Distimia conceitos e critérios

Distimia: Conceitos, Critérios e Comparação com a DepressãoMichelle Cristina da Silveira

Psicóloga

Abril / 2016

“(...)

O que é que me importa?!

Essa tristeza,É menos dor intensa que frieza,É um tédio profundo de viver!

E é tudo sempre o mesmo, eternamente ...O mesmo lago plácido, dormente ...E os dias, sempre os mesmos, a correr ...”

Poema Tédio de Florbela Espanca, em o "Livro de Mágoas"

Introdução:

Distimia é uma palavra que vem do grego e significa mau humor

Atualmente, o termo distimia é empregado para designar um subtipo da depressão

Transtorno Persistente do Humor (F34.1 CID-10, 1993)

Introdução:

Mau humor constante e persistente

Dificuldade nos relacionamentos

Baixa autoestima

Elevado senso de autocrítica

Personalidade irritadiça

Tendência ao negativismo e pessimismo

Temperamento difícil

Inércia e letargia

Transtorno Persistente do Humor (F34.1): Distimia

CID-10 (1993):

Depressão crônica do humor

Cansaço extremo

Necessidade de muito esforço para fazer as coisas

Não conseguem desfrutar nada

Queixosos e preocupados

Dificuldade pra se concentrar

Transtorno Persistente do Humor (F34.1): Distimia

Complicações no sono;

Sensação de inadequação;

Início da vida adulta;

Cursando com sintomatologia por vários anos;

Quando o início é tardio: perda ou estresse;

Transtorno Persistente do Humor: Distimia

DSM-5 (2014):

A- Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado pelo relato subjetivo ou por observação de outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos;


B- Presença, enquanto deprimido, de duas ou mais das seguintes características:

1- Apetite diminuído ou alimentação em excesso

2- Insônia ou hipersonia

3- Baixa energia ou fadiga

4- Baixa autoestima

5- Concentração pobre ou dificuldade para tomar decisões

6- Sentimentos de desesperança


C- Durante o período de dois anos de perturbação, o indivíduo jamais esteve sem os sintomas A e B por mais de dois meses

D- Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois anos

E- Jamais houve episódio maníaco ou hipomaníaco ou transtorno ciclotímico


F- A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, esquizofrenia ou transtorno delirante

G- Os sintomas não devem ser efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição médica

H- Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo


Os indivíduos cujos sintomas satisfazem os critérios para transtorno depressivo maior por dois anos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo persistente

São mais sensíveis

“Sempre fui assim!”

“Não tem jeito!”


Início precoce e insidioso

Curso crônico

Alta comorbidade com Transtornos de Personalidade

No Transtorno Depressivo Persistente os sintomas depressivos têm muito menos probabilidade de desaparecer do que no Transtorno Depressivo Maior


Pior evolução para os casos:

- Indivíduos com características temperamentais

- Afetividade negativa

- Pior funcionamento global

- Ansiedade

Atinge de 5% à 10% da população –Gênero masculino


Sintomatologia não incapacitante

Compromete rendimento profissional

Interfere nas relações

Autoexigentes e críticos

Mentalmente acelerados

Postura agressiva, irritada e queixosa

Insatisfação constante

DistimiaX

Depressão

Transtorno DepressivoPersistente

Transtorno Depressivo Maior

Tristeza menos intensa ou relevante

Tristeza importante – Choro fácil

Sentimentos de desesperança Sentimento de culpa e inutilidade

Início insidioso, progressivo e crônico

Início brusco, manifestação por episódios

Sem ideação suicida, presença de ideias de morte

Ideação suicida importante

Menor prejuízo funcional e incapacidade

Prejuízo funcional prolongado podendo levar à incapacidade

DistimiaX

Depressão

Qual é a principal diferença entre Distimia e Depressão?

A duração:

Para ser considerada distimia a manifestação dos sintomas precisa

acontecer por um período de dois anos ou mais

Caso Clínico Role Playing:

Avaliação de um “Caso”

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Referências Bibliográficas

American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V). Porto Alegre: Artmed, 2014

NETO, M.R.L., ELKIS, H. e cols. Psiquiatria Básica. Porto Alegre: Artmed, 2007

Organização Mundial da Saúde. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. Porto Alegre: Artmed, 1993

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