anália Rosa, do Sporting C. P., com00:37:09.20. |||||

ANDEBOL //

O Passos Manuel obteve ontem umtriunfo muito importante tendo emvista assegurar o playoff (oito primei-ros), ao derrotar fora o Santo Tirsopor 35-28, em jogo da 16.ª jornada.

O conjunto da capital já venciapela diferença de quatro golos ao in-tervalo (17-13). A nível individual,destaque para o tirsense Francisco

Fontes, o melhor goleador (10) dapartida, a par de Pedro Sequeira doPassos Manuel.

Com esta derrota, o Ginásio deSanto Tirso mantém-se no penúltimolugar com 20 pontos somados.

A próxima jornada realiza-se a 24de janeiro (sábado) e leva o Giná-sio Clube à Madeira. |||||

KARATÉ // CAMPEONATO NACIONAL DEKARATE DE CADETES E JUNIORES

No último sábado, 10 de Janeiro, de-correu no Seixal, mais precisamenteno pavilhão municipal da Torre daMarinha, o campeonato nacional decadetes e juniores.

A Associação Negrelense e a As-sociação de Karaté de Vilarinho esti-veram presentes, nomeadamente comJosé Monteiro que integrou o painelde arbitragem, a atleta Ana Monteiro,na qualidade de treinadora, mas tam-bém com Bruno Fernandes, da Asso-

ciação Negrelense, que competiu nasprovas de kata e kumite (-57kg) emcadete masculino, assim como Ma-nuel Azevedo da associação de Vila-rinho que integrou as provas dekumite (-70kg) cadete masculino.

O trabalho desenvolvido pelosdois atletas nas provas que participa-ram foi positivo, contudo não foi su-ficiente para alcançarem o pódio.Ainda há, por isso, muito trabalho adesenvolver. |||||

A Negrelense e karatéde Vilarinho no Seixal

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DIVERSOS

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES

Maria Arminda Pereira CoelhoA família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Vila das Aves, com 84 anos de idade, falecidana sua residência no dia 21 de Dezembro de 2014. Ofuneral realizou-se no dia 23 de Dezembro, na CapelaMortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz, indo deseguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES

Manuel de Castro

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 83 anos de idade, falecidona sua residência em Janeiro de 2015. O funeral realizou-se no dia 8 de Janeiro, na Capela Mortuária de Vila dasAves, para a Igreja Matriz, indo de seguida a sepultarno Cemitério local. Sua família, renova os sincerosagradecimentos pela participação no funeral e missade 7º. Dia.

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

S. TOMÉNEGRELOS

Júlia Martins Carneiro

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Burgães, com 88 anos de idade, falecida noHospital de S. Tirso no dia 14 de Dezembro de 2014. Ofuneral realizou-se no dia 16 de Dezembro, na CasaMortuária da Vila de S. Tomé de Negrelos, para aIgreja Paroquial, indo de seguida a sepultar no Cemitériolocal. Sua família, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

REBORDÕES

Luiz de Oliveira e Silva (Luiz Mira)

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Rebordões, com 71 anos de idade, falecido noIPO do Porto no dia 9 de Dezembro de 2014.O funeralrealizou-se no dia 10 de Dezembro, na Capela Mortuáriada Vila de Rebordões, para a Igreja Paroquial, indo deseguida a sepultar no Cemitério local. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participação nofuneral e missa de 7º. Dia.

No passado dia 25 de Dezembro, faleceu a D. Alzirade Freitas, residente na Rua do Rioberto, com 100anos de idade, viúva do Sr. João de Oliveira.Suas filhas, filhos e demais família, vêm assim,

D. Alzira de FreitasAgradecimento

muito sensibilizados, agradecer a todos que se associaram à sua dor, epelas provas de carinho e amizade que lhes foram endereçadas aquandodo falecimento da sua ente querida.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

VILA DAS AVES

22 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

AGRADECIMENTO

Funeral a cargo de: Abílio Godindo - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES

Luciana Amorim Monteiro

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Vila das Aves, com 69 anos de idade, falecidano Hospital de S. Tirso no dia 5 de Janeiro de 2015. Ofuneral realizou-se no dia 7 de Janeiro, na CapelaMortuária de Vila das Aves, para a Igreja Matriz, indo deseguida a sepultar no Cemitério de Vila das Aves. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pelaparticipação no funeral e missa de 7º. Dia.

ESCREVA-NOS UM POSTALSe é natural do município de Santo Tirso mas reside atualmente no exterior ou anda em viagempelo mundo, escreva-nos. Dê conta das suas impressões desses lugares mais ou menos longín-quos onde se encontra e partilhe-as com os leitores do Entre Margens. Ou, dito de outra forma,e à moda antiga, escreva-nos um postal (mesmo que usando os meios electrónicos).Morada: apartado 19. 4796-908 Vila das [email protected]

Os textos não devem ultrapassar os 2500 caracteres (contagem incluindo espaços) e devem seracompanhados de uma foto do local onde se encontra.

HORIZONTAIS: 1- obedeço; errado; 2-cultive; maçã; 3-lavrai; saltar; 4-estrela; divisível por dois; long-play; 5-oque está no campanário; em ação; 6-contraçãoda preposi-ção e artigo; liga com linha e agulha (inv); 7-preposiçãode lugar; acento ortográfico; sons emitidos pelos bovinos;8-ser capaz; imperador romano; 9-do outro lado; reco-mece; 10-sua Alteza Real; furúnculo.

VERTICAIS: 1-fileiras; cabelos ralos; 2- queridos; religio-so chiita; 3-calcula; conceder; 4-três vezes; reparem; 5-orçamento de Estado; rio italiano; dirigir-se; 6-utensílio;artigo antigo; consoantes de nora; 7-sem mácula;internete (abrev); 8-das abelhas; designar; 9-lago salgadoda Ásia;pequena; 10-palerma; reles.

Palavrascruzadas

Verticais: 1-ACATO;MAL. 2-LAVRE;PERO. 3-ARAI;PULAR. 4-SOL;PAR;LP. 5-SINO;ON. 6-AO;ESOC.7-EM;TIL;MUS. 8-PODER;NERO. 9-ALÉM;REATE. 10-SAR;ANTRAZ.Horizontais: 1-ALAS;REPAS. 2-CAROS;MOLÁ. 3-AVALIA;DER. 4-TRI;NOTEM. 5-OE;PÓ;IR. 6-PÁ;EL;RN.7-PUROS;NET. 8-MEL;NOMEAR. 9-ARAL;CURTA. 10-LORPA;SOEZ

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Soluções

O Jornal Entre Margensenvia às famílias enlutadasas mais sentidas condolênciaspela perda dos seusqueridos familiares.

A família agradece a todos quantos, de alguma forma, se sensi-bilizaram com a sua dor neste momento de profunda tristezapela perda da sua familiar tão querida e participaram no funerale na missa de 7º dia.

Ana Andrade Ferreira

Agradecimento

03/04/1911 - 03/01/2015

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ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015 | 23

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Tenha a suaassinatura em dia e

Estrelado Monte

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A FECHAR24 | ENTRE MARGENS | 15 JANEIRO 2015

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 29 de janeiro.

Miguel Araújo, um dos artistas mais com-pletos da nova geração da música emPortugal, irá inaugurar a edição deste anoda “Na Tomaz com...”, organizada pelaAssociação de Pais da Escola Secundá-ria Tomaz Pelayo, em Santo Tirso. O even-to terá lugar no Auditório da Escola nodia 30 de janeiro, pelas 21h30.

Miguel Araújo é já considerado umdos grandes nomes da música portugue-sa, destacando-se como compositor,letrista, cantor e músico, sendo bem su-cedido em cada uma destas vertentesque compõe a sua multifacetada e eclé-tica carreira. São já muitas as canções dasua autoria, cantadas por si e por outros(Azeitonas, dos quais faz parte, AntónioZambujo, Ana Moura, Carminho) e quefazem já parte do espólio das grandescanções populares portuguesas deste sé-culo. Como escreveu o Expresso em 2012,“é notório que Miguel Araújo se tor-nou um dos melhores fabricantes de can-ções que o país viu surgir este século”.

Membro fundador, guitarrista e com-positor dos Azeitonas de temas de su-cesso como “Quem és tu miúda”, “AndaComigo Ver Os Aviões”, Ray-dee-oh”,

A Companhia de Teatro “OsQuatro Ventos” e a MiguelCarvalho - Produções (MCPROD’ART), apresentam o seunovo espetáculo “Um dia alfa-bético...” direcionado para umafaixa etária muito especial eque aborda, pela segunda vez,o público dos 0 aos 5 anos.Este é um espetáculo didáticoe tem como tema “as letras”.A estreia está marcada paradia 18 de janeiro, com duassessões, às 15h30 e às 17

É já esta sexta feira, dia 16 dejaneiro, pelas 21 horas que oCentro Cultural de Vila dasAves recebe o lançamento dolivro “Aforismos por aí den-tro”, da autoria de MiguelMoutinho, com ilustrações deRosa Amaral, numa edição da

horas, e com reposição dia 25de janeiro, no mesmos horá-rios, no Auditório dos Bom-beiros Voluntários Tirsenses(amarelos), em Santo Tirso. Osbilhetes custam 10 euros parabebé/criança (dos 0 aos 5anos) e um adulto acompa-nhante. O número de entra-das por sessão é limitada e,como tal, deverá ser feita umareserva através do 912117272(Miguel Carvalho) e do [email protected]

Paroquia de Rebordões. Oevento contemplará ainda al-guns momentos musicais erecitação de poesia, com inau-guração da exposição das ima-gens do livro, que estará pa-tente até ao final do correntemês de janeiro ||||||

Miguel Moutinho apresentalivro no Centro Cultural

Teatro para menoresde cinco anos

EVENTOS // FIM DE SEMANA Miguel Araújo vaià Tomaz Pelayo

entre outros, Miguel Araújo foi tambémautor das canções do monólogo “ComoDesenhar Mulheres, Motas e Cavalos”,de Nuno Markl. De assinalar também asua participação especial no álbum“Grande Medo do Pequeno Mundo”,de 2012, de Samuel Úria. O músicoencontra-se neste momento a comporpara cinema.

Esta edição da “Na Tomaz com...” iráter como moderador convidado o radi-alista e DJ Vítor Pinto, colaborador emalgumas publicações físicas bem comoem websites e blogs.

Com 39 anos, Vitor Pinto tem umavasta experiência na área da divulgação,contando com 16 anos de radialista eoutros tantos como Disk Jockey. Dedica-se agenciamentos e produções de even-tos e é,igualmente, frequentador de es-paços de música ao vivo desde peque-nos clubes a grandes festivais.

Atualmente, além de criador, dirige osite de divulgação cultural diáriawww.fenther.net , promovendo assim osnovos valores nacionais, conferindo astendências, seguindo sempre toda aatualidade em geral. |||||

Miguel Araújo éjá consideradoum dos grandesnomes da músi-ca portuguesa,destacando-secomo composi-tor, letrista,cantor e músico