Departamento deSementes, Mudas

e Matrizes

DSMM/CATI

Dilson Caceres - Engº. Agrônomo

Câmara Setorial de Biodiesel – SAA

Rede Temática de Biodiesel - MDA

Oleaginosas para

Biocombustível

Girassol

Oleaginosas para

Biocombustível

“... O uso de óleos vegetais como combustível pode ser

insigniifcante hoje.Entretanto, no devido tempo, tais produtos se tornarão tão

importantes quanto o petróleo e o carvão são

atualmente”.

(Rudolf Diesel – 1912)

Oleaginosas para

Biocombustível

África : 1920~1940 – Dendê

Índia : 1940 – Diversos óleos – Algodão

França : 1949 – Pinhão Manso

Brasil : 1930 – Babaçu – Monteiro Lobato

1942 – Algodão - Marino Nicolau Berzaghi

“... Os resultados conseguidos pelas fábricas estrangeiras são concludentes e favoráveis ao emprego

de certos óleos vegetais. O fulcro dessa questão é o custo desses óleos”.

Oleaginosas para

Biocombustível

Brasil : 1950 – Óleos de Ouricuri, mamona e algodão

Instituto de Tecnologia Industrial de MG

(Rio – BH – Recife)

Alemanha : 1973 – Primeiro motor diesel de injeção direta

(Elsbett)

1979 – Início da produção de motor diesel

multi-combustível (Elsbett)1973~1979 – Crises mundiais de petróleo

Oleaginosas para

Biocombustível

1979 - PROÁLCOOL

1980 – Pró-Óleo “Programa Nacional de Óleos Vegetais para Fins Carburantes”.

1990 – Europa – Biodiesel

Alemanha : opção também por OVN (Colza)

1999 – Alemanha - Primeira locomotiva movida a OVN

2002 – Programa Brasileiro de Biocombustíveis

2004 – PNPB – Autorização do uso comercial de Biodiesel no Brasil – com mais de 20 anos de atraso.

Se existe a planta ideal, da

qual tudo se aproveita, o

GIRASSOL está bem próximo

dela.

Oleaginosas para

Biocombustível

Origem: Norte do México - Sudoeste dos EUA

Domesticação: México - Plantas de haste única e unicapituladas

Disseminação : 1510 – Espanha Final do século XVI – Itália, frança, Bélgica, Suíça, Alemanha, Inglaterra e outros. Século XVIII – Rússia ainda como ornamental 1830 – Comercial 1880 – 150.000 hectares Início século XX uma das mais importantes Após a 1ª Guerra destaque mundial

Reintrodução 1880 – Levado da Rússia por agricultores americanos para silagem.na América O interesse no esmagamentp para extração de óleo deu-se nas primeiras décadas dodo Norte do século XX.

América do Argentina em meados do século XIXSul Imigrantes europeus consumidores das sementes Diversas tentativas de introdução no Brasil

Oleaginosas para

BiocombustívelBREVE HISTÓRICO DO GIRASSOL

1902 – São Paulo: primeira indicação de cultivo comercial 1937 - primeiros esforços com pesquisa de girassol realizados no Brasil,

no Instituto Agronômico de Campinas década de 40 - primeiros cultivos comerciais no Rio Grande do Sul 1980 – Embrapa Soja coordena o Programa Nacional de Pesquisa de

Girassol (PNP-Girassol) Na década de 80 - Criação do Programa de Mobilização Energética

(PME), pela Presidência da República: recursos para pesquisa com culturas energéticas gerou-se razoável volume de informações: sistema de produção de

girassol Pesquisa desacelerada em 1985 Retomada pela Embrapa Soja a partir de 1989

Oleaginosas para

Biocombustível

Evolução da área de girassol no Brasil 1967 - 2006

Fonte: Dall’Agnol et al. (1994), Rossi (1997), Reunião (2005)

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

100000

110000

120000

1967 1970 1973 1976 1979 1982 1985 1988 1991 1994 1997 2000 2003 20060

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2000Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

Pesquisa/

Indústria

Oleaginosas para

Biocombustível

Fonte: Embrapa / Soja – César de Castro

Estados onde são avaliados os genótipos de girassol

OleaginosasPara

Biocombustível

Fonte: Embrapa / Soja – César de Castro

Oleaginosas para

Biocombustível

Quais são as produtividades alcançadas

nos Ensaios Regionais de Girassol?

Oleaginosas para

Biocombustível

Produtividade e teor de óleo de cultivares de girassol avaliados em

São Paulo e Minas Gerais, safra 2006/07 e safrinha 2006.

Produtividade (kg/ha) Teor de óleo (%) Municípios

Mínima Máxima Média Mínimo Máxima Média

Jaboticabal-SP 2154 3171 2589 40,3 49,7 44,7

Patos de Minas-MG 2058 3390 2486 38,9 48,4 43,1

Piracicaba – SP 1285 2194 1699 40,7 52,4 47,0

Uberaba - MG 1217 2183 1772 39,2 50,6 46,3

Campinas-SP 929 2169 1661 33,1 41,9 39,2

Fonte: Embrapa / Soja – César de

Castro

Oleaginosas para

BiocombustívelProdutividade e teor de óleo de cultivares de girassol avaliados na Região Sul, safra 2006/07

Produtividade (kg/ha) Teor de óleo (%) Municípios Mínima Máxima Média Mínimo Máxima Média

São Borjas-RS 1350 2023 1633 41,4 47,6 45,2

Santa Maria-RS 1532 2566 1996 36,2 46,7 42,5

Santa Cruz do Sul-RS 1122 2801 1929 35,7 46,5 41,3

Veranópolis-RS 1085 2463 1789 35,9 47,7 43,2

Passo Fundo RS 1550 2283 1904 40,5 47,7 42,0

Vacaria-RS 1129 1980 1595 - - -

Encruzilhada do Sul-RS 1263 2865 2006 40,8 53,3 47,9

Santa Rosa-RS 1240 2975 2165 39,8 47,6 44,0

Passo Fundo-RS 1802 3034 2354 40,6 51,4 44,9

São Gabriel - RS 2651 3876 3177 37,9 46,0 41,9

Palmeiras/Missões-RS 1677 4484 3115 36,4 46,6 40,7

Chapecó-SC 654 2447 1716 35,6 44,8 41,0

Fonte: Embrapa / Soja – César de Castro

Produtividade e teor de óleo de cultivares de girassol avaliados em diferentes regiões do Centro Oeste, safrinha 2007.

Produtividade (kg/ha) Teor de óleo (%) Paraná Mínima Máxima Média Mínimo Máxima Média

Campo Verde-MT 2109 3025 2701 38,5 47,7 43,9

Campos N. Parecis-MT 1416 2805 2054 41,2 50,8 45,7

Sinop - MT 675 1615 1240 36,4 45,0 40,5

Planaltina - DF 3269 5462 4168 41,9 47,9 45,2

Campo de Júlio - MT 1529 2113 1764 39,2 46,8 43,4

Planaltina- DF 2781 4777 3694 37,6 47,2 42,8

Cáceres - MT 1769 2561 2243 41,1 50,3 47,2 Dourados - MS 619 2177 1529 37,6 48,2 41,8

Dourados - MS 1031 2134 1519 36,5 44,8 40,5

Rio Verde- GO 1397 3408 2016 40,0 50,7 45,9

Oleaginosas para

Biocombustível

Fonte: Embrapa / Soja – César de Castro

Produtividade e teor de óleo de cultivares de girassol avaliados em diferentes regiões do Norte e do Nordeste, safra 2006/07e safrinha 2007.

Produtividade (kg/ha) Teor de óleo (%) Mínima Máxima Média Mínimo Máxima Média

Vilhena-RO 1567 2513 2028 36,7 46,3 43,3

Vilhena-RO 1789 2321 2128 38,7 49,2 44,3

Vilhena-RO 1829 2416 2115 41,9 47,5 44,0

Vilhena-RO 1522 2398 1929 39,8 48,3 43,9

Cerejeiras-RO 1289 2114 1707 39,1 47,5 43,3

Teresina-PI 2009 2809 2232 39,0 56,0 41,7

Barreiras- BA 2159 3569 3033 42,3 53,6 47,6

Quixadá-CE 746 2652 1488 39,5 51,7 46,2

Fonte: Embrapa / Soja – César de Castro

Oleaginosas para

Biocombustível

Oleaginosas para

Biocombustível

Fonte: Embrapa / Soja – César de Castro

Onde estão instaladas as

principais indústrias para a

produção de biodiesel?

Países Área (ha) Produção (t) Prod. (kg/ha)

Rússia 5.942.690 6.752.860 1.136

Ucrânia 3.914.706 5.324.000 1.360

Argentina 2.194.574 3.797.836 1.731

Índia 2.130.000 1.120.000 526

China 1.030.000 1.820.000 1.767

Romênia 981.856 1.526.232 1.554

Bulgária 750.521 1.196.570 1.594

USA 708.000 964.625 1.362

França 644.828 1.439.688 2.233

Espanha 633.400 606.800 958

Turquia 566.000 1.118.000 1.136

Brasil 81.000 120.000 1.481

Mundo 23.929.649 31.292.775 2851 (1.355) 25612

Principais países produtores de girassol - 2006

Fonte: IBGE e CONAB, 2007

Oleaginosas para

Biocombustível

2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07*

Dendê 27,71 29,59 33,88 35,96 38,97

Soja 30,54 30,05 32,45 34,35 35,82

Canola 12,25 14,16 15,76 17,19 18,03

Girassol 8,12 9,13 8,99 10,35 10,82

Amendoim 4,65 5,04 5,07 5,17 4,99

Algodão 3,51 3,84 4,71 4,55 4,72

Palmiste 3,36 3,67 4,13 4,36 4,69

Coco 3,16 3,29 3,44 3,46 3,30

Oliva 2,51 3,06 2,97 2,59 2,99

Total 95,81 101,83 111,40 117,98 124,33

Produção mundial de óleo das principais oleaginosas (milhões t)

* Previsão: Março Fonte: USDA

Oleaginosas para

Biocombustível

Trop. Capricornio

30o S

Trop. Cancer30o N

O Brasil é o único país no mundo com grande capacidade de expandir sua produção de oleaginosas para a produção de biodiesel.

Áreas de expansão das principais oleaginosas

Oleaginosas para

Biocombustível

Oleaginosas para

Biocombustível

Prensa para extração de óleo a frio.

alto teor de óleo nos grãos possibilita efetuar a extração a frio(38% a 52%)

Características do girassol

Oleaginosas para

Biocombustível

Composição de ácidos graxos(oléico x linoléico)

farelo e/ou torta de boa qualidade nutricional (lisina)

Características do girassol

Oleaginosas para

Biocombustível

produção de mel

Característicasdo

girassol

Oleaginosas para

Biocombustível

Rotação de culturas e ciclagem de nutrientes

Característicasdo

girassol

Partes da planta N P2O5 K2O Ca Mg S

Grãos 23 12 12 1,6 2,5 0,8

Restos culturais 18 5,1 159 37,9 8,7 6,6

Total 41 17,1 171 39,5 11,2 7,4

% Exportada 56 70 7 4 23 11

Partes da planta B Cu Fe Mn Mo Zn

Grãos 23 18 98 35 6 42

Restos culturais 123 34 256 479 23 111

Total 146 52 354 514 29 153

% Exportada 16 34 28 7 21 27

mg

Kg

Oleaginosas para

Biocombustível

Cultura de entre-safra

Precipitação necessária - Na maioria dos casos 400 a 500mm de água bem distribuídos

Germinação     Enchimento  

e Crescimento Floração de Maturação

Emergência     grãos  

5 - 10 dias 40 - 50 dias 10 - 15 dias 20 - 30 dias 15 - 25 dias

0,5 a 0,7mm 0,7 a 6,0mm 6,0 a 8,0mm 4,0 a 6,0mm seco

Características do girassol

Oleaginosas para

Biocombustível

Função de herbicida natutal

Baixo custo de implantação

Características do girassol

Falta de incentivo dos órgãos de pesquisa e de extensão

falta de tradição do agricultor com a cultura falta de zoneamento agroclimático e fitossanitário falta de agrotóxicos registrados para a cultura produtividade de grãos: média nacional ~ 1500 kg/ha baixo nível de transferência de tecnologia expansão desordenada da cultura / frustração de safra

Principais entraves para a produção de girassol no Brasil

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Ocupação de áreas ociosas na safrinha (após soja e milho)

Atender a demanda crescente por óleo comestível de alta qualidade nutricional (mundial)

Girassol high oleic (alimentação e biodiesel) Alimentação animal Matéria-prima para biodiesel Diversificação para agricultura familiar: agregar valor

Perspectivas futuras do girassol no Brasil

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Biocombustível

O girassol é uma das principais oleaginosas com potencial de expansão no Brasil;

Existe grande perspectiva de aumento de área e de produção de girassol no país;

O cultivo do girassol no Brasil se dá em época distinta da época de semeadura das principais culturas;

Existe grande espaço para a produção de óleo/torta de girassol (alimentação humana e animal)

Ampliar as pesquisa em tecnologias de produção de girassol e sistemas de produção;

Estruturação da cadeia produtiva regional, principalmente o mercado consumidor nas regiões de expansão.

Conclusões

Oleaginosas para

Biocombustível

Biocombustível

Tecnologia e usosdo Girassol

www.cati.sp.gov.br

Solo, água e sol em essência são os fatores imprescindíveis para a concretização de um programa de agro-energia.

Solo: o Brasil tem mais de 20% da área agricultável do planeta.

Água: Temos 10% da água doce do mundo. Sol : O sol batendo no solo brasileiro equivale à

energia gerada em 24hs por 320mil usinas hidro-elétricas de Itaipu, a maior do mundo (B.Vidal).

E ainda: temos mais de 200 espécies produtoras de óleo. Não há país com condições melhores que o Brasil.

Oleaginosas para

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E-Mail para contato:dilsonrc@yahoo.com.br

FIMAgradecemos sua participação.