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ASSEMBLEIA DIOCESANA EXPLICAÇÃO DO CARTAZ Um olhar atento ao cartaz permite de imediato à leitura do tema da Assembleia de 2014: “Povo de Deus Construindo Comunhão”, e do lema: “Igreja em Missão”: o que somos e o que propomos continuar sendo. Neste sentido, as figuras que representam o bispo, os padres e os leigos e leigas apontam para uma Igreja toda Povo de Deus, em comunhão e missão, na qual a diversidade de ministérios e carismas se torna sinal autêntico de uma Igreja a serviço da humanidade por causa de Jesus Cristo. As pegadas nas cores azul, vermelho e amarelo simbolizam os três regionais que constituem esta Igreja Particular que, ao longo dos seus quase 50 anos de existência, colocam-se em permanente estado de missão. Obediente ao mandato de Jesus Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15), esta Igreja coloca-se numa atitude de saída para: “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo” (DGAE 2011 2015). Em sintonia com a Igreja do Brasil e profunda comunhão com toda a Igreja, caminhamos sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, aquela que o Cristo Crucificado nos deu por mãe, que é também Padroeira desta Igreja Particular. APRESENTAÇÃO É com muito alegria e esperança que estamos preparando a Assembleia Diocesana. Tempo de partilha, de avaliação, de reflexão, de aprofundamento, de celebração, de tomada de decisões e de comunhão Diocesana. Estou feliz nesta Diocese que com tanto carinho tem me acolhido. Sinto-me reconfortado pelas manifestações de apoio. Nestes tempo de Assembleias precisamos somar forças e conto com a participação de todos e todas. A 19ª Assembleia Diocesana, que acontecerá nos dias 08 e 09 de novembro, será precedida das Assembleias Comunitárias (em maio), Paroquiais (em Julho) e Regionais (em Setembro). Escolhemos como Tema: “Povo de Deus, construindo Comunhão”, como Lema: “Igreja em Missão” e como iluminação bíblica: “Ide e Evangelizai” (Mc 16,15). Queremos reassumir as Diretrizes e orientações pastorais da CNBB DGAE (2011-2015), bem como, sintonizar nossa caminhada em preparação para o cinquentenário de nossa Diocese. Quero pedir aos Presbíteros e, de modo especial, aos Párocos e Administradores Paroquiais, que façam acontecer a Assembleia, em todas as Comunidades de suas paróquias. É necessária uma especial atenção ao grande número de comunidades rurais que temos em nossa diocese, sem descuidar do empenho de assumir o desafio da Pastoral Urbana, para que ninguém se sinta excluído deste processo de ação participativa. Conto com o empenho, a dedicação, o zelo e dinamicidade de todos. Confio ao “Povo de Deus” – fiéis leigos e leigas, aos Presbíteros, aos Religiosos e Religiosas, juntamente com os conselhos pastorais: CPC’s, CPP’s, COPAR’s e COPADI – a missão de fazer acontecer este momento importante para a nossa caminhada Diocesana. É fundamental a participação de todos os Agentes de Pastoral forças vivas da Ação Evangelizadora e Pastoral de nossas comunidades na Assembleia Comunitária, pois ela é a porta de entrada para as outras Assembleias. Precisamos da colaboração de todos para um trabalho de conjunto, definindo o que iremos planejar para os próximos anos em nossa Diocese e dar nossas sugestões para o nosso Plano de Pastoral Diocesano. Para participar da Assembleia Diocesana é necessário ter participado das Assembleias Comunitária e Paroquial e, na medida do possível, também de uma das Assembleias Regionais. Este critério não quer ser excludente, mas incentivar a participação no percurso das reflexões desde as bases: nossas comunidades e paróquias. Para a realização de nossas Assembleias nos diversos níveis, a preparação, organização e distribuição de serviços e responsabilidades, o cuidado zeloso para com os relatórios e sínteses das discussões e o

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ASSEMBLEIA DIOCESANA

EXPLICAÇÃO DO CARTAZ

Um olhar atento ao cartaz permite de imediato à leitura do tema da

Assembleia de 2014: “Povo de Deus Construindo Comunhão”, e do lema:

“Igreja em Missão”: o que somos e o que propomos continuar sendo.

Neste sentido, as figuras que representam o bispo, os padres e os

leigos e leigas apontam para uma Igreja toda Povo de Deus, em comunhão e

missão, na qual a diversidade de ministérios e carismas se torna sinal

autêntico de uma Igreja a serviço da humanidade por causa de Jesus Cristo.

As pegadas nas cores azul, vermelho e amarelo simbolizam os três

regionais que constituem esta Igreja Particular que, ao longo dos seus quase

50 anos de existência, colocam-se em permanente estado de missão.

Obediente ao mandato de Jesus Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e

pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15), esta Igreja coloca-se numa

atitude de saída para: “Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja

discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica

opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo” (DGAE 2011 –

2015).

Em sintonia com a Igreja do Brasil e profunda comunhão com toda a Igreja, caminhamos sob a

proteção de Nossa Senhora Aparecida, aquela que o Cristo Crucificado nos deu por mãe, que é também

Padroeira desta Igreja Particular.

APRESENTAÇÃO

É com muito alegria e esperança que estamos preparando a Assembleia Diocesana. Tempo de

partilha, de avaliação, de reflexão, de aprofundamento, de celebração, de tomada de decisões e de comunhão

Diocesana.

Estou feliz nesta Diocese que com tanto carinho tem me acolhido. Sinto-me reconfortado pelas

manifestações de apoio. Nestes tempo de Assembleias precisamos somar forças e conto com a participação

de todos e todas.

A 19ª Assembleia Diocesana, que acontecerá nos dias 08 e 09 de novembro, será precedida das

Assembleias Comunitárias (em maio), Paroquiais (em Julho) e Regionais (em Setembro). Escolhemos como

Tema: “Povo de Deus, construindo Comunhão”, como Lema: “Igreja em Missão” e como iluminação

bíblica: “Ide e Evangelizai” (Mc 16,15). Queremos reassumir as Diretrizes e orientações pastorais da CNBB

– DGAE (2011-2015), bem como, sintonizar nossa caminhada em preparação para o cinquentenário de nossa

Diocese.

Quero pedir aos Presbíteros e, de modo especial, aos Párocos e Administradores Paroquiais, que

façam acontecer a Assembleia, em todas as Comunidades de suas paróquias. É necessária uma especial

atenção ao grande número de comunidades rurais que temos em nossa diocese, sem descuidar do empenho

de assumir o desafio da Pastoral Urbana, para que ninguém se sinta excluído deste processo de ação

participativa.

Conto com o empenho, a dedicação, o zelo e dinamicidade de todos. Confio ao “Povo de Deus” –

fiéis leigos e leigas, aos Presbíteros, aos Religiosos e Religiosas, juntamente com os conselhos pastorais:

CPC’s, CPP’s, COPAR’s e COPADI – a missão de fazer acontecer este momento importante para a nossa

caminhada Diocesana.

É fundamental a participação de todos os Agentes de Pastoral – forças vivas da Ação Evangelizadora

e Pastoral de nossas comunidades – na Assembleia Comunitária, pois ela é a porta de entrada para as outras

Assembleias. Precisamos da colaboração de todos para um trabalho de conjunto, definindo o que iremos

planejar para os próximos anos em nossa Diocese e dar nossas sugestões para o nosso Plano de Pastoral

Diocesano.

Para participar da Assembleia Diocesana é necessário ter participado das Assembleias Comunitária e

Paroquial e, na medida do possível, também de uma das Assembleias Regionais. Este critério não quer ser

excludente, mas incentivar a participação no percurso das reflexões desde as bases: nossas comunidades e

paróquias.

Para a realização de nossas Assembleias nos diversos níveis, a preparação, organização e distribuição

de serviços e responsabilidades, o cuidado zeloso para com os relatórios e sínteses das discussões e o

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compromisso de participação, são de suma importância. Um acontecimento tão importante como este não

pode realizar-se à base do improviso. Precisamos deixar o coração aberto para a ação do Espírito de Deus.

Improvisos e falta de organização podem ser sinais de falta de respeito e amor pelo Povo de Deus de nossas

comunidades e, certamente, não demonstram abertura e disponibilidade em fazer a Vontade de Deus.

Maria é o modelo perfeito do cristão discípulo missionário, é a Mãe dos filhos e filhas de Deus e das

comunidades geradas pela evangelização. Como ninguém, Maria teve a experiência da fé e permanecendo

fiel a Jesus esteve sempre presente na caminhada da comunidade apostólica. Por isso, suplico a intercessão

de Nossa Senhora Aparecida, padroeira desta Diocese, para que possamos fazer acontecer a Assembleia

Diocesana de 2014.

Peço a todos que rezem por este acontecimento tão importante para a caminhada da nossa Igreja

Diocesana. Em nome de toda a Equipe Articuladora de preparação para a 19ª Assembleia Diocesana desejo a

todos e todas um frutuoso trabalho.

D. Marco Aurélio Gubiotti

Bispo Diocesano de Itabira-Fabriciano

TEMA E LEMA

“POVO DE DEUS, CONSTRUINDO COMUNHÃO”, E “IGREJA EM MISSÃO”

A nossa 19ª Assembleia Diocesana de Pastoral, a ser realizada em 2014, tem como tema: “Povo de

Deus, construindo Comunhão”, e o lema: “Igreja em Missão”, fazendo-nos pensar numa Igreja

Comunidade e numa Igreja Missionária. Tanto o tema como o lema inspiram-se no Concílio Vaticano II,

vivenciando hoje os 50 anos de sua realização, quando também celebramos 50 anos de nossa Diocese.

O Concílio Vaticano II quis resgatar a teologia do “Povo de Deus”, exatamente porque a Igreja é

uma realidade divina querida por Deus. Mas, a Igreja é também uma realidade histórica e tem a sua origem

na Comunidade do Povo de Deus na Bíblia, entendida hoje como “novo Israel” e formada pela comunidade

dos batizados. Portanto, somos o novo Povo de Deus, e Povo de Deus que caminha.

Por isso, ao refletirmos sobre o tema “Povo de Deus”, queremos nos voltar para uma Igreja que

caminha, ou seja, uma Igreja de caminhada e que tem uma missão pela frente. E qual é esta missão?

Voltando ao Concílio, a Igreja é chamada de “corpo místico de Cristo”, animada pelo Espírito Santo.

Sendo a comunidade dos batizados, formamos a assembleia dos chamados, a comunidade de irmãos – um

povo sacerdotal, para construir comunhão. Eis a nossa missão. Este é o objetivo da Igreja, pois,

participamos da vida e missão de Cristo, que quer a comunhão. “Que todos sejam um...”

Com isto, reafirmamos também uma Igreja em Missão. Como Povo de Deus, a Igreja tem uma

missão: estar a serviço do Reino de Deus. O Concílio afirma no Decreto Ad Gentes: “A Igreja peregrina é,

por sua natureza, MISSIONÁRIA, visto que tem a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na missão

do Filho e do Espírito Santo” (AG 2). Neste sentido, missão é o ser da Igreja, é o seu DNA. E o Concílio

afirma que a meta da Igreja e de sua missão é estar a serviço do Reino de Deus.

O lema nos faz pensar numa Igreja que é missionária. Quando se fala de Igreja, fala-se de todos os

cristãos, entre os quais estão ministros ordenados e leigos. Igualmente, quando se fala de missão, fala-se de

todos nós. E o Concílio reforça: a missão é tarefa de todos os batizados. Todo o povo de Deus é chamado a

ser um povo missionário. Eis o que nos é proposto nesta Assembleia. Portanto, o tema e o lema nos indicam

que tipo de Igreja queremos ser: uma Igreja Comunidade, Missionária e Ministerial.

Somos desafiados a dar novos passos, a nos despertar para as várias dimensões da missão. Conforme

nos alerta o Papa Francisco, é preciso “desinstalar-se” ou “sair para as ruas” para podermos ser discípulos

missionários de Jesus Cristo e cristãos num mundo que clama por missão. Vamos juntos como Povo de

Deus, construindo comunhão, por um mundo melhor.

IDE E EVANGELIZAI

“Ide e Evangelizai” nos remete a uma ação e ao mesmo tempo a uma profunda reflexão, pois,

precisamos perceber se verdadeiramente estamos deixando-nos tocar pelo Espírito Santo e se estamos sendo

conduzidos por Ele, para a ação, neste pedaço de chão.

O evangelho de Marcos nos mostra claramente que o próprio Jesus apresenta bastante reserva para

aplicar para si mesmo algum título (messias, salvador, Filho de Deus), como meio de expressar sua relação

com Deus. Se Jesus está convicto de tal relação, ele a expressa muito mais por seus atos do que por algum

pronunciamento verbal. De forma muito marcante, os exorcismos, as curas e outros “milagres” são

ilustrações de quem é Jesus. Estes “milagres” são uma manifestação de uma autoridade e uma força extra-

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humana de Jesus, expressando a presença libertadora de Jesus, especialmente em relação àqueles que se

encontram fora da sociedade. Servem como símbolos da presença do Reino de Deus, sendo assim uma crítica

contra as estruturas políticas e religiosas excludentes. Exatamente por isto não eram aceitos pelas autoridades

uma vez que, conforme elas, Jesus não respeitava as normas vigentes, por exemplo, em relação à observância

do shabbat (3,1-7) ou seus contatos com não-judeus (7,24-30). Jesus fazia coisas que não eram permitidas. E

não as fazia para ter sucesso, mas para anunciar o Reino de Deus. Esta prática revolucionária deve ser levada

a sério na cristologia de Marcos, sem, no entanto, separá-la do resto de sua atuação, pois ela faz parte integral

da identidade de Jesus.

Jesus é um judeu que interpreta a religião judaica de maneira diferente. Sua visão e seus atos que

renovam a religião judaica tornam-se uma ameaça e uma subversão para as autoridades, não por ele ser um

“Deus-na-terra”, mas exatamente por ser tão humano como eles e como nós. Não são os títulos que

significam uma ameaça para os adversários de Jesus, mas sim os seus atos.

Devemos lembrar que a missão é mandato de Jesus: Ide e evangelizai! “Sair dos próprios confins,

anunciar o Evangelho e edificar a Igreja”. “Saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Se

alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos

nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé

que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o

medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam

em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão

faminta, e Jesus repete-nos sem cessar: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Cardeal Orani Tempesta).

A salvação de Deus é para todos: ser Igreja significa ser povo de Deus, de acordo com o grande

projeto de amor do Pai. Isto implica ser o fermento de Deus no meio da humanidade; quer dizer anunciar e

levar a salvação de Deus a este nosso mundo, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de ter respostas

que encorajem, deem esperança e novo vigor para o caminho. A Igreja deve ser o lugar da misericórdia

gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida

boa do Evangelho.

Nestes 50 anos de caminhada do Concílio Vaticano II e da Diocese Itabira-Fabriciano, a

Evangelização tem sido uma exigência e nem sempre temos conseguido alcançar os resultados necessários,

pois, temos consciência de que: “quando a realidade se transforma, devem, igualmente, se transformarem os

caminhos pelos quais passa a ação evangelizadora. Instrumentos e métodos que deram certo em outros

momentos históricos, com resultados que nos alegram profundamente, podem não apresentar, em nossos

dias, condições de transmitir e sustentar a fé” (DGAE. 25) e nem sempre conseguimos fazer acontecer a

transformação, por limitações pessoais ou apego às estruturas que nos acomodam na evangelização.

Temos que inspirar-nos nas DGAE (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora) quando nos falam

que: “Uma verdadeira conversão pastoral deve estimular-nos e inspirar atitudes e iniciativas de auto

avaliação e coragem de mudar várias estruturas pastorais em todos os níveis, serviços, organismos,

movimentos e associações. Temos necessidade urgente de viver na Igreja a paixão que norteia a vida de

Jesus Cristo: o Reino de Deus, fonte de graça, justiça, paz e amor. Por esse Reino, o Senhor deu a vida” (

n.26). É assim que nós, “Povo de Deus”, vamos Evangelizar e ser Evangelizados, e vamos viver o mandato

de Jesus em “Ide e Evangelizai” nas Comunidades, Paróquias e em todas as instâncias diocesanas, por

sermos uma multidão de pessoas que formamos o todo na dinâmica evangelizadora, onde todos somos

iguais: bispo, padres, leigos e leigas. É na caminhada do dia a dia que reforçamos os laços de amizade,

revitalizando o compromisso de ser Povo de Deus que caminha e sonha junto às realidades do Reino.

Celebramos o mistério de Cristo em nossa vida e o atualizamos, antecipando as exigências do Reino através

do exercício da partilha dos dons, do serviço e da gratuidade, como forma de renúncia ao egoísmo e ao

isolamento. No centro da vida diocesana está o Senhor Ressuscitado que sopra o seu Espírito em nós e nos

envia em missão como portadores da boa notícia.

Seguindo o mandato de Jesus de Evangelizar, a nossa Igreja Diocesana se empenhará em ser uma

Igreja em estado permanente de missão, casa da iniciação à vida cristã, fonte da animação bíblica de toda a

vida, comunidade de comunidades, a serviço da vida em todas as suas instâncias. Estes aspectos encontram-

se inevitavelmente ligados, de tal modo que assumir um deles exige que se assumam os outros.

Senhor Jesus, pela força inspiradora de N. S. Aparecida, ajudai-nos a sermos uma “Igreja em saída”

para vivemos o novo que vem!

ORAÇÃO DA ASSEMBLEIA DIOCESANA 2014

Deus de bondade e misericórdia,

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nós vos louvamos pela vossa presença

na caminhada missionária e evangelizadora

na Diocese de Itabira-Coronel Fabriciano!

Somos vosso povo, chamado a evangelizar, neste chão.

Aqui estamos.

Em nossa Assembleia Diocesana,

como POVO DE DEUS CONSTRUINDO COMUNHÃO,

pedimos as luzes do vosso Espírito

para a concretização de nossos projetos

de IGREJA EM MISSÃO.

Fazei crescer em nós a consciência

de que a comunhão é construída na beleza

e, ao mesmo tempo, no desafio da missão.

Iluminai-nos, Senhor, em todo o processo de nossa Assembleia,

fazendo-nos perceber o que é urgente e necessário para nossa caminhada.

Dai-nos coragem e perseverança!

Nós vos agradecemos pela companhia da Mãe e Padroeira,

Nossa Senhora Aparecida,

a primeira discípula missionária

e companheira de vosso Filho Jesus.

Que o sim generoso de Maria seja nossa inspiração.

Deus de Amor, fortalecei-nos na missão!

Amém!

I - ASSEMBLEIA COMUNITÁRIA

Oração – Organizada pela Equipe Comunitária

Texto Bíblico: Mc 16, 13 – 20

Observação: As reflexões das Assembleias serão realizadas em dois Blocos, sendo que no primeiro

(Igreja, Povo de Deus, Construindo comunhão) avaliaremos a caminhada da Diocese nestes quase 50 anos e

o no segundo Bloco (Urgências), vamos sugerir ações para a caminhada evangelizadora.

TEXTOS ILUMINADORES PARA AS ASSEMBLEIAS:

1 - IGREJA, POVO DE DEUS CONSTRUINDO COMUNHÃO.

O Vaticano II apresenta a Igreja como "Povo de Deus", assembleia dos chamados, dos convocados.

A ideia Povo de Deus recorda que a Igreja é uma realidade histórica, fruto da livre iniciativa de Deus e da

livre resposta dos seres humanos. Essa expressão indica a Igreja em sua totalidade, ou seja, naquilo que é

comum a todos os seus membros. Pela graça do Batismo, tornamo-nos filhos e filhas de Deus, membros da

comunidade de fé - Igreja.

A noção de Povo de Deus exprime, então, a profunda unidade, a comum dignidade e a fundamental

habilitação de todos os membros da Igreja à participação carismática e ministerial. Esta é a condição cristã

que é comum a todos os membros da Igreja.

1.1 - SER COMUNIDADE DE IRMÃOS (de comunhão e participação, corresponsável)

O Concílio fala de uma Igreja-comunidade convocada pela Trindade, "povo reunido na unidade do

Pai e do Filho e do Espírito Santo" (LG 4)

Somente esta visão de Igreja contribui para que todos os seus membros vivam em estado de vocação

e de missão, sentindo-se escolhidos pelo Pai, chamados pelo Filho e enviados pelo Espírito para o serviço

ao Reino.

Somente uma Igreja imagem da Trindade, "unidade dos fiéis que constituem um só corpo em Cristo"

(LG 3) na igual dignidade e na variedade de funções (LG 32), que abre espaço para a comunhão e

participação, pode tornar-se o espaço adequado para o surgimento da missão evangelizadora.

1.2 - SER COMUNIDADE SERVIDORA (evangelizadora e missionária)

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O fim primeiro e fundamental da Igreja é servir, como Cristo. Por isso, a Igreja comunidade também

é chamada de povo de servidores.

A principal missão ou tarefa desse serviço é evangelizar. A Igreja existe para evangelizar. Essa é a

sua missão, o seu serviço.

Foi o pedido de Jesus antes de subir para o céu: "Ide por todo o mundo e fazei todos os homens meus

discípulos" (28,19). São Paulo tinha consciência disto e dizia: "Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho"

(1Cor 9,16).

1.3 - SER COMUNIDADE ORANTE E "ENCARNADA"

O diálogo da fé não acontece sem um clima de oração. Uma Igreja orante é uma Igreja em constante

diálogo com Deus, condição para captar a presença do Espírito de Deus na Igreja e no mundo.

2 - PENSANDO A ASSEMBLEIA

2.1 - Conceito

Assembleia Diocesana é um espaço de participação, que discute, reflete, avalia e delibera sobre a

caminhada Pastoral e Evangelizadora da Diocese.

2.2 - O queremos com a Assembleia?

Em comunhão com a Igreja no Brasil (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora – DGAE) Doc. 94

CNBB:

Avaliar a caminhada;

Ouvir e acolher com carinho tudo aquilo que vier das Comunidades;

Transformar em projeto pastoral o que foi acolhido;

Definir prioridades para a ação evangelizadora e pastoral.

2.3 - Passos a serem dados

Discutir e formular as orientações para antes, durante e após a realização da Assembleia;

Estudar e elaborar diretrizes, visando promover a cooperação mutua e conjunta;

Planejar e distribuir as tarefas no processo de elaboração;

Elaborar e apresentar propostas de ação.

3 – HISTÓRICO

3.1 - Nossa Origem

A Diocese de Itabira, criada a 14 de Junho de 1965 teve como primeiro Bispo Dom Marcos Antônio

Noronha. Antes de assumir a Diocese, Dom Marcos participou da última sessão do Concílio Ecumênico

Vaticano II e também da Sétima Assembleia Geral Extraordinária da CNBB, quando foi debatido o Plano de

Pastoral de Conjunto.

Dom Marcos voltou com uma nova consciência de Igreja: realidade viva, aberta às alegrias e

sofrimentos, angústias e esperanças dos homens e mulheres de nosso tempo, voltada para o futuro. “É

preciso sair da Igreja Templo e ir ao encontro da Igreja Povo. É preciso ir aos bairros, ir a todas as cidades da

Diocese e construir, com o povo, a Igreja do povo”- dizia ele.

Com esta visão, a Diocese de Itabira começa a sua caminhada (conforme Livro da Caminhada,

pág.9).

Dentro deste contexto destacam-se as CEBs (1966), as Pastorais Sociais, as Assembleias, a

Dimensão Política da Fé e a opção preferencial pelos Pobres (conforme Livro da Caminhada, páginas 12 e

13).

3.2 - Nossas Assembleias

Convém lembrar que tivemos 18 Assembleias. Entretanto, muitas delas têm sistemáticas diferentes

das assembleias mais recentes. Às vezes, destinam-se a estudo de algum tema relevante, como a de 1976

(Campanha da Fraternidade mais preparada e divulgada); a de 79 (documento de Puebla); a de 86 (“Por uma

Nova Ordem Constitucional”), documento 36 da CNBB, para conscientização do povo quanto à nova

Constituição Brasileira. Outras Assembleias aconteceram no próprio Dia da Diocese , quando o Conselho

Pastoral Diocesano reuniu-se, em certo momento, para deliberações.

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A certa altura, decide-se que as Assembleias Diocesanas devem “apontar pistas, definir objetivos e

subsidiar a elaboração do Plano Pastoral” (1982); e ainda: “Que as Assembleias Diocesanas sejam

precedidas por Assembleias dos Regionais e estas, por Assembleias Paroquiais” (1983).

1ª Assembleia – 1970: Encontro Diocesano que teve caráter de Assembleia, quando foi criado o

COPAI (Centro de Orientação Pastoral de Itabira).

2ª Assembleia – 1972: Elaboração do Primeiro Plano de Pastoral, que destacou como prioridades

para ação: “UNIDADE, PROMOÇÃO, CATEQUESE E JUVENTUDE”.

3ª Assembleia – 1973: Revisão (Avaliação) da caminhada.

Esta Assembleia foi marcada por uma dupla consciência:

- A da Igreja concreta que somos e vivemos

- A do apelo à vivência da unidade

As pistas para a reflexão da caminhada da Diocese convergiram para: Unidade, Evangelização,

Promoção.

4ª Assembleia – 1976: Esta Assembleia objetivou preparar a CF, e, a partir, dai dar maior ênfase à

Campanha.

De 1976 a 1982, as Assembleias Diocesanas cederam lugar a uma dupla forma de participação do

Povo de Deus:

- Confraternização geral no dia da Diocese

- Reunião do Conselho Pastoral Diocesano

5ª Assembleia – 1977: Realizada no Caraça.

6ª Assembleia – 1978: Realizada no Colégio N. S. das Dores, em Itabira.

7ª Assembleia – 1979: Realizada em Fabriciano, no estudo com base em Puebla.

8ª Assembleia – 1980: Realizada em João Monlevade.

9ª Assembleia – 1981: Realizada em Itabira, no Ginásio do Valério. Revisão do Plano Pastoral da

Diocese, com o tema:

- Pastoral numa região de macro indústria em tempo de consumo.

10ª Assembleia – 1982: Realizada em Ipatinga – optou-se por uma dupla forma de participação do

“Povo de Deus”:

- O dia da Diocese como encontro geral de confraternização

- Assembleia Diocesana, como o espaço de participação nas decisões

11ª Assembleia – 1983: Esta Assembleia teve como tema:

- “MODELO DE IGREJA”

- “IGREJA EM ITABIRA”

12ª Assembleia – 1985: Tema: “Por uma Pastoral Integrada, Libertadora e Missionária”.

Objetivo Geral: Num mundo diversificado, numa região de ferro e de aço, lavoura e carvão, onde o

povo, na sua maioria jovens, clama por verdade, justiça, liberdade e vida, e exige mudanças, queremos, a

partir de pequenos núcleos, formar comunidades de Igreja, alimentadas pela Palavra que ilumina e pelo Pão

que fortalece, animadas pelo espírito das Bem-Aventuranças e pelo desejo de prolongar a missão libertadora

de Cristo.

13ª Assembleia – 1986: Realizada em Ipatinga. Tema: “Por uma nova Ordem Constitucional”.

Esta Assembleia teve como finalidade conscientizar e possibilitar multiplicadores com vistas a uma

Constituição em que haja cidadania plena para todos.

14ª Assembleia – 1992: Foi ponto culminante das reflexões em torno dos 25 anos da Diocese.

Tema: “A Caminho do Reino Definitivo”

Destacou como prioridades:

- Formação integral e permanente

- Juventude

- Transformação social/Direitos Humanos

15ª Assembleia – 1996: Tema: “Diocese de Itabira-Fabriciano, Rumo ao Terceiro Milênio”.

Destacou como prioridades para o quadriênio 1997 a 2000:

- Formação em todos os níveis

- Transformação social

- Espiritualidade

16ª Assembleia – 2000: Tema: “Reafirmando a nossa Esperança no Limiar do Século XXI”

Destacou como prioridades:

- Unidade

- Transformação Social

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- Espiritualidade

17ª Assembleia – 2006: Tema: “Ser Igreja é Participar”

Lema: “Senhor, dá-me dessa água”

Prioridades:

- Formação

- Missão

- Pastorais Sociais

18ª Assembleia (Assembleia de Revisão) – 2010:

Em revisão no COPADI, foi sugerida a continuidade das prioridades da Diocese e assim foram

encaminhados os trabalhos, para retomar as prioridades.

3.3 - A caminho da 19ª Assembleia:

Olhando a nossa realidade:

(Trabalho em Grupo)

1) A partir do que conhecemos da caminhada diocesana, nestes quase 50 anos, quais são

os frutos colhidos?

2) Quais são as dificuldades encontradas para a realização da missão evangelizadora?

3) Quais os desafios que as realidades nos apresentam?

4) Diante das respostas anteriores, o que propomos?

4 - O QUE NOS DIZEM AS DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA

NO BRASIL 2011-2015 (DGAE)

Introdução

Todo trabalho evangelizador deve ter como fundamento e ponto de partida a pessoa e a mensagem

de Jesus. Movida pela ação do Espírito Santo, a Igreja é convidada a olhar a realidade com os olhos da fé e

transformar os fatos em sinais dos tempos e apelos à evangelização.

Assim, a realidade é iluminada pela fé, fundamentada nas Sagradas Escrituras e no Magistério da

Igreja, e esta iluminação determina o agir da Igreja. Este agir não pode ser aleatório, mas deve ser pensado,

planejado, executado e avaliado constantemente.

Esta tarefa deve atingir todas as forças vivas da Igreja: hierarquia, vida consagrada, laicato, pastorais,

movimentos, serviços e organismos, em todos os âmbitos: nacional, regional, paroquial e diocesano, que

devem atuar a partir das Assembleias e dos Conselhos de Pastoral. Tudo isso com um objetivo: buscar a

pastoral de conjunto, ou seja, na diversidade das realidades e das diferentes necessidades, tanto eclesiais

como da sociedade, que se impõem ao trabalho evangelizador, conseguir uma unidade no agir da Igreja.

Objetivo Geral da Igreja no Brasil

Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária

e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos

pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo.

4.1 – As Cinco Urgências da Ação Evangelizadora (DGAE) :

4.1.1 – Igreja em estado permanente de missão

O mandato de Jesus é claro: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem

crer e for batizado será salvo!” (Mc 16,15). Assim, o enviado envia, pela força do Espírito, discípulos e

missionários, fazendo com que a sua Igreja seja indispensavelmente missionária, com o dever de transmitir a

mensagem recebida, sendo que o efeito que ela realizou em nós deve acontecer também nos outros, a partir

de nós.

Isso significa que a Igreja deve suscitar em todos uma forte consciência missionária que os leve ao

encontro do outro para partilhar o dom do encontro com Cristo, através do anuncio de Jesus Cristo para

superar a crise de valores e referências que são consequências do distanciamento de Jesus. É importante

deixar claro que o testemunho é a base do anúncio e que todos devem assumir sua responsabilidade pessoal.

A Igreja deve pensar estruturas pastorais que favoreçam a missão para que ela possa impregnar as

estruturas eclesiais e planos pastorais, uma vez que as mudanças do mundo atual exigem ações firmes e

rápidas. Assim, a Igreja no Brasil reforça seu compromisso com a Missão Continental e presta o seu grande

serviço à humanidade.

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4.1.2 - Igreja: casa da iniciação à vida cristã

A prática da Igreja sempre buscou a iniciação cristã das pessoas a fim de que pudessem viver como

membros da família dos filhos e filhas de Deus, conforme nos atestam as escrituras: “Paulo e Silas

anunciaram a Palavra do Senhor ao carcereiro e a todos os da sua casa. E, imediatamente, foi batizado,

junto com todos os seus familiares” (At 16,32s).

A fé é um dom de Deus que acontece a partir do encontro com Jesus mediado pela Igreja. Para

promover este encontro com Jesus, a Igreja deve levar em consideração a realidade das pessoas, assim como

seu modo de vida, seus valores e seus costumes, para que o anúncio e a proclamação querigmática possam

ser compreendidos e o encontro com Jesus possa ser algo pessoal, com repercussões existenciais. Isso exige,

nos dias de hoje, novos métodos para maior eficácia.

Hoje em dia, a iniciação cristã é o grande desafio que questiona a fundo a maneira como estamos

educando na fé e como estamos alimentando a experiência cristã. Por isso, devemos desenvolver, em nossas

comunidades, um processo de iniciação à vida cristã que conduza a um encontro pessoal, cada vez maior

com Jesus Cristo. É preciso ajudar as pessoas a conhecer Jesus Cristo, fascinar-se por Ele e optar por segui-

lo.

É por isso que a iniciação à vida cristã não se resume aos sacramentos da iniciação cristã e deve ser

refeita sempre que necessário, aproveitando todas as ocasiões que a vida oferece para que todos os que

receberam o dom da fé possam vive-la de forma cada vez mais madura, tanto na dimensão pessoal como

social e eclesial.

4.1.3 - Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral

A ação evangelizadora da Igreja deve ter como fundamento principal as Sagradas Escrituras, visto

que “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para

educar conforme a justiça” (2Tm 3,16).

Sabemos que Deus se revela no diálogo, por isso o povo de Deus deve ser educado nas Sagradas

Escrituras e na Tradição, a fim de que possa conhecer melhor a Deus e se relacionar melhor com ele.

A Palavra é o lugar privilegiado do encontro com Cristo. Por isso, a Igreja deve levar a Palavra a

todos para que possam experimentar a força do Evangelho, não como algo momentâneo, mas que possibilite

a sua prática. É importante que a Igreja leve a contemplar a vida à luz da Palavra. É essencial ao discípulo

missionário o contato eclesial com a Palavra para ficar solidamente firmado em Cristo e testemunhá-lo.

O mundo tem sede da Palavra e precisa escutar a voz de Cristo entre outras vozes. Porém, as

dificuldades presentes no mundo de hoje possibilitam que a Bíblia seja instrumentalizada, por isso, os

discípulos e missionários devem ser suficientemente formados para que possam ser fiéis a Deus e à Igreja no

anúncio e na vivência das Sagradas Escrituras. A Palavra capacita o discípulo para o diálogo com a

mentalidade contemporânea e faz surgir novos tempos, tempos de comunhão, que geram vida e paz.

A Palavra não se trata de um relacionamento entre iguais, mas dom de Deus. Por isso, o discípulo é

ouvinte e não indica o que a Palavra deve dizer. Ele acolhe a Palavra em comunhão com ela e com a Igreja,

fazendo dela um alimento experimentado nas diversas ações pastorais.

O contato interpelativo, orante e vivencial com a palavra não forma simplesmente especialistas e

doutores, mas principalmente santos. No caminho da Santidade, a liturgia tem grande importância, pois nela

Deus fala através da liturgia da Palavra e o povo escuta e responde a ela. Neste sentido, a leitura orante da

Bíblia também é fundamental para os discípulos e missionários.

4.1.4 - Igreja: comunidade de comunidades

A Igreja, desde os seus primórdios, teve como uma de suas principais características a vida

comunitária. Assim atesta as Escrituras: “Às Igrejas da Galácia, a vós graça e paz da parte de Deus, nosso

Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Gl 1,2s). Por isso, o discípulo missionário vive a sua fé em comunidade, que

o acolhe, forma e transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta. Hoje, temos

comunidades territoriais, ambientais, afetivas e virtuais.

Porém, para muitos, a relação com a Igreja se restringe aos serviços paroquiais. Por isso, as

Paróquias precisam ser comunidades vivas e dinâmicas dos discípulos missionários, o que implica em

convívio, vínculos, afetividades, interesses, estabilidade e solidariedade. Por isso, devemos preocupar-nos

com a animação e o fortalecimento de efetivas comunidades que buscam intensificar a vida cristã por meio

de um autêntico compromisso eclesial.

Hoje, as comunidades eclesiais de base – CEBs, alimentadas pela Palavra, fraternidade, oração e

Eucaristia, são sinal de vitalidade da Igreja principalmente por ser presença eclesial junto aos mais simples.

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Mas faz-se necessário o discernimento das CEBs diante de novos desafios, principalmente porque o

pluralismo exige diversidade de vida comunitária.

As principais características da verdadeira comunidade cristã são a abertura aos novos carismas e

ministérios, ser alicerçada na Palavra de Deus, celebrar e viver os sacramentos, ter um verdadeiro

compromisso evangelizador e missionário e ser solidaria com os mais pobres.

A setorização da paróquia pode favorecer o nascimento de comunidades e é, ao mesmo tempo,

presença da Igreja nas diversas realidades, além de ir ao encontro dos afastados, promover lideranças e

favorecer a iniciação cristã. Para realizar a setorização da paróquia, a Pastoral Vocacional é muito

importante, tanto para suscitar lideranças como para diversificar ministérios.

4.1.5 - Igreja a serviço da vida plena para todos

Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Ele nos

mostra que a vida é dom de Deus e, por isso, a missão dos discípulos é o serviço à vida plena.

As condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor,

contradizem o projeto do Pai e desafiam os discípulos missionários a maior compromisso a favor da cultura

da vida. Por isso, a omissão da Igreja diante dos desafios e exigências em relação à defesa e promoção da

vida será cobrada por Deus e pela história futura.

Diante disso, o discípulo missionário deve abrir o coração para toda vida ameaçada a fim de vencer

os tentáculos da cultura da morte e garantir a promoção da vida como testemunha de fé, pois ele é discípulo

de Jesus, que dá a vida em resgate de muitos. Nesse sentido, a Igreja deve voltar-se para a ovelha perdida,

desgarrada, fragilizada, mostrando o amor-serviço como testemunho da fé em Jesus Cristo.

Devemos contemplar os diversos rostos sofredores enxergando o rosto de Cristo, buscando o Mestre

em meio às situações de morte. Isso nos envolve na preservação da vida e não nos possibilita permanecer

calados.

A questão ecológica exige de nós consciência e responsabilidade. Precisamos conhecer os seus

principais problemas, suas causas e, principalmente, nos posicionarmos diante da questão, para que

possamos alargar horizontes, trazer novas motivações e buscar ações concretas em vista da formação da

consciência ambiental, com critérios evangélicos, que fundamentem nas pessoas o respeito à natureza e o

compromisso sincero com a superação dos problemas ambientais.

A Igreja deve ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres, fazendo com que ela

atravesse todas as estruturas pastorais. Ela deve manifestar esta opção em gestos concretos, buscando a

promoção humana integral e lutando por um mundo mais justo, fraterno e solidário, vivendo o amor fraterno

em uma Igreja Samaritana.

Olhando a nossa realidade:

(Trabalho em Grupo)

1. Como essas urgências iluminam o nosso trabalho evangelizador?

2. Que ações propomos para por em prática as urgências?

II - ASSEMBLEIA PAROQUIAL

Oração - Organizada pela Equipe Paroquial

Texto iluminador: At 2, 1 – 13

1º. Memória das motivações da Assembleia Comunitária:

1 – Igreja, Povo de Deus construindo comunhão

2 – Pensando Assembleia

3 – Histórico

4 – Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

2º. Grande plenário das Assembleias Comunitárias – Síntese dos trabalhos em Grupos, dois blocos.

3º. Levantamento de novas propostas para serem levadas, em nome da Paróquia, para a Assembleia Regional

1 - Como os Conselhos (CPC, CPP, COPAR), as Coordenações de Pastorais, Movimentos e Serviços e o

Secretariado Regional têm contribuído para o trabalho evangelizador e quais são as dificuldades

encontradas?

III - ASSEMBLEIA REGIONAL

Oração - Organizada pela Equipe Regional

Texto Bíblico: At 17, 18 – 34

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1º. Memória das motivações da Assembleia Paroquial

2º. Grande plenário das Assembleias Paroquiais

3º. Levantamento de novas propostas para serem levadas, em nome do Regional, para a Assembleia

Diocesana

1 - Como o COPADI, as Coordenações Diocesanas de Pastorais, Movimentos e Serviços e o

Secretariado Diocesano têm contribuído para o trabalho evangelizador e quais são as

dificuldades encontradas?

2 - A atual estrutura Pastoral Diocesana responde às necessidades ou precisa ser modificada? Em

caso afirmativo, que mudanças são sugeridas?

IV - ASSEMBLEIAS ESPECÍFICAS

Oração – Organizada pela Equipe de Coordenação

Texto Bíblico: Mc 16, 13 – 20

1) Para os (as) Religiosos (as) CRB:

a) Considerando a presença e a contribuição dos Religiosos (as) na Diocese, em que sua

Congregação pode melhorar a participação na engrenagem diocesana?

b) Quais os conflitos enfrentados para assumir a ação diocesana – Plano Pastoral?

c) Quais as sugestões para estreitar as relações Religiosas-Presbíteros?

d) O que sugerem para o novo Plano Evangelizador?

2) Para as Comunidades de Vida e Aliança:

a) Considerando que as comunidades de Vida e Aliança têm crescido em nossa Diocese, o que

vocês sugerem para que haja uma melhor integração com as instâncias diocesanas?

b) Como tem sido o relacionamento de sua Comunidade com a Paróquia, o Regional e a

Diocese? O acompanhamento por parte da Diocese tem sido satisfatório?

c) Quais as sugestões para que possamos ter uma ação em conjunto no novo Plano de

Evangelização?

3) Para Pastorais, Movimentos e Serviços:

a) Considerando a contribuição de todas as forças evangelizadoras da Diocese, como tem sido

o trabalho da Pastoral, do Movimento e do Serviço? Tem atingido o objetivo? Tem

encontrado respaldo?

b) Percebemos o desgaste na função de Coordenadores e a falta de mais pessoas para

assumirem papel de Coordenação. Como têm procurado melhorar essa situação?

c) De acordo com o atual Plano Quadrienal, as Pastorais, Movimentos e Serviços estão

organizados por SETORES: Serviço, Anúncio, Diálogo e Testemunho de Comunhão. Estão

funcionando? O que sugerem para a organização do novo Plano de Pastoral?

d) Como tem sido o relacionamento dos Coordenadores e membros das Pastorais, Movimentos

e Serviços com o Secretariado de Pastoral?

V - ASSEMBLEIA DIOCESANA

Oração – Organizada pela Equipe Diocesana

Texto Bíblico: Mc 16, 13 – 20

1º. Memória das motivações da Assembleia Diocesana

2º. Grande plenário das Assembleias Regionais

3º. Levantamento de novas propostas.

ORIENTAÇÃO PARA A ASSEMBLEIA DIOCESANA

A Assembleia Diocesana de Pastoral é um processo de evangelização. Com isso, queremos dizer que

a sua preparação constitui uma importante ação evangelizadora. Portanto, é necessário realizarmos o

processo com muita dedicação.

O clima de assembleia é muito saudável para a Igreja, porque fortalece os laços de comunhão e de

pertença, não só das pessoas que vêm participar da assembleia, mas de todos os que por elas se sentem

representados, em igualdade, para falar, ouvir e contribuir na realização da mesma.

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Realizar essa Assembleia Diocesana é um marco significativo na caminhada pastoral da Diocese,

nestes tempos, rumo aos 50 anos. É espaço de partilha, de avaliação, de reflexão, de aprofundamento, de

celebração, de tomada de decisões e de comunhão entre as comunidades.

Uma assembleia só será eficaz se for bem preparada.

I – DAS ASSEMBLEIAS

Pistas para as Assembleias:

1- Para que nossas Assembleias tenham êxito serão necessárias: confiança na ação do Espírito Santo,

nas lideranças leigas e maturidade para avaliação da caminhada, sem rivalidades e agressões.

2- Estudo do texto base: Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja 2011 – 2015 (DGAE),

com as lideranças das diversas instâncias.

3- Ressaltamos que o Subsídio produzido é apenas um ponto de partida para que cada grupo,

comunidade ou pastoral possa utilizá-lo usando sua criatividade.

4- Para a Assembleia Paroquial, cada Paróquia irá produzir seu próprio Regimento.

5- Mobilize a PASCOM para registrar todos os momentos e encaminhar o material para o site da

Diocese.

1 – Assembleia Comunitária

Para realizar as Assembleias Comunitárias é bom que haja uma Equipe para organizá-las, coordenar e animar

os trabalhos, podendo ser o CPC – Conselho Pastoral Comunitário – e/ou Equipe especifica para este fim.

Pontos importantes para a realização da Assembleia Comunitária:

Possibilitar a realização da reflexão do Subsidio para toda a Comunidade envolvendo todas as

Pastorais, Movimentos e Serviços.

Convocar todos os grupos pastorais, movimentos e serviços para a Assembleia comunitária.

Ter como referencia o roteiro para as Assembleias (Subsídio).

Eleger representantes para a Assembleia paroquial, conforme orientações da Equipe Articuladora

Paroquial.

Enviar o relatório da Assembleia Comunitária para a Equipe Paroquial.

Apresentar a síntese na Assembleia Paroquial.

2 – Assembleias Paroquiais

Para realizar as Assembleias Paroquiais é bom que haja uma Equipe para organizá-las, coordenar e animar os

trabalhos, podendo ser o CPP – Conselho Pastoral Paroquial – e/ou Equipe especifica para este fim.

Pontos importantes para a realização das Assembleias Paroquiais:

Convocar para a Assembleia, conforme orientações da Equipe Paroquial.

Ter como referencia o roteiro para as Assembleias (Subsídio).

Eleger representantes para a Assembleia Regional, que tenham participado das Assembleias

Comunitária e Paroquial, conforme orientação da Equipe Articuladora da Assembleia.

Encaminhar as sínteses da Assembleia Paroquial para o Secretariado Regional.

Nas paróquias, as vagas, para a Assembleia Regional, devem ser distribuídas entre comunidades

rurais e urbanas, jovens e adultos, homens e mulheres, leigos/as.

3 – Assembleias Regionais

Para realizar as Assembleias Regionais, é bom que haja uma Equipe para organizá-las, coordenar e animar os

trabalhos, podendo ser COPAR – Conselho Pastoral Regional e/ou Equipe especifica para este fim.

Pontos importantes para a realização das Assembleias Regionais:

Convocar para a Assembleia conforme orientações do Regional.

Ter como referência o Roteiro para as Assembleias.

Eleger representantes para a Assembleia Diocesana, conforme orientações da Equipe de Articulação

da Assembleia.

Encaminhar as sínteses da Assembleia Regional para o Secretariado Diocesano de Pastoral.

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II – CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA DIOCESANA

Ser liderança engajada na comunidade/paroquia e indicada pelo CPC, CPP e a Assembleia Regional.

COPADI.

Que tenha disponibilidade para participar do início ao fim da Assembleia;

Que tenha condição de acompanhar as discussões e de repassar as decisões da Assembleia para a

paróquia, comunidade, pastorais, movimentos e serviços;

Os Grupos das Assembleias Especificas:

Comunidades Religiosas, de Vida e Aliança e Pastorais, Movimentos e Serviços devem participar da

Assembleia comunitária, na comunidade onde estão inseridos.

O Critério de participação na Assembleia Diocesana é a participação das Assembleias Comunitária,

Paroquial e Regional.

1 – Participarão da Assembleia Diocesana:

Todos os Padres, Bispos e um representante da Comunidade dos Fráteres.

Dois seminaristas da Filosofia e os da Teologia.

02 Representantes da Escola Diaconal.

03 Religiosas por Regional.

03 representantes do Conselho Diocesano das Comunidades de Vida/Aliança.

20 Leigos da Assembleia do Regional I.

20 Leigos da Assembleia do Regional II.

30 Leigos da Assembleia do Regional III.

Dois representantes das Paróquias, que não foram indicados pela Assembleia Regional.

COPADI.

Observação:

Todos os representantes na Assembleia Diocesana devem participar das

Assembleias Comunitárias, Paroquiais, Regionais.

PASCOM: Deverá manter um membro para fazer a cobertura do evento e

disponibilizar o material para os interessados.

2 – Não haverá substituição de vagas durante a Assembleia Diocesana. É bom que durante o processo

das Assembleias façam a escolha de um suplente, caso aconteça impossibilidade do titular.

3 – Não será permitida a participação de ouvintes na Assembleia Diocesana

III – DA REALIZAÇÃO DA ASSEMBLEIA DIOCESANA

A Assembleia Diocesana será presidida pelo Bispo Diocesano D. Marco Aurélio.

Será Coordenada pela Equipe Articuladora da Assembleia, com a assessoria do Pe. Vanzella.

IV – METODOLOGIA DE TRABALHO DA ASSEMBLEIA DIOCESANA

Exposições

Mini plenárias

Os Regionais deverão apresentar a síntese de suas Assembleias, em 10 minutos.

Os trabalhos das Mini plenárias deverão ser apresentados em 5 minutos.

As intervenções no processo da Assembleia Diocesana deverão durar, no máximo, 3 minutos.

Se houver votação decide-se pela maioria simples.

V – EQUIPE DE TRABALHO

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A Assembleia Diocesana contará com as seguintes equipes de trabalho:

Acolhida

Sistematização/Secretaria

Cultura

Animação

Bem-estar e Saúde

Liturgia

DATAS IMPORTANTES – 2014

Durante o mês de maio – Assembleias comunitárias

Durante o mês de Julho – Assembleias Paroquiais

22 de Setembro – Assembleias Regionais

08 e 09 de Novembro – Assembleia Diocesana

EQUIPE DE ARTICULAÇÃO

Bispo Diocesano: D. Marco Aurélio Gubiotti

COPADI: Conselho Pastoral Diocesano

COPAR: Conselho Pastoral Regional

As seis Equipes de Trabalho para a Assembleia Diocesana

Secretariado Diocesano Pastoral

Pe. Francisco Guerra, Pe. Flávio, Pe. Jorge, Pe. Aloísio, Pe. Marcelino, Pe. José Geraldo de Melo,

Pe. Daniel, Pe. Hideraldo, Selma, Marleny, Marinete, Paulo, Ir. Teresa, Ir. Isabel Cristina,

Adenildes, Rafael Bruno e Terezinha Bretas.

Assessor Externo:

Pe. José Adalberto Vanzella (Assessor de Pastoral da CNBB e Professor de Teologia

na Faculdade Dehoniana).