Disturbios hidreletroliticos

54
Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria www.paulomargotto.com.br Paulo R. Margotto Prof. Do Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF

description

desidratação

Transcript of Disturbios hidreletroliticos

Page 1: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

www.paulomargotto.com.br

Paulo R. MargottoProf. Do Curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF

Page 2: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDesidratação

Conceito:Diminuição dos fluidos orgânicos clinicamente avaliável e tratável

Causa mais comum: diarréia Desidratação por diarréia:Grande quantidade de suco gástrico é lançada na luz gastrointestinal: 10 – 12% do peso em lactentes

90 – 95% são reabsorvidosDéficits numa diarréia intensa (Darrow) em mEq/Kg

Na: 9,5 Cl - : 9,2 K+: 10,4

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 3: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaClassificação da Desidratação - Défict de Água

1º Grau: (Leve): perda de 5% do peso 2º Grau: (Moderada): perda de 5 – 10% do peso 3º Grau: (Grave): perda de mais de 10% do peso

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Diarréia Grave:A perda de água é: 100 – 120 ml/Kg

Page 4: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaClassificação da Desidratação - Concentração de Na sérico

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

• Isonatrêmica: Na+ Normal• Hipernatrêmica: Na+ > 150 mEq/l• Hiponatrêmica: Na+ < 130 mEq/l

(Isotônica)(Hipertônica)(Hipotônica)

Não usar esta terminologia, pois

Cetoacidose diabética é um estado hipertônico com concentrações normais ou baixas de Na+ sérico

Cada 100mg% de aumento da glicemia, a natremia cai 1,6 mEq/l

Page 5: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaRepercussões Fisiológicas

Sangue espessado ( de sua viscosidade)(anemia é mascarada) da velocidade de circulação do sangue da pressão arterial

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

FPRFGdo suprimento nutricional

PA Anúria Choque hipovolêmico

Page 6: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaPeculiaridades ao tipos de Desidratação

Desidratação Isonatrêmica.

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Déficit hidroeletrolítico aproximadamente igual nos

dois espaços

Page 7: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDesidratação Hipernatrêmica

Causas:– Perda de água > que de Na+

– Insensível – Renal (diabetes insipidus, diurese osmótica)– Hiperventilação– Lactentes < 1 ano de idade– Cessação de oferta de líquidos– Elevada ingesta de sais:

Soluções eletrolíticas inadequadamente misturada Fórmula concentrada

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Água

Page 8: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Desidratação Hipernatrêmica

Consequências:

– ↓ do volume cerebral

– Rutura da membrana muscular com rabdomiólise e mioglobinúria

– Hiperglicemia

– Hipocalcemia

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 9: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Envio de sinais de carência de água

↓ Osmolaridade

Ordem para reter água (retendo Na+)

Urina (quase assódica) Reação de Desidratação de Peters

Para eliminar ânions, o rim passa a contar com K +

(apenas 8% do total de K+ do corpo têm grande mobilidade)

Organismo tem de apelar para outros

cátions; Ca++

- Na urinário desaparecendo- Excerção de K+ declinando-Síntese de NH3 ↓ na diarréia

ICECÁgua

Page 10: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDesidratação Hipernatrêmica

1. Grande Calciúria

2. 60% dos casos de hipocalcemia responsáveis pelos sinais neurológicos

1. Hipertonia

2. Hiperreflexia

3. Convulsões

3. No seu manuseio:

1. Líquido suficiente para melhorar a circulação

2. Na + suficiente para que outros cations (K+, Ca++) sejam liberados: Não usar soluções diluídas (1:5, 1:6)

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 11: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaManifestações Clínicas

Desidratação Isonatrêmica Perda da turgidez e do brilho da pele Secura e aspereza da pele Fontanelas fundas Mucosas secas; lágrimas desaparecem Supurações dos ouvido cessam FC Hiperpnéia ou respiração profunda e lenta Acidose metabólica

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 12: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Manifestações Clínicas Desidratação Hiponatrêmica

Grande perda da elasticidade e turgência da pele Olhos fundos Abdome: massa de pão mole Largado no leito Reflexos tendinosos fracos ou abolidos Distensão Abdominal Ao oferecer água - recusa

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 13: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Manifestações Clínicas

Desidratação Hipernatrêmica:

Exaltação de reflexos tendinosos

Avidez pela água

Grande agitação; hipertonia muscular

Choro forte com gritos meningíticos

Turgência e elasticidade cutânea conservadas

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 14: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaHiponatremia de instalação aguda:

Causas: Espoliação aguda de Na+

Administração de mais água que Na+

Consequências: Retenção de Na+ pelo rim, espoliando outros cations

para eliminar ânions (e assim o cálcio ionizado cai levando à tetania)

Como corrigir: Inverter as condições Dar mais Na que água em relação com a composição

do ECMargotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 15: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Hiponatremia de instalação aguda:

Fórmula para correção

Peso x déficit x 0,7 (0,6 para crianças maiores)

Elevar a natremia para 135 mEq/l Não usar SF 0,9% → pois não haverá reversão do

processo, pois organismo só poderá usar o Na+ quando eliminar parte da água com a qual foi administrado

Solução Hipertônica de NaCl

– NaCl a 3% - 1ml = 0,5 mEq

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 16: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaHiponatremia de instalação aguda:

Exemplo:3 meses, diarréia – 6 Kg Na: 125mEq/l → 136 mEq/l

Peso x déficit x 0,76 x (135 – 125) x 0,7 = 46 mEq = 12,35 ml de NaCl 20%

( NaCl 20 %: 1 ml = 3,4 mEq)Diluir o NaCl a 20% em 7vezes NaCl a 3% (1 ml=0,5mEq)

Prescrição: NaCl 20% - 12,35 ml + SG 5% - 86,5 ml – EV (em 2hs) 49,4 ml/h

Na+ < 125 mEq/l:

Naúseas, vômitos, contrações musculares,letargia, obnubilação

Na+ < 115 mEq/l:

Convulsões, comaMargotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 17: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaAvaliação Clínica

Aspecto da Criança Elasticidade da pele Mucosas Olhos Fontanela Pulso radial Diurese

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 18: Disturbios hidreletroliticos

DesidrataçãoDesidratação Umidades das mucosasUmidades das mucosas : : SalivaSaliva Turgor da pele e subcutâneoTurgor da pele e subcutâneo: : PregaPrega na pela sob tórax, na pela sob tórax,

epigrástrio, flancos, testa e etc. epigrástrio, flancos, testa e etc. Tempo de reperfusãoTempo de reperfusão: : ComprimirComprimir mão, pé ou leito ungueal. mão, pé ou leito ungueal.

Normal < 3s.Normal < 3s. DiureseDiurese: : Reduzida, concentrada ou ausenteReduzida, concentrada ou ausente.. SNCSNC: : Depressão do sensórioDepressão do sensório, , hipotoniahipotonia.. CirculaçãoCirculação: Extremidades : Extremidades friasfrias, , acrocianose,acrocianose, taquicardiataquicardia, ,

pulsos finospulsos finos ou mesmo desaparecimento dos pulsos. ou mesmo desaparecimento dos pulsos.

OBS: Situações que prejudicam a avaliação: Hipernatremia, OBS: Situações que prejudicam a avaliação: Hipernatremia, Hiponatremia, DM, Desnutrição, Obesidade, Nefróticos.Hiponatremia, DM, Desnutrição, Obesidade, Nefróticos.

Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 19: Disturbios hidreletroliticos
Page 20: Disturbios hidreletroliticos
Page 21: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA Está indicada em todos os Está indicada em todos os casos gravescasos graves ou nos ou nos

casos em que a casos em que a via oralvia oral se mostra se mostra impossível e impossível e perigosaperigosa..

Nos casos gravíssimos de Nos casos gravíssimos de choque hipovolêmicochoque hipovolêmico, , com pulsos periféricos imperceptíveis.com pulsos periféricos imperceptíveis.

Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 22: Disturbios hidreletroliticos

DESIDRATAÇÃODESIDRATAÇÃO Fase rápidaFase rápida: :

--Criança sem choque e com tendência a hipoglicemiaCriança sem choque e com tendência a hipoglicemia:: SG 5% + SF (1:1); SG 5% + SF (1:1); Volume: 50ml/Kg/h;Volume: 50ml/Kg/h; Reavaliar em uma hora;Reavaliar em uma hora; Repetir ou reduzir para 25ml/Kg/h (rotina);Repetir ou reduzir para 25ml/Kg/h (rotina);

--Criança chocadaCriança chocada::

SF 0,9% - 20ml/Kg- a cada 20 min até melhoraSF 0,9% - 20ml/Kg- a cada 20 min até melhora -perfusão-perfusão -pulso-pulso -nível de consciência-nível de consciência Passar para via oral logo que possível (SRO)-100ml/Kg cada 4 hsPassar para via oral logo que possível (SRO)-100ml/Kg cada 4 hs

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 23: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA

Exemplo: Criança, 2 anos, 10Kg, com sinais de Exemplo: Criança, 2 anos, 10Kg, com sinais de desidratação moderada sem aceitação de TRO.desidratação moderada sem aceitação de TRO.

Prescrição

1) FASE RÁPIDA1) FASE RÁPIDA

SF 0,9%, 250ml, EVSF 0,9%, 250ml, EV

SG 5%, 250ml, EVSG 5%, 250ml, EV

2)Reavaliar após 1h.2)Reavaliar após 1h.

Quanto de Quanto de volume?volume?

Cálculo:Cálculo:

Volume = 50ml/Kg/h x 10Kg Volume = 50ml/Kg/h x 10Kg

Volume = Volume = 500ml em 1h500ml em 1h

Composição da volume:Composição da volume:

SG 5% + SF 0,9% (1:1)SG 5% + SF 0,9% (1:1)

(250ml + 250ml)(250ml + 250ml)

Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 24: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA– Quando parar?Quando parar?

1.1. Se sinais de desidratação Se sinais de desidratação desapareceremdesaparecerem e e melhora melhora clínicaclínica;;

2.2. Duas Duas micções clarasmicções claras e abundantes com densidade e abundantes com densidade urinária <1,010;urinária <1,010;

3.3. Osmolaridade <300mOsm/lOsmolaridade <300mOsm/l;;

4.4. Se sinais desaparecem e bexiga não for palpável, Se sinais desaparecem e bexiga não for palpável, estimular micçãoestimular micção infundindo mais líquido ou administrar infundindo mais líquido ou administrar furosemidefurosemide (1 a 2mg/kg) (1 a 2mg/kg)

OBS: Sem diurese: investigar IROBS: Sem diurese: investigar IR

Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 25: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA

Fase de manutenção (Holliday)

Quando os sintomas de desidratação desaparecem e uma boa diurese se estabelece.

Ela corresponde às necessidades hídricas e eletrolíticas normais.

Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 26: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA Necessidade de Necessidade de volumevolume;;

Necessidade de Necessidade de SódioSódio;;

Necessidade de Necessidade de PotássioPotássio;;

Necessidade de Necessidade de CálcioCálcio;;

Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 27: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA Necessidade de Necessidade de volumevolume::

ATÉ 10Kg ATÉ 10Kg 100ml/kg/dia 100ml/kg/dia

DE 10Kg a 20Kg DE 10Kg a 20Kg 1000ml + 50ml/Kg/dia1000ml + 50ml/Kg/dia

ACIMA DE 20Kg ACIMA DE 20Kg 1500ml + 20ml/Kg/dia1500ml + 20ml/Kg/dia

0Kg 10Kg 20Kg

0ml 1000ml 1500ml

Composição do volume: SF 0,9% + SG 5% (1:4)SF 0,9% + SG 5% (1:4)Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 28: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA

Exemplo 1: Criança de 5KgExemplo 1: Criança de 5Kg

Volume = 5Kg x 100ml/Kg/dia = Volume = 5Kg x 100ml/Kg/dia = 500ml/dia500ml/dia Exemplo 2: Criança de 14KgExemplo 2: Criança de 14Kg

Volume = 10Kg x 100ml/kg/dia = Volume = 10Kg x 100ml/kg/dia = 1000ml/dia1000ml/dia

4Kg x 50ml/Kg/dia = 4Kg x 50ml/Kg/dia = 200ml/dia200ml/dia

1200ml/dia1200ml/dia Exemplo 3: Criança de 23KgExemplo 3: Criança de 23Kg

Volume = 10Kg x 100ml/Kg/dia = Volume = 10Kg x 100ml/Kg/dia = 1000ml/dia1000ml/dia

10Kg x 50ml/Kg/dia = 10Kg x 50ml/Kg/dia = 500ml/dia500ml/dia

3Kg x 20ml/Kg/dia = 3Kg x 20ml/Kg/dia = 60ml/dia60ml/dia

1560ml/dia 1560ml/dia

3 Etapas: 8/8hs3 Etapas: 8/8hs

400ml 400ml

SF 0,9% + SG 5% (1:4)SF 0,9% + SG 5% (1:4)

(80ml + 320ml)(80ml + 320ml)

4 etapas:6/6hs4 etapas:6/6hs

390ml 390ml

SF 0,9% + SG 5% (1:4)SF 0,9% + SG 5% (1:4)

(78ml + 312ml) (78ml + 312ml) Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 29: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA

Necessidade de Necessidade de SódioSódio::

ATÉ 10Kg 3mEq/kg/diaATÉ 10Kg 3mEq/kg/dia

DE 10Kg a 20Kg 30mEq + 1,5mEq/Kg/diaDE 10Kg a 20Kg 30mEq + 1,5mEq/Kg/dia

ACIMA DE 20Kg 45mEq + 0,6mEq/Kg/diaACIMA DE 20Kg 45mEq + 0,6mEq/Kg/dia0Kg 10Kg 20Kg

0mEq 30mEq 45mEql Necessidade de Necessidade de SódioSódio: : 3 – 5mEq/100ml3 – 5mEq/100ml Composição: NaCl 20% = 3,4 mEq/ml

NaCl 0,9%= 0,15mEq/mlSilva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 30: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA

Exemplo 1: Peso 8kgExemplo 1: Peso 8kg

Volume = Volume = 800ml/dia800ml/dia

(2 etapas de 400ml)(2 etapas de 400ml)

2 Etapas de 400ml:2 Etapas de 400ml:

SF 0,9%, 80ml 1:4SF 0,9%, 80ml 1:4

SG 5%, 320mlSG 5%, 320ml

OU

Fazer 3mEq/100ml de sódio

Necessidade = 3 x 4 = 12mEq de Na+

Volume = 12 mEq = 3,52 ml de NaCl 20%3,52 ml de NaCl 20% 3,4mEq/ml

2 etapas de 400ml:2 etapas de 400ml:

SG 5%, 400ml, SG 5%, 400ml,

NaCl 20%, 3,52mlNaCl 20%, 3,52ml

Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 31: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃOHIDRATAÇÃO VENOSA VENOSA

Necessidade de Necessidade de PotássioPotássio::

ATÉ 10Kg 2mEq/kg/diaATÉ 10Kg 2mEq/kg/dia DE 10Kg a 20Kg 20mEq + 1mEq/Kg/diaDE 10Kg a 20Kg 20mEq + 1mEq/Kg/dia ACIMA DE 20Kg 30mEq + 0,4mEq/Kg/diaACIMA DE 20Kg 30mEq + 0,4mEq/Kg/dia

0Kg 10Kg 20Kg

0mEq 20mEq 30mEq

Necessidade de Necessidade de PotássioPotássio: : 2 – 4mEq/100ml2 – 4mEq/100ml

Composição: Composição: KCl 10% = 1,34 mEq/mlKCl 10% = 1,34 mEq/ml

KCl 15% = 2mEq/ml KCl 15% = 2mEq/ml Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 32: Disturbios hidreletroliticos

HIDRATAÇÃO VENOSAHIDRATAÇÃO VENOSA

Exemplo 1: Peso 7kgExemplo 1: Peso 7kg

Volume = Volume = 700ml/dia700ml/dia OU

Necessidade = 3mEq/100ml de sódio

Volume = 3 x 3,5 = 10,5mEq = 3 ml3 ml

3,4

Necessidade = 2mEq/100ml de potássio

Volume = 2 x 3,5 = 7mEq = 5,3 ml

1,34

2 etapas de 350ml:2 etapas de 350ml:

SG 5%, 350mlSG 5%, 350ml

NaCl 20%, 3mlNaCl 20%, 3ml

KCl 10%, 5,3mlKCl 10%, 5,3ml

Necessidade: 2mEq/100ml (K+)2mEq --------------- 100mlX --------------------- 350ml X=7mEqX=7mEqKCl 10%=1,34mEq/ml1,34mEq ---------------- 1ml7mEq -------------------- X

X=5,3mlX=5,3ml

2 Etapas de 350ml:2 Etapas de 350ml:

SF 0,9%, 70mlSF 0,9%, 70ml

SG 5%, 280mlSG 5%, 280ml

KCl 10%, 5,3mlKCl 10%, 5,3ml

Silva Neto MM

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 33: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Interpretação da Gasometria

- Equilíbrio entre ácidos e bases : depende de reações para correção

dos desvios da homeostase

- Metabolismo normal : H+ no fluído extracelular

Para neutralizar esta carga ácida ( e manter o pH)

Ação dos tampões do organismo Regulação Respiratória

Regulação Renal

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Page 34: Disturbios hidreletroliticos

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Ação do tampão ácido carbônico – bicarbonato

HCl + NaHCO3→H2CO3 + NaCl

CO2 + H2O pH = pK + log [HCO3 -] (Equação de Henderson – Hasselbach ) [ H2CO3 ]

[HCO3 -] = 24 mEq/l

[ H2CO3 ] = Como calcular ? 1,2 mEq/l

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 35: Disturbios hidreletroliticos

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

[H2CO3 ] :

CO2 + H2O H2CO3 ( 500 ) ( 1 ) ( Lei da Ação das Massas)

[CO2 ] plasma em função da pACO2

PaCO2 = PACO2 = 40 mmHg

[ CO2 ] plasma : 0,03 x PaCO2 = 1,20 mEq/l

Índice de solubilidade na água

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 36: Disturbios hidreletroliticos

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

pH = pK + log [HCO3 -] Componente metabólico

PaCO2 x 0,03 Componente respiratóriopK = 6,1HCO3 - plasma pH = 6,1 + log 24 = 6,1 + log 20 = 6,1 + 1,3 = 7,4

1,20Assim : HCO3 – ou PaCO2 pH : ALCALOSE

HCO3 – ou PaCO2 pH : ACIDOSE

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 37: Disturbios hidreletroliticos

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

- HASSELBALCH a nossa linha básica de raciocínio – Diagnóstico pH = 6,1 RIM responsável pela concentração do HCO3 –

PULMÃO responsável pela concentração do CO2

ENQUANTOO pulmão manter O RIM manter

a concentração do CO2 a concentração do HCO3-

O pH SERÁ

MANTIDO

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Page 38: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

pH = pK + log [HCO 3 – ] paCO2 x 0,03

Centro Respiratório

Movimentos Respiratórios ou

HCO3 -

Frequência Profundidade

RESULTADO

pACO2 ( e paCO2 e H2CO3 )

A relação HCO3- / H2CO3 se mantém

pH SE MANTÉM

Page 39: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria Regulação RespiratóriaRegulação Respiratória

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

pH = pK + log [HCO 3 – ] paCO2 x 0,03

Centro Respiratório

Movimentos Respiratórios ou

HCO3 -

Frequência Profundidade

RESULTADO

pACO2 ( e paCO2 e H2CO3 )

A relação HCO3- / H2CO3 se mantém

Com as alterações primárias na [HCO 3 – ] podem ser regulados pelos mecanismos respiratórios

pH SE MANTÉM

Page 40: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Medida Clínica do Equilíbrio Ácido – BásicopH: logaritmo do inverso da concentração hidrogeniônica

pH: log _1_ [ H+ ]

Valores Normais: pH : 7,35 – 7,45 ( média : 7,40 ) RN < 1500 g : pH > 7,20 RN > 1500 g : pH > 7,25

- O pH quantifica o fenômeno, porém, isoladamente não qualifica-o - Realizar imediatamente, devido à formação de ácido láctico pelo desdobramento da glicose.

Page 41: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

- Mede a fração dissolvida não combinada de CO2

- Depende basicamente da ventilação pulmonar

- Normal : PaCO2 : 35 – 45 mmHg ( média: 40 mmHg )

- RN < 1500 g : paCO2 até 55 – pH > 7,20

( hipercapnia permissiva )

paCO2

Page 42: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

- Real : [ HCO3 - ] plasmático independente da PaCO2

- Standard: [ HCO3 - ] plasmático após equilibrio da PaCO2

para 40 mmHg

CO2

Sangue (Hb) AC + H2O H2CO3 H+ + HCO3 + Hb

HHb + HCO3 Plasma

Bicarbonato

Page 43: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Excesso de base ( BE ) : Expressa o que teria que acrescentar ( BE negativo) ou subtrair ( BE

positivo ) para corrigir o pHValor normal: - 2,5 a + 2,5 ( RN : até – 8 mEq/l )

O que significa BE de – 18

Excesso de ácido mobilizou 18 mEq/l de HCO3 do sistema tampão ou

depleção de líquidos orgânicos ricos em HCO3

Ou seja: significa queda do bicarbonato ; há 18 mEq/l de base a menos em

relação a um PaCO2 de 40 mmHg

Page 44: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

ACIDOSE /ALCALOSE Respiratórias e Metabólicas-Descompensadas – pH anormal-Compensadas – pH normal- Parcialmente compensadas – pH próximo ao normal

ACIDOSE METABÓLICA compensada -pH = 6,1 + log HCO3

H2CO3

( Relação HCO3 / H2CO 3 : 24 = 20 : NORMAL ) 1,2

- Acidose metabólica descompensada : diarréia- Relação metabólica 12 = 10

1,2 ( a PaCO2 não se alterou ! )

Page 45: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Acidose metabólica compensada : diarréia

Relação 12 = 20

0,6

( a PCO2 se alterou, ou seja, o paciente hiperventilou )

Se o pH não voltar ao normal apesar da ajuda pulmonar,

escrevemos :

acidose metabólica parcialmente compensada

Page 46: Disturbios hidreletroliticos

Ordens “ ácidas “

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Correlação entre K+ e cálcio e o Equilíbrio Ácido – BásicoK+ : hipocalemia :

• diarréia, uso de diurético, HV, com reposição inadequada de K+

H+ 3 K +

2 Na +

Economizar bases Eliminar o H+

Alcalose Metabólica

Hipocalêmica com urina ( paradoxalmente ) ácida

SNC RIM

Page 47: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Correlação entre K+ e cálcio e o Equilíbrio Ácido – Básico

Acidose e K + :

ou de 0,1 unidade do pH

alteração de 0,6 mEq/l na calemia no sentido inverso

Ex.: pH 7,1 K+: 4,8 mEq/l . Qual é o K+ real ?

pH baixou de 7,4 - 7,1 ( 3 x 0,1 = 0,3 ) e o

K+ sérico aumentou 3 x 0,6 = 1,8

K+ real = 4,8 - 1,8 = 3,0 ( o paciente está hipocalêmico)

Page 48: Disturbios hidreletroliticos

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Correlação entre K+ e cálcio e o Equilíbrio Ácido – Básico

Cálcio:

Cada de pH de 0,1 unidade ,

equivale a uma queda na calcemia iônica

de 0,46 mg%

acidoseCa ++

alcaloseCa ++

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaPediatria

Page 49: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

• Paciente ( história clínica )

• pH : acidose / alcalose

• HCO3 - real e BE : parâmetros metabólicos

• PaCO2 : parâmetros respiratórios

• Índice de 95% de confiança

Page 50: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Casos Clínicos:

Lactente com diarréia e desidratação do II grau

pH = 7,20

PCO2 = 25,0

HCO3 = 9,0

BE = - 17,0

Acidose metabólica parcialmente compensada:

é parcial porque o pH não está normal

Page 51: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Casos Clínicos:

Lactente com diarréia e desidratação do II grau

pH = 7, 35

PCO2 = 25,0

HCO3 = 14,0

BE = - 11

Acidose metabólica compensada:

o pH normalizou às custas da hiperventilação pulmonar

Page 52: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaDistúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Pediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Casos Clínicos:diarréia/desidrataçãoConduta Terapêutica

pH = 7, 14 Peso : 6 Kg/ FiO2:21%

pCO2 = 15,1 K+ : 6,0 mEq/l

PO2=105

HCO3 - = 5,0 BE = - 22,5

Acidose Metabólica parcialmente compensada1. Fase rápida ( melhora da perfusão renal)

2. HCO3 : peso x BE x 0,3

6 x ( 22,5 - 2,5 ) x 0,3 = 35 mEq de Na HCO3 1 ª 12 - 36 h

Prescrever a 1/2 dose ( as fórmulas são secas )

em solução 1/5 em 60 min; Usamos o NaHCO3 a 8,4%(1ml=1mEq)

- Eletrólitos: K+ real do paciente : 4,2 mEq/l

- Cálcio : após o uso do NaHCO3

- Fazer gluco Ca 10% ( 3 - 4ml/Kg ) ( 1,5 - 2 mEq/Kg )

(1 ml de gluconato de cálcio a 10%=0,5mEq)

Page 53: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaPediatria

Margotto, PR ESCS/ SES/DF

Conclusões:

1. Conhecer sempre a história clínica

2. Raciocinar com os mecanismos respiratórios e renais

( ter em mente a relação 20 / 1)

3. Não tratar a doença como diferenças de base e sim o fator causal

4. As fórmulas são secas : deve -se apenas melhorar

( Nunca queira corrigir completamente )

Page 54: Disturbios hidreletroliticos

Distúrbios Hidroeletrolíticos e Distúrbios Hidroeletrolíticos e Ácido Básico em PediatriaÁcido Básico em Pediatria

Muito Obrigado!

www.paulomargotto.com.br