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CADERNO TEMÁTICO CONSTRUINDO A IDENTIDADE DO PROFESSOR PEDAGOGO NA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional

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CADERNO TEMÁTICO

CONSTRUINDO A IDENTIDADE DO PROFESSOR PEDAGOGO NA ESCOLA

PÚBLICA PARANAENSE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional

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CADERNO TEMÁTICO

CONSTRUINDO A IDENTIDADE DO PROFESSOR PEDAGOGO NA ESCOLA

PÚBLICA PARANAENSE

Produção Didático - Pedagógica apresentado ao Núcleo Regional da Educação de Apucarana e Secretaria do Estado de Educação – Paraná, como requisito obrigatório para o desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE e respectiva conclusão do curso. Orientadora: Prof. Ms. Zuleika Aparecida Claro Piassa.

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SUMÁRIO

Apresentação ....................................................................................................4

Problematização................................................................................................7

Texto 1 – Gestão Democrática .........................................................................9

Referência Bibliográfica ................................................................................19

Texto 2 – orientação Educacional .................................................................20

Texto 3 – Supervisão Escolar .........................................................................23

Pedagógica......................................................................................................26

Refletindo Juntos ...........................................................................................31

Prontos para agir ............................................................................................32

Referências Bibliográficas.............................................................................33

Secretaria de Estado da Educação – CGE – Compete à Equipe

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APRESENTAÇÃO

O PLANO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE, instituído

pela Secretaria de Estado de Educação do Paraná, tem como objetivo principal ,

aprimorar o trabalho desenvolvido pelos educadores nas escolas públicas estaduais.

Como projeto inovador de Formação Continuada, possibilita na sua organização, a

intervenção direta na prática pedagógica dos estabelecimentos de ensino, além de

proporcionar a parceria com as Instituições de Ensino Superior .

Esta produção didático-pedagógica é pertinente ao objeto de

estudo/problema, devidamente sistematizado no Projeto de Intervenção Pedagógica

na Escola, realizado no primeiro período desta formação continuada, na área de

pedagogia. Este material deverá ser utilizado pelo professor PDE em situações

específicas, planejadas, como subsídio no trabalho a ser desenvolvido junto aos

professores da rede. Nessa perspectiva irá auxiliar a compreensão da realidade

objetiva , como também possibilitará transformá-la.

Ao propor reflexões referentes a trajetória do orientador educacional e do

supervisor escolar até a sua transformação em professor pedagogo, buscamos

esclarecer a especificidade deste profissional no contexto escolar público do Paraná

levantando a constituição histórica do cargo/função, analisando seus limites e

possibilidades.

Em termos gerais o caderno está estruturado da seguinte forma:

Problematização Inicial: apresenta em diferentes óticas, a do

professor de sala de aula, a do diretor, a do secretário, inclusive a do próprio

professor pedagogo, de quais seriam realmente as suas funções, num contexto em

que o professor pedagogo é tido até como “bombeiro”.

Aprofundamento Teórico: faz uma abordagem de forma a levar o

leitor a ter conhecimento da trajetória deste profissional da educação, suas

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atribuições atuais, levando-o a uma reflexão sobre suas possibilidades e seus

limites.

Plano de Ação: levanta ações que transformem a prática do

profissional que originou este tema de estudo, onde os sujeitos que vivenciam

superem as contradições existentes e façam a diferença propiciando uma identidade

definida a este profissional que muitas vezes atua como “quebra galho”.

Este material é composto por textos com fundamentação teórica,

reflexões e questionamentos a respeito do cargo de professor pedagogo desde a

sua origem. O primeiro texto, baseado na leitura de diversos autores, versa sobre

gestão democrática, que vai além do grupo fechado na escola, composto pelo

diretor, equipe pedagógica, professores e funcionários. O texto esclarece a gestão

democrática, como participação também da comunidade, a articulação e

consolidação do Projeto Político Pedagógico, conselhos escolares, grêmios

estudantis e novas formas de organização do trabalho na escola. Partindo deste

texto, avalie se na escola em que você atua, há uma gestão democrática, ou se

ainda continua a idéia de que um pequeno grupo, a portas fechadas, decide os

caminhos a serem tomados pelo grande grupo.

Na ordem, propomos um texto resultante da leitura de Garrido (1995),

que fará uma abordagem sobre o orientador educacional e a influência teórica para

o exercício de suas funções. Este cargo, teve sua origem devido as mudanças

científicas, tecnológicas e industriais com o avanço do capitalismo, e em

conseqüência surge então o orientador profissional. Leia o texto para conhecer mais

as origens deste profissional da educação brasileira.

O texto que segue, baseado na leitura de Hidalgo (1999), Gomide

(2004), Oliveira (2006), Silva Jr (1987) e Silva (1985), fará a trajetória da supervisão

escolar no âmbito estadual, onde uma pessoa desqualificada poderia atuar na

função, bastando apenas ter conhecimento, ou sendo alguém com afinidades junto

ao diretor, até a Lei Complementar 103/2004, que exige a graduação em Pedagogia

para o exercício das funções de coordenação, administração escolar, planejamento,

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supervisão e orientação educacional. Como seria isso? Vale a pena tomar

conhecimento de como se deu esse caminho.

O texto que segue, extraído na íntegra do portal dia a dia educação

relata todo trabalho atribuído à equipe pedagógica. É viável que se leia este texto e

se faça uma reflexão sobre todas as funções nele destacadas. No dia a dia de um

professor pedagogo, há condições para o desenvolvimento de todas as funções

apresentadas?

Esperamos com este caderno temático, levantar pontos relevantes

sobre como surgiu o professor pedagogo no contexto da escola pública paranaense,

esclarecer as reais funções deste profissional da educação dentro do seu campo de

trabalho, bem como refletir juntos se as funções determinadas para este profissional

estão próximas entre o real e o ideal.

Tenhamos todos um bom trabalho!!!

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PROBLEMATIZAÇÃO

Após ouvir relatos e questionamentos de diversos profissionais da educação,

atuantes em direção, sala de aula, secretaria e equipe pedagógica, cada um com um

foco diferenciado, uma visão particular acerca de quais são as reais funções do

professor pedagogo, inclusive, o próprio professor pedagogo se encontra com

dúvidas e se questiona em relação a muitas das funções que lhe são atribuídas.

Este caderno buscará permear os caminhos pelos quais o supervisor de

ensino e o orientador educacional, com seus cargos e funções definidas até suas

transformação por vias formais em uma única função, a do “Professor Pedagogo”.

Você já se perguntou alguma vez, qual seria a

função do professor pedagogo, após a extinção dos

cargos de orientador educacional e supervisor

pedagógico?

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Na perspectiva de contribuir para que estas questões se esclareçam, a fim de

que todos os envolvidos no processo tenham conhecimento das reais funções deste

profissional no âmbito escolar, e após conhecer toda essa trajetória, vamos refletir e

repensar :

Qual a função do Professor Pedagogo,

para que se construa sua identidade no

contexto escolar da escola pública

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APROFUNDAMENTO TEÓRICO - TEXTO 1

A gestão democrática está em voga. Nunca, o termo foi tão usado, discutido e

comentado. Carrega em si, uma carga de significados e símbolos que precisam ser

compreendidos.

O propósito deste texto é transitar nos caminhos do conhecimento a respeito

da gestão democrática, e subsidiar uma reflexão mais profunda para que nossa

prática se torne mais consistente, e compreender cada um dos segmentos que

obrigatoriamente compartilha desta idéia.

Foi elaborado com o cuidado de fundamentar-se em autores que comungam

com a pedagogia histórico crítica.

Para compreender os caminhos da gestão democrática em educação, é

necessário voltarmos um pouquinho no tempo.

Você sabia que a gestão está na forma de conceber, gerir e administrar

recursos envolvidos na produção de um bem ou serviço? Não te parece tão

empresarial?

Vejamos:

VOCÊ CONHECE A ORIGEM DO TERMO GESTÃO?

O termo gestão aparece para designar funções técnicas, contábeis,

financeiras, comerciais, de segurança, administração e ainda conhecimentos de

psicologia, antropologia, estatística, mercadológica, ambiental etc.

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Os termos gestão e administração confundiram-se ao longo do tempo, levando

a pensar que refletiam uma só prática, isto deve - se ao fato de ambas exercerem

influências sobre o indivíduo, para coordená-lo, orientá-lo e dirigi-lo.

O vocábulo gestão, que parece ser novo, tem sua origem do latim no Século

XV, conforme o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa (1982),

onde podemos constatar:

Do lat. genere, por gerere // dirigir, Séc. XV. Digesto. Sm. ‘coleção justiniana das decisões dos jurisconsultos romanos’, 1813. Do lat. cient. Digestórius, gerência, gerente, 1881. Do lat. gerens-entis, com possível influência francesa: gesta, Séc.XVIII.

Após várias transformações no vocábulo, surge a palavra “gestão”, em 1858 e

gerência/ gerente, em 1881.

Robert L. Trewatha (1979) relata os primeiros estudos sobre administração na

Grécia Antiga por Platão e Sócrates, em que Sócrates escreve sobre defesa da

universalidade dos princípios administrativos e leva-se a pensar que daí teria

ocorrido a associação entre administração e o bem público, visto que esses filósofos

davam enfoque às instituições estatais, isto por não haverem outras para servirem

como objeto de seus estudos.

Porém, a administração não subsiste em si só, mas é necessário que haja

funções corporativas para existir e do objeto para agir.

Por outro lado, a gestão não é cargo, mas as funções inerentes ao cargo

(administração, comercial, contabilidade, finanças e técnicas). Portanto percebe-se

aí um equívoco na colocação dos termos e o correto seria, por exemplo, gestão da

produção e administração na produção e assim compreender que a gestão

incorporada da administração constituiria o conjunto ideal para o seu desempenho.

O fator histórico pode ter sido relevante para a diferenciação dos termos, visto

que M. Gilbert Frost relata o surgimento da gestão quando da transição do sistema

familiar de produção para o sistema doméstico de produção. Já Drucker (1975),

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coloca como origem do termo “Management”, o fim do século XIX e início do século

XX.

Muitas das idéias muitas idéias que concordam com a semelhança entre

gestão e administração são compartilhadas por Fayol (1960), Barnard(1971), Tead

(1972), Drucker (1975), Koontz (1978), Trewatha (1979) e Taylor (1990), além de

Sócrates e Platão, ainda na Grécia Antiga, entre outros, em tempos atuais.

Refere-se ao processo que vai determinar e orientar a trajetória de uma

empresa buscando alcançar objetivos por elas determinados.

Como se pode observar, a questão da “gestão” não é uma criação do

contexto educacional, e sim da empresa que foi adaptado para a escola,

considerando que esta é uma organização responsável por uma determinada prática

social.

No geral, a gestão hoje, refere-se ao processo, caminho traçado por uma

empresa para a realização de seus objetivos, dentro de um conjunto de análises,

decisões, comunicação, liderança, motivação, avaliação, controle, e outras

atividades que são próprias da administração. (ANSOFF, 1977) Portanto, “ao se falar

em gestão, está se falando na própria administração do negócio”. (GARAY, p.101)

No processo administrativo busca-se planejar, organizar, dirigir e controlar os

recursos da empresa, a fim de atingir os objetivos desejados, buscando o aumento

de produtividade, mas, principalmente a reprodução das relações de poder, das

relações entre capital e trabalho. A administração tem sua origem na gerência.

Metas...

Planejar...

Dirigir...

Controlar recursos...

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Esse processo não visa apenas o aumento da produtividade, mas,

principalmente a reprodução das relações de poder das relações entre capital e

trabalho.

Capital Trabalho

A administração científica tem seus principais representantes em:

O Taylorismo é uma teoria criada pelo engenheiro Americano Frederick W. Taylor (1856-1915) que a desenvolveu a partir da observação dos trabalhadores nas indústrias. O engenheiro constatou que os trabalhadores deveriam ser organizados de forma hierarquizada e sistematizada, ou seja, cada trabalhador desenvolveria uma atividade específica no sistema produtivo da indústria (especialização do trabalho). No taylorismo, o trabalhador é monitorado segundo o tempo de produção, cada indivíduo deve cumprir sua tarefa no menor tempo possível, sendo premiados aqueles que se sobressaem, isso provoca a exploração do proletário que tem que se “desdobrar” para cumprir o tempo cronometrado.

http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm

Dando prosseguimento à teoria de Taylor, Henry Ford (1863-1947), dono de uma indústria automobilística (pioneiro), desenvolveu seu procedimento industrial baseado na linha de montagem para gerar uma grande produção que deveria ser consumida em massa. Os países desenvolvidos aderiram totalmente, ou parcialmente, a esse método produtivo industrial, que foi extremamente importante para consolidação da supremacia norte-americana no século XX. Os países subdesenvolvidos não se adequaram ao fordismo no sistema produtivo, pois a sua população não teve acesso ao consumo dos produtos gerados pela indústria de produção em massa. A essência do fordismo é baseada na produção em massa, mas para isso é preciso que haja consumo em massa, outra ideologia particular é quanto aos trabalhadores que deveriam ganhar bem para consumir mais.

http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm

Peter Ferdinand Drucker, (nasceu em 19 de novembro de 1909, em Viena, Áustria - faleceu em 11 de novembro de 2005, em Claremont, Califórnia, EUA). Foi filósofo e economista, de origem austríaca, é considerado por todos o pai da Gestão moderna, sendo o mais reconhecido dos pensadores do fenômeno dos efeitos da Globalização na economia em geral e em particular nas organizações, ainda hoje, mesmo após a sua morte, permanece inquestionavelmente como “Único” Pai da Gestão. Subentendendo-se a Gestão moderna como a ciência que trata sobre pessoas nas organizações, como dizia ele próprio.

Peter Drucker afirmava que a empresa que conseguir vender o produto/serviço certo, para o cliente certo, com a distribuição adequada, por um preço adequado e no momento oportuno, verá seus esforços de venda reduzirem-se a quase zero, ou seja, a venda tornar-se-a automática em função de a demanda ter sido corretamente equacionada e trabalhada.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Drucker

Poder

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No decorrer da década de 80, sob a forma democratizante, buscou-se

articular estado, democracia e políticas educacionais movidas pelas novas

perspectivas dos movimentos sociais pós período ditadura militar. Nesta época nas

escolas foram reativados os grêmios estudantis livres, o conselho escolar, e até

mesmo, as eleições de diretores em alguns estados . Porém, os governos populares

eleitos não permitiram a ampliação da perspectiva democrática. Nas escolas então,

as instâncias implantadas como forma participativa passaram a assumir um caráter

meramente burocrático e tinham como fundamento o controle social. Tal perspectiva

foi rompida nos anos de 1990 passando a ter uma “democratização” mercadológica.

É fundamental para o desempenho de atividade de gestão, a compreensão

acerca do processo pedagógico e das funções do pedagogo. O modelo de gestão a

partir de 1995, distancia o gestor do pedagógico. Transforma-o num gestor de

recursos humanos que executa apenas tarefas pré-estabelecidas. Sendo que a

atividade-fim, deve ser a aprendizagem em uma instituição escolar, e a

administrativa deve constituir-se em atividade-meio, para atingir essa atividade-fim,

que é a aprendizagem (PARO, 1997).

As mesmas palavras utilizadas num mesmo contexto são vistas,

analisadas e utilizadas de forma diferente, pela vertente neoliberal e pela vertente

democrática. Veja isso!!!

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Gestão Democrática

Made In Banco Mundial

Vinculado ao conceito

de “cidadania controlada” participação instrumental

e competitividade individual.

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Democracia na concepção neoliberal

“preza-se no individualismo que se fundamenta no

princípio da liberdade e no qual a igualdade de

oportunidade está vinculada “segundo a capacidade de cada indivíduo e não aa

igualdade real na sociedade” (Vieira, 1992, p. 72)

Qualidade

“Para o neoliberalismo é vista numa ótica e como

única pragmática, gerencial e administrativa”

(Silva, 1996, p. 170)

Democracia social A concretização de uma

sociedade democrática ocorre onde os indivíduos participam

do controle de decisões, “havendo, portanto real participação deles no

rendimento da produção” (Vieira, 1992, p.13)

Qualidade

Vinculada ao combate à desigualdade como

instrumento de análise da vida política.

(Bosco, 2004 , p.21)

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ÓTICA DEMOCRÁTICA

SOCIAL A possibilidade de a comunidade escolar

identificar os problemas pertinentes à escola,

apresentar alternativas e solucioná-los e administrar

recursos financeiros e materiais consoantes com

tais alternativas.

ÓTICA NEOLIBERAL Transferência da respon-

sabilidade de manutenção da escola para a comunidade.

Diminuição do papel do estado frente ao público, privilegiando o pri- vado. “ Quem quer autonomia, tem o dever de manter e

subsidiar o órgão autônomo.”

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A democratização da escola vai além da participação da

comunidade, professores e funcionários na escolha de seu dirigente. Ela

deve articular com outros mecanismos de participação..., tais como a

construção do Projeto Político Pedagógico, a consolidação dos conselhos

escolares e grêmios estudantis, a luta pela progressiva autonomia da

escola, a discussão sobre

novas formas de

organização do

trabalho na escola

entre outros

aspectos.

Para isso, é im –

Prescindível o co-

nhecimento das leis

de Diretrizes e

e Bases e leis que regulamentam os

sistemas educacionais, para o efetivo

exercício da cidadania e democracia. Dourado, L. F. (1998) “A gestão democrática e a construção de processos coletivos de participação e decisão na escola”. In AGUIAR, M.A. (org.) Para onde vão a orientação e a supervisão Educacional. Campinas, 2002, p.159.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ALLEN, L. A. Administração profissional: novos conceitos e métodos provados. São Paulo: Mac Graw-Hill, 1974. AMARU, A. C. M. Introdução à Administração. 7. ed., SP: Atlas, 2007. BARNARD, C. I. As Funções do Executivo. São Paulo: Atlas, 1971. CUNHA, A. G. Dicionário Nova Fronteira da Língua Portuguesa. 2ª. Ed.,Nova Fronteira, 1982. DIAS, E. P. Conceitos de Gestão e Administração: Uma Revisão Crítica. Revista Eletrônica de Administração, Facef, vol. 01, julho-dezembro 2002. DOURADO, L. F. (1998) “A gestão democrática e a construção de processos coletivos de participação e decisão na escola”. In AGUIAR, M.A. (org.) Para onde vão a orientação e a supervisão Educacional. Campinas, 2002, p.159. DRUCKER, P. F. Administração, tarefas, responsabilidades, práticas. São Paulo: Pioneira, 1975. FAYOL, H. Administração Industrial e Geral. 4ª. Ed. São Paulo: Atlas, 1960. FERREIRA, A. A. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias, evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo:Pioneira, 1997. GARRIDO, S. P. O Pedagogo na escola pública. 3º Ed. São Paulo: Edições Loiola, 1995 FROST, G. M. Aprenda Sozinho Administração.Traduzido do original Teach Yorself Management. 2. ed. São Paulo: Pioneira,1973. Mundo Educação. Taylorismo e Fordismo disponível em http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.Acesso em 05 out 2008

Wikipédia. Peter Drucker. http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Drucker. Acesso em 26 out 2008

TREWATHA, R. L. Administração: funções e Comportamento. São Paulo: Saraiva, 1979.

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APROFUNDAMENTO TEÓRICO - TEXTO 2

A orientação educacional tem seu inicio por volta de 1930 nos Estados

Unidos, na orientação profissional.

Nas últimas décadas do século XIX, houve mudanças científicas, tecnológicas

e industriais com o avanço do capitalismo. A organização racional da indústria e o

desenvolvimento da psicologia científica são fatores que propiciaram o

desenvolvimento da orientação profissional. Taylor, na busca de mais eficiência e

maior produtividade, baseados em processos racionais, decompondo cada tarefa de

forma articulada e organizada com definição nítida do trabalho de concepção e

execução com clareza entre as linhas hierárquicas de autoridade.

Neste processo, é considerado a capacidade do ser humano tendo como

conseqüência a seleção de pessoas conforme a necessidade da empresa, levando

os indivíduos a pensarem que o problema não estava na falta de emprego, mas na

capacidade de cada um.

Surge então a necessidade da orientação profissional. O desenvolvimento

das indústrias exige um novo perfil de trabalhador, com hábitos, atitudes e

conhecimentos como “capacitação profissional” necessária para garantir um

emprego. Esse conjunto de habilidades necessárias às funções produtivas, pré-

requisitos que passam a ser solicitados das escolas, que passam a atuar como

reprodutoras da força de trabalho, uma vez que a orientação profissional passa a ser

ORIENTADOR EDUCACIONAL

Nos últimos anos, o orientador educacional e o supervisor escolar se fundiram em uma única função. A do professor pedagogo. Você sabe como começou o orientador educacional nas escolas e qual era sua função?

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realizada no seu interior, de forma a orientar os alunos nos planos de estudos e

carreira, conforme a aptidão de cada um.

Percebe-se então, que a escola necessita desenvolver o educando ao

máximo, capacitando-o a continuar o trabalho de educação permanente por si só.

Nesta visão é que se transpõe de orientação profissional para a educação

educacional.

No Brasil, a orientação profissional teve seu primeiro serviço em 1931 por

Lourenço Filho, seguido da atual Escola Técnica Getúlio Vargas em São Paulo e da

Escola Industrial de Santos, ambas em 1937. Embora instituída em uma escola

pública profissionalizante, a orientação educacional se desenvolveu em escolas

secundárias não profissionalizantes de formação geral preparatória para cursos

superiores.

Dentre outras estruturações decorrentes das Leis Orgânicas (1942/1946), foi

também nessa lei que pela primeira vez se fez referência explicita à orientação

educacional e profissional, que se desenvolveu na escola média secundária, tendo

por objetivo “a formação integral da personalidade do adolescente e dar preparação

intelectual geral que possa servir de base a estudos mais elevados de formação

especial”, dentre outros.

Foi no Ensino Médio profissionalizante, em especial no que se dedicava a

formar mão-de-obra para a indústria que a orientação profissional se desenvolveu,

consagrando a estrutura de classes sociais, com o ensino profissionalizante

destinado aos cidadãos que precisavam ser inseridos com urgência no mercado de

trabalho e cidadãos das classes favorecidas com a intenção de seguir estudos na

universidade.

A orientação educacional recebeu incentivos governamentais no período de

1945 a 1960 com as Leis Orgânicas, entretanto, foi a partir da década de 50, no

século XX, que ocorreu a implantação nas escolas da rede pública de ensino em

São Paulo e Rio de Janeiro. A partir de 1970, com a Lei 5692/71, com a reforma da

E no Brasil. Você sabe como se iniciou a

orientação educacional na escola?

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Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é que ocorre o maior investimento

de orientação educacional na rede pública, porém a orientação educacional, se

desenvolveu mais na rede privada, em especial nas escolas de ordens religiosas.

A orientação educacional brasileira sofreu influência teórica da educacional

guidance, norte americana e da phisichologie scolaire, francesa. Estes dois moldes

de orientação são a base da orientação educacional no Brasil. São

operacionalmente diferentes, entretanto com a mesma concepção de sociedade

onde os indivíduos de um todo orgânico devem se ajustar nas mesmas bases

psicológicas, desconsiderando as diferenças dos sistemas escolares citados e o

nosso sistema escolar brasileiro.

Essa influencia mostrou-se útil na ordenação da sociedade brasileira na

década de 40, no século XX, auxiliando o indivíduo no seu processo de escolhas

vitais onde cada um utilize seus dons considerados socialmente bons e elimine os

desvios, contribuindo assim para o bem social. Na adolescência, fase em que

surgem conflitos e desvios, a orientação se torna necessária para ajudar o aluno a

ajustar-se aos estudos, à escola, à família, a fim de ser um adulto ajustado à

sociedade. Nessa perspectiva o trabalho do orientador será basicamente individual

com o aluno.

Na década de 60, no século XX, essa concepção se altera com a psicologia

humanista e com o movimento escolanovista. No movimento humanista a ênfase se

dá no desenvolvimento do indivíduo, na liberdade pessoal, como modelo para si

mesmo e não para a sociedade. No movimento escolanovista, a ênfase se dá na

aprendizagem da democracia; aprender a conviver e a respeitar, a ouvir e a aceitar e

a exercer a liderança . são valores democráticos que nortearão a conduta dos

indivíduos na vida social fora da escola, desta forma, a orientação educacional

atuará com técnicas grupais.

Basicamente, as áreas de atuação dos orientadores educacionais na escola

são a orientação escolar, orientação psicológica, orientação profissional, orientação

familiar e a orientação do lazer, conforme experiência americana.

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APROFUNDAMENTO TEÓRICO - TEXTO 3

Este texto, foi elaborado com base em leituras de Gomide (2004),

Hidalgo (1999), Oliveira (2006), Silva Jr. (1987) e Silva (1985). No âmbito estadual,

apuramos que no período de 1910-1920, a inspeção passa de administrativa para

técnica, então, percebe-se um pequeno avanço no sistema de ensino no Estado,

com a possibilidade de uma ação mais voltada para ação pedagógica. A

consolidação se efetiva no estado, nas décadas seguintes, com a criação das

funções de inspetor geral, diretor geral, superintendente de ensino, docente

visitador, delegados fiscais para inspeção da inspeção, inspetor regional, sub-

inspetor, inspetor local e diretor em nível de comunidade escolar. Funções estas

desempenhadas por pessoas desqualificadas pedagogicamente, com a inclusão de

professores somente por volta de 1940.

Com a criação do MEC a nível nacional, em 1946, e da Secretaria

de Estado da Educação e Cultura, SEEC, a nível estadual, em 1947, surgiram

perspectivas de avanços ante as questões educacionais. Na década de 50, o

Paraná cria as Inspetorias Auxiliares de Ensino com pessoal de apoio e os

SUPERVISÃO ESCOLAR

Imagine o cargo de supervisor escolar ocupado por alguém que foi indicado pelo diretor, sem que este

tenha qualquer qualificação profissional para o exercício da função ? Poderia ser escolhido apenas pela

afinidade que tivesse com o diretor do estabelecimento, sem sequer ter nível superior. Isto já

aconteceu nas escolas públicas. Vamos acompanhar com foi este caminho.

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orientadores pedagógicos, que realizavam os trabalhos de assessoramento

pedagógico.

A partir de 1963 houve a criação do Serviço de Supervisão-Setor

Paraná (SS-PR), instituído pelo Mec em todo país, com a finalidade de treinar

professores leigos. A partir daí, surge em 1967, o Centro de Treinamento do

Magistério Paranaense (CETEPAR), visando o aperfeiçoamento dos professores

leigos.

Com a aprovação da Lei 5692/71, foi implantado o Serviço de

Supervisão Escolar, prevalecendo o critério da indicação, sem a necessidade de

conhecimento técnico-profissional. Silva (1985), define como supervisor escolar, o

profissional “habilitado tecnicamente”, especializado, treinado ou titulado por

Decreto, para cumprir as funções técnicas em nível de execução.

A estruturação da função

de supervisão no Paraná em aberto,

justifica tantas reformulações a cada

mudança nas Chefias, justificado pelo

relato do Regulamento nº 207/75.

O Decreto 1041/70 e a Lei 00013/81 possibilitaram através de

transposição o ingresso de professor primário para o cargo de especialista, e em

1993, a SEED realizou concurso para supervisor de ensino.

A Resolução 3651/2000 altera as funções de orientador educacional

e supervisor pedagógico. Esta Resolução define o novo porte das escolas de acordo

com o número de alunos. Com essa definição, foram redistribuídos o número de

profissionais da educação, e os pedagogos que exerciam as funções de orientador

educacional e supervisor pedagógico, foram agrupados na “Equipe Pedagógica”.

Atualmente, o favoritismo presente

no interior da escola, foi corrigido pela Lei

Complementar 103/2004, (Capítulo IV, Artigo 5º, § 4º)

que exige a graduação em Pedagogia para o

exercício das funções de coordenação, administração escolar, planejamento,

[w2]Comentário: CAPÍTULO IV Art. 5º. § 4º - Para o exercício do cargo de Professor nas atividades de coordenação, administração escolar, planejamento, supervisão e orientação educacional é exigida graduação em Pedagogia.

[w1]Comentário: [...] o Sistema de supervisão escolar não aparece na estrutura

de forma explícita. Implicitamente, se situa no Capítulo V –

Nível de Execução Programática, que abrange os

Departamentos de Ensino de 1º Grau, 2º Grau, Supletivo e de

Educação Especial e a Coordenadoria dos Núcleos Regionais,

nas competências de cada um dos Departamentos e

Coordenadorias, assim como nos objetivos da SEEC (Artigo 3º,

Item XII).

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supervisão e orientação educacional. Ainda no Artigo 39 desta Lei, os cargos de

orientador educacional, supervisor educacional e administrador escolar, ficam

considerados em extinção assegurando-se tratamento igual ao que é oferecido ao

Professor. Surge então o Professor Pedagogo.

Esta é a Lei que tornou o trabalho do

orientador educacional, do supervisor

escolar e do coordenador pedagógico

unificados num único profissional.

O professor pedagogo.

Quais conseqüências o acúmulo

destas funções trouxe

para o seu dia-a-dia ?

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação, no estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.

Você conhece as funções atribuídas oficialmente pela Secretaria de Estado da Educação ao professor pedagogo?

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Compete à Equipe Pedagógica:

- Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

- Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva democrática;

- Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

- Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

- Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

- Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

- Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

- Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

- Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

- Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;

- Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

- Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

- Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

- Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

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- Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

- Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

- Acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e Biologia e de Informática;

- Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

- Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

- Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da Secretaria de Estado da Educação;

- Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

- Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação - Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

- Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

- Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

- Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

- Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

- Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;

- Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;

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- Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro de Classe e a Ficha Individual de Controle de Nota e Freqüência, sendo esta específica para Educação de Jovens e Adultos;

- Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

- Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais do estabelecimento de ensino;

- Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais;

- Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

- Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;

- Acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

- Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos;

- Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

- Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

- Assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna;

- Acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando visitas regulares (somente para os estabelecimentos de ensino que servem de Escola Base para as Escolas Itinerantes);

- Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;

- Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no estabelecimento de ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida autorização);

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- Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

- Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

- Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

- Elaborar seu Plano de Ação;

- Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=12 - acesso em 09/11/2008 – 19:29 h.

Ai, ai, ai! Será que eu vou dar

conta?

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REFLETINDO JUNTOS!!!

· No estabelecimento de ensino em que você atua, há condições para que o professor pedagogo desenvolva todas as funções determinadas pela SEED?

· De que forma você desenvolve seu trabalho a fim de que as exigências do cargo sejam cumpridas? Você consegue???

Após conhecer todas as funções atribuídas pela Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná apresenta ao professor

pedagogo, analise e reflita:

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1) De que forma podemos construir relações que apontem para uma efetiva

gestão democrática? Como apontar práticas efetivas que tragam

cidadãos dos diversos segmentos para participarem da tomada de

decisões na escola?

2) Quais os limites e as possibilidades do professor pedagogo no exercício

de suas funções?

3) Elenque por ordem de prioridade as funções atribuídas ao professor

pedagogo?

4) Como devem ser organizadas e estruturadas as funções do professor

pedagogo de forma a atender as necessidades primordiais do sistema

educacional e reestruturar sua nova identidade?

PRONTOS PARA AGIR!!!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PARANÁ. SEED. Dia-a-dia Educação. Disponível em www.diaadia.pr.gov.br/ cge/ modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=12 . Acesso em 09 nov 2008