Conceitos Em Biossegurança

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UNIDADE – CABO FRIO BIOSSEGURANÇA CONCEITOS E EXEMPLIFICAÇÕES Descontaminação: remoção ou neutralização de agentes contaminantes por métodos quimiomecânicos, tornando-os mais seguros de serem manuseados ou tocados. É o que se faz quando se lava estes objetos com água, sabão e escova. Em aterros sanitários que fazem a descontaminação em embalagens, a lavagem pode ser realizada com vapor d'água antes do material ser encaminhado ao processo de reciclagem. Desinfecção: É o processo de eliminação de microrganismos patogênicos, existentes em superfícies inanimadas, mediante a aplicação de agentes químicos (desinfetantes) e/ou físicos (autoclave). Desinfetantes químicos: A sua concentração não pode ser tóxica para as células . São exemplos o álcool etílico (70º), peróxido de hidrogênio (10 volumes), eosina (para Gram -positivos), permanganato de potássio , hipoclorito de sódio (0,48%) e iodopovidona (derivado do iodo , altamente eficaz, exceto no caso da hepatite B ). Desinfetantes de instrumentos: Como por exemplo os aldeídos, usados em estetoscópios e termômetros, o hipoclorito de sódio, usado só em material não oxidável, como as pinças e tesouras, ou o óxido de etileno, que em mistura com o Co² é usado em câmaras, esterilizando tudo o que seja sensível à temperatura (batas, toucas, material descartável,etc.). Desinfestação: ação de extermínio de animais macroscópicos que possam vir a se transformar em transmissores para o homem ou ambientes. Ex. roedores (ex. ratos), insetos (ex, moscas, mosquitos, baratas), aracnídeos (ex, aranhas e escorpiões), etc. Esterilização: é a retirada total de condições de reprodução da vida, seja a que nível for. Assim, o processo de esterilização compreende aquela realizada em materiais cirúrgicos que serão

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UNIDADE – CABO FRIO

BIOSSEGURANÇA

CONCEITOS E EXEMPLIFICAÇÕES

Descontaminação: remoção ou neutralização de agentes contaminantes por métodos quimiomecânicos, tornando-os mais seguros de serem manuseados ou tocados. É o que se faz quando se lava estes objetos com água, sabão e escova.

Em aterros sanitários que fazem a descontaminação em embalagens, a lavagem pode ser realizada com vapor d'água antes do material ser encaminhado ao processo de reciclagem.

Desinfecção: É o processo de eliminação de microrganismos patogênicos, existentes em superfícies inanimadas, mediante a aplicação de agentes químicos (desinfetantes) e/ou físicos (autoclave).

Desinfetantes químicos:

A sua concentração não pode ser tóxica para as células. São exemplos o álcool etílico (70º), peróxido de hidrogênio (10 volumes), eosina (para Gram-positivos), permanganato de potássio, hipoclorito de sódio (0,48%) e iodopovidona (derivado do iodo, altamente eficaz, exceto no caso da hepatite B).

Desinfetantes de instrumentos: Como por exemplo os aldeídos, usados em estetoscópios e termômetros, o hipoclorito de sódio, usado só em material não oxidável, como as pinças e tesouras, ou o óxido de etileno, que em mistura com o Co² é usado em câmaras, esterilizando tudo o que seja sensível à temperatura (batas, toucas, material descartável,etc.).

Desinfestação: ação de extermínio de animais macroscópicos que possam vir a se transformar em transmissores para o homem ou ambientes. Ex. roedores (ex. ratos), insetos (ex, moscas, mosquitos, baratas), aracnídeos (ex, aranhas e escorpiões), etc.

Esterilização: é a retirada total de condições de reprodução da vida, seja a que nível for. Assim, o processo de esterilização compreende aquela realizada em materiais cirúrgicos que serão utilizados em seres humanos pelo médico ou em animais pelo veterinário.

Ex.: Desde os primeiros meses de vida, mesmo estando em nossas casas onde pensamos ser a “fortaleza contra bactérias”, é imprescindível ter cuidados para que elas não se tornem uma dor de cabeça (afinal elas estão em todo lugar), para isso a esterilização de chupetas e mamadeiras é tão importante já que a má higienização e esterilização dos bicos artificiais podem trazer sapinho, infecções do sistema digestivo e diarréias devido ao sistema imunológico imaturo do bebê.

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BIOSSEGURANÇAInfecção cruzada: é a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento contaminado.

Exemplo: Compartilhamento por material de manicure, odontológico e tatuagens sem a devida esterilização.

Infecção endógena: é um processo infeccioso decorrente da ação de microrganismos já existentes no nosso organismo (Micro Biota Normal do Corpo Humano – MNCH). Medidas terapêuticas que reduzem a resistência do indivíduo facilitam a multiplicação de bactéria em seu interior, por isso é muito importante, a anti-sepsia pré-cirúrgica.

Exemplo: O Lupus é uma doença autoimune do tecido conjuntivo, onde o sistema imune ataca as próprias células e tecidos do corpo, resultando em inflamação e dano tecidual.

Infecção exógena: é aquela causada por microrganismos estranhos ao paciente. Para impedir essa infecção, que pode ser gravíssima, os instrumentos e demais elementos que serão utilizados no paciente, devem estar estéreis. É importante, que barreiras sejam colocadas para impedir que instrumentos estéreis sejam contaminados, pois não basta um determinado instrumento ter sido esterilizado, é importante que em seu manuseio até o uso ele não se contamine. A infecção exógena significa um rompimento da cadeia asséptica, o que é muito grave, pois, dependendo da natureza dos microrganismos envolvidos, a infecção exógena pode ser fatal, como é o caso da AIDS, Hepatite B e C.

Infecção Nosocominal ou Infecção hospitalar: Também conhecida como infecção hospitalar, é qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia.

Infecção Comunitária: É a infecção presente ou em incubação no ato de admissão do paciente no hospital, desde que não relacionada com internamento anterior no mesmo hospital.

São também comunitárias: 1. As infecções associadas a complicações ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismo ou sinais ou sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova infecção. 2. Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (ex: Herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS)”. Adicionalmente, são também consideradas comunitárias todas as infecções de recém-nascidos associadas com ruptura da bolsa amniótica superior a 24 horas.

Infecção: é a simples colonização. Quando esta agride o organismo caracteriza-se como doença infecciosa. Infecção é algo irregularmente acontecido por ter RNA junto ao ribossomo viral.

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BIOSSEGURANÇAProcedimento crítico: é todo procedimento em que existe a presença de secreção como sangue, pus ou matéria contaminada pela perda de continuidade. A área médica por lidar com instrumentos de corte ou ponta, lidam a todo momento com este tipo de procedimento.

Procedimento semicrítico: todo procedimento em que existe a presença de secreção orgânica (saliva) sem perda de continuidade do tecido.

Exemplo: material para exame clínico (pinça, sonda e espelho). Outro exemplo: bolha de pus ou de sangue ainda não rompidas.

Procedimento não-crítico: todo procedimento onde não há presença de sangue, pus ou outra secreção orgânica.

Exemplo: medição da temperatura – utilização do termômetro.

Bibliografia: "Manual técnico de biossegurança e controle de infecção cruzada"