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RELATÓRIO DA VISITA À UTE NORTE FLUMINENSE DO GRUPO ELECTRICITÉ DE FRANCE (EDF) – MACAÉ, RJ – 8 e 9 de Agosto de 2011. O convite para a visita foi efetivada pelo grupo AES Tietê às Faculdades Integradas Teresa D´Ávila, Lorena, SP. A Profa. Dra. Ir. Olga de Sá, Diretora desta Instituição de Educação Superior (IES) designou o Prof. Dr. Paulo Sergio de Sena (autor desse relatório), Coordenador do Curso de Licenciatura em Biologia da IES como representante institucional no citado evento. O Cronograma apresentado pelo convite e cumprido pela AES Tietê e UTE Norte Fluminense constou de: 1. Ponto de Encontro para a Saída e Chegada do Ônibus - Prefeitura Municipal de Canas - Avenida 22 de Março, 369. Apresentar no local às 14h00; 2. Hospedagem em MacaéHotel Four Points by SheratonRua Dolores Carvalho Vasconcelos, 110 - Bairro da Glória, Macaé-RJ(22) 2106 2700; 3. Programação da Visita: 3.a. Dia 8 de agosto 14h00 Saída de Ônibus de Canas 21h00 Chegada ao hotel em Macaé – jantar após o check-in 3.b. Dia 9 de agosto 08h00 Café da manhã 09h00 Visitação à UTE Norte Fluminense Sistema de captação, tratamento e resfriamento de água; Infra-estrutura de recebimento de gás natural; Tecnologia de geração a ciclo combinado: turbinas a gás e vapor; Sala de controle: geração e monitoramento das emissões atmosféricas. 12h30 Almoço 14h00 Saída de ônibus de Macaé 4. 21h00 Chegada em Canas O Cronograma foi cumprido, como citado acima, porém com alguns ajustes de horários, devido a imprevistos na saída de Canas e problemas de mal estar de um passageiro ao logo do percurso. Nada digno de nota ou que pudesse comprometer os objetivos do trabalho. No dia 9.agosto.2011, às 8h e 25min, saímos do hotel em direção à UTE Norte Fluminense. Chegada à UTE às 9h e 15 min. A recepção foi feita pelo Sr. Philippe Quenet (Fig.1), diretor da UTE Norte Fluminense que nos conduziu ao Centro de Visitantes. Após uma breve apresentação dos responsáveis pela UTE, um vídeo institucional foi apresentado, em síntese o conteúdo está próximo ao que apresenta o site oficial da UTE e que pode ser acessado no endereço: http://www.

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RELATÓRIO DA VISITA À UTE NORTE FLUMINENSE DO GRUPO

ELECTRICITÉ DE FRANCE (EDF) – MACAÉ, RJ – 8 e 9 de Agosto de 2011.

O convite para a visita foi efetivada pelo grupo AES Tietê às Faculdades Integradas Teresa D´Ávila, Lorena, SP. A Profa. Dra. Ir. Olga de Sá, Diretora desta Instituição de Educação Superior (IES) designou o Prof. Dr. Paulo Sergio de Sena (autor desse relatório), Coordenador do Curso de Licenciatura em Biologia da IES como representante institucional no citado evento. O Cronograma apresentado pelo convite e cumprido pela AES Tietê e UTE Norte Fluminense constou de:

1. Ponto de Encontro para a Saída e Chegada do Ônibus - Prefeitura Municipal de Canas - Avenida 22 de Março, 369. Apresentar no local às 14h00;

2. Hospedagem em MacaéHotel Four Points by SheratonRua Dolores Carvalho Vasconcelos, 110 - Bairro da Glória, Macaé-RJ(22) 2106 2700;

3. Programação da Visita: 3.a. Dia 8 de agosto 14h00 Saída de Ônibus de Canas 21h00 Chegada ao hotel em Macaé – jantar após o check-in 3.b. Dia 9 de agosto 08h00 Café da manhã 09h00 Visitação à UTE Norte Fluminense Sistema de captação, tratamento e resfriamento de água; Infra-estrutura de recebimento de gás natural; Tecnologia de geração a ciclo combinado: turbinas a gás e vapor; Sala de controle: geração e monitoramento das emissões atmosféricas. 12h30 Almoço

14h00 Saída de ônibus de Macaé 4. 21h00 Chegada em Canas O Cronograma foi cumprido, como citado acima, porém com

alguns ajustes de horários, devido a imprevistos na saída de Canas e problemas de mal estar de um passageiro ao logo do percurso. Nada digno de nota ou que pudesse comprometer os objetivos do trabalho.

No dia 9.agosto.2011, às 8h e 25min, saímos do hotel em direção à UTE Norte Fluminense. Chegada à UTE às 9h e 15 min. A recepção foi feita

pelo Sr. Philippe Quenet (Fig.1), diretor da UTE Norte Fluminense que nos conduziu ao Centro de Visitantes.

Após uma breve apresentação dos responsáveis pela UTE, um vídeo institucional foi apresentado, em síntese o conteúdo está próximo ao que apresenta o site oficial da UTE e que pode ser acessado no endereço: http://www.

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utenortefluminense.com.br/, recortado para este relatório, o que se segue: - A UTE Norte Fluminense é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), ou seja, foi criada com a finalidade de produzir energia elétrica, em usina construída no município de Macaé, a partir da utilização de gás natural da Bacia de Campos. - O Grupo EDF (Electricité de France), maior gerador de energia elétrica do mundo, detêm 90% do capital da UTE NF e a Petrobras 10%. - A UTE Norte Fluminense foi concebida em meio à crise de energia dos anos 2000/2001 e faz parte do Programa Prioritário de Termelétricas, criado pelo Governo Federal. - O aumento da participação de usinas térmicas na matriz energética brasileira vai elevar o grau de confiabilidade do sistema como um todo. O nível de consumo diário da UTE NF é de 3.400.000 m3 de gás natural. Esse projeto é um fator de viabilização para a uso do gás extraído pela Petrobras na Bacia de Campos. - A UTE Norte Fluminense tem a capacidade instalada de 780 MW, energia suficiente para abastecer a uma população superior a dois milhões de pessoas. Essa energia é vendida à Light, principal empresa distribuidora do Estado do Rio de Janeiro. Por estar interligada ao sistema nacional de transmissão, a UTE Norte Fluminense aumentou a confiabilidade do sistema elétrico da região norte do estado, bastante problemática face às constantes quedas de tensão e corte no fornecimento. - A UTE Norte Fluminense tem compromisso claro com o desenvolvimento sustentável. Isso se traduz na adoção e disseminação de práticas relacionadas à responsabilidade social e ambiental. Como resultado de uma atuação que tem entre as prioridades uma governança transparente, o combate aos efeitos das mudanças climáticas, o diálogo e a integração com seus públicos de relacionamento, em particular com as comunidades locais, a UTE Norte Fluminense vem obtendo conquistas relevantes. Além de fazer parte do grupo das empresas de geração de energia que registram os menores índices de emissões de carbono, incorporou ao seu Sistema Integrado de Gestão (SIG), que já conta com as certificações nas normas ISO9001, ISO14001, OHSAS18001, e a mais recente certificação no campo da responsabilidade social, a SA8000, obtida em Julho de 2010. Após o vídeo, houve uma breve exposição pelo Diretor sobre o processo industrial que é executado no modelo da UTE, que em síntese seria: - A usina opera em ciclo combinado com utilização de três turbinas a gás natural e uma quarta unidade a vapor. - Conta com três blocos de geração idênticos, em ciclo combinado e configuração mono-eixo, cada bloco constituído de duas turbinas, sendo uma a gás e a outra a vapor, intermediadas por uma recuperadora de calor e acionando um gerador comum de 255 MW, totalizando 765 MW de potência instalada, utilizando como combustível gás natural. Em seguida, a equipe anfitriã (Diretor e Engenheiros) estimulou os visitantes a apresentar suas dúvidas, quando se abriu um discurso uníssono (grifo meu). Pouco se podia discutir ou replicar. Por exemplo:

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1. O diretor da UTE chamou a atenção para os procedimentos de captação

da água do Rio Macaé, próximo à UTE, seguido de tratamento pré-uso e tratamento pós-uso, quando se devolvia ao citado Rio a água captada. A ênfase ficou por conta da devolução da água com alteração de temperatura por volta de ± 0,5º C e de que a água era devolvida mais limpa do que era captada. Fiz uma intervenção: Sr. Diretor, esse procedimento de devolver ao Rio uma água mais limpa do que a captada pode caracterizar um processo de poluição do Rio, pois o ecossistema Rio Macaé está funcionando com uma qualidade de água diferente e que terá que se adaptar ao novo elemento, a água limpa. A resposta foi evasiva, pois me disse que isso era um ponto de vista, mas que ele não concordava. Concordei com ele que seria um ponto de vista, mas que precisava ser acompanhado para garantir a veracidade das informações sobre o equilíbrio ecossistêmico do Rio. A conversa não avançou.

2. Novamente a apresentação foi retomada e o diretor comentou a importância das correntes de vento que se tinha em Macaé, um fator fundamental para a dispersão das emissões. Mais uma vez fiz a intervenção, comentei que em nossa região estamos entre montanhas, estamos em um Vale. Nesse momento, outra discussão se iniciou e um dos engenheiros passou a falar, enquanto o Sr. Diretor Philippe Quenet aproximou-se de mim e me dirigiu a palavra, em particular, no seguinte tom: “ as pessoas que estão aqui estão felizes e o Sr. está tumultuando... eu estou fazendo o meu trabalho”.... minha postura foi de ouvir e somente tive chance de responder que eu era um profissional e também estava fazendo o meu trabalho, representando minha instituição. O diretor se afastou e ignorou novamente meus argumentos.

3. Um questionamento que ressoou a visita toda, na UTE e no ônibus, que foi sustentada por um morador de Canas, dizia respeito a um dos efeitos à saúde que as emissões poderiam causar. Questionou o visitante com a uma versão da fala “...as pessoas que são contra a instalação da UTE em Canas disseram que as emissões poderiam afetar o desenvolvimento dos fetos humanos, com consequências de até nascerem ‘sem cabeças’...” Risos da equipe anfitriã foram ouvidos... e um dos engenheiros destacou que talvez fosse uma confusão com usinas nucleares. O diretor da UTE comentou que há muitas mulheres trabalhando em sua unidade e que várias ficaram grávidas e não houve problemas...

4. Outros comentários foram feitos, quanto à segurança do local, a participação social e cultural da UTE Fluminense no cotidiano de Macaé;

5. Antes de terminar esse momento, o Diretor da UTE anfitriã ratificou ainda que até àquele momento não havia ocorrido nenhum problema ambiental ou de segurança de trabalho. Ele aguardava os órgãos competentes para apontar os problemas e que está sempre predisposto a resolvê-los.

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A visita se seguiu, agora com algumas exigências de segurança e

distribuição dos EPIs para que os visitantes pudessem “circular” pela planta de produção.

A Fig. 02 mostra, de forma parcial, a estrutura da UTE Fluminense, Macaé, RJ visitada pelo grupo, por onde se deu a incursão, propriamente dita. O acesso às instalações se deu por vias com o perfil da Fig.03.

A visita se deu por várias estruturas produtivas que processavam o gás, a água e o calor daí resultante. (Fig.04; Fig.05; Fig. 06; Fig.07)

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Havia ainda na planta, um tanque para o tratamento da água que

seria destinada ao Rio Macaé novamente. Após a visita ás instalações produtivas, o grupo foi convidado a conhecer o Centro de Controle da UTE (Fig.08, 09), onde, operando com computadores e em tempo real é possível acompanhar todas as atividades da Usina, com cerca de 5 funcionários (os quais estavam no local, no momento). Foi possível observar o monitoramento da produção de energia, da quantidade

e qualidade da água e da qualidade do ar. No momento da visita, a atividade de produção era plena e a qualidade do ar e da água que vimos estavam dentro dos níveis de exigência da FEEMA. No Centro de Controle foi possível ouvir dos responsáveis pelo setor algumas informações interessantes como:

1. As condições de vento em Macaé se mostraram importantíssimas para o sucesso da UTE, visto que dispersava bem o calor e as emissões. Inclusive, um dos operadores, afirmou que trabalhou em uma UTE em Cuiabá, e que lá a mesma estava entre as montanhas e a Chapada, reclamou que o calor era insuportável;

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2. O sistema de circulação de água pela UTE se dava de forma completa, havia evaporação para a atmosfera, mas o ciclo se fechava quando a

chuva retornava para o ambiente a água evaporada;

Ao sairmos do Centro de Controle, o diretor nos apresentou, de forma muito rápida um projeto interessante de energia solar (Fig.10, 11) com aproveitamento de água da água de chuva para a UTE, mas como mencionado anteriormente, foi uma exposição muito rápida.

Em meio à visita à planta, fui interpelado pelo Diretor, que veio pedir desculpas pela forma que me tratara anteriormente. Desculpas que aceitei, sem ressalvas, visto que somos profissionais. No entanto, não diminuiu a importância do ato. Ao final da viagem, em Canas, o Engenheiro responsável pela ETE Canas também me pediu desculpas pelo mal entendido.

Voltamos para o Centro de Visitantes, devolvemos os EPIs e logo nos despedimos. O grupo visitante saiu da UTE para o almoço às 12 horas. Encerrando a

visita à citada UTE.

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Outras Informações que considero importantes: 1. Voltando a questão da importância dos ventos para a UTE Fluminense, Macaé, há um monitoramento e uma preocupação que se estampa no

instrumento para indicar a direção dos ventos, a “biruta” ou “manga de vento” na Fig. 12. Na Fig. 08 é possível observar a intensidade do vento em uma vegetação de pequeno porte próximo ao centro de controle da usina. 2. O entorno da UTE Fluminense se mostrou muito degradado, não é possível apontar responsabilidades dessas degradações por conta da Usina, mas mostra o quanto o município e o Estado tem monitorado e se preocupado com o ambiente local. O que se observou foram pastos, mineração, olarias, desmatamentos, construções de dutos da Petrobras e muita erosão, em áreas de várzeas, principalmente. (Fig.13, 14, 15, 16 e 17) 3. Quando o diretor me mostrava o tratamento da água para lançar no rio

novamente, interpelei-o quanto ao reuso da “água limpa” que estava produzindo. Sua resposta foi que até 2012 o processo será adequado para que mais de 90% da água seja reutilizada. Naquele momento, a planta não havia sido pensada tecnicamente para isso.

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Durante o percurso de volta à Canas, no ônibus, houve um momento de fala dos organizadores da AES Tietê, quanto a outros questionamentos sobre a UTE Canas. Mais uma vez ressoou a pergunta sobre a má formação dos recém nascidos após a instalação da usina, o que foi mais uma vez explorado como tema mal tratado pelos grupos que são contra a instalação da UTE Canas. Uma pergunta relevante quanto a não instalação da UTE em São José dos Campos e entorno.

A resposta do Engenheiro responsável foi de que a qualidade do ar de São José dos Campos estava saturada e não comportava as emissões da UTE Canas. Quanto ao possível erro do Rima sobre as questões atmosféricas locais, o Engenheiro afirmou que não se tratava de erro, mas do dado que tinham no momento, mas que a CETESB já havia convocado os responsáveis pela AES Tietê para corrigir essas distorções e que estavam sendo tratadas na forma de simulações. Ainda na viagem de volta, houve a solicitação por parte dos organizadores da visita para que respondêssemos um questionário que versava sobre a visita e as dúvidas que ainda pairavam. Atendi a solicitação, assinei e datei o documento.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS 1. A visita à UTE Fluminense, Macaé, RJ não pode ser considerada uma Visita Técnica, visto que não foi abordado de forma técnica os assuntos, bem como a formação dos participantes não condizia com a tecnicidade que se pensava abordar. Então, considero uma visita genérica ao complexo de produção de energia por meio de uma Usina Termelétrica a Gás Natural. 2. Foram raros os momentos que se um estudo ou uma apresentação comparada entre a UTE Fluminense e a UTE Canas, sob proposta de construção. Os comentários comparados ficaram por conta de estrutura e produção de energia, mas não foram abordadas as diferenças entre Canas e Macaé. 3. A questão do vento como dispersor das emissões foi um ponto crítico apontado pelos responsáveis pela UTE Fluminense. Inclusive quando comparou a UTE Macaé e UTE Cuiabá. 4. Foram inadmissíveis os comentários quanto ao retorno da água evaporada na forma de chuva para fechar o ciclo. Qualquer alteração no regime de chuvas de um ecossistema é de extrema importância, principalmente quanto à Floresta Atlântica. 5. No Projeto da Termo São Paulo o diagnóstico da qualidade do ar na região de Instalação da UTE Canas é tida como “BOA”. Considerando a fala do Engenheiro responsável de que em São José dos Campos não cabe uma UTE por conta da saturação atmosférica, pergunto, a boa qualidade do ar da Região de Canas é uma LICENÇA PARA POLUIR?

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6. Considerando as ações deletérias locais promovidas pela Petrobras em Macaé, não sei qual a relevância da UTE Fluminense, enquanto poluidora. Creio ser pouco relevante.

Enfim, a visita à UTE Fluminense pouco acrescentou às minhas avaliações sobre a UTE Canas, foi válida enquanto observar algo próximo ao projeto Canas em funcionamento, mas não é possível simular outras conclusões referentes à região, ao ecossistema, aos parâmetros físico-químicos envolvidos. Continuo questionando se nossa região necessita de uma

Usina Termelétrica. Lorena, 16 de Agosto de 2011 Prof. Dr. Paulo Sergio de Sena Biólogo; M.Sc. Ecologia; M.Sc. Ciência Ambiental; Dr. Ciências Sociais – Antropologia Pesquisador CNPq Docente e Coordenador da Graduação: Licenciatura em Biologia Faculdades Integradas Teresa D´Ávila, Fatea, Lorena, SP.