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  • ISSN 2316-7610

  • RICARDO VIEIRA COUTINHOGOVERNADOR DO ESTADO DA PARABA

    RMULO JOS DE GOUVEIAVICE-GOVERNADOR

    MRCIA DE FIGUEIRDO LUCENA LIRASECRETRIA DE ESTADO DA EDUCAO

    FLVIO ROMERO GUIMARESSECRETRIO EXECUTIVO DE ESTADO DA EDUCAO

    APARECIDA DE FTIMA UCHOA RANGELGERENTE EXECUTIVA DA EDUCAO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

    ANA CLIA LISBOA DA COSTAGERENTE EXECUTIVA DO ENSINO MDIO E PROFISSIONAL

    IRA ANDRADE DE LIMAGERENTE DO PROGRAMA DE AVALIAO

    JERUSA PEREIRA DE ANDRADEASSESSORIA PEDAGGICA

    EQUIPE TCNICA - PROGRAMA DE AVALIAO - PROAVA

    ANDREA FREIRE DE AMORIMELIDA MEDEIROS E SILVAHUMBERTO BARBOSA DO NASCIMENTOIVAN LEITE DE ANDRADEIVONETE NUNES MACHADOJLIA GISLNDIA DE ARAJOVALDEMI PEREIRA DE SOUZA

  • RICARDO VIEIRA COUTINHOGOVERNADOR DO ESTADO DA PARABA

    RMULO JOS DE GOUVEIAVICE-GOVERNADOR

    MRCIA DE FIGUEIRDO LUCENA LIRASECRETRIA DE ESTADO DA EDUCAO

    FLVIO ROMERO GUIMARESSECRETRIO EXECUTIVO DE ESTADO DA EDUCAO

    APARECIDA DE FTIMA UCHOA RANGELGERENTE EXECUTIVA DA EDUCAO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

    ANA CLIA LISBOA DA COSTAGERENTE EXECUTIVA DO ENSINO MDIO E PROFISSIONAL

    IRA ANDRADE DE LIMAGERENTE DO PROGRAMA DE AVALIAO

    JERUSA PEREIRA DE ANDRADEASSESSORIA PEDAGGICA

    EQUIPE TCNICA - PROGRAMA DE AVALIAO - PROAVA

    ANDREA FREIRE DE AMORIMELIDA MEDEIROS E SILVAHUMBERTO BARBOSA DO NASCIMENTOIVAN LEITE DE ANDRADEIVONETE NUNES MACHADOJLIA GISLNDIA DE ARAJOVALDEMI PEREIRA DE SOUZA

  • ApresentaoMRCIA DE FIGUEIREDO LUCENA LIRASECRETRIA DE ESTADO DA EDUCAO

  • CarosEDUCADORES,

    com entusiasmo que vemos a concretizao, no final de 2014, mais uma edio do Sistema Estadual de Avaliao da Educao da Paraba AVALIANDO IDEPB. Iniciado em 2012, no formato atual, a cada ano assume uma nova nuance, o que representa um processo inacabado, assim como ns, sujeitos, que pensamos e decidimos, tambm o somos. uma trajetria longa de preparao e ao, eivada de processos e tarefas que se sucedem, de modo que, ao findar uma edio, imediatamente comeamos a preparar a outra, indicando a sua exigncia e consistncia, para culminar em algo inteiro, que falar dele e com ele um ato extremamente gratificante.

    Temos a conscincia de que estamos no centro das questes que dizem respeito efetividade da educao no seu sentido mais explcito, o de proporcionar situaes de construo de saberes e experincias coletivas, para melhor compreenso do mundo e interveno nele. A avaliao, como prtica inerente educao, insere-se nesse processo para apontar novas possibilidades no desenvolvimento das diversas reas da habilidade humana, cognitivas, atitudinais e operativas. Isso feito por meio de instrumentos e ferramentas de diagnstico e de escuta, e torn-los mais afinados e prximos da realidade dos sujeitos o desafio constante.

    O AVALIANDO IDEPB tem sido o instrumento de avaliao no diagnstico dessa realidade, fomentando informaes que podem se transformar em demandas para medidas concretas de superao e ou afirmao, no mbito macro da Secretaria de Estado da Educao ou no mbito micro da escola, onde de fato desenvolvida a prtica educativa. O diagnstico tem se dado no domnio da linguagem e do clculo junto aos estudantes do 5 e 9 anos do Ensino Fundamental, da 3 srie do Ensino Mdio e da 4 srie do Ensino Mdio na Modalidade Normal, de todas as escolas urbanas, do campo e indgenas, da rede estadual de ensino. Tem se dado tambm por meio de entrevistas a gestores(as), professores(as), com perguntas que versam sobre a formao, o planejamento curricular, a prtica pedaggica, a organizao e a estrutura da escola.

    Portanto, desejamos que esse material em fascculos, juntamente com os ndices divulgados no sistema eletrnico, mobilizem todos(as) ns, educadores(as), para a devida considerao, cada um(a) no seu mbito de atuao, fazendo a leitura dos dados e informaes, dos quais somos atores codjuvantes do cenrio e da histria presentes em cada constatao. Somos sujeitos pensantes e ativos, a quem cabe o ato de verificar a prtica exercida e imprimir nela maior significado, no sentido de colaborar para que todos os sujeitos aprendam ao ensinar e ensinem ao aprender, como diz Paulo Freire, na mediao problematizadora do mundo ao redor.

    Somos gratos(as) pela terceira edio do AVALIANDO IDEPB, que uma construo de todos(as).

  • 1Avaliao externa e

    Avaliao interna: uma relao

    complementar pgina 10

    2Interpretao de

    resultados e anlises pedaggicas

    pgina 14

    Sumrio

  • 3Para o trabalho

    pedaggico pgina 45

    Estudo de caso pgina 51

    54Os resultados desta

    escola pgina 57

  • Pensada para o(a) Educador(a), esta Revista Peda-

    ggica apresenta a avaliao educacional a partir de

    seus principais elementos, explorando a Matriz de

    Referncia, que serve de base aos testes, a mode-

    lagem estatstica utilizada, a estrutura da Escala de

    Proficincia, bem como sua interpretao, a defini-

    o dos Padres de Desempenho e os resultados

    de sua escola. Apresentando os princpios da avalia-

    o, sua metodologia e seus resultados, o objetivo

    fomentar debates na escola que sejam capazes de

    incrementar o trabalho pedaggico.

    As avaliaes em larga escala assumiram, ao longo

    dos ltimos anos, um preponderante papel no cen-

    rio educacional brasileiro: a mensurao do desem-

    penho dos estudantes de nossas redes de ensino e,

    consequentemente, da qualidade do ensino oferta-

    do. Baseadas em testes de proficincia, as avaliaes

    em larga escala buscam aferir o desempenho dos es-

    tudantes em habilidades consideradas fundamentais

    para cada disciplina e etapa de escolaridade avaliada.

    Os testes so padronizados, orientados por uma

    metodologia especfica e alimentados por questes

    com caractersticas prprias, os itens, com o obje-

    tivo de fornecer, precipuamente, uma avaliao da

    rede de ensino. Por envolver um grande nmero de

    estudantes e escolas, trata-se de uma avaliao em

    larga escala.

    Avaliao externa e Avaliao interna: uma relao complementar

  • Desde o ano de sua criao, em 2012, o Sistema Estadual de Avaliao da Educao da Paraba tem buscado fomentar mudanas na educao oferecida pelo estado, vislumbrando a oferta de um ensino de qualidade. Em 2014, os estudantes das escolas estaduais da Paraba foram avaliados nas reas do conhecimento de Lngua Portuguesa e Matemtica, nos 5 e 9 anos do Ensino Fundamental, na 3 srie do Ensino Mdio e na 4 srie do Ensino Mdio Normal.

    A seguir, a linha do tempo expe a trajetria do Avaliando IDEPB, de acordo com os anos, o nmero de estudantes, as disciplinas e as etapas de escolaridade avaliadas.

    Trajetria

    20132012 2014

    estudantes previstos: 68.815estudantes avaliados: 47.260sries avaliadas: 5 e 9 anos EF, 3 srie EMdisciplinas envolvidas: Lngua Portuguesa / Matemtica

    estudantes previstos: 65.861estudantes avaliados: 48.909sries avaliadas: 5 e 9 anos EF, 3 srie EM, 4 srie Ensino Normaldisciplinas envolvidas: Lngua Portuguesa / Matemtica

    estudantes previstos: 63.690estudantes avaliados: 47.128sries avaliadas: 5 e 9 anos EF, 3 srie EM, 4 srie Ensino Normaldisciplinas envolvidas: Lngua Portuguesa / Matemtica

    68,7%percentual de participao

    74,0%percentual de participao

    74,3%percentual de participao

    No entanto, este modelo de avaliao no deve ser pensado de maneira desconectada com o trabalho do professor. As avaliaes realizadas em sala de aula, ao longo do ano, pelos professores, so funda-mentais para o acompanhamento da aprendizagem do estudante. Focada no desempenho, a avaliao em larga escala deve ser utilizada como um comple-mento de informaes e diagnsticos aos fornecidos pelos prprios professores, internamente.

    Ambas as avaliaes possuem a mesma fonte de

    contedo: o currculo. Assim como as avaliaes

    internas, realizadas pelos prprios professores da

    escola, a avaliao em larga escala encontra no cur-

    rculo seu ponto de partida. A partir da criao de

    Matrizes de Referncia, habilidades e competncias

    bsicas, consideradas essenciais para o desenvolvi-

    mento do estudante ao longo das etapas de escola-

    ridade, so selecionadas para cada disciplina e orga-

    nizadas para dar origem aos itens que comporo os

    testes. No entanto, isso no significa que o currculo

    se confunda com a Matriz de Referncia. Esta uma

    parte daquele.

    Os resultados das avaliaes em larga escala so, ento, divulgados, compartilhando com todas as es-

    colas, e com a sociedade como um todo, os diagns-ticos produzidos a partir dos testes. Com isso, o que se busca oferecer ao professor informaes impor-tantes sobre as dificuldades dos estudantes em rela-o aos contedos curriculares previstos, bem como no que diz respeito queles contedos nos quais os estudantes apresentam um bom desempenho.

    Metodologias e contedos diferentes, mas com o mesmo objetivo. Tanto as avaliaes internas quan-to as avaliaes externas devem se alinhar em tor-no dos mesmos propsitos: a melhoria da qualida-de do ensino e a maximizao da aprendizagem dos estudantes. A partir da divulgao dos resul-tados, espera-se prestar contas sociedade, pelo investimento que realiza na educao deste pas, assim como fornecer os subsdios necessrios para que aes sejam tomadas no sentido de melhorar a qualidade da educao, promovendo, ao mesmo tempo, a equidade. Tendo como base os princpios democrticos que regem nossa sociedade, assim como a preocupao em fornecer o maior nmero de informaes possvel para que diagnsticos pre-cisos sejam estabelecidos, esta Revista Pedaggica pretende se constituir como uma verdadeira ferra-menta a servio do professor e para o aprimora-mento contnuo de seu trabalho.

    11 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • 1O Brasil assumiu um com-promisso, partilhado por estados, municpios e so-ciedade, de melhorar a qualidade da educao oferecida por nossas esco-las. Melhorar a qualidade e promover a equidade: eis os objetivos que do im-pulso avaliao educacio-nal em larga escala.

    Para melhorar a qualidade do ensino ofertado, pre-ciso identificar problemas e lacunas na aprendiza-gem, sendo necessrio estabelecer diagnsticos educacionais.

    Para que diagnsticos se-jam estabelecidos, preci-so avaliar. No h melhoria na qualidade da educao que seja possvel sem que processos de avaliao acompanhem, continua-mente, os efeitos das pol-ticas educacionais propos-tas para tal fim.

    Para compreender melhor a lgica que rege a avaliao educacional, este diagrama

    apresenta, sinteticamente, a trilha percorrida pela avaliao, desde o objetivo que

    lhe d sustentao at a divulgao dos resultados, funo desempenhada por esta

    Revista. Os quadros indicam onde, na Revista, podem ser buscados outros detalhes

    sobre os conceitos apresentados.

    A partir da anlise dos re-sultados da avaliao, um diagnstico confivel do ensino pode ser estabele-cido, servindo de subsdio para que aes e polticas sejam desenvolvidas, com o intuito de melhorar a qualidade da educao oferecida.

    Pgina 57

    Para ter acesso a toda a Co-leo e a outras informaes sobre a avaliao e seus resultados, acesse o site www.avaliacaoparaiba.caedufjf.net

    Esse estudo tem como objetivo propiciar ao leitor um mecanismo de enten-dimento sobre como lidar com problemas educacio-nais relacionados avalia-o, a partir da narrativa de histrias que podem servir como exemplo para que novos caminhos sejam abertos em sua prtica profissional.

    Pgina 51

    POLTICA PBLICA DIAGNSTICOS EDUCACIONAIS AVALIAO

    O caminho da avaliao em larga escala

    RESULTADOS DAESCOLA

    PORTAL DAAVALIAO ESTUDO DE CASO

    POR QUE AVALIAR?

    12 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • 2

    Os itens que compem os testes so analisados, pe-daggica e estatisticamen-te, permitindo uma maior compreenso do desen-volvimento dos estudantes nas habilidades avaliadas.

    Pgina 37

    A partir da identificao dos objetivos e das metas de aprendizagem, so es-tabelecidos os Padres de Desempenho estudantil, permitindo identificar o grau de desenvolvimento dos estudantes e acompa-nh-los ao longo do tempo.

    Pgina 36

    As habilidades avaliadas so ordenadas de acor-do com a complexidade em uma escala nacional, que permite verificar o desenvolvimento dos estudantes, chamada Escala de Proficincia. A Escala um importante instrumento pedaggico para a interpretao dos resultados.

    Pgina 20

    Reconhecida a importncia da avaliao, necessrio definir o contedo que ser avaliado. Para tanto, especialistas de cada rea de conhecimento, muni-dos de conhecimentos pedaggicos e estatsticos, realizam uma seleo das habilidades consideradas essenciais para os estu-dantes. Esta seleo tem como base o currculo.

    O currculo a base para a seleo dos contedos que daro origem s Matri-zes de Referncia. A Matriz elenca as habilidades sele-cionadas, organizando-as em competncias.

    Pgina 16

    Atravs de uma meto-dologia especializada, possvel obter resulta-dos precisos, no sendo necessrio que os estu-dantes realizem testes extensos.

    Pgina 18

    ITENS PADRES DEDESEMPENHO

    ESCALA DEPROFICINCIA

    CONTEDOAVALIADO

    MATRIZ DEREFERNCIA

    COMPOSIO DOS CADERNOS

    O QUE AVALIAR?

    COMO TRABALHAR OS RESULTADOS?

    13 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • Para compreender e interpretar os resultados alcan-

    ados pelos estudantes na avaliao em larga escala,

    importante conhecer os elementos que orientam a

    elaborao dos testes e a produo dos resultados

    de proficincia.

    Assim, esta seo traz a Matriz de Referncia para

    a avaliao do AVALIANDO IDEPB, a composio

    dos cadernos de testes, uma introduo Teoria da

    Resposta ao Item (TRI), a Escala de Proficincia, bem

    como os Padres de Desempenho, ilustrados com

    exemplos de itens.

    Interpretao de resultados e anlises pedaggicas

  • Matriz de Referncia

    Para realizar uma avaliao, necessrio definir o

    contedo que se deseja avaliar. Em uma avaliao

    em larga escala, essa definio dada pela constru-

    o de uma MATRIZ DE REFERNCIA, que um recor-

    te do currculo e apresenta as habilidades definidas

    para serem avaliadas. No Brasil, os Parmetros Cur-

    riculares Nacionais (PCN) para o Ensino Fundamental

    e para o Ensino Mdio, publicados, respectivamente,

    em 1997 e em 2000, visam garantia de que todos

    tenham, mesmo em lugares e condies diferentes,

    acesso a habilidades consideradas essenciais para o

    exerccio da cidadania. Cada estado, municpio e es-

    cola tem autonomia para elaborar seu prprio curr-

    culo, desde que atenda a essa premissa.

    Diante da autonomia garantida legalmente em nos-

    so pas, as orientaes curriculares da Paraba apre-

    sentam contedos com caractersticas prprias,

    como concepes e objetivos educacionais compar-

    tilhados. Desta forma, o estado visa desenvolver o

    processo de ensino-aprendizagem em seu sistema

    educacional com qualidade, atendendo s particu-

    laridades de seus estudantes. Pensando nisso, foi

    criada uma Matriz de Referncia especfica para a

    realizao da avaliao em larga escala do AVALIAN-

    DO IDEPB.

    A Matriz de Referncia tem, entre seus fundamentos,

    os conceitos de competncia e habilidade. A compe-

    tncia corresponde a um grupo de habilidades que

    operam em conjunto para a obteno de um resul-

    tado, sendo cada habilidade entendida como um sa-

    ber fazer.

    Por exemplo, para adquirir a carteira de motorista

    para dirigir automveis preciso demonstrar com-

    petncia na prova escrita e competncia na prova

    prtica especfica, sendo que cada uma delas requer

    uma srie de habilidades.

    A competncia na prova escrita demanda algumas

    habilidades, como: interpretao de texto, reconhe-

    cimento de sinais de trnsito, memorizao, racioc-

    nio lgico para perceber quais regras de trnsito se

    aplicam a uma determinada situao etc.

    A competncia na prova prtica especfica, por sua

    vez, requer outras habilidades: viso espacial, leitura

    dos sinais de trnsito na rua, compreenso do fun-

    cionamento de comandos de interao com o vecu-

    lo, tais como os pedais de freio e de acelerador etc.

    importante ressaltar que a Matriz de Referncia no

    abarca todo o currculo; portanto, no deve ser con-

    fundida com ele nem utilizada como ferramenta para

    a definio do contedo a ser ensinado em sala de

    aula. As habilidades selecionadas para a composio

    dos testes so escolhidas por serem consideradas es-

    senciais para o perodo de escolaridade avaliado e por

    serem passveis de medio por meio de testes pa-

    dronizados de desempenho, compostos, na maioria

    das vezes, apenas por itens de mltipla escolha. H,

    tambm, outras habilidades necessrias ao pleno de-

    senvolvimento do estudante que no se encontram

    na Matriz de Referncia por no serem compatveis

    com o modelo de teste adotado. No exemplo acima,

    pode-se perceber que a competncia na prova escrita

    para habilitao de motorista inclui mais habilidades

    que podem ser medidas em testes padronizados do

    que aquelas da prova prtica.

    A avaliao em larga escala pretende obter informa-

    es gerais, importantes para se pensar a qualidade

    da educao, porm, ela s ser uma ferramenta

    para esse fim se utilizada de maneira coerente, agre-

    gando novas informaes s j obtidas por professo-

    res e gestores nas devidas instncias educacionais,

    em consonncia com a realidade local.

    15 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • Leia o texto abaixo.

    Disponvel em: . Acesso em: 16 jun. 2011. (P090397C2_SUP)

    (P090397C2) Infere-se desse texto que Calvin A) um garoto muito preocupado. B) um filho muito amoroso.C) sabe que a me vai melhorar.D) sente falta do que a me faz.

    Matriz de Referncia de Lngua Portuguesa

    9 ano do Ensino Fundamental

    O tpico agrupa por afinidade um conjunto de habilidades indica-

    das pelos descritores.

    Os descritores associam o contedo curricular a operaes cog-

    nitivas, indicando as habilidades que sero avaliadas por meio de

    um item.

    O item uma questo utilizada nos testes de uma avaliao em

    larga escala e se caracteriza por avaliar uma nica habilidade indi-

    cada por um descritor da Matriz de Referncia.

    Tpico

    Descritores

    Item

    16 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • MATRIZ DE REFERNCIA DE LNGUA PORTUGUESA - AVALIANDO IDEPB9 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    I. PRTICAS DE LEITURA

    D6 Localizar informao explcita em um texto.

    D7 Inferir informao em um texto.

    D8 Inferir o sentido de palavra ou expresso a partir do contexto.

    D9 Identificar o tema central de um texto.

    D10 Distinguir fato de uma opinio.

    D11 Interpretar textos no verbais e textos que articulam elementos verbais e no verbais.

    II - IMPLICAES DO SUPORTE, DO GNERO E/ OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSO DO TEXTO

    D12 Identificar o gnero do texto.

    D13 Identificar a finalidade de diferentes gneros textuais.

    III - RELAOES ENTRE TEXTOS

    D14 Reconhecer semelhanas e/ou diferenas de ideias e opinies na comparao entre textos que tratem da mesma temtica.

    IV - COESO E COERNCIA

    D16 Estabelecer relao de causa e consequncia entre partes de um texto.

    D17 Estabelecer relaes lgico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por locues adverbiais ou advrbios.

    D18 Reconhecer relaes entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem para sua continuidade (substituies e repeties).

    D19 Identificar a tese de um texto.

    D21 Reconhecer o conflito gerador do enredo e os elementos de uma narrativa.

    D27 Diferenciar as partes principais das secundrias em um texto.

    V - RELAES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO

    D22 Identificar efeitos de humor no texto.

    D23 Identificar efeitos de sentido decorrente do uso de pontuao e outras notaes.

    D24 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do emprego de recursos estilsticos e morfossintticos.

    D25 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expresses.

    VI - VARIAO LINGUSTICA

    D26 Identificar as marcas lingusticas que evidenciam o locutor e/ou o interlocutor.

    17 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • Teoria de Resposta ao Item (TRI) e Teoria Clssica dos Testes (TCT)

    O desempenho dos estudantes em um teste pode ser analisado a partir de diferentes

    enfoques. Atravs da Teoria Clssica dos Testes TCT, os resultados dos estudantes so

    baseados no percentual de acerto obtido no teste, gerando a nota ou escore. As anlises

    produzidas pela TCT so focadas na nota obtida no teste.

    A ttulo de exemplo, um estudante responde a uma srie de itens e recebe um ponto por

    cada item corretamente respondido, obtendo, ao final do teste, uma nota total, represen-tando a soma destes pontos. A partir disso, h uma relao entre a dificuldade do teste

    e o valor das notas: os estudantes tendem a obter notas mais altas em testes mais fceis

    e notas mais baixas em testes mais difceis. As notas so, portanto, teste-dependentes,

    visto que variam conforme a dificuldade do teste aplicado. A TCT muito empregada nas

    Lngua Portuguesa e Matemtica

    iiiiii

    iiiiiii

    iiiiiiiiiiiii

    iiiiii

    iiiiiii

    iiiiiiiiiiiii

    2 blocos (26 itens) de cada disciplina

    Ao todo, so 21 modelos diferentes de cadernos.

    CADERNO

    CADERNO

    CADERNOCADERNO

    formam um caderno com 4 blocos (52 itens)

    iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

    iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

    7 blocos por disciplinacom 13 itens cada

    Lngua Portuguesa

    Matemtica

    91 x

    91 x

    91 itens divididos em

    21 x

    = 1 item

    18 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

    Composio dos cadernos para a avaliao

  • atividades docentes, servindo de base, em regra, para as avaliaes internas, aplicadas

    pelos prprios professores em sala de aula.

    A Teoria da Resposta ao Item TRI, por sua vez, adota um procedimento diferente. Ba-seada em uma sofisticada modelagem estatstica computacional, a TRI atribui ao desem-penho do estudante uma proficincia, no uma nota, relacionada ao conhecimento do

    estudante das habilidades elencadas em uma Matriz de Referncia, que d origem ao

    teste. A TRI, para a atribuio da proficincia dos estudantes, leva em conta as habilidades

    demonstradas por eles e o grau de dificuldade dos itens que compem os testes. A pro-ficincia justamente o nvel de desempenho dos estudantes nas habilidades dispostas

    em testes padronizados, formados por questes de mltiplas alternativas. Atravs da TRI,

    possvel determinar um valor diferenciado para cada item.

    De maneira geral, a Teoria de Resposta ao Item possui trs parmetros, atravs dos quais

    possvel realizar a comparao entre testes aplicados em diferentes anos:

    Envolve a capacidade de um item de discriminar, entre os estudantes avaliados, aqueles que desenvolveram as habilidades avaliadas daqueles que no as desenvolveram.

    Permite mensurar o grau de dificuldade dos itens: fceis, mdios ou difceis. Os itens esto distribudos de forma equnime entre os diferentes cadernos de testes, possibilitando a criao de diversos cadernos com o mesmo grau de dificuldade.

    Realiza a anlise das respostas do estudante para verificar aleatoriedade nas respostas: se for constatado que ele errou muitos itens de baixo grau de dificuldade e acertou outros de grau elevado, situao estatisticamente improvvel, o modelo deduz que ele respondeu aleatoriamente s questes.

    A TCT e a TRI no produzem resultados incompatveis ou excludentes. Antes, estas duas

    teorias devem ser utilizadas de forma complementar, fornecendo um quadro mais com-pleto do desempenho dos estudantes.

    O AVALIANDO IDEPB utiliza a TRI para o clculo da proficincia do estudante, que no de-pende unicamente do valor absoluto de acertos, j que depende tambm da dificuldade

    e da capacidade de discriminao das questes que o estudante acertou e/ou errou. O

    valor absoluto de acertos permitiria, em tese, que um estudante que respondeu alea-toriamente tivesse o mesmo resultado que outro que tenha respondido com base em

    suas habilidades, elemento levado em considerao pelo Parmetro C da TRI. O modelo,

    contudo, evita essa situao e gera um balanceamento de graus de dificuldade entre as

    questes que compem os diferentes cadernos e as habilidades avaliadas em relao ao

    contexto escolar. Esse balanceamento permite a comparao dos resultados dos estu-dantes ao longo do tempo e entre diferentes escolas.

    Parmetro A Parmetro B Parmetro C

    19 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • A ESCALA DE PROFICINCIA foi desenvolvida com

    o objetivo de traduzir medidas em diagnsticos

    qualitativos do desempenho escolar. Ela orienta,

    por exemplo, o trabalho do professor com relao

    s competncias que seus estudantes desenvolve-ram, apresentando os resultados em uma espcie

    de rgua onde os valores obtidos so ordenados e

    categorizados em intervalos ou faixas que indicam

    o grau de desenvolvimento das habilidades para os

    estudantes que alcanaram determinado nvel de

    desempenho.

    Em geral, para as avaliaes em larga escala da Edu-cao Bsica realizadas no Brasil, os resultados dos

    estudantes em Lngua Portuguesa so colocados

    em uma mesma Escala de Proficincia definida pelo

    Sistema Nacional de Avaliao da Educao Bsica

    (Saeb). Por permitirem ordenar os resultados de de-sempenho, as Escalas so importantes ferramentas

    para a interpretao dos resultados da avaliao.

    A partir da interpretao dos intervalos da Escala, os

    professores, em parceria com a equipe pedaggica,

    COMPETNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Identifica letras. * Reconhece convenes grficas. * Manifesta conscincia fonolgica. * L palavras. * Localiza informao. D6 Identifica tema. D9 Realiza inferncia. D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25 Identifica gnero, funo e destinatrio de um texto. D12 e D13 Estabelece relaes lgico-discursivas. D16, D17,D18 e D27 Identifica elementos de um texto narrativo. D21 Estabelece relaes entre textos. D14 Distingue posicionamentos. D10 e D19 Identifica marcas lingusticas. D26

    PADRES DE DESEMPENHO - 9 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    DOMNIOS

    Apropriao do sistema da

    escrita

    Estratgias de leitura

    Processamento do texto

    * As habilidades relativas a essa competncia no so avaliadas nesta etapa de escolaridade.

    Escala de ProficinciaLngua Portuguesa

    20 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • podem diagnosticar as habilidades j desenvolvidas pelos estu-dantes, bem como aquelas que ainda precisam ser trabalhadas

    em sala de aula, em cada etapa de escolaridade avaliada. Com

    isso, os educadores podem atuar com maior preciso na deteco

    das dificuldades dos estudantes, possibilitando o planejamento e

    a execuo de novas aes para o processo de ensino-aprendiza-gem. A seguir apresentada a estrutura da Escala de Proficincia.

    COMPETNCIAS DESCRITORES 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Identifica letras. * Reconhece convenes grficas. * Manifesta conscincia fonolgica. * L palavras. * Localiza informao. D6 Identifica tema. D9 Realiza inferncia. D7, D8, D11, D22, D23, D24 e D25 Identifica gnero, funo e destinatrio de um texto. D12 e D13 Estabelece relaes lgico-discursivas. D16, D17,D18 e D27 Identifica elementos de um texto narrativo. D21 Estabelece relaes entre textos. D14 Distingue posicionamentos. D10 e D19 Identifica marcas lingusticas. D26

    PADRES DE DESEMPENHO - 9 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

    DOMNIOS

    Apropriao do sistema da

    escrita

    Estratgias de leitura

    Processamento do texto

    A gradao das cores indica a complexidade da tarefa.

    Abaixo do BsicoBsicoAdequadoAvanado

    21 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • A estrutura da Escala de Proficincia

    Na primeira coluna da Escala, so apresentados os

    grandes Domnios do conhecimento em Lngua Por-

    tuguesa para toda a Educao Bsica. Esses Dom-

    nios so agrupamentos de competncias que, por

    sua vez, agregam as habilidades presentes na Matriz

    de Referncia. Nas colunas seguintes so apresen-

    tadas, respectivamente, as competncias presentes

    na Escala de Proficincia e os descritores da Matriz

    de Referncia a elas relacionados.

    As competncias esto dispostas nas vrias linhas da

    Escala. Para cada competncia h diferentes graus de

    complexidade representados por uma gradao de

    cores, que vai do amarelo-claro ao vermelho . Assim,

    a cor amarelo-claro indica o primeiro nvel de comple-

    xidade da competncia, passando pelo amarelo-es-

    curo, laranja-claro, laranja-escuro e chegando ao nvel

    mais complexo, representado pela cor vermelha.

    Na primeira linha da Escala de Proficincia, podem

    ser observados, numa escala numrica, intervalos di-

    vididos em faixas de 25 pontos, que esto represen-

    tados de zero a 500. Cada intervalo corresponde a

    um nvel e um conjunto de nveis forma um PADRO

    DE DESEMPENHO. Esses Padres so definidos pela

    Secretaria de Estado da Educao da Paraba (SEE-

    -PB) e representados em tons de verde. Eles trazem,

    de forma sucinta, um quadro geral das tarefas que

    os estudantes so capazes de fazer, a partir do con-

    junto de habilidades que desenvolveram.

    Para compreender as informaes presentes na Escala

    de Proficincia, pode-se interpret-la de trs maneiras:

    Perceber, a partir de um deter-minado Domnio, o grau de com-plexidade das competncias a ele

    associadas, atravs da gradao

    de cores ao longo da Escala. Des-se modo, possvel analisar como

    os estudantes desenvolvem as

    habilidades relacionadas a cada

    competncia e realizar uma in-terpretao que contribua para o planejamento do professor, bem

    como para as intervenes peda-ggicas em sala de aula.

    Ler a Escala por meio dos Pa-dres de Desempenho, que apre-sentam um panorama do desen-volvimento dos estudantes em

    um determinado intervalo. Dessa

    forma, possvel relacionar as

    habilidades desenvolvidas com o

    percentual de estudantes situado

    em cada Padro.

    Interpretar a Escala de Proficin-cia a partir da abrangncia da pro-ficincia de cada instncia avalia-da: estado, Gerncia Regional de

    Educao (GRE) e escola. Dessa

    forma, possvel verificar o inter-valo em que a escola se encontra

    em relao s demais instncias.

    1 Primeira 2 Segunda 3 Terceira

    22 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • competncias descritas para este domnio

    APROPRIAO DO SISTEMA DA ESCRITA

    Professor, a apropriao do sistema de escrita condio para que o

    estudante leia com compreenso e de forma autnoma. Essa apropria-o o foco do trabalho nos anos iniciais do Ensino Fundamental, ao

    longo dos quais se espera que o estudante avance em suas hipteses

    sobre a lngua escrita. Neste domnio, encontram-se reunidas quatro

    competncias que envolvem percepes acerca dos sinais grficos que

    utilizamos na escrita as letras e sua organizao na pgina e aquelas

    referentes a correspondncias entre som e grafia. O conjunto dessas

    competncias permite ao alfabetizando ler com compreenso.

    Identifica letras.

    Reconhece convenes grficas.

    Manifesta conscincia fonolgica.

    L palavras.

    DOMNIOS E COMPETNCIAS

    Ao relacionar os resultados a cada um dos Domnios da Escala de Proficincia e aos res-pectivos intervalos de gradao de complexidade de cada competncia, possvel ob-servar o nvel de desenvolvimento das habilidades aferido pelo teste e o desempenho

    esperado dos estudantes nas etapas de escolaridade em que se encontram.

    Esta seo apresenta o detalhamento dos nveis de complexidade das competncias (com

    suas respectivas habilidades), nos diferentes intervalos da Escala de Proficincia. Essa des-crio focaliza o desenvolvimento cognitivo do estudante ao longo do processo de escola-rizao e o agrupamento das competncias bsicas ao aprendizado da Lngua Portuguesa

    para toda a Educao Bsica.

    23 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • CINZA 0 A 75 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram

    as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 75 A 100 PONTOSEstudantes que se encontram em nveis de proficincia de 75 a 100 pontos reconhecem que o texto

    organizado na pgina escrita da esquerda para a direita e de cima para baixo. Esse nvel represen-tado na Escala pelo amarelo-claro.

    VERMELHO ACIMA DE 100 PONTOSEstudantes com proficincia acima de 100 pontos, alm de reconhecerem as direes da esquerda

    para a direita e de cima para baixo na organizao da pgina escrita, tambm identificam os espaa-mentos adequados entre palavras na construo do texto. Na Escala, este novo nvel de complexidade

    da competncia est representado pela cor vermelha.

    MANIFESTA CONSCINCIA FONOLGICA0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A conscincia fonolgica se desenvolve quando o sujeito percebe que a palavra composta de unidades me-nores que ela prpria. Essas unidades podem ser a slaba ou o fonema. As habilidades relacionadas a essa

    competncia so importantes para que o estudante seja capaz de compreender que existe correspondncia

    entre o que se fala e o que se escreve.

    CINZA 0 A 75 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram

    as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 75 A 100 PONTOSOs estudantes que se encontram em nveis de proficincia entre 75 e 100 pontos identificam rimas e

    slabas que se repetem em incio ou fim de palavra. Ouvir e recitar poesias, alm de participar de jo-gos e brincadeiras que explorem a sonoridade das palavras contribui para o desenvolvimento dessas

    habilidades.

    AMARELO-ESCURO 100 A 125 PONTOSEstudantes com proficincia entre 100 e 125 pontos contam slabas de uma palavra lida ou ditada.

    Este novo nvel de complexidade da competncia est representado na Escala pelo amarelo-escuro.

    VERMELHO ACIMA DE 125 PONTOSEstudantes com proficincia acima de 125 pontos j desenvolveram essa competncia e esse fato est

    representado na Escala de Proficincia pela cor vermelha.

    IDENTIFICA LETRAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Uma das primeiras hipteses que a criana formula com relao lngua escrita a de que escrita e desenho

    so uma mesma coisa. Sendo assim, quando solicitada a escrever, por exemplo, casa, a criana pode sim-plesmente desenhar uma casa. Quando comea a ter contato mais sistemtico com textos escritos, a criana

    observa o uso feito por outras pessoas e comea a perceber que escrita e desenho so coisas diferentes,

    reconhecendo as letras como os sinais que se deve utilizar para escrever. Para chegar a essa percepo, a

    criana dever, inicialmente, diferenciar as letras de outros smbolos grficos, como os nmeros, por exem-plo. Uma vez percebendo essa diferenciao, um prximo passo ser o de identificar as letras do alfabeto,

    nomeando-as e sabendo identific-las mesmo quando escritas em diferentes padres.

    CINZA 0 A 75 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram

    as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 75 A 100 PONTOSEstudantes que se encontram em nveis de proficincia entre 75 e 100 pontos so capazes de diferen-ciar letras de outros rabiscos, desenhos e/ou outros sinais grficos tambm utilizados na escrita. Esse

    um nvel bsico de desenvolvimento desta competncia, representado na Escala pelo amarelo-claro.

    AMARELO-ESCURO 100 A 125 PONTOSEstudantes com proficincia entre 100 e 125 pontos so capazes de identificar as letras do alfabeto.

    Este novo nvel de complexidade desta competncia indicado, na Escala, pelo amarelo-escuro.

    VERMELHO ACIMA DE 125 PONTOSEstudantes com nvel de proficincia acima de 125 pontos diferenciam as letras de outros sinais gr-ficos e identificam as letras do alfabeto, mesmo quando escritas em diferentes padres grficos. Esse

    dado est indicado na Escala de Proficincia pela cor vermelha.

    RECONHECE CONVENES GRFICAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Mesmo quando ainda bem pequenas, muitas crianas que tm contatos frequentes com situaes de leitura

    imitam gestos leitores dos adultos. Fazem de conta, por exemplo, que leem um livro, folheando-o e olhando

    suas pginas. Esse um primeiro indcio de reconhecimento das convenes grficas. Essas convenes

    incluem saber que a leitura se faz da esquerda para a direita e de cima para baixo ou, ainda, que, diferente-mente da fala, se apresenta num fluxo contnuo e na escrita necessrio deixar espaos entre as palavras.

    24 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • CINZA 0 A 75 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram

    as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 75 A 100 PONTOSEstudantes que se encontram em nveis de proficincia de 75 a 100 pontos reconhecem que o texto

    organizado na pgina escrita da esquerda para a direita e de cima para baixo. Esse nvel represen-tado na Escala pelo amarelo-claro.

    VERMELHO ACIMA DE 100 PONTOSEstudantes com proficincia acima de 100 pontos, alm de reconhecerem as direes da esquerda

    para a direita e de cima para baixo na organizao da pgina escrita, tambm identificam os espaa-mentos adequados entre palavras na construo do texto. Na Escala, este novo nvel de complexidade

    da competncia est representado pela cor vermelha.

    MANIFESTA CONSCINCIA FONOLGICA0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A conscincia fonolgica se desenvolve quando o sujeito percebe que a palavra composta de unidades me-nores que ela prpria. Essas unidades podem ser a slaba ou o fonema. As habilidades relacionadas a essa

    competncia so importantes para que o estudante seja capaz de compreender que existe correspondncia

    entre o que se fala e o que se escreve.

    CINZA 0 A 75 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram

    as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 75 A 100 PONTOSOs estudantes que se encontram em nveis de proficincia entre 75 e 100 pontos identificam rimas e

    slabas que se repetem em incio ou fim de palavra. Ouvir e recitar poesias, alm de participar de jo-gos e brincadeiras que explorem a sonoridade das palavras contribui para o desenvolvimento dessas

    habilidades.

    AMARELO-ESCURO 100 A 125 PONTOSEstudantes com proficincia entre 100 e 125 pontos contam slabas de uma palavra lida ou ditada.

    Este novo nvel de complexidade da competncia est representado na Escala pelo amarelo-escuro.

    VERMELHO ACIMA DE 125 PONTOSEstudantes com proficincia acima de 125 pontos j desenvolveram essa competncia e esse fato est

    representado na Escala de Proficincia pela cor vermelha.

    25 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • LOCALIZA INFORMAO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de localizar informao explcita em textos pode ser considerada uma das mais elementares.

    Com o seu desenvolvimento o leitor pode recorrer a textos de diversos gneros, buscando neles informaes

    de que possa necessitar. Essa competncia pode apresentar diferentes nveis de complexidade - desde locali-zar informaes em frases, por exemplo, at fazer essa localizao em textos mais extensos - e se consolida a

    partir do desenvolvimento de um conjunto de habilidades que devem ser objeto de trabalho do professor em

    cada perodo de escolarizao. Isso est indicado, na Escala de Proficincia, pela gradao de cores.

    CINZA 0 A 100 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 100 A 125 PONTOSEstudantes que se encontram em um nvel de proficincia entre 100 e 125 pontos localizam informa-es em frases, pequenos avisos, bilhetes curtos, um verso. Esta uma habilidade importante porque

    mostra que o leitor consegue estabelecer nexos entre as palavras que compem uma sentena, pro-duzindo sentido para o todo e no apenas para as palavras isoladamente. Na Escala de Proficincia, o

    desenvolvimento desta habilidade est indicado pelo amarelo-claro.

    AMARELO-ESCURO 125 A 175 PONTOSOs estudantes que apresentam proficincia entre 125 e 175 pontos localizam informaes em textos

    curtos, de gnero familiar e com poucas informaes. Esses leitores conseguem, por exemplo, a partir

    da leitura de um convite, localizar o lugar onde a festa acontecer ou ainda, a partir da leitura de uma

    fbula, localizar uma informao relativa caracterizao de um dos personagens. Essa habilidade

    est indicada, na Escala, pelo amarelo-escuro.

    LARANJA-CLARO 175 A 225 PONTOSOs estudantes com proficincia entre 175 e 225 pontos localizam informaes em textos mais ex-tensos, desde que o texto se apresente em gnero que lhes seja familiar. Esses leitores selecionam,

    dentre as vrias informaes apresentadas pelo texto, aquela(s) que lhes interessa(m). Na Escala de

    Proficincia, o laranja-claro indica o desenvolvimento dessa habilidade.

    LARANJA-ESCURO 225 A 250 PONTOSOs estudantes com proficincia entre 225 e 250 pontos, alm de localizar informaes em textos mais

    extensos, conseguem localiz-las, mesmo quando o gnero e o tipo textual lhes so menos familiares.

    Isso est indicado, na Escala de Proficincia, pelo laranja-escuro.

    VERMELHO ACIMA DE 250 PONTOSA partir de 250 pontos, encontram-se os estudantes que localizam informaes explcitas, mesmo

    quando essas se encontram sob a forma de parfrases. Esses estudantes j desenvolveram a habilida-de de localizar informaes explcitas, o que est indicado, na Escala de Proficincia, pela cor vermelha.

    Localiza informao.

    Identifica tema.

    Realiza inferncia.

    Identifica gnero, funo e destinatrio de um texto.

    L PALAVRAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Para ler palavras com compreenso, o alfabetizando precisa desenvolver algumas habilidades. Uma delas,

    bastante elementar, a de identificar as direes da escrita: de cima para baixo e da esquerda para direita. Em

    geral, ao iniciar o processo de alfabetizao, o alfabetizando l com maior facilidade as palavras formadas por

    slabas no padro consoante/vogal, isso porque, quando esto se apropriando da base alfabtica, as crianas

    constroem uma hiptese inicial de que todas as slabas so formadas por esse padro. Posteriormente, em

    funo de sua exposio a um vocabulrio mais amplo e a atividades nas quais so solicitadas a refletir sobre

    a lngua escrita, tornam-se hbeis na leitura de palavras compostas por outros padres silbicos.

    CINZA 0 A 75 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 75 pontos, ainda no desenvolveram

    as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 75 A 100 PONTOSNa Escala de Proficincia, o amarelo-claro indica que os estudantes que apresentam nveis de profi-cincia de entre 75 e 100 pontos so capazes de ler palavras formadas por slabas no padro consoan-te/vogal, o mais simples, e que, geralmente, objeto de ensino nas etapas iniciais da alfabetizao.

    AMARELO-ESCURO 100 A 125 PONTOSO amarelo-escuro indica, na Escala, que estudantes com proficincia entre 100 e 125 pontos alcana-ram um novo nvel de complexidade da competncia de ler palavras: a leitura de palavra formada por

    slabas com padro diferente do padro consoante/vogal.

    VERMELHO ACIMA DE 125 PONTOSA cor vermelha indica que estudantes com proficincia acima de 125 pontos j desenvolveram as ha-bilidades que concorrem para a construo da competncia de ler palavras.

    competncias descritas para este domnio

    ESTRATGIAS DE LEITURA

    A concepo de linguagem que fundamenta o trabalho com a lngua

    materna no Ensino Fundamental a de que a linguagem uma forma

    de interao entre os falantes. Consequentemente, o texto deve ser o

    foco do ensino da lngua, uma vez que as interaes entre os sujeitos,

    mediadas pela linguagem, se materializam na forma de textos de dife-rentes gneros. O domnio Estratgias de Leitura rene as competn-cias que possibilitam ao leitor utilizar recursos variados para ler com

    compreenso textos de diferentes gneros.

    26 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • LOCALIZA INFORMAO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de localizar informao explcita em textos pode ser considerada uma das mais elementares.

    Com o seu desenvolvimento o leitor pode recorrer a textos de diversos gneros, buscando neles informaes

    de que possa necessitar. Essa competncia pode apresentar diferentes nveis de complexidade - desde locali-zar informaes em frases, por exemplo, at fazer essa localizao em textos mais extensos - e se consolida a

    partir do desenvolvimento de um conjunto de habilidades que devem ser objeto de trabalho do professor em

    cada perodo de escolarizao. Isso est indicado, na Escala de Proficincia, pela gradao de cores.

    CINZA 0 A 100 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 100 A 125 PONTOSEstudantes que se encontram em um nvel de proficincia entre 100 e 125 pontos localizam informa-es em frases, pequenos avisos, bilhetes curtos, um verso. Esta uma habilidade importante porque

    mostra que o leitor consegue estabelecer nexos entre as palavras que compem uma sentena, pro-duzindo sentido para o todo e no apenas para as palavras isoladamente. Na Escala de Proficincia, o

    desenvolvimento desta habilidade est indicado pelo amarelo-claro.

    AMARELO-ESCURO 125 A 175 PONTOSOs estudantes que apresentam proficincia entre 125 e 175 pontos localizam informaes em textos

    curtos, de gnero familiar e com poucas informaes. Esses leitores conseguem, por exemplo, a partir

    da leitura de um convite, localizar o lugar onde a festa acontecer ou ainda, a partir da leitura de uma

    fbula, localizar uma informao relativa caracterizao de um dos personagens. Essa habilidade

    est indicada, na Escala, pelo amarelo-escuro.

    LARANJA-CLARO 175 A 225 PONTOSOs estudantes com proficincia entre 175 e 225 pontos localizam informaes em textos mais ex-tensos, desde que o texto se apresente em gnero que lhes seja familiar. Esses leitores selecionam,

    dentre as vrias informaes apresentadas pelo texto, aquela(s) que lhes interessa(m). Na Escala de

    Proficincia, o laranja-claro indica o desenvolvimento dessa habilidade.

    LARANJA-ESCURO 225 A 250 PONTOSOs estudantes com proficincia entre 225 e 250 pontos, alm de localizar informaes em textos mais

    extensos, conseguem localiz-las, mesmo quando o gnero e o tipo textual lhes so menos familiares.

    Isso est indicado, na Escala de Proficincia, pelo laranja-escuro.

    VERMELHO ACIMA DE 250 PONTOSA partir de 250 pontos, encontram-se os estudantes que localizam informaes explcitas, mesmo

    quando essas se encontram sob a forma de parfrases. Esses estudantes j desenvolveram a habilida-de de localizar informaes explcitas, o que est indicado, na Escala de Proficincia, pela cor vermelha.

    27 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • IDENTIFICA TEMA0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de identificar tema se constri pelo desenvolvimento de um conjunto de habilidades que

    permitem ao leitor perceber o texto como um todo significativo pela articulao entre suas partes.

    CINZA 0 A 125 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 125 A 175 PONTOSEstudantes que apresentam um nvel de proficincia entre 125 e 175 pontos identificam o tema de um

    texto desde que esse venha indicado no ttulo, como no caso de textos informativos curtos, notcias

    de jornal ou revista e textos instrucionais. Esses estudantes comeam a desenvolver a competncia de

    identificar tema de um texto, fato indicado, na Escala de Proficincia, pelo amarelo-claro.

    AMARELO-ESCURO 175 A 225 PONTOSEstudantes com proficincia entre 175 e 225 pontos fazem a identificao do tema de um texto, valen-do-se de pistas textuais. Na Escala de Proficincia, o amarelo-escuro indica este nvel mais complexo

    de desenvolvimento da competncia de identificar tema de um texto.

    LARANJA-CLARO 225 A 275 PONTOSEstudantes com proficincia entre 225 e 275 pontos identificam o tema de um texto mesmo quando

    esse tema no est marcado apenas por pistas textuais, mas inferido a partir da conjugao dessas

    pistas com a experincia de mundo do leitor. Justamente por mobilizar intensamente a experincia de

    mundo, estudantes com este nvel de proficincia conseguem identificar o tema em textos que exijam

    inferncias, desde que os mesmos sejam de gnero e tipo familiares. O laranja-claro indica um nvel

    de complexidade mais elevado da competncia.

    VERMELHO ACIMA DE 275 PONTOSJ os estudantes com nvel de proficincia a partir de 275 pontos identificam o tema em textos de tipo

    e gnero menos familiares que exijam a realizao de inferncias nesse processo. Esses estudantes

    j desenvolveram a competncia de identificar tema em textos, o que est indicado na Escala de Pro-ficincia pela cor vermelha.

    REALIZA INFERNCIA0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Fazer inferncias uma competncia bastante ampla e que caracteriza leitores mais experientes, que con-seguem ir alm daquelas informaes que se encontram na superfcie textual, atingindo camadas mais pro-fundas de significao. Para realizar inferncias, o leitor deve conjugar, no processo de produo de sentidos

    28 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • sobre o que l, as pistas oferecidas pelo texto aos seus conhecimentos prvios, sua experincia de mundo.

    Esto envolvidas na construo da competncia de fazer inferncias as habilidades de: inferir o sentido de

    uma palavra ou expresso a partir do contexto no qual ela aparece; inferir o sentido de sinais de pontuao

    ou outros recursos morfossintticos; inferir uma informao a partir de outras que o texto apresenta ou,

    ainda, o efeito de humor ou ironia em um texto.

    CINZA 0 A 125 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 125 A 175 PONTOSO nvel de complexidade desta competncia tambm pode variar em funo de alguns fatores: se o

    texto apresenta linguagem no verbal, verbal ou mista; se o vocabulrio mais ou menos complexo;

    se o gnero textual e a temtica abordada so mais ou menos familiares ao leitor, dentre outros.

    Estudantes com proficincia entre 125 e 175 pontos apresentam um nvel bsico de construo des-ta competncia, podendo realizar inferncias em textos no verbais como, por exemplo, tirinhas ou

    histrias sem texto verbal, e, ainda, inferir o sentido de palavras ou expresses a partir do contexto

    em que elas se apresentam. Na Escala de Proficincia, o amarelo-claro indica essa etapa inicial de de-senvolvimento da competncia de realizar inferncias.

    AMARELO-ESCURO 175 A 225 PONTOSEstudantes que apresentam proficincia entre 175 e 225 pontos inferem informaes em textos no

    verbais e de linguagem mista, desde que a temtica desenvolvida e o vocabulrio empregado sejam

    familiares. Esses estudantes conseguem, ainda, inferir o efeito de sentido produzido por alguns sinais

    de pontuao e o efeito de humor em textos como, por exemplo, piadas e tirinhas. Na Escala de Pro-ficincia, o desenvolvimento dessas habilidades pelos estudantes est indicado pelo amarelo-escuro.

    LARANJA-CLARO 225 A 275 PONTOSEstudantes com proficincia entre 225 e 275 pontos realizam tarefas mais sofisticadas como inferir

    o sentido de uma expresso metafrica ou efeito de sentido de uma onomatopeia; inferir o efeito de

    sentido produzido pelo uso de uma palavra em sentido conotativo e pelo uso de notaes grficas e,

    ainda, o efeito de sentido produzido pelo uso de determinadas expresses em textos pouco familiares

    e/ou com vocabulrio mais complexo. Na Escala de Proficincia o desenvolvimento dessas habilidades

    est indicado pelo laranja-claro.

    VERMELHO ACIMA DE 275 PONTOSEstudantes com proficincia a partir de 275 pontos j desenvolveram a habilidade de realizar infe-rncias, pois, alm das habilidades relacionadas aos nveis anteriores da Escala, inferem informaes

    em textos de vocabulrio mais complexo e temtica pouco familiar, valendo-se das pistas textuais, de

    sua experincia de mundo e de leitor e, ainda, de inferir o efeito de ironia em textos diversos, alm de

    reconhecer o efeito do uso de recursos estilsticos. O desenvolvimento das habilidades relacionadas a

    esta competncia est indicado na Escala de Proficincia pela cor vermelha.

    29 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • IDENTIFICA GNERO, FUNO E DESTINATRIO DE UM TEXTO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de identificar gnero, funo ou destinatrio de um texto envolve habilidades cujo desenvol-vimento permite ao leitor uma participao mais ativa em situaes sociais diversas, nas quais o texto escrito

    utilizado com funes comunicativas reais. Essas habilidades vo desde a identificao da finalidade com

    que um texto foi produzido at a percepo de a quem ele se dirige. O nvel de complexidade que esta com-petncia pode apresentar depender da familiaridade do leitor com o gnero textual, portanto, quanto mais

    amplo for o repertrio de gneros de que o estudante dispuser, maiores suas possibilidades de perceber a

    finalidade dos textos que l. importante destacar que o repertrio de gneros textuais se amplia medida

    que os estudantes tm possibilidades de participar de situaes variadas, nas quais a leitura e a escrita te-nham funes reais e atendam a propsitos comunicativos concretos.

    CINZA 0 A 100 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 100 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 100 A 175 PONTOSEstudantes que apresentam um nvel de proficincia de 100 a 175 pontos identificam a finalidade de

    textos de gnero familiar como receitas culinrias, bilhetes, poesias. Essa identificao pode ser feita

    em funo da forma do texto, quando ele se apresenta na forma estvel em que o gnero geralmente

    se encontra em situaes da vida cotidiana. Por exemplo, no caso da receita culinria, quando ela traz

    inicialmente os ingredientes, seguidos do modo de preparo dos mesmos. Alm de identificarem uma

    notcia. Na Escala de Proficincia esse incio de desenvolvimento da competncia est indicado pelo

    amarelo-claro.

    AMARELO-ESCURO 175 A 250 PONTOSAqueles estudantes com proficincia de 175 a 250 pontos identificam o gnero e o destinatrio de

    textos de ampla circulao na sociedade, menos comuns no ambiente escolar, valendo-se das pistas

    oferecidas pelo texto, tais como: o tipo de linguagem e o apelo que faz a seus leitores em potencial. Na

    Escala de Proficincia, o grau de complexidade desta competncia est indicado pelo amarelo-escuro.

    VERMELHO ACIMA DE 250 PONTOSOs estudantes que apresentam proficincia a partir de 250 pontos j desenvolveram a competncia

    de identificar gnero, funo e destinatrio de textos, ainda que estes se apresentem em gnero pou-co familiar e com vocabulrio mais complexo. Esse fato est representado na Escala de Proficincia

    pela cor vermelha.

    30 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • ESTABELECE RELAES LGICO-DISCURSIVAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    A competncia de estabelecer relaes lgico-discursivas envolve habilidades necessrias para que o leitor esta-belea relaes que contribuem para a continuidade, progresso do texto, garantindo sua coeso e coerncia.

    Essas habilidades relacionam-se, por exemplo, ao reconhecimento de relaes semnticas indicadas por con-junes, preposies, advrbios ou verbos. Ainda podemos indicar a capacidade de o estudante reconhecer as

    relaes anafricas marcadas pelos diversos tipos de pronome. O grau de complexidade das habilidades asso-ciadas a essa competncia est diretamente associado a dois fatores: a presena dos elementos lingusticos que

    estabelecem a relao e o posicionamento desses elementos dentro do texto, por exemplo, se um pronome est

    mais prximo ou mais distante do termo a que ele se refere.

    CINZA 0 A 150 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 150 A 200 PONTOSOs estudantes que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 150 a 200, comeam a desenvolver

    a habilidade de perceber relaes de causa e consequncia em texto no verbal e em texto com lin-guagem mista, alm de perceberem aquelas relaes expressas por meio de advrbios ou locues

    adverbiais como, por exemplo, de tempo, lugar e modo.

    Estabelece relaes lgico-discursivas.

    Identifica elementos de um texto narrativo.

    Estabelece relaes entre textos.

    Distingue posicionamentos.

    Identifica marcas lingusticas.

    competncias descritas para este domnio

    PROCESSAMENTO DO TEXTO

    Neste domnio esto agrupadas competncias cujo desenvolvimento

    tem incio nas sries iniciais do Ensino Fundamental, progredindo em

    grau de complexidade at o final do Ensino Mdio. Para melhor com-preendermos o desenvolvimento destas competncias, precisamos

    lembrar que a avaliao tem como foco a leitura, no se fixando em ne-nhum contedo especfico. Na verdade, diversos contedos trabalha-dos no decorrer de todo o perodo de escolarizao contribuem para o

    desenvolvimento das competncias e habilidades associadas a este do-mnio. Chamamos de processamento do texto as estratgias utilizadas

    na sua constituio e sua utilizao na e para a construo do sentido

    do texto. Neste domnio, encontramos cinco competncias, as quais

    sero detalhadas a seguir, considerando que as cores apresentadas na

    Escala indicam o incio do desenvolvimento da habilidade, as gradaes

    de dificuldade e sua consequente consolidao.

    31 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • AMARELO-ESCURO 200 A 250 PONTOSNo intervalo de 200 a 250, indicado pelo amarelo-escuro, os estudantes j conseguem realizar tarefas

    mais complexas como estabelecer relaes anafricas por meio do uso de pronomes pessoais retos,

    e por meio de substituies lexicais. Acrescente-se que j comeam a estabelecer relaes semnticas

    pelo uso de conjunes, como as comparativas.

    LARANJA-CLARO 250 A 300 PONTOSNo laranja-claro, intervalo de 250 a 300 pontos na Escala, os estudantes atingem um nvel maior de

    abstrao na construo dos elos que do continuidade ao texto, pois reconhecem relaes de cau-sa e consequncia sem que haja marcas textuais explcitas indicando essa relao semntica. Esses

    estudantes tambm reconhecem, na estrutura textual, os termos retomados por pronomes pessoais

    oblquos, por pronomes demonstrativos e possessivos.

    VERMELHO ACIMA DE 300 PONTOSOs estudantes com proficincia acima de 300 pontos na Escala estabelecem relaes lgico-semnti-cas mais complexas, pelo uso de conectivos menos comuns ou mesmo pela ausncia de conectores. A

    cor vermelha indica o desenvolvimento das habilidades associadas a essa competncia. importante

    ressaltar que o trabalho com elementos de coeso e coerncia do texto deve ser algo que promova a

    compreenso de que os elementos lingusticos que constroem uma estrutura sinttica estabelecem

    entre si uma rede de sentido, a qual deve ser construda pelo leitor.

    IDENTIFICA ELEMENTOS DE UM TEXTO NARRATIVO0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Os textos com sequncias narrativas so os primeiros com os quais todos ns entramos em contato tanto

    na oralidade quanto na escrita. Da, observarmos o desenvolvimento das habilidades associadas a essa

    competncia em nveis mais baixos da Escala de Proficincia, ao contrrio do que foi visto na competncia

    anterior. Identificar os elementos estruturadores de uma narrativa significa conseguir dizer onde, quando

    e com quem os fatos ocorrem, bem como sob que ponto de vista a histria narrada. Essa competncia

    envolve, ainda, a habilidade de reconhecer o fato que deu origem histria (conflito ou fato gerador), o cl-max e o desfecho da narrativa. Esses elementos dizem respeito tanto s narrativas literrias (contos, fbulas,

    crnicas, romances...) como s narrativas de carter no literrio, uma notcia, por exemplo.

    CINZA 0 A 150 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 150 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 150 A 175 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra entre 150 e 175 pontos na Escala nvel marcado pelo

    amarelo-claro, esto comeando a desenvolver essa competncia. Esses estudantes identificam o fato

    gerador de uma narrativa curta e simples, bem como reconhecem o espao em que transcorrem os

    fatos narrados.

    32 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • AMARELO-ESCURO 175 A 200 PONTOSEntre 175 e 200 pontos na Escala, h um segundo nvel de complexidade, marcado pelo amarelo-es-curo. Nesse nvel, os estudantes reconhecem, por exemplo, a ordem em que os fatos so narrados.

    VERMELHO ACIMA DE 200 PONTOSA partir de 200 pontos, os estudantes agregam a essa competncia mais duas habilidades: o reconhe-cimento da soluo de conflitos e do tempo em que os fatos ocorrem. Nessa ltima habilidade, isso

    pode ocorrer sem que haja marcas explcitas, ou seja, pode ser necessrio fazer uma inferncia. A

    faixa vermelha indica o desenvolvimento das habilidades envolvidas nesta competncia.

    ESTABELECE RELAES ENTRE TEXTOS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Esta competncia diz respeito ao estabelecimento de relaes intertextuais, as quais podem ocorrer dentro

    de um texto ou entre textos diferentes. importante lembrar, tambm, que a intertextualidade um fator

    importante para o estabelecimento dos tipos e dos gneros, na medida em que os relaciona e os distingue.

    As habilidades envolvidas nessa competncia comeam a ser desenvolvidas em nveis mais altos da Escala

    de Proficincia, revelando, portanto, tratar-se de habilidades mais complexas, que exigem do leitor uma

    maior experincia de leitura.

    CINZA 0 A 225 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 225 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 225 A 275 PONTOSOs estudantes que se encontram entre 225 e 275 pontos na Escala, marcado pelo amarelo-claro,

    comeam a desenvolver as habilidades desta competncia. Esses estudantes reconhecem diferenas

    e semelhanas no tratamento dado ao mesmo tema em textos distintos, alm de identificar um tema

    comum na comparao entre diferentes textos informativos.

    AMARELO-ESCURO 275 A 325 PONTOSO amarelo-escuro, 275 a 325 pontos, indica que os estudantes com uma proficincia que se encontra

    neste intervalo j conseguem realizar tarefas mais complexas ao comparar textos, como, por exemplo,

    reconhecer, na comparao entre textos, posies contrrias acerca de um determinado assunto.

    VERMELHO ACIMA DE 325 PONTOSA partir de 325 pontos, temos o vermelho que indica o desenvolvimento das habilidades relacionadas

    a esta competncia. Os estudantes que ultrapassam esse nvel na Escala de Proficincia so conside-rados leitores proficientes.

    33 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • IDENTIFICA MARCAS LINGUSTICAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Esta competncia relaciona-se ao reconhecimento de que a lngua no imutvel e faz parte do patrimnio

    social e cultural de uma sociedade. Assim, identificar marcas lingusticas significa reconhecer as variaes

    que uma lngua apresenta, de acordo com as condies sociais, culturais, regionais e histricas em que uti-lizada. Esta competncia envolve as habilidades de reconhecer, por exemplo, marcas de coloquialidade ou

    formalidade de uma forma lingustica e identificar o locutor ou interlocutor por meio de marcas lingusticas.

    CINZA 0 A 125 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 125 A 175 PONTOSOs estudantes que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 125 a 175 pontos na Escala, comeam

    a desenvolver esta competncia ao reconhecer expresses prprias da oralidade.

    AMARELO-ESCURO 175 A 225 PONTOSNo intervalo de 175 a 225, amarelo-escuro, os estudantes j conseguem identificar marcas lingusticas

    que diferenciam o estilo de linguagem em textos de gneros distintos.

    LARANJA-CLARO 225 A 275 PONTOSNo intervalo de 225 a 275, laranja-claro, os estudantes apresentam a habilidade de reconhecer mar-cas de formalidade ou de regionalismos e aquelas que evidenciam o locutor de um texto expositivo.

    LARANJA-ESCURO 275 A 325 PONTOSOs estudantes que apresentam uma proficincia de 275 a 325 pontos, laranja-escuro, identificam

    marcas de coloquialidade que evidenciam o locutor e o interlocutor, as quais so indicadas por ex-presses idiomticas.

    VERMELHO ACIMA DE 325 PONTOSA faixa vermelha, a partir do nvel 325 da Escala de Proficincia, indica o desenvolvimento das habilida-des associadas a essa competncia. O desenvolvimento dessas habilidades muito importante, pois

    implica a capacidade de realizar uma reflexo metalingustica.

    DISTINGUE POSICIONAMENTOS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Distinguir posicionamentos est diretamente associado a uma relao mais dinmica entre o leitor e o texto.

    CINZA 0 A 200 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 200 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 200 A 225 PONTOSEsta competncia comea a se desenvolver entre 200 e 225 pontos na Escala de Proficincia. Os

    estudantes que se encontram no nvel indicado pelo amarelo-claro distinguem, por exemplo, fato de

    opinio em um texto narrativo.

    AMARELO-ESCURO 225 A 275 PONTOSNo amarelo-escuro, de 225 a 275 pontos, encontram-se os estudantes que j se relacionam com o

    texto de modo mais avanado. Neste nvel de proficincia, encontram-se as habilidades de identificar

    trechos de textos em que est expressa uma opinio e a tese de um texto.

    LARANJA-CLARO 275 A 325 PONTOSO laranja-claro, 275 a 325 pontos, indica uma nova gradao de complexidade das habilidades asso-ciadas a esta competncia. Os estudantes cujo desempenho se localiza neste intervalo da Escala de

    Proficincia conseguem reconhecer, na comparao entre textos, posies contrrias acerca de um

    determinado assunto.

    VERMELHO ACIMA DE 325 PONTOSO vermelho, acima do nvel 325, indica o desenvolvimento das habilidades envolvidas nesta compe-tncia.

    34 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • IDENTIFICA MARCAS LINGUSTICAS0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    Esta competncia relaciona-se ao reconhecimento de que a lngua no imutvel e faz parte do patrimnio

    social e cultural de uma sociedade. Assim, identificar marcas lingusticas significa reconhecer as variaes

    que uma lngua apresenta, de acordo com as condies sociais, culturais, regionais e histricas em que uti-lizada. Esta competncia envolve as habilidades de reconhecer, por exemplo, marcas de coloquialidade ou

    formalidade de uma forma lingustica e identificar o locutor ou interlocutor por meio de marcas lingusticas.

    CINZA 0 A 125 PONTOSOs estudantes cuja proficincia se encontra na faixa cinza, de 0 a 125 pontos, ainda no desenvolve-ram as habilidades relacionadas a esta competncia.

    AMARELO-CLARO 125 A 175 PONTOSOs estudantes que se encontram no intervalo amarelo-claro, de 125 a 175 pontos na Escala, comeam

    a desenvolver esta competncia ao reconhecer expresses prprias da oralidade.

    AMARELO-ESCURO 175 A 225 PONTOSNo intervalo de 175 a 225, amarelo-escuro, os estudantes j conseguem identificar marcas lingusticas

    que diferenciam o estilo de linguagem em textos de gneros distintos.

    LARANJA-CLARO 225 A 275 PONTOSNo intervalo de 225 a 275, laranja-claro, os estudantes apresentam a habilidade de reconhecer mar-cas de formalidade ou de regionalismos e aquelas que evidenciam o locutor de um texto expositivo.

    LARANJA-ESCURO 275 A 325 PONTOSOs estudantes que apresentam uma proficincia de 275 a 325 pontos, laranja-escuro, identificam

    marcas de coloquialidade que evidenciam o locutor e o interlocutor, as quais so indicadas por ex-presses idiomticas.

    VERMELHO ACIMA DE 325 PONTOSA faixa vermelha, a partir do nvel 325 da Escala de Proficincia, indica o desenvolvimento das habilida-des associadas a essa competncia. O desenvolvimento dessas habilidades muito importante, pois

    implica a capacidade de realizar uma reflexo metalingustica.

    35 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • Os Padres de Desempenho so categorias definidas a partir de

    cortes numricos que agrupam os nveis da Escala de Proficincia,

    com base nas metas educacionais estabelecidas pelo AVALIANDO

    IDEPB. Esses cortes do origem a quatro Padres de Desempenho,

    os quais apresentam o perfil de desempenho dos estudantes:

    Abaixo do Bsico

    Bsico

    Adequado

    Avanado

    Desta forma, estudantes que se encontram em um Padro de De-sempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade pre-cisam ser foco de aes pedaggicas mais especializadas, de modo

    a garantir o desenvolvimento das habilidades necessrias ao suces-so escolar, evitando, assim, a repetncia e a evaso.

    Por outro lado, estar no Padro mais elevado indica o caminho para

    o xito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes. Contudo,

    preciso salientar que mesmo os estudantes posicionados no Padro

    mais elevado precisam de ateno, pois necessrio estimul-los

    para que progridam cada vez mais.

    Alm disso, as competncias e ha-

    bilidades agrupadas nos Padres

    no esgotam tudo aquilo que os

    estudantes desenvolveram e so

    capazes de fazer, uma vez que as

    habilidades avaliadas so aquelas

    consideradas essenciais em cada

    etapa de escolarizao e possveis

    de serem avaliadas em um teste

    de mltipla escolha. Cabe aos do-

    centes, atravs de instrumentos de

    observao e registros utilizados em

    sua prtica cotidiana, identificarem

    outras caractersticas apresentadas

    por seus estudantes e que no so

    contempladas nos Padres. Isso por-

    que, a despeito dos traos comuns

    a estudantes que se encontram em

    um mesmo intervalo de proficincia,

    existem diferenas individuais que

    precisam ser consideradas para a

    reorientao da prtica pedaggica.

    So apresentados, a seguir, exemplos de itens caractersticos de cada Padro.

    Abaixo do Bsico Bsico Adequado Avanado

    Padres de Desempenho Estudantil

    36 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • Neste Padro de Desempenho, os estudantes realizam operaes elementares de leitura, interagindo ape-nas com textos do cotidiano, de estrutura simples e de temticas que lhes so familiares. Localizam informa-es explcitas, alm de realizarem inferncias de informaes, de efeito de sentido de palavra ou expresso,

    de efeito do emprego de pontuao e de efeitos de humor. Identificam, tambm, a finalidade desses textos.

    Quanto aos textos de estrutura narrativa, identificam personagem, cenrio e tempo.

    Na apropriao de elementos que estruturam o texto, manifestam-se operaes de retomada de informa-es por meio de pronomes pessoais retos e por substituio lexical. Alm disso, reconhecem as relaes l-gico-discursivas marcadas por advrbios e locues adverbiais e por marcadores de causa e consequncia.

    No campo da variao lingustica, reconhecem expresses representativas da linguagem coloquial.

    Considerando as habilidades descritas, constata-se que esses estudantes apresentam lacunas no processo

    de desenvolvimento da competncia leitora.

    at 200 pontos

    Abaixo do Bsico

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    37 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • Leia o texto abaixo.

    Disponvel em: . Acesso em: 16 jun. 2011. (P090397C2_SUP)

    (P090397C2) Infere-se desse texto que Calvin A) um garoto muito preocupado. B) um filho muito amoroso.C) sabe que a me vai melhorar.D) sente falta do que a me faz.

    Esse item avalia a habilidade de interpretar texto que

    conjuga linguagem verbal e no verbal em uma tirinha,

    um gnero textual comum ao ambiente escolar e que,

    geralmente, desperta o interesse dos estudantes.

    A resoluo desse item pressupe que o estudante

    seja capaz de construir um sentido para o texto a

    partir da relao entre as pistas verbais e no verbais

    fornecidas na tirinha.

    O comando desse item requer que o estudante ex-

    traia, a partir da leitura global do texto, uma inter-

    pretao que no se encontra na superfcie textual.

    Para isso, deve entender que, no terceiro quadrinho,

    o menino apresenta uma justificativa para ter escrito

    um carto para a me. Na sequncia, no ltimo qua-

    drinho, a fala do tigre refora a justificava do menino

    e revela uma atitude interesseira de ambos os perso-

    nagens com relao melhora da me. Dessa forma,

    os estudantes que conseguiram construir essa inter-

    pretao acertaram o item, marcando a alternativa D.

    Por outro lado, os estudantes que assinalaram as

    demais alternativas estabeleceram leituras inferen-

    ciais inadequadas ou incompletas. Aqueles que op-

    taram pelo distrator A, possivelmente, atentaram-se

    somente para os dois primeiros quadrinhos e enten-

    deram que a atitude de escrever um carto para a

    me que est doente revela preocupao por parte

    do filho. Raciocnio semelhante pode ter sido usado

    por aqueles que escolheram o distrator B, entenden-

    do que a atitude do filho demonstra seu carinho, seu

    cuidado com a me.

    Por fim, a escolha do distrator C tambm revela que

    os estudantes ficaram presos somente aos dois pri-

    meiros quadrinhos do texto, em especial fala do

    menino no segundo: Fique boa logo. Tal expresso,

    reforada pelo advrbio de tempo logo, poderia in-

    dicar a certeza do menino de que a me melhorar

    em breve.

    38 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • Neste Padro de Desempenho, encontram-se habilidades mais elaboradas do que aquelas caractersticas

    do Padro anterior, exigindo dos estudantes uma autonomia de leitura em face das atividades cognitivas

    que lhes so exigidas e, tambm, dos textos com os quais iro interagir. Assim, eles j interagem com textos

    expositivos e argumentativos com temticas conhecidas e so capazes de identificar informaes parafra-seadas e distinguir a informao principal das secundrias.

    Os estudantes reconhecem relaes estabelecidas no texto, expressas por advrbios e por conjunes, in-clusive as de causa e de consequncia. Tambm recuperam informaes em textos por meio de referncia

    pronominal (alm dos pronomes pessoais e dos indefinidos, acrescentem-se os pronomes demonstrativos

    e os possessivos). Recuperam, ainda, informaes referenciais baseadas na omisso de um item, elipse de

    uma palavra, um sintagma ou uma frase.

    Quanto variao lingustica, os estudantes identificam expresses prprias de linguagem tcnica e cientfica.

    No que se refere intertextualidade, fazem a leitura comparativa de textos que tratam do mesmo tema,

    revelando um avano no tratamento das informaes presentes no texto.

    O processo inferencial, durante a leitura, feito atravs do reconhecimento do tema do texto; do sentido de

    expresses complexas; do efeito de sentido decorrente do uso de notaes em textos que conjugam duas

    ou mais linguagens; do efeito de sentido decorrente do uso de recursos morfossintticos. Observa-se, assim,

    uma ampliao das aes inferenciais realizadas pelos estudantes que apresentam um desempenho que os

    posiciona neste Padro.

    Com relao leitura global de textos, os estudantes conseguem identificar a tese e os argumentos que a

    sustentam; reconhecem a funo social de textos fabulares e de outros com temtica cientfica.

    Percebe-se, pois, que os estudantes que se localizam neste Padro de Desempenho j desenvolveram habi-lidades essenciais a uma leitura que aponta direcionamentos para a fluncia leitora.

    Assim, a rede que se forma no processo de leitura (autor-texto-leitor) comea a se tornar mais dinmica, isto

    , o leitor comea a considerar de forma mais efetiva, na e para a produo de sentido, as pistas do texto e

    os conhecimentos que possui.

    Bsico

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    de 200 a 250 pontos

    39 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • Leia os textos abaixo.

    Texto 1Combate ao estresse

    possvel combater o estresse gerado pelo ritmo acelerado do dia a dia de uma forma muito gostosa... comendo! Alguns alimentos tm poder de melhorar o desempenho do organismo. A nutricionista funcional Tatiana Rocha d dicas.

    A laranja, rica em vitamina C e complexo B, um timo relaxante muscular e ajuda a dar mais pique. Os pescados diminuem o cansao e a ansiedade, graas presena de zinco e selnio. Uma banana por dia tambm uma tima opo, j que ela responsvel pela sensao de bem-estar, explica.

    A Tribuna, 19 jun. 2011

    Texto 2

    5

    10

    Vida: estresse infantil

    As crianas e os adolescentes sofrem os efeitos do estresse da mesma forma que os adultos. Uma criana que esteja passando por uma situao estressante pode apresentar sintomas de depresso, hiperatividade, ansiedade, alteraes no humor [...].

    Ao comparar o estresse adulto ao estresse infantil, a maior diferena est no tipo de situao capaz de desencadear esta resposta: o fato do gs ter acabado ou voc estar com o salrio atrasado no representam fontes de estresse para uma criana. [...]

    Por outro lado, uma simples prova, a mudana de um coleguinha ou at mesmo a preparao para o prprio aniversrio podem afetar profundamente o humor do pequenino.

    A frmula para lidar com o estresse infantil bastante simples: basta combinar afeto com bom-senso e perseverana, contando sempre com a ajuda do tempero mais precioso da educao, o tempo. [...]

    A Tribuna, 19 jun. 2011.

    (P090599C2_SUP)

    (P090601C2) Esses dois textos do dicas de comoA) combater os efeitos do estresse.B) comparar as formas de estresse.C) diferenciar as causas do estresse.D) identificar os sintomas de estresse.

    Esse item avalia a habilidade de reconhecer formas de tratar uma informao na comparao de textos que abordam o mesmo tema. Para acertar o item, o estudante deve compreender a temtica apresenta-da em cada um dos textos, para ento compar-los, identificando suas semelhanas e/ou diferenas. Os textos utilizados como suporte, no entanto, podem facilitar a resoluo do item, por serem de curta ex-tenso e apresentarem linguagem simples.

    O item j sinaliza ao estudante a temtica aborda-da nos dois textos: o estresse. Diante dessa infor-mao, espera-se que o respondente seja capaz de reconhecer qual aspecto referente a esse problema est presente em ambos os suportes.

    O primeiro texto focaliza a alimentao como forma de combate ao estresse, enquanto o segundo, mais voltado ao estresse infantil, apresenta dicas de ati-tudes a serem tomadas para evitar esse mal. Sen-do assim, aqueles que escolheram a alternativa A mostraram-se capazes de reconhecer que o ponto de aproximao entre o Texto 1 e o Texto 2 so as formas de combate ao estresse.

    Aqueles que assinalaram as demais alternativas prenderam-se a informaes que foram apresenta-das em apenas um dos textos. A escolha do distra-tor B sugere que os estudantes focaram apenas no segundo texto, que compara o estresse em adultos e crianas. De igual modo, a opo pela alternativa C tambm apresenta uma informao constante so-mente no Texto 2, as causas do estresse em crianas e adultos. Por fim, a alternativa D mostra um dado ausente no primeiro texto.

    40 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • As habilidades caractersticas deste Padro de Desempenho revelam um avano no desenvolvimento da com-petncia leitora, pois os estudantes demonstram realizar inferncia de sentido de palavras/expresses em

    textos literrios em prosa e verso, interpretar textos de linguagem mista, reconhecer o efeito de sentido do

    uso de recursos estilsticos e de ironia e identificar o valor semntico de expresses adverbiais pouco usuais.

    No campo da variao lingustica, reconhecem expresses de linguagem informal e marcas de regionalismo.

    Alm de reconhecerem a gria como trao de informalidade.

    Quanto ao tratamento das informaes globais do texto, distinguem a informao principal das secundrias

    e identificam gneros textuais diversos.

    No que concerne estrutura textual, reconhecem relaes lgico-discursivas expressas por advrbios, locu-es adverbiais e conjunes. Na realizao de atividades de retomada por meio do uso de pronomes, esses

    estudantes conseguem recuperar informaes por meio do uso de pronomes relativos.

    Eles demonstram, ainda, a capacidade de localizar informaes em textos expositivos e argumentativos,

    alm de identificar a tese de um artigo de opinio e reconhecer a adequao vocabular como estratgia

    argumentativa.

    Neste Padro, os estudantes demonstram, portanto, uma maior familiaridade com textos de diferentes g-neros e tipologias.

    Adequado

    0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

    de 250 a 300 pontos

    41 Lngua Portuguesa - 9 ano do Ensino Fundamental|AVALIANDO IDEPB 2014

  • Leia o texto abaixo.

    5

    10

    Regime, ginstica e camaA falta de sono adequado , de nitivamente, um fator de risco isolado para o ganho de peso

    A matemtica da perda de peso simples. O consumo de calorias deve ser inferior ao total de energia gasta pelo organismo. Nos ltimos cinco anos, porm, uma srie de estudos vem demonstrando que um terceiro fator deve ser includo na equao do emagrecimento o sono. Como a m alimentao e o sedentarismo, uma sucesso de noites mal dormidas pode condenar ao fracasso qualquer luta contra a balana.

    A pesquisa mais recente e uma das mais intrigantes sobre o assunto foi publicada na revista cient ca americana Annals of Internal Medicine. Conduzida por mdicos da Universidade de Chicago, ela demonstrou que, em perodos de pouco sono, a queima de gordura corporal 55% menor e a perda de massa magra, 60% maior.

    Perder massa magra signi ca perder msculos, e isso ruim porque leva desacelerao do metabolismo e faz com que a pessoa ganhe peso com mais facilidade, diz o endocrinologista Walmir Coutinho, presidente eleito da Associao Internacional para o Estudo da Obesidade. Em outras palavras: dormir pouco favorece o efeito sanfona, a grande questo de quem tenta se livrar dos quilos em excesso.

    MAGALHES, Naiara. Veja. 20 out. 2010. p. 160. Fragmento. (P090591ES_SUP)

    (P091175ES) No trecho ... um terceiro fator deve ser includo na equao do emagrecimento o sono. ( . 3-4), o travesso foi empregado paraA) anunciar fala de personagem.B) comentar um fato exposto.C) esclarecer uma a rmao feita.D) ironizar uma explicao dada.

    Esse item avalia a habilidade de reconhecer o efeito

    de sentido decorrente de pontuao e outras nota-es. A complexidade desse item reside no fato de

    se explorar o emprego do travesso, que foge ao seu

    uso mais prototpico e conhecido pelos estudantes,

    que introduzir uma fala. Nesse sentido, aqueles

    que escolheram a alternativa A associaram esse sinal

    de pontuao a esse uso mais familiar.

    A opo B demonstra um uso possvel do travesso,

    mas no adequado ao contexto apresentado. Esses

    estudantes entenderam que o travesso foi usado

    para comentar os estudos apresentados sobre a

    perda de peso.

    No entanto, nota-se que, na verdade, esse sinal de

    pontuao foi usado para especificar o terceiro fator

    responsvel pelo emagrecimento: o sono. Esse em-prego est previsto na alternativa C, assinalada por

    aqueles estudantes que compreenderam o propsi-to do uso do travesso no trecho.

    Aqueles que escolheram a alternativa D podem ter

    inferido que a incluso do sono como um fator im-portante para a perda de peso revela um coment-rio irnico. Esses estudantes podem ter se guiado

    pela ideia de que o sono uma atividade associada

    a repouso, inrcia, em que no h gasto de energia e

    que, portanto, no poderia ser, a princpio, associada

    ao emagrecimento. Entretanto, essa interpretao,

    pautada em aspectos extratextuais, no permitida

    pelo texto.

    42 AVALIANDO IDEPB 2014|Revista Pedaggica

  • A anlise das habilidades encontradas neste Padro permite afirmar que os estudantes que nele se encon-tram so capazes de interagir com textos de tema e vocabulrio complexos e no familiares.

    Os estudantes reconhecem os efeitos de sentido do uso de recursos morfossintticos diversos, de notaes,

    de repeties, de escolha lexical, em gneros de vrias naturezas e temticas, ou seja, demonstram maior

    conhecimento lingustico associado aos aspectos discursivos dos textos.

    Eles, ainda, realizam operaes de retomadas com alta complexidade (usando pronomes demonstrativos e

    indefinidos, retos, incluindo tambm elipses).

    So capazes de analisar, com maior profundidade, uma maior gama de textos argumentativos, narrativos,

    expositivos, instrucionais