Capitulo 5 - Acasos

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7/21/2019 Capitulo 5 - Acasos http://slidepdf.com/reader/full/capitulo-5-acasos 1/4 5: Acasos Hospital 09h00 AM Washington D.C.  No sonho, Booth ouviu um bip seguido das palavras: “Estou no Diner...”  Na realidade escutou uma mulher falando com um homem na escuridão. Aos poucos ele percebeu ue estava de olhos fechados. !entou abri"los, mas não conseguiu. #uviu um pouco mais da mulher reclamando com o homem. $ua mem%ria voltou aos poucos, o beco, a vo& do homem e a mulher indicando o local, depois a escuridão total. A l'mina. $eria poss(vel ue tivesse sido esfaueado) *onstatou ue não, ergueu um pouco do bra+o direito e sentiu a dor invadir seu corpo, não conseguiu soltar um gemido, sua boca parecia estar inchada demais para isso. evaria um tempo at- algu-m aparecer. #s minutos se arrastaram, talve&, muito devagar. oderia ter apagado durante o dia todo, ou talve& por dias. $entiu uma dor mais forte em sua cabe+a, apertou o botão repentinamente e ningu-m apareceu. “#ra, ora/” resmungou uma vo&. Booth virou o rosto e abriu um pouco dos olhos. 0ma mulher meio gorda estava vestida de enfermeira. $e apro1imou dele e finalmente ele olhou o crach2. Beth 3orman. Estava escrito. “4oc5 finalmente acordou dorminhoco” ela disse num tom suave colocando os %culos para checar seus batimentos card(acos. “*omo est2 se sentindo)” ela perguntou. “*omo se tivesse sido espancado” ele devolveu. Ela sorriu e voltou o olhar para mauina, olhou para uma peuena parte de seu  bra+o ue estava enfai1ado. “# ue aconteceu aui)” ele perguntou colocando a outra mão sobre o ferimento. A mulher suspirou e come+ou a desenrolar a peuena parte. “!enho ue trocar a fai1a toda ve& ue tiver muito sangue, algu-m dei1ou uma ponta de um canivete dentro de voc5” ela desenrolou mais um pouco passando o 2lcool para conter o sangue. “A cirurgia foi feita assim ue chegou, se não voc5 poderia ter uma infec+ão”. Booth suspirou e seu rosto se contraiu uando o 2lcool entrou em contato com o corte em seu bra+o. “Algu-m avisou meus amigos) Bones, algu-m avisou a Bones)” ele perguntou se contraindo. “4oc5 chegou sem registros, bonitão. evaram seu carro para o 6B7 investigar e soubemos ue voc5 era um agente, mas Andre8 pediu para esperar voc5 acordar”

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5: AcasosHospital09h00 AM Washington D.C.

 No sonho, Booth ouviu um bip seguido das palavras: “Estou no Diner...”

 Na realidade escutou uma mulher falando com um homem na escuridão.Aos poucos ele percebeu ue estava de olhos fechados. !entou abri"los, mas nãoconseguiu. #uviu um pouco mais da mulher reclamando com o homem. $ua mem%riavoltou aos poucos, o beco, a vo& do homem e a mulher indicando o local, depois aescuridão total.

A l'mina. $eria poss(vel ue tivesse sido esfaueado)

*onstatou ue não, ergueu um pouco do bra+o direito e sentiu a dor invadir seucorpo, não conseguiu soltar um gemido, sua boca parecia estar inchada demais paraisso. evaria um tempo at- algu-m aparecer.

#s minutos se arrastaram, talve&, muito devagar. oderia ter apagado durante odia todo, ou talve& por dias. $entiu uma dor mais forte em sua cabe+a, apertou o botãorepentinamente e ningu-m apareceu.

“#ra, ora/” resmungou uma vo&.

Booth virou o rosto e abriu um pouco dos olhos. 0ma mulher meio gorda estavavestida de enfermeira. $e apro1imou dele e finalmente ele olhou o crach2. Beth3orman. Estava escrito.

“4oc5 finalmente acordou dorminhoco” ela disse num tom suave colocando os%culos para checar seus batimentos card(acos. “*omo est2 se sentindo)” ela perguntou.

“*omo se tivesse sido espancado” ele devolveu.

Ela sorriu e voltou o olhar para mauina, olhou para uma peuena parte de seu bra+o ue estava enfai1ado.

“# ue aconteceu aui)” ele perguntou colocando a outra mão sobre oferimento.

A mulher suspirou e come+ou a desenrolar a peuena parte. “!enho ue trocar afai1a toda ve& ue tiver muito sangue, algu-m dei1ou uma ponta de um canivete dentrode voc5” ela desenrolou mais um pouco passando o 2lcool para conter o sangue. “Acirurgia foi feita assim ue chegou, se não voc5 poderia ter uma infec+ão”.

Booth suspirou e seu rosto se contraiu uando o 2lcool entrou em contato com ocorte em seu bra+o.

“Algu-m avisou meus amigos) Bones, algu-m avisou a Bones)” ele perguntouse contraindo.

“4oc5 chegou sem registros, bonitão. evaram seu carro para o 6B7 investigar esoubemos ue voc5 era um agente, mas Andre8 pediu para esperar voc5 acordar”

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“Andre8. Andre8 9acer)” ele perguntou retesando a mand(bula.

Beth encostou as costas de Booth sobre o travesseiro olhou pelo vidro esuspirou. “92 um monte de pessoas uerendo lhe ver, como voc5 estava desacordadonão dei1amos ningu-m entrar”

“Bones est2 ai)”

“Não, senhor. Não temos ossos aui” a mulher resmungou.

“!emperance Brennan. Ela veio)”

Beth sorriu com a preocupa+ão dele. “$ua esposa)”

“Não. arceira. ;ande"a entrar”

Beth se afastou e simplesmente saiu da sala. assaram"se alguns minutos eBooth conseguiu ouvir passos hesitantes. Brennan não estava so&inha, pelo vidro ele viu*am, $8eets, <ngela e 9odgins.

Eles entraram em sil5ncio e uase ca(ram aos prantos uando viram Booth. # bra+o enfai1ado, os l2bios en1ados e v2rios hematomas no rosto e abd=men.

“# ue fi&eram com voc5, 3";an)” <ngela foi a primeira a perguntar.

$eele> olhou para Brennan, ela estava encostada no batente da porta, eobservava a conversa. Booth estava sem camisa, por causa dos hematomas os m-dicoshaviam o dei1ado dauele modo.

!emperance Brennan estava se sentindo confusa, Booth havia dito uma ve& ueeles eram o centro, mas de repente ele resolveu ir para um beco e levou uma surra comono livro. 9aviam o dei1ado com os mesmo hematomas ue ela havia descrito em And>.Ele havia mentido e a dei1ara com ?ic, na verdade ?ic, estava atr2s delaacompanhando toda cena.

“Bones...” Booth come+ou assim ue seus olhos a alcan+aram. “Eu...” elecome+ou a falar e parou, uando ela simplesmente se virou e saiu do uarto

acompanhada por ?ic.“Ela est2 assim desde ontem, 3";an, eu não sei por ue” <ngela disse tentando

soar tran@ila.

“Diga a ela ue eu falhei. As coisas estão confusas, mas eu vou ficar ao ladodela. N%s somos parceiros” ele suspirou. “$empre”

Royal Diner09h30 AM, Washington D.C.

ietra estava lavando os pratos, assim como tinha combinado com Nash,cuidaria dauela parte. !emperance Brennan havia aparecido no Diner, mas como 2

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sabia $eele> Booth estava apanhando em um beco. Enrolou h2 ovem bastante tempo euando percebeu ue não daria mais tempo de segura"l2 ali ligou para !iger e avisou dasa(da dela.

# homem por sua ve&, dei1ou Booth inconsciente, assim como no livro e depois

encontrou Nash em um bar e tomaram cervea at- tarde.

“# ue vai fa&er agora)” a mo+a perguntou enuanto esfregava uma mesa.

“4ou procurar meu primo e ter certe&a de ue a !empe, est2 arrasada comBooth”

“E o !iger)”

“Ele não pisou na bola, na verdade, ele est2 sempre com Brennan”

 Nash riu. Como sempre.

Casa da Brennanh00 AM, Washington D.C.

Brennan 2 havia olhado todo o livro, as coisas estavam fora do comum. Depoisdo ataue contra Booth, algu-m perto deles tentaria tirar sua vida com um tiro. ;astodos ue estavam com eles, 2 eram conhecidos. E1ceto... ?ic.

# homem estava de p- olhando para ela, para cada passo. Brennan levantou osolhos do computador e percebeu o olhar do homem.

“Algum problema, Dr. Brennan)” ele perguntou.

“Não, ?ic. Acho ue vou voltar para o hospital, uer me acompanhar)”

“Est2 sob urisdi+ão federal, senhorita Brennan. Eu tenho ordens para lheacompanhar”

“#rdens do Booth ou do assassino)” ela provocou.

# sorriso de menino sumiu do rosto do homem e ele avan+ou os passos para perto de Brennan.

  Casa de Hodgins e !ngela"h00 AM, Washington D.C.

ac 9odgins estava em seu noteboo, depois do angelator tradu&ir o poss(velataue de Booth. effersonian mandaram todos para casa, mas os dois haviamcontinuado a investiga+ão, algo estava errado. Estavam folheando as p2ginas do livro.

“# livro não auda com 2libi algum, a Bren, vai enlouuecer”

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“Ela 2 esta louca, Ange” ac parou em uma das p2ginas. “Ange, olha isso”

<ngela se apro1imou e leu a p2gina em ue ac havia mostrado.

“Algu-m pr%1imo da Bren, vai mata"l2)”

“?ic, Ange, ele est2 com Brennan” 9odgins largou o livro enuanto se dirigia para fora da casa. “igue para o Booth”

Casa da Brennan"h"0 AM, Washington D.C.

# sangue estava escorrendo de seu peito, a respira+ão estava arfante. Vamos,

 Brennan. Você consegue – Brennan ainda tentava manter o foco. # homem havia lutadocom ela e mesmo utili&ando suas formas de luta, havia perdido e ele atirara bem em seu

 peito, estava algum tempo com a respira+ão arfante. utou mais um pouco e depois tudo

desapareceu como a noite em dia de chuvas, sem uma lu&, sem estrelas, sem Booth.Estava morrendo por uma boa causa.

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Booth fugira do hospital com *am, estava acostumado a fa&er isso, havia ligado para o 6B7, rastrearam ?ic pelo celular e assim ue o acharam o prenderam.

“;ais r2pido *am”

“9odgins 2 lhe tirou do hospital uma ve&, não acredito ue estou fa&endo omesmo” ela sussurou, enuanto apertava mais forte o acelerador.

# carro parou em frente C casa de Brennan, *am foi a primeira a sair do carro.<ngela e 9odgins sa(ram do carro deles e correram para dentro da casa.

$eele> andou devagar, havia pegado a arma de *am dentro do carro, se algu-mestivesse ali morreria. Entrou na casa devagar, enuanto o resto da euipe olhava o ladode fora.

Brennan estava no chão o sangue escorrendo do ferimento, hemorragia, ela iria

morrer, ele andou at- ela e se lan+ou ao chão, pressionando o ferimento.“*am/ *amille/ ac/ <ngela/ Ela est2 aui, me audem/” ele gritou tentando

inltimente carregar o corpo da parceira.