Capítulo 16 - Ciência e Meio Ambiente (II) · prevalência do sedentarismo entre as crianças faz...

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1 Capítulo 16 - Ciência e Meio Ambiente (II) Reabilitação alimentar Texto I Pesquisa relaciona alimentação a fraco desempenho escolar Manter as crianças longe das batatas fritas dá trabalho, mas um estudo realizado pela Universidade de Ohio, nos EUA, e publicado na revista “Clinical Pediatrics” sugere que o futuro dos pequenos depende desse esforço. Comer fast-food, segundo a pesquisa, está ligado a um pior desempenho escolar. O levantamento mediu o consumo desses “lanches rápidos” por 11.740 crianças americanas de 10 anos e avaliou o resultado de testes acadêmicos realizados três anos depois, quando elas estavam na 8ª série do ensino fundamental. Aquelas que consumiam fast-food diariamente tiveram pontuação média de 79 em ciência, já aquelas que nunca se alimentavam dessa forma tiveram nota 83. Resultados semelhantes apareceram em testes de compreensão de texto e matemática. Ao responder quantas vezes tinham consumido uma refeição ou lanche de um restaurante de fast-food, incluindo aí McDonald’s, Pizza Hut, Burger King e KFC, 52% das crianças disseram ter comido em algum deles entre uma e três vezes na semana anterior, e 10% haviam ingerido esse tipo de alimento de quatro a seis vezes. Para outros 10%, esse consumo tinha sido diário. Os resultados se mantiveram iguais mesmo após os pesquisadores levarem em conta uma grande variedade de fatores que poderiam explicar por que aqueles com alto consumo desses lanches tiveram pontuações mais baixas. Foi considerado o quanto de exercício faziam, o quanto eles assistiam a TV, quais outros alimentos comiam, o nível socioeconômico da família e as características de seu bairro e de sua escola. Os responsáveis pela pesquisa se concentraram na relação estatística do consumo de fast-food com pior desempenho escolar, sem se ater às causas biológicas por trás do fenômeno. Mas eles citaram outras pesquisas que mostraram que esse tipo de alimento carece de nutrientes, especialmente o ferro, que ajuda no desenvolvimento cognitivo. Além disso, as dietas ricas em gordura e açúcar — semelhante às refeições estudadas - têm sido apontadas como fator que atrapalha os processos de memória e aprendizagem. Segundo o endocrinologista Luciano Negreiros, a substituição de um prato equilibrado pelo vulgo junk food, e a prevalência do sedentarismo entre as crianças faz com que a obesidade seja um problema latente no Brasil. Dados de 2013 da Iniciativa de Vigilância da Obesidade Infantil, parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontaram que cerca de um terço dos pequenos de 6 a 9 anos está obeso ou acima do peso em todo o mundo. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, a proporção é a mesma. (...) Hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, varizes, hérnias, doenças emocionais, câncer e problemas ortopédicos são reflexos da má alimentação na vida adulta. Em alguns casos, há resistência dos próprios pais quanto à reeducação alimentar. Preocupado com esta realidade, Negreiros desenvolveu o “Projeto Bolochinha”, que visa a transformar pais, professores e educadores em multiplicadores da importância da qualidade alimentar e da prática de exercícios físicos por meio de palestras. - O ambiente escolar tem que passar pela mudança, e a família inteira deve ser envolvida. Porque não adianta os pais se esforçarem se, na hora em que a criança chega na casa da avó, por exemplo, muda tudo - diz Negreiros, que costuma negociar com alguns pacientes uma refeição de fast-food a cada 15 dias. Fonte: goo.gl/ts9TcDcontent_copy Texto II A alimentação é uma necessidade básica do ser humano e o ato de alimentar-se, embora possa parecer comum, envolve uma multiplicidade de aspectos que influenciam a qualidade de vida do indivíduo. Mais do que em qualquer época da história da humanidade, existe recentemente uma gama enorme de informações sobre a alimentação adequada para o crescimento e desenvolvimento da criança e para a garantia de uma boa saúde futura e, no entanto, a obesidade constitui-se hoje num sério problema de saúde pública. O hábito alimentar de um indivíduo é de natureza bastante complexa e o seu estabelecimento implica numerosos fatores; porém, de um modo geral, o tipo de alimentação baseia-se na disponibilidade de alimentos, nos recursos econômicos e na capacidade de escolha das pessoas. É principalmente na infância que os hábitos alimentares são formados. Esses hábitos, que tendem a se manter ao longo da vida, são determinados principalmente por fatores fisiológicos, sócio- culturais e psicológicos. Existem vários outros fatores que influenciam o comportamento alimentar, entre eles, fatores externos como a unidade familiar e suas características, as atitudes de pais e amigos, os valores culturais e sociais e a influência da mídia. Há também os fatores internos tais como as necessidades e características psicológicas, a imagem corporal, os valores e experiências pessoais e as preferências alimentares. A família, primeira referência da criança, é a responsável pela transmissão da cultura alimentar. Em seu processo de socialização, a criança aprende sobre a sensação de fome e saciedade, desenvolve a percepção para os sabores e estabelece as

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Capítulo 16 - Ciência e Meio Ambiente (II)

Reabilitação alimentar

Texto I

Pesquisa relaciona má alimentação a fraco desempenho

escolar

Manter as crianças longe das batatas fritas dá trabalho,

mas um estudo realizado pela Universidade de Ohio, nos EUA, e

publicado na revista “Clinical Pediatrics” sugere que o futuro dos

pequenos depende desse esforço. Comer fast-food, segundo a

pesquisa, está ligado a um pior desempenho escolar.

O levantamento mediu o consumo desses “lanches

rápidos” por 11.740 crianças americanas de 10 anos e avaliou o

resultado de testes acadêmicos realizados três anos depois, quando

elas estavam na 8ª série do ensino fundamental. Aquelas que

consumiam fast-food diariamente tiveram pontuação média de 79

em ciência, já aquelas que nunca se alimentavam dessa forma

tiveram nota 83. Resultados semelhantes apareceram em testes de

compreensão de texto e matemática.

Ao responder quantas vezes tinham consumido uma

refeição ou lanche de um restaurante de fast-food, incluindo aí

McDonald’s, Pizza Hut, Burger King e KFC, 52% das crianças

disseram ter comido em algum deles entre uma e três vezes na

semana anterior, e 10% haviam ingerido esse tipo de alimento de

quatro a seis vezes. Para outros 10%, esse consumo tinha sido diário.

Os resultados se mantiveram iguais mesmo após os

pesquisadores levarem em conta uma grande variedade de fatores

que poderiam explicar por que aqueles com alto consumo desses

lanches tiveram pontuações mais baixas. Foi considerado o quanto

de exercício faziam, o quanto eles assistiam a TV, quais outros

alimentos comiam, o nível socioeconômico da família e as

características de seu bairro e de sua escola.

Os responsáveis pela pesquisa se concentraram na relação

estatística do consumo de fast-food com pior desempenho escolar,

sem se ater às causas biológicas por trás do fenômeno. Mas eles

citaram outras pesquisas que mostraram que esse tipo de alimento

carece de nutrientes, especialmente o ferro, que ajuda no

desenvolvimento cognitivo. Além disso, as dietas ricas em gordura e

açúcar — semelhante às refeições estudadas - têm sido apontadas

como fator que atrapalha os processos de memória e aprendizagem.

Segundo o endocrinologista Luciano Negreiros, a

substituição de um prato equilibrado pelo vulgo junk food, e a

prevalência do sedentarismo entre as crianças faz com que a

obesidade seja um problema latente no Brasil.

Dados de 2013 da Iniciativa de Vigilância da Obesidade Infantil, parte

da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontaram que cerca de

um terço dos pequenos de 6 a 9 anos está obeso ou acima do peso

em todo o mundo. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde,

a proporção é a mesma.

(...)

Hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares,

varizes, hérnias, doenças emocionais, câncer e problemas

ortopédicos são reflexos da má alimentação na vida adulta. Em

alguns casos, há resistência dos próprios pais quanto à

reeducação alimentar. Preocupado com esta realidade,

Negreiros desenvolveu o “Projeto Bolochinha”, que visa a

transformar pais, professores e educadores em multiplicadores da

importância da qualidade alimentar e da prática de exercícios físicos

por meio de palestras.

- O ambiente escolar tem que passar pela mudança, e a

família inteira deve ser envolvida. Porque não adianta os pais se

esforçarem se, na hora em que a criança chega na casa da avó, por

exemplo, muda tudo - diz Negreiros, que costuma negociar com

alguns pacientes uma refeição de fast-food a cada 15 dias.

Fonte: goo.gl/ts9TcDcontent_copy

Texto II

A alimentação é uma necessidade básica do ser humano e

o ato de alimentar-se, embora possa parecer comum, envolve uma

multiplicidade de aspectos que influenciam a qualidade de vida do

indivíduo.

Mais do que em qualquer época da história da

humanidade, existe recentemente uma gama enorme de

informações sobre a alimentação adequada para o crescimento e

desenvolvimento da criança e para a garantia de uma boa saúde

futura e, no entanto, a obesidade constitui-se hoje num sério

problema de saúde pública.

O hábito alimentar de um indivíduo é de natureza bastante

complexa e o seu estabelecimento implica numerosos fatores;

porém, de um modo geral, o tipo de alimentação baseia-se na

disponibilidade de alimentos, nos recursos econômicos e na

capacidade de escolha das pessoas.

É principalmente na infância que os hábitos alimentares

são formados. Esses hábitos, que tendem a se manter ao longo da

vida, são determinados principalmente por fatores fisiológicos, sócio-

culturais e psicológicos.

Existem vários outros fatores que influenciam o

comportamento alimentar, entre eles, fatores externos como a

unidade familiar e suas características, as atitudes de pais e amigos,

os valores culturais e sociais e a influência da mídia. Há também os

fatores internos tais como as necessidades e características

psicológicas, a imagem corporal, os valores e experiências pessoais

e as preferências alimentares.

A família, primeira referência da criança, é a responsável

pela transmissão da cultura alimentar. Em seu processo de

socialização, a criança aprende sobre a sensação de fome e

saciedade, desenvolve a percepção para os sabores e estabelece as

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suas preferências, iniciando a formação de seu comportamento

alimentar.

(...)

Outra importante influência sobre os hábitos

alimentares é exercida pela mídia que, de maneira geral, também

procura determinar comportamentos e escolhas alimentares de 4

crianças e jovens. Assim algumas propagandas veiculadas utilizam

vários recursos para conseguir ditar uma verdadeira “cultura

alimentar”. Em relação à televisão, por exemplo, pode- se observar

que ela exerce impacto decisivo nos hábitos de consumo.

A televisão é considerada o meio de comunicação com

maior capacidade de influência sobre os adolescentes, não só pela

sua popularidade como também pelo tempo que os jovens

despendem junto ao aparelho de TV. Pesquisas têm apontado um

aumento perceptível do tempo gasto com o hábito de assistir TV. Nos

Estados Unidos, adolescentes assistem em média 22h de televisão

por semana, sendo o tempo gasto com a TV muitas vezes maior do

que o tempo utilizado com qualquer outra atividade de lazer. No

Brasil, estudo realizado por Silva e Malina (2000) aponta

para dados ainda mais preocupantes – cerca de 4,4 a 4,9 horas

por dia são gastas pelos adolescentes diante da televisão, um valor

bem acima da média americana.

Fonte: goo.gl/ATq55Ocontent_copy

Texto III

Pirâmide Alimentar é um instrumento, sob a forma gráfica,

que tem como objetivo orientar as pessoas para uma dieta mais

saudável. É um guia alimentar geral que demonstra como deve ser

a alimentação diária para uma população saudável, acima de 2 anos

de idade.

Cada parte da pirâmide representa um grupo de alimentos

e o número de porções recomendadas diariamente. Na alimentação

diária devemos incluir sempre todos os grupos recomendados para

garantir os nutrientes que o nosso organismo necessita. Os alimentos

que precisam ser consumidos numa quantidade maior estão na

base da pirâmide e os que precisam ser consumidos em menor

quantidade estão no topo da pirâmide.

Para sabermos o número correto de porções diárias a

serem ingeridas de cada grupo de alimentos, é necessário observar

as calorias diárias que cada indivíduo necessita.

Portanto, é necessário que o profissional da área de

nutrição planeje o programa alimentar, pois este varia conforme

sexo, peso, idade, altura e necessidades individuais. Em média, a

maioria dos indivíduos necessita de, pelo menos, um número

mínimo de porções dentro das variações recomendadas.

Fonte: http://bit.ly/2dQ32mL

Na base da pirâmide, encontramos os alimentos ricos em

carboidratos como massas, pães e cereais . Por estarem no maior

grupo, devem ser consumidos em maiores quantidades durante o

dia. Em seguida, encontramos o grupo das frutas e verduras que

fornecem vitaminas, minerais e fibras para o nosso corpo.

No terceiro nível da pirâmide, estão os alimentos de fontes

de proteínas e minerais como carnes, leguminosas, leite e derivados.

No topo da pirâmide estão representados os alimentos que devem

ser consumidos com moderação, pois além de calóricos, podem levar

à obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e outras

enfermidades. Neste grupo estão os doces, açúcares, óleos e

gorduras.

Fonte: goo.gl/WxFCDPcontent_copy

Texto IV

Glúten: ruim para quem?

Depois do ovo, da carne vermelha e da frutose, chegou a

vez do glúten, proteína presente em trigo, centeio e cevada, assumir

o posto de vilão da saúde. Enquanto celebridades atribuem seus

corpos magros à dieta sem glúten, alguns especialistas iniciaram

um movimento para provar que a proteína faz mal e está ligada

ao aumento de casos de doenças graves, como as cardíacas e o

Alzheimer. Boa parte do que se alardeia sobre a proteína, por

enquanto, é especulação - o glúten não engorda e a ciência ainda

não comprovou que ele provoque Alzheimer, por exemplo. Por

que, então, alimentos tão comuns como macarrão, pão e molhos

passaram a ser considerados uma ameaça à saúde?

O ataque ao pãozinho é consequência da proliferação das

dietas desintoxicantes. Elas ganharam força em meados de 2005,

incentivadas por livros como Dr. Joshi's Holistic Detox: 21 Days to a

Healthier, Slimmer You - For Life (Desintoxicação holística do doutor

Joshi: 21 dias para ter mais saúde e magreza - para a vida, em

tradução livre), do terapeuta holístico inglês Nishi Joshi. O glúten é

um dos alimentos proibidos de uma longa relação. No Brasil, o

programa detox é defendido por alguns nutricionistas, especialmente

de uma corrente chamada funcional - baseada em alimentos não só

saudáveis, mas especificamente indicados para a prevenção de

males. Entre linhas mais ortodoxas da nutrição, essa dieta não tem

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tanto crédito. Entre os médicos, é raro quem a defenda - afinal, não

há evidências científicas contundentes de que funcione.

(...)

O glúten tem algumas particularidades que o

desfavorecem. Ele está presente em diversos alimentos ricos em

carboidratos e com alto índice glicêmico (que elevam a taxa de

açúcar no sangue), como pizza e biscoitos, que podem engordar e

aumentar o risco de diabetes. Essas consequências, porém, não são

desencadeadas pelo glúten em si, e sim pelo açúcar do carboidrato.

Logo, não adianta eliminar essa proteína da dieta e continuar

consumindo comidas como arroz branco e batata. "Se uma pessoa

está acima do peso, não é porque está comendo glúten. E, se

emagrece com a dieta sem glúten, não é pela ausência dele, mas

pela redução do consumo de carboidrato", diz Vera Lúcia

Sdepanian, chefe da disciplina de gastroenterologia pediátrica da

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O glúten, é verdade, pode ser prejudicial ao organismo -

mas, comprovadamente, apenas entre aqueles que sofrem de

doença celíaca, que afeta uma em cada 200 pessoas no mundo,

segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, caso da atriz

Ísis Valverde. Quando um celíaco consome glúten, seu sistema

imunológico reconhece a proteína como um inimigo e reage

contra ela. Esse ataque atinge o intestino delgado e prejudica a

absorção de nutrientes.

Há, ainda, pessoas que não sofrem de doença celíaca, mas

que têm intolerância ao glúten. Elas passam mal quando consomem

a proteína (diarreia e gases são sintomas comuns), mas não têm o

intestino danificado e não sofrem de uma doença crônica. Esse

quadro pode aparecer em qualquer um e em qualquer fase da vida,

mas ainda não está claro o motivo pelo qual isso acontece.

Para o restante da humanidade, ainda não se provou que

comer um prato de macarrão prejudique a saúde. "O glúten é uma

proteína complexa, mas o tubo digestivo de pessoas livres de doença

celíaca está totalmente preparado para digeri-lo sem qualquer

problema", diz Flávio Steinwurz, gastroenterologista do Hospital

Albert Einstein e do Colégio Americano de Gastroenterologia. "Se

o glúten prejudicasse a absorção de nutrientes no intestino de todas

as pessoas, estaríamos todos desnutridos."

Do ponto de vista nutricional, não há problema em retirar

o glúten da dieta. É possível, até, que esse hábito melhore a

qualidade da alimentação, uma vez que o indivíduo pode substituí-lo

por opções saudáveis como frutas e legumes. "Se uma pessoa

consome muitos alimentos com glúten, talvez deixe de comer outros

com melhor oferta de nutrientes. Mas se variar a dieta, mesmo

consumindo glúten, todas as necessidades do organismo serão

cobertas", afirma Steinwurz.

Fonte: goo.gl/ibNTfkcontent_copy

Texto V

Boa alimentação é sinônimo de saúde, bom

desenvolvimento físico e mental e capacidade adequada de aprender

e agir. Pesquisas apontam que a melhor qualidade de vida está

relacionada a uma alimentação adequada. A falta de tempo para se

alimentar e o desconhecimento das necessidades nutricionais diárias

têm sido as grandes vilãs na qualidade da alimentação no dia a dia.

Sabe-se que uma alimentação inadequada pode

comprometer o desempenho no trabalho e em todas as atividades.

Hábitos alimentares incorretos, a longo prazo, levam a desequilíbrios.

O que comemos pode afetar o humor, energia, sono, concentração

e memória. É importante mudar gradual e definitivamente os

comportamentos alimentares inadequados para nos transformarmos

em pessoas mais saudáveis.

O sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para

doenças crônicas, como câncer, diabetes e doenças relacionadas ao

coração que, por sua vez, são responsáveis por despesas com a

saúde, deficiências e morte. Os índices de câncer no pâncreas, cólon,

seios e endometriose, quando associados à obesidade, são altos. A

obesidade já se mostra o maior desafio da saúde, especialmente em

países em desenvolvimento como o Brasil.

Benefícios

Uma boa alimentação é sinônimo de mais saúde e qualidade de vida.

Comer bem:

Aumenta a imunidade e reduz infecções; Previne várias doenças,

entre elas o câncer; Aumenta a energia e reduz o cansaço;

Melhora o humor, combate a depressão e os efeitos do estresse;

Retarda o envelhecimento e melhora a circulação.

Malefícios

Maus hábitos alimentares podem comprometer o desempenho

no trabalho e em todas as atividades. Uma alimentação incorreta

pode causar:

Mau humor;

Cansaço e falta de energia; Distúrbios de sono;

Dificuldades de concentração e problemas de memória; Sobrepeso e

obesidade;

Doenças vasculares; Diabetes;

Aumento do risco de desenvolver câncer, principalmente pâncreas,

próstata e mama.

Fonte: goo.gl/dWsbcOcontent_copy

ONG's: estratégia complementar?

Texto I

4

O termo ONG foi usado pela primeira vez em 1950 pela

ONU (Organização das Nações Unidas) para definir toda organização

da sociedade civil que não estivesse vinculada a um governo. Hoje

elas são definidas como instituições privadas que têm uma finalidade

pública, sem fins lucrativos. Em geral as ONGs perseguem benefícios

sociais ou ambientais. Para serem "oficiais", essas entidades

precisam ter uma estrutura legal e formal.

As entidades podem atuar em várias frentes, na área de

saúde, assistência social, econômica, ambiental etc, e em qualquer

esfera, local, estadual, nacional e até internacional. Ou seja, é

possível criar uma ONG para defender desde os interesses de uma

única rua (batalhar por melhorias urbanas, segurança etc.) até lutar

pelos oceanos de todo o planeta. As associações podem pressionar

o poder público, realizar projetos, arrecadar dinheiro e propor ações

judiciais, por exemplo.

Fonte: goo.gl/l7ilStcontent_copy

Texto II

Fonte: http://bit.ly/2d23RYP

Texto III

Brasil investiga e fecha mais de 700 ONGs por fraudes ou

corrupção

O governo está enfrentando o poder invisível das

Organizações Não Governamentais (ONGs) federais pelo caminho

mais fácil: a cassação ou suspensão de registros por falhas

burocráticas ou, numa prática mais reduzida, por irregularidades. No

ano passado, foram fechadas as portas de 708 ONGs, um recorde na

escalada de descredenciamento iniciada há três anos como resposta

a onda de denúncias de corrupção, desvios de verbas públicas e

fraudes na prestação de serviços.

O número de cassações e cancelamentos vem crescendo

ano a ano. Foram 293 em 2011 e 429 em 2012. Entre as

descredenciadas no ano passado, duas são estrangeiras, 71 são

Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) _ que

lideram o ranking das contratadas para a execução de serviços

federais _ e outras 635 eram caracterizadas como Utilidade Pública

Federal (UPF) cujo registro serve mais para firmar parcerias com

Estados e municípios.

O outro caminho para reduzir a participação das entidades

na execução de serviços públicos é o indeferimento de pedidos de

registro. Nos últimos três anos, 1.465 requerimentos foram

recusados. Destes, 293 são de 2011, 626 de 2012 e 546 do ano

passado.

O Ministério da Justiça vem restringindo o número de UPFs

por entender que o registro, na prática, além de não resultar em

parcerias com órgãos públicos federais pode ter seu uso desvirtuado.

Criadas por uma lei de 1935, elas ainda são maioria no conjunto de

entidades cadastradas no Ministério da Justiça: aptas para atuar são

12.126 UPFs, 6.567 OSCIPs e 94 ONGs estrangeiras que atuam nas

mais diversas atividades no país.

O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, diz que há

três anos o Ministério da Justiça não recebe denúncias envolvendo

ONGs na Amazônia. Isso não quer dizer, conforme admite, que não

existam irregularidades, uma vez que as polícias (federal, civil e

militar) não são obrigadas a informar o Ministério da Justiça sobre

abertura de inquéritos.

Abrão explica que o aperto nas ONGs vem sendo feito

através de medidas ordinárias, como a exigência de cumprimento da

lei que obriga as entidades a emitir relatórios sobre as atividades,

prestação de contas sobre os recursos que recebem de órgãos

públicos e informações contábeis sobre a evolução patrimonial.

“A entidade que não cumprir a lei pode ser cassada ou

cancelada”, alerta Paulo Abrão. Segundo ele, o Ministério

da Justiça faz o acompanhamento das ONGs, mas quem deve

fiscalizar a devida aplicação dos recursos públicos e o cumprimento

dos serviços contratados são os órgãos de controle da União e os

ministérios que repassam os recursos.

Fonte: goo.gl/beLU4Mcontent_copy

Texto IV

A crescente participação das ONGs nos mais diversos

aspectos da sociedade, tanto nacional quanto internacional, vem

criando uma demanda por critérios que possam determinar seu grau

de legitimidade. O papel dessas organizações na realização de ações

voltadas para o desenvolvimento social e ambiental foi ampliado

e a discussão acadêmica sobre os aspectos relacionados às

formas de gestão das ONGs tem-se intensificado. Essa questão

ganha maior relevância se o volume das atividades das ONGs e dos

recursos que são por elas administrados for considerado.

GIDEON (1998) alerta para o fato de que muitas das novas

ONGs desempenham papéis “oportunistas”, relativamente aos seus

interesses e ao modo como se relacionam com governos,

prejudicando, em alguns casos, a imagem do setor e a atuação de

organizações mais antigas.

As ONGs devem ser organizadas e administradas de

maneira que sua sobrevivência, que depende de sua habilidade em

obter e manter legitimidade perante uma gama de atores, seja

assegurada. Ao alinhar-se muito proximamente a algum desses

diversos atores (sociedade civil, poder público, fundações, governos

ou iniciativa privada), uma ONG pode ter abalada a sua transparência

e a sua habilidade em manter e desenvolver o capital social

proveniente de suas relações sociais. Adicionalmente, sua

legitimidade também pode ser afetada, caso seus interesses

organizacionais sejam vistos como prevalecendo aos interesses de

outras partes, principalmente do público em geral. Uma avaliação da

legitimidade das ONGs (principalmente das ONGs internacionais,

neste caso) é uma diretiva importante ao se medir seu papel na

economia global e sua habilidade em desenvolver e utilizar o capital

social.

Fonte: goo.gl/7zrP2Gcontent_copy

Texto V

5

ONG lança campanha e sugere 5 medidas para combater a

corrupção

A Organização Não-Governamental Transparência

Internacional lançou uma campanha mundial, nesta semana, para

chamar a atenção das pessoas contra a corrupção. Dinheiro que

compra contratos. Dinheiro que frauda licitações. Dinheiro que

engorda a conta bancária de funcionários públicos, políticos,

empresários e lobistas mundo afora.

A corrupção é uma doença crônica, que se espalha com

facilidade e é muito difícil de se combater. É exatamente com isso

que a ONG Transparência Internacional quer acabar. A campanha

‘Unmask the corrupt, ‘desmascare o corrupto’, chegou nesta quinta-

feira (11) ao Brasil.

O diretor geral da ONG diz que, de 1960 e 2012, saíram do

Brasil ilegalmente mais de US$ 400 bilhões ou R$ 1 trilhão. Ou seja,

o tamanho de toda a riqueza produzida na África do Sul em um ano.

A maior parte do dinheiro de propina foi depositada em

contas de empresas abertas em paraísos fiscais, as chamadas

offshore. Esse mecanismo financeiro é legal e é utilizado para se

pagar menos impostos do que no país de origem.

A campanha sugere cinco medidas:

Não pagar suborno; Não receber;

Se engajar na luta contra a corrupção;

Denunciar abusos;

E não apoiar políticos corruptos.

“Os escândalos envolvendo a Petrobrás e, em São Paulo,

o metrô e a CPTM são uma ótima oportunidade de se começar uma

limpeza. Você teve uma multidão protestando nas ruas, você tem

uma crise de verdade nas empresas e o mundo dizendo que o risco

de fazer negócio com o Brasil aumentou. São ingredientes

importantes para promover mudanças em grande escala”, diz o

diretor da ONG.

Fonte: goo.gl/5obK7xcontent_copy

Ética e Ciência

Texto 1

Introdução à filosofia da ciência (Prof. Dr. Silvio Seno

Chibeni)

(…) Embora a ciência seja, do ponto de vista histórico, descendente

da filosofia, e a ética seja, até hoje, uma das áreas mais importantes

da filosofia, é usual pensar-se em ciência e ética como disciplinas

autônomas e independentes. A ciência se ocuparia da geração de

conhecimento sobre o mundo; a ética, da discussão das ações

humanas, no que diz respeito às suas repercussões sobre a felicidade

e bem-estar de outros seres humanos ou quaisquer outros seres. No

entanto, há ligações importantes entre elas, que têm sido

crescentemente investigadas tanto por filósofos da ciência como por

filósofos que se especializam em ética. (…) que repercutem sobre

outros seres, e que, portanto, são objeto de avaliação moral. (…)

Fonte: goo.gl/cfzh6ncontent_copy

Texto 2

Fonte: http://bit.ly/2d24phh

6

Texto 3

Fonte: http://bit.ly/2dr6bfn

Texto 4

Cientistas enfrentam dilema ético na busca por vacinas

contra o ebola

Normalmente são necessários anos para provar que uma

nova vacina é segura e eficaz antes que ela possa ser usada em

pacientes – mas com dezenas de pessoas morrendo diariamente no

pior surto de ebola da história, não há tempo para esperar.

No esforço para salvar vidas, as autoridades de saúde

estão determinadas a produzir vacinas dentro de meses,

dispensando parte dos testes corriqueiros e levantando dúvidas

éticas e questões práticas.

(…)

Mesmo se uma droga se mostrar segura, leva mais tempo

para se provar que é eficaz – tempo que simplesmente não se tem,

já que os casos de infecção do ebola duplicam a cada poucas

semanas e devem chegar a 20 mil até novembro, segundo uma

projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entre os dilemas que os cientistas estão enfrentando

estão: deveria se dar uma vacina não comprovada a todos ou só a

alguns? Ela deveria ser oferecida primeiro aos profissionais de saúde?

Aos mais jovens antes dos mais velhos? Ela deveria ser usada

primeiro na Libéria, onde o Ebola está se disseminando mais rápido,

ou na Guiné, onde o vírus está mais perto de ser controlado?

Deveríamos dizer às pessoas que podem acreditar que a vacina irá

protegê-las do Ebola? Ou deveriam continuar tomando todas as

medidas preventivas, como se não tivessem sido vacinadas? E nesse

caso, como se saberá se a vacina funciona?

(…)

Fonte: goo.gl/K3Ousl

Texto 5

O professor Raphael Torres convidou o professor João Roberto Mazzei, de Química, para tratar sobre o tema: Progresso

Científico e Compromisso Ético no Brasil. Confira em: goo.gl/cHf5aocontent_copy