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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brARTIGO DE PERSPECTIVA (PERSPECTIVES)

    INDICADORES TCTICO-TCNICOS

    DE SUCESSO DO JOGO DE PLOAQUTICO DE ELITETACTICAL AND TECHNICAL PERFORMANCE INDICATORS IN ELITE WATERPOLO

    Sofia Canossa1, Jlio Garganta1, Francisco Argudo2, Ricardo Fernandes1

    1Universidade do Porto, Faculdade de Desporto, CIFI2D, Portugal2Facultad de Formacin de Profesorado y Educacin da Universidade Autnoma de

    Madrid, Espaa.

    Corresponding author:Ricardo FernandesFaculdade de DesportoUniversidade do PortoGabinete de NataoRua Plcido Costa, 914200 Porto, PortugalTelefone: +351 (22) 5074764Fax: +351 (22) 5500689

    E-mail: [email protected]

    Submitted for publication: January 2009Accepted for publication: March 2009

    RESUMOCANOSSA, S.; GARGANTA, J.; ARGUDO, F.; FERNANDES, R. Indicadores tctico-tcnicos de sucesso dojogo de plo aqutico de elite. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 3, n. 3, p. 209-219, 2009. A melhoria dodesempenho em Plo Aqutico implica um conhecimento aprofundado do jogo e consequente anlise daprestao dos jogadores. No entanto, embora se observe um crescimento da investigao da dimensotctica do jogo, a diversidade de metodologias de observao e anlise tem dificultado a comparao dosresultados, condio fundamental para o entendimento processual das partidas e o conhecimento da(s)lgica(s) do jogo. Neste estudo pretendeu discriminar-se as principais aces tradutoras da qualidade e dosucesso nas partidas, as quais evidenciam elevados nveis de prestao. Procurou actualizar-se o quadrode referncias sobre a investigao nesta modalidade, identificando as aces crticas desenvolvidas pelosjogadores associadas a elevados nveis de prestao e perfilando as principais caractersticas de modelosde jogo de elite. Adicionalmente, perspectivaram-se temas futuros de investigao. Concluiu-se que asaces que influem no resultado da partida (correlacionando-se directamente com o sucesso), foram omtodo de jogo de contra-ataque e o desenvolvimento da superioridade numrica temporal compercentagens de concretizao superiores s das equipas de um nvel de prestao inferior. Estas equipasde segundo plano parecem evidenciar dificuldades quando em situao de superioridade numricatemporal, tanto na fase ofensiva como defensiva, assim como revelam reduzido sucesso nas aces debloco defensivo.

    Palavras-chave: Plo aqutico, tctica, anlise do jogo, elite

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brABSTRACTCANOSSA, S.; GARGANTA, J.; ARGUDO, F.; FERNANDES, R. Tactical and technical performanceindicators in elite Waterpolo. Brazilian Journal of Biomotricity, v. 3, n. 3, p. 209-219, 2009.The developmentof the teams performance level in Water Polo requires a deep understanding of the game and a consequentanalysis of each individual players performance. Nonetheless the fact that the number of studies related toWater Polo tactics as been increasing, the diversity of observation and analysis methodologies make difficultthe comparison of the obtained data. The purpose of the present study is to state the main actions that leadsto success in Water Polo matches. By accomplishing a bibliographic review of the most actual studies, itwere identified the critical actions conducted by Water Polo players that leaded to high performance levels.Additionally, it was suggested future topics of interest. It was concluded that the contra attack and thedevelopment of situations of temporal numerical superiority (with higher scoring percentages whencomparing to lower level teams) were the actions that directly correlates with success and, therefore,determines the games final results. The lower level teams seems to show difficulties in situations of temporalnumerical superiority, both in offensive and defensives phases, as well as demonstrate lower success indefensive block situations.

    Key words: Water Polo, tactics, game analysis, elite

    INTRODUO

    O Plo Aqutico , hoje em dia, praticado em vrios pases dos cinco continentes. As

    suas origens remontam segunda metade do sculo XIX, sendo considerada uma dasmais antigas modalidades desportivas (HART, 1978). Em Portugal, por exemplo, surgiuem 1907, sendo a segunda modalidade colectiva a ser introduzida, imediatamente aseguir ao futebol (SARMENTO, 1989; SMITH, 1998).

    Aps cem anos decorridos e vrias alteraes regulamentares, tem-se observado umaevoluo crescente desta modalidade, nomeadamente a nvel dos pases participantesdos Campeonatos do Mundo e Jogos Olmpicos. A melhoria do nvel de desempenho dasequipas de segundo plano implica um conhecimento aprofundado do jogo praticado pelasequipas de elite e, portanto, a observao atenta e consequente anlise da prestao dosjogadores e suas formaes. Este facto leva-nos necessidade de repensar e reajustar a

    orientao dos processos de ensino e de treino, inserindo contedos de relevnciatctico-tcnica que possam influir positivamente na qualidade do jogo, comconsequncias importantes para o sucesso desportivo.

    Vrios factores podem ser apontados como estando na origem do distanciamento do nvelde prestao entre formaes de primeiro e segundo plano. No contexto do presenteestudo, a necessidade de promover o desenvolvimento do nvel de jogo do Plo Aquticomotiva o nosso enfoque na anlise do rendimento desportivo, cingindo-nos aosindicadores tctico-tcnicos de sucesso. Neste contexto, antes de se efectuarempropostas que visem promover o desenvolvimento do nvel de jogo, revela-seimprescindvel identificar o que necessrio melhorar, percebendo o que caracteriza onvel de prestao das formaes de elite, que factores podem estar relacionados com oseu maior xito, em suma, que aces so exteriorizadas por essas equipas e respectivosjogadores que se encontrem relacionadas com respectivo sucesso.

    sabido, porm, que nos Jogos Desportivos, a consecuo de estudos que permitamobservar e analisar as aces do jogo e dos jogadores uma tarefa difcil, dada acomplexidade do jogo enquanto objecto de estudo (ARGUDO, 2000; GARGANTA, 1997).No Plo Aqutico, tem-se sentido essa dificuldade. Embora existam vrios autores queenfatizam a importncia de se proceder anlise cuidada deste jogo (CARREIRO, 2002;DOPSAJ e THANOPOULOS, 2006; KIOUMORTZOGLOU et al., 1997; LLORET, 1994;LOPEZ e ARELLANO, 2003; SARMENTO, 1994), as suas caractersticas complexaslevam a que a maioria dos estudos se desenvolvam no mbito do ensino, treino tcnico

    tctico e das capacidades condicionais (ARGUDO e LLORET, 1998; CANOSSA, 2001),existindo um nmero reduzido de estudos desenvolvidos nas reas da Biomecnica,

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brFisiologia e Psicologia.

    De igual forma, a rea de estudo que procura o entendimento do jogo no que concerneaos seus processos e aces caracterizadoras (indicadoras de uma maior ou menorqualidade de prestao das equipas), apresenta uma carncia significativa de estudos.Este facto parece encontrar justificao, sobretudo, devido no convergncia das vriasmetodologias de observao e anlise, o que implica uma maior dificuldade nacomparao de dados e, consequentemente, um acesso dificultado informao e aomelhor conhecimento do jogo.

    No presente estudo procuram-se discriminar as principais aces tradutoras da qualidadee do sucesso nas partidas, as quais evidenciam elevados nveis de prestao. Assim,traaram-se os seguintes objectivos: (i) actualizar o quadro de referncias sobre ainvestigao em Plo Aqutico; (ii) identificar as aces crticas desenvolvidas pelos jogadores associadas a elevados nveis de prestao; (iii) perfilar as principaiscaractersticas de modelos de jogo de elite e (iv) perspectivar tpicos para investigaesfuturas sobre o jogo.

    DESENVOLVIMENTO

    Como referem Takagi et al. (2005), o desenvolvimento do Plo Aqutico ir abrandarenquanto no se reunir um maior conhecimento, quer sobre o jogo propriamente dito,quer sobre os factores determinantes do rendimento do jogador de elite. Assim, pareceser consensual a premncia em se intensificar o estudo, sobretudo no que respeita aoentendimento sobre a dinmica do jogo e prestao dos jogadores (DOPSAJ, 1993).

    Do exposto anteriormente, parece fazer todo o sentido que se evidencie a investigao dadimenso tctica do jogo e que se desenvolvam um maior nmero de estudos centradosna observao e anlise das partidas. Este procedimento exploratrio, para alm de

    possibilitar um melhor conhecimento sobre a realidade do jogo, permite avaliar, organizare regular os processos de ensino, do treino e da prpria competio (GARGANTA, 1997).

    Atravs da consulta da literatura da especialidade produzida na ltima dcada,identificaram-se as principais aces desenvolvidas pelos jogadores e equipas de elitecuja efectivao parece induzir elevados nveis de prestao, traduzindo a qualidade de jogo e o sucesso das partidas. Assim, atravs de uma reviso da literatura sobre orendimento desportivo das formaes de elevado nvel competitivo, desenvolvidos combase em variveis de observao de natureza tctico-tcnica, apresentar-se-o algumascaractersticas de modelos de jogo. Saliente-se que, dada a dissemelhana demetodologias propostas na literatura, optou-se por no as descrever e discutir, tendo-se

    centrado a anlise nas principais variveis tctico-tcnicas consideradas, bem como nasponderaes a propsito da prestao das equipas de elevado nvel competitivo.

    A presente pesquisa iniciou-se com o estudo de Lloret (1998), no qual foram analisadas10 partidas da fase preliminar e semifinais do Jogos Olmpicos de Barcelona 1992. Trata-se de uma obra de referncia, no s por ser um manual tcnico, tctico e estratgico daaco do jogador e da equipa, mas tambm por propor, com base no estudo de Sarmento(1991), uma nova metodologia de anlise. A fim de quantificar a aco de jogo, no sentidode esclarecer e justificar o trabalho ofensivo e defensivo das equipas, foi efectuado oclculo dos coeficientes de valorao ofensiva e defensiva. Concluiu-se que o sistemaofensivo preferencialmente adoptado o ataque posicional organizado(independentemente da forma defensiva adversria), tanto na forma pura, i.e., semalterao da posio dos jogadores no dispositivo ofensivo inicialmente adoptado, como,

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brcom aces individuais de ruptura e consequente alterao das posies iniciais, ou seja,ataque posicional com movimentos de entrada. Este ltimo encontra-se fortementecorrelacionado com a obteno de expulses. Relativamente aco defensiva observou-se um predomnio da defesa zonal face nominal, provavelmente justificada pelapresena do jogador pivot. A forte relao encontrada pelo autor entre o sistema ofensivoutilizado (ataque posicional) e a obteno de excluses um contributo fundamental para

    o conhecimento do jogo, j que um dos meios potenciais de concretizao nestamodalidade o jogo em situao de superioridade numrica temporal materializado pelaobteno de excluses (CANOSSA, 2001).

    Posteriormente, a metodologia proposta por Lloret (1998) foi seguida por diversos autoresna anlise das aces de jogo. Argudo (2000), baseando-se na aplicao dos coeficientesde eficcia, realizou a concepo, validao e aplicao de um processo de avaliao datctica, distinguindo a quantificao das variveis tcticas nos sistemas de jogo, assimcomo a valorao da eficcia atravs do emprego de 18 coeficientes. Numa amostra de40 jogos do Campeonato de Europa de Sevilha1997, foram observadas diferenas deeficcia entre gneros e entre vencedores e vencidos em apenas 4 (dos 60) coeficientes

    de eficcia estudados, nomeadamente no coeficiente de eficcia em contra-ataque [(n degolos marcados + n de golos marcados em penalti) x 100 / n de contra-ataques], nocoeficiente de eficcia de recuperao defensiva [(n de golos sofridos + n de golossofridos em penalti) x 100 / n de recuperaes defensivas], no coeficiente de eficciaofensiva em igualdade numrica [(n de golos marcados + n de golos marcados empenalti) x 100 / n de posses de bola] e no coeficiente de eficcia defensiva em igualdadenumrica [(n de golos sofridos + n de golos sofridos em penalti) x 100 / n de acessem posse de bola].

    Argudo (2000) constatou que o coeficiente de eficcia em contra-ataque e o coeficiente deeficcia de recuperao defensiva apresentam maior expresso nas equipas masculinas.Relativamente ao coeficiente de eficcia ofensiva em igualdade numrica e ao coeficiente

    de eficcia defensiva em igualdade numrica, estes aparecem mais valorizados nasequipas femininas vencedoras relativamente s vencidas. Assim, conclui-se que nasituao de transio que se verificam diferenas mais significativas entre gneros, i.e.,no contra-ataque e na recuperao defensiva. As formaes femininas registam ummenor coeficiente de eficcia em contra-ataque, j que desenvolvem essa aco commaior frequncia, embora sejam menos eficazes que as formaes masculinas (o quepode significar uma opo metodolgica de organizao do processo ofensivo). Este factoparece implicar que tambm as situaes de recuperao defensiva tero maiorocorrncia, o que se repercute nos valores do coeficiente de eficcia da recuperaodefensiva. As equipas masculinas, mais eficazes no contra-ataque, desenvolvem commenor frequncia a aco ofensiva referida, corroborando Lloret (1998) relativamente aosistema ofensivo preferencialmente utilizado pelas equipas de elite: o ataque posicionalpuro e com movimentos individuais.

    Posteriormente, Argudo e Lloret (2000a, 2000b) procuraram divulgar o modelo dequantificao tctica anteriormente preconizado (atravs da aplicao dos coeficientes deeficcia), sublinhando que ele deveria cada vez mais utilizado como um instrumento deinvestigao. Com esse propsito, mais recentemente, Argudo e Ruiz (2006) validaram areferida metodologia de anlise relativamente prestao do guarda-redes.

    Tambm em Portugal se procurou caracterizar o modelo de jogo ofensivo de elite atravsda observao e anlise do comportamento de variveis tctico-tcnicas. Estudando as 3

    equipas femininas melhor classificadas no Campeonato de Europa de Sevilha1997,Canossa (2001) e Canossa et al. (2002) procuraram, adicionalmente, discriminar

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brindicadores que realassem a eficcia ofensiva das equipas (atravs da utilizao doscoeficientes de eficcia) e que conduzissem caracterizao dessa fase do jogo.Complementarmente, determinaram-se as sequncias de aces que se geram noconfronto entre as formaes. Assim, analisaram-se 442 sequncias ofensivas, tendo, deacordo com o modelo de observao e anlise desenvolvido (baseado em GARGANTA,1997), sido consideradas variveis relacionadas com as categorias espao, tempo e

    organizao. Concluiu-se que o modelo de jogo ofensivo de elite feminino se caracterizapela aquisio e recuperao da posse da bola por antecipao e defesa da guarda-redes, utilizao preferencial de um primeiro passe longo que permita uma rpidatransio defesa/ataque, progresso da bola pelo corredor direito, organizaopreferencial das aces segundo o mtodo de jogo posicional e eleio do remateespontneo como forma de finalizao. Constatou-se igualmente que, embora ocontributo do ataque posicional para a globalidade das sequncias ofensivas terminadascom xito seja maior que o contra-ataque, este, em termos relativos, se apresenta maiseficaz. Do modelo encontrado, Canossa (2001) considerou que o mtodo de jogo ofensivode contra-ataque, o ataque posicional com movimentos de entrada, a penetrao peloespao defensivo adversrio e a superioridade numrica desenvolvida com alteraes no

    dispositivo inicial adoptado so indicadores que podem conduzir melhoria do processo eaumento da eficcia ofensiva das jogadoras e formaes. Props-se, tambm, meiostcticos colectivos como as desmarcaes, os bloqueios ofensivos e a assistncia da jogadora pivot para as colegas posicionadas no semicrculo ofensivo (as variaes decorredor tambm parecem induzir ruptura na estrutura defensiva adversria).

    Posteriormente, Platanou (2004a) analisou 8 jogos da Fina Cup (Atenas1997), tendovalidado a hiptese de que a frequncia e a durao de cada actividade dependem daposio que cada jogador assume no jogo. As aces com maior frequncia foram onado, o contacto fsico e o deslocamento na posio vertical, sendo esta ltima assumidapelos jogadores em 47% do tempo de jogo (deslocamento, desenvolvimento das

    situaes de superioridade e inferioridade numrica temporal e contacto fsico com ooponente). Por seu lado, a posio horizontal assumida pelos jogadores deveu-se, em23%, ao desenvolvimento do nado nas situaes de lanamento rpido do ataque, contra-ataque e recuperao defensiva. Estes resultados esto de acordo com os apresentadospor Lloret (1998) e Canossa (2001), salientando que a metodologia ofensiva preferencialdo jogo de elite diz respeito s formas posicionais de jogo. A elevada percentagem detempo dispendido em trabalho vertical, permite retirar indicaes importantes para aorientao do ensino e do treino, salvaguardando, contudo, a relevncia do contra-ataque.

    Platanou (2004b), percebendo que a situao de superioridade numrica temporal podedesempenhar um papel fundamental, estabeleceu uma comparao entre formaesvencedoras e vencidas nessa situao especfica de jogo, analisando 99 partidasdisputadas em Campeonatos do Europa e do Mundo (FINA Cup de Atenas1997,Campeonato do Mundo em Perth1998, Campeonato do Mundo de Fukuoka2001 eEuropeu de Budapeste2006). O autor props-se investigar o grau de importncia dasituao de superioridade numrica temporal, identificar a posio de jogo de origem damaioria dos remates tentados e dos remates convertidos e comparar o nmero de golosalcanados entre formaes vencedoras e vencidas. Observou-se um nmerosignificativamente superior de remates tentados e convertidos por parte dos vencedores,bem como de remates tentados e convertidos por parte dos jogadores colocados na 2linha ofensiva, facto que se atribui ao privilgio da aco defensiva sobre a primeira linhaofensiva. Concluiu-se que a situao de superioridade numrica temporal uma situao

    determinante do resultado final do jogo, qual deve ser dada particular ateno noprocesso de treino. Complementarmente, sabendo-se que apenas 22% das situaes de

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brsuperioridade numrica temporal so concretizadas, Platanou (2004b) referiu que estasituao tem um elevado potencial de evoluo, podendo melhorar grandemente acapacidade de concretizao das equipas.

    Mais recentemente, Takagi et al. (2005) relacionou os resultados finais das partidas comas habilidades demonstradas pelos jogadores de classe mundial, tendo observado 108jogos masculinos e 48 femininos do Campeonato do Mundo de Fukuoka2001. Para tal, foidesenvolvido um programa informtico de anlise do jogo. A classificao dos mtodosde ataque foi baseada em Enomoto et al. (2003), onde, para alm do contra-ataque esituao de superioridade numrica temporal, se distinguem os padres ofensivos dedesenvolvimento do ataque com entradas (aces de ruptura pelo espao defensivoadversrio), remate da posio de 2 m e remate de fora (2 linha ofensiva). As 32variveis contempladas foram reunidas em grupos de habilidades para se proceder a umaanlise e interpretao dos dados, estabelecendo a relao existente entre os resultadosobtidos pelas formaes e as variveis gnero e vencedores/vencidos. No se verificaramdiferenas entre gneros excepo da observao de valores superiores de remates defora e nmero de ataques no sector feminino. Concluiu-se que as jogadoras tendem a

    obter melhores resultados na converso das situaes, o que parece ser explicado pelasmenores dimenses fsicas das guarda-redes comparativamente com os seus homlogosmasculinos. Na pesquisa de Takagi et al. (2005) os vencedores registaram os valoresmais elevados de eficcia do contra-ataque, o qual considerado um preditor dominanteda vitria, assim como um notvel contributo negativo para a derrota.

    Resumindo o pargrafo anterior, os resultados indicam claramente que o factor maisdeterminante para a vitria foi o contra-ataque. Segue-se ainda, com grande influncia noresultado vitorioso, a situao de superioridade numrica temporal, o desenvolvimento doataque com entradas, o ataque com pivot aos 2m, a defesa do guarda-redes e a defesadas situao de inferioridade numrica temporal (contribuindo, em conjunto, em 75% paraa vitria das partidas). Os factores que mais influenciaram a derrota foram a incapacidade

    das formaes em materializarem as situao de superioridade numrica temporal, oreduzido sucesso na aco de bloco defensivo, aco defensiva, defesa dos rematesoponentes por parte do guarda-redes e menor capacidade defensiva sem a ocorrncia deremate oposto (contriburam em 60% para a derrota das equipas vencidas).

    O ltimo estudo revisto no presente artigo foi desenvolvido por Hughes et al. (2006),sendo analisados o movimento, a fase defensiva e a aco de passe e jogadas ofensivasem 15 partidas de Jogos Olmpicos e Campeonatos do Mundo. Utilizando umcampograma, foi observado o rendimento desportivo de 10 jogadores que ocupavamdiferentes posies de jogo, destacando-se os seguintes resultados: (i) 81% dacomponente total de nado desenvolvida a uma intensidade superior a 80% da

    intensidade mxima, sugerindo um contributo glicoltico significativo; (ii) a tcnica deretropedalagem ocupa 58% da durao do jogo; (iii) os jogadores tm posse de bola em6% da durao total da partida; (iv) 67% dos golos marcados resultam de passes secos;(v) o remate tenso o mais frequente (66% do total), sendo que as reas inferiores dabaliza e os cantos so os alvos preferenciais (o canto inferior esquerdo registou o maiornmero de golos e a zona central superior o maior nmero de defesas); (vi) o remate comorigem em zonas laterais baliza direccionado para o ngulo do poste mais prximo;(vii) as zonas de maior sucesso ofensivo so as reas mais prximas da baliza; (viii) aaco mais comum de oposio ao remate adversrio, dentro dos 4 m, o blocodefensivo; (ix) a estrutura ofensiva final preferencialmente adoptada o sistema 3:3 emataque posicional organizado, durante o qual 33% dos golos foram marcados pelo jogador

    pivot, enquanto que no sistema 3:3 aberto 38% dos golos surgiram a partir dos pontas; (x)68% dos golos foram marcados em posses de bola de curta durao (66% do total das

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brposses de bola), as quais so as mais eficazes e (xi) 47% dos golos marcados tiveramorigem em situao de superioridade numrica temporal.

    Os resultados acima referidos corroboram Canossa (2001), levando a considerar aexistncia de um padro de organizao das aces ofensivas, o qual se desenvolvepreferencialmente pelos corredores laterais, para posteriormente se assistirem oselementos melhor posicionados. Uma vez que a maioria dos jogadores so destros,compreende-se que o lateral direito seja um dos elementos com maior tempo de posse dabola, maximizando-se as possibilidades de assistir, com maior eficcia, os restantescompanheiros. Constatou-se ainda que o maior nmero de golos aconteceu no cantoinferior esquerdo da baliza, o que corresponde ao ngulo preferencial de remate por partedos jogadores destros. Complementarmente, o facto da posio ocupada pelo pivot ser aque detm menor tempo de posse de bola, confirma a opinio consensual de se trataruma posio eminentemente finalizadora e de organizao da estrutura final do ataque,percebendo-se, tambm, que a exigncia fsica desta posio justifica um maior nmerode substituies por jogo.

    Segundo Canossa (2001) e Hughes et al. (2006), os remates que tm origem em zonas

    laterais do campo de jogo so habitualmente dirigidos para o ngulo da baliza situadojunto ao poste mais prximo do rematador, o que acontece devido s jogadas ofensivasde fixao do guarda-redes num dos lados da baliza, para posteriormente se assistir olado oposto. Relativamente anlise da aco do guarda-redes, Canossa (2001) eHughes et al. (2006) concluem que a capacidade de reaco o recurso mais eficaz paradefender remates de longe, enquanto que a antecipao a forma mais eficaz de se opora remates de perto. A predominncia do ataque posicional organizado em sistema 3:3observada foi tambm j referida nas anteriores pesquisas, tendo Hughes et al. (2006)constatado que, a nvel internacional, a eficcia ofensiva deste mtodo (tanto em sistema3:3 como em umbrella) baixa e pretende servir, essencialmente, o jogador pivot. Noataque posicional organizado, 33% dos remates convertidos em golo tiveram origem nos

    2 m ofensivos. Adicionalmente, 47% do total dos golos marcados surgiram atravs dasituao de superioridade numrica temporal, adoptando a maioria das formaes osistema 4:2, permitindo aos jogadores colocarem-se mais perto da baliza. Relativamente aco assistncia, constatou-se que o passe para a mo o mais eficaz em todas as jogadas, sendo o dominante na situao de superioridade numrica temporal, enquantoque o passe para a gua diminui as oportunidades de marcar.

    Adicionalmente, verificou-se que a posse de bola de curta durao (cinco ou menospasses) produz mais golos, sendo portanto mais eficaz (CANOSSA, 2001 e HUGHES etal., 2006). A percentagem encontrada para as sequncias ofensivas de desfecho rpidofoi considerada importante, tendo-se concludo que o contra-ataque, embora menos

    frequente, foi o mtodo de jogo mais eficaz. Relativamente baixa percentagem deconcretizao dos remates tentados (18%), Hughes et al. (2006) consideram que atcnica defensiva do oponente tem grande influncia no sucesso do lanamento. Apresso defensiva deve restringir espao e tempo para as aces de recepo, passe eremate, forando os atacantes a cometer erros e a realizarem lanamentos para fora doalvo.

    As concluses dos autores revistos parecem consensuais relativamente a algunspreditores de sucesso, sendo tambm possvel, atravs dos dados obtidos nos estudosexploratrios referenciados, perfilar algumas das caractersticas de modelos de jogo deelite, j anteriormente observadas por Canossa (2001). As formaes de elevado nvel

    competitivo desenvolvem o processo ofensivo preferencialmente pelas zonas laterais docampo (com destaque para o corredor direito), razo pela qual se registam os valores

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brmais elevados para a aco de driblee tempo de posse de bola nos elementos que jogampreferencialmente naquelas zonas. Esta opo visa a maximizao das possibilidades dedistribuio do mbil do jogo pelos jogadores melhor posicionados, i. e., para osjogadores destros, para o centro do campo, para zonas perto da baliza e para jogadoresque tenham conseguido vantagem posicional ou numrica.

    A fase de transio particularmente importante, uma vez que se for desenvolvida pelomtodo de contra-ataque ou ataque rpido, as possibilidades de dilatar o resultado sosuperiores comparativamente com qualquer outro mtodo de jogo ofensivo. Terminada afase de transio, as formaes de elite implementam, predominantemente, o ataqueposicional organizado em sistema 3:3, procurando assistir o jogador colocado nos 2 mofensivos (pivot) e excluir temporariamente um adversrio. Este mtodo apresenta apercentagem de concretizao mais baixa de todos os mtodos referidos e a suapercentagem de concretizao recai, sobretudo, sobre o jogador pivot. Porm, especialmente atravs do ataque posicional organizado e respectivo jogador pivotque asformaes de elite alcanam o objectivo de excluir um oponente, para seguidamentedesenvolverem a situao de superioridade numrica temporal. Esta, aps o contra-

    ataque, a situao mais vantajosa para dilatar o resultado da partida. As zonasprximas da baliza so as mais procuradas e as que apresentam maiores ndices deconcretizao, razo pela qual as formaes de elite elegem o sistema 4:2 para odesenvolvimento da situao de superioridade numrica temporal.

    Defensivamente, a presso exercida sobre os oponentes colocados em zonas perto dabaliza (1 linha ofensiva) condiciona a tentativa da materializao da aco ofensiva realizao de remates de longe que, por sua vez, so frequentemente imprecisos e maisdefensveis por parte do guarda-redes. A capacidade defensiva deste ltimo fundamental, assim como a aco de bloco defensivo por parte de todos os elementos.

    Em sntese, no mbito do presente estudo, a investigao aponta como associadas a

    elevados nveis de prestao o desenvolvimento das seguintes aces crticas: (i) mtodode jogo ofensivo de contra-ataque; (ii) situao de superioridade numrica temporal; (iii)ataque posicional organizado com pivot aos 2 m e ataque posicional organizado commovimentos de entrada pelo espao defensivo adversrio; (iv) assistncia por meio depasse seco; (v) remate para zonas inferiores da baliza e proveniente de zonas perto damesma; (vi) capacidade defensiva do guarda-redes e (vii) aco de bloco defensivo.

    Das consideraes tecidas, entendemos ser pertinente dar seguimento investigao dojogo de Plo Aqutico atravs da metodologia de observao e anlise das partidas, quenos permita discriminar e perceber a qualidade das aces desenvolvidas pelos jogadorese formaes. Uma vez que o mtodo de jogo ofensivo de contra-ataque e a situao desuperioridade numrica temporal so determinantes, parece-nos fundamental perceberque factores de eficcia lhes esto associados, i.e., como conseguem as formaeslanar o contra-ataque de forma eficaz. Assim, colocam-se vrias questes a responderem estudos futuros, nomeadamente: (i) qual a natureza desta aco no seu princpio,meio e fim? (ii) como conseguem as formaes desenvolver a situao de superioridadenumrica temporal de forma eficaz? (iii) quais so as sequencias preferenciais e de maiorsucesso no desenvolvimento desta situao? e (iv) ser possvel encontrar um padro deeficcia da situao de superioridade numrica temporal?

    Na sua anterior pesquisa, Canossa (2001) apontava, como um dos indicadoresrelacionados com a eficcia das formaes, o desenvolvimento da situao desuperioridade numrica temporal com alteraes dos elementos no dispositivo inicial

    adoptado. Porm, at ao momento, no dispomos de outros estudos exploratrios quecorroborem esta ideia.

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brCONCLUSO

    Os resultados permitem concluir que existe consenso relativamente a alguns dos dadosobtidos nas pesquisas consultadas, que vo tambm de encontro com algumas dasconsideraes tecidas por Canossa et al. (2002). So apontadas como sendo acesdesenvolvidas pelos jogadores e equipas de elite que influem no resultado da partida eque se correlacionam com o sucesso da mesma: o mtodo de jogo de contra-ataque(CANOSSA, 2001; TAKAGI et al., 2005; HUGHES et al., 2006) e o desenvolvimento dasituao de superioridade numrica temporal com percentagens de concretizaosuperiores s demonstradas por equipas de um nvel de prestao inferior (PLATANOU,2004b; TAKAGI et al., 2005).

    As equipas de nvel competitivo inferior parecem evidenciar dificuldades quando emsituao de superioridade numrica temporal, tanto na fase ofensiva como defensiva,revelando reduzido sucesso nas aces de bloco defensivo (TAKAGI et al., 2005;HUGHES et al., 2006).

    Das consideraes tecidas, entende-se ser pertinente dar seguimento investigao dojogo de Plo Aqutico atravs da metodologia de observao e anlise das partidas, quenos permita discriminar e perceber a qualidade das aces desenvolvidas pelas equipas eseus jogadores. O estudo do jogo justifica-se por se constituir uma forma de entendimentodo fenmeno, veiculando a evoluo da modalidade e o meio atravs do qual se recolheminformaes e se tecem ilaes importantes relativamente ao ensino e ao treino.

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    Canossa et al.: Indicadores ttico-tcnicos do jogo de Plo aqutico www.brjb.com.brBIOGRAFIA DOS AUTORES (AUTHORS BIOGRAPHY)

    Nome: Sofia CanossaActividade Profissional: Professora de Educao Fsica do EnsinoSecundrio no Porto; Coordenadora tcnica da Escola de Natao etreinadora principal de Plo Aqutico do clube Colgio de Lamas.Habilitao: Mestre em Cincia do Desporto pela FCDEF-UPInteresses de Pesquisa: Alto rendimento em Plo AquticoE-mail:[email protected]

    Nome: Jlio GargantaActividade Profissional: Professor Associado com Agregao daFaculdade de Desporto da Universidade do Porto. Coordenador doGabinete de Futebol da FADEUP. Membro da Comisso Cientifica doCIFI2D.Habilitao: Doutorado em Cincias do DesportoInteresses de Pesquisa: Anlise da Performance em DesportosColectivos e Concepes e modelos de formao e de formao detreinadores.E-mail:[email protected]

    Nome: Ricardo FernandesActividade Profissional: Professor Auxiliar da Faculdade de Desporto daUniversidade do Porto. Coordenador do Gabinete de Natao daFADEUP. Director de Cursos de Formao de Treinadores de Natao.Habilitao:Doutorado em Cincias do DesportoInteresses de Pesquisa: Avaliao e Controlo do Treino em Natao ePlo Aqutico. Cintica metablica durante esforos cclicos.

    E-mail:[email protected]

    Nome: Francisco Argudo IturriagaActividade Profissional: Professor da Universidade Autnoma deMadrid. Investigador de Plo Aqutico.Habilitao:Doutor em Educao Fsica pela Faculdade de PsicologiaInteresses de Pesquisa: Alto rendimento desportivo em Plo AquticoE-mail:[email protected]

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