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"As distâncias pequeníssimas, grandes variedades de colorido no terreno, desde o húmus negro ao vermelho barrento“. (COSTA, Lourdes, 1950) "Geomateriais: contributos que se refletem nas particularidades da ilha do Porto Santo“ Formandos: Beatriz Mariano, Fátima Diogo, Odília Sousa e António Pereira Novembro de 2017 23/11/2017 1 © autores, 2017

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"As distâncias pequeníssimas, grandes variedadesde colorido no terreno, desde o húmus negro aovermelho barrento“. (COSTA, Lourdes, 1950)

"Geomateriais: contributos que se refletem nas particularidades da ilha

do Porto Santo“Formandos:

Beatriz Mariano, Fátima Diogo, Odília Sousa e António Pereira

Novembro de 2017

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© autores, 2017

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO GERAL

2. A ILHA DO PORTO SANTO

3. GEODIVERSIDADE DA ILHA DO PORTO SANTO: Sustentabilidade

4. ARQUITECTURA DE TERRA E AS CASAS DE SALÃO DO PORTO SANTO:

importância do seu conhecimento, divulgação e preservação

5. ARGILA ESMECTÍTICA: Aplicação na saúde humana

6. CALÇADA MADEIRENSE: materiais e diversidade de motivos

7. COMENTÁRIOS FINAIS

8. AGRADECIMENTOS

9. BIBLIOGRAFIA

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INTRODUÇÃO GERAL

• Este trabalho surge no âmbito da formação “Geodiversidadeda ilha do Porto Santo: conhecer e valorizar o patrimóniogeológico local”, que decorreu no Porto Santo de 12 a 15 deoutubro de 2017. Neste trabalho dá-se conhecimento doaproveitamento e aplicação de alguns dos recursos naturaisdo Porto Santo e é composto por quatro subtemas:sustentabilidade, geomateriais, casas de salão e calçadamadeirense.

• Na qualidade de professores sentimos a responsabilidade decontribuir para a preservação, divulgação e utilização deforma responsável dos recursos naturais locais para a saúde,o turismo e a cultura.

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Na ilha do Porto Santo, com 42,17 Km² de superfície, 11,4 km de comprimento e 6 kmde largura, existem 20 locais com interesse geológico, dos quais “14 apresentam umelevado interesse científico, didático e/ou turístico". (Ferreira, Maria Raquel Vaz de Medeiros Lourenço, 2014),

disponível em https://repositorio.uac.pt/handle/10400.3/2871?locale=en, consultado em 2017/11/1).

Geossítios da Região Autónoma da Madeira

https://geodiversidade.madeira.gov.pt/ (consultado em 2017/11/1)

https://portosantoverde.wordpress.com/patrimonio-natural/geodiversidade/ (consultado em 2017/11/1)

• “A ilha do Porto Santo, formada durante o Miocénico,apresenta um vasto conjunto de valores naturais geológicos,herdados ao longo das suas várias fases de desenvolvimento,onde importantes processos erosivos e sedimentarestambém tiveram lugar. Resultou de processos magmáticos,marinhos tropicais e da última glaciação e é a confluência dosaspetos associados a estas três heranças geológicas queconferem a Porto Santo elevada geodiversidade.” (Ferreira,Maria, 2013)

ILHA DO PORTO SANTO

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• “A ilha do Porto Santo possui no exotismo dassuas paisagens geológicas, geossítios decaracterísticas singulares” (Silva & Gomes,2003).

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ILHA DO PORTO SANTO

Santo Porto: chegada, abrigo, sobrevivência, superação.

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“Terra flutuante, solitária e triste” (Costa, Lourdes, 1950)

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O nome Santo faz prova do seu solo prodigioso, por isso: “mãos à obra”.

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“Aridez completa” Costa, Lourdes, 1950

“Pobreza absoluta de vegetação” Sarmento, 1933

Uma ilha seca e árida é, à partida, mais difícil para a agricultura.

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Parede compacta: Parafazer 1 metro de parede, emcomprimento, requer pelomenos 1/2m de largura empedra.

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«Arrumar a pedra» éconstruir os muros quepopularmente se designampor «Muros de Crochet».São pedras encaixadasumas nas outras, na base,e umas sobre as outras, àmedida que o muro cresce.Congrega técnica eeconomia utilizando osrecursos disponíveis.

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”Ilha do Porto Santo: Estância Singular de Saúde Natural.”Gomes e Silva, 2012

Gaspar Frutuoso refere-se às hortaliças do Porto Santo como: ”Extremada no gosto” e as “amoreiras, figueiras que pela qualidade da terra, e por deixarem bem madurecer, tem bom gosto”.

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Pelas características especiais dos seus vários recursosnaturais. Aqui merecem destaque os frutos e os vegetaiscultivados nos calcisolos desenvolvidos na formação de areiacarbonatada biogénica, portadores de elementos químicosbioessenciais, como cálcio, magnésio, estrôncio e enxofre emconcentrações relativamente elevadas”. Gomes e Silva, 2012

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Estas vinhas chegam a durar 100 anos.Desenvolvem-se rente ao solo, apanham calor do solcom mais intensidade não só pela irradiação do astrorei como também pela exalação do chão. O tempo aque está exposta à luz solar, as temperaturas altas aque se sujeita durante o dia, bem como o calorresidual durante a noite, leva-nos a dizer que a vinhafica como que numa espécie de estufa constante.

Com estas uvas o vinho chega a atingir 19 graus sem qualquer adição de álcool ou açúcar.

“Ao longo desta costa, ainda que seja de areia, hámuitas vinhas e dã boas uvas”. Frutuoso, Gaspar

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Caracol: vinha DOP- Denominação de Origem Protegida

IGP – Indicação Geográfica Protegida

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Moscatel Porto Santo

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A ilha tem os grãos que a constroem.

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Numa perspetiva de sustentabilidade sãoaproveitadas as grainhas das uvas que,depois de reduzidas a farinha, têmaplicação na alimentação e na cosmética.Usar os recursos que temos é a forma maisbarata de sermos ricos.

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▪O segredo está na praia ou nas areias carbonatadasbiogénicas?

▪Que futuro queremos para o Porto Santo? Turismo, comvertente náutica? Agrícola? Saúde e bem estar?

▪E que tal conciliar tudo isto?

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E «com a aldeia global, as antigas aldeias vão fazer parte dosmuseus».

ARQUITECTURA DE TERRA E AS CASAS DE SALÃO DO PORTO SANTO:importância do seu conhecimento, divulgação e preservação

ARAGÃO, Dr. António, Atas do primeiro congresso de Folclore na Madeira, 1994, pág. 75.

Cada povo constrói as casas com os materiais de que pode dispor.

As casas eram abafadas (…) no Porto Santo,com o «salão», espécie de barro com gordura,bom para trabalhar. De tal maneira era defácil manejo que, além das coberturas dascasas, usava-se este «salão» para fazer asfiguras da «lapinha» (presépio).

Existem casas de palha como as da Madeiranoutros pontos do globo (…) Mas «a casa doPorto Santo coberta de «salão» é mais rara».

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«A(s) arquitetura(s) do arquipélago da Madeira, em particulara arquitetura popular, são, em nosso entender, importantesheranças culturais, indispensáveis para decifrar o longocaminho do Homem Europeu e particularmente do HomemPortuguês no Mundo, através da arte de bem construirlugares, cidades e espaços para seu abrigo, de animais, etambém para resguardo de mecanismos de transformação dosprodutos da lavoura e da Natureza, e respetivoarmazenamento».

«ARQUITETURA POPULAR NO ARQUIPELAGO DAMADEIRA, PATRIMONIO ATLÂNTICO – bases para asua reabilitação enquanto património cultural».

Victor Mestre, Islenha, nº23 jul-dez 1998

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As chamadas «casas de salão» são construções com

cobertura de bentonite, uma espécie de argila de cor amarelo

acinzentado e esverdeado, denominado popularmente por

salão ou massapez.

CASAS DE «SALÃO» DO PORTO SANTO

Ilustração nº 125, da tese de Mestrado da Arquiteta Rubina Sá

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Trata-se de uma técnica de cobertura que apresentabastantes benefícios ao nível do isolamento térmico eacústico e permite a dissimulação das casas na paisagem oque durante muito tempo funcionou como proteção contrapiratas e invasores.

No verão este material, colocado na cobertura e nasparedes, secava criando fendas que proporcionavamarejamento e no inverso absorvia a água, dilatando eisolando do frio exterior. Era um regulador natural datemperatura.

Ilustração nº57, da tese de Mestrado da Arquiteta Rubina Sá

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Ainda hoje, existem no Porto Santo, várias jazidas debentonite, sobretudo na Serra de Dentro, classificada comoum Geossítio Regional (PSt05), com interesse nacional, porser único no país, e que já despertou a curiosidade deinvestigadores estrangeiros.

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CASAS DE «SALÃO» DO PORTO SANTO

✓ Cobertura de quatro ou duas águas,onde eram colocadas fiadas de barro,por cima do forro de tamargueira,feiteira ou caniço seco.

✓ Conjuntos de duas edificaçõescasa de habitação e estábulo.

✓Paredes exteriores revestidas de cal e areia deixando um acabamento liso.

✓ Um só piso de formato retangular.

✓ Três divisões: uma sala de entrada, um quarto de dormir e a cozinha.

✓Paredes interiores revestidas apenas com cal e areia chapada.

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✓ Paredes de pedra calcária aparelhada com blocos de várias designaçõesconforme a localização, forma, tamanho e função, por exemplo, cunhais,cabeças e cabeçotes, cunhas e agualhas.

✓ Paredes de pedras assentes em barroamassado e o interior preenchido comentulho que continha pequenaspedras sem formato e de poucautilidade.

✓ Fachada principal com duas portas e uma janela entre elas para iluminar oquarto principal.

✓ Madeiras provenientes, na sua maioria, detroncos que davam à costa. Espécies quenão havia na ilha, por exemplo, o Til.

✓ Paredes divisórias (tabiques), compostas por troncos e canavieira,preenchidas com pedras e feiteira e revestidas a areia e cal.

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AS CASAS DE «SALÃO» DEVEM SER PROTEGIDAS

➢Pela sua beleza e enquadramento paisagístico.

➢Pelo seu interesse patrimonial.

➢Porque fazem parte da identidade do Porto Santo.

➢Porque são testemunho de dificuldades e de resiliência aolongo de gerações.

➢Porque são exemplo de como sobreviver num meio adverso.

➢Porque podem vir a ser uma mais-valia económica.

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Ilustração nº29, da tese de Mestrado da Arquiteta Rubina Sá

CASAS DE «SALÃO», QUE FUTURO?

➢Ruínas mais emblemáticas e significativas devidamentelimpas e conservadas e com painéis informativos.

➢Percursos pedonais: visita às ruínas e aos geossítios(pedreira, jazida de salão, ocre, etc.)

➢Cultivo mínimo de espécies correlacionadas:tamargueira, cana vieira, etc.

➢Recuperação das casas abandonadas e criação da aldeiahistórica das casas de «salão» no Porto Santo.

PORTO SANTO – ROTA DAS CASAS DE SALÃO

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Fonte: https://geodiversidade.madeira.gov.pt/geossitios/porto-santo/46-fonte-da-areia.html (2017/10/23).

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Fonte: https://geodiversidade.madeira.gov.pt/geossitios/porto-santo/46-fonte-da-areia.html (2017/10/23).

QUAL A APLICAÇÃO DA ARGILA NA SAÚDE HUMANA?

• Desde os tempos mais remotos que ohomem primitivo procurava na argila alíviopara os seus problemas.

• Atualmente a argila continua a ser utilizadapelas suas propriedades regenerativas naprevenção e tratamento de múltiplasafeções.

• Dentro da sua composição, destaca-seespecialmente o mineral Sílica.

Fonte: Rótulo de argila natural especial, para uso externo, da Próvida.

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Gomes & Silva (2001 -p. 21) referem que existem na ilha doPorto Santo vários depósitos de bentonite, todos de pequenadimensão, de cor esverdeada-amarelada-acastanhada, queocorrem particularmente na parte oriental da mesma ilha…

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“As argilas são o mineral mais abundante na Terra e existemvários tipos. Interessam-nos as denominadas expansivas, ouseja, as que absorvem a água e adquirem uma certa plasticidade.Estruturalmente, são constituídas por silício e alumínio, eapresentam diferentes graus de substituição destes elementospor outros, tais como o ferro e magnésio”.

(Fernandes, César, 2007).

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Depósito natural de natureza argilosa.

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• Bentonite? Argila rica em esmectite (argila derivada daalteração de vidro e cinzas vulcânicas).

• Argila Esmectítica? Provém de esmectite – grupo de mineraiscom a mesma estrutura e conteúdo iónico metálico.

• Durante as várias saídas de campo realizadas na ilha do PortoSanto, em outubro de 2017, aprendemos que naquela ilhaexistem afloramentos de bentonite, de pequena dimensão,principalmente na Serra de Dentro.

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• “A terra pode absorver não só a água como também osgases”?

• Afirmativo!

• A bentonite tem boa plasticidade, endurecimento apóssecagem e cozedura, altas capacidades de adsorção -adesão(fixação) de moléculas de um fluido (o adsorvido) a umasuperfície sólida (o adsorvente) -, absorção -recolher em si,aspirar, sorver, sugar, embeber-se de - e espalhamento, cargaelétrica globalmente negativa, elevado calor específico…

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Texto (parte): https://ousodaargilaparacura.blogspot.pt (2017/11/12)

Defendemos, para certos casos, a conciliação entre as MedicinasConvencionais e as Alternativas.

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• Apesar dos avanços já alcançados nos últimos sete anos(promoção e potenciação do Porto Santo como EstânciaSingular de Saúde Natural), concluímos que há ainda muitocaminho a trilhar: Infraestruturas adequadas,

• Campanhas de sensibilização ambiental…

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• A calçada madeirense é uma manifestação dopatrimónio insular madeirense, sendotambém testemunho da atividadedesenvolvida por trabalhadores de ofíciostradicionais.

Imagens captadas na net(2017/11/05).

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• Feita na maior parte das vezes por mãos anónimas, revela asensibilidade naïve dos seus autores e é um testemunhocultural.

• Na feitura da calçadamadeirense, a aplicaçãodos materiais pétreos noterreno poderá realizar-sediretamente sobre umacamada de materialarenoso.

Artista madeirense a fazer a calçada de calhau (http://culturasentidas.blogspot.pt/ (2017/11/5):

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• A betonagem das juntas entre as pedras feita com umamistura líquida de calda de areia e cimento, numa proporçãode três partes de areia para cinco de cimento, após ocalcamento e nivelamento do pavimento com calcãomecânico e acabamento com maço de madeira de plátano edepois a colocação de areia fina sobre o pavimento, comobjetivo de remover o excedente da calda de cimento e,finalmente, a lavagem, a escovagem e o varrimento quemerece ser divulgado e preservado.

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• Durante as saídas de campo, tivemos a oportunidade deobservar as calçadas de pedra miúda do Largo das Palmeirase os adros da igreja matriz, da capela de Nossa Senhora daGraça e da capela de São Pedro. Na igreja de Nossa Senhorada Piedade observamos vários padrões: a estrela de dozepontas, o coração de Maria e o coração de Jesus, peixes,linhas curvas e retas e uma data, 1928, onde a pedra brancautilizada é calcário e as pedras pretas são seixos rolados.

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Igreja de NossaSenhora daPiedade (PortoSanto) -Pavimento doAdro

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• A calçada madeirense pode ser construída utilizandounicamente calhaus e seixos de rochas vulcânicas, detonalidade cinzenta mais ou menos escura, cuja monocromiaé quebrada devido às diferentes orientações conferidas peladisposição dos materiais.

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• Quando são utilizadas rochas vulcânicas e sedimentares, apolicromia a preto e branco apresenta uma grandediversidade de padrões e temas geométricos e floraisestilizados que ornamentam e embelezam ruas, átrios,igrejas, palácios, casas, quintais e jardins.

http://acolitos-piquinho.blogspot.pt/2011/11/igreja-de-sao-martinho-funchal.html

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• Esta imagem alerta-nospara a necessidade defazer restaurosadequados, respeitandoa técnica, os materiais eo desenho na calçadamadeirense, nãodesvirtuando a suabeleza e a sua essência.

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Torrar ao sol, contemplar as pedras dacalçada madeirense, mirar o alto dospicos, tocar as rochas, tomar-lhe osabor e fascinar-se com o PatrimónioGeodiversificado do Porto Santo, que éúnico, aqui tão perto...

Obrigado Dr. João Baptista.Transmitiu-nos saber, porque paixão;sensibilidade, porque amor; e riqueza,porque quer futuro para a humanidade.

Consigo foi possível deslumbrar-se com emoção num encontro com o beloda natureza, com o que ela nos diz de história e com qual deverá ser a nossaatitude para o futuro.

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https://nosaltoslugares.blogspot.pt/2013/02/coracao-de-pedra.html (2017 outubro 20)

▪ GOMES, Celso & Silva, João (2012): Ilha do Porto Santo: Estância Singular de Saúde Natural. Funchal: Madeira Rochas – Divulgações Científicas eCulturais.

▪ Ponta do Sol, Grupo de Folclore – Actas do I Congresso de Folclore na Madeira, 1994. «O Folclore numa Sociedade em Mudança».

▪ MESTRE, Victor Mestre - «ARQUITETURA POPULAR NO ARQUIPELAGO DA MADEIRA, PATRIMONIO ATLANTICO – bases para a sua reabilitaçãoenquanto património cultural», Islenha, nº23 jul-dez 1998.

▪ SÁ, Filipa Rubina Pontes de, - «A Ilha do Porto Santo: as casas de salão e a sua preservação como construções de interesse patrimonial ecultural» http://hdl.handle.net/11067/2534

▪ Calçada Madeirense: bordados de pedra a preto e branco João Baptista Pereira Silva & Celso de Sousa Figueiredo Gomes Aprender a Madeira,Dicionário Enciclopédico da Madeira http://aprenderamadeira.net/calcada-madeirense-bordados-de-pedra-a-preto-e-branco/

▪ PEREIRA, J.C.S. (2006). Áreas Protegidas e Património Natural, citado por Fonseca, (2009), disponível emfile:///C:/Users/AJAP/Downloads/Fonseca_2009.pdf [2017/10/16].

▪ Tenente Coronel Sarmento, Notícia Histórico-Militar sobre a ilha do Porto Santo, 1933, p. 93.

▪ Maria de Lourdes de Oliveira Monteiro dos Santos Costa, Porto Santo, Monografia Linguística Etnográfica e Folclórica, 1950.

▪ Inventário do Património Imóvel do Porto Santo, Câmara Municipal do Porto Santo, 2009.

▪ Ilha do Porto Santo Estância Singular de Saúde Natural, Celso Gomes e João Baptista Silva.

▪ Mais uma casta autorizada, Diário de Notícias da Madeira, 25 de outubro 2017, pág. 2.

▪ Música: Max - Porto Santo.avi (https://www.youtube.com/watch?v=gt19BA-bNdQ [2017/10/11].

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