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CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português ESCUTISMO MARÍTIMO SISTEMA DE PROGRESSO FROTA ETAPA DE PROGRESSO TRIPULANTE Insígnia - Distintivo de forma redonda de fundo azul escuro, com um ferro de almirantado a dourado, ao centro. A toda a volta do distintivo um cabo castanho. Nomenclatura O - Classifica três embarcações e seu tipo de propulsão. F - Enuncia dois tipos de ferros diferentes e indica quais as suas utilizações; F - Identifica a topografia de uma embarcação; F - Nomenclatura de um leme. Arte de Marinheiro O - Efectua uma pequena reparação a bordo. F - Faz o nó de botija, pinha de retenida; F - Aparelha com o mínimo de ajuda uma embarcação à vela; F - Colhe um cabo à inglesa. Segurança O - Descreve os procedimentos a ter quando uma embarcação à vela se volta. F - Transporta um afogado para fora de água; F - Descreve o equipamento pessoal a usar a bordo de conforme as condições climatéricas; F - Descreve e desmonstra como escoar a água a bordo de uma embarcação; F - Arremessa uma bóia para a água e entra dentro dela. Navegação O - Descrição cuidada da área de navegação habitual do Agrupamento.

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CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português

ESCUTISMO MARÍTIMO SISTEMA DE PROGRESSO FROTA

ETAPA DE PROGRESSO

TRIPULANTE

Insígnia - Distintivo de forma redonda de fundo azul escuro, com um ferro de almirantado a dourado, ao centro. A toda a volta do distintivo um cabo castanho. Nomenclatura O - Classifica três embarcações e seu tipo de propulsão. F - Enuncia dois tipos de ferros diferentes e indica quais as suas utilizações; F - Identifica a topografia de uma embarcação; F - Nomenclatura de um leme. Arte de Marinheiro O - Efectua uma pequena reparação a bordo. F - Faz o nó de botija, pinha de retenida; F - Aparelha com o mínimo de ajuda uma embarcação à vela; F - Colhe um cabo à inglesa. Segurança O - Descreve os procedimentos a ter quando uma embarcação à vela se volta. F - Transporta um afogado para fora de água; F - Descreve o equipamento pessoal a usar a bordo de conforme as condições climatéricas; F - Descreve e desmonstra como escoar a água a bordo de uma embarcação; F - Arremessa uma bóia para a água e entra dentro dela. Navegação O - Descrição cuidada da área de navegação habitual do Agrupamento.

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F - Define montante e jusante; F - Conhece as bandeiras do CIS, letra: A,B,D,I,J,O,U,V e W; F - Descreve a constituição de uma agulha magnética e tira um azimute na carta e no terreno. Manobra O - Conhecer as regras básicas para evitar abalroamentos no mar. F - Fundear uma embarcação; F - Entrar e saír correctamente de uma praia; F - Içar e arrear correctamente uma vela grande quando fundeado. Vivência da Fé O - Saber manusear o Novo Testamento. F - Conhecer os principais passos da história da Igreja; F - Explica o significado de cada um dos tempos litúrgicos mais importantes e as suas cores; F - Saber o encadeamento de uma celebração da palavra; F - Participa numa campanha de recolha de donativos de uma instituição de solidariedade social. Saúde O - Identificar os sintomas de estado de choque. O - Enuncia os principais componentes da botica da Frota e tem a noção geral da sua aplicação; F - Praticar desporto com assiduidade, tendo em vista o desenvolvimento físico; F - Identifica os sinais e sintomas de fracturas; F - Saber como tratar de feridas e como aplicar os respectivos curativos segundo normas actuais. Vida em Campo O - Saber cozinhar uma refeição em campo. F - Conhecer e identificar um ecosistema; F - Conhece diversos tipos de extintores e a que tipos de fogos se destinam; F - Quais as precauções a ter em conta com os efeitos da água do mar nas facas e navalhas. Associação e Sociedade

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O - Realiza um trabalho com visita a uma estrutura de apoio náutico. F - Elabora um organograma do Agrupamento; F - Saber o que é um Jamboree; F - Conhecer em linhas gerais os direitos das crianças; F - Participa numa actividade regional. Arte e Expressão O - Realiza o diário de bordo de um cruzeiro. F - Constrói e toca um instrumento musical; F - Durante o Fogo de Conselho faz um número em que utilizas sombras chinesas; F - Saber aplicar várias caracterizações faciais (máscaras de gesso, pinturas); F - Saber a técnica de cartaz (apresentação de uma ideia, actividade).

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SISTEMA DE PROGRESSO DA FROTA

ETAPA DE TRIPULANTE

Caro Marinheiro Agora és um verdadeiro escuteiro marítimo. Vais continuar o teu progresso com a

Etapa de Tripulante, esta etapa é composta por dez provas, cada prova tem uma ou duas obrigatórias e diversas facultativas.

Terás de realizar as obrigatórias e escolher uma facultativa para concluíres as provas.

Bom trabalho.

1ª Prova Nomenclatura O - Classifica três tipos de embarcação e seu tipo de propulsão

Dá-se o nome de embarcações miúdas às embarcações que um navio transporta

para o seu serviço. São empregues principalmente no transporte de pessoal, podendo servir para salvamento em caso de sinistro. Podem ser movidas a remos, à vela ou a motor.

TIPOS DE EMBARCAÇÕES MIÚDAS QUE DEVEMOS CONHECER

BALEEIRA - Embarcação de formas finas e construção ligeira, caracterizada por ter a roda de proa curva, a curva da borda muito pronunciada, elevando-se muito nas extremidades de vante e de ré e por não terem painel de popa, o que lhes permite correr com o tempo e abicar fácilmente a uma praia. O seu nome deriva de ser este tipo de embarcação usado na pesca da baleia. As baleeiras Salva-Vidas possuem caixas de ar, e um cabo em volta da borda para os náufragos. CANOAS - Embarcações de construção análoga à das baleeiras, mas de formas mais finas, caracterizadas por terem um pequeno painel de popa e pelo seu maior ou menor luxo. São destinadas ao uso exclusivo dos comandantes dos navios. Na sua falta, desempenha as funções de canoa a melhor baleeira do navio. BOTE - Escaler de formas cheias, isto é de muita boca em relação ao seu comprimento. É destinado ao serviço ordinário, como: transporte de compras, cargas ligeiras e algumas vezes também se emprega no serviço de limpeza e pintura do costado.

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ESCALERES - Embarcações de posse, com painel de popa e roda de proa direita. São destinados a transporte de carga, reconhecimentos, etç... Há alguns com disposição para receber motor, chamados por isso, gasolinas. LANCHA - Embarcação maior do navio com as características do escaler. Modernamente há grandes lanchas a motor, por vezes bastante sofisticadas. CHATA - Pequena embarcação de fundo chato, empregue no serviço de limpeza e pintura do costado.

As embarcações miúdas podem ser construídas em madeira, contraplacado de madeira, ferro, aço, alumínio, borracha ou em fibra de vidro.

As que são construídas em madeira classificam-se conforme a colocação da madeira que compõe o costado e podem ser de costado liso, trincado ou em diagonal.

Existem quatro tipos de propulsão: motor, remos, vela e mista (dois tipos de propulsão).

2ª Prova Arte de Marinheiro O - Efectuar uma pequena reparação a bordo

Durante as actividades, poderão ocorrer diversos acidentes que resultam em diversas avarias; rombos, velas rasgadas, escotas rebentadas, moitões partidos, etc.

Quando se trata de pequenos rombos, poderemos repará-los mesmo a bordo, agora quando se trata de grandes rombos, deves passar uma vela por baixo do casco, até ao local do rombo, depois tens de fixar muito bem a vela e então, o mais rápidamente possível, regressar à base ou porto de abrigo.

Todas as embarcações, devem possuir um pequeno conjunto de ferramentas para qualquer emergência.

Podemos começar pelos seguintes exemplos mais comuns, que ocorrem durante as actividades.

A saída de uma embarcação a pagaias, pode levar à quebra de uma delas. É importante que recolhas a pá para poderes fazer uma ligação do corpo com a pá, com algum fiel que esteja a bordo.

Um pequeno furo no bote pneumático, utiliza fita-cola para o tapares. Também numa embarcação de canoagem, ou à vela, um pequeno rombo poderá ser tapado com fita-cola, mas se a sua dimensão atingir uma grande proporção, utiliza uma t’shirt que deves colocar de fora para dentro do casco, a própria água criará pressão sobre ela impedindo-a de sair.

Uma boeira que caia, podes tapar com um pedaço de tecido.

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Numa embarcação à vela a quebra do patilhão ocorre com pouca frequência, mas acontece. Substitui-o e no seu lugar coloca uma pagaia como recurso (deves rizar pano), se não surtir efeito, toda a tripulação da embarcação deve-se colocar sempre a sotavento, para fazer peso de modo a que a embarcação não se volte, no entanto este método não evita a derivação da embarcação, o Patrão deve tê-la sempre em conta.

A cana de leme quebra com facilidade, deves substitui-la por uma pagaia fazendo uma ligação de botão em esquadria.

O leme pode também partir-se ou alguma ferragem soltar-se, utiliza uma pagaia para fazer o trabalho de leme.

Um moitão que quebre ou se avaria, deves substitui-lo por uma espia e nela fazer o nó de azelha dobrado.

Uma manilha pode perder o troço ou partir-se, deves utilizar também a espia com o nó de azelha dobrado.

Não é muito comum numa pequena embarcação à vela, uma retranca quebrar-se, no entanto pode acontecer. Nesta situação a vela irá fazer um grande saco e não é possível rizar pano, ou arreias a vela e navegas com o estai, ou então se o vento não for muito forte, é só retirares a retranca e seguires viagem.

A quebra do mastro, já não é tão simples, se ele se partir junto ao pé de mastro, terás de encurtar os brandais e o estai, utilizas o nó de catau de espia ou então fazes o nó de azelha com o brandal ou estai e prende-o ao esticador.

O mastro quebra-se a meio, tem de ser totalmente desmontado e podes substitui-lo pela retranca, para a fixares colocas no topo um nó de encapeladura de três e fixas os brandais e o estai. A fixação da vela faz-se da seguinte maneira, no punho da pena é colocada a escota, o punho da amura é fixado à proa e o punho da escota é fixado no topo do mastro.

A escota pode ser emendada, juntando os dois chicotes com o nó de cabeça de cotovia, mas se ela não trabalhar devido ao nó, substitui-a pela a da outra vela, no entanto se for a de estai é preferível arriar a vela.

As velas podem-se rasgar, utiliza fita-cola para agarrares as duas partes, tornando a vela novamente utilizável e impedirás que ela se continue a rasgar.

Uma das causas que leva as velas a rasgarem-se é devido ao desfiar dos brandais (constituídos por fios de aço), deves falcassá-los para evitar mais rasgões.

Outras avarias surgirão, tenta repará-las o mais sensatamente possível e rápidamente.

3ª Prova Segurança O - Descreve os procedimentos que deves ter quando uma embarcação à vela ou de canoagem se volta

Embarcação à vela

Quando navegas, o vento ou uma vaga pode virar a tua embarcação.

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Deves manter a calma e não te atrapalhares, colocas os teus pés no patilhão e balanças-te para trás, para a embarcação voltar à posição normal, sobes pela popa e depois recolhes a palamenta que saiu.

Deves desembaraçar a escota, para que o vento não volte a “pegar” na vela e voltares a virar, deste modo a embarcação por si só aproará ao vento, depois de tudo isto, tiras a água que estiver a bordo com o bartedouro.

Quando acabares de tirar a água, verifica todo o aparelho para ver se podes voltar a velejar, acontece por vezes algum material se danificar e não podes velejar.

No caso de não conseguires voltar a embarcação à posição normal, ou subires para dentro dela, respeita as seguintes regras:

1. - Nunca abandonar a embarcação, é mais fácil ver um casco dentro de água do que uma cabeça;

2. - Verificar se o colete de salvação está bem colocado e acomoda-o ao corpo;

3. - Recupera a palamenta, sem te afastares muito da embarcação, se alguma peça estiver longe não a vás buscar;

4. - Agarra-te bem à embarcação e espera pelo bote de apoio. Embarcação de canoagem Se a tua embarcação é uma canoa, ao virares, deves de imediato tentar colocar a

canoa na posição normal, porque senão enche-se de água e depois é muito difícil de a voltar.

Tu e o teu companheiro, devem entrar ao mesmo tempo para a canoa, para não se desequilibrarem, por lados diferentes.

Depois de ambos estarem sentados, há que apanhar a palamenta e retirar a água de dentro da canoa.

Se não conseguirem virar a canoa, ou entrar nela, respeitem as regras que leste anteriormente.

Se utilizares um kayak e virares, deves também de imediato tentar colocá-lo na

sua posição normal, para que a água não entre. Para entrares para dentro do kayak, deves subir pela popa, depois sentares-te

junto ao banco, enfiar os pés e deixares-te escorregar para dentro dele, de seguida recolhe a pagaia e prossegue viagem.

Se não conseguires virar o kayak, ou entrar nele, respeita as regras anteriores.

4ª Prova Navegação O - Descrição cuidada da área de navegação habitual do Agrupamento

Para realizares uma actividade com a máxima segurança, deves conhecer bem o local onde ela se irá desenvolver.

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Habitualmente, o teu Agrupamento desenvolve as suas actividades de instrução na zona da tua base.

Como factores de seguranças deves conhecer as correntes, baixios, rochas, marés, locais de saída e entrada, pontos de referências em terra para uma aproximação com a máxima segurança, diversos locais ao longo da costa para uma aterrissagem de emergência, tanto a montante como a juzante da base.

Elabora um caderno com todos estes factores e mais os que entenderes necessários para a utilização de todo o teu Agrupamento.

5ª Prova Manobra O - Conhecer as regras básicas para evitar abalroamentos no mar

Com a intensificação do tráfego náutico, houve a necessidade de o disciplinar, de estabelecer regras, sinais, faróis e balões para evitar acidentes no mar.

Foi criado o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar, é este regulamento que te vou apresentar.

É simples e fácil de interpretar. Como Marinheiro, a tua navegação está restringida à situação de diurna, ou seja

só podes navegar de dia. Mas não podemos debruçar-nos apenas sobre as regras que dizem respeito à navegação que decorre durante o dia. Porque, durante o dia também ocorrem situações em que têm de ser usados os faróis, como por exemplo o nevoeiro.

Todas as embarcações dispõem de farois, balões e sirenes, para se fazerem ver e ouvirem. Cada farol, balão ou apito tem um significado que tens de conhecer.

Cada navio dispõe de farois na popa, nos mastros e nos bordos. Os farois têm as seguintes cores: branca, vermelha, verde e amarela.

FARÓIS

Os faróis utilizam-se durante a noite e em situações de nevoeiro. Navio de Propulsão Mecânica - caso geral Todos os navios, utilizam os seguintes faróis normais de navegação: - Popa - Branco, visível para ré; - Mastro - Branco, visível para vante; - Borda - Estibordo - Verde, Bombordo - Vermelho. Ambos visíveis

ligeiramente de ré para vante. Quando o navio for de comprimento superior a 50 metros, tem dois faróis

brancos no mastro. Navio de comprimento inferior a 20 metros tem um farol único de borda colocado

à proa com as duas cores, além do farol de mastro.

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Casos Particulares Farol amarelo - colocado à popa sobre o branco, esse navio está a efectuar

reboque. Farol amarelo de relâmpago, visível em todo o horizonte colocado no topo do

mastro, é usado por navios de difícil identificação, como o aerobarco, submarino, etc.. Os navios de guerra com mais de 50m de comprimento, utilizam apenas um farol

de mastro. Os porta-aviões colocam dois faróis brancos no mastro e os faróis de bordo

quando acesos no convés, estão a realizar-se voos. Quando os farois de bordo estão na ponte não há voos. Reboque Braço Dado O rebocador utiliza dois faróis brancos no mastro e o rebocado utiliza a luz de

bordo do lado em que está amarrado. Reboque Inferior a 200 metros O rebocador utiliza os dois faróis de mastro e o rebocado as luzes normais de

navegação, com excepção do farol de mastro. Reboque Superior 200 metros O rebocador utiliza três faróis de mastro e o rebocado as luzes normais, sem o

farol de mastro. Navio Empurrando e Empurrado O navio que empurra leva os mesmos faróis do rebocador. Os batelões ou navios

que estão a ser empurrados, levam apenas o farol de borda, como se o conjunto forma-se apenas um navio.

Navios à Vela ou a Remos a Navegar Os faróis são obrigatórios para todos os navios superiores a 12 metros, quando

inferiores utiliza-se uma lanterna ou lâmpada eléctrica de luz branca. Um navio à vela é identificado por usar um farol vermelho e um verde,

sobrepostos no mastro e visíveis em todo o horizonte, além dos farois normais de navegação.

Navios em Faina de Pesca

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Arrastões com seguimento apresentam um farol verde por cima do branco

visíveis em todo o horizonte, mais os faróis normais da navegação. Sem seguimento igual ao anterior, mas sem os faróis de navegação. Quando lança redes, apresenta três brancos e um verde por cima de todos,

visíveis em todo o horizonte, mais os faróis normais de navegação. Quando ala redes, apresenta pela seguinte ordem de cima para baixo, um verde,

dois brancos e um vermelho, visíveis em todo o horizonte, sem os faróis normais de navegação.

Sem seguimento com redes presas, apresenta pela ordem de cima para baixo, um verde, um branco e dois vermelhos, visíveis em todo o horizonte, sem os faróis normais de navegação.

Navios em faina de pesca, excepto arrastões utiliza um vermelho em vez do verde. Quando estende a arte de pesca numa distância superior a 150 metros, coloca uma luz branca, visível em todo o horizonte, no brandal do bordo de onde a rede foi lançada, mais os faróis normais de navegação.

Sem seguimento não utiliza os faróis normais de navegação. Os navios pescando com linhas a reboque (corripo) não são considerados como

navios em faina de pesca. Navios Desgovernados Sem seguimento apresenta apenas dois faróis vermelhos no mastro, visíveis em

todo o horizonte. Com seguimento, além dos dois faróis vermelhos no mastro, tem os faróis normais de navegação.

Navios com Capacidade de Manobra Reduzida Com excepção dos navios em operação de limpeza de minas e a dragar. Todos os navios com capacidade de manobra reduzida, utilizam verticalmente um

farol vermelho, um branco e novamente um vermelho, visíveis em todo o horizonte. O conjunto é colocado no mastro, à proa são colocados dois faróis de cada lado, com as cores dos bordos, visíveis em todo o horizonte.

Draga-minas em operação de rocega, utiliza três faróis verdes dispostos em

triângulo, um no topo do mastro e os outros dois, um de cada lado da verga, com o farol branco ao centro por debaixo do verde.

Navio Condicionado Pelo Seu Calado Todos os navios utilizam três faróis vermelhos no mastro, em posição vertical,

visíveis em todo o horizonte.

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Barco de Pilotos Colocam-se dois faróis no mastro, em posição vertical, um branco e por debaixo

um farol vermelho. Navio Fundeado Utiliza-se dois faróis brancos, um à proa e outro à popa, mais as luzes de

trabalho obrigatórias, visíveis em todo o horizonte. Navio Encalhado Utilizam-se dois faróis brancos, um à proa e outro à popa e mais dois vermelhos

dispostos verticalmente no mastro, visíveis em todo o horizonte.

BALÕES Os balões utilizam-se somente de dia. O sinal de reboque é utilizado pelo rebocador e pelo rebocado, o sinal tem o

formato de um balão bicónico preto e só é utilizado quando o reboque for superior a 200 metros.

Quando um navio está a navegar à vela e a motor, utiliza um balão triangular

cónico preto com o vértice invertido e é colocado à proa. Navios em faina de pesca, superiores a 20 metros, utiliza dois balões cónicos

pretos unidos pelos vértices. Quando inferior a 20 metros é içado um cesto. Ambos são colocados no mastro. Com excepção dos arrastões, todos os navios de pesca com comprimento superior

a 20 metros, com a arte de pesca estendida horizontalmente numa distância superior a 150 metros. É utilizado um cone de côr preto, com o vértice para cima deve ser colocado na direcção da arte de pesca.

Navio desgovernado utiliza dois balões esféricos pretos no mastro. Com ou sem

seguimento. Navio com capacidade de manobra reduzida, utiliza no mastro três balões,

verticalmente, dois esféricos intervalados por um bicónico. Os navios a dragar e em limpeza de minas não utilizam este sinal. Estes navios

usam três balões esféricos pretos na mesma posição que os faróis verdes.

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Navio condicionado pelo seu calado, utiliza um balão cilíndrico preto no mastro. Navio encalhado, utiliza três balões esféricos pretos dispostos verticalmente no

mastro.

SINAIS SONOROS EM CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE REDUZIDA

Além dos sinais sonoros que os navios devem emitir em condições de visibilidade reduzida, devem mostrar os faróis e balões prescritos pelas regras precedentes.

Navio de propulsão mecânica com seguimento lança um som prolongado com

intervalos que não ultrapassam 2 minutos. Sem seguimento, dois sons prolongados com intervalos não superiores a 2

minutos. (Intervalo entre os sons: cerca de 2 segundos). Navio à vela navegando, utiliza um som prolongado seguido de dois sons curtos,

com intervalos não superiores a dois minutos. Navio fundeado de comprimento inferior a 100 metros, utiliza um sino tocando

em cadência rápida durante 5 segundos, a intervalos não superiores a um minuto. Com comprimento superior ou igual a 100 metros. Sino a vante, tocando em cadência rápida durante 5 segundos, seguido de som do

tantã, a ré, tocando rapidamente durante 5 segundos. Todo o navio fundeado pode, além disso, emitir um som curto seguido de um

prolongado e um curto, para assinalar a sua posição a um navio que se aproxima. O Rebocador lança um som prolongado seguido de dois sons curtos, todos os dois

minutos. O Rebocado, ou o último navio rebocado, se tiver guarnição a bordo, um som

prolongado seguido de três sons curtos todos os 2 minutos, emitidos imediatamente depois do sinal do rebocador.

Os navios com capacidade de manobra reduzida emitem um som prolongado

seguido de dois sons curtos todos os dois minutos. Navio encalhado emite três toques de sino separados e distintos, imediatamente

antes e depois de um toque rápido do sino, minuto a minuto, acrescido do toque de tantã se o navio tiver comprimento igual ou superior a 100 metros.

Navio em faina de pesca emite um som prolongado seguido de dois sons curtos

todos os 2 minutos.

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Navio de comprimento inferior a 12 metros e embarcações de remos emite um sinal sonoro, por qualquer meio, todos os 2 minutos.

Barco dos pilotos, além dos sinais prescritos para navios de propulsão mecânica,

pode emitir um sinal de identificação, constituído por quatro sons curtos. • Som curto emitido por apito.

Sinal luminoso completando o sinal sonoro. Sinais sonoros e luminosos para navios à vista um do outro: • - Estou guinando para Estibordo; • • - Estou guinando para Bombordo; • • • - As minhas máquinas estão a trabalhar a ré; • • • • • - Não compreendo as intenções ou as manobras do

outro navio para evitar o abalroamento (pelo menos cinco sons curtos de apito e cinco relâmpagos curtos e rápidos).

Sinais sonoros - Navios à vista um do outro ultrapassando (canal estreito ou via

de acesso). —— —— • Tenciono ultrapassá-lo por Estibordo —— —— • • Tenciono ultrapassá-lo por Bombordo —— • —— • Pode passar Se o navio que está a ser alcançado tem dúvidas, pode emitir uma série rápida de

pelo menos cinco sons breves, completando eventualmente por sinal luminoso de , pelo menos, cinco relâmpagos curtos.

REGRAS DE MANOBRA E NAVEGAÇÃO

Todas as manobras decididas pela aplicação das regras devem ser executadas

francamente e com suficiente antecedência. Navios à vela recebendo o vento por bordos diferentes, o que recebe o vento por

bombordo deve desviar-se da rota do navio que recebe por estibordo. Navios à vela recebendo o vento pelo mesmo bordo, o que está a barlavento deve

desviar-se da rota do que está a sotavento. Navios de propulsão mecânica que se aproximam de roda a roda, ou quase de roda

a roda, com risco de abalroamento, ambos devem guinar para estibordo. Indicando a alteração de rumo emitindo um som curto por intermédio de apito ou sirene.

Navios de propulsão mecânica em rumos cruzados, o que vê o outro por estibordo deve afastar-se do caminho deste e evitar cortar-lhe a proa. O outro deve manter o rumo e velocidade.

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No entanto se o navio de estibordo verifica que o outro não manobra, pode manobrar. Ou se julgar que a manobra é insuficiente, deve manobrar, mas sem guinar para bombordo.

Navio de propulsão mecânica e navio à vela em rumos cruzados, com risco de

abalroamento, o navio de propulsão mecânica deve afastar-se do caminho do navio à vela, indicando que vai guinar para bombordo pela emissão de 2 sons curtos de apito ou sereia.

O navio à vela deve conservar a sua proa, podendo, na ausência de manobra apropriada pelo navio de propulsão mecânica, manobrar para evitar o abalroamento unicamente com a sua manobra.

Navio de propulsão mecânica navegando num canal estreito ou numa via de acesso

e navio à vela podendo manobrar. O navio à vela não deve dificultar a passagem do navio de propulsão mecânica, que

só pode navegar com segurança no canal ou via de acesso. A mesma regra é possível, se o navio à vela encontrar um navio de propulsão

mecânica de comprimento inferior a 20 metros. O navio que alcance outro para ré do través, deve desviar-se francamente do

caminho deste último; não deve tomar um caminho que obrigue o navio a manobrar para se afastar dele.

A manobra consiste em tomar um rumo paralelo ao outro navio e retomar o rumo primitivo quando todo o risco de colisão estiver afastado.

À noite o navio que alcança, vê o farol de popa e não vê qualquer dos seus faróis de borda.

Num canal durante a aproximação de uma curva, zona dum canal ou via de acesso

onde existam obstáculos que podem encobrir os outros navios aproximando-se em sentido inverso, um navio de propulsão mecânica deve emitir um som prolongado de apito ou sereia.

Todo o navio de propulsão mecânica que venha na sua direcção e que oiça o sinal do outro lado da curva, deve responder emitindo um som prolongado.

Deve-se passar uma curva com prudência e particular vigilância. Num canal estreito, um navio de propulsão mecânica de comprimento inferior a

20 metros, não deve dificultar a passagem dos navios que só podem navegar com segurança no interior do canal.

Todo o navio deve desviar-se do caminho do navio em faina de pesca. Excepto nos canais, os navios em faina de pesca não têm o direito de obstruir um

canal frequentado por outros navios que não sejam de pesca. A embarcação deve libertar o canal para deixar passar o navio.

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O navio emite com a sereia ou apito uma série rápida de pelo menos cinco sons curtos, eventualmente completados por um sinal luminoso de pelo menos cinco relâmpagos curtos e rápidos, se sente não estar assegurada a libertação do canal pela embarcação de pesca.

Se a colisão parece eminente, o navio deve manobrar, para evitar, parando ou invertendo o aparelho propulsor.

6ª Prova Vivência da Fé O - Saber manusear o Novo Testamento

O Novo Testamento contém os livros inspirados que nos narram a vida, doutrina e

obra de Cristo, Deus feito Homem. Entre esses livros ocupam o primeira lugar na ordem de importância os Evangelhos, enquanto são o principal testemunho da vida e doutrina do Verbo Encarnado. São de origem apostólica, porque foram pregados pelos apóstolos e escritos por eles e por varões apostólicos inspirados pelo Espírito Santo.

Os autores sagrados não tiveram a preocupação de nos dizer tudo o que havia sobre Jesus, mas o que Jesus fez e ensinou para a salvação do homem. Seleccionaram algumas coisas de entre as muitas transmitidas por palavra e por escrito, sintetizando uma e explicando outras à luz da Ressurreição e do Pentecostes, e segundo o estado das Igrejas; mas sempre de maneira a comunicar-nos, com sinceridade e verdade, o que diz respeito a Jesus Cristo. Além de estarem inspirados, “escreveram segundo a própria memória e recordação, baseados no testemunho daqueles que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra”.

Os outros livros do Novo Testamento confirmam a doutrina dos Evangelhos, explicam-no e desenvolvem-na, narram os começos da Igreja e sua difusão e anunciam a sua consumação gloriosa.

O Novo Testamento está dividido em três partes: a- Livros Históricos • Os Quatro Evangelhos - Narram-nos a vida e ensinamentos de Nosso

Senhor Jesus Cristo e são devidos às penas de Mateus, Marcos, Lucas e João, dos quais foram apóstolos, o primeiro e o último, e os outros dois, discípulos directos dos Apóstolos;

• Actos dos Apóstolos - Da autoria do evangelista Lucas, contam-nos os primeiros anos da pregação de Pedro e de Paulo.

b- Livros Didácticos • Epístolas de São Paulo - Uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma

aos Gálatas, uma aos Efésios, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filémon e a Epistola aos Hebreus;

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• Epístolas Católicas - Dirigidas a determinada comunidade ou pessoa particular, são: duas de São Pedro, três de São João Evangelista, uma de São Tiago e outra de São Judas Tadeu.

c- Livros Proféticos • Apocalipse - Escrito por São João Evangelista no seu desterro de

Patmos, nele se anuncia a vitória de Jesus Cristo sobre os Seus inimigos. Todos os livros do Novo Testamento, estão divididos em capítulos e, estes, em

versículos numerados. São divisões mais ou menos arbitrárias, e às vezes até fazendo violência ao próprio texto, introduzidas por copistas e editores, mas que têm a vantagem de permitir uma rápida localização e verificação das citações.

A título de exemplo, indicaremos algumas maneiras de citar o Novo Testamento: Mt 3, 12 lê-se: Evangelho segundo São Mateus, capítulo 3, versículo 12. 2 Cor 10, 8-12, 13 lê-se: 2ª Epístola de S. Paulo aos Coríntios, desde o capítulo

10, versículo 8, até ao capítulo 13, versículo 13.

7ª Prova Saúde O - Enuncia os principais componentes da botica de Frota

Podemos sempre improvisar ligaduras e pensos, mas é muito melhor dispor de equipamento apropriado. Estes materiais devem estar sempre em caixas estanques, limpas e secas. Não devem ser guardadas em ambientes húmidos.

A botica, deve ser devidamente identificada para melhor reconhecimento. Uma botica deve conter, pensos rápidos em embalagens individuais, pensos

médios esterilizados e não medicados, pensos grandes, pensos muito grandes, lenços triangulares, coberturas esterilizadas para um ferimento grande, alfinetes de segurança (dama), tesoura, pinça, espátulas de madeira, termómetro, algodão, betadine.

Podes apetrechar a botica, com mais materiais que entenderes que façam falta. Deves fazer uma listagem, de todos os materiais existentes na botica para uma

melhor orientação. O - Identificar os sintomas de estado de choque

O estado de choque é uma condição de fraqueza generalizada do corpo que resulta de uma lesão ou doença que tenha reduzido drasticamente o volume de sangue circulante no corpo, particularmente a nível do cérebro. Isto acontece porque o sangue que é desviado para os orgãos vitais é insuficiente para os manter fornecidos de oxigénio e a funcionar. É uma situação grave que pode tornar-se fatal mesmo quando as lesões tenham sido devidamente socorridas.

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Há muitas causas de estado de choque, mas elas situam-se em dois grupos principais. Primeiro, o coração pode falhar como bomba e, portanto, a pressão de sangue circulante baixa. Exemplos deste grupo incluem os efeitos de electrocussão, tromboses nos vasos coronários que alimentam o coração. No segundo, o volume de sangue circulante pode ser reduzido. Exemplos deste grupo englobam as perdas de sangue por hemorragias externas e internas, perdas de plasma por queimaduras graves, de água nos vómitos, diarreias, obstrução intestinal aguda. Neste grupo, as perdas determinam a redução do volume do sangue circulante e, portanto, o estado de choque.

A redução do volume de sangue circulante pode ocorrer também por aprisionamento de algum sangue sem perda efectiva ( choques séptico e anafiláctico).

O organismo reage ao estado de choque canalizando mais sangue para as artérias que irrigam os órgãos vitais (por exemplo, cérebro, coração e rins) em detrimento de tecidos menos importantes ( por exemplo, músculos e pele).

Uma dor aguda ou o medo, podem conduzir a um estado de choque especial ( neurogénico) ou agravar um estado de choque já existente tal como o faz a posição de pé.

Sintomas e Sinais À medida que o estado da vítima se agrava, os sintomas e sinais tornam-se mais

pronunciados. • A vítima sente-se fraca, a desmaiar; estonteada, ansiosa e inquieta. • A vítima pode sentir-se agoniada e vomitar. • A vítima pode sentir sede. • A pele torna-se pálida ou acinzentada (lábios), fria e húmida e pode começar a

suar cada vez mais. • Ventilação superficial e acelerada; a vítima pode bocejar e suspirar. • A pulsação acelera-se mas enfraquece, tornando-se, por vezes, irregular. • Pode sobrevir o estado de inconsciência. • Pode haver sinais de lesão associada, externa ou interna. Objectivo Assegurar um fornecimento adequado de sangue ao coração, pulmões e cérebro. Determinar a causa do choque e tentar anulá-la. Providenciar o transporte para o hospital. Socorro Não desloques desnecessariamente a vítima - pode agravar o seu estado.

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1. Sossega e conforta a vítima. Tenta remediar qualquer causa (hemorragia externa). Move a vítima só o estritamente necessário.

2. Se o seu estado permitir, deita a vítima de costas sobre um cobertor. Mantem-na de cabeça baixa e voltada para um dos lados (para não perturbar a irrigação sanguínea do cérebro e diminuir os perigos do vómito).

3. Levanta-lhe as pernas e mantem-nas apoiadas sobre roupa dobrada ou de qualquer outro modo apropriado. Se suspeitares de fracturas.

4. Desaperta quaisquer peças de roupa justas para facilitar a circulação e auxiliar a ventilação.

5.Abriga a vítima de temperaturas extremas. Mantem-na confortável. Tapa-a com um cobertor ou um casaco. Se a vítima se queixar de sede, humedece-lhe os lábios com água, mas não lhe dês de beber.

6.Socorre quaisquer outras lesões. 7. Verifica a ventilação, a pulsação e os níveis de consciência, de 10 em 10

minutos. 8. Se a ventilação da vítima se tornar difícil, se o vómito parecer eminente ou se

a vítima ficar inconsciente, coloca-a em Posição Lateral de Segurança. 9.Se a vítima ficar inconsciente, abre-lhe a via aérea e verifica se ventila. Se

necessário, executa a ressuscitação e coloca-a em Posição Lateral de Segurança. 10. Envia-a de imediato a vítima para o hospital. Transporta-a numa maca,

mantendo a posição adequada.

Nota: Sossega a vítima e fica sempre com ela. Não utilizes botijas de água quente: iria activar a irrigação da pele em prejuízo

dos orgãos vitais. Não ministres nada à vítima por via oral - vai impedir ou atrasar a subsequente

administração de um anestésico. Não deixes que a vítima fume.

8ª Prova Vida em Campo O - Saber cozinhar uma refeição em campo

Preparar uma refeição em campo, requer uma série de cuidados que deves ter em conta.

O lume da cozinha faz-se a sotavento, ou do lado para onde sopra o vento, de maneira que o fumo e faúlhas não sejam levados para as tendas.

Deve-se ter o maior cuidado com o asseio na cozinha, porque deixando-se restos no chão, as moscas acumulam-se e fácilmente envenenam os alimentos, que podem causar doenças perigosas.

Utiliza-se duas fossas, uma húmida e outra seca. São dois buracos com cerca de meio metro de profundidade e 20 cm de largura pelo menos. A boca da húmida cobre-se com uma camada de palha ou de erva, e toda a água gordurosa se lança nela através

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desta. A cobertura retém a gordura e evita que torne a terra impermeável. A erva ou palha deve queimar-se todos os dias e substituir-se.

Na fossa seca deita-se tudo o mais que se não possa queimar. As latas queimam-se primeiro e depois achatam-se a martelo, antes de se deitarem na fossa seca. Queima-se tudo quanto possível, senão a fossa seca enche-se num instante. O lixo cobre-se todos os dias com uma camada de terra.

Não levas para o campo uma cozinheira, nem lá terás a tua Mãe. Tu mesmo terás que preparar as tuas refeições. Ninguém te exige que saibas fazer bons acepipes, mas sim que sejas capaz de preparar um prato simples; batatas com bacalhau, arroz de chouriço, batatas com carne ou qualquer outro. Aprenderás também a fazer sopa. Não é difícil, mas exige um pouco de prática. Deves também saber fazer café, o chá e o cacau fazem-se quase da mesma maneira.

Passa de vez em quando pela tua cozinha e ajuda a tua Mãe a preparar as refeições. É a melhor maneira de aprenderes.

Depois aprende a assar a carne, a fabricar o pão e outros processos de cozinhar com o mínimo de esforço. A arte de acampar está em procurar o máximo de comodidade com as que a natureza nos oferece. E terás ocasião de ver que isto é muito importante no que se refere à cozinha em campo.

Deixo-te aqui dois pratos para cozinhares na tua próxima actividade,

experimenta e verás que é fácil.

Esparguete à Bolonhesa Ingredientes - para 10 pessoas - 850 g de esparguete; - sal e pimenta q.b.; - 1 kg de carne picada; - azeite; - 2 cebolas e 2 dentes de alho; - 1 cubo de caldo de galinha; - 0,5 l de polpa de tomate; - salsa. Receita Põe-se um tacho com água com sal ao lume, quando ferver deita-se o esparguete

e separa-se com um garfo para não colar. Quando voltar a ferver baixa-se o lume e deixa-se cozer.

Noutro tacho deita-se azeite suficiente para tapar o fundo, leva-se ao lume e deitam-se os alhos e as cebolas picadas, que se deixam refogar até a cebola ficar

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transparente. Junta-se o caldo de galinha, deixa-se derreter e adiciona-se a carne que se vai mexendo até estar toda frita.

Junta-se então a polpa de tomate, a salsa picada e um pouco de água, tempera-se de sal e pimenta, tapa-se o tacho, baixa-se o lume e deixa-se acabar de cozer a carne.

Quando a carne já estiver cozida, tira-se do lume, escorre-se a água do esparguete e serve-se!

Salada de Atum

Ingredientes - para 10 pessoas - 1kg de batatas; - 0,5 kg de cenouras; - 0,3 kg de ervilhas (lata); - 5 ovos; - Sal q.b.; - 1 frasco de maionese; - 800 g de atum em lata Receita Colocam-se os ovos em água fria com o sal e levam-se ao lume, quando ferver,

contar 12 min. e tirá-los da água. Entretanto coloca-se água a ferver temperada de sal noutro tacho. Descascam-

se as batatas e as cenouras e cortam-se em quadrados. Quando a água estiver a ferver, deitam-se as cenouras e 5 min. depois juntam-se as batatas. Quando estiverem cozidas, juntar as ervilhas, deixar levantar fervura e escorrer a água.

Deixa-se arrefecer um pouco e enfeita-se com os ovos cortados em quartos. Serve-se com um pouco de maionese. Bom Apetite e Boa Pesca.

9ª Prova Associação e Sociedade O - Realiza um trabalho com visita a uma estrutura de apoio náutico

Para saberes como funciona uma estrutura de apoio náutico, deves tomar

contacto com uma delas: Posto do Instituto de Socorros a Náufragos; Posto do I S N de apoio aos banhistas; Estaleiro Naval; Marina; Oficina de Reparação de Motores Marítimos; Escola Naval; Escola de Pesca; etc.. 10ª Prova Arte e Expressão

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O - Realiza o diário de bordo de um Cruzeiro

Realizar o diário de um cruzeiro, quando o mesmo não envolve embarcações, é de extrema importância para a secção. O registo diário da actividade, traz uma grande riqueza de acontecimentos que muitas das vezes passam despercebidos e, que são de grande utilidade para que as próximas actividades possam ser melhoradas.

Para o realizares, deves munir-te de um pequeno caderno de apontamentos e registares todos os acontecimentos, no final da actividade recolhes todos os apontamentos e fazes um relatório minucioso sobre a actividade.

Se o Cruzeiro envolver embarcações, existe a bordo de cada uma delas o Diário

de Bordo, e é nele que deves apontar todos os acontecimentos e manobras que realizarem.

O Livro de Bordo, pertence à embarcação (e não à Tripulação) e tem que estar sempre na embarcação. Principalmente quando esta se encontra a navegar. O inventário e o caderno de instruções acompanha-o, bem como as cartas de navegação local.

O Livro de Bordo é para ser escrito durante a navegação, é um Documento Oficial que em caso de acidente ou avaria, serve de base para inquérito e todas as decisões por parte das autoridades marítimas. È um documento sério.

No lugar próprio colocar, as indicações precisas e técnicas, em linguagem marítima para dar conhecimento das condições exteriores da embarcação - posição da embarcação, bem como os elementos de navegação e as posições sucessivas sobre a água.

O Livro de Bordo, está de tal modo concebido que um indivíduo em terra e com uma carta de navegação pode traçar a rota com extrema precisão, sem ter participado no Cruzeiro.

Deves escrever apenas com esferográfica e de uma só cor. Não escrever com canetas de feltro, lápis ou marcadores.

É necessário apontar na página esquerda, todas as situações, (pelo menos de hora a hora) mesmo quando não se conseguir obter a estima (nevoeiro).

Mesmo parado no porto é necessário anotar as condições meteorológicas. Deves anotar os seguintes elementos: - Pressão atmosférica (barómetro); - Visibilidade (boa, média, medíocre, má, chuva, granizo, nevoeiro. È bom

marcar no livro o número de milhas, em que se apanhou mau tempo); - Rota ( indicar a direcção da embarcação que se lê na bússola, em graus); - Direcção do vento (indicar a estima da direcção do vento em graus;

- Velocidade ( anotar o número de milhas e, ou velocidade durante a hora precedente em nós);

- Posição (a todas as horas marcar a posição e todas as alterações à rota);

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À vista de terra: indicar as conhecenças a partir da embarcação, sobre a carta, azimute, o nome da conhecença e a distância em milhas (030º / Forte Areeiro / 0,5 M) encontramo-nos junto do Forte Areeiro, a bússola indica-nos a 030º e estimamos a distância em 0,5 M.

Ao largo, sem bruma e com visibilidade de terra indicamos a latitude e longitude. Posição da embarcação do Chefe de Frota Observações - Por exemplo: A partida e chegada; as viragens de bordo, as

marcações da bússola, as trocas de vela, a evolução do tempo, se o vento está estável, refregas, os conselhos do chefe de Frota.

Os momentos chave da navegação: perder de vista a terra, os reencontros com a mesma, as questões ou problemas a haver com os comentários de navegação etc..

Regras de Segurança Antes de Partir Escutar a meteorologia e escrever na folha “METEO”. Anotar o programa previsto. Equipamento, qualquer que seja o tempo levar sempre Chapéu, calças, camisola,

lanterna estanque, água potável, comida, colete de salvação, etc.. Verificar o aparelho da embarcação, com a lista do inventário da mesma. Embarcação limpa e arrumada. Na água Colete bem fixo. Navegar em Frota, bem agrupados. É a embarcação do Chefe de Frota que em

último caso decide a rota a seguir. Em caso de problemas, içar rápidamente no mastro a bandeira Óscar. Todas as

embarcações terão que ir ver o que se passa. Se uma embarcação deixa a Frota e, dirige-se para a praia mais próxima, deve

telefonar para um dirigente em terra e seguir as instruções do Chefe de Frota ou do dirigente em terra.

Se for apanhado por uma corrente e, não conseguir sair dela, deve lançar ferro e pedir ajuda, atenção é uma manobra perigosa.

Se encalharem e não puderem descer a terra, devem esperar por instruções dentro da embarcação.

Nunca perturbar o trabalho dos pescadores, mesmo quando estão a motor, é obrigatório a alteração da rota.

No Regresso

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Verificar o aparelho da embarcação com o inventário. Embarcação limpa e arrumada. Importante Coordenação dos serviços de segurança da região onde navegas. Em caso de extrema urgência, somente se nenhum dirigente em terra te atender

é que deves contactar: - Instituto dos Socorros a Náufragos; - Capitania do Porto ou Delegação Marítima; - Policia Marítima; - Clubes Náuticos; - Serviços Centrais do C.N.E.