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Brasil PRESBITERIANO Maio de 2005 Ano 47 / Nº 608 - R$ 1,80 Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Página 8 Espaço Higienópolis atrai jovens estudantes para Cristo Páginas 14 e 15 Associação presbiteriana atende crianças carentes Páginas 18 e 19 Jovens presbiterianos evangelizam no Vale do Aço Lucas Heler Matheus Clemente Página 9 Edson Vieira União da Mocidade Presbiteriana União da Mocidade Presbiteriana Presidente da Confederação Nacional de Mocidades e secretário geral do Trabalho com a Mocidade Presbiteriana refletem sobre a união e seu trabalho, prestes a completar sete décadas de existência Rede Presbiteriana de Comunicação Encontro de líderes da Mocidade da região Sudeste, em outubro de 2004, em Varginha (MG) Encontro de líderes da Mocidade da região Sudeste, em outubro de 2004, em Varginha (MG)

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Jovens presbiterianos evangelizam no Vale do Aço Espaço Higienópolis atrai jovens estudantes para Cristo Páginas 14 e 15 Páginas 18 e 19 Página 8 Página 9 Presidente da Confederação Nacional de Mocidades e secretário geral do Trabalho com a Mocidade Presbiteriana refletem sobre a união e seu trabalho, prestes a completar sete décadas de existência Rede Presbiteriana de Comunicação Matheus Clemente Lucas Heler Edson Vieira

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B r a s i lPRESBITERIANO

Maio de 2005 Ano 47 / Nº 608 - R$ 1,80Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil

Página 8

Espaço Higienópolis atraijovens estudantes para Cristo

Páginas 14 e 15

Associação presbiteriana atendecrianças carentes

Páginas 18 e 19

Jovens presbiterianosevangelizam no Vale do Aço

Lucas Heler

Matheus Clemente

Página 9

Edson Vieira

União da Mocidade Presbiteriana União da Mocidade Presbiteriana

Presidente da Confederação Nacional de Mocidades e secretário geral do Trabalho com a MocidadePresbiteriana refletem sobre a união e seu trabalho, prestes a completar sete décadas de existência

RedePresbiteriana

de Comunicação

Encontro de líderes da Mocidade da região Sudeste, em outubro de 2004, em Varginha (MG)Encontro de líderes da Mocidade da região Sudeste, em outubro de 2004, em Varginha (MG)

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Brasil PRESBITERIANO2 Maio de 2005

AssinaturasPara qualquer assunto

relacionado a assinaturas do BP,entre em contato com:

Luz para o Caminho0(XX)19 3741 3000

0800 119 [email protected]

Rua Antônio Zingra nº 151,Jardim IV Centenário

CEP 13070-192

Li o artigo Identidade Visual da IPB(Opinião do BP de março de 2005) e gostariade dizer que prefiro o símbolo antigo, onde sóhavia a sarça ardendo. Foi incluído nestenovo símbolo, sorrateiramente, a forma deuma pomba, deformando o símbolo antigo.Tenho mostrado esta figura a algumas pes-soas crentes e não crentes e a maioria vê umapomba, alguns vêem chamas e uma pomba epoucos enxergam uma árvore queimando.Sempre defendi que nós, presbiterianos,somos claros, diretos, sem segredos, semmensagens subliminares.

Fico triste e desgostoso porque hoje apomba é mais um símbolo da paz e do desar-mamento do que do Espírito Santo.

Foi uma visão maravilhosa a de Moisés. Asarça ardia e não se consumia. Ele viu a sarçaardendo e não uma pomba no meio das cha-mas. Que o Espírito Santo estava lá, estava!Mas como pomba! Em amor, pela santidadedo arraial presbiteriano.

Janes Jose Bragança, de Goiânia (GO)

Recomendei aos candidatos à profissão defé e aos membros da minha igreja a leituraatenciosa do Consultório Bíblico publicadoem janeiro de 2005 respondendo à pergunta:"Pode um coral evangélico participar livre-mente de uma cerimônia de casamento ouquaisquer eventos da igreja católica romana,

sem ser ecumênico, apenas para a glória deDeus?" Considero a publicada resposta ousa-da e muito oportuna, pois o desconhecimentodas instruções nela expostas tem levadomuita gente, até bem intencionada, a envolvi-mentos, no mínimo, lamentáveis. Parabénsao rev. Odayr Olivetti, sempre encaminhan-do, com bases na Palavra de Deus, os leitorese ouvintes de suas mensagens, a atitudes con-venientes, numa época de tantas práticas, atélícitas, que não convêm aos verdadeirosfilhos da luz.

Rev. Salvador Gomes Ganhoto, pastor daIP do bairro do Óleo, em Andradas (MG)

Parabéns pela iniciativa de colocar umcaderno de classificados no BrasilPresbiteriano. Era o que estava faltando nojornal. Sou leitor há muitos anos. Desejo queisso, além de fortalecer o jornal, fortaleçatambém a integração do povo cristão.

Edmur Pavanelli da IP de Tatuí (SP)

As reportagens do jornal BrasilPresbiteriano muito têm contribuído paraconhecermos o que está acontecendo emnossa amada igreja pelo Brasil. Louvamos aoSenhor Jesus pela vida e ministérios dosirmãos e do Senhor virá a vossa recompensa.

Laura Hotti de São Francisco doGuaporé (RO)

Erramos: Na matéria das páginas 10 e 11 da edição de fevereiro, Missão urbana ganha excluí-dos para Cristo, entre uma página e outra ficou faltando uma palavra. A frase correta entre ofinal da quinta coluna da página 10 e o início da primeira coluna da página 11 é "O pastorEdinaldo realizou trabalhos na Terceira Delegacia de Polícia da cidade de São Paulo (...)".

Seu recado

Nosso recado

Maio é o mês dos jovens na IPB, pois dia 15, terceiro domin-go do mês, é o Dia da União da Mocidade Presbiteriana. Nesteano, a união completa 69 anos, prestes a completar sete décadasde existência. O que dizem os líderes sobre esta história e sobreo que acontece hoje entre os jovens presbiterianos? Acompanhena página 9.

Outra matéria sobre o que os jovens da IPB andam "aprontan-do" é Juventude presbiteriana promove missões, nas páginas 18e 19, que conta como jovens mineiros estão preocupados e ocu-pados com a evangelização e o desenvolvimento social depequenas cidades do Vale do Aço. No ano passado, o municípioalcançado foi Açucena, dando origem ao Projeto Açucena.Neste ano, já na oitava edição, os jovens se dedicam ao ProjetoAntônio Dias.

Outro trabalho notável de evangelização promovido pelajuventude presbiteriana entre estudantes é o EspaçoHigienópolis, da recém organizada IP de Higienópolis. Ouvirmúsicas, realizar palestras e discutir idéias estão entre as pro-postas do trabalho, que conta com o apoio da capelania daUniversidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, e preten-de envolver não apenas universitários, mas também estudantesdo Ensino Médio. Veja na página 8.

Mais notícia envolvendo jovens, desta vez, seminaristas alu-nos do Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição, emSão Paulo, mas que não se restringe à cidade – ao contrário,busca promover união entre os países da América Latina. A redede Contato de Jovens Cristãos tem o objetivo de suprir as neces-sidades teológicas dos jovens. Neste ano (veja na página 17), ogrupo realizará, em julho, sua conferência na UniversidadePresbiteriana Mackenzie, por ser um local de fácil acesso. Sãoesperados jovens de todo o Brasil e de países da América Latina.

Ainda sobre missões e ação social, o leitor poderá conhecer,nesta edição, a Associação Beneficente Betsaida, que auxiliacrianças carentes, nas páginas 14 e 15, e o envolvimento da IPBem Campina Grande, na Paraíba, com um método evangeliza-dor pessoal: o evangelismo explosivo, na página 16.

Há ainda muita polêmica no meio protestante quando o assun-to é psicologia e psiquiatria. Muitos crêem que a fé, o poder deDeus e a Bíblia contêm todas as respostas e são suficientes nahora de auxiliar um crente em problemas. Outros acreditam quehá questões que só podem ser resolvidas com a orientação pro-fissional de um psicólogo ou psiquiatra e até mesmo com o usode medicamentos. Há quem pense, no entanto, que entre estesdois extremos pode haver um equilíbrio em que seja trabalhadaa multidisciplinaridade da fé e da medicina para a cura de doen-ças emocionais e até mentais. Veja os comentários dos membrosdo Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, membros tam-bém da IPB, nas páginas 10, 11 e 12, e ainda o editorialOpinião, na página 3. E boa leitura!

Palavra da Redação

Presb. Gunnar Bedicks Jr. – PresidentePresb. Gilson Alberto Novaes - SecretárioPresb. Alcides Martins Jr. – TitularPresb. José Augusto Pereira Brito – TitularRev. Carlos Veiga Feitosa – TitularPresb. Sílvio Ferreira Jr. – TitularPresb. Clineu Aparecido Francisco – Diretor Administrativo-financeiroRev. André Mello – Diretor de Produção e Programação

Edição e Chefia de Reportagem: Letícia FerreiraDRT/PR: 4225/17/65E-maill: [email protected]: Letícia Ferreira ([email protected]),Lucilene Nascimento (e-mail: [email protected]) eMartha de Augustinis (e-mail: [email protected])Diagramação: Aristides NetoRevisão: Douglas Moura Ferreira

EXPEDIENTE

Rede Presbiterianade Comunicação

Conselho Editorial:Rev. Augustus Nicodemus LopesRev. Celsino GamaRev. Evaldo BerangerPresb. Gilson Alberto NovaesRev. Hernandes Dias LopesRev. Vivaldo da Silva Melo

Brasil PRESBITERIANOAno 47, nº 608 – Maio de 2005

Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020, São Paulo – SPTelefone: 0(XX)11 3255 7269

E-mail: [email protected]

Órgão Oficial da

Secretaria de Atendimento ao Assinante: (19) 3741 3000 / 0800 119 105 Impressão: Folhagráfica

www.ipb.org.br

Uma publicação da

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Brasil PRESBITERIANO 3Maio de 2005

m dos conflitos maispersistentes e agudos noministério pastoral den-

tro da nossa denominação éaquele relacionado com o uso dapsicologia no aconselhamento ena cura de almas. O cuidado daalma ou a "cura d’alma" comoera chamado o ministério deaconselhamento no passado,sempre foi visto como parte inte-grante do ministério pastoral,uma extensão do ministério daPalavra, uma chance de pregar aPalavra de Deus de forma indi-vidualizada, instruindo, repreen-dendo, corrigindo e educando ocrente de forma personalizada,sensível, ao indivíduo e às cir-cunstâncias e vicissitudes davida. Hoje, o campo do aconse-lhamento, da psicoterapia e da"cura d’alma" tem sido transfor-mado em campo de batalha. Apsicologia secular a-religiosa ou

anti-religiosa procura excluir opastor do cuidado da psique, atémesmo sugerindo que a fé é umdos complicadores dos proble-mas psicológicos. Por outrolado, alguns pastores erronea-mente aceitam a declaração deguerra e rejeitam a psicologia intoto, afirmando que uma visãobíblica invalida qualquer refle-xão psicológica (anti-psicolo-gia). E ainda alguns outros, pas-tores, psicólogos e psiquiatrascristãos, acham que uma misturaentre os preceitos bíblicos e oconhecimento psicológico pos-sibilita uma síntese (integração)que capacita tanto os pastoresquanto os psicólogos para maiorêxito.

Talvez grande parte da discus-são pudesse ser esclarecida selembrássemos de alguns pontoschave: (1) Toda problemáticahumana nos relacionamentos

com o próximo e consigomesmo tem como pano de fundoa relação com Deus. Sendoassim, a tentativa de entender eajudar o homem nas questões daalma, do coração, sem levarDeus em conta, sem considerar oque a revelação diz a respeito dohomem e de seus problemas, éfadada ao insucesso. (2) Isso nãosignifica que as observações e asperspectivas das psicologias nãodevam ser aproveitadas. Talaproveitamento, entretanto, nãopode ser uma mera síntese, umamistura ou uma integração, poiscorreríamos o risco de acabarcom uma teologia pastoral psi-cologizada, como tem ocorridomuito em nosso tempo, ou umapsicologia pseudo-científica eteologizada.

Existe uma alternativa queevita estes perigos. Primeiro,reconhecer que só a Palavra de

Deus oferece um retrato acuradodo homem, em seu estado origi-nal (antes da queda), em seuestado atual (decaído e atormen-tado pelo pecado) e nas possibi-lidades de seu novo estado comoser redimido e progressivamenteconformado à imagem do varãoperfeito, Jesus Cristo (o padrãode uma alma, ou psique, saudá-vel). Segundo, reconhecer quesó a Palavra de Deus estabeleceos meios e os processos median-te os quais as pessoas podem serauxiliadas na aplicação daredenção nas diversas áreas deseus relacionamentos com Deus,com o próximo e com elas mes-mas. Terceiro, reconhecer que asobservações e a sabedoria acu-muladas mediante os esforçosdaqueles que se especializam emobservar o comportamento e asdinâmicas da alma humanapodem e devem ser aproveitados

para o enriquecimento da práticapastoral do aconselhamento,desde que devidamente reorien-tadas pelos pressupostos e pre-ceitos da Palavra. Esta visãoficou clara na última reunião daComissão Executiva da IgrejaPresbiteriana do Brasil, que emuma de suas decisões afirmou"... a grande importância do tra-balho de aconselhamento pasto-ral, que somente a Igreja deJesus Cristo pode fazer e quenão pode ser entregue aos místi-cos e nem aos adeptos da visãofreudiana... Esta perspectiva énada mais, nada menos, do que onosso entendimento da santifica-ção, nosso chamado para viver-mos uma vida equilibrada e ser-mos, como igreja, uma comuni-dade que aconselha-se mutua-mente, edifica-se e se move paraa estabilidade espiritual" (CE-IPB 2005 – Doc. 20).

ergunta: Procurando osmelhores dons, é neces-sário que eu fale, ore em

línguas, primeiro?Resposta: Absolutamente

não! Dou a seguir um ligeiroresumo de passagens bíblicasque esclarecem definitivamenteo ponto.

Rm 12.6: "Tendo, porém, dife-rentes dons segundo a graça quenos foi dada: se profecia, sejasegundo a proporção da fé".Lição: Os dons são dadossegundo a graça de Deus.

1 Co 12.11: "Mas um só e omesmo Espírito realiza todasestas cousas, distribuindo-as,como lhe apraz, a cada um,individualmente". Lição: Os

dons são distribuídos como oEspírito Santo quer.

1 Co 12.28: "A uns estabele-ceu Deus na igreja, primeira-mente apóstolos; em segundolugar, profetas; em terceirolugar, mestres; depois, operado-res de milagres; depois, dons decurar, socorros, governos,variedades de línguas". Lição:O dom de línguas está em últi-mo lugar na lista feita peloapóstolo.

1 Co 12.29,30: "Porventurasão todos apóstolos? Ou todosprofetas? São todos mestres?Ou operadores de milagres?Têm todos dons de curar?Falam todos em outras lín-guas? Interpretam-nas todos?"

Lição: Uns têm uns dons,outros, outros.

1 Co 12.31 e 14.1:"Entretanto, procurai, com zelo,os melhores dons... Segui oamor e procurai, com zelo, osdons espirituais, mas principal-mente que profetizeis". Lição:Se vamos pedir dons, peçamosprincipalmente o dom de profe-cia, isto é, o dom de transmitirfielmente o que Deus diz. Note-se o vínculo entre profecia e alei de Deus em Pv 29.18: "Nãohavendo profecia, o povo secorrompe; mas o que guarda alei, esse é feliz".

Ef 4.10,11: "Aquele que des-ceu [Cristo] é também o mesmoque subiu acima de todos os

céus, para encher todas as cou-sas. E ele mesmo concedeu unspara apóstolos, outros para pro-fetas, outros para evangelistas eoutros para pastores e mestres".Lição: Temos nessa passagemos dons fundamentais para avida e obra da igreja.

1 Co 13: Lição: O dom dosdons, dom sublime e que devecobrir todos os demais dons einfluenciá-los, é o dom do amorde Deus "derramado em nossoscorações pelo Espírito Santo,que nos foi outorgado" (Rm5.5). Sem este amor de nadavale, para Deus, falar em lín-guas, dar vultosas esmolas,conhecer todos os mistérios...

Gl 5.22,23: "Mas o fruto do

Espírito é: amor, alegria, paz,longanimidade, benignidade,bondade, fidelidade, mansidão,domínio próprio. Contra estascousas não há lei". Lição: Omais importante é que vivamosde tal maneira na comunhãocom Deus que apareça em nós ofruto do Espírito Santo.

U

Opinião

Consultório Bíblico

P

O rev. Odayr Olivetti éministro jubilado da IPB, foi

pastor de várias igrejas eprofessor de Teologia

Sistemática no SeminárioPresbiteriano de Campinas.

É autor de alguns livros etradutor de inúmeras obras

cristãs.

Odayr Olivetti

A Psicologia no Aconselhamento Pastoral

Dom de línguas

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Brasil PRESBITERIANO4 Maio de 2005

História do Movimento Reformado

O Presbiterianismo na Irlandaurante muito tempo osirlandeses abraçaram ocristianismo celta, inde-

pendente de Roma, cujo primeirogrande líder foi Patrício, no quar-to século. A partir de 1172, sob ainfluência da Inglaterra, o paístornou-se fortemente católicoromano. No século 16, quando orei Henrique VIII criou a IgrejaAnglicana, separada de Roma, osirlandeses recusaram-se a aceitá-la. Seguiu-se um longo períodode guerras em que o norte da ilhaficou praticamente despovoado.Foi então que o rei Tiago I resol-veu colonizar essa região atravésde imigrantes escoceses e ingle-ses, criando, em 1606, a Colôniade Ulster. Esses imigrantes eram

calvinistas e muitos deles presbi-terianos. Após uma rebelião emque os católicos massacraramgrande número de presbiterianos(1641), o parlamento inglêsenviou dez mil soldados à região,quase todos escoceses. Os cape-lães das tropas organizaram igre-jas e promoveram a eleição deoficiais. Finalmente, no dia 10 dejunho de 1642, em Carrickfergus,perto de Belfast, foi organizado oprimeiro presbitério da Irlanda.Em 1659 já havia cinco presbité-rios.

Durante quase todo o século 17e início do século 18, os "escoce-ses-irlandeses" sofreram com asações repressivas de diversosmonarcas ingleses, nos aspectospolítico, econômico e religioso.Além disso, experimentaram

calamidades naturais como secasrigorosas e a fome e pobrezaresultantes. Com isso, muitosdeles resolveram migrar para aAmérica do Norte, principalmen-te a partir de 1717. Segundo umaestimativa conservadora, até1776, pelo menos 250 mil cruza-ram o Atlântico para o NovoMundo (algumas estatísticasfalam em 500 mil). Em 1706, soba liderança de Francis Makemie,um pastor emigrado da Irlanda,havia sido organizado o primeiroconcílio presbiteriano dosEstados Unidos, o Presbitério deFiladélfia. Os escoceses-irlande-ses radicados em Nova Jersey,Pensilvânia, Virgínia e nasCarolinas do Norte e do Sulforam os principais responsáveispela formação da Igreja

Presbiteriana dos Estados Unidosda América (PCUSA). Eles tam-bém foram o principal grupo quelutou pela independência da novanação.

No século 18, as divisões ocor-ridas na Igreja da Escócia afeta-ram o presbiterianismo irlandês.Por cerca de um século existiramlado a lado o histórico Sínodo deUlster e o Sínodo da Secessão,que voltaram a se unir em 1840,formando a Assembléia Geral daIgreja Presbiteriana da Irlanda. AIrlanda do Norte separou-se dorestante do país em 1921, ficandoligada ao Reino Unido. Em 1970,a Igreja Presbiteriana tinha umacomunidade total de 400 mil ade-rentes, das quais 140 mil erammembros comungantes. Contavacom 567 igrejas locais, 537 pas-

tores e 5.917 presbíteros. A cida-de de Belfast, com meio milhãode habitantes, é o principal centropresbiteriano. Existem duasescolas de teologia, uma emBelfast e outra em Londonderry.Dois fatores prejudicaram o cres-cimento dessa igreja no passado:a emigração de milhares demembros para outras terras e asdivisões e discórdias causadaspor questões doutrinárias e litúr-gicas. Apesar desses reveses, tal-vez até por causa dos mesmos, aIgreja Presbiteriana da Irlanda éhoje uma igreja forte, unida econservadora.

DAlderi Souza de Matos

O rev. Alderi Souza deMatos é o historiador

oficial da [email protected]

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Brasil PRESBITERIANO 5Maio de 2005

Liderança

Liderança espiritual na igreja (primeira parte)"Apegado à palavra fiel, que

é segundo a doutrina, demodo que tenha poder tantopara exortar pelo reto ensinocomo para convencer os que ocontradizem." Tito 1.9

Bíblia diz do redimi-do como alguém quefoi "entregue de cora-

ção a uma forma de doutri-na" e apresenta o homem deDeus que deve ser um servoda igreja no ofício espiritualcomo alguém que necessita,pela graça de Deus, ter asqualidades que Paulo enu-mera em I Timóteo 3.Também depreendemos da

Escritura que um crente emJesus Cristo ou oficial daigreja deve manifestar emsua vida eclesiástica osseguintes aspectos:ConfessionalidadeÉ a Santa Igreja do Senhor,

uma igreja confessional.Exemplos bíblicos e históri-cos são sobejos no que con-cerne à igreja em todos ostempos evidenciando umaconfissão. Já nos primór-dios, vemos a confissãoAramei, no NovoTestamento temos hinos eexpressões confessionais elogo no primórdio da igrejatemos o legado extraordiná-rio do Credo dos Apóstolos.Quando verdadeiramenteme converto e, se me filio auma igreja verdadeira, elaexigirá minha confissãocomo aconteceu ao eunucoque foi batizado por Felipe.Há de o crente que, chama-

do pelo Senhor e despertadopelo Espírito Santo, desejan-do filiar-se a uma igreja,

conhecer o que ela crê eensina.Estamos num mundo indi-

vidualista e as pessoas estãodesavisadas e confundemreligião com partidos políti-cos, pensando freqüente-mente que o que importanão é nome da minha deno-minação ou igreja, como sefosse um partido, o queimporta na verdade é meucompromisso particularcom Deus.Ora, em nenhum lugar da

Bíblia isto é mostrado comoverdade, pelo contrário osverdadeiros convertidos sãochamados a afastar-se domundo e da falsa religiãocom tal grau de advertênciaque chegam ser ameaçadosde sofrerem condenaçãocom os que são falsos. E talé a seriedade que, inspiradopelo Espírito Santo, o hagió-grafo chega a afirmar queaos hereges não devemosnem dar boas vindas emcomunhão para não nos tor-narmos cúmplices em seuspecados de heresia. (IIJoão).Também, quando alguém é

eleito presbítero, conforme aEscritura, segue-se a impo-sição de mãos. Segundo apalavra de Deus, a imposi-ção das mãos sob juramentoeclesiástico fará este homemespecial para uma igrejaespecial. Não é a ordenação de um

ecônomo para a igreja meto-dista, ou evangelista daAssembléia de Deus ou umdiácono da Igreja Batista,mas um presbítero da IPB.Em Romanos 6.17 o

Espírito Santo diz: "(...) Masgraças a Deus porque,outrora, escravos do pecado,contudo, viestes a obedecerde coração à forma de dou-trina a que fostes entre-gues;"O termo, tipo ou forma de

doutrina mostra que a IgrejaCristã, seja ela de que deno-minação for, se tem umavértebra central, é uma igre-ja confessional. Confessa-mos uma fé bíblica. E nossacrença é muito importante.A fé ou a crença precede aatitude, a procedência.Fazemos o que cremos.Um presbítero da nossa

igreja jurará:- Que aceita, defende,

ensina e vive o que afirma-mos na Confissão de Fé deWestminster.- Que aceita, defende, ensi-

na e se submete àConstituição da Igrejaafirmada nas leis destaConstituição, bem como noCódigo de Disciplina ePrincípios de Liturgia, alicontidos.- Submete-se aos concílios

da Igreja, do Conselho aoSupremo Concílio, enquan-to estes forem fiéis àSagrada Escritura. E casonão creia assim, por honesti-dade, deve renunciar seuofício para não ser tido porDeus como um mentirosoou tolo: se jurar, cumpra,pois Deus não se agrada dosacrifício de tolos. (Ec.5.1,2). Como diz aosRomanos 6.17, este jura-mento é mostrado na obe-diência de coração. Umhomem de Deus não deve e

nem pode ser desonesto oumentiroso. "Seja a sua pala-vra sim, sim; não, não; o quedisto passar vem do malig-no". Se você é presbiteriano,se jura esta doutrina, nãopode nem deve ser uminfiel. Você não é obrigado amentir, nem ser um oficial.Se você não concorda com aIgreja Presbiteriana nas suasformulações teológicas epráticas, seja honesto, sejaum crente em Jesus, masnão um oficial.

ConciablidadeNosso governo eclesiástico

é conciliar. O que determinao concílio acatamos, obede-cemos. Na constituição daIgreja e nas decisões doutri-nárias conciliares temos deafirmar algumas coisas fun-damentais:- A exclusividade, suficiên-

cia das Escritura como únicarevelação do Senhor e afir-mar que "Todos os outrosmeios de Deus revelar suavontade antigamente ces-saram". (Confissão de Fé:I. l; 2 Tm. 3.14-16; Hb. 2.1-4; Ap. 19.10 in fine).Nisto se incluem as deci-

sões do SC - IPB onde eminúmeras vezes ordenou queseja banida qualquer formade profecia que não seja aexposição da Palavra doSenhor, iluminada.(SC-IPB 98 DOC 173). O

Dom de línguas como reve-lacional foi rejeitado (SC-IPB 86 DOC. 049). Se oSenhor se revelasse hoje emlínguas como tão comumen-te alguns acreditam, tería-mos duas opções: vamos

examinar o que se fala emlínguas e, se o que se falaestá na Escritura, então éobsoleto, pois o que já estána Bíblia é melhor; ou, oque se fala não está naEscritura, então pior:quem acrescentar àEscritura qualquer coisaserá acrescido flagelos sobresua vida e seu nome nãoconstará no livro da vida!- A salvação ou a vida

Cristã é resultado exclusi-vo da graça de Deus, emJesus Cristo e não produtode crendices, práticas eoutras coisas que escravi-zam o homem. Confissão defé XIV.- A soberania de Deus,

demonstrada na predestina-ção não pode ser negada, e ocrente não pode perder sua

salvação: (Conf. de Fé III,XVII; Jo 10.28; Ef 1.4,5)- O zelo com o dia do

Senhor e a santificação indi-vidual precisam ser busca-dos: (Confissão de Fé, XIII,XXI.)(Continua na próxima edi-

ção)

O rev. Cleônimes Anacletode Figueiredo é pastor da

Sexta IP de Belo Horizontee presidente do Sínodo de

Belo Horizonte.

A

Cleônimes Anacleto de Figueiredo

BIBLIOGRAFIA:Bíblia SagradaConfissão de Fé. CEP. SãoPaulo.Hendriksen, William.Comentário Del NuevoTestamento1 y 2 Timóteo Tito. Digesto PresbiterianoO ofício de Presbítero. CEP.Constituição da IPB. (CD e PL)

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Brasil PRESBITERIANO6 Maio de 2005

Notícias

Trabalho Masculino da IPB realizacongresso nacionalO evento será em abril do próximo ano,

mas a comissão organizadora do 11ºCongresso Nacional dos HomensPresbiterianos já está empenhada emorganizá-lo e divulgá-lo. De 19 a 23 deabril de 2006, no Centro de Turismo PraiaFormosa em Aracruz (ES), o congressoacontecerá sob o tema Sacerdócio Real, eestará aberto às famílias dos participan-tes. Os preletores serão o presidente e ovice-presidente do Supremo Concílio daIPB, respectivamente, rev. RobertoBrasileiro e rev. Guilhermino Cunha, e osreverendos Hernandes Dias Lopes,Jedeías de Almeida Duarte e HeberCarlos de Campos. O secretário geral daSecretaria do Trabalho Masculino, presb.Haroldo Peyneau, afirma que a CNHP e aSecretaria Geral estão se esforçando paraque o congresso seja bastante produtivo etraga maior desenvolvimento ao trabalhomasculino da IPB. "Nossa expectativa,diante do crescente entusiasmo quetemos percebido nos eventos de sínodos,federações e UPHs locais, é a de um com-parecimento em massa dos homens pres-biterianos ao congresso".Fazem parte da comissão organizadora,

os presbíteros Luiz Carlos Soares da Silva(superintendente) e Marcos de AlmeidaRodrigues, além de Valtemir Bueno deLima. Ao lado do secretário geral, os orga-nizadores pedem aos presidentes dassinodais que também se empenhem nadivulgação do evento, cujos objetivos sãoa confraternização, o estudo do temaapresentado e os planos de trabalho e aeleição da diretoria para o próximo qua-driênio.Informações com o secretário de impren-

sa da CNHP, presb. Júlio Cícero Prates eSilva, no e-mail [email protected].

Presbiterianos de Alto Jequitibá sereúnemDe 26 a 28 de maio, a Didaquê

Publicações e Promoções, empresa for-mada por pastores da IPB, que produzpublicações de educação cristã e promo-ve eventos, está preparando oAcampamento da Saudade. Este eventoacontecerá no Sítio Didaquê (palavra

grega que significa ensino), e pretendereunir pessoas que participaram dos con-gressos e acampamentos do leste deMinas Gerais nas décadas de 1970 e1980. O tema será O mundo muda... masCristo não! e será marcado por momentosde reflexão, louvor, lazer, confraternizaçãoe lembranças. Os preletores serão Marcose Suely Inhauser e os reverendos, quefazem parte do Conselho Diretor daDidaquê, Wilson Emerick de Souza,Anderson Sathler e Sérgio PereiraTavares. Haverá a participação musical deJoão Alexandre e Banda e RosemaryDuarte, conhecida como Tia Rose, alémde uma programação paralela para ascrianças.Informações nos telefones(33) 3341-

1572, pelo [email protected] ou no sitewww.didaque.com.

Homens realizam trabalho de açãosocial no Espírito SantoA Federação do Trabalho Masculino do

Presbitério do Itapemirim realiza, no dia 26de maio, das 8h30 às 16h, em Cachoeirodo Itapemirim (ES), o evento de açãosocial Primeira Ação Integral. Após a açãohaverá, às 17h, um culto de gratidão.Serão oferecidos, gratuitamente, cerca dedez serviços, como atendimento médico,odontológico, jurídico, obtenção das car-teiras de identidade e de trabalho e deestudante etc.Informações com o responsável pela

organização do evento, presb. Romário

Simão da Rosa, pelo [email protected] ou pelostelefones (28) 3518-4916/9884-2961.

Congregação presbiteriana emSergipe comemora aniversárioRev. Robson Rosa SantanaA Congregação Presbiterial em Frei

Paulo (Presbitério de Sergipe) comemoramais um ano de aniversário. Não se sabedireito qual a data de sua fundação, mas écerto que tem mais de 85 anos de presbi-terianismo no local em que está inserida.É sabido que foi iniciada pela Primeira IPde Sergipe, em Laranjeiras, quando o mis-sionário rev. Alexander Blackford passoupor Sergipe.Estamos também construindo um novo

templo para melhor acomodar os irmãos eacolher também aqueles que o Senhor háde enviar. Não há mais espaço para aigreja crescer no local em que ainda esta-mos, por isso tivemos a iniciativa de ven-der os imóveis da congregação e comprarum outro terreno bem mais espaçoso paraum melhor serviço da IPB na cidade deFrei Paulo.Informações: e-mail

[email protected].

Lançamento de livroO rev. Gerson Leite de Moraes está lan-

çando o livro Cidadãos do Reino de Deus(Editora Átomo), editado em 2004. No iní-cio da obra já aparece uma frase credita-da ao escritor Dostoievski que faz pensar:"È o diabo que luta com Deus, e o campode batalha é o coração do homem". Olivro, segundo a apresentação escrita porSara Lautenschleger de Moraes, é, comosugere o título, sobre o reino de Deus,visando a esclarecer que uma visão distor-cida sobre este reino pode ocasionardiversos males na vida daqueles que sedeixam levar por argumentações que nãoencontram sustentação e coerência nostextos bíblicos. "Para tanto, o autor sebaseou em vários estudos sobre o assun-to, nos mostrando nossa responsabilidadecomo cristãos: a de considerar o mundocomo passível de transformação atravésda manifestação da soberania de Deus".Contato e informações: (19) 3213-6754/9742-1327.

Centro de Turismo PraiaFormosa em Aracruz (ES)

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Brasil PRESBITERIANO 7Maio de 2005

Janelas para o Mundo

Igrejas evangélicas atuam maisque católicas em comunidadescarentesEstudo divulgado pela Fundação

Getúlio Vargas em abril, Retrato dasReligiões do Brasil, aponta que as igre-jas evangélicas do país arrebanharammais fiéis entre a população carentenos últimos anos. A presença evangé-lica, de acordo com dados do Censo2000, é maior do que a média(16,22%) em favelas (20,61%), subúr-bios de regiões metropolitanas(20,72%), entre desempregados(16,52%), pessoas com até um ano deestudo (15,07%) e migrantes instala-dos há pouco tempo nas capitais(19,17%) Entre os empregadores, noentanto, a situação é outra. Os católi-cos representam mais de 76%; entreos mais escolarizados, 74%, ante10,3% dos evangélicos.Segundo o coordenador do Centro de

Políticas Sociais da FGV, Marcelo Neri,os anos 80 e a estagnação da econo-mia naquela época foram responsá-veis pelo crescimento dos evangélicos.Para ele, a igreja é vista como formade ascensão social. Ainda segundoNeri, a tese apresentada pelo sociólo-go alemão Max Weber em A ÉticaProtestante e Espírito do Capitalismonão se confirma no Brasil. Na obra, oautor aponta as religiões evangélicascomo as que se desenvolvem comfacilidade entre os mais ricos e comgraus elevados de estudo.

Genebra não hasteou as bandeirasa meio-pau em homenagem à mortede João Paulo 2ºA cidade de Genebra, na Suíça, não

hasteou suas bandeiras a meio-pauem sinal de luto pela morte de JoãoPaulo 2º. De acordo com o chefe doconselho da cidade, MartineBrunschiwig Graf, o município, berçodo calvinismo, só hasteia bandeiras ameio-pau em homenagem à morte decidadãos suíços e não abriu exceção

por razão da morte do ex-líder daIgreja Católica.Também na cidade de Lausanne,

atual sede do Comitê OlímpicoInternacional, as bandeiras permane-ceram hasteadas normalmente. Sobreos apelos para que a cidade acompa-nhasse as demais localidades daquelepaís nas demonstrações de luto, Grafdisse que não há precedente algumdeste tipo em Genebra.

Novo papa quer acabar com odeclínio da igreja católicaEm entrevista ao jornal The New York

Times, ciente de que seu papado podeser curto por conta de sua avançadaidade, o papa Bento 16, 78, afirmouque pretende trabalhar rápido paradeter o declínio da igreja católica e dei-xar seu nome registrado na história dareligião. Segundo a publicação, o pon-tífice pretende surpreender os queaguardam que sua atuação siga ocaminho deixado por João Paulo 2º.

Igreja russa exige devolução detemplo históricoA igreja Old Believer, de Samara, na

Rússia, solicitou ao governo daquelepaís pedido de devolução de um pré-dio histórico usado como seu temploantes de 1917.Em um comunicado verbal, as autori-

dades municipais avisaram à igrejaque seus membros deveriam inicial-mente encontrar-se com os represen-tantes locais da Igreja OrtodoxaRussa, do patriarcado de Moscou,para saber a posição do acerbisposobre o pedido. Advogada e membrode uma paróquia da comunidade OldBeliever, Irina Budkina revelou que ainformação transmitida verbalmentepelo município não tem respaldo jurídi-co. Segundo Irina, documentos arqui-vados comprovam que a construçãoda igreja data do período entre 1913 e1915, e tem como responsável a IgrejaBelokrinitsa Old Believer. A obra teria

sido confiscada logo depois de ter sidoconcluída.

Fechamento de igrejas evangélicasna Costa Rica leva congressista arealizar protesto em parque públicoUm integrante evangélico do

Congresso da Costa Rica resolveuprotestar contra o fechamento dedezenas de igrejas evangélicas pelogoverno e subiu na parte mais alta doprincipal monumento do país.Carlos Avendaño permaneceu por

algumas horas no alto de uma estátuaem um dos principais parques de SãoJosé, na tentativa de obrigar o governoa negociar com ele e os líderes evan-gélicos a reabertura das igrejas.Avendaño, ex-pastor pentecostal, afir-

ma que o Ministério da Saúde daCosta Rica fechou cerca de 80 igrejasno ano passado. Segundo o governodaquele país, apenas 37 igrejas foramfechadas por falta de instalações sani-tárias adequadas ou pelo alto volumeproduzido durante os cultos.Para a Federação Aliança Evangélica

da Costa Rica, o fechamento em sériedas igrejas evangélicas é sinônimo deperseguição religiosa, uma vez que asigrejas católicas não receberam omesmo tratamento.O parlamentar decidiu dar início ao

protesto após o fechamento de umaigreja às vésperas do Domingo deRamos. Avendaño alega que a igrejanão foi notificada da ação e teria sidofechada durante o culto.A Igreja Semente Sagrada, em São

Isidro, na província de Puntarenas, émais uma das igrejas fechadas naque-le país. A comunidade realizava cultoshá 22 anos e foi fechada em dezem-bro, depois de ser denunciada por umvizinho que reclamou do volume pro-duzido pela igreja. Segundo o denun-ciante, o ruído excedia o permitido porlei. Fechada deste então, os membrostêm realizado suas reuniões em outrolocal.

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Brasil PRESBITERIANO8 Maio de 2005

Nova programação é desenvolvida de forma a atrair públicoespecífico

ma igreja que pro-clama e vive oevangelho doReino de forma

contemporânea, numa socie-dade contemporânea". Comessa visão, a IP deHigienópolis, segundo seupastor efetivo, rev. ArifranklinSousa, conhecido comoFrank, vem construindo suamarca, em um bairro onde apresença da IPB era inexis-tente: Higienópolis, na regiãocentral da cidade de SãoPaulo.

Inicialmente intitulada de IPPacaembu-Higienópolis, essacongregação da IP de VilaMariana em parceria com a IPde Pinheiros foi iniciada em1999, à Rua Tupy, na qual,conta o rev. Frank, não corres-pondeu às expectativas. "Arua Tupy não tem fluxo detransporte público e tudo ficalonge. A igreja estava no meiode conjuntos residenciais alta-mente seguros e também dacolônia judaica. Nós estáva-mos no contra-fluxo do cres-cimento", afirma.

Desta forma, as igrejas par-ceiras resolveram levar a con-gregação para a Rua DonaVeridiana, no mesmo bairro, emudar seu nome para IP deHigienópolis, iniciando suasreuniões em um hotel, emjunho de 2004, onde aindacontinuam sendo celebradosos cultos. De acordo com orev. Frank, a nova localidadecontribuiu muito para o cres-cimento da congregação, quehoje conta com 60 membroscomungantes e uma freqüên-cia de 80 pessoas por domin-go. O fato de estar localizada

em um hotel também ajudoubastante o seu crescimento."Esse ambiente, que não é ode uma igreja tradicional,vem contribuindo para avinda de pessoas que nãoestão acostumadas com aatmosfera do templo".

Tendo como meta principala sua emancipação até 31 dedezembro deste ano, datamarcada no contrato do PlanoMissionário Cooperativo(PMC), que arca com 50%dos gastos de plantação daigreja, a congregação con-quistou um prédio, onde fun-ciona hoje a sua sede. O rev.Frank garante que estão traba-lhando a "todo vapor" paraque essa intenção seja alcan-çada. "A nossa meta é chegarem dezembro deste ano com100 membros. Entendemosque aqui temos uma igrejacom potencial para mais de

500 membros", afirma.CAPELANIA

O rev. Frank afirma que a IPHigienópolis tem um perfilbásico de capelania hospitalare principalmente universitá-ria. "Somos uma igreja 24hque tem como objetivo traba-lhar entre os jovens estudan-tes universitários e do ensinomédio, aproveitando que esta-mos em uma área de muitoscolégios", conta, afirmandoainda que, por volta de 70%de seus freqüentadores sãoestudantes da UniversidadePresbiteriana Mackenzie(UPM), vindos de cidades dointerior do estado de SãoPaulo e que moram pelaregião.

Trabalhando ainda um perfilde igreja acolhedora e con-temporânea, a IP deHigienópolis selou uma par-ceria com a Capelania da

UPM focando a apresentaçãodo evangelho para seus estu-dantes. Um dos capelães dauniversidade, rev. EldmanEller, marca presença emtodas as programações dacongregação, assim como osmembros da IP deHigienópolis estão semprepresentes na universidade,atuando entre os jovens."Inicialmente, trabalhamoscentrados no Mackenzie, masqueremos estender esse proje-to para as escolas da redepública, próximas à congre-gação. Nossos jovens cristãosmackenzistas estarão uma vezpor semana, pelo menos,desenvolvendo um trabalhoevangelizador nesses locais",revela o rev. Frank.

ESPAÇOHIGIENÓPOLIS

Uma das programações demaior destaque da IP de

Higienópolis é o EspaçoHigienópolis que, desde o dia9 de abril, acontece todos ossábados. Música, palestras e aapresentação de novas idéiaspara a vida dos jovens são osatrativos desses encontrosvisando, por meio da adora-ção e busca constante doSenhor, a alcançar vidas paraEle.

A igreja desenvolve ainda oconhecido projeto DespertaDébora, realizado em parce-ria com a IP de Vila Mariana,no qual mulheres adotam,espiritualmente, um jovem dacongregação por quem orar."À partir deste mês, cadasenhora adotará um jovem etodo domingo, ela e sua famí-lia o receberão em sua casapara as refeições. Ele vaipoder se sentir em família",afirma o rev. Frank. Segundoele, esta é uma forma de trazere aconchegar os jovens."Conhecemos muitos filhosde pastores que estão afasta-dos do evangelho e que vivemaqui pelos bares da Rua MariaAntônia (próxima à universi-dade) porque não se sentiramacolhidos e o nosso objetivo étrazê-los aqui para Jesus e aigreja".

A congregação assumiuainda a liderança da AliançaBíblica Universitária (ABU)da UPM e outros projetos,como a inserção de uma carti-lha de orientação sobre igrejase centros de apoio no KitCalouro, panfletagem e reu-niões na universidade.

Informações e contato:Telefone: (11) 3151-2986, e-mail:[email protected] site: www.ipb.org.br/igrejas/iphigienópolis

Evangelização dirigida

“U

IP de Higienópolis alcança jovens estudantesMartha de Augustinis

Espaço Higienópolis: novas formas de atrair jovens estudantes paraJesus

Matheus Clemente

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Brasil PRESBITERIANO 9Maio de 2005

União de MocidadePresbiteriana (UMP)comemora, no dia 15

de maio, 69 anos. É ummomento oportuno pararelembrar a história daMocidade e dos jovens quederam início a esse trabalho.O objetivo, segundo o rev.Walcyr Gonçalves, secretáriogeral do Trabalho com aMocidade, não é meramentesaudosista, mas deve servirpara empolgar a juventudepresbiteriana com a impor-tância dessa sociedade para ocrescimento da IPB para ser-vir a Deus e ao próximo."Lembro-me da comemora-ção dos 50 anos da UMP noRio de Janeiro em 1986. Foiinesquecível e serviu paratoda a minha geração ´pegar`gosto pelo trabalho daMocidade".

A comemoração aconteceno dia 21 de maio, em BoaVista (RR). "Será ummomento de agradecer aDeus pelas bênçãos alcança-das, relembrar as vitórias dopassado, alertar sobre osdesafios do presente e prepa-rar a caminhada para o futu-ro", comenta Júlio César, pre-sidente da ConfederaçãoNacional de Mocidade(CNM) da IPB.

O evento apresenta tambéma finalização da primeira edi-ção do Projeto Luz, que teveinício na comemoração ofi-cial do aniversário da UMPem 2003, em Salvador (BA).Segundo o presidente daCNM, o projeto consiste emum estudo da Bíblia em umperíodo de dois anos. Paramuitos, esse tempo podeparecer extenso, mas é justa-mente este o objetivo: "Nossaintenção é promover a leiturada Bíblia em porções diáriasmenores, evitando uma leitu-ra dinâmica e promovendoum estudo com reflexões e

questionamentos", diz o JulioCésar.

Ocorrerão outras diversasfestividades em várias cida-des do país. Estão confirma-das também as comemora-ções das confederações sino-dais do Estado de São Paulo,no dia 4 de junho, naUniversidade PresbiterianaMackenzie, e das sinodais doRio de Janeiro, em dia 21 demaio, na Primeira IP do Rio.

ALVOS DA ATUALGESTÃO

"A CNM traçou para a ges-tão 2002 a 2006 o alvo deconduzir a MocidadePresbiteriana a um cresci-mento integral, não se confor-mando às práticas e princí-pios do presente século, mastransformando a si mesmapela renovação de mentes",declara o presidente JúlioCésar. "É um resgate à men-talidade cristã ensinada porJesus Cristo". Este, segundoele, é o maior dos alvos.Todos os demais já têm sidoalcançados nesses três anosde trabalho. Especificamente

em 2005, a CNM está focadaem preparar novos líderespara os vários âmbitos daatuação da UMP e da IPB.

Para Julio César, o jovempresbiteriano está ocupando,cada vez mais, postos de ofi-ciais, e participando de concí-lios da IPB, indo contra alinha de pensamento de queos jovens são o futuro da igre-ja. "Não somos a igreja dofuturo, mas a igreja de hoje",declara. "A UMP é uma orga-nização estruturada pela IPBcom o objetivo de operarjunto com a igreja, comoparte integrante desta".

Rebatendo as críticas, quealgumas vezes surgem, JúlioCésar defende a atualMocidade Nacional. Segundoele, é comum ouvir que aUMP do passado era maisativa que a atual. Mas, o queeles desconsideram é a dife-rença de geração, cultura eépoca, conta. "No passado, amaioria dos jovens lutavampor maior liberdade, demo-cracia e direitos no Brasil. Nageração do terceiro milênio,

lutamos contra o excesso deliberdade", comenta.

No entanto, ele assume quenem tudo está da forma que adireção da CNM espera. Aomesmo tempo em que ospontos fortes da UMP são osseus ideais, sua bandeira e aestrutura que ela representadentro e fora da IPB, comoum paradoxo, o ponto maisfraco é o desconhecimentodestes ideais, da estrutura, dabandeira e de seu papel nasociedade e na IPB, tanto porjovens presbiterianos, comopor vários líderes da denomi-nação.

Um segundo desafio que aCNM tem tentado driblar é ode fazer a confederação pre-sente em todo o país e incen-tivar todas as regiões a parti-cipar das atividades promovi-das pela organização nacio-nal, principalmente a regiãoNordeste. Esse desafio nãoenvolve apenas boa vontade,mas também gastos financei-ros. No entanto, os desafiosestão sendo encarados. OCongresso Nacional de 2006

será em Caldas Novas, regiãoCentro-oeste, de 16 a 21 dejaneiro, fugindo do eixo Rio,São Paulo.UMP ATIVA E ATUANTEEm 2004, a CNM se reuniu,

no dia 15 de maio, na cidadede Porto Alegre (RS). "Láencontramos uma UMP ativa,vibrante e, sobretudo, com-prometida com o Senhor daIgreja", comenta Júlio.Segundo informações da con-federação, o Rio Grande doSul é um estado onde aindahá um baixo número de cris-tãos e Porto Alegre, a capitalcom o menor número deIPBs. "Por isso, no ano passa-do realizamos a comemora-ção do aniversário da UMPnaquela região. AConfederação Nacional foidizer àqueles jovens que elesnão estão sozinhos e dizer aoBrasil que, mesmo em terre-nos onde nossas fronteirasainda são pequenas, a marca,o sonho e os ideais daMocidade da IPB permane-cem acesos com a tocha sím-bolo da união".

Jovens presbiterianos se reúnem em Boa Vista (RR) para celebrar

Lucilene Nascimento

Aniversário

Líderes da Mocidade da região Sudeste se reúnem em outubro de 2004, em Varginha (MG)

Lucas Heler

A UMP comemora 69 anos

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Brasil PRESBITERIANO10 11Maio de 2005 Maio de 2005Brasil PRESBITERIANO

Saúde mental

e 26 a 29 de maio, o CPPCrealiza um congresso

nacional no AcampamentoMetodista Betel, em CampoLimpo Paulista (SP). O tema seráCultura, Psiquê e Espiritua-lidade. Segundo Uriel Heckert,presidente do corpo e membro daQuarta IP de Juiz de Fora (MG), aprogramação está sendo prepara-da tendo em vista a riqueza danatureza do lugar e a possibilida-de de descanso e comunhão, den-tre outras coisas."Pensamos em usar parte das

manhãs para meditações e para asgrandes palestras temáticas, dei-xando para o período da tardeapenas algumas oficinas e semi-nários", informa. As noites terãoprogramação lúdico/inspirativa,segundo Fátima Fontes, vice-pre-sidente do CPPC.Os palestrantes serão Ricardo

Gouveia, graduado em Teologia eLetras, doutor em História doPensamento Cristão e doutorandoem Filosofia, além de professorna Universidade PresbiterianaMackenzie (UPM); GilbertoSafra, psicanalista, professor naUSP e PUC/SP e membro doGrupo de Pesquisas sobre SensoReligioso da Associação Nacionalde Pesquisa e Pós-graduação emPsicologia, e RonaldoCavalcante, doutor em Teologiapela Universidade Pontifícia deSalamanca, na Espanha, comespecializações na Alemanha,

além de professor da EscolaSuperior de Teologia e do mestra-do de Ciências da Religião daUPM.

CRISTIANISMO EDOENÇAS DA MENTE

Doenças que, hoje, se sabe, são

causadas por desequilíbrios quí-micos e hormonais no organismo,no passado – e ainda hoje poralgumas pessoas – foram vistascomo questões de falta de forçade vontade ou de fé. "A frase quecomumente ouvimos em nossosconsultórios é ‘crente não precisade psicólogo ou psiquiatra’.

Quantas máscaras! Quando deve-mos tirá-las?" – pergunta a psicó-loga Rosângela Maria Moreno deCampos, membro da IPB e doCorpo de Psicólogos e PsiquiatrasCristãos (CPPC). Ela afirma quemuitas pessoas precisam do psi-

cólogo, do psiquiatra, do pastor ede outros profissionais da saúdepara saírem do abismo em que seencontram e em que construíramsuas relações. "Cada um dessesindivíduos é detentor de limites epossibilidades em suas interven-ções. Essa é uma consciência desaúde que devemos ter em nossas

atuações", explica. ParaRosângela, a igreja evangélica, demodo geral, está se abrindo paraessa realidade. "Algumas mudan-ças já existem e me alegro comelas. Conheço igrejas com minis-tério de apoio psicológico e psi-quiátrico, pastores que trazempelas mãos suas ovelhas para tra-tamento etc. Amém por isso!"comemora a psicóloga.MENTE, CORPO E ESPÍRITOA também psicóloga, e membro

da IPB e do CPPC, SimoneValério, vai mais longe ao afirmarque o preconceito contra os trata-mentos psicológicos e psiquiátri-cos não se restringe à igreja evan-gélica, mas faz parte da culturaocidental, herdeira do pensamen-to cartesiano, ou seja, que adotoua concepção do filósofo RenéDescartes, que propunha dividir anatureza humana em mente ecorpo como duas partes que nãose relacionam entre si. No entan-to, hoje se sabe que a vida emo-cional do indivíduo é uma grandedeterminante para sua saúde inte-gral. Simone dá exemplo bastantecomum: a "gastrite nervosa".Enquanto o doente não conseguiridentificar e lidar com suas emo-ções que desencadeiam as doresem seu estômago, as crises sesucedem."Outro aspecto é a confusão que

se faz entre as facetas emocional eespiritual", afirma Simone. Paraela, muitos crentes, por não dispo-rem de informações ou por nãoserem corretamente orientados, se

sentem ameaçados pela psicolo-gia/psiquiatria. "Como cristã,gosto de lembrar que a Bíblia nosensina que nascemos mortos emnossos delitos e pecados e neces-sitamos da graça de Deus. Todosprecisamos desta graça, o queacontece é que mesmo o cristãomais piedoso, fervoroso outemente a Deus não está livre depassar por dificuldades na esferaemocional e mental e pode sebeneficiar de um atendimento psi-coterapêutico, ou psiquiátrico,caso haja necessidade de medica-ção", explica.Ela diz que é importante também

destacar que há uma diferençaentre atendimento psicológi-co/psiquiatrico e aconselhamentoespiritual. Este, deve ser feitosempre por um pastor ou um leigo

profundamente vocacionado porDeus para tal, primando pelabusca de orientação firmada forte-mente na Bíblia, a única norma defé e prática do cristão. Já o atendi-mento psicológico/psiquiátricorequer formação acadêmica espe-cífica, seja a graduação em psico-logia ou a residência médica empsiquiatria. Neste caso, a busca épela compreensão das dificulda-des emocionais e comportamen-tais do paciente que, muitasvezes, são oriundas de sérios pro-blemas anteriores, mas que seperpetuam pela vida e, em muitoscasos, têm diagnóstico complexo."É óbvio que não discuto aqui asoberania de Deus que pode curardiretamente alguém sem elegerum profissional como instrumen-to para tal, se isto lhe aprouver",

acrescenta Simone.A psicóloga diz que fica imensa-

mente feliz quando percebe quetanto o líder espiritual como oprofissional de saúde mental con-seguem compreender seus limitesde atuação e orientam correta-mente a pessoa que está à suafrente, muitas vezes em grandesofrimento e clamando por ajuda.E, além deste valioso discerni-

mento, conseguem manter umfavorável nível de comunicaçãoentre si, objetivando o cuidadopelo outro.

TRABALHANDOCOM PESSOAS

As opiniões de Simone sãosemelhantes às do pastor e psicó-logo rev. José Cássio Martins."Atualmente, estou pastoreandopastores e casais em cursos e

encontros, em grupos ou atendi-mento pessoal, em meu presbité-rio, Rio Claro, em minha clínicapsicológica ou onde me cha-mem", conta. "É o ministério queDeus me deu, que chamo de ‘igre-ja informal’. Há 21 anos me for-mei em psicologia e tenho umaexperiência extremamente agra-dável e frutífera trabalhando emparalelo com a Psicologia e a

Teologia". O rev. José Cássio foio primeiro Secretário de ApoioPastoral da IPB, atividade que,para ele, continua sendo umagrave e permanente necessidadena denominação, como em todasas outras, pois o pastor é uma‘ovelha sem pastor’.

DLetícia Ferreira

Rosângela Maria moreno de Campos: "muitas pessoas preci-sam do psicólogo, do psiquiatra, do pastor e de outros profis-sionais da saúde para saírem do abismo em que se encon-tram"

Cristianismo, psicologia e psiquiatriaCorpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos realiza congresso nacional

>Continua na página 12

Simone Valério: fica imensamente feliz quando percebe quetanto o líder espiritual como o profissional de saúde mentalconseguem compreender seus limites de atuação e orientamcorretamente a pessoa que está à sua frente, muitas vezesem grande sofrimento e clamando por ajuda

rev. José Cássio Martins: "Tanto o pastor como o psicólogotem seu espaço específico de trabalho, não interferindo umno outro, desde que limites sejam respeitados pelas duasáreas de conhecimento e atuação"

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Brasil PRESBITERIANO12 Maio de 2005

Para ele, é crescente o númerodos cristãos que vêem Deus agin-do tanto através da Teologia,como da Psicologia e daPsiquiatria, como em qualquerprofissão. "Tanto o pastor como opsicólogo tem seu espaço especí-fico de trabalho, não interferindoum no outro, desde que limitessejam respeitados pelas duasáreas de conhecimento e atua-ção", aponta. Ambos os campostrabalham com pessoas, imagensde Deus, e nenhum deve atacar ooutro, pois Deus é um só na emo-ção, no comportamento e naespiritualidade. O campo de tra-balho pastoral nunca desaparece-rá e precisa ser mais estudado edesenvolvido no mundo moder-no. "Há vários anos se fala na ‘-psicoteologia’, um campo dereflexão, pesquisa e atuação quefaz o paralelo e o diálogo entre asduas ciências em benefício dapessoa humana com determina-dos problemas. Há situações emque o pastor deve atuar. Outrasem que o psicólogo é necessário,outras ainda em que o psiquiatratem seu papel. Também podehaver cooperação entre estesindivíduos, num clima de respei-to e multidisciplinaridade cres-centes. Afinal, foi Deus quemcriou a multidisciplinaridade!".CPPCO presidente do CPPC, Uriel

Heckert, pensa como seus cole-gas de profissão e de corpo emrelação ao uso da Psicologia e daPsiquiatria. Ele, um dos fundado-res do corpo, conta que o CPPCnasceu do desejo de valorizar aciência, como algo vindo deDeus, sem desprezar a verdadeque vem da revelação cristã."Buscamos ser profissionaiscompetentes e comprometidoscom o evangelho. Isto reúne tes-

temunho, missão e serviço cris-tão", declara.O CPPC foi fundado em 1976, a

partir de uma consulta sobreTeologia e Psicologia, emCuritiba (PR), com o propósitode desenvolver estudos criativossobre as relações das ciênciaspsicológicas e a teologia e filoso-fia hebraico-cristã. É uma entida-

de civil, de caráter educativo-científico, sem fins lucrativos,que promove reuniões científi-cas, congressos, cursos e seminá-rios com especialistas nacionais eestrangeiros.O corpo mantém intercâmbios e

convênios de cooperação mútuacom entidades científicas e edu-cacionais, edita livros, monogra-fias e o boletim Psicoteologia.

Firma ainda convênios comseminários e institutos teológicospara elaboração e docência emcadeiras de aconselhamento edemais cadeiras ligadas à psico-logia e saúde mental. Funcionacomo fórum permanente de estu-dos de questões das áreas de psi-cologia, psiquiatria, saúde e reli-gião, agrupando profissionais e

estudantes destas áreas.No site da entidade

(www.cppc.org.br), sua filosofiaestá claramente explícita:"Cremos na soberania de Deusna criação e redenção; em JesusCristo, Deus encarnado, Senhor eSalvador; na atuação do EspíritoSanto gerando nova vida; naIgreja, Corpo de Cristo, comocomunidade terapêutica; na ver-

dade, bíblica ou científica, pro-vinda de Deus".Segundo informações do site, o

corpo "aconteceu a partir debenéficas inquietações espirituaise desafios intelectuais em algu-mas pessoas": Uriel, Heckert,Ageu Heringer Lisboa, FranciscoLotufo Neto, Zenon Lotufo Jr.,Margareth Brepohl e CarlosGrzybowski, conhecido comoCatito, Almir Linhares de Faria,Ronald Scott Bruno, TerezinhaPrivatti, Glaucia Medeiros, EslyRegina de Carvalho, BeneditoGuilherme Falcão, Karin H.Kepler Wondracek e WernerHaeuser.A logomarca do CPPC, explica

o site, é uma associação simbóli-ca da psicologia, com a letra psi,relacionada com Cristo, em suacruz, de braços abertos, forman-do uma pessoa."Apresentamos um consenso

fundador: uma profunda convic-ção da relevância das Escriturasdo Antigo e Novo Testamentopara a compreensão e manejo dasquestões da existência humana -campo da Psicologia, Psiquiatriae ciências do comportamento. Etambém referência ética a nortearatividades de pesquisa, clínica eensino. Em nossos documentosiniciais já temos registrada estanossa valorização do saber teoló-gico, nascido da Bíblia comoindispensável para uma com-preensão abrangente do fenôme-no humano, e nosso tranqüiloreconhecimento do lugar dasciências no plano de Deus para ahistória humana. Nos posiciona-mos assim contra atitudes querevelam um desconhecimento,subestimação ou negação de umsaber por outro".O CPPC atua através de núcleos

regionais ligados às lideranças:Brasília (DF), Cuiabá (MT) eGoiânia (GO).

Continuação da página 11 >

Uriel Heckert, presidente do CPPC: "Buscamos ser profis-sionais competentes e comprometidos com o evangelho.Isto reúne testemunho, missão e serviço cristão"

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Brasil PRESBITERIANO 13Maio de 2005

Visita

Presidente do Supremo Concílio vai a Valadares

Quarta IgrejaPresbiteriana de Go-vernador Valadares

comemorou 47 anos deorganização eclesiástica nosdias 19 e 20 de março. Ascomemorações começaramcom um culto em ação degraças no dia 19, contandocom a presença do Coral daPrimeira Igreja Presbiteri-ana da cidade, que há 47anos promoveu a emancipa-ção da congregação quehoje é a Quarta Igreja.Nos trouxe a mensagem,

naqueles dois dias, o presi-dente da Mesa do SupremoConcílio da IPB, rev.

Roberto Brasileiro. Nodomingo à tarde, em reu-nião sob a direção presiden-te do Sínodo Rio Doce, rev.Jedeías de Almeida Duarte,o rev. Roberto conversoucom a liderança presbiteria-na da região, estando pre-sentes cerca de cem presbí-teros regentes e docentes,representando os quatropresbitérios hoje existentesem Governador Valadares.Nestes 47 anos, a Quarta

Igreja gerou duas igrejas eestá projetando a constru-ção de um templo em umbairro adjacente. A igrejatem 130 membros maiorese como pastor o rev.Erodice Afonso EllerGonzaga, que é também o

atual presidente doPresbitério de GovernadorValadares.O Conselho da Igreja vem

agradecer publicamente oapoio recebido nesta pro-gramação tanto do rev.Roberto Brasileiro, quantodo rev. Jedeías.

A

Igreja com o rev.Roberto, após aEscola Dominical

Membros de IPBs mineiras se alegram com a presença do rev. Roberto Brasileiro

Presb. Josué Franciscodos Santos Filho

Celebração

IP de Engenheiro Caldas comemora aniversárioniciamos este ano comas comemorações dos40 anos da igreja hospe-

dando a reunião do presbité-rio ao qual pertencemos, oPresbitério de GovernadorValadares (PRGV). Aconte-ceram cultos e comemora-ções de 6 a 9 de janeiro,tendo como pregadoresmembros do presbitério,entre os quais destacamos orev. Jedeías de AlmeidaDuarte, presidente do nossoSínodo Rio Doce. Tivemosa presença de muitas pes-soas vindas de outras igrejasda região.

HISTÓRIAPelos idos de 1944, foi ini-

ciada aqui a obra presbite-riana pela IP de Itaúba (hojeSobrália), quando a cidadeainda se chamava SantaBárbara de Tarumirim. O

início se deu com uma pre-gação na casa de FranciscoCarlos da Silva, presbíteroda IP de Itaúba. Em 7 dedezembro de 1947, o conse-lho declarou criada a EscolaDominical que ficou sob os

cuidados do presb. AntônioMiranda. Ainda naquele anoforam recebidos irmãos porbatismo e profissão de fé.No dia 6 de fevereiro de

1965, começou o processode organização da congrega-

ção em igreja pelo entãoPresbitério do Rio Doce. Foiorganizada com 111mebros,quatro presbíteros, três diá-conos e sob o pastorado dorev. Oswaldo Lahr.Passaram por aqui cerca de

vinte pastores, a maioria emtempo parcial, comissiona-dos pela ComissãoExecutiva do presbitério. Oatual pastor trabalha emtempo parcial na IP deEngenheiro Caldas, dedi-cando o restante do tempo àigreja em Sobrália. A igrejasofre com a debandada demembros em busca demelhores condições de vidaem cidades maiores.

I

Única IPB em cidade mineira completa 40 anos

Rev. Edvar Gonzaga Eler

Rev. Roberto conversacom as liderançaspresbiterianas dacidade

Rev. Edvar Gonzaga Eler (D), tendo ao lado os reverendos Lauro RossiniOttonicar, Noé da Cruz e Adenawer Emerick da Cunha

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Brasil PRESBITERIANO14 Maio de 2005

Instituição beneficente promove reabilitação e sociabilização em São PauloAuxílio

Associação é agente de transformação socialudo começoucom um sonho dealguns irmãos daIP de Pirituba

(SP) que ansiavam pelamelhoria da condição devida de pessoas da região daigreja", conta SylviaMárquez Périgo, presidentada Associação BeneficenteBetsaida, que vem realizan-do esse sonho há 14 anos,reabilitando e sociabilizan-do cerca de 220 crianças eadolescentes carentes e 150famílias.Atualmente, são quatro os

projetos em andamentoenvolvendo 45 funcionáriose 30 voluntários que bus-cam "proporcionar educa-ção integral de qualidade,promover a inclusão sociale contribuir para a formaçãode cidadãos conscientes,participativos e criativos,acreditando no poder deDeus", resume a presidentaa missão da associação.Inicialmente, eram alcan-

çadas, com alimento e aten-dimento médico, algumascrianças moradoras de umafavela próxima à igreja.Logo a IP de Pirituba perce-beu que isso não era sufi-ciente, mas que era necessá-ria a reconstrução social dasfamílias. Para isso, deveriaser desenvolvido um traba-lho de conscientização emaior ênfase na educação,resgatando a cidadania edignidade daquelas pessoas.Foi dessa forma e com esta

visão que nasceu a associa-ção beneficente. Hoje,segundo o presidente doConselho Deliberativo,

presb. Daniel de Queiroz,também membro da IP dePirituba, a associação e aigreja são conhecidas ereconhecidas pela comuni-dade pelo relevante traba-lho social que realizam nosbairros vizinhos.De forma geral,

a associação éprocurada pordesempregados,sub-empregadosou mesmo assala-riados com rendamensal de até trêssalários mínimos,sem qualificaçãoprofissional, comfamílias numero-sas e que enfren-tam problemas demoradia. "Pres-tamos atendimen-to a qualquer pes-soa que nos pro-cura e nossademanda é gran-de", informa apresidenta.Além de Sylvia

e Daniel, a dire-ção da Betsaida écomposta pormembros da IP dePirituba, eleitospelos integrantesda associação.Sylvia está noexercício do seuterceiro mandato e presentena associação, como cola-boradora, desde 1993. "Aação social está no meucoração desde criança.Acredito que essa é umaordem de Jesus e toda asociedade é beneficiadaquando fazemos algo pelopróximo", comenta.Daniel, que é assistente

social, também participaativamente da Betsaidadesde 1993.

RECONSTRUÇÃOSOCIAL

O presb. Daniel afirmaque a associação tem apreocupação de oferecer à

população um projetosocial sério, idôneo e queproporcione subsídios paraa total reabilitação dosbeneficiados perante asociedade. Essa visão,segundo ele, deve ser enca-rada como o papel de todocristão. "Creio que o traba-lho social é uma obrigaçãona igreja de Cristo". Para o

presidente do ConselhoDeliberativo da Betsaida, aigreja não deve apenas pre-gar o evangelho, mas tam-bém mudar a realidade daspessoas que pode alcançar."Eu creio que o evangelhotransforma e que a igreja

deve ser um pólode transformaçãosocial", argumen-ta o presbítero.No entanto, ele

comenta que énecessário quealguns cuidadossejam tomadospara que a igrejanão perca a suaessência de pro-clamadora doevangelho e fontede restauração devidas. "O trabalhodeve ser feito deforma harmonio-sa para que nãohaja confusãoentre evangeliza-ção e assistencia-lismo". Segundoo presb. Daniel,nesses 14 anos, aIP de Pirituba temassimilado bemessa distinção eatuado como aigreja de Cristodeve atuar: pro-clamando a ver-

dade do evangelho, tendocompaixão das almas e tra-balhando para mudar o quenecessita de mudança nocontexto em que está inseri-da. "Todos os projetos daAssociação BeneficenteBetsaida oferecem educa-ção religiosa e todas asfamílias atendidas sãoassistidas pela igreja",

informa.A idéia é colaborar para a

reconstrução dos cidadãos enão apenas colocar em prá-tica medidas paliativas queirão suprir a necessidade dapopulação carente naqueleinstante, como distribuir,eventualmente, alimentos,remédios e roupas. "Essaprática, tão comum em igre-jas evangélicas, pode, mui-tas vezes, ser confundidacom ação social, mas é ape-nas assistencialismo deimediato, e que, na maioriadas vezes, não ajuda para odesenvolvimento, capacita-ção e reabilitação", afirma opresb. Daniel.

REABILITAÇÃOPARA A VIDA

Com um projeto basica-mente voltado para asnecessidades da criança edo adolescente, aAssociação BeneficenteBetsaida desenvolve trêsmódulos que visam a aten-der essa faixa etária, e umdeles é voltado para aquelesem situação de risco sociale pessoal. O quarto móduloé voltado para as famíliasda comunidade.O Centro de Educação

Infantil Parque MariaDomitila é dirigido àscrianças de zero a cincoanos e funciona como umacreche. Atualmente, sãoatendidas 120 crianças. Oobjetivo é estimular a socia-lização dos pequenos, pro-mover seu desenvolvimentoe suprir suas necessidadesnutricionais. Para que issoocorra, são desenvolvidosprojetos para as crianças apartir de dois anos, queenvolvem várias áreas de

“TLucilene Nascimento

Sylvia, presidenta da ABB: "A ação social estáno meu coração desde criança. Acredito queessa é uma ordem de Jesus, e toda a sociedadeé beneficiada quando fazemos algo pelo próxi-mo"

Alexandre Marques Perigo

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Brasil PRESBITERIANO 15Maio de 2005

conhecimento como ecolo-gia, música, jogos, lingua-gem oral e escrita. Com osbebês, são realizados traba-lhos de estimulação. Alémda preocupação com o

desenvolvimento das crian-ças atendidas, são realiza-das reuniões sócio-educati-vas com as famílias paraque elas se envolvam porcompleto no desenvolvi-

mento de seus filhos.Em uma segunda etapa, no

Núcleo Sócio EducativoMangalot, são beneficiadas80 crianças e adolescentesentre seis e 14 anos. "Com oobjetivo de colaborar paraque essas crianças sejamintegradas e reconhecidaspela sociedade, o NúcleoMangalot realiza programassócio-educativos em con-junto com seus familiares",conta a presidenta Sylvia.Outro módulo, o Abrigo

Betsaida, se diferencia dosdemais por atender criançase adolescentes entre zero e18 anos, que se encontramem situações de risco sociale pessoal. Para isso, são rea-lizados, juntamente com asfamílias, projetos de cida-dania, alfabetização, acom-panhamento escolar, ali-mentação, higiene, profis-sionalização, entre outros.Preocupada em reabilitar

não só as crianças, masfamílias inteiras, a Betsaidadesenvolve também oCentro de Apoio à Família,

onde são atendidas cerca de150 famílias da comunida-de local. O objetivo émelhorar a qualidade devida familiar, também bus-cando o exercício da cida-

dania e a inclusão social.Nesse núcleo, são ofereci-dos plantão social e visitasdomiciliares, auxílios emer-genciais, encaminhamentoa recursos da comunidade,grupos de orientação eapoio psicológico. Sãoministradas também diver-

sas oficinas, como artesana-to, tapeçaria, crochê, bijute-ria, bordado, ginástica tera-pêutica e o curso profissio-nalizante de manicure.

PARCERIASDois dos quatro prédios

utilizados pelos projetos daAssociação BeneficenteBetsaida são doados pelaprefeitura de São Paulo, quecolabora com cerca de 70%das despesas da associação.Os 30% restantes são arre-cadados por meio de doa-ções da IP de Pirituba e deseus membros e através deparcerias entre comercian-tes e simpatizantes do traba-lho. Nos locais cedidos pelaprefeitura funcionam oCentro de Educação Infantile o Abrigo Betsaida. Ascrianças do Núcleo SócioEducativo Mangalot sãoatendidas em uma casa alu-gada pela associação, e oCentro de Apoio àsFamílias funciona nasdependências da igreja.Também colaboram com a

associação, o InstitutoPresbiteriano Mackenzie, a

Fundação Abrinq, a Secre-taria Estadual da Cultura eAgricultura de São Paulo, oInstituto Pão de Açúcar, aAssociação Banespiana deAssistência Social, aAcade-mia Macan Sports eo Fundo Social deSolidariedade, entre outros.

Edson Vieira

Brinquedoteca do Abrigo Betsaida, que atendecrianças e adolescentes de zero a 18 anos

Edson Vieira

Aulas de pintura no Centro da Família

Edson Vieira

Área em que as crianças podem desenvolver o gosto pela leitura

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Brasil PRESBITERIANO16 Maio de 2005

Clínica de Evange-lismo Explosivo que,em Campina Gran-

de, terá sua primeira ediçãode 23 a 27 de maio, é ummovimento que teve inícioem 1961, em FortLauderdale, na Flórida,Estados Unidos, criado pelorev. James Kennedy, pastorda IP de Coral Ridge. Apósresultados positivos, o movi-mento se espalhou porvários países, inclusive oBrasil, que tem sua sedenacional em Bauru (SP).O significado do nome,

originado pelos própriosresultados obtidos com a clí-nica, é explicado pela mis-sionária Otacília Guedes,membro da IP de CampinaGrande e responsável pelaorganização do evento:"Explosivo pelo fato da mul-tiplicação que o ministérioproporciona, tanto em pes-soas se convertendo, comoem pessoas se tornando trei-nadoras: cada aluno treinadopassa a treinar mais duaspessoas e assim sucessiva-mente".A missionária conta ainda

que a clínica será compostapor 13 aulas teóricas e trêssaídas de treinamento práti-co para visitação. Nas visi-tas, cada equipe é compostade um treinador e dois alu-nos que, gradativamente,começam a evangelizar asfamílias visitadas, até que otreinador não mais participeda evangelização. Paratanto, os alunos terão comoapoio um livro, que leva o

nome da clínica, e ummanual do aluno, ambosproduzidos peloEvangelismo ExplosivoInternacional. "Todo o mate-rial é dividido em 13 liçõesque abordam de um esboçodo plano de salvação. Hátambém teorias sobre a vidado evangelista, característi-cas do evangelismo, entreoutros temas", contaOtacília.

RESULTADOSApesar de ser a primeira

vez que o vento acontece emCampina Grande, algumasoutras cidades brasileiras játêm este ministério, comoSão Paulo, Rio de Janeiro eMossoró (RN), cidade ondeo rev. José Airton realizoutrês Clínicas deEvangelismo Explosivo, nasquais, segundo ele, foramobtidos ótimos resultados,como o crescimento acen-tuado da IP Central deMossoró. "O EvangelismoExplosivo é um método paraqualquer denominação, poisé um estilo de vida evange-lístico no qual nossa missãoé glorificar a Deus equipan-do crentes para se multipli-carem, através de igrejaslocais por todo o mundo",afirma.Ministrando temas a res-

peito do testemunho comoestilo de vida, a maneiracerta de compartilhar asBoas Novas e seu testemu-nho e fazer as perguntas queirão diagnosticar a vida espi-ritual do evangelizado, opastor utilizará aulas teóri-cas com material didático deleitura, exercícios e a distri-

buição de folhetos explicati-vos e de apoio àqueles quesairão para as aulas práticas.Além do rev. José Airton, ocurso será ministrado pelopastor da IP de CampinaGrande, rev. Jorge Noda.

EVANGELIZAÇÃODe acordo com o rev. José

Airton, um dos principaismotivos de muitos cristãosse sentirem retraídos nomomento da evangelizaçãosão a insegurança e o medode falhar e ser reprovado porquem esta sendo evangeliza-do. "Por isso é imprescindí-vel estar preparado. Preparoinadequado produz resulta-dos inadequados. Ou seja,

esteja você planejando qual-quer trabalho, principalmen-te ligado à evangelização,nada substitui o preparo.‘Dê-lhe atenção e o temponecessário’, diz Bob Brinerem seu livro Os métodos deadministração de Jesus,pois foi assim que Jesus ofez", relata o pastor."O Evangelismo Explosivo

é um instrumento pelo qualos líderes podem implantarum treinamento para ganha-dores de almas e um minis-tério de evangelização siste-mática na igreja local, comestudos intensivos paracapacitar o evangelista pes-soal no treinamento de

outros". Com essa convic-ção, o preletor do eventoafirma ainda ser o trabalhode treinar homens e mulhe-res para a obra do evangelis-mo o mais gratificante eeterno investimento donosso tempo no trabalho doreino de Deus.O rev. José Airton aponta

ainda um fator importantepara os métodos evangelísti-cos contemporâneos. Ele crêque vivemos em uma era emque a tecnologia, a ciência ea teologia oferecem novasidéias e maneiras de reali-zarmos tarefas e até a formade usarmos os dons dadospor Deus. "Temos umasucessão de idéias e infor-mações não somente peloslivros, televisão, institutos eseminários, mas também pormeio da Internet, que acredi-to seja hoje o meio de comu-nicação mais rápido e efi-ciente. Então, o melhormétodo para evangelizar éaquele ao qual o cristão maisse adapta a transmitir aalguém sem Cristo", afirmao pastor, colocando ainda oprincipal foco doEvangelismo Explosivo:alcançar pessoas e capacitá-las a serem bons cristãosevangelistas.Informações e contato

pelos telefones (83) 321-4972 e 9996-8207.Evangelismo Explosivo

Internacional no Brasil(diretor: rev. José CarlosRibeiro): Rua EzequielRamos, 7-32, Bauru – SP.Telefone (14) 3222 4426, e-mail: [email protected] site: www.eebrasil.org.

Explosão do evangelho na Paraíba

Missões

A

IP de Campina Grande realiza Primeira Clínica de Evangelismo Explosivo

Rev. Jorge Airton: "o trabalho de treinarhomens e mulheres para a obra do evange-lismo é o mais gratificante e eterno investi-mento do nosso tempo"

Martha de Augustinis

Page 16: bp_maio2005

olaborar com o cres-cimento espiritualdos jovens latino-

americanos e suprir asnecessidades teológicas queos sustentem na jornadacristã. Essa é a visão da redeContato de Jovens Cristãos(CJC), em atividade emquatro países da AméricaLatina, entre eles o Brasil.Criada em 1999, na cidadede Quilmes, Argentina, oCJC é um grupo de líderescristãos que trabalha comjovens, visando a dar subsí-dios para o desenvolvimen-to da liderança. Iniciado na Igreja

Presbiteriana de Quilmespelos irmãos Caleb e BaniFernández e Mabel Lopez,o projeto, de menores pro-porções, visava a atingir asnecessidades das igrejaslocais daquele país. Apenasno ano passado, já noBrasil, Caleb, que é alunodo Seminário PresbiterianoJosé Manoel da Conceição(JMC), em São Paulo, e pre-sidente da rede, entendeu anecessidade de expandiresse trabalho para aAmérica Latina. À partirdessa expansão passaram aintegrar a rede o Chile e oBrasil e, neste ano, o Peru.Segundo o seminarista

Caleb, o CJC é uma redeinterdenominacional, for-mada por jovens cristãosprotestantes, aberta a todosque queiram desenvolversua liderança a partir deuma perspectiva reformada.

TEOLOGIA PRÁTICA"Nós temos visto, nesses

últimos tempos, na América

Latina, uma espiritualidadeque não exige uma doutrinaválida que a sustente", ava-lia Caleb. Segundo ele, háainda um segundo problemapresente entre os jovenscristãos em geral: "Não háum discipulado responsávelque leve o jovem a vencer oabismo entre a teologiaensinada nos púlpitos e aprática de uma vida realcristã".A proposta de trabalho do

CJC é, virtualmente, atravésdo site www.cjcweb, manteruma rede de relacionamen-tos em que os 30 líderes doprojeto, de seis diferentesigrejas locais presbiterianas,contribuam através de estu-dos bíblicos, artigos, brinca-deiras, devocionais e dinâ-micas para a melhoria dotrabalho dos demais lídereslocais interligados. Essa

troca de recursos e conheci-mentos tem feito sucessopois, em pouco menos deum ano de existência, a redejá conta com 250 inscritos erecebe, mensalmente, cerca

de 800 acessos.Em 2004, a liderança do

projeto entendeu a necessi-dade de realizar conferên-cias bíblicas que reunissemtodos os líderes interligadosao projeto. "No ano passa-do, percebemos que issonão poderia ficar simples-mente em uma igreja", dizCaleb. Surgiu então a redeCJC mais abrangente e comos objetivos atuais. A pri-meira conferência aconte-ceu em Buenos Aires,Argentina, nas dependên-cias da Igreja Presbite-rianaCoreana daquele país. Antesda idéia de realizar essasconferências, entre 1999 a2003, Caleb e os idealizado-res iniciais do projeto visita-vam algumas igrejas locaisde alguns dos países da redepara, solitariamente, ofere-cer essa proposta.

CJC NO BRASILNeste ano, a conferência

da CJC acontecerá noBrasil, nas dependências doInstituto PresbiterianoMackenzie, em São Paulo,

entre 28 a 30 de julho. Oobjetivo é dar bases paratrabalhar entre os jovens asperspectivas reformadasatravés de quatro linhas:histórica, litúrgica, teológi-ca e epistemológica. Serãopreletores os reverendosAlderi de Souza Matos,Augustus Nicodemus,Hermisten Cos-ta e DaviCharles Gomes.Após as ministrações,

ocorrerão debates entre osparticipantes, que, segundoo seminarista, Caleb, deve-rão gerar divergência deidéias, mas, ao final, apren-dizado à luz da Bíblia.O CJC no Brasil é liderado

pelo seminarista JonathanMuñoz Vasquez, tambémaluno do JMC. Ele compar-tilha o principal desafio quedeverá ser trabalhadodurante a conferência será acompreensão que o cristia-nismo é um "estilo de vidaque abrange todas as áreas

da vida humana".Para Jonathan, é necessá-

rio que os líderes da áreajuvenil no Brasil tenhamuma visão integral para tra-balhar, que ensinem e pre-parem jovens para influen-ciar a sociedade na econo-mia, política e que sejamsimilares àquela geração dereformadores que transfor-maram o panorama social,político e econômico detoda a Europa no século 16.Para participar da

Conferência do CJC, énecessário fazer a inscriçãoaté o dia 8 de julho, no siteda redewww.cjcweb/conferencias.O custo da participação é deR$ 70, que inclui o materiale alimentação nos três diasdo encontro. As vagas sãolimitadas. Informações comLeandro Andrade, pelo tele-fone (11) 5536-9879 oupelo [email protected].

Brasil PRESBITERIANO 17Maio de 2005

Mackenzie sedia conferência internacional

Juventude cristã

CLucilene Nascimento

Seminaristas presbiterianos trabalham com liderança da AméricaLatina

SeminaristaJonathan Muñoz

Vasquez: "é neces-sário que os líderes

da área juvenil noBrasil ensinem epreparem jovens

para influenciar asociedade na econo-

mia, política e quesejam similares

àquela geração dereformadores quetransformaram opanorama social,

político e econômicode toda a Europa no

século 16"

Seminarista Caleb Fernández: "Nóstemos visto, nesses últimos tempos, naAmérica Latina, uma espiritualidade quenão exige uma doutrina válida que asustente"

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Brasil PRESBITERIANO18 Maio de 2005

gentes de transfor-mação social com-prometidos com a

propagação do reino deDeus. Assim se identificamcerca de 70 jovens daConfederação Sinodal deUMPs do Vale do Aço(CSM/SVA), que se reúnemanualmente para o desafio delevar as boas novas do evan-

gelho a algumas cidades doEstado de Minas Gerais.O Projeto Missionário,

nome dado à iniciativa evan-gelizadora, nasceu em 1998e, após as duas primeirasedições, em Brasília deMinas, em 1998, e emJoanésia, em 1999, os proje-tos foram assumidos pelaFederação de UMPs doPresbitério Leste Vale doAço, que realizou os encon-tros em Vale Verde (2000),em Mesquita (2001) e nova-

mente em Joanésia (2002).No ano seguinte, durante aedição na cidade de EntreFolhas, o projeto retornoupara a coordenação daConfederação Sinodal, sob aqual permanece. No ano pas-sado, foi realizado o ProjetoAçucena, e o encontro desteano está sendo organizadopara acontecer na cidade deAntônio Dias.A oitava edição do Projeto

Missionário, que aconteceráentre os dias 16 e 23 dejulho, alcançará a populaçãode uma das mais antigascidades da região. A pequenacidade de Antônio Dias écaracterizada pela baixarenda dos habitantes e, comoconseqüência, pela miséria.Segundo informações dorelator do projeto e tesourei-ro da CSM/SVA, ÁlemMoreira Martins Júnior, acidade é muito arraigada àspráticas católicas, o que é

visível em vários cantos daregião. Segundo ele, "a cida-de possui, em um dos seusbairros, um local destinadoexclusivamente à prática decultos afro-brasileiros, comoa macumba e o candomblé,além de sempre acolher emsuas redondezas grupos deciganos".

MOTIVAÇÃOEORGANIZAÇÃO

"Desde o início dos traba-

lhos, a necessidade de aten-der ao "Ide" do Senhor temsido a principal motivaçãopara a realização desseseventos", declara Álem.Segundo ele, atrelado à pre-gação do evangelho, sempresão desenvolvidos trabalhosde assistência social, comocorte de cabelo, higienebucal, doação de roupas eBíblias, entre outros.De acordo com ele, o dese-

jo de levar a Palavra de Deusàs cidades do Vale do Aço

tem sido compartilhado porjovens presbiterianos que semostram receptivos aosdesafios missionários ealguns pastores. O grupotem buscado empreender deforma organizada essa tarefamissionária.Para cada edição do Projeto

Missionário, é criada umacomissão de aproximada-mente cinco pessoas respon-sáveis pela organização em

todas as áreas: definição deestratégias de trabalho,divulgação, captação derecursos, contatos com igre-jas etc.É necessário que as equipes

missionárias estejam prontase capacitadas para atender aqualquer necessidade epúblico. Para isso, segundoinformações dessa comis-são, todos os líderes, junta-mente com suas equipes,recebem treinamentos demissionários e pastores com

experiência nessa área deatuação. Neste ano, porexemplo, a equipe deEducação será preparadapela missionária Irlanda, daAPEC (Aliança Pró-Evangelização dasCrianças), e a deEvangelização, pelo rev.Herber Valente.A maioria dos trabalhos é

realizada em uma escola dacidade, como a Escola

Bíblica de Férias (EBF), ostrabalhos de cunho social ealguns dos cultos evangeli-zadores, no fim do dia. Noentanto, os jovens tambémsaem às ruas para alcançar orestante da população. Sãoministrados cultos, louvorese peças teatrais ao ar livre,distribuídos folhetos commensagem evangelizadora evisitação de casa em casa."No início, os projetos

eram totalmente voltadospara as crianças", conta

Juventude presbiteriana promove missões

Evangelização

A

Devocional com a equipe do Projeto AçucenaAbertura da EBF em Açucena, projeto 2004

Jovens da Confederação Sinodal de UMPs do Vale do Aço pregam oevangelho

Lucilene Nascimento

Nara Martins Álem Jr

Page 18: bp_maio2005

Álem. Ao longo dos anos, aequipe sentiu a necessidadede estender o trabalho aosadolescentes. Assim, foramcriadas novas classes e hojeo projeto está preparado paraatender toda a população,nas mais diferentes faixasetárias e necessidades."Estamos prontos atémesmo para atender pessoasque requerem cuidadosespeciais, como deficientesauditivos e físicos", compar-tilha o relator.Mesmo com a preparação,

as dificuldades são freqüen-tes. "Já enfrentamos situa-ções em que lideranças reli-giosas da cidade proibiramseus fiéis de participarem decultos na praça pública". Noentanto, esses empecilhossão facilmente relevadosdiante de situações favorá-veis. "Já nos deparamos tam-bém com situações em que,durante a visitação porta-a-porta, fomos convidadospara retornar a uma dascasas para realizar um culto,dessa vez, na presença dosvizinhos". O culto solicitado,segundo conta Álem, acon-teceu debaixo de uma enor-me mangueira, na presençade cerca de dez pessoas.

PROJETOAÇUCENA 2004

"Açucena não é mais amesma após a passagem doprojeto por lá". Essa declara-ção de Álem tem base nostestemunhos e trabalhos rea-lizados pela sétima ediçãodo Projeto Missionário. Mesmo tendo uma igreja

presbiteriana organizada nacidade, houve muito traba-lho. Todas as comissões,evangelismo, educação,ação social, atenderam bemà demanda. "Tivemos casosde extração de bicho de pé,banho em crianças, doaçãode cestas básicas e calçadose um forte trabalho de visita-ção".Realizaram-se também

programações especiais compessoas da terceira idade,com palestra e atividadesrecreativas, quando foramdistribuídos NovosTestamentos. Um segundotrabalho, que rendeu bonsfrutos, foi o evangelismo nopresídio da cidade. "Foimuito emocionante ver ospresos cantando, orando,lendo a Bíblia". Na ocasiãofoi ministrada uma mensa-gem bíblica, apresentaçãoteatral e distribuídas Bíblias

aos detentos. Naquelesmomentos que passamos ali,aquela cadeia, símbolo deculpa e pecado, se transfor-mou em um templo de ado-ração ao Deus que dá a liber-dade. Foi um momento dearrancar lágrimas dosolhos", comenta Álem.Para dar continuidade ao

projeto em Açucena, foicriado pela igreja presbite-riana da região, com o incen-tivo da liderança do ProjetoMissionário, um departa-mento de evangelização, afim de amparar os frutos dotrabalho realizado.

CARÊNCIAESPIRITUAL

Segundo Álem, a carênciaespiritual da população detodas as cidades visitadaspelos projetos se misturacom a pobreza e miséria.São freqüentes, nessas cida-des, altos índices de analfa-betismo, de desnutrição einanição, alcoolismo, vícioem drogas, condições pre-cárias de higiene pessoal ede saneamento básico."Atrelada a essa realidade,

era ainda pior a misériaespiritual em que muitos seencontravam", conta o rela-tor. "Cada visita feita, cada

folheto distribuído, cadaroupa ou alimento doadotinham um quê de evange-lismo. Cada ato refletia umdesejo ardente de levar atéessas pessoas a mensagemdo evangelho, o amor deCristo, o alívio e o alentopara almas sedentas e can-sadas da vida sem Deus".Mesmo afetados pelas

dificuldades de recursosfinanceiros, fraca divulga-ção nas igrejas, falta deapoio dos pastores - segun-do Álem, são poucos ospastores da região que seenvolvem e apóiam o traba-lho -, os bons frutos jápodem ser vistos. As cida-

des de Joanésia, Vale Verdee Açucena foram as querenderam de forma visívelmais resultados positivos.Após a realização do pro-

jeto, as pequenas igrejasdas cidades sentiram sinaisde fortalecimento e cresci-mento. Vale Verde, que pos-suía apenas um pequenoponto de pregação, hojeconta com cerca de 50membros atuantes. A igrejapresbiteriana de Açucenasentiu o crescimento daparticipação das crianças,além do despertamento danecessidade de um trabalhovoltado para a evangeliza-ção.

Brasil PRESBITERIANO 19Maio de 2005

Trabalho realizado com pessoas da terceira idade, o GrupoBem Viver, também em 2004

Nara Martins

Ensaio de Teatro da equipe responsável pelaEBF realizada em Açucena

Álem Jr.

Crianças atendidas pela Comissão de Ação Social do projetoem 2004

Álem Jr.

Page 19: bp_maio2005

Brasil PRESBITERIANO20 Maio de 2005

oda e qualquer re-estruturação con-siste em melhoraro que já existe",

afirma o relator da Comissãode Organização de Sistemase Métodos (CSM), rev.Evaldo Beranger, referindo-se ao trabalho da comissãodentro da estrutura organiza-cional da IPB.Criada há aproximadamenteoito anos, a CSM busca tra-balhar com a melhoria dossistemas e métodos de orga-nização e administraçãointerna dos concílios, comis-sões e outros órgãos da IPB.O rev. Evaldo explica que ossistemas e métodos de orga-nização da denominação,criados desde a promulgaçãoda constituição presbiteriana,em 1950, sempre funciona-ram muito bem. Entretanto,para as conjunturas atuais,tais métodos se encontramum tanto obsoletos e é paraadequá-los que a CSM traba-lha.Atualmente, a comissão

está engajada no estudo detodos os formulários quecontêm as informaçõesimportantes dos concílios daIPB: seus sínodos, aComissão Executiva e oSupremo Concílio, a fim detorná-los mais ágeis e, prin-cipalmente, completos. Paratanto, a CSM está trabalhan-do em um software, oSistema Eclesiástico Admi-nistrativo 1.0 (SEAP), quesubstituirá o IPB-SI, disponí-vel no site da SecretariaExecutiva da IPB. O novoprograma trará maior facili-dade nas decisões e no

desenvolvimento de estatísti-cas e dados feitos pelas pró-prias igrejas, diminuindoassim a burocracia queenvolve estas informações.Tal programa visa ainda

melhorar o acesso a essesdados que contribuem para aorganização das diversasigrejas. "O SEAP, em fase dedesenvolvimento e que bre-vemente será lançado, é umprograma para gerenciamen-to administrativo e financei-ro de igrejas, presbitérios,sínodos e Supremo Concílio,que procura corrigir os errosdas versões anteriores doIPB-SI", explica o relator.A CSM conta ainda com o

apoio técnico do funcionárioda Secretaria Executiva daIPB, Timóteo de MeloCursino, que tem ajudado adesenvolver todos os deta-lhes do novo programa, massem os erros detectados naversão anterior. "Desde queassumi a função de relator da

CSM em outubro de 2004,demos continuidade ao tra-balho já realizado pelacomissão, concentrandoesforços no lançamento doSEAP 1.0. Este novo progra-ma propiciará às igrejas oarmazenamento em seuscomputadores de todas asinformações administrativase financeiras, bem como aprodução automatizada derelatórios aos concílios supe-riores", conta o relator dacomissão, rev. Evaldo.O reverendo diz ainda que

os resultados dos serviçosprestados pela comissão àsigrejas da IPB já têm apareci-do. "A CSM já encontrouuma igreja altamente organi-zada através de umaConstituição e RegimentosInternos muito bem elabora-dos. O nosso trabalho temsido o de agilizar todo esteprocesso".

FUNÇÕESAlém de fornecer meios de

organizar e gerenciar asinformações das diversasigrejas, a CSM pretende rea-lizar, em parceria com aJunta Patrimonial,Econômi-ca e Financeira(JPEF), estudos que visam àprodução de sugestões enormas para a orientaçãodas tesourarias das igrejasda IPB, entidades e concí-lios vinculados a ela. Acomissão se ocupa ainda daotimização de todos os flu-xos administrativos dadenominação, os quaisfazem subir ao concíliossuperiores as informaçõeseclesiásticas de membroscomungantes e não-comun-gantes, admissões, transfe-rências e demissões deministros e funcionários,número de oficiais, pastores,membros e variações dassociedades internas, gruposmusicais (corais e outros),educandários e todas asinformações financeiras e

patrimoniais das igrejaslocais. "Isto é feito atravésde relatórios padronizadosem formulários que preci-sam ser concisos e comple-tos em termos estatísticos",adverte o rev. Evaldo.De acordo com ele, a

implementação do SEAP1.0, será apenas o início paraque todos os outros projetosda CSM tenham andamento.Os próximos planos dacomissão incluem Sistemade Automação Acadêmica(SAA) para uso dos seminá-rios da IPB (em fase de tes-tes); revisão dos formuláriosde todos os níveis da IPB;ferramentas para criação desites na Internet por igrejaslocais, sem custo de criaçãoe hospedagem; implantaçãode um Plano de QualidadeTotal (PQT) da IPB e oPlano Diretor da Instituição(PDI). Há ainda o Plano deNormas e Procedimentospara a Igreja, todos previstosno Regimento Interno daCSM.Informações e contato:

[email protected] [email protected].

CSM desenvolve planos para 2005Conheça a IPB

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Wilson Camargo