Comunicação Oral

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A Farsa de Inês Pereira Comunicação Oral Apresentação da Obra: A Farsa de Inês Pereira é o desenvolvimento dramático (numa peça de teatro) do provérbio popular “Mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube”. Gil Vicente pôs em cena as personagens que desempenhavam os elementos deste dito popular: “Mais quero ASNO que ME leve, que CAVALO que ME derrube” Inês, Pêro Marques e o Escudeiro são as personagens principais no decorrer da história. No entanto existem também outras personagens: Lianor Vaz, que apoia Pêro Marques e os judeus casamenteiros (Vidal e Latão) que apoiam o Escudeiro. Existem ainda a Mãe de Inês Pereira, o moço (o empregado do escudeiro), a Luzia e o Fernando (amigos de Inês Pereira) e o Ermitão. Toda a peça gira à volta da personagem principal Inês Pereira que nunca sai de cena. As didascálicas são escassas, não há mudança de cenário e a mudança de cena é só marcada pela entrada ou saída de personagens. Todas as personagens desta farsa visam a crítica social, por isso são chamadas personagens tipo. Resumo da História: Escola Secundária Braamcamp Freire Pêro Inês Inês Escudei

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As Farsas de Inês Pereira

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A Farsa de Inês PereiraComunicação Oral

Apresentação da Obra:

A Farsa de Inês Pereira é o desenvolvimento dramático (numa peça de teatro) do provérbio popular “Mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube”.Gil Vicente pôs em cena as personagens que desempenhavam os elementos deste dito popular:

“Mais quero ASNO que ME leve, que CAVALO que ME derrube”

Inês, Pêro Marques e o Escudeiro são as personagens principais no decorrer da história.No entanto existem também outras personagens: Lianor Vaz, que apoia Pêro Marques e os judeus casamenteiros (Vidal e Latão) que apoiam o Escudeiro.Existem ainda a Mãe de Inês Pereira, o moço (o empregado do escudeiro), a Luzia e o Fernando (amigos de Inês Pereira) e o Ermitão.

Toda a peça gira à volta da personagem principal Inês Pereira que nunca sai de cena. As didascálicas são escassas, não há mudança de cenário e a mudança de cena é só marcada pela entrada ou saída de personagens.Todas as personagens desta farsa visam a crítica social, por isso são chamadas personagens tipo.

Resumo da História:

A história fala de Inês Pereira, uma mulher preguiçosa e simples, mas com grande ambição na procura de um marido que seja astuto e sedutor que lhe proporcione uma vida alegre e divertida, porque se sente sozinha, passando os dias fechados em casa, a fazer vários ofícios da lida da casa.

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Pêro Marques

Inês Pereira

Inês PereiraEscudeiro

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A mãe de Inês, preocupada com a educação da sua filha e com o seu casamento, incita-a a casar com Pêro Marques, pretendente arranjado por Lianor Vaz. No entanto o lavrador não agrada a Inês Pereira, por ser ignorante e inculto.Ela recusa-o pois pretende alguém que demonstre alguma delicadeza e saiba combater, fazer versos, cantar e dançar… Alguém como Brás da Mata (Escudeiro), o segundo pretendente, que lhe é trazido pelos Judeus Casamenteiros, um pouco menos sinceros e bem-intencionados do que Lianor Vaz. Acaba por casar com o Escudeiro que não a deixava ter liberdade. Inês Pereira não podia sair de casa sem ele, tinha que fazer sempre o que o marido mandasse e ele tinha de ter sempre razão.

Entretanto, o Brás da Mata parte em missão para África mas deixa o moço (seu empregado) a vigiar Inês para esta não poder sair de casa.O Escudeiro acaba por ser morto por um mouro em terras de África e Inês não tarda em querer casar de novo. É nesse mesmo dia que recebe a notícia que Pêro Marques continua livre para casar com ela e assim se casam.Já no final da história aparece um Ermitão, e Inês Pereira é levada ao colo por Pêro Marques para ir ter com o monge, que acaba por se tornar seu amante.

O ditado “mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube”, não podia ser melhor representado do que na última cena da obra quando o marido a carrega em ombros até ao amante, e ainda canta com ela “assim são as coisas”.

Personagens:

Inês Pereira: Como já vimos, é a personagem fundamental da farsa.A primeira Inês solteira é preguiçosa, divertida e alegre, um pouco desatenta e teimosa. Mas, por outro lado, não exige luxos nem riquezas.Quere um homem que lhe proporcione uma vida alegre e divertida, porque se sente sozinha. A segunda Inês estranhava as imposições do marido (Escudeiro), mas estava pronta a ser-lhe fiel e a obedecer-lhe.A terceira Inês, a de Pêro Marques, é uma mulher que resulta das transformações provocadas pelo comportamento desumano, desleal e cínico do Escudeiro, que por isso já não acreditava no amor nem nos homens. O seu desejo de vingança transforma Pêro Marques num

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imbecil quase irreal.Porém a sua atitude é justificável: ela porta-se mal com o Pêro Marques porque sofreu bastante com o casamento com o Escudeiro.

Pêro Marques: Com a sua ingenuidade não é só um ser feliz, mas também espalha felicidade à sua volta.Apesar de ser ridicularizado por Inês, ele casa-se com ela e deixa que ela o maltrate e o traía com o Ermitão.

Escudeiro: Preocupado em encontrar uma esposa, finge e engana, criando uma imagem de "boa pessoa" que depois se revela um tirano. Deixa Inês presa na sua casa mas ele acaba por ser morto.

Cómico:

Cómico de Linguagem e cómico de Situação… (vamos ler uma passagem do livro)

Objetivo da crítica vicentina

A mentalidade das jovens raparigas; Os escudeiros galantes e valentões; A ingenuidade de Pêro Marques; As alcoviteiras e os judeus casamenteiros; Os casamentos por conveniência; Os clérigos e os Ermitões.

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