ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO...

4
precisar 25 de setembro de 2018 João Monlevade/MG – Ed. 136 ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO ESCOLAR As eleições se aproximam e o brasileiro, cada vez mais, sente-se na obrigação de escolher os seus candidatos, entretanto isso parece difícil. Diante de tantos acontecimentos negativos na política brasileira, não se sabe mais em quem confiar. Temos que ter cuidado com a manipulação da mídia, com as fake news, com as alianças partidárias; temos que observar os novos candidatos diferentes das velhas raposas e do patriarcado da corrupção e os fichas-sujas, enfim uma série de preocupações para evitar a escolha errada. Nos inúmeros textos sobre sucessão presidencial, apareceu-me uma metáfora engraçada, mas muito coerente em sua analogia: “Frankstein eleitoral”, que nos remete às inúmeras siglas dos partidos, em que há coligações até entre partidos antagônicos, mostrando as camuflagens, as manobras que só o eleitorado com mais conhecimento enxerga. E esses eleitores começam a pensar que tudo terminará em pizza, à moda da casa. Sempre o povo “pagando o pato”, pois falta a verdade, a transparência, sendo que, para os enganadores, o importante é “parecer ser”. EDITORIAL CONGRESSO INTERNACIONAL DA REDE PITÁGORAS DE 2018 O CONGRESSO INTERNACIONAL DA REDE PITÁGORAS/2018, um dos maiores eventos da educação básica do Brasil, aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto, no Tauá Hotel Atibaia, em Atibaia, São Paulo. O Congresso teve como objetivo ampliar o relacionamento com as escolas e apresentar as novidades da Rede para 2019. O tema escolhido foi “Transformação”. Constou de palestras inspiradoras que ampliaram conhecimentos, refletiram sobre desafios da contemporaneidade, fizeram conhecer as principais tendências e inovações do mercado educacional. Os palestrantes foram: Cris Poli, a Súper Nany, argentina de 71 anos, dedicada à Educação Infantil por 40 anos; Pedro Calabrez, professor, escritor, neurocientista; Helena Neiva educadora, graduada em Educação Social, Presidente da Fundação Pitágoras, Guiomar Namo de Mello, pedagoga pela PUC/SP, Mário Ghio graduado em Engenharia Química pela Poli - USP e Fernando Fernandes apaixonado por esportes, investiu na carreira até os 17 anos de idade, quando se profissionalizou jogador, mas foi no mundo da moda que conquistou reconhecimento e sucesso profissional. Pelo Colégio Kennedy, participaram Glória de Fátima Bicalho Albuquerque e Antonine Bicalho Garcia. Nós, da Educação, temos que, entretanto, tomar conhecimento da importância deste acontecimento, as eleições, conscientizar os alunos sobre o voto, o porquê votar, o porquê da consciência crítica, que evita a cegueira partidária, o engano das falácias. Quando bem informados e conscientizados, crianças e jovens são ótimos multiplicadores. Esperamos que esses momentos de cidadania em sala de aula possam formar pessoas mais promissoras e, quem sabe, futuras lideranças boas. Na sala de aula, não podemos trazer a nossa política partidária, mas podemos ensinar a política da verdade, da honestidade. Antonine, Glória e Patrícia, coordenadora de relacionamento do Pitágoras

Transcript of ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO...

Page 1: ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO ESCOLARcolegioefaculdadekennedy.com.br/pg/painel_admin/jornal/arquivos/... · precisar 25 de setembro de 2018 João Monlevade/MG – Ed. 136 ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO

precisar

25 de setembro de 2018 João Monlevade/MG – Ed. 136

ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO ESCOLAR

As eleições se aproximam e o brasileiro, cada vez mais, sente-se na obrigação de escolher os seus candidatos, entretanto isso parece difícil. Diante de tantos acontecimentos negativos na política brasileira, não se sabe mais em quem confiar. Temos que ter cuidado com a manipulação da mídia, com as fake news, com as alianças partidárias; temos que observar os novos candidatos diferentes das velhas raposas e do patriarcado da corrupção e os fichas-sujas, enfim uma série de preocupações para evitar a escolha errada. Nos inúmeros textos sobre sucessão presidencial, apareceu-me uma metáfora engraçada, mas muito coerente em sua analogia: “Frankstein eleitoral”, que nos remete às inúmeras siglas dos partidos, em que há coligações até entre partidos antagônicos, mostrando as camuflagens, as manobras que só o eleitorado com mais conhecimento enxerga. E esses eleitores começam a pensar que tudo terminará em pizza, à moda da casa. Sempre o povo “pagando o pato”, pois falta a verdade, a transparência, sendo que, para os enganadores, o importante é “parecer ser”.

EDITORIAL

CONGRESSO INTERNACIONAL DA REDE PITÁGORAS DE 2018

O CONGRESSO INTERNACIONAL DA REDE PITÁGORAS/2018, um dos maiores eventos da educação básica do Brasil, aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto, no Tauá Hotel Atibaia, em Atibaia, São Paulo. O Congresso teve como objetivo ampliar o relacionamento com as escolas e apresentar as novidades da Rede para 2019. O tema escolhido foi “Transformação”. Constou de palestras inspiradoras que ampliaram conhecimentos, refletiram sobre desafios da contemporaneidade, fizeram conhecer as principais tendências e inovações do mercado educacional. Os palestrantes foram: Cris Poli, a Súper Nany, argentina de 71 anos, dedicada à Educação Infantil por 40 anos; Pedro Calabrez, professor, escritor, neurocientista; Helena Neiva educadora, graduada em Educação Social, Presidente da Fundação Pitágoras, Guiomar Namo de Mello, pedagoga pela PUC/SP, Mário Ghio graduado em Engenharia Química pela Poli - USP e Fernando Fernandes apaixonado por esportes, investiu na carreira até os 17 anos de idade, quando se profissionalizou jogador, mas foi no mundo da moda que conquistou reconhecimento e sucesso profissional. Pelo Colégio Kennedy, participaram Glória de Fátima Bicalho Albuquerque e Antonine Bicalho Garcia.

Nós, da Educação, temos que, entretanto, tomar conhecimento da importância deste acontecimento, as eleições, conscientizar os alunos sobre o voto, o porquê votar, o porquê da consciência crítica, que evita a cegueira partidária, o engano das falácias. Quando bem informados e conscientizados, crianças e jovens são ótimos multiplicadores. Esperamos que esses momentos de cidadania em sala de aula possam formar pessoas mais promissoras e, quem sabe, futuras lideranças boas. Na sala de aula, não podemos trazer a nossa política partidária, mas podemos ensinar a política da verdade, da honestidade.

Antonine, Glória e Patrícia, coordenadora de relacionamento do Pitágoras

Page 2: ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO ESCOLARcolegioefaculdadekennedy.com.br/pg/painel_admin/jornal/arquivos/... · precisar 25 de setembro de 2018 João Monlevade/MG – Ed. 136 ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO

Kennedy & Cia PRINCIPAL

FERNANDA SOBREIRA É APLAUDIDA DE PÉ APÓS PALESTRA NO COLÉGIO KENNEDY

No dia 21/08, Fernanda Sobreira, Consultora de Relações Interpessoais da Rede Pitágoras, esteve no Colégio Kennedy, para proferir a palestra “Educar com Valores: novas posturas para um velho desafio”. O público-alvo eram os pais, diretores, professores e funcionários do Colégio. Fernanda Sobreira foi aplaudida de pé pelos presentes.

MEC DIVULGA O FRACASSO DO ENSINO NO BRASIL EM TODOS OS NÍVEIS No Dia 30/08, o MEC divulgou o resultado extraído da Prova Brasil, teste de Matemática e Português

aplicado a 5,4 milhões de alunos das redes pública e privada. Os dados compõem o Saeb – Sistema de Avaliação do Ensino Básico – que mostra o nível dos estudantes no 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio. A conclusão é que o Brasil está longe de um ensino “pelo menos decente”. “Os alunos passam de uma série para outra, mas não avançam na escala do conhecimento”, disse Maria Inês Fini, presidente do Inep. “O Ensino Médio está falido.”, diz o Ministro da Educação, Rossieli Soares. Nível 2 de proficiência em Português e Matemática. Estagnação da proficiência. “A defasagem nos primeiros anos escolares tende a agravar à medida que a complexidade aumenta sem resolver as dúvidas básicas. Mais do que esse alarmante resultado, o que preocupa é que a educação brasileira mostra resultados que caminham em marcha lenta ou que retrocede. Portanto, o grande desafio do Brasil é tirar a educação brasileira do zero”. Ver gráfico abaixo.

Público presente na palestra

Público presente na palestra

Foto da palestrante com a equipe do CK presente na palestra

ANIVERSARIANTES DE SETEMBRO

03/09: Maria Ap. Hilário (Paré) 13/09: Alessandra Fonseca Teles 15/09: Rosilene Maria Machado 17/09: Bárbara Karoline Martins 17/09: Juliana Feliciana Pinto 20/09: Naila Maria Leite 22/09: Marilce Costa Bicalho 28/09: Sandra

FONTE: https://goo.gl/3QjaAq

“o grande desafio do

Brasil é tirar a

educação brasileira do zero”

Page 3: ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO ESCOLARcolegioefaculdadekennedy.com.br/pg/painel_admin/jornal/arquivos/... · precisar 25 de setembro de 2018 João Monlevade/MG – Ed. 136 ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO

NOVEMBRO E DEZEMBRO, ENCERRAMENTO COM MUITAS ATIVIDADES

11111 0000000000000000000

Kennedy & Cia CURTAS E RÁPIDAS

ALUNOS DO CK FAZEM O PAERP - PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DA REDE

PITÁGORAS

Nos dias 27 a 31/08, os alunos do 5º ano, 9º ano e 1ª. Série do Ensino Médio do Colégio Kennedy fizeram as provas do PAERP. O Ensino Fundamental, Matemática e Português, e o Ensino Médio é avaliado em todos os conteúdos.

“O PAERP é um valioso instrumento para monitorar a qualidade de aprendizagem dos alunos, os processos educativos, e as políticas de gestão.” Ele é bianual, dando oportunidade à gestão escolar de receber o resultado e procurar os recursos para melhorar a avaliação de todo o processo educativo e novamente ser avaliado.

O COLÉGIO KENNEDY JÁ SE PREPARA

PARA A VII SEMANA DA CULTURA E ARTE

Alunos, professores-coordenadores e coordenação já começam a preparar-se para o grande evento anual da Escola, o projeto Semana da Cultura e Arte que acontecerá no período de 24 a 27 de outubro, com a participação de todos os segmentos. O tema escolhido foi O Circo e já aguardamos as lindas performances dos alunos, como se apresentam no Show, no Ginásio Poliesportivo.

EDUCAÇÃO INFANTIL COMEMORA DIA DO FOLCLORE No dia 29 de agosto, os alunos da Educação infantil realizaram uma tarde folclórica dentro do que pede a educação da criança para o seu desenvolvimento: boa alimentação no padrão cultural e as músicas, brincadeiras, encenações folclóricas, desenvolvendo a inteligência emocional, o conhecimento social e a alegria. Assim falou a coordenadora Amélia Pacheco: “Primeiramente um lanche coletivo saboroso, com broa, pão de queijo, pastel, sonho, biscoito de polvilho... Tudo uma delícia! Depois, a música folclórica, desafios, cantigas de roda e dramatizações, proporcionando às crianças viverem emoções do mundo de faz de contas e aos adultos, uma viagem no túnel do tempo”.

Alunos do 9º no momento da avaliação

Apresentação dos professores na VI Semana da Cultura e Arte

CONTEXTO COMO NÃO LAMENTAR O INCÊNDIO DO

MUSEU NACIONAL!

O incêndio, do dia 02/09, que destruiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio de Janeiro, apagou 200 anos de História (20 milhões de itens) e deixou um lamento mundial. Tragédias, como essas, são irreparáveis, como também o foi a tragédia ambiental de Bento Ribeiro, em Mariana. Como reconstruir tudo isso? Não sabemos. Que fique, pelo menos, a reflexão de que devemos ficar alerta com o que está ao nosso redor. Se não está em nosso alcance socorrer, evitar as grandes tragédias, que olhemos as nossas pequenas responsabilidades e a elas dediquemos nosso olhar e atenção.

DEMOCRACIA BRASILEIRA: “A FACA DA INTOLERÂNCIA POLÍTICA E A ESPADA DA

JUSTIÇA”.

Às vésperas do Dia da Pátria, a democracia brasileira recebe duro golpe. O candidato a presidente, líder nas pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro, é esfaqueado por cidadão em Juiz de Fora, durante campanha.

O agressor foi entregue à Justiça e os brasileiros ficam, mais uma vez, pensando nas mazelas do país. A faca da violência diária e a espada da Justiça. Que vença a democracia e a justiça. Não à violência.

Incêndio no Museu Nacional

Alunos da Educação Infantil

Page 4: ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO ESCOLARcolegioefaculdadekennedy.com.br/pg/painel_admin/jornal/arquivos/... · precisar 25 de setembro de 2018 João Monlevade/MG – Ed. 136 ELEIÇÕES E EDUCAÇÃO

NOVEMBRO E DEZEMBRO, ENCERRAMENTO COM MUITAS ATIVIDADES

Kennedy & Cia CURTAS E RÁPIDAS

R e d a ç ã o : M a r i a I r e n e . D i a g r a m a ç ã o e I m a g e n s : C a y q u e S a n t o s , E r i k C r u z , C r i s t i n a H e n r i q u e s e F a b i a n n i T e l e s . C o r r e ç ã o : G l ó r i a d e F á t i m a B i c a l h o A l b u q u e r q u e e M a r i a I r e n e .

7 DE SETEMBRO NO COLÉGIO KENNEDY

Às vésperas do Dia da Pátria, o Colégio Kennedy comemora com os alunos e professores a data. O 2º do Ensino Fundamental: Atividade sobre a história da Independência e reflexão sobre cidadania. O papel da criança na construção da cidadania democrática.

A Bandinha dos alunos da tia Vilma da Conceição Fonseca Moreira saiu, como já faz há alguns anos, passou batendo seus tamborezinhos pelos corredores da Escola, alertando que era tempo de pensar na pátria.

A Educação Infantil, em trabalho de suas professoras e coordenadora, “brilhou no céu da pátria”, trazendo o verde e o amarelo, em bela apresentação no pátio.

ENTREVISTA: A VOZ DO EDUCADOR Neste “7 de Setembro” de 2018, fazendo uma analogia com 1822, o que representaria o grito:

“Independência ou Morte”. MARIA IRENE NEVES

Tia Vilma e sua bandinha

Alunos em apresentação no pátio verde

Alunos em apresentação no pátio verde

Em 2018, “o grito de independência” completa 196 anos. Mas o que mudou desde então? Um português foi escolhido pela elite da colônia portuguesa para ser o rei do país que estava nascendo. O povo, com sua diversidade, foi colocado à margem das decisões e assistiu à permanência dos privilégios e acordos advindos da colônia. Sem contar que, ao final do século XIX, a produção do quadro “Independência ou morte”, encomendado ao pintor Pedro Américo, em 1888, não condiz com a realidade dos fatos, mas tornou-se parte do mito fundador do Brasil. Assim como ocorrido o episódio do quadro, hoje, vivemos em um Brasil mítico - democrático, livre, justo - cuja sociedade encontra-se cada vez mais desigual, que marginaliza o branco, o pobre, o negro e tantas outras tribos. Fomos colônia de Portugal, dependentes da Inglaterra e, na atual conjuntura, somos um país do futuro que entrega suas riquezas aos EUA. E o “grito de independência?” Continua sem ecoar.

Grito de Independência ou Morte? Não! Em tempos de insegurança política e instabilidade econômica, o grito que deveria ser ecoado é o de indignação. Um pedido de indignação, quase desespero, por vivermos em um país com tantos recursos, porém com instituições políticas que não nos transmite transparência ou representatividade, onde o setor judiciário deixou há muito de ser isento e imparcial. Onde mesmo sendo a 8ª economia, temos uma parcela considerável de desvalidos e desempregados, a viverem a beira da miséria e sem dignidade. Hoje um grito, à margem de um rio qualquer, não basta para nossa soberania e independência. Como seria fácil, se assim fosse! Nosso grito deve vir num ato final nas urnas eleitorais, mas precedido de uma missão maior: a escolha crítica e cidadã de nossos políticos. Políticos que, de fato, nos representem de forma holística e honesta.

O processo da Independência do Brasil talvez seja um dos fatos mais marcantes da nossa História. Ainda que haja aqueles que não queiram reconhecer tal acontecimento com o devido valor que lhe é de direito, as controvérsias ratificam a sua importância. Em que pese o sentimento dos incrédulos, na realidade, o que se exalta no Sete de Setembro é o fim da sujeição a Portugal e a autonomia político-administrativa do País. Verdade é que surgiram três datas para o episódio. Há aqueles que advogam o Dois de Setembro como a mais válida, pois foi quando a Princesa Dona Leopoldina assinou a separação de Portugal. A outra data seria mesmo o Sete de Setembro quando D. Pedro, então Príncipe Regente, anunciou às margens do Ipiranga, em São Paulo, a emancipação da colônia portuguesa na América. Por último vem o Sete de Abril de 1831, corroborando os eventos anteriores. A justificativa reside no fato de que, nessa data, os governantes do país foram verdadeiramente brasileiros, nascidos aqui uma vez que D. Pedro I teria nascido na Europa. Depois da Abdicação, os novos governantes ficaram sem vínculos diretos de dependência junto aos portugueses.

.

.

.

Cármen Starling Bergamini

Geraldo Aparecido Dias

Cléverson de Oliveira Sá