Civil 07

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI ANDERSON SEBASTIÃO PIRES PLANEJAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS RODOANEL – TRECHO SUL – LOTE 4 SÃO PAULO 2007

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

ANDERSON SEBASTIÃO PIRES

PLANEJAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS RODOANEL – TRECHO SUL – LOTE 4

SÃO PAULO 2007

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Orientador: Prof. MSc. Célio Daroncho

ANDERSON SEBASTIÃO PIRES

PLANEJAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS RODOANEL – TRECHO SUL – LOTE 4

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi

SÃO PAULO 2007

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1

Trabalho___________________em:____de_____________________de 2007

_____________________________

Prof. MSc. Eng. Célio Daroncho

_____________________________

Prof. MSc. Eng. Nicholas Carbone

Comentários:_________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

ANDERSON SEBASTIÃO PIRES

PLANEJAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS RODOANEL – TRECHO SUL – LOTE 4

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi.

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Dedico esse trabalho aos Operários da construção,

que com sua simplicidade e conhecimento

junto aos Engenheiros transformam nossos projetos em

realidade, no mundo da construção civil.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à família, amigos e colegas de trabalho que participaram dessa longa

caminhada e compreenderam a minha ausência durante o curso e me apoiaram nos

momentos mais difíceis. Ao meu orientador Prof. MSc. Célio Daroncho pela

orientação neste trabalho. E não menos importante aos mestres que com sua

persistência e boa vontade me deram condições de preparar este trabalho e me

prepararam para o mercado de trabalho.

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RESUMO Diante de um mercado altamente competitivo na construção civil, mais especificamente na construção civil pesada, a execução de rodovias, caracterizada pelo emprego de equipamentos de produção em larga escala, requer um planejamento adequado destes recursos, a fim de gerar um custo-benefício adequado à orçamentos cada vez mais enxutos, evitando-se, desta maneira, ociosidades e desperdícios que onerem o empreendimento. Este trabalho apresenta as técnicas utilizadas para a elaboração do planejamento de obras rodoviárias e suas aplicações. No decorrer do trabalho são demonstradas as principais características do planejamento para execução de rodovias, onde o dimensionamento das atividades que compõe o escopo do empreendimento depende de fatores como: volumes movimentados; prazo de execução, muitas vezes relacionado a critérios de desembolso do cliente; características dos equipamentos que compõem as equipes; distância ideal de trabalho; condições climáticas; além das condições regionais que afetem a jornada de trabalho. O estudo de caso deste trabalho apresenta a execução do planejamento do lote 4 do Rodoanel considerando a linearidade e a repetitividade dos serviços para o dimensionamento de equipamentos e a quantidade de frentes de serviço. Para uma melhor distribuição dos serviços o lote foi dividido em 3 segmentos, possibilitando um estudo minucioso de cada segmento e suas particularidades. Analisando os caminhos críticos, as interferências, as dependências entre uma etapa e outra foi possível elaborar o planejamento proposto. Palavras Chave: Planejamento. Rodovias.

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ABSTRACT In the face of an extremely competitive market at civil construction area, most specifically at heavy constructions, highway execution, characterized by the use of large scale production equipment, needs a proper planning of these resources, for a shorter cost, avoiding wastes that may make the business become expensive. This work presents the techniques used in the planning elaboration in highways works and their applications. During this work, will be show the most important highways work’s planning characteristics, where the activities quantities calculation that compose the business depends of many factors: moved volumes; execution period, many times related to the client’s disbursement; equipment characteristics that compose the teams; climatic conditions; add to that, there is the regional conditions that may affect the day’s work. The case research of this work shows the planning execution of the lot 4 from the Rodoanel, considering the linearity and the service’s repetition for the equipment quantities calculation and the quantities of work fronts. For a better work distribution, the lot was divided in 3 parts, to make enable a detailed study of each part and their peculiarity. Analyzing the critic ways, the interventions, the subordinations between one stage and another, was possible to make the proposed planning.

key words: Planning. Highway

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Perfil longitudinal da demonstrando os patamares de execução .............18

Figura 2 – Ilustração de OAE (à esquerda), e obra de arte corrente.........................18

Figura 3 – Diagrama do MPL ....................................................................................28

Figura 4 – Tipos de ligações entre as atividades ......................................................30

Figura 5 – Alternativa de programação de uma obra repetitiva.................................31

Figura 6 – Ilustração da implantação do Rodoanel Mario Covas ..............................32

Figura 7 – Cronograma físico preliminar. ..................................................................36

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Volumes de Terraplenagem .....................................................................34

Tabela 2 – Tipos de pavimento e participação do volume total.................................34

Tabela 3 – Descrição dos Lotes do Rodoanel Trecho Sul ........................................35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CPM – Método do Caminho Crítico

DERSA – Desenvolvimento Rodoviário S.A.

MPL – Método de Programação Linear

OAC – Obra de Arte Corrente

OAE – Obra de Arte Especial

PDM – Método do Diagrama de Precedências

PI – Passagem Inferior

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................11

2 OBJETIVOS.......................................................................................................12

2.1 Objetivo Geral ...........................................................................................................12

2.2 Objetivo Específico .................................................................................................12

3 MÉTODO DE TRABALHO ................................................................................13

4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................14

5 CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS RODOVIÁRIAS ........................................15

5.1 Obras de Desenvolvimento Linear .....................................................................15

5.2 A linearidade das Obras Rodoviárias ................................................................16

5.3 A repetitividade dos Serviços por Trechos ......................................................17

5.4 Obras de arte ............................................................................................................18

5.5 Equipamentos...........................................................................................................19 5.5.1 Custo dos Equipamentos .................................................................................20

5.5.2 A importância do Nivelamento do Uso dos Equipamentos.........................20

5.6 Fator Climático .........................................................................................................22

6 PLANEJAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS ...............................................24

6.1 Técnicas de Programação de Obras ..................................................................24

6.2 Técnicas de Planejamento de Rodovias ...........................................................26 6.2.1 Método de Linha de Balanço ...........................................................................26

6.2.2 Método de Programação Linear ......................................................................27

6.2.3 Método do Gráfico de Barras...........................................................................28

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6.2.4 Método de Rede CPM.......................................................................................29

7 ESTUDO DE CASO – RODOANEL MÁRIO COVAS LOTE 4 ..........................32

7.1 Dados da Obra..........................................................................................................32 7.1.1 Prazo da obra .....................................................................................................35

7.1.2 Implantação da Obra.........................................................................................37

7.2 Planejamento da Obra ............................................................................................37 7.2.1 Distribuição dos serviços ..................................................................................37

7.2.2 Acessos e plano viário de serviços.................................................................38

7.3 Dimensionamento de equipamentos e frentes de serviço...........................38 7.3.1 Serviços preliminares ........................................................................................39

7.3.2 Desmatamento e Terraplenagem ...................................................................41

7.3.3 Drenagem e obras de arte correntes..............................................................42

7.3.4 Pavimentação .....................................................................................................42

7.3.5 Obras de arte especiais ....................................................................................45

7.3.6 Sinalização e elementos de segurança. ........................................................47

8 CONCLUSÃO ....................................................................................................48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................50

ANEXOS ...................................................................................................................51

ANEXO A – Fluxograma das equipes de desmatamento e terraplenagem .........52

ANEXO B – Fluxograma das equipes de pavimentação flexível ............................53

ANEXO C – Fluxograma das equipes de pavimentação rígida ...............................54

ANEXO D – Quadro de identificação e características de OAE ..............................55

ANEXO E – Cronograma físico tipo: Tempo x Caminho...........................................56

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1 INTRODUÇÃO

As rodovias constituem um dos principais elos de ligação de infra-estrutura para o

desenvolvimento dos países. No Brasil, considerando suas dimensões continentais e

pelo uso intenso do transporte por rodovias, as mesmas se tornam extremamente

importantes para a economia do país.

O atual estado da malha rodoviária brasileira, juntamente com o crescimento

constante da frota de veículos, exige investimentos emergenciais nesta infra-

estrutura.

Os investimentos nesta infra-estrutura são realizados com recursos do poder público

e da participação da iniciativa privada utilizando os recursos do sistema de

concessão. A concorrência do mercado exige das empresas de construção um

minucioso estudo e planejamento da obra.

O planejamento das obras rodoviárias se torna extremamente importante nessa

concorrência entre empresas de construção, o estudo e planejamento da obra

contribui para a obtenção do menor custo da rodovia reduzindo os riscos de

engenharia, traçando prazos mais curtos de execução e um melhor aproveitamento

do uso de equipamentos, fortemente presentes em todas as etapas de construção e

manutenção de obras rodoviárias.

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2 OBJETIVOS

Este estudo visa demonstrar como foi realizado o planejamento do Rodoanel Lote 4

e tem os seguintes objetivos:

2.1 Objetivo Geral

Demonstrar a importância e os resultados do planejamento em uma obra de rodovia

com todos os segmentos de construção, desmatamento, terraplenagem, drenagem,

pavimentação, obras de arte especiais e sinalização.

2.2 Objetivo Específico

Analisar o funcionamento do Planejamento em construção de rodovias,

demonstrando as contribuições para a melhoria da qualidade do processo de

construção, analisando as obras de rodovias com suas características, enfatizando a

linearidade dos serviços e considerando a repetitividade dos serviços para o

dimensionamento de equipes de trabalho e dimensionamento de equipamentos,

visando o atendimento pleno das necessidades do projeto e a estruturação

adequada da obra.

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3 MÉTODO DE TRABALHO

O presente estudo se baseia em referências bibliográficas, em análises de leis e

normas relacionadas ao tema, publicações técnicas, pesquisas em sites, notas

pessoais de treinamentos e rotinas de trabalho, entrevistas com funcionários da

Construtora Camargo Corrêa, relatórios técnicos de planejamento da obra, visitas

técnicas, e ao estudo de caso apresentado.

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4 JUSTIFICATIVA

Nas construções de rodovias, assim como em outras obras, o planejamento

adequado é a base prioritária para uma execução com baixo custo, menor impacto

ambiental e redução no tempo de execução.

As obras rodoviárias sejam elas concessões ou rodovias estaduais ou federais, são

licitadas e o baixo custo estabelecido pelos órgãos para a execução, obrigam as

empreiteiras a elaborar um planejamento estratégico minucioso para cada trecho da

obra. O planejamento visa reduzir os prazos e os custos diretos e indiretos da obra,

utilizando todos os recursos disponíveis para executar serviços em diversas frentes,

reduzindo o tempo de execução e a ociosidade dos equipamentos.

O planejamento permite analisar a antecipação de tarefas e a execução de tarefas

paralelas, prevê a demanda de recursos, ações e todas as demais variáveis durante

a execução do projeto.

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5 CARACTERÍSTICAS DAS OBRAS RODOVIÁRIAS

As obras de rodovias são planejadas de forma detalhada, analisando suas

características, considerando as interferências de cada trecho da rodovia, sua

linearidade e repetitividade.

5.1 Obras de Desenvolvimento Linear

Para INSFRÁN (2001) em geral são consideradas obras de desenvolvimento

linear, aquelas que possuem atividades que se repetem, com uma mesma

seqüência, em diferentes trechos ou setores em que estas obras são

subdivididas. Nesses trechos, as atividades são executadas de forma consecutiva

pelas mesmas equipes. Entre as obras que possuem estas características estão

às estradas, os túneis, as linhas de tubulações, os conjuntos habitacionais, e os

edifícios com múltiplos pavimentos tipos, entre outras.

Para VORSTER e BAFNA (1992) apud INSFRÁN, (2001) as obras denominadas

lineares podem ser divididas em duas categorias: as que são lineares devido à

repetição uniforme de uma rede unitária por toda a obra; e as que são

caracterizadas por operações repetitivas em uma única obra, que são lineares

devido à geometria das mesmas, porém as repetições ocorrem através de ciclos

diferentes conforme sejam os volumes de serviços em cada trecho ou setor.

As obras da primeira categoria possuem ciclos iguais e estão constituídas por um

conjunto de unidades, trechos ou setores com o mesmo padrão, que são

representadas por redes típicas, que se repetem durante toda a obra. As

atividades similares, que integram as unidades ou setores, são executadas por

equipes constantes, possuem quantidades de trabalho equivalentes, e

conseqüentemente tem durações ou se repetem através de ciclos iguais. Como

exemplo desta categoria pode citar-se, os conjuntos habitacionais com unidades de

uma mesma tipologia, e os pavimentos tipo dos edifícios de múltiplos pavimentos

(VORSTER e BAFNA, 1992 apud INSFRÁN, 2001).

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As obras que fazem parte da segunda classificação podem ser consideradas como

sendo de ciclos diferentes em função das quantidades de trabalho diferenciadas nas

atividades similares, alem de possuírem algumas atividades não repetitivas, nos

diversos trechos ou setores, motivos pelos quais não podem ser caracterizadas pela

repetição uniforme de uma rede unitária em cada unidade ou setor (VORSTER e

BAFNA, 1992 apud INSFRÁN, 2001).

Um exemplo desta segunda categoria são as estradas, que em cada trecho ou

setor possuem algumas atividades repetitivas com durações diferenciadas, em

função às quantidades variáveis de trabalho nos mesmos, e por possuir em

diversos locais, atividades não repetitivas, como os bueiros, por exemplo, que não

fazem parte de uma mesma rede unitária, e que podem ou não depender das

atividades repetitivas, e vice versa, para sua execução. Freqüentemente a execução

da limpeza da faixa de domínio e o movimento de solo, são atividades repetitivas

com durações diferenciadas. A primeira por causa da variação no material a ser

removido, e a segunda, face aos diferentes volumes de corte e aterro a cada seção

(VORSTER e BAFNA, 1992 apud INSFRÁN, 2001).

Essa classificação de obras lineares é importante para poder escolher as técnicas

mais adequadas para o planejamento das mesmas.

5.2 A linearidade das Obras Rodoviárias

Para VORSTER e BAFNA (1992) apud INSFRÁN, (2001), as obras de rodovias

são caracterizadas por terem operações repetitivas e são lineares, em função ao

layout geométrico das mesmas, onde as atividades que a compõem se

desenvolvem avançando de maneira contínua e seqüencial ao longo da mesma.

Neste tipo de obras, se podem distinguir dois tipos de atividades: As do primeiro

tipo são as atividades que se estendem de um extremo a outro da obra, razão

pela qual podem ser denominadas atividades contínuas. No segundo tipo, estão

as atividades que se desenvolvem em setores localizados da obra, podendo

denominar-se como atividades isoladas. Quase sempre as contínuas constituem-

se nas principais atividades da obra, considerando que determinam o ritmo e

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prazo da mesma e que usualmente utilizam mais recursos do que as isoladas.

Podem existir casos em que as atividades contínuas são relegadas a um

segundo plano, em função à quantidade e magnitude das obras de arte que a

obra possa ter, mas são exceções. Neste caso, as obras isoladas terão seu

planejamento específico sendo consideradas para a programação da rodovia,

como uma atividade não repetitiva que se insere junto às atividades contínuas

(VORSTER e BAFNA, 1992 apud INSFRÁN, 2001).

As principais atividades contínuas, que normalmente estão presentes em todas

as obras de rodovias são: a limpeza da faixa de domínio, o movimento de solo ou

terraplenagem, a sub-base, a base, e o revestimento. Entre estas, se destaca a

atividade de terraplenagem, que na maioria dos casos, é a que dita o ritmo da obra,

pelo fato de movimentar grandes volumes de solo, e especialmente, por sofrer mais

a influência dos fatores climáticos. Constituem-se atividades isoladas, as obras-de-

arte e as de drenagem, que são construídas em um ou em vários trechos. Entre as

usuais podemos citar os diferentes tipos de bueiros, pontes, muros de arrimo,

drenos, e outras. Também serão consideradas como isoladas outras atividades que

tem seu desenvolvimento em locais específicos da obra, como, por exemplo, a

remoção de solos brejosos e rochas (VORSTER e BAFNA, 1992 apud INSFRÁN,

2001).

5.3 A repetitividade dos Serviços por Trechos

Segundo ISFRÁN (2001) as atividades que compõem as obras de rodovias são

executadas por "pistas" ou frentes de serviço, e a extensão destas geralmente é

função do número e tipo de equipamentos que compõem as equipes, da distância

ideal para trabalho dos mesmos, das condições do tempo, das características de

trabalho do pessoal de campo, dos volumes a movimentar e das condições do local.

Estas atividades, em geral vão sendo executadas em vários patamares,

correspondendo ao maior avanço na execução às atividades situadas nas primeiras

camadas da estrada, conforme ilustrado na Figura 1. O que possibilita dispor de

trechos prontos para a execução das atividades situadas nas camadas superiores, de

maneira a manter a continuidade do trabalho de todas as equipes (INSFRÁN, 2001).

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Figura 1 – Perfil longitudinal da demonstrando os patamares de execução. (INSFRÁN, 2001)

As obras de estradas, sendo de natureza linear, de uma maneira geral são

executadas através de frentes de serviço, primeiro, iniciando-se em uma extremidade

da obra e avançando em direção à outra, onde entre as atividades seqüenciais são

mantidos trechos ou frentes de serviços, que dependem de alguns condicionantes

como: o espaço necessário para manobras de equipamentos entre a execução de

uma pista e outra, o tempo de cura da imprimação de uma pista de base, antes da

execução do revestimento, entre outros (INSFRÁN, 2001).

5.4 Obras de arte

Para FRAENKEL (1980) são denominadas tradicionalmente obras-de-arte as

estruturas como os bueiros, pontes, viadutos, túneis, muros de arrimo, entre

outras, que se intercalam nos trechos de uma rodovia. Essas obras se subdividem

em: obras-de-arte correntes e em obras-de-arte especiais.

Figura 2 – Ilustração de OAE (à esquerda), e obra de arte corrente, (autor desconhecido).

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As obras-de-arte correntes são aquelas que obedecem a um projeto padronizado,

que possuem características semelhantes e que se repetem em diversos pontos

ao longo de uma rodovia. Fazem parte destas, os muros de arrimo, os bueiros,

dissipadores e pequenos pontilhões (FRAENKEL, 1980).

As obras-de-arte especiais, menos freqüentes, em função de suas proporções e

características peculiares, requerem um projeto específico para cada caso,

impossibilitando preestabelecer soluções tipo, motivos pelos quais exigem

também um planejamento apropriado para cada caso em particular, podem ser

citados como exemplos, as pontes, os viadutos e túneis (FRAENKEL, 1980).

5.5 Equipamentos

Assim como em outras obras de construção pesada, nas obras de rodovias se

utilizam de forma intensiva os equipamentos, em função dos grandes volumes de

materiais envolvidos, e que necessitam ser escavados, carregados,

transportados, descarregados, homogeneizados, e compactados, demandando

grandes, pesados e custosos equipamentos (INSFRÁN, 2001).

Pela necessidade de movimentar grandes volumes de materiais durante a

construção de estradas, os equipamentos constituem componentes de vital

importância para a realização deste tipo de empreendimento (INSFRÁN, 2001).

A maioria das atividades que fazem parte da construção de uma estrada requer à

utilização conjunta de vários equipamentos, que realizam funções que se

complementam na execução dos diversos trabalhos (INSFRÁN, 2001).

A escolha da quantidade e tipo de equipamentos a utilizar é função do trabalho a

ser executado, do tempo disponível para realizá-lo e das condições de trabalho na

frente de serviço. O dimensionamento é baseado na produtividade com que os

equipamentos irão operar e dos volumes de serviços. Destacando-se as diferenças

entre as produtividades indicadas pelos fabricantes (produtividades de pico ou

teóricas, definidas para situações ideais de trabalho) e as produtividades normais,

baseadas nas situações reais em que os equipamentos irão trabalhar. Para o

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dimensionamento das equipes, utilizam-se estas últimas, servindo as

produtividades pico como referencias a serem consultadas (INSFRÁN, 2001).

Em função das várias operações que compõem as atividades da obra, ao grande

número de equipamentos utilizados, e aos custos elevados que envolvem o

emprego dos mesmos, torna-se imprescindível um acompanhamento detalhado de

sua utilização. Sendo este, realizado mediante o registro das horas de trabalho de

cada máquina em cada tarefa que executa, ressaltando o nível de eficiência do

equipamento frente às dificuldades de operação oferecidas pelo local da frente, de

maneira a possibilitar determinar as produtividades reais e os custos das

atividades, entre outros (ISFRÁN, 2001).

5.5.1 Custo dos Equipamentos Por representarem um componente significativo no custo das obras rodoviárias, é

necessário comentar sobre a composição dos custos dos equipamentos. Segundo

DAY e BENJAMIN (1991) apud INSFRÁN, (2001), os custos destes equipamentos,

em geral, são subdivididos em custos de operação e em custos de propriedade.

Estes custos por sua vez, estão compostos da seguinte forma:

• Custos de operação: custo da mão-de-obra, custo do combustível, custo dos

lubrificantes, custo de reparações e ajustes menores, e os custos de consertos

e reposição de pneus.

• Custos de propriedade: juros, impostos, seguro, garagem, reparações maiores e

revisões, e depreciação.

Como pode ser observado, são diversos os componentes do custo dessas

máquinas, motivo pelo qual é necessário um controle individual de cada um dos

equipamentos, especialmente levando em consideração o valor elevado que

possuem (DAY e BENJAMIN, 1991 apud INSFRÁN, 2001).

5.5.2 A importância do Nivelamento do Uso dos Equipamentos

Na construção de rodovias são utilizados equipamentos de grande porte, que

possuem um custo elevado de operação e exigem investimentos elevados para sua

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aquisição ou reposição. O nivelamento da utilização dos mesmos é de vital

importância para manter uma demanda constante durante a construção da obra, de

forma a evitar que fiquem ociosos em certos períodos e sobrecarregados em

outros, induzindo algumas vezes à sensação de excesso ou de carência de

equipamentos na obra (ISFRÁN, 2001).

O uso dos equipamentos em torno de um patamar constante ao longo da obra

contribui para um melhor aproveitamento da capacidade de produção dos mesmos,

diminuindo possíveis quebras, tendo em vista a possibilidade de se trabalhar com

um programa de manutenção dos mesmos. Este programa de manutenção irá

ajudar na previsão de utilização de peças desgastáveis lubrificantes, combustíveis

e outros, facilitando o trabalho de logística (ISFRÁN, 2001).

Segundo ISFRÁN, (2001) há de se ressaltar que uma vez o equipamento na obra,

dificilmente o mesmo vai ficar parado, devido à tendência do pessoal de campo em

produzir mais, em função de incentivos para atingir as metas de produção, em geral

vinculados a uma remuneração complementar. Este aumento de produção, mediante

a inclusão de mais equipamentos nas equipes, provoca um desbalanceamento na

composição das mesmas, o que geralmente acarreta uma queda da produtividade

dos conjuntos, implicando em aumentos desnecessários nos custos de execução.

Por outro lado, o fato de ficarem parados acarreta custos desnecessários para o

empreendimento e para a empresa. No primeiro caso por motivos como: o custo da

mão-de-obra de operação e o custo de manutenção do equipamento. No segundo

caso a empresa poderia estar utilizando o equipamento em outra obra, ao invés de

realizar a locação de outro semelhante, que irá onerar desnecessariamente o novo

empreendimento, ou efetuar uma compra, fazendo um investimento desnecessário

nesse momento. Vale indicar que, mesmo sem a utilização do equipamento, os

custos da hora improdutiva do equipamento como, custos de propriedade e juros

continuam (ISFRÁN, 2001).

A forma de utilização dos equipamentos tem relação direta com a utilização da mão de

obra de operação dos mesmos. Uma demanda constante pelos equipamentos

corresponderá a uma demanda similar de mão-de-obra, evitando a necessidade de

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contratações e demissões em diversos períodos, onerando a construção (ISFRÁN,

2001).

Resumidamente, pode-se afirmar que a falta de nivelamento no uso dos

equipamentos acarreta uma utilização inadequada dos mesmos que se reflete na

queda da produtividade das equipes, num aumento no custo do empreendimento e

conseqüentemente na redução da margem de resultados da empresa (ISFRÁN,

2001).

5.6 Fator Climático

As obras de construção de rodovias são extremamente afetadas pelas condições

climáticas. Nas regiões de clima tropical, as estações chuvosas representam um

fator extremamente negativo na produtividade dos equipamentos, e no ritmo de

desenvolvimento da obra, que se reflete no custo dos serviços executados (ISFRÁN,

2001).

Chuvas com precipitação maior que cinco milímetros são prejudiciais aos trabalhos

de campo, especialmente para a atividade de terraplenagem. No Estado de São

Paulo, devido a estas precipitações, o número de dias trabalháveis no verão pode

sofrer uma redução de aproximadamente 50%, sendo que no inverno, a média de

paralisações gira em torno de 15% (RICARDO e CATALANI, 1990).

É uma prática comum nas obras manter um registro detalhado das precipitações de

chuvas. São anotadas as medições feitas com pluviômetros, assim como também os

dias não trabalhados pela excessiva umidade do solo. Dependendo da quantidade

de chuva e do tipo de solo da região, os dias de paralisações por excesso de

umidade podem ter grande influência no prazo da obra (RICARDO e CATALANI,

1990).

Além dos dias de paralisações por causa das precipitações, existem os danos

causados pelas mesmas, como a erosão de taludes nos casos de solos arenosos,

o que muitas vezes implica na necessidade de uma nova execução daquele trecho,

em função à perda de estabilidade (RICARDO e CATALANI, 1990).

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Quando se tem solo mais argiloso o inconveniente esta na necessidade de

trabalhar-se mais o material, ventilando-o para que perca a umidade em excesso.

Em Função ao citado anteriormente, torna-se necessário levar em consideração na

programação da obra os possíveis dias de paralisações, visando tornar esta

programação a mais representativa possível. O ideal é que se façam simulações

para avaliar a influência do fator climático criando diferentes calendários, com dias

trabalháveis ou não, a que a obra estará submetida, gerando diferentes alternativas

para análise (RICARDO e CATALANI, 1990).

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6 PLANEJAMENTO DE OBRAS RODOVIÁRIAS

Para a execução do planejamento de obras rodoviárias, é necessário fazer o uso de

algumas técnicas ainda pouco divulgadas e estudadas, a partir dessas técnicas que

podem analisar melhor os tipos de dificuldades nos trechos, assim como sua

linearidade. A seguir a descrição dessas técnicas e de métodos de planejamento e

programação de obras rodoviárias.

6.1 Técnicas de Programação de Obras

Métodos de programação linear é a expressão utilizada de uma maneira genérica

para denominar as técnicas disponíveis para a programação de obras com

características repetitivas. Entre estas se destacam: a técnica conhecida como linha

de balanço, e a técnica denominada método de programação linear (ISFRÁN,

2001).

Para VORSTER e BAFNA (1992) apud INSFRÁN, (2001) as técnicas para

programação de obras lineares devem ser categorizadas em função do tipo de obra

repetitiva para a qual são mais apropriadas, e entendem que a técnica denominada

método de programação linear é mais adequada para programar obras de natureza

geométrica linear, mas, sem serem caracterizadas pela uniforme repetição de uma

rede unitária, sendo a técnica linha de balanço mais adequada para obras

caracterizadas pela repetitiva execução de uma rede unitária.

MATTILA e ABRAHAM (1998) apud INSFRÁN, (2001), assim como HARRIS e

IOANNOU (1998) apud INSFRÁN, (2001), também comentam sobre as diferenças

entre as obras lineares e sobre os métodos de programação para as mesmas.

Essa diferenciação entre as técnicas é fundamental, pelo fato de que alguns

autores sugerem a aplicação de uma determinada técnica de forma generalizada

para a programação de obras lineares, sem levar em consideração as

particularidades destas obras. Um exemplo comum disto é a sugestão do uso da

técnica da linha de balanço para a programação de estradas, sem considerar que

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mesmo as mais simples destas, apresentam atividades com ciclos variáveis em

cada trecho, alem de atividades discretas ao longo da obra (HARRIS e IOANNOU

1998 apud INSFRÁN, 2001).

Destaca-se a existência de uma grande quantidade de publicações sobre técnicas

com diversas denominações, voltadas para a programação de obras repetitivas,

especialmente para as de ciclo uniforme. HARRIS e IOANNOU (1998) apud

INSFRÁN, (2001) fizeram uma relação desses métodos e comentam que os mesmos

foram desenvolvidos para objetivos específicos, sendo similares por utilizar na

programação das obras, gráficos de unidades repetitivas em função do tempo, e que

a fragmentação dos mesmos pode ter sido o motivo da limitada aceitação por parte

dos profissionais.

Especificamente para o planejamento de estradas, as publicações são bem mais

limitadas. Provavelmente, o precursor nesse sentido tenha sido JOHNSTON (1981)

apud INSFRÁN, (2001), ao fazer uma descrição detalhada do Método de

Programação Linear e das possibilidades do seu uso, alguns anos depois,

CHRZANOWSKI e JOHNSTON (1986) apud INSFRÁN, (2001), divulgam uma

aplicação prática do método de programação linear na construção de uma estrada,

realizando uma comparação entre a programação feita por esse método e outra pelo

CPM, sugerindo a utilização conjunta destas duas técnicas.

Mesmo em publicações recentes, específicas para a área de gerenciamento da

construção, é raro encontrar uma seção voltada para o planejamento de estradas, seja

esta pelo Método de Programação Linear ou pela Linha de Balanço.

Nos últimos anos, alguns pesquisadores têm voltado de novo seu interesse para os

métodos de planejamento de construções lineares. HARMELINK e ROWINGS (1998)

apud INSFRÁN, (2001), descrevem um método desenvolvido para a determinação

do caminho crítico no Método de Programação Linear. MATTILA e ABRAHAM (1998)

apud INSFRÁN, (2001), apresentam um método para nivelar o uso de recursos de

uma obra típica de rodovias, cujo planejamento foi realizado com método de

programação linear. HARRIS e IOANNOU (1998) apud INSFRÁN, (2001), também

Page 28: Civil 07

26

descrevem uma técnica para a determinação das atividades criticas de uma

programação linear.

6.2 Técnicas de Planejamento de Rodovias

Entre as técnicas mais conhecidas e possíveis de serem utilizadas para o

planejamento de obras rodoviárias encontram-se a linha de balanço, as baseadas

em redes e o gráfico de barras. O método de programação linear é outra técnica,

bastante semelhante à Linha de Balanço, que tem sido indicada na literatura,

especialmente nos últimos anos, como a mais adequada para sua utilização no

planejamento de obras de rodovias (INSFRÁN, 2001).

6.2.1 Método de Linha de Balanço Segundo JONHSTON (1981) apud INSFRÁN, (2001), na técnica da linha de

balanço são utilizados três diagramas, sendo estes o diagrama de produção, o

diagrama de avanço e o diagrama objetivo.

O diagrama de produção, que indica como são relacionadas às atividades para a

realização de uma única unidade, dentre as várias a serem produzidas. Esse

diagrama se baseia numa programação por rede, na qual são mostradas as

atividades que serão acompanhadas (JONHSTON, 1981 apud INSFRÁN, 2001).

O diagrama de avanço, mostra para uma data particular, a relação entre a

execução programada e a executada, sendo necessária uma constante atualização

de modo a poder avaliar o avanço das atividades. No eixo horizontal são

representadas as atividades, e no vertical o volume de produção. Segundo SILVA

(1993), ao conjunto de retas horizontais que estabelecem o confronto entre o

previsto e o realizado se denomina Linha de Balanceamento.

O diagrama objetivo é utilizado para representar as unidades de produção ao longo

do tempo. A representação pode ser de unidades programadas, ou executadas ou

ambas. Esse diagrama é conhecido também como tempo-espaço. Nele,

geralmente o tempo é representado no eixo horizontal e as unidades de produção

Page 29: Civil 07

27

no eixo vertical. Desse modo à obra, ou as atividades que fazem parte da mesma

são representadas por linhas oblíquas, onde a inclinação das mesmas representa a

taxa de produção ou a velocidade com que as atividades serão executadas

(JONHSTON, 1981 apud INSFRÁN, 2001).

JONHSTON (1981) apud INSFRÁN, (2001) declara que qualquer diferença entre o

método de programação linear e o da linha de balanço pode ser somente uma

questão de ênfase. O método de programação linear enfatiza um diagrama similar

ao diagrama objetivo para propósito de planejamento, enquanto a linha de balanço

faz maior ênfase na linha de balanço do diagrama de avanço.

6.2.2 Método de Programação Linear

Este método, segundo CHRZANOWSKI; JOHNSTON (1986) apud INSFRÁN,

(2001), utiliza um gráfico de dois eixos (tempo e distância) para a representação

das atividades por meio de linhas. Estas linhas não necessariamente precisam ter

uma inclinação constante, e representam a velocidade (ou ritmo) de produção das

atividades. A designação dos eixos fica a critério do planejador, podendo ser

utilizada a abscissa para a representação do tempo ou dos trechos (distância).

O método de programação linear (MPL) possui alternativas para representação de

atividades, como as que requerem de um tempo significativo no mesmo setor da

obra para sua execução, como o movimento de solo na construção de estradas,

que pode ser representado no diagrama por uma área ou faixa de largura variável

conforme a necessidade. Uma outra forma de indicar atividades é mediante a

utilização de duas linhas paralelas, que mostram o início e o término do intervalo,

adequadas para atividades com ciclos constantes, como são a sub-base e a base

em obras rodoviárias. Essas formas de representações podem ser observadas na

Figura 2 (JONHSTON, 1981 apud INSFRÁN, 2001).

Page 30: Civil 07

28

Figura 3 – Diagrama do MPL (Pires, 2007).

Para JOHNSTON (1981) apud INSFRÁN, (2001) algumas atividades como as obras-

de-arte podem ser melhor programadas com a técnica de redes, e indicadas no

diagrama MPL sua localização e a duração da mesma utilizando uma linha ou barra,

com uma nota de referência ao CPM. Cabe destacar que nos últimos anos à técnica

MPL vêem sendo motivo de novos estudos, e indicada para o planejamento de obras

rodoviárias.

6.2.3 Método do Gráfico de Barras

O método do gráfico de barras é bastante conhecido e utilizado, mas com grandes

limitações em relação às outras técnicas, pelo fato de não ser adequado para

modelagem e simulação. Consiste basicamente em representar graficamente as

atividades de um empreendimento em função do tempo (INSFRÁN, 2001).

A programação das atividades é realizada mediante a representação gráfica das

mesmas, em formato de barras, nos períodos de tempo previstos para a execução

das atividades. Uma vez iniciada a obra, o estado atualizado de cada atividade vai

sendo registrado utilizando barras paralelas às da programação (INSFRÁN, 2001).

É muito utilizado para a apresentação de resultados obtidos através de outras

técnicas, pois permite visualizar as durações das atividades através do tempo, com

relativa facilidade (INSFRÁN, 2001).

Page 31: Civil 07

29

6.2.4 Método de Rede CPM

A técnica de rede CPM é caracterizada pela representação de uma barra como

uma rede de atividades, e que podem ser igualmente bem aplicadas em todo tipo

de obras, sejam estas simples ou complexas, pequenas ou grandes (INSFRÁN,

2001).

O método de caminho crítico é uma técnica de programação baseada em redes,

onde a duração do empreendimento é determinada pelo caminho crítico das

atividades. Sendo o mesmo mais indicado para aplicação em empreendimentos em

que as durações das atividades e custos possam ser razoavelmente estimados

(NAAMAN, 1974 apud INSFRÁN, 2001).

As técnicas de redes são mais sofisticadas, integrando tempo, recursos e custos,

contando com uma gama de aplicativos que possibilitam a geração, manipulação e

análise de modelos baseados em redes. A disponibilidade de aplicativos permite a

realização de simulações sobre a execução de um empreendimento de maneira a

obter expectativas sobre prazos, custos e utilização de recursos (NAAMAN, 1974

apud INSFRÁN, 2001).

São duas as convenções utilizadas, freqüentemente, para o desenho de redes:

• O diagrama de flechas (ADM - Arrow Diagram Method), conhecida também

como rede de eventos, foi a primeira forma de representação da rede,

tomando-se amplamente conhecida. As atividades são representadas por

segmentos ou setas e as interligações são feitas por nós, que representam os

eventos. Esse tipo de representação utiliza atividades fictícias ou fantasmas,

que não consomem tempo nem recursos, para garantir a lógica da rede

(NAAMAN, 1974 apud INSFRÁN, 2001).

• O diagrama de precedências (PDM - Precedence Diagram Method). Neste

método, as atividades são representadas geralmente por retângulos e as

relações de dependências por segmentos orientados (ou setas), também

denominados de conectores (NAAMAN, 1974 apud INSFRÁN, 2001).

Page 32: Civil 07

30

A rede de precedências tem a opção de utilização de esperas ou atrasos associados

às ligações, podendo estas ser positivas ou negativas, que possibilitam uma melhor

representação da lógica do processo (NAAMAN, 1974 apud INSFRÁN, 2001).

Neste trabalho será utilizada a representação da rede pelo diagrama de

precedências (PDM) que permite quatro formas de ligações entre as atividades

esquematizadas na Figura 3, juntamente com suas respectivas representações

equivalentes no diagrama de Gantt (NAAMAN, 1974 apud INSFRÁN, 2001).

Figura 4 – Tipos de ligações entre as atividades (INSFRÁN, 2001)

Destaca-se a programação simplificada de obras repetitivas utilizando a

representação ADM, que proporciona o mesmo resultado da programação com a

linha de balanço. Essa forma de programação é conhecida como "Grafo com

esperas" e é utilizado para representar processos onde as tarefas se desenvolvem

de forma contínua, sem interrupções. Um exemplo de utilização do "Grafo" é

demonstrado na Figura 4, a qual é uma adaptação do apresentado por

ASSUMPÇÃO (1996) para a programação das atividades contínuas de uma obra de

edifício.

Page 33: Civil 07

31

Figura 5 – Alternativa de programação de uma obra repetitiva (INSFRÁN, 2001).

Page 34: Civil 07

32

7 ESTUDO DE CASO – RODOANEL MÁRIO COVAS LOTE 4

O estudo de caso do Lote 4 do Rodoanel – Trecho Sul é um exemplo de

planejamento de obras rodoviárias utilizados pelas grandes construtoras. O estudo

demonstra as premissas consideradas para o dimensionamento de equipes de

trabalho, dimensionamento de equipamentos, frentes de trabalho e o prazo de

execução para as etapas da obra.

Figura 6 – Ilustração da implantação do Rodoanel Mario Covas (Camargo Corrêa, 2005).

7.1 Dados da Obra

Apontado como a principal solução para diminuir os congestionamentos na Região

Metropolitana de São Paulo, o Rodoanel Mário Covas é considerado um

empreendimento nacional, uma vez que facilitará o fluxo de cargas que seguem para

os países integrantes do MERCOSUL e para o Porto de Santos e, também, os

deslocamentos de cargas entre o norte e sul do país, reduzindo o custo Brasil.

Page 35: Civil 07

33

O projeto contempla dispositivos e medidas operacionais visando à redução de

conseqüências de acidentes com cargas perigosas, controlando e impedindo a

contaminação ambiental. Incorporará os mais recentes avanços tecnológicos, tais

como monitoramento através de câmeras de TV, informações ao usuário através de

painéis de mensagens variáveis, o que permitirá interagir e atender, imediatamente,

as ocorrências e apoiar os usuários em qualquer tipo de situação.

O Rodoanel Mário Covas será uma via expressa com cerca de 170 km de extensão

e duas pistas de 3 a 4 faixas de rolamento por sentido localizado a uma distância

variável de 20 a 40 km do centro de São Paulo, contornando toda sua Região

Metropolitana. Serão interligadas por ele, com acessos restritos, as 10 rodovias que

convergem à metrópole (Bandeirantes, Anhangüera, Castello Branco, Raposo

Tavares, Régis Bittencourt, Imigrantes, Anchieta, Ayrton Senna, Dutra e Fernão

Dias) facilitando o tráfego de passagem por São Paulo. Também estão previstos

acessos a algumas vias metropolitanas importantes como as avenidas Raimundo

Pereira de Magalhães e dos Autonomistas em Osasco (Trecho Oeste), Papa João

XXIII em Mauá (Trecho Sul), Inajar de Souza (Trecho Norte) e a SP-66 (Trecho

Leste).

O DERSA define o início do Trecho Sul na Rodovia Régis Bittencourt (continuação

do Trecho Oeste), passando pelas rodovias Imigrantes e Anchieta, até chegar à

Avenida Papa João XXIII, no município de Mauá.

A área de influência do empreendimento abrange os municípios de São Paulo,

Embu, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, São Bernardo do Campo, Santo André,

Ribeirão Pires e Mauá. A construção deste Trecho facilitará também o acesso ao

Porto de Santos. A construção do Trecho Sul se faz absolutamente necessária em

vista, entre outros fatores, dos constantes engarrafamentos na Avenida dos

Bandeirantes ocasionados pelo tráfego de passagem de caminhões e carretas.

Entre as dificuldades que serão enfrentadas para construir o novo trecho estão à

topografia muito acidentada, os setores urbanos consolidados ou em vias de

consolidação, as áreas de proteção ambiental e as áreas de proteção aos

Page 36: Civil 07

34

mananciais. Os principais volumes de serviços a serem executados estão descritos

na Tabela 1.

Tabela 1 - Volumes de Terraplenagem. (Camargo Corrêa, 2006)

Serviço Unidade Quantidade em milhões

Corte m3 32,70

Aterro m3 24,30

Solo Mole m3 2,50

Bota-for a m3 5,70

Empréstimo m3 1,50

Terraplenagem

Com relação ao total da obra, os tipos de pavimentos e suas porcentagens estão

descritos na Tabela 2.

Tabela 2 – Tipos de pavimento e participação do volume total. (Camargo Corrêa, 2006)

Pavimento rígido 44%

pavimento semi-rígido 29%

Pavimento flexível 10%

Pavimento sobre OAE 17%

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35

O Trecho Sul terá cerca de 62 km de extensão e sua construção será dividida em 5

Lotes:

Tabela 3 – Descrição dos Lotes do Rodoanel Trecho Sul. (Camargo Corrêa, 2006).

Lote Trecho Extensão

1 Mauá / Anchieta 12,46 km

2 Anchieta / Imigrantes 6,90 km

3 Imigrantes / Billings 5,76 km

4 Billings / Guarapiranga 17,76 km

5 Guarapiranga / Régis Bittencourt 18,58 km

7.1.1 Prazo da obra

O prazo para execução da obra do lote 4 do rodoanel é de 36 meses. Devido à obra

contemplar grandes volumes de terraplenagem e de obras de arte especiais, para a

conclusão dos serviços dentro do prazo é necessário mobilizar um número grande

de equipamentos para atender os prazos de cada etapa conforme cronograma físico

apresentado na Figura 5.

Page 38: Civil 07

36

Figura 7 – Cronograma físico preliminar (Camargo Corrêa, 2006).

Page 39: Civil 07

37

7.1.2 Implantação da Obra

A implantação da obra foi planejada para iniciar frentes de trabalho estratégicas,

quatro frentes de trabalho de desmatamento acontecem simultaneamente,

proporcionando a abertura de frentes de trabalho subseqüentes. O canteiro de obras

central foi implantado em localização estratégica para abrigar toda a infra-estrutura

da obra e oferecer suporte aos canteiros secundários e de apoio técnico-operacional

distribuídos ao longo do trecho da rodovia.

7.2 Planejamento da Obra

O planejamento da obra do Lote 4 do Trecho Sul do Rodoanel foi elaborado tomando

por base as seguintes premissas: (i) prazo da obra; (ii) acessos e plano viário de

serviço; (iii) distribuição dos serviços ao longo do Lote; (iv) processos construtivos;

(v) informações gerais do empreendimento do Edital; (vi) visita ao local da obra; (vii)

critérios de desembolso do cliente.

O planejamento foi associado também aos processos construtivos, sobretudo em 3

enfoques: (i) basicamente o Lote está dividido ao seu longo nos tipos predominantes

de pavimento rígido e flexível; (ii) no eixo do Rodoanel, grande sucessão de aterros,

cortes e OAE onde, ao longo do Lote serão antecipados os cortes próximos as OAE

para permitir a fabricação das vigas da superestrutura das mesmas nos platôs de

terraplenagem; (iii) uma grande obra de arte composta por 2 pontes de 800 m com

vãos de 100 m, todos eles executados no método construtivo de balanço sucessivo e

não deixando de destacar as 2 PI em viga lançada: Estrada do Itaim (km 9,0) e a

ponte sobre a Represa Guarapiranga (km 17,30).

7.2.1 Distribuição dos serviços

O Lote 4 apresenta uma situação particular de distribuição dos serviços, permitindo

sua divisão em 3 segmentos característicos:

Page 40: Civil 07

38

• 1º segmento: situado no início do Lote, envolvendo basicamente cortes, aterros e

pavimentos do tipo flexível e rígido até a Estaca final da ponte sobre a Represa

Billings que é composta por 2 consideráveis pontes de 800 m.

• 2º segmento: concentrando os serviços ao longo do eixo do Rodoanel entre a

ponte sobre o córrego, km 7,5 da obra até a ponte sobre Represa Billings, km 2,0,

envolverá grandes volumes de cortes, aterros, pavimento flexível e consideráveis

OAE, num total de 4, com 2 tipos de métodos construtivos como viga lançada e

caixão perdido;

• 3º segmento: concentram-se os serviços ao longo do eixo do Rodoanel entre a

estaca final da ponte sobre o Córrego até a Estaca final da ponte sobre a

Represa Guarapiranga, km 17,71, onde as características são muito parecidas

com o 2º Segmento, tanto na terraplenagem, como nas OAE, com os mesmos

tipos construtivos e 2 tipos de pavimento, rígido e flexível.

7.2.2 Acessos e plano viário de serviços

Os acessos da obra foram um ponto de dificuldade na execução do planejamento, os

difíceis acessos em suas extremidades exigiram planejar melhorias dos acessos tais

como:

• Definir, autorizar e executar melhorias de traçado;

• Correções do greide das pistas existentes;

• Revestimento das pistas existentes;

• Abertura de novos acessos e caminhos de serviço.

As melhorias nos caminhos de serviço são necessárias para suportar o alto tráfego

de caminhões carregados e equipamentos de grande porte para execução da obra.

7.3 Dimensionamento de equipamentos e frentes de serviço

O dimensionamento dos equipamentos foi elaborado seguindo as seguintes

premissas:

• Duração estipulada para cada etapa;

• Dependência entre as etapas;

Page 41: Civil 07

39

• Produtividade dos equipamentos;

• Condições da praça do trabalho.

O grupo de equipamentos utilizado em cada etapa/fase da obra é dimensionado a

partir do planejamento preliminar onde são estipulados os prazos e pode-se

identificar o período crítico de trabalho e a dependência de uma etapa para a outra

(ABRAM, 2001)

Os equipamentos para os serviços de terraplenagem foram dimensionados

considerando os prazos para liberação de frentes de serviço para outras etapas e

paralelamente atender a produção das frentes dependentes de solo.

Para atingir as metas de produção, foram levantadas as produtividades históricas

dos equipamentos em frentes de serviço com características semelhantes, cruzando

esses dados com os volumes levantados nos trechos do rodoanel, foi possível

dimensionar os equipamentos necessários para alcançar as metas estipuladas no

cronograma físico. Cada frente de trabalho possui um equipamento principal e os

secundários que trabalham em função da produtividade do principal auxiliando-o na

execução dos serviços.

Os equipamentos utilizados nas obras de arte especiais foram determinados a partir

dos métodos executivos estudados para cada obra, analisando o custo e o tempo de

execução para cada solução. Ao final do dimensionamento, foram montadas as

composições de cada serviço e cruzando as informações das composições unitárias

de cada serviço com o cronograma físico obteve-se a quantidade de equipamentos

em cada frente de serviço.

7.3.1 Serviços preliminares

Os serviços preliminares foram divididos em 2 partes. A 1a parte foi constituída

apenas pela construção de canteiros de apoio, os canteiros de apoio técnicos e o

canteiro central, a 2a parte foi constituída de caminhos de serviço, novos acessos e

melhorias nos caminhos existentes.

Page 42: Civil 07

40

Para a construção dos canteiros foram levantados todos os pontos estratégicos para

a montagem de canteiros de apoio para estoques de materiais, construção de

refeitórios provisórios, pátios de formas e armação secundários, além de escritório

para apoio técnico-operacional.

O canteiro central foi planejado para abrigar a administração do consórcio, áreas de

desenvolvimento técnico-operacional da obra, laboratórios, escritórios de empresas

terceirizadas, alojamentos para mão-de-obra operacional, refeitório central, pátios de

forma e armação, almoxarifado central, ambulatório médico, oficina de equipamentos

e garagem de equipamentos, estrategicamente posicionados no canteiro central em

função de sua localização na metade do trecho do lote 4.

Para a execução do canteiro, planejou-se iniciar os trabalhos de limpeza do terreno e

a regularização do local de implantação, antes do início dos serviços, essa etapa foi

antecipada estrategicamente visando o cumprimento do prazo de execução de

construção do canteiro.

A 2a parte dos serviços preliminares foi planejada considerando a necessidade de

tráfego de cada segmento da obra e a prioridade de execução. Um levantamento

detalhado das condições dos caminhos de serviço, das áreas liberadas e que havia

necessidade de solicitar liberação para abertura de novos caminhos de acesso foi

realizado. O levantamento apontou a necessidade de trabalhos de recuperação de

grande parte dos acessos e caminhos de serviço, além de corrigir os traçados e

greides dos acessos.

Para a execução dos trabalhos de melhoria das vias de acessos e manutenção

durante a obra foi dimensionada uma equipe de conservação de caminhos de

serviço que durante toda a obra realizará a manutenção e abertura de novos

caminhos de serviço quando se fizer necessário, essa conservação incluirá a

irrigação periódica para evitar a geração de poeira em níveis inaceitáveis.

A equipe de equipamentos para abertura de caminhos de serviço e manutenção será

composta por trator de esteiras, pá-carregadeira de pneus, retroescavadeira de

Page 43: Civil 07

41

pneus, caminhões basculantes, motoniveladora, rolo compactador, trator agrícola

com grade de discos e caminhão irrigadeira.

7.3.2 Desmatamento e Terraplenagem

Devido ao grande volume de movimentação de solo e o curto prazo para execução

da obra, foram consideradas 4 equipes de desmatamento e terraplenagem divididas

nos 3 segmentos da obra. A 1a equipe caminhando do início do 1o segmento no km

0, até a ponte sobre a represa Billings.

A 2a equipe parte do final da ponte sobre a represa Billings e segue no sentido do

estaqueamento até o km 10 da obra, ultrapassando pouco mais da metade desta.

Neste ponto retorna a equipe 1, que executará os trabalhos do inicio do km 10 até o

km 11, finalizando os trabalhos desta equipe na obra. A 3a e 4a equipes executam o

trecho compreendido entre o km 11 e o km 17,70, iniciando seu trabalho nas

extremidades do trecho restante e encontram-se no km 13 finalizando os trabalhos

de desmatamentos e terraplanagem da obra.

As equipes foram dimensionadas a partir das premissas do planejamento, visando

liberar os platôs das extremidades das obras de arte especiais para iniciar o trabalho

de fabricação das vigas pré-moldadas, o trafego de equipamentos para a execução

das obras de arte e executar os trabalhos de movimento de terra evitando os

períodos de críticos de precipitação de chuvas.

O planejamento prevê a execução dos serviços de desmatamento por moto-serra e

trator de esteiras, que faz o tombamento das árvores, arbustos, remoção de pedra

solta e outros. Para remoção, o material será depositado em leiras e carregado com

carregadeira de pneus, para remoção com caminhões basculantes. Os serviços de

terraplenagem são executados por escavadeiras de esteiras, motoniveladoras,

tratores de esteira, perfuratrizes, pá-carregadeira de pneus, retro-escavadeiras,

caminhões basculante e caminhão irrigadeira. No ANEXO A, pode ser observado o

fluxograma de trabalho destas equipes.

Page 44: Civil 07

42

7.3.3 Drenagem e obras de arte correntes

A execução do planejamento e dimensionamento de frentes de trabalho e

equipamentos para essa etapa da obra foi elaborado considerando sua linearidade e

repetitividade ao longo do trecho de todo o lote 4, para tanto, foram levantados os

volumes de trabalho, os níveis de dificuldades de execução, estocagem de tubos

para a execução de bueiros e a complexidade das galerias.

Os levantamentos desses dados foram divididos em 2 etapas de obras: (i) drenagem

superficial e obras de arte correntes; (ii) drenagem profunda, conseqüentemente as

equipes de trabalho também foram planejadas para trabalhar cada uma com um tipo

de drenagem, a 1a equipe executando os serviços de drenagem superficial e a 2a

executando os serviços de drenagem profunda, esta última dimensionada para

executar e liberar com prioridade frentes de trabalho para a equipe de preparo de

caixa de pavimentação.

O desafio nesta etapa do planejamento foi dimensionar corretamente as equipes de

maneira que o trabalho das obras de drenagem e OAC não atrasassem ou

interrompessem o preparo da caixa de pavimentação, de modo a resolver o

problema foi elaborada a rede PERT-COM. Identificado o caminho crítico da etapa,

com o caminho crítico definido foi possível determinar o número de equipes de

serviço e onde cada uma delas inicia os trabalhos estrategicamente.

Para a execução dos serviços de drenagem foram dimensionadas sete equipes

partindo de diferentes pontos do trecho, atendendo assim a conclusão dos trabalhos

sem interferir nas demais etapas de serviço.

7.3.4 Pavimentação

Para a execução do planejamento da pavimentação foram consideradas as

seguintes premissas:

• Prazo de execução;

• Tipo de pavimento;

• Distância da usina de concreto / asfalto x frente de serviço;

Page 45: Civil 07

43

• Liberação de frentes pela equipe de preparo de caixa de pavimentação;

• Condições climáticas;

• Produtividade dos equipamentos.

7.3.4.1 Equipe de preparo de caixa de pavimentação

Para dimensionar as equipes de preparo de caixa de pavimentação, são necessárias

algumas informações tais como:

• Tipo de solo local;

• Verificação da necessidade de troca de solo;

• Distância de jazidas de solo;

• Distância do bota-fora;

• Período climático da execução dos serviços;

• Diagrama de massas da do trecho;

• Dimensões da praça de trabalho.

Como há época do planejamento inicial da obra ainda não se obtinham informações

precisas sobre os volumes de solos a serem substituídos, o planejamento trabalhou

com quantidades estimadas dos estudos preliminares e corrigindo os números em

função da experiência dos planejadores do consórcio, de posse dessas informações

foi possível executar um diagrama de massas e determinar a distância e identificar a

jazida que atenderia cada uma das equipes de trabalho.

Considerando o período de 10 meses estipulados no cronograma para a execução

dos serviços de preparo de caixa e pavimentação, iniciando os trabalhos no início de

março e finalizando em dezembro do mesmo ano, foram consideradas

produtividades distintas para cada época do ano.

Adotando essas premissas, foram simuladas equipes de trabalho com produtividades

diferentes para cada período climático: (i) seco; (ii) intermediário; (iii) chuvoso,

verificando assim o número de equipes e a quantidade de equipamentos que cada

equipe necessitaria para realizar os trabalhos no prazo e verificando ainda se a

Page 46: Civil 07

44

praça de serviços comportaria a quantidade de equipamentos dimensionada ou se

há necessidade de executar os serviços em mais de um turno de trabalho.

Os trabalhos de preparo de caixa foram divididos em 3 frentes, a 1a iniciando os

serviços no km 0 do trecho e finalizando no início da ponte sobre a represa Billings.

A 2a inicia no final da mesma ponte e finaliza no km 9,80, a pouco mais da metade

do trecho, a 3a frente inicia os trabalhos no km 9,81 e segue no sentido do

estaqueamento até o final do trecho preparando assim a caixa para receber o trecho

do pavimento em concreto rígido.

As equipes de preparo de caixa são responsáveis pelos seguintes serviços:

• Regularização do subleito;

• Reforço do subleito;

• Sub-base estabilizada granulometricamente;

• Base de brita graduada e /ou graduada tratada com cimento.

7.3.4.2 Aplicação do pavimento

A aplicação do pavimento exigiu do planejamento uma atenção especial quanto à

localização das centrais de concreto e a usina de asfalto e o período de conclusão

da execução das obras de arte que possibilitarão o tráfego dos caminhões da central

de concreto/asfalto até as praças de aplicação, para a aplicação do pavimento foi

dimensionado apenas uma central misturadora de concreto e uma usina de asfalto.

Utilizando a mesma metodologia de dimensionamento da equipe de preparo de

caixa, foram dimensionadas e planejadas 3 equipes de pavimentação, uma equipe

aplicando concreto rígido e as outras equipes aplicando pavimento flexível.

A 1a equipe partirá do km 0,00 do trecho, executando pavimento rígido, até o km 1,0,

utilizando a usina dosadora de concreto localizada no canteiro de apoio Billings,

transformada em misturadora, posteriormente será instalada uma usina misturadora

no canteiro central, onde a equipe 1 retoma os trabalhos e executa o trecho em

pavimento rígido até o final do trecho no km 17,71, finalizando este trecho a equipe

Page 47: Civil 07

45

retorna ao km 7,70 e executa o último trecho em pavimento rígido até o km 8,9,

finalizando então os trabalhos em pavimento rígido na obra.

A 2a equipe inicia os trabalhos no km 1,00 e segue no sentido do estaqueamento,

até o km 7,70, utilizando a usina de asfalto instalada no canteiro central. A 3a equipe

inicia os trabalhos no km 10,00 e segue no sentido do estaqueamento até o km

10,90, finalizada esta etapa a equipe retorna ao km 9,10 e executa o trecho em

pavimento flexível até o km 9,80, finalizando os trabalhos de pavimentação do trecho

e liberando a pista para os inicio dos trabalhos de sinalização e acabamentos dos

elementos de drenagem superficial. No ANEXO B e C, pode ser observado o

fluxograma de trabalho planejado para as equipes de pavimentação.

7.3.5 Obras de arte especiais

O lote 4 do rodoanel é rico em OAE, somando 17 no total. Um volume significativo de

trabalho que exigiu da equipe de planejamento uma atenção especial para estes

itens. Para a execução do planejamento foram consideradas as seguintes

características de cada obra de arte especial:

• Localização;

• Método executivo pré-definido;

• Dimensões;

• Prioridade de execução;

• Prazo de execução.

O planejamento das obras de arte foi dividido em 3 fases, infraestrutura,

mesoestrutura e superestrutura. Para cada fase foram dimensionadas equipes

distintas. Algumas obras de arte especiais dependiam diretamente da abertura da

frente de serviço de desmatamento e terraplenagem para liberar o acesso ao local

das obras e criar platôs para a fabricação das vigas longarinas, pré-lajes e canteiros

de apoio.

Essa etapa do planejamento exigiu consulta a empresas especializadas e

funcionários do consórcio com vasta experiência em execução de OAE, esta equipe

Page 48: Civil 07

46

estudou em conjunto as soluções para a execução das obras, definindo métodos de

execução para cada OAE, visando atender o prazo imposto pelo cliente, outro item

de extrema importância no planejamento de obras de arte foi a investigação da

navegabilidade das represas Billings e Guarapiranga, a execução da fundação exige

o uso de balsas, flutuantes e rebocadores para até 2950kN e exigem um calado

mínimo para navegar com as balsas carregadas com até 2 caminhões betoneira

carregados e guindastes.

Encerradas as investigações das condições de trabalho para a execução das

fundações, as equipes foram dimensionadas e divididas em 2 frentes. A 1a equipe

executará as 2 pontes sobre a represa Billings e a OAE 401 na estrada de

Itaquaquecetuba, posteriormente esta equipe partirá para o km 8,20 do trecho onde

executa a OAE 409 – Oito Lagos e segue no sentido do estaqueamento executando

as fundações das obras de OAE até a OAE 413.

A 2a equipe partirá da OAE 408 e segue no sentido contrário do estaqueamento até

encontrar a represa Billings executada pela 1a equipe, e após o término desse trecho

a equipe segue para o final do lote onde executará as fundações da represa

Guarapiranga, encerrando os trabalhos de fundação das OAE.

O planejamento da mesoestrutura seguiu o mesmo critério do planejamento e as

equipes seguiram o mesmo cronograma.

A superestrutura seguiu a mesma rotina das etapas anteriores, porém exigiu um

estudo minucioso das opções de execução visando reduzir custos e prazos de

execução. Para vencer os grandes vãos da ponte sobre a represa Billings, de 100m,

o método estudado e planejado foi o de balanço sucessivo que permite vencer

grandes vãos e a execução em menor tempo.

Para essa etapa do planejamento foi criada uma planilha com todas as obras de arte

especiais do trecho e atribuído suas características como número de vãos,

comprimento dos vãos, largura, altura dos pilares e com essas informações

tabuladas iniciaram os estudos de execução e planejamento da superestrutura em

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47

função de suas características e ordem de prioridade do término de execução para

liberação dos inicio dos trabalhos de pavimentação.

Os métodos construtivos utilizados foram:

• Vigas lançadas;

• Viga apoiada no solo com posterior escavação;

• Vigas cimbradas ou empurradas e apoiadas no solo com posterior escavação.

• Consolo sucessivo (balanço sucessivo).

O quadro utilizado para este estudo e planejamento pode ser observado no ANEXO

D e para um melhor entendimento da localização das obras de arte, consultar

ANEXO E, cronograma físico da obra do tipo “Tempo x Caminho”.

7.3.6 Sinalização e elementos de segurança.

Os trabalhos de sinalização foram dimensionados considerando sua repetitividade

durante o trecho e dimensionado 2 equipes de trabalho para sua execução. A 1a

equipe parte do km 0,00 e seguindo no sentido do estaqueamento até o km 10,00. A

2a equipe patê do km 10,00 e segue até o final do trecho encerrando assim os

trabalhos de execução das obras do rodoanel lote 4.

Page 50: Civil 07

48

8 CONCLUSÃO

Desde o princípio dos trabalhos, o objetivo do planejamento foi de criar um sistema

para transformar a obra em um conjunto de sub-sistemas ou sub-obras,

caracterizados pelos segmentos em que a obra foi dividida.

As atividades foram desenvolvidas e planejadas de maneira que, quando

multiplicadas pelo número de trechos em que a rodovia foi dividida, obtenha-se o

planejamento de toda a obra, caracterizando desta forma a repetitividade e

linearidade da obra. Para tanto, o uso de programas de apoio e planejamento como

o MS Project e o Primavera foram de extrema importância para a determinação do

caminho crítico e interligações e dependências das diversas fases da obra.

O SAP, programa utilizado pelo consórcio para elaboração do orçamento e

histogramas de equipamentos e mão de obra, foi de extrema importância, os

histogramas foram utilizados para dimensionar alojamentos e a verificação da

permanecia de funcionários e equipamentos ao longo do tempo de obra. O

histograma de equipamentos detalhados por tipo de serviço foi utilizado para verificar

a quantidade de equipamentos em cada frente de serviço e se a mesma comportava

a quantidade de equipamentos na praça de trabalho, através dessas informações foi

possível determinar o número de frentes de trabalho para cada equipe e os períodos

de trabalho.

Deste modo o sistema de planejamento criado pelo consórcio possibilitou a

programação de recursos, com alternativas para o nivelamento da utilização dos

mesmos, evitando custos desnecessários provocados pelas variações da quantidade

de equipamentos durante o prazo de execução da obra. Através deste sistema de

planejamento, foi possível simular mudanças na estratégia e no ritmo de execução,

visando à comparação de alternativas de construção das obras de arte especiais e

outros serviços de grande importância da obra, além de simular quadros diferentes

para os meses de grandes índices de precipitação e analisar as conseqüências do

evento sobre a obra.

Page 51: Civil 07

49

Finalizando, cabe ressaltar que o sistema elaborado para o planejamento do

Rodoanel permitiu a análise de alternativas de execução e programações de

recursos de equipamentos e mão de obra em todos os quadros analisados. Os

trabalhos do planejamento foram concluídos utilizando a alternativa que melhor se

adequou aos objetivos do planejamento proposto.

Page 52: Civil 07

50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAM, Isaac. Planejamento de Obras Rodoviárias. Bahia: ABEOR,2001.

ASSUMPÇÃO, J. F. P. Gerenciamento de empreendimentos na construção civil:

Modelo para planejamento estratégico da produção de edifícios. São Paulo, 1996.

206p. Tese (Doutorado) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.

CAMARGO CORRÊA, Proposta Técnica para a construção do Rodoanel Trecho Sul,

São Paulo. 153p. 2006.

CAMARGO CORRÊA, Relatório Técnico sobre Planejamento do Rodoanel Trecho

Sul, São Paulo. 32p. 2006.

FRAENKEL, B.B. Engenharia rodoviária. Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1980.

INSFRÁN, A. A. L. Um Sistema para Planejamento Operacional de Obras de

Rodovias. Tese de Mestrado. Escola de Engenharia, da Universidade de São Paulo.

São Paulo, 2001.

RICARDO, H. de S.; CATALANI, G. Manual prático de escavação: Terraplenagem e

escavação de rocha. São Paulo, Pini, 1990.

SILVA, S.A.R. da. Métodos de Programação de Empreendimentos: Avaliação e

Critérios para Seleção. Dissertação (Mestrado). Escola Politécnica, Universidade de

São Paulo. São Paulo, 1993.

Page 53: Civil 07

51

ANEXOS

Page 54: Civil 07

52

ANEXO A – Fluxograma das equipes de desmatamento e terraplenagem

Page 55: Civil 07

53

ANEXO B – Fluxograma das equipes de pavimentação flexível

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54

ANEXO C – Fluxograma das equipes de pavimentação rígida

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55

ANEXO D – Quadro de identificação e características de OAE

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56

ANEXO E – Gráfico tipo: Tempo x Caminho

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TEMPO X CAMINHO

PRIORIDADE B PRIORIDADE A PRIORIDADE C PRIORIDADE B PRIORIDADE A

32.195

32.200

32.205

32.210

32.215

32.220

32.225

32.230

32.235

32.240

32.245

32.24932.250

32.251

32.255

32.260

32.265

32.270

32.275

32.280

32.285

32.290

32.295

32.296

32.300

32.305

32.310

32.315

32.320

32.325

32.329

32.330

32.335

32.340

32.345

32.350

32.355

32.360

32.365

32.36832.369

32.370

32.37532.376

32.377

32.380

32.38232.383

32.385

32.390

32.395

32.400

32.405

32.410

32.415

32.420

32.425

32.430

32.435

32.440

32.445

32.450

32.455

32.460

32.46432.465

32.466

32.470

32.475

32.480

32.485

32.490

32.495

32.500

32.505

32.510

32.515

32.520

32.525

32.530

32.535

32.540

32.545

32.55032.55132.552

32.553

32.560

32.565

32.570

32.575

32.579

32.580

32.585

32.590

32.59532.596

32.597

32.600

32.605

32.610

32.614

32.615

32.620

32.625

32.630

32.635

32.640

32.645

32.649

32.650

32.655

32.657

32.658

32.660

32.665

32.670

32.675

32.680

32.684

32.685

32.690

32.695

32.700

32.705

32.710

32.715

32.720

32.725

32.730

32.735

32.740

32.745

32.746

32.75032.751

32.752

32.755

32.760

33.000

33.00233.00333.004

33.005

33.01033.01133.012

33.013

33.015

33.016

33.020

33.025

33.029

33.030

33.035

33.037

33.038

33.040

33.045

33.050

33.055

33.060

33.065

33.070

33.075

33.080

33.08333.084

33.085

33.090

33.095

33.097

33.099

33.100

33.105

33.11033.111

33.112

33.115

33.120

33.125

33.130

33.135

33.140

33.145

33.150

33.155

33.160

33.165

33.17033.17133.172

33.173

33.175

33.180

33.185

33.190

33.195

33.200

33.205

33.210

33.215

33.220

33.225

33.230

33.235

33.24033.241

33.242

33.245

33.249

33.250

33.255

33.25933.260

33.261

33.265

33.266

33.270

33.275

33.276

33.280

33.285

33.286

33.290

33.295

33.300

33.305

33.309

33.310

33.315

33.32033.321

33.322

33.32533.32633.32733.328

Extensão do lote

1 km

2 km

3 km

4 km

5 km

6 km

7 km

8 km

9 km

10 km

11 km

12 km

13 km

14 km

15 km

16 km

17 km

17,773 km

Acostamento

P. InternaCant. Central

P. Externa

Acostamento

DESMATAMENTO E SERVIÇOS PRELIMINARESDRENAGEM SUPERFICIAL E SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTEBUEIROS DE TALVEGUE E GALERIAS TERRAPLENAGEMPAVIMENTO RÍGIDO - CONCRETOPAVIMENTO RÍGIDO - CONCRETO CCRPAVIMENTO RÍGIDO - BGSPAVIMENTO FLEXÍVEL - CBUQ / BINDERPAVIMENTO FLEXÍVEL - BGSPAVIMENTO FLEXÍVEL - BGTCREFORÇO DE SUB-LEITOSINALIZAÇÃO E ELEMENTOS DE SEGURANÇALIBERAÇÃO AMBIENTALOAE - PISTA INTERNA e EXTERNAMESES DE CHUVA

OA

E 4

09

OA

E 4

08

OA

E 4

07

OA

E 4

10

23

OA

E 41

3

31

33

26

28

24

32

26

2010 35

34

36

32

25

OA

E 4

05

10

OA

E 4

01

8OA

E 4

16

17

OA

E 41

7

OA

E 41

5

22

18

3

9

5

7

12

11OA

E 4

06

LIM

ITE

LOTE

3

33

36

2009

24

28

30

27

31

29

23

2008

15

16 16

18

OA

E 4

12

OA

E 4

03

22

19

13

12

21

20

14

OA

E 4

14

19

21

17

15

OA

E 4

02

11

6 6

4

3

22

4

2007

2008

9

14

10

13

20

7

8

5

2010

2009

27

25

11

OA

E 4

04

OA

E 41

1

2007

35

34

29

30

OAE 401 - Itaquaquecetuba OAE 402 - Billings OAE 403 - Pass. Gado OAE 404 - Sind. Eletricitários OAE 405 - Paulo G. Reimberg OAE 406 - T. Inoue OAE 407 - Cava Mineração OAE 408 - Ferroban OAE 409 - Oito Lagos OAE 410 - Estr. Itaim OAE 411 - Sadamu Inoue OAE 412 - Recanto dos Nobres OAE 413 - Estr. Paiol OAE 414 - Estrada Jaceguava OAE 415 - Parque Jaceguava OAE 416 - GuarapirangaCanteiro AdministrativoConsórcio Camargo Corrêa Serveng

DME 07 - Paiol -Lib. 30/05/2007

DME 10 - Ás de Ouro - Lib.

DME - Paulo Reimberg - Lib DME - Oito Lagos -DME 9A, 9B -

OAE 401 - ItaquaquecetubaP. Externa - Est. 32.249+12,376 a 32.250+5,476 - Dimensão: 13,10 x 16,10m; P. Interna - Est. 32.249+2,368 a 32.249+15,468 - Dimensão: 13,10 x 16,10m;Período: 16/10/07 a 15/04/08

OAE 402 - BillingsP. Externa / Interna - Est. 32.295+8,500 a 32.329+13,500; Dimensão: P. Externa / P. Interna 685,00 x 16,10m;Período: 01/11/07 a 31/10/09

OAE 404 - Sind. EletricitáriosP. Externa - Est. 32.375+10,800 a 32.381+10,400 - Dimensão: 119,60 x 16,10m;P. Interna - Est. 32.375+15,800 a 32.382+16,400 - Dimensão: 140,60 x 16,10m;Período: 16/10/07 a 15/09/08

OAE 403 - Passagem de GadoP. Interna / P. Externa - Est. 32.368+0,000; Dimensão: P. Externa / P. Interna 5,90 x 16,10m;Período: 01/06/08 a 30/09/08

OAE 405 - Paulo G. ReimbergP. Interna / Externa - Est. 32.464+4,496 a 32.465+6,396;Dimensão: P. Externa / P. Interna 19,20 x 16,10m;Período: 16/10/07 a 15/05/08

OAE 406 - Tadao InoueEst. 32.552+0,000;Dimensão: 80,00 x 12,53m;Período: 16/10/07 a 15/07/08

OAE 407 - Cava MineraçãoP. Interna / Externa - Est. 32.579+7,300 a 32.579+18,700;Dimensão: P. Externa / P. Interna 11,40 x 16,10m;Período: 01/04/08 a 28/10/08

OAE 408 - FerrobanEst. 32.596+0,000;Dimensão: 7,50 x 80,00m;Período: 02/01/08 a 08/09/08

OAE 409 - Pesq. Oito LagosEst. 32.614+0,000;P. Externa / P. Interna - Dimensão: 7,30 x 16,10m;Período: 15/09/08 a 16/02/09

OAE 410 - Estr. ItaimP. Interna / Externa - Est. 32.649+10,000 a 32.657+12,200; Dimensão: P. Externa / P. Interna 162,20 x 16,10m;Período: 02/01/08 a 31/12/08

OAE 411 - Sadamu InoueP. Interna / Externa - Est. 33.002+7,000 a 33.004+7,000;Dimensão: P. Externa / P. Interna 40,00 x 16,10m;Período: 17/09/07 a 15/04/08

OAE 412 - Rec. NobresP. Interna / Externa - Est. 33.083+15,070 a 33.084+8,930;Dimensão: P. Externa / P. Interna13,86 x 16,10m;Período: 01/10/08 a 13/04/09

OAE 413 - Estr. PaiolP. Interna / Externa - Est. 33.171+15,916 a 33.172+9,802;Dimensão: P. Externa / P. Interna 13,89 x 16,10m;Período: 02/02/09 a 13/08/09

OAE 414 - Estr. JaceguavaP. Interna / Externa - Est. 33.241+3,070 a 33.241+16,930;Dimensão: P. Externa / P. Interna 13,86 x 16,10m;Período: 16/07/08 a 26/01/09

OAE 415 - Pq. JaceguavaP. Interna / Externa - Est. 33.259+12,606 a 33.260+6,466;Dimensão: P. Externa / P. Interna 13,86 x 16,10m;Período: 02/01/08 a 12/07/08

OAE 416 - GuarapirangaP. Interna / Externa - Est. 33.309+14,500 a 33.321+19,500; Dimensão: P. Externa / P. Interna245,00 x 16,10m;Período: 01/06/07 a 28/05/08

OAE 417 - Caulim

OAE 417 - Ponte CaulimP. Interna - 32.746+12,180 a 32.751+18,380 / P. Externa 32.746+2,00 a 32.751+8,200;Dimensão: P. Externa / P. Interna 106,20 x 16,10m;Período: 16/04/ 08 a 15/10/08