Capítulo 03 Brasil - da república do progresso ao domínio dos coronéis.

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DO IMPÉRIO A REPÚBLICA: MUDAR PARA PERMANECER De 1822 a 1889 o Brasil era um Império De 1840 a 1889, D. Pedro II era o Imperador. Presidente do Conselho de Ministros espécie de primeiro-ministro exercia o poder executivo. Em caso de divergências o Imperador exercia o seu Poder Moderador. Câmara e o Senado composta pelas elites agrárias. Eleitos pelo voto censitário. Poder Centralizado unitarismo. Sociedade escravista e patriarcal. Café principal produto de exportação. As mudanças ocorridas no Brasil a partir de 1870. Problemas do imperador Perdeu o apoio da igreja mandou punir dois bispos que eram contra a maçonaria. Perdeu o apoio dos fazendeiros devido a abolição da escravatura. Muitos fazendeiros passaram a defender a autonomia provincial, que seria conquistada com o fim da monarquia. Após a Guerra do Paraguai as ideias republicanas passaram a ser defendidas por parte do exército. O golpe de 15 de novembro de 1889 O imperador foi deposto e foi inaugurado um governo provisório republicano. EM NOME DO PROGRESSO: AS PRIMEIRAS REALIZAÇÕES DA REPÚBLICA. As mudanças legais Nome do país; Separação Estado-Igreja; Estabelecimento da liberdade religiosa; Mudança da bandeira; Instituição do casamento Civil; Naturalização de todo o estrangeiro residente no país; Extinção do Senado vitalício; Dissolução da Câmara de Deputados; Eleições para uma nova assembleia constituinte 1891, a nova constituição estava pronta: Modelo federalista e republicano; O Brasil tornou-se uma federação Ampla autonomia econômica e administra- tiva para os estados. O poder ficaria dividido em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. Sistema eleitoral Voto aberto e direto. Proibido para: mulheres, analfabetos, mendigos, soldados e membros de ordens religiosas. As tentativas de mudança na economia. O Encilhamento Ministro da Fazenda Rui Barbosa. Página 53 Emissão desordenada de moedas; Crédito fácil surgimento de empresas fantasmas; Especulação na Bolsa de Valores; Desvalorização da moeda inflação aumento da dívida externa. O funding-loan presidente Campos Sales 1898. Acordo com a Inglaterra que adiava o início do pagamento da dívida para 1911. Empréstimo de 10 milhões de libras esterlinas pagamento imediato dos juros. Dava como garantia a receita da alfândega do Rio de Janeiro. O governo brasileiro comprometia a executar um plano de valorização da moeda. Corte de gastos públicos; Aumento de impostos. Resultado do Plano Aumento da moeda; Orçamento público apresentou exceden- tes; O custo de vida e o desemprego aumen- tou; O país entrou em estagnação econômica. Descontentamento tanto das camadas populares quanto da classe média e elites. É DO MUNICÍPIO E DO ESTADO QUE SE GOVERNA: A FORÇA DOS CORONÉIS República da Espada eleitos de forma indireta. Marechal Deodoro da Fonseca mandato até 1894. Marechal Floriano Peixoto mandato até 1894. República Velha / República do café com leite Prudente de Moraes (1894-1898) Governo bastante conturbado. Campos Sales (1898-1902) Saneou as finanças do país; Criou as bases do funcionamento da política da República Velha; Criou a chamada política dos governadores. Comissão de verificação de poderes. O controle estava nas mãos das oligarquias estaduais. Troca de favores CAPÍTULO 03: BRASIL: DA REPÚBLICA DO PROGRESSO AO DOMÍNIO DOS CORONÉIS Página 57

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Page 1: Capítulo 03   Brasil - da república do progresso ao domínio dos coronéis.

DO IMPÉRIO A REPÚBLICA: MUDAR PARA PERMANECER

De 1822 a 1889 o Brasil era um Império – De 1840 a

1889, D. Pedro II era o Imperador.

─ Presidente do Conselho de Ministros – espécie de

primeiro-ministro – exercia o poder executivo.

Em caso de divergências o Imperador exercia o

seu Poder Moderador.

─ Câmara e o Senado – composta pelas elites

agrárias.

Eleitos pelo voto censitário.

─ Poder Centralizado – unitarismo.

─ Sociedade escravista e patriarcal.

─ Café – principal produto de exportação.

As mudanças ocorridas no Brasil a partir de 1870.

─ Problemas do imperador

Perdeu o apoio da igreja – mandou punir dois

bispos que eram contra a maçonaria.

Perdeu o apoio dos fazendeiros devido a

abolição da escravatura.

Muitos fazendeiros passaram a defender a

autonomia provincial, que só seria

conquistada com o fim da monarquia.

Após a Guerra do Paraguai as ideias

republicanas passaram a ser defendidas por

parte do exército.

─ O golpe de 15 de novembro de 1889

O imperador foi deposto e foi inaugurado um

governo provisório republicano.

EM NOME DO PROGRESSO: AS PRIMEIRAS

REALIZAÇÕES DA REPÚBLICA.

As mudanças legais

─ Nome do país;

─ Separação Estado-Igreja;

─ Estabelecimento da liberdade religiosa;

─ Mudança da bandeira;

─ Instituição do casamento Civil;

─ Naturalização de todo o estrangeiro residente no

país;

─ Extinção do Senado vitalício;

─ Dissolução da Câmara de Deputados;

─ Eleições para uma nova assembleia constituinte –

1891, a nova constituição estava pronta:

Modelo federalista e republicano;

O Brasil tornou-se uma federação

Ampla autonomia econômica e administra-

tiva para os estados.

O poder ficaria dividido em três: Executivo,

Legislativo e Judiciário.

Sistema eleitoral

Voto aberto e direto.

Proibido para: mulheres, analfabetos,

mendigos, soldados e membros de ordens

religiosas.

As tentativas de mudança na economia.

─ O Encilhamento – Ministro da Fazenda Rui

Barbosa. Página 53

Emissão desordenada de moedas;

Crédito fácil – surgimento de empresas

fantasmas;

Especulação na Bolsa de Valores;

Desvalorização da moeda – inflação –

aumento da dívida externa.

─ O funding-loan – presidente Campos Sales – 1898.

Acordo com a Inglaterra que adiava o início do

pagamento da dívida para 1911.

Empréstimo de 10 milhões de libras esterlinas

– pagamento imediato dos juros.

Dava como garantia a receita da alfândega do

Rio de Janeiro.

O governo brasileiro comprometia a executar

um plano de valorização da moeda.

Corte de gastos públicos;

Aumento de impostos.

Resultado do Plano

Aumento da moeda;

Orçamento público apresentou exceden-

tes;

O custo de vida e o desemprego aumen-

tou;

O país entrou em estagnação econômica.

Descontentamento tanto das camadas

populares quanto da classe média e elites.

É DO MUNICÍPIO E DO ESTADO QUE SE GOVERNA: A

FORÇA DOS CORONÉIS

República da Espada – eleitos de forma indireta.

─ Marechal Deodoro da Fonseca – mandato até

1894.

─ Marechal Floriano Peixoto – mandato até 1894.

República Velha / República do café com leite

─ Prudente de Moraes (1894-1898)

Governo bastante conturbado.

─ Campos Sales (1898-1902)

Saneou as finanças do país;

Criou as bases do funcionamento da política

da República Velha;

Criou a chamada política dos governadores.

Comissão de verificação de poderes.

─ O controle estava nas mãos das oligarquias

estaduais.

─ Troca de favores

CAPÍTULO 03: BRASIL: DA REPÚBLICA DO PROGRESSO AO DOMÍNIO DOS CORONÉIS

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Na base do esquema estavam os coronéis –

Coronelismo.

Curral eleitoral;

Voto de cabresto;

Eleitores fantasmas;

Boca de urna;

Fraude na contagem dos votos.

Política dos Governadores.

Política do Café com leite.

São Paulo e Minas Gerais.

A FORÇA E O PODER DO CAFÉ NA REPÚBLICA VELHA

A produção cafeeira e a política de proteção do café.

─ Café – principal produto de exportação.

Aumento da produção – sobra do produto -

consequente queda dos preços.

─ Convênio de Taubaté – 1906 – acordo para

implementar uma política de valorização do café.

Preço mínimo para o café;

Empréstimo de 15 milhões de libras esterlinas

para que os governos comprassem e

estocassem as sacas excedentes de café.

Criação de um fundo para estabilizar a moeda;

Imposição de uma taxa para impedir o

surgimento de novas plantações de café.

Outros produtos tipo exportação

─ Borracha

─ Cacau

─ Algodão

─ Açúcar

As poucas indústrias durante a República Velha

─ Surgimento de pequenas indústrias – São Paulo,

Rio de Janeiro e Minas Gerais.

─ A Primeira Guerra Mundial e a sua contribuição

para a indústria brasileira. Página 62

A modernização urbana do Rio de Janeiro e em São

Paulo.

─ Expulsão da população pobre do centro da cidade.

Surgimento das favelas.

A REPÚBLICA DOS EXCLUÍDOS

Século XIX – Crescimento populacional = inchaço

urbano.

A vida na cidade grande.

─ Condições precárias de vida;

─ Desemprego;

─ Péssimas condições de trabalho – exploração;

Não havia legislação trabalhista.

─ Proliferação de epidemias;

Revolta da Vacina – 1904. Página 64.

─ Movimentos operários – paralisações e greves.

As condições de vida no campo.

Texto complementar – página 67

─ Dominação dos grandes fazendeiros – violência

através do coronelismo.

─ Forte sentimento religioso.

─ Surgimento de líderes – movimentos messiânicos/

religiosos.

Movimento de canudos – sertão da Bahia

A Guerra de Contestado – fronteira do Paraná

com Santa Catarina.

Padre Cícero – Ceará.

─ Surgimento de grupos armados - cangaceiros do

nordeste – Lampião.

Página 61