JOÃO MONLEVADE, 53 ANOS DE EMANCIPAÇÃO...

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13 de fevereiro 2012 João Monlevade/MG – Edição 61 17 de maio de 2017 João Monlevade/MG – Ed. 121 EDITORIAL JOÃO MONLEVADE, 53 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA CONTEXTUALIZANDO O MOMENTO: BRASIL PASSA POR MOMENTO TUMULTUADO COM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA Os brasileiros vêm se sentindo lesados pela reforma previdenciária e das leis trabalhistas. Lideranças sindicais e partidárias marcaram, no dia 28 de abril, uma paralisação geral no país. Mas, segundo a análise de especialistas, foram poucas as adesões. O Brasil vive um momento crítico em que há uma descrença em relação à política, sendo que a liderança é investigada por atos de corrupção e muitos já estão presos. Sabemos que o Brasil precisa ser reconstruído, mas ainda não sabemos como. O povo acha-se dividido e ironicamente políticos de todos os partidos, direita e esquerda, estão unidos pela falta de ética, pela roubalheira. Acreditamos que o povo vai lutar pelas conquistas que deseja, entretanto o difícil é saber quem fala a verdade. Alguém disse: “É o circo marambaia.” E o palhaço quem é? E, no mais, só se Deus voltar a ser brasileiro, como diziam. Em João Monlevade, houve a paralização de algumas escolas e passeata da OAB, e sindicato dos Trabalhadores e de alguns partidos políticos. João Monlevade é “referência de cidade-polo para o Médio Piracicaba”, tendo boas escolas, faculdades privadas e públicas, uma grande empresa, que produz o melhor fio- máquina do mundo, muitas empresas de médio e pequeno porte, bom comércio, postos médicos, bons profissionais em diversas áreas, mas ainda falta à cidade visão progressista e moderna. Urbanização de bairros e centro, já que Monlevade cresceu sem um plano piloto, embelezamento da cidade, principalmente com a vigilância da prefeitura, pois há oficinas de desmanche de carros em plena avenida, ferro- velho, lixo jogado nas praças e ruas (a coleta até que melhorou), criar espaços para lazer de crianças e adultos, promover o desenvolvimento dos esportes, o desenvolvimento da cultura, melhorar as condições do único hospital da cidade, apoiar às tradições e a conservação material ou não da história da cidade e assim tantos outros benefícios, trazendo para o povo o bem-estar, a evolução necessária aos tempos de hoje. Tendo em vista as centenárias e vetustas cidades mineiras, João Monlevade é uma jovem que precisa crescer. O crescimento de uma cidade depende de seu povo, de seus sonhos, de suas ações, de sua força de trabalho e, sobretudo, de educação. Só a educação é capaz de promover o crescimento ético, crítico, de conhecimento, que leva um povo a buscar suas necessidades e reivindicações.

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13 de fevereiro 2012

João Monlevade/MG – Edição 61

17 de maio de 2017

João Monlevade/MG – Ed. 121

EDITORIAL

JOÃO MONLEVADE, 53 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

CONTEXTUALIZANDO O MOMENTO: BRASIL PASSA POR MOMENTO TUMULTUADO COM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Os brasileiros vêm se sentindo lesados pela reforma previdenciária e das leis trabalhistas. Lideranças sindicais e partidárias marcaram, no dia 28 de abril, uma paralisação geral no país. Mas, segundo a análise de especialistas, foram poucas as adesões. O Brasil vive um momento crítico em que há uma descrença em relação à política, sendo que a liderança é investigada por atos de corrupção e muitos já estão presos. Sabemos que o Brasil precisa ser reconstruído, mas ainda não sabemos como. O povo acha-se dividido e ironicamente políticos de todos os partidos, direita e esquerda, estão unidos pela falta de ética, pela roubalheira. Acreditamos que o povo vai lutar pelas conquistas que deseja, entretanto o difícil é saber quem fala a verdade. Alguém disse: “É o circo marambaia.” E o palhaço quem é? E, no mais, só se Deus voltar a ser brasileiro, como diziam. Em João Monlevade, houve a paralização de algumas escolas e passeata da OAB, e sindicato dos Trabalhadores e de alguns partidos políticos.

João Monlevade é “referência de cidade-polo para o Médio Piracicaba”, tendo boas escolas, faculdades privadas e públicas, uma grande empresa, que produz o melhor fio-máquina do mundo, muitas empresas de médio e pequeno porte, bom comércio, postos médicos, bons profissionais em diversas áreas, mas ainda falta à cidade visão progressista e moderna. Urbanização de bairros e centro, já que Monlevade cresceu sem um plano piloto, embelezamento da cidade, principalmente com a vigilância da prefeitura, pois há oficinas de desmanche de carros em plena avenida, ferro-velho, lixo jogado nas praças e ruas (a coleta até que melhorou), criar espaços para lazer de crianças e adultos, promover o desenvolvimento dos esportes, o desenvolvimento da cultura, melhorar as condições do único hospital da cidade, apoiar às tradições e a conservação material ou não da história da cidade e assim tantos outros benefícios, trazendo para o povo o bem-estar, a evolução necessária aos tempos de hoje.

Tendo em vista as centenárias e vetustas cidades mineiras, João Monlevade é uma jovem que precisa crescer. O crescimento de uma cidade depende de seu povo, de seus sonhos, de suas ações, de sua força de trabalho e, sobretudo, de educação. Só a educação é capaz de promover o crescimento ético, crítico, de conhecimento, que leva um povo a buscar suas necessidades e reivindicações.

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CURTAS E RÁPIDAS Kennedy & Cia

PROGRAMAÇÃO BÁSICA DA SEMANA DA FAMÍLIA JÁ ESTÁ DEFINIDA

Após as reuniões de coordenadoras e professores para levantamento de sugestões da programação da Semana da Família, que terá sua abertura no dia 8 de maio e outros eventos no período de 15 a 20 de maio, a Diretora Glória definiu que as atividades serão coletivas e não como nos anos anteriores em que os professores chamavam os pais para atividades em sala de aula, por turma. Ficou assim a programação:

EDUCAÇÃO E SAÚDE MENTAL, TEMA LEVADO AOS PROFESSORES PELA

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE JOÃO MONLEVADE

No dia 24 de abril, no Anfiteatro do CEJM, a Secretaria da Educação de João Monlevade promoveu uma Mesa Redonda para debate do tema Educação e Saúde Mental. O evento trouxe professores da Rede Pública Estadual e Municipal, das escolas particulares, pais, e alunos do Ensino Médio, lotando o anfiteatro. A abertura foi feita pelo Secretário de Educação da Prefeitura, Teotino Damasceno Filho. Participaram da Mesa Redonda o psicólogo Rinaldo Conde Bueno e a Dra. Ana Beatriz. A psicóloga Pollyana Prandini foi a mediadora, que se apresentou, inicialmente, lendo um poema. Do Colégio Kennedy, compareceram Gilka Lins, Lúcia Elena Martins Canossa e a professora Lelena.

POESIA EM SALA DE AULA: TRABALHO INTERESSANTE DO 6º ANO DA PROFESSORA ALESSANDRA

ANIVERSARIANTES 04/05 – Geraldo Aparecido Dias 05/05 – Solange de Fátima Guedes 07/05 – Nilda Aparecida de Souza 13/05 – Daniella Braga M. Veloso 13/05 – Fernanda Mara de Oliveira P. Brandão 18/05 – Cleverson de Oliveira Sá 20/05 – Vânia Aparecida Gandra 22/05 – Efigênio de Menezes 22/05 – Padre Henriques (in memoriam) 24/05 – Matilde A.de Carvalho Ramos 27/05 – Antônio Henrique L. Figueiredo 27/05 – Regina Marques Drumond Bicalho 30/05 – Macionita Medianeira Soares

Os alunos da professora Alessandra Fonseca Teles, 6º ano, desenvolverão um trabalho de apresentação de poesias. O aluno criará a sua própria apresentação, inclusive com caracterização própria para o texto.

É isso aí. Vivenciar os textos leva o aluno a gostar da Literatura e a aula fica interessante.

Uma foto com a turma

para registrar o momento

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CURTAS E RÁPIDAS

Kennedy & Cia

TIA LIA FEZ TRABALHO COM A 3ª. SÉRIE DO FUNDAMAENTAL I SOBRE JOÃO MONLEVADE

Após colocar as pesquisas feitas no quadro do corredor da escola, a Tia Lia Costa Bicalho chamou toda a turma do 3º ano vespertino e deu uma explicação sobre o trabalho. Ela comentou que eles não sabiam nada sobre o a Emancipação de João Monlevade. É isso aí. Se não sabem, ponha a turma para trabalhar o assunto. Meios de pesquisa não faltam.

ALEGRIA DA TURMINHA DO FUTSAL QUE GANHOU MATERIAL ESPORTIVO DE TREINAMENTO

O professor Édson Júnior agradece à Glória e ao Antonine o material esportivo fornecido para a turminha do Fundamental 1. Os pequenos jogadores estão felizes!

VAMOS VESTIR A CAMISA DO COLÉGIO KENNEDY O uniforme do Colégio Kennedy é bonito, e vestir o uniforme é padronizar a identidade da escola perante os alunos e a sociedade monlevadense. E há quem ama a sua escola e faz questão de “vestir a camisa”, literal e metaforicamente. E você?

TEATRINHO DOS ALUNOS DA TIA REGINA

Como vem acontecendo no Rodão, há sempre uma apresentação dos alunos. No dia 20/4, foi a vez dos alunos da Tia Regina, que brilharam com a historinha do Jacaré. Os alunos estavam caracterizados e, como sempre, a apresentação trouxe a graça de nossas crianças de 2/3 anos.

Alunos do tio Juninho fazendo uso do material

Alunos do tio Juninho fazendo uso do material

Alunos do 2° Ano da EF I “vestindo a camisa”

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R e d a ç ã o : M a r i a I r e n e . D i a g r a m a ç ã o e I m a g e n s : C a y q u e S a n t o s , E r i k C r u z , C r i s t i n a H e n r i q u e s e F a b i a n n i T e l e s . C o r r e ç ã o : G l ó r i a d e F á t i m a B i c a l h o A l b uq ue r q u e e M a r i a I r e n e .

Monlevade, 53 anos, História e lembranças Buscamos no jornal A Notícia, suplemento especial do cinquentenário da cidade, alguns depoimentos

interessantes que passamos a seguir.

“João Monlevade surgiu como distrito de Rio Piracicaba em 27 de dezembro de 1948. Quando ainda distrito, embora ansiasse pela autonomia, já demonstrava sinais de evolução. Os habitantes tinham à disposição a paróquia São José Operário e o cônego José Higino de Freitas como pároco. Em 1949, foi instalado o Cartório Civil então comandado pelo Sr. Jonathas de Oliveira. Em 1951, foi instalado o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, seguido do Hospital Margarida em 1952. O Ginásio Monlevade surgiu três anos depois. É oportuno ressaltar que todo processo de desenvolvimento do distrito e município se deu por meio da instalação da Belgo Mineira em 1921. Hoje, a internacional ArcelorMittal.” (Carlos Arthuso, Acimon)

“Em tempo de Semana Santa, a diversão era ir para Monlevade ouvir as pregações de Padre Higino e Padre Henriques – isso mesmo: a gente saía todo alegre de Carneirinhos para Monlevade, como era chamado o Centro Industrial.” (Teotino Damasceno Filho, Secretário de Educação da Prefeitura de J. Monlevade. Referência aos anos de 1950/1960)

“Obviamente que nestes pares de anos ‘desta terra que amo e deste solo que piso’, o segmento que mais evoluiu nos últimos anos foi a educação estudantil. Ela teve uma ascensão vertiginosa, que começou nos idos dos anos de 1970, com a construção de várias edificações escolares(Emip, Centro Educacional, Louis Ensch, etc), a abertura da Faculdade de Educação (atual Funcec/Doctum) e a criação de cursos técnicos no Colégio Kennedy.”( Francisco Bernadino – Real Esporte Clube)

“A história do município de João Monlevade está intimamente relacionada à fundação da antiga Companhia Siderúrgica Belgo Mineira. Do período de montagem da pequena forjaria, quando o município era distrito de Rio Piracicaba, até 1964, ano de sua emancipação política, João Monlevade viveu tempos áureos. A Belgo era o centro do poder e do bem-estar social. Toda economia e vida social giravam em torno da produção de aço; milhares de empregados vindos de todas as partes do Brasil e centenas de estrangeiros aqui fixaram residência. Assim, o distrito de João Monlevade, nome dado em homenagem ao seu fundador, se compunha de toda a área de abrangência do Centro Industrial: as residências de cada bairro foram edificadas em formato de conjuntos habitacionais, onde todas as casas eram iguais e de acordo com a renda dos ocupantes. Essa paisagem urbana se mantém até hoje, praticamente intacta, o que se pode observar nitidamente nos bairros Vila Tanque, avenida Aeroporto, parte da Areia Preta, na Beira Rio, na Siderúrgica, na Rua Tapajós, na rua Tieté, no bairro Amazonas, etc. As obras de grande relevância para a época também se encontram no centro Industrial: o prédio do Cassino, os hotéis da Rua Siderúrgica, o prédio do antigo Grupo Escolar Central, o viaduto do Morro do Geo, a matriz São José Operário, o Grupo Escolar Santana (projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer), o Hospital Margarida, etc. Com a emancipação política, João Monlevade começou a se deslocar da área de influência da Belgo e caminhar para a conquista de sua independência econômica, social, administrativa e política. A Belgo, hoje, ArcelorMittal, continua exercendo sua grande influência, mas o município segue em busca do progresso, sem perder sua identidade histórica com a empresa-mãe que lhe deu origem.”( Mauri Torres é ex-deputado estadual e conselheiro do Tribunal de Contas de Minas Gerais)