Empresa & Cia 17

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| REVISTA DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS E EMPRESARIAIS DO ESTADO DO PARANÁ | DEZEMBRO DE 2011 A JANEIRO DE 2012 | ANO 6 | Nº 17 | Entrevista exclusiva: 30 anos de economia brasileira sob a ótica de Miriam Leitão CAPACITAÇÃO + CRÉDITO A SOMA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CAPACITAÇÃO + CRÉDITO A SOMA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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REVISTA DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS E EMPRESARIAIS DO ESTADO DO PARANÁ | JANEIRO a MARÇOde 2012 | ano 6 | nº 17

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| rEVISTA DAS ASSOCIAÇÕES COMErCIAIS E EMPrESArIAIS DO ESTADO DO PArANÁ | DEzEMbrO DE 2011 A jANEIrO DE 2012 | ANO 6 | Nº 17 |

Entrevista exclusiva: 30 anos de economia brasileira sob a ótica de Miriam Leitão

CAPACITAÇÃO + CRÉDITO

A SOMA PARA ODESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

CAPACITAÇÃO + CRÉDITO

A SOMA PARA ODESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

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Novembro foi um grande mês para a Faciap. Empresários e comerciantes de todas as cidades do Paraná prestigiaram a XXI Convenção Anual da Faciap, em Foz do Iguaçu. Cerca de 1.300 pessoas estiveram reunidas durante três dias para debater a força das associações comerciais como agentes de desenvolvimento do nosso estado. Autoridades como a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o governador Beto Richa marcaram presença no evento.

Na oportunidade, lançamos os programas Bom Negócio e Banco do Empreendedor, firmamos um pacto para o fim da miséria no Paraná, conhecemos os prefeitos destaques no empreendedorismo e aprendemos mais sobre carreira e emprego com o palestrante Max Gehringer. Os jovens e as mulheres também tiveram espaço na Convenção para discutir sua atuação como empreendedores. A responsa-bilidade social foi outro ponto alto do evento.

Um resumo de todos estes temas foi preparado especial-mente para esta edição da Empresa & Cia, que traz também uma entrevista especial com a jornalista da área econômica, Miriam Leitão, e muito mais conteúdo para você.

Boa leitura!

EDITORIAL

Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita desenvolvida para a Faciap.

Editada pela Editora Inventa Ltda – CNPJ 11.870.080/0001-52

Rua Heitor Stockler de França, 356 – 1º andar – Centro Cívico – Curitiba –PR

Projeto gráfico: D-lab – www.dlab.com.br

Projeto editorial e conteúdo: IEME Comunicação - www.iemecomunicacao.com.br

jornalista resPonsável: Taís Mainardes DRT/PR 6380

redação: Marília Bobato, Eduardo do Valle, Marina Gallucci, Mariana Nunes, Flávia Ferreira, Priscilla Scurupa

revisão: Marília Bobato

comercialização: Veronica Souza – [email protected]

críticas e sugestões: [email protected]

conselho editorial: Márcio José Vieira, Jean Flávio Zanchetti, Caio Vieira Gottlieb

aProvação: Rainer Zielasko

gráfica: Midiograf

e x p e d i e n t e

Rainer Zielasko - Presidente da Faciap

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EMPRESA&CIA

responsabilidadesocial

economia

universo faciap

giro pelo estado

bate-papo

dicas

curiosidades

agenda

artigo

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Ações da Federação em benefício de seus associados

Confira o trabalho das ACEs no Paraná

Instituto ALL aposta na conscientização ambiental das próximas gerações

CAPACITAçãO + CRéDITO = a soma para o desenvolvimento Sustentável. Conheça os programas bom negócio e banco do empreendedor

14EU FIZ E DEU CERTO

institucional08NURSE em prol do desenvolvimento local

28

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30

32

34

Faciap conversa com Eugênia Ceres Monteiro

Livro, DVD e site do momento

XXI Convenção Anual mostra a força do associativismo no Paraná

O tempo não para

Cursos e eventos das ACEs

30 anos de economia brasileira, com Miriam Leitão

Coamo: mais que uma soma

Especial XXI Convenção Anual da Faciap

entrevista18

Ciclos profissionais: como saber a hora certa de mudar

carreira26Controlar o tempo é possível?

comportamento25

35 convenção

SUMÁRIO

22

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comportamento

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EMPRESA&CIA

O avanço humano, social e susten-tável exige o protagonismo local, pois os maiores responsáveis pelo

desenvolvimento de uma cidade são as pessoas que nela vivem. “Sem o interesse, o envolvimento, o compromisso e a adesão da comunidade local, nenhuma política de promoção alcançará êxito”, afirma a responsável técnica do NURSE, Yvy Karla Abbade. Desta forma, somente com a união de vontades, os três setores da sociedade, representados por suas lideranças, podem promover o desenvolvimento e a transfor-mação de suas realidades.

é desta forma que o NURSE trabalha no Paraná, voltado ao sistema de associa-ções e seus públicos de relacionamento. O Núcleo atinge 290 associações comer-ciais e seus quase 50 mil associados e parceiros, representando assim os três setores da sociedade.

A estratégia de implementação do Pro-grama de Desenvolvimento Local resulta da convergência de experiências e expec-tativas que o conjunto diversificado de parceiros envolvidos transporta para o seio do debate nos Fóruns Permanentes de Lideranças para o Desenvolvimento Local e workshops sobre o tema.

O NURSE respeita o objetivo do programa de mobilizar a sociedade para o alcance do desenvolvimento regional e local, me-lhorar o ambiente empresarial e, princi-palmente, promover a qualidade de vida das pessoas e das gerações futuras.

nurse em prol do desenvolvimento localPara o alcance de experiências bem sucedidas de desenvolvimento, o Núcleo de

Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial da Faciap, NURSE, constatou que, na maioria dos casos paranaenses, existe um elevado nível de cooperação e

parceria entre os três setores da sociedade: governo, empresas e ONGs.

bom exemplo

Em outubro, aconteceu o lançamento do Fórum Permanente de Lide-

ranças para o Desenvolvimento Local, em Araucária, com as palestras do

coordenador do NURSE, Flavio Toledo, do consultor empresarial Eduardo

Almeida e do diretor da CODAR, Paulo Horácio. Realizado pela ACIAA

(Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Araucária), com o

apoio de gestão do SICREDI e localmente da empresa CCPR – Camargo

Correa e Promom e do SICOOB SUL, o evento contou com a presença

do presidente da ACIAA, Valdecir Borgo, do presidente da Faciap, Rainer

Zielasko, da vice-presidente para Assuntos de Responsabilidade Social,

Eugênia Ceres Monteiro, da responsável técnica do NURSE, Yvy Karla

Abbade, e de diversas autoridades locais.

institucional

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EMPRESA&CIA

fÓrum permanente futuro 10

A convite do presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Posadas (CCIP), Mario Ortigoza, e do presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Puerto Iguazu (CCIPI), Elias Prituluk, representantes da Faciap, da Caciopar (Coordenadoria das Associações Co-merciais e Empresariais do Oeste do Paraná), da ACIFI (Associação Comer-

cial e Industrial de Foz do Iguaçu) e da ACIMACAR (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Mare-chal Cândido Rondon) participaram de um encontro com associações co-merciais e empresariais argentinas na cidade de Puerto Iguazu, em outubro. O objetivo do encontro foi estreitar relacionamentos e trocar informações

relativas às necessidades do mercado e às ferramentas disponíveis para o apri-moramento da atividade empresarial. “Buscou-se a aproximação entre as entidades, visando firmar uma aliança estratégica de apoio comum e fortalecer o associativismo na fronteira”, contou o vice-presidente da ACIFI, Roni Temp.

No começo de dezembro, as entidades que compõem o Fórum Permanente Futuro 10 Paraná participaram de uma reunião com a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em Brasília. O objetivo foi apresentar as demandas do grupo, principalmente no que diz respeito à verba para o Porto de Paranaguá e ao Banco de Projetos.

A Faciap é uma das integrantes do Fórum, que busca discutir ações conjuntas para o desenvolvimento social e econômico do estado, além de informar e mobilizar a sociedade paranaense para as propostas levantadas. O presidente da Federação, Rainer Zielasko, participou do encontro.

encontro

reunião

reunião com associaçÕes argentinas

universo faciap

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faciap lança programa de certificação

digital

inauguração

oportunidade

Presidentes, executivos e funcionários de Associações Comerciais de toda a região Norte do Paraná prestigiaram a Convenção Regional da Faciap em Rolândia, no final de setembro. A ACIR (Associação Comercial e Empresarial de Rolândia) foi a anfitriã do evento.

O presidente da Faciap, Rainer Zielasko, participou do encontro e destacou que a Convenção foi bastante oportuna, pois nem todas as associações da região podem comparecer à Convenção Anual em Foz do Iguaçu. “Muitos colegas de associações querem ficar atualizados sobre os temas de importância do empresariado paranaense, mas não conseguem tempo ou recursos para participar em Foz do Iguaçu. Assim, vamos realizar essas convenções regionais para oportunizar um espaço mais próximo de debate e linhas de ação”, explicou.

O acesso empresarial ao crédito, a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, a educação empreendedora e a sala do empreendedor nas prefeituras foram alguns dos assuntos discutidos em Rolândia, assim como a fixação da renda local, que abrange estratégias para que o dinheiro gerado no município permaneça nele, provocando mais renda e empregos.

A Federação inaugurou, no final de ou-tubro, a rede de Certificação Digital do Sistema Faciap em Marechal Cândido Rondon. Durante o evento, a ACIMACAR (Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon) tam-bém lançou seu Ponto de Atendimento para validar o Certificado Digital, que atenderá empresários rondonenses e dos municípios de Quatro Pontes, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, Mercedes e Nova Santa Rosa.

O presidente da entidade, Luciano Cremonese, destaca que a ACIMACAR é a primeira associação comercial do estado a realizar a certificação digital através da Faciap. Também participaram da solenidade o presidente da Faciap, Rainer Zielasko, e o presidente da CA-CIOPAR (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), Khaled Nakka.

A certificação digital é um documento eletrônico com assinatura digital que provê a troca de mensagens e documentos entre cidadãos, governo e empresas. O instrumento atesta a identidade das pessoas físicas ou jurídicas, garantindo as transações comerciais e financeiras, bem como a troca de informações com sigilo e segurança.

convenção regional em rolÂndia

cacb presidente da faciap integra nova diretoria

O presidente da Faciap, Rainer Zielasko, faz parte da nova diretoria da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), que vai conduzir a entidade até 2013. Na ocasião, o presidente José Paulo Dornelles Cairoli foi reconduzido, por aclamação, para um novo mandato à frente da CACB. Zielasko, que assume uma das vice-presidências, é o único representante paranaense na entidade.

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EMPRESA&CIA

caciopar promove ciclo de palestras no oeste

Através de uma parceria com o conferencista Itamar Vicente Ribeiro, a Caciopar (Coordenadoria das Associações Comer-ciais e Empresariais do Oeste do Paraná) promoveu um Ciclo de Palestras que beneficiou 25 Associações Comerciais da região Oeste do Paraná. O foco dos conteúdos apresentados foi atendimento e motivação.

“A receptividade às palestras de Itamar superaram qualquer expectativa, pois as pessoas têm a chance de se divertir e aprender ao mesmo tempo”, destacou o presidente da Cacio-par, Khaled Nakka, sobre as palestras que aconteceram entre agosto e novembro. A Faciap é uma das apoiadoras da iniciativa que, segundo Khaled, tem tudo para virar tradição no Oeste.

A ACIPG (Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa) e a Associação dos Engenheiros e Arqui-tetos de Ponta Grossa (AEAPG) lançaram o projeto Acesso Legal, que busca orientar as empresas para promoverem mudanças quanto ao acesso de pessoas com necessidades especiais às lojas, possibilitando integração e acesso ao consumo independente.

A Cooperativa de Crédito dos Empresários da Grande Curitiba e Campos Gerais (Sicoob Sul) oferece uma linha de crédito diferenciada para lojas que queiram aderir à ação. “O Sicoob está com linha de investimento para os empresários que queiram adequar seus estabelecimentos no Acesso Legal. Trabalharemos com juros e prazos diferenciados”, frisa o gerente, Osvaldo Catossi.

Para levar ainda mais informações sobre a importância de os estabelecimentos apresentarem facilidade de acesso, a ACIPG e a AEAPG produziram um guia aos empresários. O material foi distribuído para todos os associados junto com a revista ACIPG em Ação.

proJeto visa acesso ao consumo independente em ponta grossa

giro pelo estado

Agora, os proprietários, diretores, funcionários e familiares das mais de 900 empresas ligadas à ACICAM (Associa-ção Comercial e Industrial de Campo Mourão) podem se beneficiar do convênio que a entidade firmou com o Hospital Santa Casa local. Os associados têm desconto na realização de consultas médicas e exames.

O presidente da ACICAM, José Nelson Botega, ressalta que a parceria firmada está aberta a todos os associados, mas contemplará principalmente aqueles que não têm condições de pagar um plano de saúde. “Com o con-vênio podemos oportunizar às empresas associadas de menor porte serviços médicos com rapidez e excelente qualidade para os proprietários, funcionários e familiares, a preços mais acessíveis”, explica.

Os serviços são prestados em regime ambulatorial e as consultas com clínico geral são realizadas de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, mediante agendamento.

Mais informações: (44) 3518-8000

acicam fecHa convÊnio com a santa casa

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A ACEFB (Associação Comercial e Empresarial de Fran-cisco Beltrão) e a Sociedade Rural selaram uma parceria e decidiram que as duas entidades organizarão em conjunto o setor agropecuário da Expobel (Exposição-Feira de Francisco Beltrão) de 2012. Para o presidente da Sociedade Rural, Rudemar Tofolo, a parceria resulta em mais agilidade, melhores resultados e mais praticidade.

Segundo a presidente da ACEFB, Solange Franzoni, há algum tempo eram realizadas conversas para formalizar a parceria e definir a atuação de cada entidade. “O que selamos foi a unificação do setor agropecuário. Nós da ACEFB faremos a parte mais burocrática e comercial; a Sociedade Rural ficará, assim, com a parte mais técnica da organização, o que trará maior qualidade e mais atrações ao setor”, afirma.

parceria para o setor agropecuÁrio

palestra reÚne associados e colaboradores em toledo

Em outubro, o Núcleo de Mecânicas do Programa Em-preender da ACIME (Associação Comercial e Empresarial de Medianeira) promoveu palestra sobre impostos mu-nicipais para os seus empresários. Um advogado e um contabilista esclareceram as dúvidas dos participantes e abordaram assuntos como ICMS e alvarás.

Para o contabilista, Vilson José de Lazari, a proposta foi bastante interessante e produtiva: “A ideia foi ótima, além de debatermos assuntos como impostos muni-cipais, também discutimos sobre a tabela do Simples, leis trabalhistas, o porquê de pagar os impostos, entre outras dúvidas comuns dos empresários”.

mecÂnicas buscam informaçÕes sobre impostos

A ACIT (Associação Comercial e Empresarial de Toledo) promoveu palestra sobre vendas e atendimento para aproximadamente 950 colaboradores e associados das empresas do Fundo de Promoções. O evento, comandado por Cersi Machado, aconteceu no Teatro Municipal, no final de outubro.

Especialista em treinamentos de alta performance e gestão de pessoas, o palestrante destacou a importância de fazer um atendimento diferenciado e superar a expectativa do cliente. Segundo Machado, os profissionais de vendas precisam fazer mais do que ser ativos. “Ser ativo e ter empatia não basta, é preciso ser dinâmico, diferenciado e fazer um atendimento encantador para cativar o cliente”, ensina.

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EMPRESA&CIA

eu fiZ e deu certo

MAIS QUE UMA SOMAMAIS QUE UMA SOMA

Cooperativa paranaense demonstra sucesso do modelo; para presidente, conquista tem origem na ajuda mútua dos cooperados

José gallassini, hoje presidente da Coamo, aponta três fatores para o sucesso de uma cooperativa: união dos produtores; estabilidade da administração; e uma equipe de funcionários alinhados às perspectivas da cooperativa. “Entendo que esses atributos são essenciais para o sucesso de qualquer empreendimento, quer no setor privado, quer no setor público”, diz.

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como base. Quando a soja se provou um cultivo possível para o tipo de solo, veio a pergunta que mudaria os rumos da agricultura paranaense: afinal, para quem venderiam o produto? A resposta veio em forma de uma soma de esforços. Mais do que uma soma: uma cooperativa.

A base do sistema cooperativista está na ajuda mútua, que só pode ser encontrada quando exis-tem os mesmos interesses. A partir da premissa democrática de que, perante a cooperativa, cada participante possui um voto de mesmo peso, a organização decide sobre quais os melhores meios para que todos possam se desenvolver de modo semelhante.

Q uando se uniram, em novembro de 1970, os 79 agricultores fundadores da Coamo não poderiam imaginar que, pouco mais de 40 anos depois, sua

iniciativa ocuparia o posto de maior cooperativa agrícola da América Latina. Não é para menos: originários da re-gião de Campo Mourão, no centro-oeste paranaense, eles contavam com diversas dificuldades, da acidez do solo ao pouco incentivo ao pequeno produtor. Eles próprios desconheciam a tecnologia agrícola empregada na época; à sua disposição, encontravam-se apenas cinco tratores.

Foi a escassez de recursos que conduziu o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, da extinta ACARPA (As-sociação de Crédito e Assistência Rural do Paraná, atual Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER), à região. Sua função seria levantar a atividade rural local, dispondo de estudos e experimentos

MAIS QUE UMA SOMAMAIS QUE UMA SOMA

Foi essa busca por melhores condições que fez os pioneiros da Coamo atingirem o denominador comum, identificando problemas e necessidades de todos. A partir daí, a decisão pela formação da cooperativa não seria um problema. Com um investimento inicial, a busca por insumos, capacidade de armazenamento e viabilidade de escoamento da produção seria fundamental para equalização da qualidade da produção local e consequen-te desenvolvimento da região.

Os resultados vieram rápido e mostraram que a aposta tinha fundamento. Precisa-mente, em um ano. Já em 1971, a coope-rativa contou com excesso de produção, o que permitiu a venda e investimento em sua própria estrutura. Pouco tempo depois, já teriam condições de investir em armazéns e silos próprios e, daí pra frente, o sucesso não parou mais: das terras de difícil produção, no início, a Co-amo cresceu até chegar aos 4 milhões de hectares, distribuídos em quatro estados.

Se no início 79 produtores apostaram na iniciativa, a organização conta hoje com mais de 23 mil cooperados. O resultado é um surpreendente complexo respon-sável por 3,5% da produção agrícola do Brasil, o que, para Gallassini, só pode ser conseguido pelo real envolvimento de cada cooperado, que deve acreditar no negócio tanto quanto acreditaram seus pioneiros.

a maior da américa latina

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EMPRESA&CIA

C om o compromisso de promover iniciativas em busca da qualidade de vida de seus colaboradores e da comunidade onde a

companhia atua, a ALL criou o Instituto ALL de Educação e Cultura, em 2008.

As atividades do Instituto contam com a partici-pação voluntária de seus funcionários, por meio de Comitês de Gente. Nas diversas unidades da empresa, esses Comitês promovem ações sociais, participam de blitzes educativas e organizam os projetos itinerantes quando estes passam por suas cidades.

Uma destas iniciativas, o Vagão Ambiental foi um dos casos ganhadores do II Prêmio Faciap de Responsabilidade Social, em 2010, pela sua atuação em Paranaguá. Criado há cinco anos, o projeto tem como objetivo orientar crianças sobre a importância da consciência ambiental.

A ação é itinerante e consiste em dois vagões de passageiros adaptados que circulam pelos municípios dos seis estados por onde passa a malha ferroviária com operação da ALL: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. As atividades desenvolvidas já atenderam a mais de 13 mil crianças em 26 cidades.

Cada Vagão Ambiental apresenta um espaço multimídia para projeção de vídeos educacionais e palestras, além de contar com estrutura para as oficinas de reciclagem e jogos educativos. As atividades são ministradas pelo ‘Dr. Natureza’, personagem incorporado pelo palestrante, e tratam de temas como o aquecimento global e a reciclagem. A questão da segurança na linha férrea também faz parte do currículo. “As pa-lestras e atividades lúdico-educativas buscam despertar a consciência ambiental e agregar novos valores às crianças, transformando-as em difusores da preservação do meio ambiente em suas comunidades”, diz a coordenadora do Instituto ALL, Patrícia Cobra.

NOS TRILHOS DA SUSTENTABILIDADE

responsabilidade social

em todas as frentes A preocupação com o Meio Ambiente também faz parte da rotina da companhia. Confira outras ações que fazem parte do dia a dia da ALL:

4 Dormentes Ecológicos

Antigamente, madeiras nobres eram utilizadas nas ferrovias. A companhia desenvolveu um projeto com dormentes ecológicos, feitos de eucalipto, para que não haja incentivo ao corte predatório.

4reuso da água da chuva

O projeto Captação de Águas Pluviais implantou em algumas oficinas da ALL um sistema que capta e armazena as águas da chuva para utilização no lavador de locomotivas. No Paraná, o sistema funciona em Curitiba e Maringá e, no interior de São Paulo, em Araraquara e Bauru.

4Projeto Gerador de Energia Eólica

Há uma turbina eólica implantada na sede da empresa para alimentar a energia utilizada no estacionamento. A iniciativa diminui os gastos e incentiva o uso de energia sustentável.

4Projeto Participe e recicle e o programa de Coleta Seletiva de Lixo

Faz parte dos projetos a coleta de pilhas, baterias e óleo de cozinha. Empresas contratadas destinam corretamente os materiais e os colaboradores contam com pontos de coleta em diversas unidades.

4 Ideias e Ações

O programa incentiva a aplicação de sugestões dos colaboradores que possam gerar resultados positivos para a empresa. Um dos braços desse projeto é o Ideias e Ações Ambiental, que promove as iniciativas atuantes na preservação do meio ambiente.

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EMPRESA&CIA

entrevista COM MIRIAM LEITÃO

30ANOSDEECONOMIA

BRASILEIRA

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Já imaginou viver em um país em que a inflação soma o montante de 1 qua-

trilhão e 320 trilhões por cento? Hoje parece até ficção, mas o Brasil conviveu

com esse número estrondoso entre julho de 1964 e julho de 1994, ano em

que nasceu o real. É esse período que a jornalista Miriam Leitão narra em seu

segundo livro, Saga Brasileira – A Longa Luta de um Povo por sua Moeda.

No seu primeiro livro, Convém Sonhar, publicado em 2010, a inflação já apa-

rece entre as diversas colunas reunidas na publicação. Colunista do jornal

O Globo, além de comentarista de economia da TV Globo e da rádio CBN,

a jornalista viu a inflação atravessar sua carreira profissional. São 30 anos

ajudando os brasileiros a entenderem o movimento da economia no Brasil

e a interpretarem as idas e vindas econômicas do mundo e do cotidiano.

Seu testemunho destes anos de economia brasileira resultaram no mais

recente livro, em que a jornalista mistura análise econômica com histórias

individuais de brasileiros que viveram a trajetória da moeda do país, desde a

hiperinflação até a estabilização. Em entrevista concedida à revista Empresa

& Cia, Miriam discorre sobre esse período marcante da história do país e o

atual cenário da economia vivido pela população brasileira, que ainda precisa

estar vigilante contra o vilão da inflação.

30ANOSDEECONOMIA

BRASILEIRA30ANOS

DEECONOMIABRASILEIRA

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EMPRESA&CIA

EMPRESA&CIA | Houve uma época em Que muitos

defendiam a ideia de Que a inflação era boa.

como analisa esse perÍodo?

MIRIAM LEITÃO | Durante muito tempo, esse pensamento foi defendido por acharem que a inflação era consequência do crescimento ou que ajudaria o mesmo. Até porque o governo ganha muito quando a inflação está alta. Ele pode antecipar a receita e adiar o pagamento de despesa. Esse foi um fenômeno muito estudado, pois de fato a inflação aumenta a arrecadação e ajuda o governo a tapar os rombos das contas públicas. Mas foi um erro de avaliação grosseiro que acabou nos custando muito caro.

é incrível, mas tem gente que ainda pensa que um pouco de inflação a mais não faz mal, desde que o país cresça. Não en-tendem que a inflação mina o crescimento e, como foi visto, prejudica violentamente a população mais pobre.

EC | uma ideia muito forte Que fica clara

para Quem lÊ seu Último livro é Que

os grandes vencedores do perÍodo da

Hiperinflação foram as pessoas comuns,

Quem vivia o dia a dia e os reflexos da

economia. por Que vocÊ afirma isso?

ML | Eles pagaram um preço maior e tiveram que aprender a sobreviver naquele ambiente hostil. Conversando com as pessoas fui me dando conta de que elas foram heróicas e persistentes. No livro (Saga Brasileira – A Longa Luta de um Povo por sua Moeda), conto histórias de pessoas que enfrentaram problemas concretos no seu cotidiano. A inflação virou uma obsessão na vida das pessoas, que precisavam construir ferramentas para combater o ‘inimigo’. é a partir daí que percebemos que a econo-mia não é uma abstração, não pertence aos economistas e nem é uma linguagem impenetrável. A economia atravessa a rotina dos cidadãos. A busca pela estabilidade monetária tornou-se elemento fundamental na construção do caráter nacional. Se as pessoas não entendessem de economia, o país não teria sido bem sucedido na luta contra a inflação. Foram os brasileiros que insistiram em cada nova tentativa de estabilização.

EC | Qual a importÂncia da fiscaliZação

e do engaJamento da população e dos

empresÁrios em situaçÕes como esta Que o

brasil viveu?

ML | Faz toda a diferença. Imagina se os brasileiros não tivessem saído todos nos primeiros dias do real, em julho de 1994, com suas máquinas de calcular na mão? Todo mundo tinha que dividir os preços velhos por 2.750 para saber se a conversão estava certa. Era trabalhoso. E todo mundo fez isso. é essa a imagem que ficou dessa época: das pessoas calculando e con-ferindo a conversão em frente às gôndolas de supermercado. Se o país não vigiasse, os preços em alta poderiam derrotar o plano na largada.

EC | o brasil, na época Que retratou no livro,

cHegou a ser cHacota em outras partes do

mundo. como foi essa situação?

ML | Era horrível. O país era tratado como bizarro, com uma taxa de inflação cronicamente alta, um país fechado, dívida ca-loteada. Perto das eleições de 1989, o mundo começava a viver um período dourado que se estenderia pelos anos seguintes. O Brasil corria risco de perder aquela onda. O país tinha barreiras gigantes contra o comércio internacional, deu calote nos bancos internacionais e ainda tinha uma exótica taxa de inflação. Deu trabalho consertar. Nada foi milagroso.

EC | a instabilidade vista nos anos 80

virou uma espécie de ‘trauma’ Que ficou na

sociedade brasileira?

ML | Ficou esse trauma, mas o país fez dele uma coisa boa: a vigilância para não repetir o mesmo erro. A Argentina está acei-tando que a inflação volte a dois dígitos, o Brasil não aceitaria. O brasileiro aprendeu duas coisas: a não permitir que a inflação volte àqueles patamares e que com estabilidade não se brinca.

entrevista COM MIRIAM LEITÃO

“ O inimigo não morreu,

ele está à espreita esperando algum

descuido”

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EC | mas, em 2011, a inflação

voltou a faZer parte

do vocabulÁrio dos

brasileiros. HÁ motivo para

se preocupar?

ML | Não é a mesma inflação. Agora estamos falando de uma taxa de 7% ao ano, que pareceria um sonho se aconte-cesse naquela época. Mesmo assim, 7% é mais do que permite o teto da meta. Portanto, o país tem que estar alerta. O inimigo não morreu, ele está à espreita esperando algum descuido.

EC | como avalia as medidas

Que o governo estÁ

tomando para conter a

inflação?

ML | O governo gasta demais. Isso faz com que todo o peso de controlar a infla-ção fique em cima do Banco Central (BC). No passo seguinte, a base do governo ata-ca o BC culpando-o pelo déficit. Os juros precisam cair, mas antes o governo tem que controlar seus gastos. Nos primeiros sete meses de 2011 os gastos subiram 11%. E o governo cortou onde não devia, nos investimentos. Eles encolheram 2,5%.

EC | o crescimento do pib

pode ser afetado com as

medidas Que o governo estÁ

tomando?

ML | O crescimento vai ser menor, por-que o mundo está muito pior do que se imaginava no começo do ano. Mas o país continuará crescendo, isso é o que importa.

EC | vocÊ acompanHa a econo-

mia brasileira do plano collor

até os dias de HoJe. como vÊ as

mudanças e o crescimento do

brasil neste contexto?

ML | O Brasil mudou muito desde aquele plano que foi a pior violência cometida contra nós. A abertura foi boa, tanto que foi mantida nos governos seguintes. Mas o capítulo do Plano Collor tem histórias impressionantes de como os projetos pes-soais foram todos alterados pela medida. Foi um ato criminoso que tirou dinheiro das pessoas, invadiu a vida privada de forma absurda e sequestrou poupanças que foram construídas ao longo de vidas inteiras. E depois dele, a inflação voltou. Quando enfim se conseguiu derrubar a inflação no Plano Real, em 1994, não significou o fim do trabalho. Outros de-safios surgiram como a crise bancária, a crise asiática, o colapso cambial e por fim a transição para um outro partido no poder. Mas o Brasil continuou mudando e mudou para melhor.

EC | HoJe, como avalia o

atual estado da economia

brasileira – os empresÁrios

e a população podem

continuar otimistas?

ML | Há uma crise externa de grandes proporções, o governo tem cometido er-ros: no médio prazo, é preciso cautela. Mas o Brasil pode ficar otimista. A travessia que o país fez tornou-o mais moderno, mais forte, aumentou a classe média. Mas a moeda estável não é a solução de todos os problemas, é apenas o começo.

EC | se tivesse Que dar

um conselHo para algum

empresÁrio, pensando na

economia atual, Qual seria?

ML | Ao contratar, não discrimine. As estatísticas mostram que o desemprego é maior entre mulheres, negros e jovens. Um bom time se constrói com diversi-dade. A empresa será mais produtiva.

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“ O Brasil era tratado como

um país bizarro, com uma taxa

de inflação cronicamente alta, um país

fechado, dívida caloteada.

Deu trabalho consertar. Nada foi milagroso...”

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EMPRESA&CIA

Segundo o Sebrae, as micro e pequenas empresas representam cerca de 98% do total de empresas no país e, além de envolverem 1,9 milhões de pes-

soas entre sócios e empregados, faturam R$ 5,1 bilhões anualmente. Só no Paraná, são cerca de 600 mil delas. O estado também ocupa o terceiro lugar no ranking de empresas deste porte que mais realizam exportações.

Se por um lado esse segmento se destaca positivamente, por outro há dados menos favoráveis. Hoje, aproxima-damente 22% dos empreendimentos fecham suas portas antes dos dois primeiros anos de existência. “Entre os problemas frequentes para esse número está a falta de qualificação”, afirma Valerio de Assis Souza Silva, do Núcleo de Planejamento e Gestão Estratégica da Agência de Fomento do Paraná.

Segundo Silva, no Brasil, os programas de capacitação ainda abrangem uma parcela muito pequena de empre-endedores e, muitas vezes, não chegam nas cidades onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é mais baixo.

As pesquisas também apontam para este fato. De acordo com o relatório Global Entrepreneurship Monitor, 52,6% dos empreendedores de empresas ‘nascentes’ preferem procurar auxílio com amigos e parentes, contra 15,8% dos que recorrem a um serviço de orientação para negócios.

economia

Qualificar e ampliar o acesso a financiamentos das micro e pequenas empresas do Paraná para promover o crescimento dos municípios. Esse é o objetivo dos programas Bom

Negócio e Banco do Empreendedor, lançados durante a XXI Convenção Anual da Faciap.

CAPACITAÇÃO + CRÉDITO

A SOMA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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capacitação

Diante deste cenário, o Governo do Estado lançou o Programa Bom Negócio Paraná. Sua atuação, com intuito de promover o desenvolvimento econômico local de todas as cidades do estado, vai ser realizada por meio da capacitação, consultoria e acompanha-mento de empreendedores.

O Programa será voltado prioritariamente para as micro e pequenas empresas dos seto-res industrial, comercial e serviços. A ideia é fortalecer iniciativas que possam resultar na sustentabilidade das empresas, na geração de novos negócios, emprego, renda e na melhora da qualidade de vida da população.

O trabalho será focado na apresentação de soluções para que as empresas superem os fatores que impedem sua sustentabilidade e que os empreendedores entendam como esses problemas influenciam na sua sobrevivência no mercado. Para isso, os gestores vão ser capacitados para lidarem com os fatores macro e microeconômicos e em prá-ticas de gestão, finanças, vendas, produção e estratégia de planejamento para diversos tipos de cenários.

crédito

O Banco do Empreendedor é um novo produto de financiamento, com taxas de juros diferenciadas para os micro e peque-nos empresários. Operado pela Agência de Fomento do Paraná S.A., a linha de crédito oferecida está alinhada com Política de Crédito da Fomento Paraná.

Inicialmente, o sistema de microcrédito vai contar com R$ 10 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal. Em contra-partida, o Governo do Estado pretende oferecer outros R$ 70 milhões em três anos. “é um programa que insere dinheiro na economia, ajudando a promover o desenvolvimento homogêneo do Paraná”, afirma o presidente da Agência de Fomen-to, Juraci Barbosa Sobrinho.

Os programas visam a auxiliar, principalmente, as empresas

instaladas nos territórios da cidadania, onde estão os 74 municípios com

menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado

case de sucesso

O Bom Negócio foi inspirado no modelo da Agência Curitiba de Desenvol-vimento. Criado em 2005, obteve, até julho de 2011, grau de satisfação dos participantes em 93,71%, acima do esperado.

4 11.406 empreendedores certificados em Curitiba;

4 378 comunidades atendidas em 65 bairros da cidade;

4 99 toneladas de doações arrecadadas;

4 468 instituições carentes beneficiadas;

4 40,94% dos participantes tiveram aumento da renda familiar mensal.

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EMPRESA&CIA

Quem pode financiar

Empreendedores, pequenas e microempresas.

4receita bruta anual de até r$ 360 mil

- financiamentos de até r$ 15 mil .

taxa de juros = de 0,58% a 1,10% ao mês

investimento fixo= 36 meses

capital de giro = 12 meses

investimento misto (fixo + giro) 24 meses

carência = até 03 meses

4receita bruta anual entre r$ 360.001 a r$ 2,4 milHÕes -

financiamentos de até r$ 300 mil.

taxa de juros = aproximadamente 0,64% ao mês

prazo = até 60 meses

carência = até um ano

diferencial = o fundo de aval do Sebrae, limitado ao valor de até R$ 120 mil, para as empresas que não possuem garantia real para oferecer no financiamento.

implantação

O piloto do programa começou a ser realizado nas cidades de Londrina, Rolândia, Pato Branco e Palotina, ainda em 2011. O primeiro passo são palestras de sensibilização, onde é feita a escolha dos participantes, mediante inscrição dos interessados.

Os critérios para escolha são estabelecidos de acordo com a maior necessidade verificada pela equipe do programa e da localização geográfica do pretendente, os demais interessados ficam na lista de espera para os novos cursos ofertados.

No início de 2012, serão formadas turmas de até 50 alunos. Os que forem selecionados terão à disposição um curso gratuito de 66 horas, com temas voltados à gestão, planejamento e empreendedorismo.

A meta é ampliar os benefícios a outros 133 municípios ainda em 2012 e, no ano seguinte, beneficiar mais 109 cidades. Em 2014, a ideia é expandir para outros 155, quando todo o estado estará contemplado. O Bom Negócio Paraná e o Banco do Empreende-dor Paraná serão desenvolvidos em conjunto com o Governo do Estado, Sebrae-PR, Agência de Fomento do Paraná, entidades empresariais, órgãos e instituições de caráter público e privado.

desenvolvimento sustentÁvel

O Banco do Empreendedor vai contar com a parceria de agentes de crédito, responsáveis por orien-tar os empreendedores na aplicação dos recursos e acompanhar os resultados nos negócios. “Os agentes de crédito serão aqueles que irão de porta em porta com a missão de levar informações aos micro e pequenos empresários que estão longe dos grandes centros”, comenta o presidente da Agência de Fomento.

Além disso, para ter acesso à linha de crédito, o empresário deve ter participado, obrigatoriamente, do Curso de Capacitação fornecido no Programa Bom Negócio Paraná ou outros semelhantes. “A ideia é trabalhar os dois projetos em conjunto e oferecer juros mais baratos para aqueles empre-endedores mais capacitados. Quanto maior a qualificação do empresário, menor será a taxa de juro”, explica Sobrinho.

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25

A sociedade pós-industrial se conso-lidou de tal maneira que recebeu a alcunha de Era da Informação ou Era Digital. Foram as relações de trabalho as principais responsáveis pela sua caracterização. Se antes o operário e sua força de trabalho eram o que movia a economia, hoje o que se apresenta são profissionais em busca de conhecimen-to e informações para consolidá-lo. E o grande vilão dessas evoluções e mudanças parece ser o tempo. Ele e o relógio, seu mensurador oficial.

No trabalho, as reuniões, os e-mails, os telefonemas e as tarefas diárias. Em casa, a família, as compras do supermer-cado e os momentos necessários para praticar um esporte ou hobby. Todos correm contra o tempo para obedecer à palavra de ordem: dinamismo. E quando não conseguem exercê-lo, frustram--se, perdem a motivação e culpam a falta de mais algumas horinhas nos dias da semana. “Essa realidade é o que normalmente gera mais ansiedade, pois muitas vezes vemos nosso precioso tempo ser tragado por circunstâncias sobre as quais, aparentemente, não temos controle“, explica a gerente de projetos da Brightlink Consultoria Empresaral, Athena Montalvão Milani. Mas será que são os ponteiros do relógio que acelera-ram ou as pessoas que desaprenderam a administrar seu tempo?

“Muito embora tenhamos a sensação de que o tempo é o grande vilão dos nos-sos dias em função de sua volatilidade, o que efetivamente compromete nossa produtividade é a conjunção entre pro-crastinação e falta de planejamento”, diz Athena. Segundo ela, a tendência é que as pessoas se deixem atrair pelas tare-fas mais fáceis de serem executadas, deixando de lado atividades necessárias e importantes. A justificativa por tal

comportamento pode estar no alto grau de complexidade do que deve ser feito ou no cansaço por já se ter trabalhado muito em uma mesma coisa.

O especialista em Gestão do Tempo, Christian Barbosa, afirma que a pro-crastinação é algo natural ao ser hu-mano, mas que para evitar que ela se torne crônica, são precisos alguns cuidados. “O ideal é que se divida, que-bre a atividade complexa em várias outras menores. Dessa forma, além de se organizar e estabelecer prazos para cada etapa, o profissional pode pedir ajuda a outros colegas ou delegar funções dentro daquilo que precisa ser feito”, sugere ele.

Em caso de urgências, aquelas situa-ções que surgem inesperadamente e pedem um tempo além do planejado, Athena revela que o segredo é estar sempre esperando por elas. “As situa-ções circunstanciais ocorrem e vão continuar ocorrendo, a despeito de nossos melhores esforços em utilizar as horas de maneira produtiva. Para não permitir que elas atrapalhem sua pro-dutividade, basta reservar pe-ríodos de tempo entre suas tarefas para resolvê-las”, explica.

O fato é que não há uma fórmula má-gica para controlar o tempo. Mas há maneiras de utilizá-lo adequadamente. “Atividades do dia a dia, busca de novos conhecimentos, lucro ou simples reposi-ção de energias. Independentemente da ação, o tempo bem gasto é aquele que traz resultados positivos ao indivíduo, seja no âmbito profissional ou pesso-al”, afirma Barbosa. “Alocar bem esse recurso consiste em uma revolução interna, fruto da análise e disciplina para promover uma mudança de há-bitos”, complementa Athena.

comportamento

CONTROLAR O TEMPO: É POSSÍVEL?

Page 24: Empresa & Cia 17

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EMPRESA&CIA

O desejo de todo profissional é ver sua carreira evo-luir, seja através dos conhecimentos que adquire ao longo do tempo, da conquista de novos cargos ou da inovação. Quando a empresa em que trabalha supre

essa necessidade de desenvolvimento, o melhor é permanecer nela e crescer cada vez mais. Mas, e quando o profissional está insatisfeito com a organização em que se encontra, quais os caminhos possíveis a seguir?

A primeira solução é a mudança de emprego. A segunda, a busca de autonomia em um negócio próprio. Ambas as escolhas requerem muita reflexão e neutralidade. Antes de decidir por um novo ciclo profissional, é im-portante avaliar as razões que motivam o desejo, explica a professora do ISAE/FGV, Alba Torres: “Mais do que porquês, o profissional deve se perguntar para onde as mudanças podem levá-lo. Ele deve pensar no futuro, projetar a situação”.

Para quem deseja mudar de emprego, as razões estão vinculadas à vida profissional mesmo ou é uma insa-tisfação pessoal? Caso o problema seja pessoal, é bem possível que também passe a fazer parte do novo emprego. Se é de cunho profissional, qual seria ele? “Questões como descontentamento em relação ao salário, falta de motivação e conflitos de relacionamento podem ser resolvidas com uma transferência de setor ou diálogo”, sugere Alba. Saber expor insatisfações faz parte do desenvolvi-mento de qualquer carreira. Em uma organização, superiores e funcionários são como termômetros que indicam o que está funcionando ou não dentro dela. E, para que essas indicações fiquem claras, é preciso comunicação entre as partes.

O consultor de carreira da Chess Human Resources, Alex Gelinski, acredita que o momento ideal de mudança é quando há conflitos entre os valores pessoais do profissional

e as exigências da empresa. “O importante é o prazer pelo que se faz. Se isto não faz parte do menu, algo está errado e fazendo mal para você e também para organização. Este é o momento crucial para tomar a decisão de buscar um novo desafio”.

Já para quem deseja abrir sua própria empresa, o caminho é mais complexo. Segundo o consultor do Sebrae,

Paulo Tadeu Graciano, antes de se tornar autôno-mo, o candidato a empreendedor precisa fazer um

mapeamento de suas habilidades e competências. “Nada mais é que uma reflexão, uma autoanálise do

seu potencial empreendedor”, afirma. Ao fazer essa análise, o profissional deve levar em conta as carac-

terísticas pessoais necessárias para se tornar um empresário bem sucedido e desenvolvê-las.

Mas qual o perfil deste empresário? “Ter um espírito criativo e pesquisador é

uma das qualidades fundamentais”, explica Graciano, ressaltando que o sucesso de um empreendimento

depende, basicamente, de planejamento. O profissional deve pesquisar as variáveis internas e externas do mercado, conhecer o cenário econô-mico em que está inserido. Além disso, precisa obter informações sobre a área que deseja atuar, principalmente sobre o mercado consumidor e concorrência. “O levantamento desses dados ajuda a solidificar o projeto e diminui os riscos significantemente. É o que chamamos de Plano de Negócio”, diz.

No Plano também estão inseridos o conceito do negócio, os riscos, as estratégias de ma-

rketing e o plano financeiro que viabilizará a nova empresa. Com ele, o empreendedor decidirá se está apto a coordenar sua própria empresa e se seu projeto é viável dentro das condições de mercado.

carreira

CICLOS PROFISSIONAIS: COMO SABER A HORA

CERTA DE MUDAREspecialistas alertam para cuidados na hora de abrir o próprio negócio ou mudar de emprego

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Na ânsia por encontrar uma nova oportunidade, é co-mum que os candidatos caiam na armadilha de aceitar a primeira oferta que surge, pois tudo parece melhor que o emprego anterior. Entretanto, a decisão deve ser pautada em uma análise minuciosa do que é proposto pela nova organização. Assim como as empresas entrevistam seus candidatos, estes também têm o direito de questioná-las com critérios de seleção.

O consultor de carreira Alex Gelinski atenta para a neces-sidade de um projeto para a busca de um novo emprego. “Destinar um espaço em casa para um home office, ter um horário pré-fixado, entre outras coisas, trarão seriedade para sua empreitada”, aconselha.

Salários maiores e benefícios mais atraentes nem sempre são sinônimo de evolução profissional. Mais do que cifras e cargos elevados, a empresa deve oferecer potencialidade de crescimento e perspectivas de futuro a seus colaboradores. “Remuneração e hierarquia fazem parte do crescimento vertical de uma carreira, mas existe também o crescimento horizontal, ligado aos conhecimentos adquiridos. O suces-so de um profissional depende muito da consolidação de suas habilidades. É através dessa consolidação que adquire segurança para enfrentar o que vier pela frente”, explica a professora Alba Torres.

Outro passo é analisar como a empresa lida com a ca-pacidade de entrega de seus colaboradores. O estilo de liderança do gestor pode ser um bom indicador. Mais do que cobrança por resultados e comprometimento com o trabalho realizado, o ideal é que preze também por am-bientes de trabalho saudáveis que valorizem a presença de valores humanos nas relações estabelecidas. “Toda empresa tem sua missão, visão e valores. É imprescindível que esses três quesitos sejam compatíveis com o do futuro contratado”, afirma a consultora em RH, Franciele Gianinni.

Comparar a empresa com suas concorrentes de mercado permite visualizar o perfil competitivo dela. Este determina as perspectivas da companhia. Mais uma vez, deve haver um alinhamento entre o que o profissional espera para seu futuro e o que será exigido dele. “Os erros de escolha só acontecem porque as pessoas pensam linearmente e de forma imediatista. O emprego ideal não existe, mas o adequado sim. Análise de si mesmo como profissional e planejamento são as melhores formas de tomar a decisão certa”, explica Franciele.

alguns cuidados antes de aceitar uma nova oferta

“Mais do que porquês, o profissional deve se perguntar para onde as mudanças podem levá-lo. Ele

deve pensar no futuro, projetar a situação”

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EMPRESA&CIA

RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS PARANAENSES

Desde 2009, Eugênia Ceres Monteiro é vice-presidente da Faciap, atuando na pasta de responsabilidade Social por meio do NUrSE – Núcleo de respon-sabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial.

Formada em pedagogia e administração, Ceres é empresária do ramo agropecu-ário, além de atuar em administração hospitalar. Projetos sociais e comuni-tários sempre fizeram parte do seu dia a dia. Integrante da ACIAP (Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí) e do Conselho da Mulher Empresária de Paranavaí, é também sócia fundadora do Rotary Club de Paranavaí Arenito.

Nesse bate-papo com a Empresa & Cia, Ceres fala sobre os desafios da vice--presidência, o papel do NURSE para o desenvolvimento das cidades para-naenses e as principais conquistas alcançadas até o momento, resul-tado do realinhamento estratégico realizado pela atual gestão.

Faciap conversa com Eugênia Ceres Monteiro

bate-papo

RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS PARANAENSES

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EMPRESA & CIA | Qual o principal desafio Que enfrenta nessa vice-presidÊncia?

CERES | Sensibilizar o empresariado paranaense para o tema da Responsa-bilidade Social, desmistificando e escla-recendo de forma ampla a temática e os benefícios que podem trazer para a empresa e para a comunidade é nosso principal desafio.

EC | Qual a principal função do nurse para as empresas paranaenses?

C | Desde agosto de 2008, o NURSE atua como facilitador para os associados da Faciap e seus parceiros na adoção de um modelo de gestão socialmente responsá-vel, fomentando o desenvolvimento destes para que suas ações tenham impacto po-sitivo na sociedade, no meio empresarial e na natureza. Atua principalmente na mobilização das associações comerciais para que sejam agentes indutores do desenvolvimento local. A Faciap tornou--se signatária do Pacto Global das Nações Unidas e por meio do NURSE aplica seus princípios em toda a instituição. Para esta gestão, o NURSE também está alinhado com os programas Capacitar e Empreen-der, implementando a proposta de tornar as associações comerciais agentes do desenvolvimento local sustentável.

EC | Qual o papel do nurse no desenvolvimento local dos municÍpios?

Hoje, nosso esforço está direcionado para o objetivo de transformar as associações comerciais em agentes do desenvolvi-mento local, atuantes e transformadores. Assim, em cada município onde houver uma associação comercial existirá uma entidade preocupada em promover a transformação da comunidade, melho-rar o ambiente empresarial, criar novas e melhores perspectivas e alavancar o desenvolvimento do município onde atua.

EC | o Que ainda pode ser melHorado para Que novas conQuistas seJam alcançadas?

C | é necessário construir as vantagens competitivas locais, com base nas poten-cialidades em infraestrutura econômica, logística, recursos humanos – especial-mente educação, capacitação profissional e desenvolvimento tecnológico.

EC | Qual a importÂncia desses proJetos para a sociedade paranaense?

C | Para o Governo, a melhoria está na geração de emprego, renda e arrecadação, além de uma pauta de desenvolvimento amplamente discutida com estes setores. Para as empresas, potencializar principal-mente os pequenos negócios e melhorar a economia local. Para a sociedade civil organizada, acontece o alinhamento dos eixos indutores do desenvolvimento local com a disseminação do conhecimento sobre o tema e, no todo, a melhoria da qualidade de vida das pessoas na medida em que se promove o desenvolvimento econômico, social e ambiental.

EC | o Que é necessÁrio para Que o nurse amplie sua atuação no estado?

C | Além do apoio institucional muito forte que temos da Faciap e de toda a diretoria, é necessário um maior inves-timento social privado, para que seja possível dar sustentabilidade econômica ao programa e suas ações, tornando assim mais rápida a atuação em todos os municípios do estado.

EC | Quais as principais conQuistas e resultados do realinHamento estratégico do nurse realiZado nessa nova gestão?

C | Após três anos de atuação, o NURSE, que tem apoio de gestão do Sicredi, pas-sou a atuar mais fortemente na promoção das Associações Comerciais como Agentes do Desenvolvimento Local. O programa prevê três primeiros passos: palestra para a Diretoria da ACE e sua respectiva ade-são; lançamento do Fórum de Lideranças para Desenvolvimento Local e workshops de Desenvolvimento Local para levantar as demandas e propor as soluções.

EC | Quais as principais conQuistas até o momento?

C | Nos últimos quatro meses foram visitadas 17 Associações, lançados oito Fóruns Permanentes de Lideranças para o Desenvolvimento Local e um Workshop em Desenvolvimento Local já realizado.

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EMPRESA&CIA

curiosidades

“DOIS MIL E DOCE”Uma ousada ação de fim de ano está chamando a atenção do marketing brasileiro nessa temporada 2011/2012. Trata-se da campanha criada pela marca de chocolates Kopenhagen que vai dar uma franquia da rede para um consumidor. Isso mesmo: ao invés de sortear produtos, brindes ou até mesmo prêmios grandes, como viagens ou automóveis, a marca está dando a oportunidade do consumidor “mudar de lado”, tornando-se um franqueado. Para participar, os interessados precisavam consumir mais de R$ 150 nas lojas, até o dia 31/12. No final de janeiro de 2012, o vencedor será conhecido. Para ganhar a franquia, o sorteado deverá apresentar habilidade e vivência comercial, e um ponto de venda que comporte uma loja da rede. Caso não atinja estes requisitos, será premiado com R$ 350 mil em barras de ouro, valor correspondente a uma franquia da rede.

Em uma era de grandes ações de marketing digital, algumas inicia-tivas analógicas têm se destacado por sua criatividade e adequação ao produto. é o caso da série True Blood, da HBO. Conhecida por ações de divulgação extremamente criativas, a produção aborda a convivência entre seres humanos e vampiros. E, para divulgar sua quarta temporada, que estreou em 2011, a série se valeu de um dos maiores ícones vampirescos: o sangue, que, nessa ocasião específica, tornou-se cenário em uma praça da Romênia – por sinal, terra do lendário Conde Drácula – ao jorrar uma fonte em praça pública. é claro que, para azar de Drácula, o “sangue” usado era somente água vermelha, mas vale a mensagem e a criatividade!

MARkETINg SANgUINÁRIO

A previsão exata é impossível de ser realizada, mas o que se sabe é que, no fim de 2011, o mundo atingiu a marca de 7 bilhões de pessoas. Escolhida pela ONU para representar a sétima bilionésima humana viva na Terra, a pequena filipina Danica May Camacho mal sabe o que a aguarda no planeta em que acaba de chegar. Mas você pode saber um pouco mais sobre sua relação com o mundo e os bilhões de pessoas que vivem nele, acessando o site www.7billionandme.org desenvolvido pela ONU. O site funciona como uma calculadora, onde o usuário insere alguns dados sobre sua vida. O resultado é um pequeno dossiê apontando o número aproximado de pessoas no mundo no dia que a pessoa nasceu e a evolução demográfica desde então. Um curioso passatempo para as horas vagas!

O TEMPO NÃO PARA

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steve Jobs:

a biografia

tHe

corporation

startup Quote

uma das maiores e mais determinantes figuras do nosso tempo, Steve Jobs teve sua trajetória marcada por destaques até seus últimos instantes de vida. Tantas viradas, que começaram em seu nascimento, quando foi deixado para adoção por seus pais biológicos, serviram para o desenvolvi-mento do californiano, que se tornaria a cabeça à frente da mais relevante empresa do início do século XXI. Se engana, no entanto, quem pensa que sua biografia, de autoria de Walter Isaacson, se restringe às suas realizações tecnológicas na Apple: ela vai além, buscando entender, por meio de mais de 40 entrevistas, a cabeça do realizador que traduziu os anseios de uma geração em aparelhos e gadgets. Vale ressaltar ainda a força do título, que explodiu em vendas após a morte de Steve Jobs, em 05 de outubro de 2011, apenas 20 dias antes de sua publicação. Uma leitura obrigatória a todos que buscam compre-ender o melhor e mais recente exemplo de capitalização de boas ideias.

LIVRO

DVD

SITE

no mundo dos investidores, um Startup é uma empresa em sua fase embrionária, inicial. Também podem ser considerados Startups grupos de pessoas que pretendem ganhar dinheiro a partir de uma boa ideia. No site www.startupquote.com, ideias são exatamente o tema. A página reúne citações de diversos empreendedores e realizadores de re-nome com dicas sobre como atingir o sucesso. Resumidamente, a iniciativa pode ser definida a partir de seu slogan “Daily Wisdom about Startups” (“Sabedoria diária sobre Startups”, em tradução livre). O único porém é que as frases são em inglês, o que pode dificultar para algumas pessoas – mas já que estamos falando de empreendedorismo, é uma ótima chance para ir treinando o idioma mais falado no planeta, não?!

ainda em sua capa e cartazes de divulgação, o do-cumentário The Corporation (EUA, 2006) entrega sua premissa ao incluir na mesma silhueta, de um homem de negócios, a auréola de um anjo e o rabo de um demônio. A questão é clara: caso fossem indivíduos, seriam as corporações bons ou maus indivíduos? A análise parece exageradamente maniqueísta, mas não é produto da imaginação dos realizadores do filme: foi em 1886 que um juiz norte-americano sentenciou que uma corporação seria regida pelos direitos da Constituição norte-americana. A evolução dessa

conclusão acabaria por colocar pessoas físicas em posição semelhante a organizações perante a lei.

Desenvolvido pelo escritor Joel Bakan e pelos cineastas Mark Achbar e Jen-nifer Abbott, “The Corporation” deixa de lado as análises sócio-econômicas para entender as corporações através da psicanálise. Quem seriam as corporações? Que tipo de indivíduos seriam? A resposta a estas questões pode ser conferida através de 145 minutos de entrevistas e colagens que conduzem a um resultado surpreendente sobre o futuro da relação entre seres humanos em empresas.

dicas

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EMPRESA&CIA

Frango Temperado Desossado e

Frango Temperado Desossado Recheado

A praticidade e o sabor que você procura!

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18ª FEIrA DE AUTOMóVEIS DE TOLEDO – FEAUTODATA: 18 a 20/12/2011LOCAL: Centro de Eventos Ismael Sperafico

7ª EDIÇãO DO PrêMIO TOLEDO DESTAqUE EMPrESArIALDATA: 18/11/2011PrOMOÇãO: Conselho do Jovem Empreendedor (Cojem)PArCErIA: ACIT, PUCPR – Campus de Toledo, Prefeitura Municipal

Mais informações: (45) 3055-4600www.acit.org.br

associação comercial e emPresarial de toledoACIT

associação comercial, industrial e agro-Pecuária de altamira do Paraná

SOrTEIO|

SHOW DE PrêMIOSDATA: 30/12/2011

HOrÁrIO: 19h

LOCAL: Praça Central

Mais informações: (42) 3655-1409

ACIAAP

SOrTEIO|

PrOMOÇãO FINAL DE ANODATA: 31/12/2011

HOrÁrIO: 15h30

LOCAL: Atrás da Prefeitura Municipal de Ibema

Mais informações: (45) 3238-2034

associação comerciale emPresarial de ibemaACEI

CUrSO|

OrATórIADATA: 19/12 a 22/12/2011HOrÁrIO: 19h às 22h30INSTrUTOr: Adriano Silva

CUrSO|

OrATórIA AVANÇADADATA: 26/12 a 29/12/2011HOrÁrIO: 19h às 22h30INSTrUTOr: Adriano Silva

Mais informações: (42) 3220-7222 www.acipg.org.br

associação comercial, industrial e emPresarial de Ponta grossaACIPg

SHOW DE PrêMIOSDA ACINOLDATA: 11/12/2011HOrÁrIO: 15hLOCAL: Estádio João Venancio da Rocha

CAMPANHA “ACINOL40 ANOS E VOCê COM40 PrêMIOS”DATA DO SOrTEIO: 07/01/2012

pela Loteria Federal

Mais informações: (44) 3432-1321

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ACINOLagenda

ACEP associação comerciale emPresarial dePlanalto

PrEMIAÇãO|

DESTAqUE DO ANO 2011DATA: 10/12/2011HOrÁrIO: 19h30LOCAL: APMIATrAÇãO: Banda Oxigênio

Mais informações: (46) 3555-1314

SOrTEIO|

PrOMOÇãO DE NATALDATA: 06/01/2012

HOrÁrIO: 18h

LOCAL: Praça Enio Pipino

Mais informações: (44) 3526-1135

associação comercial, industrial e agroPecuária de formosa do oesteACIAF

CUrSO|

COMUNICAÇãO COrPOrAL E NEUrOLINGUÍSTICADATA: 05/12 a 07/12/2011

LOCAL: Auditório Central da ACEFB

CONSULTOrA: Ione Cortese

Mais informações: (46) 3524-5421

associação comerciale emPresarial defrancisco beltrãoACEFB

SEMINÁrIO DE SCPC“OrIENTAÇÕES EM ANÁLISES DE CrÉDITO”DATA: 01/12/2011

HOrÁrIO: 19h30 às 21h

LOCAL: Auditório da ACIMACAR

Mais informações: (45) 3284-5704

associação comercial, industrial e agroPecuária de marechal cândido rondon

ACIMACAR

Page 31: Empresa & Cia 17

sigilo agilidade assessoriajurídica

Tecnologia para a gente.A certificação digital é um tipo de tecnologia de

identificação que permite que transações eletrônicas dos mais diversos tipos sejam feitas considerando sua

integridade, sua autenticidade e sua confidencialidade, de forma a evitar que adulterações, interceptações ou outros

tipos de fraude ocorram.

SISTEMA

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EMPRESA&CIA

Empresários, autoridades e membros das Associa-ções Comerciais prestigiaram a XXI Convenção Anual da Faciap em Foz do Iguaçu. Mais uma vez,

o associativismo mostrou o poder e a força que possui no Paraná, estado que concentra 450 mil micro e pequenas empresas que, juntas, representam 98% das empresas paranaenses e geram 981 mil empregos. Como nos anos anteriores, a Faciap promoveu um espaço de debate de temas que interessam diretamente a estes micro e pe-quenos empresários.

Sociedades de Garantia de Crédito, Cooperativismo de Crédito no Brasil, Territórios da Cidadania, Supersimples, Comércio Exterior e Lei Geral da Micro e Pequena Empresa foram alguns dos assuntos abordados durante os três dias de evento. Os 1.300 participantes voltaram para seus municípios com informações, novas ideias e exemplos de sucesso que irão contribuir para o avanço da sua cidade e, consequentemente, do estado e do país.

As presenças da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do governador do estado, Beto Richa, além de outras autoridades, revelam que o poder público re-conhece e valoriza essa iniciativa da Federação. Afinal, o desenvolvimento das micro e pequenas empresas depende diretamente dessa união de forças. Um exemplo são os programas Bom Negócio Paraná e Banco do Empreendedor, uma parceria entre o Governo do Estado, o SEBRAE/PR e entidades empresariais, lançados durante o encontro.

Ao aproximar os empresários da realidade paranaense, fortalecer as Associações Comerciais e apoiar projetos que contribuem para o crescimento das micro e pequenas em-presas, a Faciap desempenha um papel muito importante para a promoção do desenvolvimento. A XXI Convenção Anual veio para consolidar todos esses valores ao atingir um público significativo de todas as regiões do Paraná.

Como destacou o administrador Max Gehringer, que proferiu a palestra magna de encerramento, a oportuni-dade de empreender pode surgir de repente e é preciso ter informações para transformar a oportunidade em um negócio prático e viável. Ao atuar em 75% dos municípios paranaenses e representar mais de 290 Associações Co-merciais, a Faciap cumpre seu papel ao oferecer diversos serviços e assessoria nas mais diferentes áreas.

“...o poder público reconhece e valoriza essa iniciativa da Federação. Afinal, o

desenvolvimento das micro e pequenas empresas depende diretamente

dessa união de forças...”

A FORÇA DO ASSOCIATIVISMO

NO PARANÁ

Presidente da Faciap e empresário do setor têxtil

Rainer Zielasko

artigo

Page 33: Empresa & Cia 17

35

XXI Convenção Anual

A S A S S O C I A Ç Õ E S C O M E R C I A I S C O M OA G E N T E S D E D E S E N V O L V I M E N T O

06 a 08 - Novembro - 2011 - Foz do Iguaçu - PR

39

4244

liderança femininaPainel: Conselho da Mulher

compromisso Pacto para fim da miséria

depoimentos 38conJove-prConheça o case do Grupo Toninho Espolador

Entrevista com Max Gehringer

40

prÊmio

Homenagem

36

37

Prefeito Empreendedor

Comenda Ivo Leão

CARREIRA&

EMPREgO

45 social

Page 34: Empresa & Cia 17

36

EMPRESA&CIA

prÊmiação

PRêMIO PREFEITO

EMPREENDEDORHOMENAgEIA

DESTAQUES NOEMPREENDEDORISMO

Os oito prefeitos paranaenses vencedores da etapa estadual do Prêmio Sebrae Prefeito Em-preendedor foram conhecidos durante a XXI

Convenção Anual da Faciap. O título busca reconhecer as iniciativas consideradas como referências para o desenvolvimento local, a partir do apoio e do incentivo ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas.

O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, Jefferson Nogaroli, comparou o prefeito ao CEO (diretor geral, em português) de uma empresa e destacou a importância dessa premiação para o estado. “Ao vencer um prêmio como este, o prefeito melhora sua prática de gestão. Os prefeitos do Paraná entenderam que se não houver um ambiente favorável aos pequenos negócios, não há arrecadação de tributos, empregos e renda”, explicou.

O secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul (SEIM), Ricardo Barros, representou o go-vernador Beto Richa durante a premiação. “Os pre-feitos precisam buscar metas, estabelecer gestões qualificadas. Os municípios, assim como as nossas crianças, precisam saber o que querem ser quando crescerem”, afirmou.

O diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, informou que os oito prefeitos vencedores do Paraná concorrem, em abril de 2012, à etapa nacional do Prêmio Prefeito Empreendedor, em Brasília. Nessa fase, serão concedidos cinco prêmios na categoria Me-lhor Projeto Nacional, um por região, e sete prêmios nacionais temáticos, escolhidos a partir dos projetos vencedores em cada categoria na etapa estadual.

VENCEDORESmunicÍpio prefeito categoria

IRETAMA Antonio José Quesada Piazzalunda Promoção do Desenvolvimento Rural

JACAREZINHO Valentina Helena de Andrade TonetiPlanejamento e Gestão Pública para o Desenvolvimento Sustentável

SERRANóPOLIS DO IGUAçU José Arlindo Sehn Crédito e Capitalização

LINDOESTE Silvio de Souza Compras Públicas dos Pequenos Negócios Locais

CAMBARá José Salim Haggi Neto Lei Geral Municipal

CASCAVEL Edgar BuenoFormalização de Pequenos Negócios e Apoio ao Empreendedor Individual

CURITIBA Luciano Ducci Médios e Grandes Municípios

BOM SUCESSO DO SUL Elson Munaretto Melhor Projeto Estadual

Page 35: Empresa & Cia 17

37Homenagem

COMENDA IVO LEÃO HOMENAgEIA AUTORIDADES

Homenagear pessoas físicas ou jurídicas que tenham prestado relevantes serviços à Faciap, à economia do estado ou à classe

empresarial é o objetivo da Comenda Ivo Leão – Tí-tulo Honorífico de Mérito Associativista, concedido pelo Conselho de Administração e limitado a duas outorgas anuais.

Em 2011, a entrega aconteceu durante a abertura oficial da XXI Convenção Anual da Faciap e os homenageados foram o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, e o presidente do Conselho Superior da Faciap, Ardisson Naim Akel.

O diretor-técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, recebeu a Comenda Ivo Leão das mãos do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, Jefferson Nogaroli. Já o presidente do Conselho Superior da Faciap, Ardisson Naim Akel, recebeu a homenagem do atual presidente da Federação, Rainer Zielasko.

carlos alberto dos santos

Economista, com doutorado pela Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, Carlos Alberto dos Santos é diretor-técnico do Sebrae Nacional e especialista em políticas de desenvolvimento e pequenas empresas, tendo publicado vários livros e dezenas de artigos sobre o tema em diversos países.

é conselheiro da Agência Brasileira de Desenvol-vimento Industrial (ABDI), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Fundação Nacional da Qualida-de (FNQ) e do Conselho Nacional do Turismo (CNT). Carlos Alberto é também diretor vice-pre-sidente da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE).

ardisson naim aKel

Empresário no ramo do vestuário e presidente do Conselho Superior da Faciap, Ardisson Naim Akel foi presidente da Faciap entre os anos de 1998 e 2002, e entre 2006 e 2010. Durante seus mandatos promoveu o fortalecimento da entidade como representante dos interesses de mais de 50 mil empresários de diferentes setores da economia paranaense.

Ele também foi presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), e hoje é presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de Curitiba (Sindivest).

Graduado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pós-graduado em Administração pela EASP/Funda-ção Getúlio Vargas, Akel foi nomeado pelo Governador Beto Richa para exercer o cargo de presidente da Junta Comercial do Paraná, através do Decreto 296, de 20/01/2011.

XXI Convenção Anual

Page 36: Empresa & Cia 17

38

EMPRESA&CIA

case

Criatividade é fazer a mesma coisa de forma diferente. Com esta frase já conhecida de muitos empreendedores, o paranaense Toninho Espolador finalizou sua apresentação

para os cerca de 60 jovens participantes do Painel do CONJOVE (Conselho Estadual do Jovem Empresário), realizado na manhã do segundo dia da Convenção.

Honestidade e humildade, conhecimento e dedicação, infor-mação e relacionamento foram os principais pontos apontados por Espolador para o sucesso. “Depois vem os méritos! Mas, no começo tem que ralar mesmo”, brincou ao revelar que chegou a ficar oito anos sem tirar férias quando iniciou seus negócios, em 1981, em Curitiba.

Com apenas 21 anos de idade, Espolador iniciou as atividades no ramo de calçados, sem qualquer experiência no setor, abrindo a loja Depósito de Calçados Pague Menos. Além da falta de conhecimento, tinha outros desafios: a localização de sua loja era em um local de pouco fluxo de pedestres, não ofertava os produtos de marcas ‘famosas’ e não detinha capital para aumentar a variedade. Paralelo, a Pague Menos oferecia produtos com valores até 50% menores que a concorrência, o pagamento era somente à vista e o volume de vendas na inauguração chegou a ser quatro vezes maior que o esperado. Ações inovadoras como a Semana de Auto-Serviço chamada PEG PAG fizeram com que a loja se tornasse cada vez mais atrativa aos curitibanos.

Em 1983, veio a segunda loja. E em 1987, já com sete lojas, um incêndio na loja-mãe fez a Pague Menos perder mais de 40 mil pares de sapatos. Diante desta situação, a Pague Menos segmentou-se: para minimizar um pouco o prejuízo, em apenas sete dias (e noites!), foi inaugurada uma nova loja a poucos metros da incendiada com os calçados que restaram. Tratava-se da Pague Menos Esportes. “Diante da dificuldade pode-se criar uma oportunidade. Por isso, procure ver todas as possibilidades”, incentivou o empresário em sua palestra.

Mas essa história não para por aí. Em 1994, uma mudança radical: a Pague Menos passou a se chamar Planeta Pé. O motivo? “As pessoas não queriam usar sacolas com o escrito Pague Menos pelas ruas”, justifica Espolador.

Com a Planeta Pé, marca existente até hoje, vieram mais lojas. O investimento inicial em mídia compartilhada passou de R$ 1 milhão e o sucesso não tardou a chegar. “Durante cinco anos consecutivos, a Planeta Pé esteve entre os 10 maiores lojistas do Brasil”, orgulha-se. “Mesmo não sendo a maior quantidade de lojas, éramos a maior quantidade em vendas”.

Hoje, o Grupo Toninho Espolador conta com quase 60 lojas. Além da Planeta Pé, fazem parte do grupo as empresas Planeta Futebol, High Sports, MEGA Shoes, Scarpinni Cal-çados e Esportes, Spoladore, Amex Holding, NELBRASIL, Nelore Brasil e Organoeste.

E como não podia deixar de ser, o associativismo também contribuiu para o sucesso dos negócios. Há mais de 20 anos, Espolador faz parte da ACP (Associação Comercial de Curitiba), já foi presidente da ABLAC (Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados) e também do SINDCAL (Sindicato do Comércio Varejista de Calçados de Curitiba e Região Metropo-litana). “Ninguém consegue crescer sozinho. O associativismo tem muitos benefícios”, destaca o empresário.

TONINHO ESPOLADOR DIVIDE SUA HISTóRIA DE SUCESSO COM

jOVENS EMPREENDEDORES

Page 37: Empresa & Cia 17

39ceme

As mulheres representam 51% da população brasileira, mas o Brasil fica atrás de muitos países na questão da presença feminina no poder legislativo. Em uma

pesquisa com 189 países, o Brasil aparece em 142º lugar. Neste cenário, um longo caminho ainda pode ser percorrido pelas mulheres, principalmente em relação ao papel que elas desempenham no mercado de trabalho.

No Paraná, o programa Mulheres Líderes, que faz parte do Con-selho Estadual da Mulher Empresária (CEME) e conta com o

apoio da Faciap e do NURSE (Núcleo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial), atua neste sentido. Durante a XXI Convenção Anual da Faciap, mais de 300 mulheres prestigiaram a palestra O Lado Feminino da Liderança, comandada pelo publi-citário Eduardo Almeida, do grupo Novelas Corporativas.

O palestrante destaca a importância de abordar assuntos como o papel da mulher na sociedade e as dificuldades que ela enfrenta. “As mulheres ainda são minoria nos cargos públicos e nos cargos de diretoria e presidência nas organizações ao redor do mundo.

CONSELHO ESTADUAL DAMULHER EMPRESÁRIA DESTACAA LIDERANÇA FEMININA

saiba mais: ceme e mulHeres lÍderes

O Conselho Estadual da Mulher Empresária é uma

entidade sem fins lucrativos e de natureza privada,

que tem como objetivo estruturar e apresentar

propostas que promovam o desenvolvimento da

mulher em âmbito econômico, empresarial, social

e cultural. O Conselho atua como instrumento

para que essas lideranças femininas discutam

seus problemas e apresentem propostas, mobi-

lizando a comunidade empresarial e a sociedade

organizada para a solução dos problemas.

Para implantar o CEME é necessário o interesse de

um grupo de pelo menos 10 mulheres empresárias

e/ou executivas de empresas filiadas à Associação

Comercial na composição do Conselho Local;

concordância da ACE através de correspon-

dência formal ao Conselho Estadual da Mulher

Empresária; e solicitação do kit de implantação

de Conselhos de Mulheres Empresárias.

Mais informações: 41 3307-7004 ou www.faciap.org.br/portal/conselhos/ceme

Apesar disso, buscamos abordar o tema de forma apreciativa, não gerando um sentido de conflito entre sexos, o que é uma ideia limitada, mas sim propondo que as mulheres apenas se assumam como líderes evitando ficar à mercê das decisões e oportunidades. Assim, a questão é apenas entender que é preciso, enquanto líderes e mulheres, participar das mudanças que nosso país, empresas e sociedade tanto demandam”, explica.

A vice-presidente para Assuntos da Mulher Empresária da Faciap, Maria Salette Rodrigues de Melo, abriu o painel destacando os ob-jetivos dos Conselhos da Mulher Empresária. “Entre nossas metas está promover o desenvolvimento da mulher no âmbito econômico e social, consolidar a imagem da mulher empresária e fomentar a formação de novos Conselhos”, afirma.

A presidente do Conselho Nacional da Mulher Empresária da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Avani Slomp Rodrigues, explicou que “a cada ano aumenta a participação das mulheres no associativismo e isso fortalece as Associações Comerciais”.

XXI Convenção Anual

Page 38: Empresa & Cia 17

40

EMPRESA&CIA

Natural de Jundiaí (SP), Max Gehringer é formado

em Administração de Empresas e, ao longo da sua

carreira, assumiu a direção de grandes companhias,

como Elma Chips, Pepsi e Pullman. Em janeiro de

1999, em uma pesquisa da Gazeta Mercantil, o

administrador apareceu na lista dos 30 executivos

mais cobiçados do país. No mesmo ano, no auge

de uma carreira bem-sucedida como executivo, ele

resolveu abrir mão dessa condição e dedicar seu

tempo para escrever e realizar palestras.

Atualmente, Gehringer é comentarista da rádio

CBN e do programa dominical Fantástico da Rede

Globo. O administrador foi o responsável pela

palestra magna Carreira & Emprego que encer-

rou a XXI Convenção Anual da Faciap. Durante

o evento, ele cedeu entrevista para a Empresa &

Cia e contou um pouco da trajetória brasileira no

mundo dos negócios.

CARREIRA&EMPREgO

EMPRESA&CIA | culturalmente, os

brasileiros estão mais acostumados

a ser empregados Que dono do seu

prÓprio negÓcio?

MAX gEHRINgER | Até o século XIX, o Brasil era um país agrícola. Com o êxodo rural e a mudança das pessoas para a zona urbana no século XX, o país criou bons empregados, mas faltaram programas para criar bons empreendedores. Um dos motivos foi a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1934, e o estabelecimento do salário mínimo, em 1940. Com um salário fixo no final do mês e um máximo de horas para trabalhar, os pais criaram os filhos para serem empregados.

entrevista

Page 39: Empresa & Cia 17

41

EC | como desenvolver o

empreendedorismo dentro deste

contexto?

Mg | No começo da década de 80, o país quebrou devido à elevada dívida externa e isso levou a uma redução no número de funcionários nas empresas. Aliado a isso, a proliferação dos cursos superiores nos anos 90 levou a uma mudança na relação empregador/empregado, o que resulta em uma alta rotatividade dentro das empresas. Nesse sentido, as pessoas precisam estar preparadas para ser empreendedoras, avaliar se têm vocação para isso, participar de cursos, ter um bom relacionamento e procurar a oportunidade certa, como um serviço que não seja ofertado na sua cidade e pode dar lucro.

EC | Qual a importÂncia do associativismo

para a economia do paÍs?

Mg | As associações fazem com que os empresários se sintam mais fortes, pois, se um ajuda o outro, todos saem fortalecidos. Com o associativismo, a cidade se organiza para ser cada vez mais forte. Se o negócio do concorrente não der certo, é menos consumidor para os seus produtos também.

EC | como as associaçÕes comerciais e as

entidades empresariais podem contribuir

para diminuir a taxa de mortalidade das

empresas?

Mg | Fazer parte de uma associação é o primeiro passo para entender o que está acontecendo no mercado como um todo. As grandes vantagens são conhecer pessoas e clientes, tomar conhecimento de dados e leis novas que podem afetar o negócio positiva ou negativamente, e ser encaminhado pra profissionais que as entidades já conhe-cem e podem recomendar.

XXI Convenção Anual

“Com um salário fixono final do mês e um

máximo de horas para trabalhar, os pais criaram os filhos para serem empregados”

EC | Quais os principais cuidados na Hora de

abrir o prÓprio negÓcio?

Mg | Nós temos que começar supondo que a pessoa que vai abrir o próprio negócio saiba o que está fazendo. Muita gente abre um negócio pelo motivo errado e a possibilidade de dar certo cai muito. Alguns motivos errados: não ter tido nunca aquela vocação empreendedora, abrir porque não gosta do emprego, do chefe ou de receber ordens. Outro cuidado im-portante é fazer um curso, como o Empretec do Sebrae, que vai dizer cinco ou seis coisas que para muita gente podem ser óbvias, mas a falta delas é que levam ao erro. São infor-mações básicas, como o que é um plano de negócios, qual a importância do marketing na hora de montar uma empresa, entre outros pontos de extrema relevância.

EC | além de cursos especÍficos, o Que

mais vocÊ considera de fundamental

importÂncia para um empreendedor?

Mg | Dominar a língua portuguesa para superar erros de gramática e concordância. A expressão oral é fundamental para o sucesso de qualquer empreendimento.

EC | como identificar bons empresÁrios?

Mg | Dá para perceber quando o indivíduo será um bom empresário. Algumas características de um bom empresário são gostar de correr riscos, de tomar decisões e de trabalhar sozinho, além de saber se relacionar bem com pessoas e enxergar oportunidades. É preciso que a pessoa identifique nela mesma essa vocação pra ser empresária.

EC | o Que representa a ascensão das

mulHeres no mercado de trabalHo?

Mg | Eu vejo como inevitável. Nós homens vemos áreas das empresas sendo dominadas pelas mulheres, como o depar-tamento de marketing. O número de mulheres é cada vez maior e vai chegar um momento em que os homens vão ser substituídos. Elas têm força e são grandes empreendedoras. Isso representa um grande salto ao unir o conhecimento do homem com a intuição e a emoção da mulher.

Page 40: Empresa & Cia 17

42

EMPRESA&CIA

depoimentos

“A Faciap é uma entidade parceira cuja capilaridade no estado é fundamental para a nossa gestão econômica. É um

grande privilégio poder participar desse evento e fazer parte desse esforço para levar as empresas

a todo o estado, em especial àqueles municípios com menor IDH”.

beto ricHa governador do Paraná

“Me surpreende o ânimo do pessoal, a profundidade dos assuntos abordados e as perspectivas do futuro que são muito positivas”.

paulo mac donald gHisi

Prefeito de foz do iguaçu

“A Convenção tem uma programação que permite a troca de conhecimento e experiências, discutindo assuntos que levam ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas”.

eliZÂngela de paula KuHn

Presidente da acifi (associação comercial e industrial de foz do iguaçu)

“As convenções anuais da Faciap são um importante fórum para a discussão de temas de interesse do Paraná. A cada ano, os debates promovidos pela entidade ganham densidade e relevância. Para o empreendedorismo e para as micro e pequenas empresas, razão de existir do Sebrae/PR, as pautas provocadas pela Faciap são uma oportunidade para reflexão e tomada de decisões em prol do desenvolvimento socioeconômico do Estado”.

allan marcelo de campos costa

diretor-suPerintendente do sebrae/Pr

“A XXI Convenção Anual da Faciap confirmou ser este o maior evento empresarial do Paraná. Atendendo plenamente aos anseios e objetivos dos empreendedores do nosso estado, expressou a força do associativismo e do empreendedorismo paranaenses”.

ardisson naim aKel

Presidente do conselho suPerior da faciaP

“A XXI Convenção Anual da Faciap veio para reforçar o poder que o associativismo possui no Paraná, atuando como um espaço de debate e troca de

ideias. O evento também mostrou a importância das parcerias entre o governo e o setor privado para o

crescimento e desenvolvimento das micro e pequenas empresas. Um exemplo são os programas Bom

Negócio Paraná e Banco do Empreendedor Paraná, criados para fortalecer os mercados locais e estimular

o desenvolvimento regional”.

Juraci barbosa sobrinHo

diretor-Presidente da agência de fomento do Paraná

“A XXI Convenção Anual da Faciap foi o retrato do verdadeiro papel das associações comerciais e empresarias no nosso Estado, uma grande oportunidade para discutir a atuação dessas entidades como agentes de transformação local”.

luciano ducci

Prefeito de curitiba

Page 41: Empresa & Cia 17

43

XXI Convenção Anual

“É uma satisfação muito grande participar da XXI Convenção da Faciap. Em primeiro lugar como paranaense e também como ministra e representante da presidenta Dilma. A Faciap, uma constante aliada no desenvolvimento regional, conta com uma agenda positiva e uma atuação que tem sido ímpar no desenvolvimento da sociedade”. gleisi Hoffmann

ministra-chefe da casa civil

“A Convenção tem como objetivo promover as associações comerciais e fazer com que elas se tornem agentes de desenvolvimento local. E um dos objetivos da Faciap é desenvolver produtos e serviços para que as ACEs possam ser independentes financeiramente”.

rainer ZielasKo

Presidente da faciaP

“Juntos, poder público, privado e cooperativas, estamos aqui fazendo um futuro melhor. A presença das autoridades é muito importante na construção do associativismo e valoriza o evento”.

Jefferson nogaroli

Presidente do conselho deliberativo do sebrae/Pr

“A Convenção da Faciap fortalece e aproxima os empresários da realidade do Paraná. Eventos como esse são uma demonstração da nossa força e vitalidade. É muito importante e gratificante ver o poder público reconhecendo esse trabalho e dando a devida importância”.

José paulo dornelles cairoli Presidente da confederação das associações comerciais e emPresariais do brasil (cacb)

“Esse evento mostra a força do associativismo e do sistema das associações comerciais no Paraná. É muito importante ver as autoridades reconhecendo isso. A Convenção é de alto nível e um dos destaques é o Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor, que serve como estímulo aos nossos prefeitos”.

edson ramon

Presidente da associação comercial do Paraná (acP)

“A Convenção é o ponto alto do associativismo e do empreendedorismo no estado do Paraná. Este ano, especialmente, a agenda foi bastante produtiva ao colocar em pauta aspectos importantes para a evolução competitiva dos pequenos negócios e ao envolver atores sociais como líderes empresariais e políticos e gestores públicos”.

carlos alberto dos santos

diretor-técnico do sebrae

Page 42: Empresa & Cia 17

44

EMPRESA&CIA

TERMO DE COOPERAÇÃO PREVê DINAMISMO EMPRESARIAL PARA AS REgIõES PARANAENSES DE BAIXO DESENVOLVIMENTOAtualmente, um terço dos municípios paranaenses possui IDH (Índice de Desenvol-

vimento Humano) inferior à média nacional, totalizando 74 cidades, aproxima-damente um milhão de habitantes e cerca de 30 mil pequenos empreendimentos.

O Governo Federal conta desde 2008 com o programa Territórios da Cidadania, que tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e universalizar projetos básicos de cidadania. Como o Paraná apresenta quatro áreas dentro dos Territórios da Cidadania: Paraná Centro, Norte Pioneiro, Vale do Ribeira e Cantuquiriguaçu, representantes do poder público e de entidades de apoio ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas firmaram um termo de cooperação com base no programa federal durante a XXI Convenção Anual da Faciap, com o objetivo de dinamizar o ambiente empresarial e acabar com a miséria nestas regiões.

“Com micro e pequenas empresas mais fortes, haverá maior geração de empregos com carteira assinada e renda nestas regiões historicamente desfavorecidas”, aposta o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Allan Marcelo de Campos Costa. De acordo com o superintendente da Faciap, Márcio Vieira, a Federação também pode contribuir para melhorar essa situação. “é muito importante levar capacitação aos empresários dessas regiões e estimular a adesão das empresas para formar núcleos setoriais através do programa Empreender”, explicou.

obJetivos do termo de cooperação:4 Apoio para o fortalecimento das governanças territoriais e das entidades empresariais;

4 Desenvolvimento de uma sociedade cívica ativa;

4 Identificação de oportunidades de negócios;

4 Disseminação e desenvolvimento da cultura empreendedora e da inovação.

1 | paranÁ centro: Altamira do Paraná; Boa Ventura de São Roque; Campina do Simão; Cândido de Abreu; Guarapuava; Iretama; Laranjal; Ma-noel Ribas; Mato Rico; Nova Cantu; Nova Tebas; Palmital; Pitanga; Rio Branco do Ivaí; Roncador; Rosário do Ivaí; Santa Maria do Oeste; e Turvo.

2 | vale do ribeira: Adrianópolis; Bocaiúva do Sul; Cerro Azul; Doutor Ulysses; Itaperuçu; Rio Branco do Sul; e Tunas do Paraná.

3 | norte pioneiro: Abatiá; Carlópolis; Congoinhas; Conselheiro Mairinck; Guapirama; Ibaiti; Jaboti; Jacarezi-nho; Japira; Joaquim Távora; Jundiaí do Sul; Nova Fátima; Nova Santa Bárbara; Pinhalão; Quatinguá; Ribeirão Claro; Ribeirão do Pinhal; Salto do Itararé; Santa Amélia; Santa Cecília do Pavão; Santana do Itararé; Santo Antonio da Platina; Santo Antonio do Paraíso; São Jerônimo da Serra; São José da Boa Vista; Sapopema; Siqueira Campos; Tomazina; e Wenceslau Braz. 

4 | cantuQuiriguaçu: Campo Bonito; Candói; Cantagalo; Catan-duvas; Diamante do Sul; Espigão Alto do Iguaçu; Foz do Jordão; Goioxim; Guaraniaçu; Ibema; Laranjeiras do Sul; Marquinho; Nova Laranjeiras; Pinhão; Porto Barreiro; Quedas do Iguaçu; Reserva do Iguaçu; Rio Bonito do Iguaçu; Três Barras do Paraná; e Virmond. 

conHeça os territÓrios da cidadania Que serão beneficiados pelo pacto para o fim da miséria no paranÁ:

signatÁriosFirmaram o acordo de cooperação

representantes da Secretaria de

Estado da Indústria, Comércio e

Assuntos do Mercosul (SEIM); Se-

cretaria de Estado da Agricultura e

Abastecimento (SEAB); Secretaria

de Estado de Ciência, Tecnologia

e Ensino Superior (SETI); Agência

de Fomento do Paraná; Banco do

Brasil, Caixa Econômica Federal;

Centro de Integração Tecnologia

do Paraná (Citpar); Federação da

Agricultura do Estado do Paraná

(FAEP); Federação das Associações

Comerciais e Empresariais do Paraná

(Faciap); Federação do Comércio do

Paraná (Fecomércio); Federação das

Associações de Micro e Pequenas

Empresas (Fampepar); Universi-

dade Federal do Paraná (UFPR);

Federação das Indústrias do Estado

do Paraná (FIEP); Organização das

Cooperativas do Paraná (Ocepar);

Serviço Nacional de Aprendizagem

Rural no Paraná (Senar-PR).

( 4 )

( 2 )

( 3 )

( 1 )

compromisso

Page 43: Empresa & Cia 17

45

XXI Convenção Anual

programas

Durante a abertura oficial da Convenção, foram lançados os programas Bom Negócio Paraná e Banco do Empreendedor. Na ocasião, foi assinado um acordo de cooperação técnica para a implantação dos projetos. Entre as autoridades que assinaram o termo estão o governador do Paraná, Beto Richa (1), o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (2), o presidente da Faciap, Rainer Zielasko (3), e o diretor-presidente da Agência de Fomento do Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho (4).

sucesso

Os cumprimentos vieram também do presidente da Junta Comercial do Paraná e presidente do Conselho Superior da Fa-ciap, Ardisson Naim Akel.

Rainer Zielasko e sua esposa Fabiana recebem o dire-tor-presidente da Agência de Fomen-to do Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho.

O presidente da Faciap, Rainer Zielasko, recebe os cumprimentos do presidente da Associação Co-mercial do Paraná (ACP), Edson José Ramon, pelo su-cesso do evento.

( 2 )

( 1 )

( 3 ) ( 4 )

social

Fotos: Juliano Pimentel e Valdecir Gomes

Page 44: Empresa & Cia 17

46

EMPRESA&CIA

social

momento de descontração

O comediante Pedro Bismarck, famoso pelo personagem Nerso da Capitinga, foi a atra-ção da primeira noite do evento com seu show Bobeira Pega. O ator arrancou boas gargalhadas do público ao contar piadas e interpretar o personagem que o consagrou.

O presidente da Fa-ciap, Rainer Zielasko e sua esposa Fabiana, com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, momentos antes da abertura oficial da Convenção.

O prefeito de Curi-tiba, Luciano Ducci, o governador do Paraná, Beto Richa, e Rainer Zielasko, durante a abertura oficial do evento.

presenças ilustres na sala vip

O administrador Max Gehringer proferiu a palestra magna de encerramento da Convenção e lotou o auditório do Mabu Thermas & Resort. O palestrante foi recebido pelo presidente da Faciap, Rainer Zielasko (1), e pela vice-presidente para Assuntos de Eventos, Deborah Dzierwa (2). Ao final do evento, Gehrin-ger recebeu os agradecimentos do coordenador de Eventos da Faciap, Eduardo Araújo (3).

carreira e emprego

( 2 )

( 1 )

( 3 )

Fotos: Juliano Pimentel e Valdecir Gomes

Page 45: Empresa & Cia 17

Fotos: Juliano Pimentel e Valdecir Gomes

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