chillan 2

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Reconstrução após o tremor Investimentos renovam a estação E m sua terceira tem- porada em novas mãos, Nevados de Chillán, que antes se chamava Termas de Chil- lán, é operado agora pelo Consórcio Chillán. O grupo venceu os antigos administra- dores da estação numa licita- ção que atraiu empresas lo- cais e do México, em 2007. O novo contrato foi assinado no ano seguinte e, desde então, Nevados de Chillán recebeu US$ 8 milhões em investimen- tos em reformas de instala- ções e novos equipamentos para fazer valer a descida no mapa dos Andes. Até 2016, o consórcio pro- mete investir mais US$ 32 mi- lhões, com a implantação de quatro novos teleféricos, au- mentando para 11 a quantida- de de meios de elevação nas montanhas. Também está pre- vista a abertura, em dois anos, de um novo hotel padrão qua- tro estrelas em meio à cordi- lheira, com capacidade para 400 hóspedes, que vai ampliar a capacidade de hospedagem do lugar. — Hoje temos 5,5 quilôme- tros de teleféricos e serão 11 quilômetros em 2014, levan- do a diversos estágios das montanhas — conta o geren- te de marketing do hotel, Gon- zalo Navarrete. Nevados de Chillán oferece trilhas para todos os níveis de esquiadores, um complexo com nove piscinas e três spas termais (que exploram a força natural dos vulcões) e um va- le, batizado de Hermoso, dedi- cado ao camping (somente durante o verão) e a outros es- portes de aventura, como tiro- lesa e parede de escalada (es- ses também no inverno). Mes- mo para quem tem o esqui co- mo ideia fixa, não faltam ou- tras opções de lazer. Um dos principais centros de esqui do país, Chillán ainda batalha pa- ra alcançar, na preferência dos turistas, as badaladas esta- ções de Portillo e Valle Neva- do, que ficam bem mais perto de Santiago. Abalado por um terre- moto em fevereiro passado, que atingiu sobretudo a re- gião de Bío-Bío, o Chile ain- da apresenta indícios do sismo. Danificado pelo tre- mor de terra, que alcançou nove graus na escala Rich- ter, o aeroporto de Santiago ainda está sendo reforma- do. Há tapumes fechando trechos do salão de embar- que nacional e internacio- nal. Mas nada que impeça a circulação dos turistas. As estradas que ligam Con- cepción a Chillán também estão em obras de repara- ção, porque muitas pontes e pistas ruíram. Nas duas horas e meia de viagem, cruzamos com pelo menos quatro frentes de obras, que funcionam até mesmo nos finais de semana. Em Nevados de Chillán, o terremoto também dei- xou vestígios. Um dos seis prédios com apartamentos particulares ou para alu- guel do local foi severa- mente atingido. Cheio de rachaduras, o prédio foi in- terditado e terá que ser de- molido. Vários funcioná- rios do hotel, cujas famí- lias moram em Chillán, Pinto e Concepción, per- deram suas casas e paren- tes durante o terremoto e o tsunami que o seguiu. Os funcionários da estação de esqui e o consórcio que administra o lugar se mo- bilizaram e fizeram doa- ções para ajudar as vítimas e a reconstrução dos lo- cais atingidos. Fotos de Isabela Bastos TURISTAS em um teleférico: rede passará de 5,5 para 11 quilômetros ÁREA que receberá novo hotel (à direita) começa a ser preparada

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Boa Viagem ● 1716 ● Boa Viagem

Reconstrução após o tremor

Investimentos renovam a estação

E m sua terceira tem-porada em novasmãos, Nevados deChillán, que antes

se chamava Termas de Chil-lán, é operado agora peloConsórcio Chillán. O grupovenceu os antigos administra-dores da estação numa licita-ção que atraiu empresas lo-cais e do México, em 2007. Onovo contrato foi assinado no

ano seguinte e, desde então,Nevados de Chillán recebeuUS$ 8 milhões em investimen-tos em reformas de instala-ções e novos equipamentospara fazer valer a descida nomapa dos Andes.

Até 2016, o consórcio pro-mete investir mais US$ 32 mi-lhões, com a implantação dequatro novos teleféricos, au-mentando para 11 a quantida-

de de meios de elevação nasmontanhas. Também está pre-vista a abertura, em dois anos,de um novo hotel padrão qua-tro estrelas em meio à cordi-lheira, com capacidade para400 hóspedes, que vai ampliara capacidade de hospedagemdo lugar.

— Hoje temos 5,5 quilôme-tros de teleféricos e serão 11quilômetros em 2014, levan-do a diversos estágios dasmontanhas — conta o geren-te de marketing do hotel, Gon-zalo Navarrete.

Nevados de Chillán oferecetrilhas para todos os níveis deesquiadores, um complexocom nove piscinas e três spastermais (que exploram a forçanatural dos vulcões) e um va-le, batizado de Hermoso, dedi-cado ao camping (somentedurante o verão) e a outros es-portes de aventura, como tiro-lesa e parede de escalada (es-ses também no inverno). Mes-mo para quem tem o esqui co-mo ideia fixa, não faltam ou-tras opções de lazer. Um dosprincipais centros de esqui dopaís, Chillán ainda batalha pa-ra alcançar, na preferênciados turistas, as badaladas esta-ções de Portillo e Valle Neva-do, que ficam bem mais pertode Santiago.

Abalado por um terre-moto em fevereiro passado,que atingiu sobretudo a re-gião de Bío-Bío, o Chile ain-da apresenta indícios dosismo. Danificado pelo tre-mor de terra, que alcançounove graus na escala Rich-ter, o aeroporto de Santiagoainda está sendo reforma-do. Há tapumes fechandotrechos do salão de embar-que nacional e internacio-nal. Mas nada que impeçaa circulação dos turistas.As estradas que ligam Con-cepción a Chillán tambémestão em obras de repara-ção, porque muitas pontese pistas ruíram. Nas duashoras e meia de viagem,cruzamos com pelo menosquatro frentes de obras,que funcionam até mesmo

nos finais de semana.Em Nevados de Chillán,

o terremoto também dei-xou vestígios. Um dos seisprédios com apartamentosparticulares ou para alu-guel do local foi severa-mente atingido. Cheio derachaduras, o prédio foi in-terditado e terá que ser de-molido. Vários funcioná-rios do hotel, cujas famí-lias moram em Chillán,Pinto e Concepción, per-deram suas casas e paren-tes durante o terremoto e otsunami que o seguiu. Osfuncionários da estaçãode esqui e o consórcio queadministra o lugar se mo-bilizaram e fizeram doa-ções para ajudar as vítimase a reconstrução dos lo-cais atingidos.

Fotos de Isabela Bastos

TURISTAS em um teleférico: rede passará de 5,5 para 11 quilômetros

ÁREA que receberá novo hotel (à direita) começa a ser preparada