AVALIAÇÕES FUNCIONAL E ESTRUTURAL DE TRECHOS DE RODOVIAS NO DISTRITO FEDERAL CONSTRUÍDOS COM...

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    UNIVERSIDADE DE BRASLIA

    FACULDADE DE TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

    AVALIAES FUNCIONAL E ESTRUTURAL DE TRECHOS DE

    RODOVIAS NO DISTRITO FEDERAL CONSTRUDOS COM

    DIFERENTES MATERIAIS

    FRANCISCO HLIO CAITANO PESSOA

    ORIENTADOR: JOS CAMAPUM DE CARVALHO, PhD

    TESE DE DOUTORADO EM GEOTECNIA

    PUBLICAO:G.TD78/2012

    BRASLIA / DF: 31 JULHO/2012

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    Tese de Doutorado (G.TD078/2012) ii

    UNIVERSIDADE DE BRASLIA

    FACULDADE DE TECNOLOGIA

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

    AVALIAES FUNCIONAL E ESTRUTURAL DE TRECHOS DE

    RODOVIAS NO DISTRITO FEDERAL CONSTRUDOS COM

    DIFERENTES MATERIAIS

    FRANCISCO HLIO CAITANO PESSOA

    TESE DE DOUTORADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIACIVIL E AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE DE BRASLIA COMO PARTE DOSREQUISITOS NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE DOUTOR.

    APROVADA POR:

    ____________________________________________________________JOS CAMAPUM DE CARVALHO, PhD (UnB))(ORIENTADOR)

    _________________________________________________________GREGRIO LUS SILVA ARAUJO, DSc (UnB)(EXAMINADOR INTERNO)

    ____________________________________________________________LUIS FERNANDO MARTINS RIBEIRO, DSc (UnB)(EXAMINADOR INTERNO)

    ____________________________________________________________LLIAN RIBEIRO DE REZENDE, DSc (UFG)(EXAMINADOR EXTERNO)

    _____________________________________________________________JOEL CARLOS MOIZINHO, DSc (UFRR)(EXAMINADOR EXTERNO)

    DATA: BRASLIA/DF, 31 DE JULHO DE 2012.

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    FICHA CATALOGRFICA

    PESSOA, FRANCISCO HELIO CAITANO

    Avaliaes Funcional e Estrutural de Trechos de Rodovias no Distrito Federal Construdos com

    Diferentes Materiais.

    xxiii, 210 p., 210 mm x 297 mm (ENC/FT/UnB, Doutor, Geotecnia, 2012)

    Tese de Doutorado - Universidade de Braslia.Faculdade de Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil e Ambiental

    1. Pavimentao 2. Avaliao Funcional

    3. Avaliao Estrutural 4. Ensaios

    I. ENC/FT/UnB II. Ttulo (srie)

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA

    PESSOA, F.H.C.(2012). Avaliaes Funcional e Estrutural de Trechos de Rodovias no

    Distrito Federal Construdos com Diferentes Materiais. Tese de Doutorado, Publicao

    G.DM-078/2012, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Braslia, Braslia, DF,

    210 p.

    CESSO DE DIREITOS

    NOME DO AUTOR: Francisco Hlio Caitano Pessoa

    TTULO DA TESE DE DOUTORADO: Avaliaes Funcional e Estrutural de Trechos de

    Rodovias no Distrito Federal Construdos com Diferentes Materiais.

    GRAU / ANO: Doutor / 2012

    concedida Universidade de Braslia a permisso para reproduzir cpias desta tese dedoutorado e para emprestar ou vender tais cpias somente para propsitos acadmicos e

    cientficos. O autor reserva outros direitos de publicao e nenhuma parte desta tese de doutorado

    pode ser reproduzida sem a autorizao por escrito do autor.

    ________________________________________________

    Francisco Hlio Caitano Pessoa

    SHCES Quadra 909, Bloco E, Apartamento 201, Cruzeiro Novo.CEP 70655-095 - Braslia/DFBrasil.

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    DEDICATRIA

    A minha famlia (esposa, pais e irmos), por entender que os

    momentos ausentes do convvio dedicados a esta pesquisa foram

    necessrios. Especialmente, a minha filha Beatriz, imaginando um

    futuro melhor para ela.

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    AGRADECIMENTOS

    A Deus, pelo o dom da vida, pela misericrdia para comigo e pelo privilgio de ter chegado a

    este momento (defesa da tese).

    Ao professor Jos Camapum de Carvalho, pela orientao, pelos ensinamentos, pela ateno

    dispensada, pela amizade e pelos conselhos.

    A minha esposa Elisa, pelo companheirismo, pacincia e incentivo.

    Aos meus pais, irmos, sobrinhos e sogros, pelo bom convvio familiar.

    Ao Programa de Ps-graduao em Geotecnia, pelos conhecimentos transmitidos. Em

    especial ao professor Lus Fernando, pela ateno e sensibilidade ao meu problema, naquele

    momento decisrio de minha vida, quando do ingresso neste Programa de ps-graduao.

    Ao prof. Andr, pela liderana que representa no Programa de Ps-graduao em Geotecnia e

    reviso da parte de estatstica.

    A secretria Aparecida (Cida), pela boa vontade em ajudar sempre que precisei de

    informaes.

    Ao IFRR e UnB, pela possibilidade de realizao deste trabalho.

    Ao DER-DF e a todos os funcionrios do laboratrio, pelo apoio na realizao dos ensaios de

    campo, sendo representados pelo tcnico Hamilton, que sempre atendeu com muita boa

    vontade e coragem.

    professora Llian Rezende, da UFG, pela boa vontade e disponibilidade de me enviar os

    resultados dos seus ensaios sempre que solicitei e pelas sugestes dadas neste trabalho.

    professora Edi, do laboratrio de Geoqumica da UnB, pelas as anlises mineralgicas

    realizadas e pelas as respostas de algumas dvidas.

    Ao senhor Artur, do Laboratrio de Engenharia Mecnica da UnB, pela presteza na confeco

    e nas adaptaes dos equipamentos utilizados na pesquisa.

    Aos meus grandes amigos Bernardo, Petrnio e Gislaine, pela boa convivncia e pelas as

    ajudas sempre que precisei. Vocs sero inesquecveis.

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    Aos colegas de doutorado Lus Abel, Josy, Lorena, Marcus Vinicius e Elmagno, pelos

    momentos juntos e pela a boa convivncia ao longo destes anos.

    Aos laboratoristas Tiago e Ricardo, pelo esforo na realizao de diversos ensaios.

    A minha filha Beatriz, pela inspirao e o motivo de enfrentar essa ps-graduao, com o

    objetivo de lhe proporcionar um futuro menos difcil.

    Ao colega Lus Anselmo e ao prof. Welitom da Geofsica.

    Ao amigo Martin, pelo apoio na minha chegada em Braslia e a amizade.

    professora Cristiane, pela reviso desta tese.

    Por fim, agradeo a todos aqueles que, por acaso, deixei de citar mais que, de alguma forma,

    contriburam com esta pesquisa.

    Meu muito obrigado!

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    RESUMO

    Os pavimentos rodovirios sofrem degradao com a passagem dos veculos e pela ao dosfatores climticos. Nesta pesquisa, fez-se avaliaes funcional e estrutural de dois trechos derodovias pertencentes malha viria do Distrito Federal. O Trecho 1 executado h cerca de 14anos, tem 440 m de extenso, subdividido em 7 (sete) subtrechos construdos com a camadade base de diferentes materiais e o subleito com uma parte em corte e outra, em aterro, orevestimento com tratamento superficial duplo com capa selante e com espessura de projetode 3cm. Neste trecho h acostamento e drenagem superficial parcial, ambos com deficincia.J o Trecho 2, executado h cerca de 12 anos, tem 260 m de extenso, subdividido em 3 (trs)subtrechos construdo com as camadas de sub-base e de base de diferentes materiais, osubleito de toda a extenso do trecho em aterro e o revestimento em concreto asfltico (CA)

    e com espessura de projeto de 5 cm. Neste trecho h acostamento e drenagem superficial bemconservados e em boas condies. Realizou-se em laboratrio, ensaios de caracterizaofsica, qumica e mineralgica. No campo, executaram-se os ensaios de identificao dosdefeitos superficiais, de medio dos afundamentos das trilhas de rodas, de determinao daresistncia com o PANDA, de umidade e dos perfis longitudinais e transversais com GPR, dasdeflexes com a viga Benkelman. Ainda, a anlise estatstica descritiva e inferencial (anlisede varincia, os testes de comparao mltiplas de mdias e correlaes) dos dados delaboratrio e campo obtidos por Rezende (1999, 2003) e nesta pesquisa. As concluses desta

    pesquisa mostram que importante conhecer as caractersticas fsicas, qumica e mineralgicados solos tropicais finos, tanto na fase de projeto, quanto na de execuo e fazer um estudocuidadoso da caracterizao e do comportamento mecnico dos solos tropicais compactados.

    Tambm, entender o efeito dos parmetros metereolgicos atuantes na estrutura de pavimentoe avaliar a condio superficial e o desempenho do pavimento associados a estudos detrfego, de clima, s prprias condies estruturais da via e a existncia ou no de drenagemsuperficial e de acostamento. E ainda, compreender a necessidade de correlacionar osresultados dos ensaios de GPR e de PANDA com outros ensaios, tais como, de umidades e dedensidade, de medidas de deflexes, pois permitem caracterizar a estrutura de pavimento eainda fornecem informaes valiosas sobre a capacidade estrutural das camadas. Assim como,empregar a anlise estatstica inferencial para inferir hiptese sobre os parmetros delaboratrio e de campo. Bem como, entender que as correlaes entre as medidas de deflexesdeterminadas com a Viga Benkelman e o FWD no podem ser aplicadas de maneira geral,sendo recomendado apenas para os trechos executados com materiais semelhantes. Para os

    trechos analisados na pesquisa, destaca-se que o Trecho 1 apresenta quase todos os tipos dedefeitos superficiais, com variado grau de severidade e todos os seus subtrechos j sofreramcorreo do revestimento, observou-se nesse trecho que as deflexes variaram com o tipo de

    base e com a poca de medio, sendo maiores na estao chuvosa e ainda, os perfislongitudinais e transversais obtidos com o GPR mostram que o revestimento est bastantedeteriorado e a base apresenta espessura irregular, apontando para problemas de execuo. Jno Trecho 2 a superfcie de rolamento e a umidade encontram diferenciadas nos subtrechos,os valores das deflexes determinadas ao longo do perodo estudado variaram pouco emrelao ao ms ou ao ano de anlise e os resultados dos perfis obtidos com o GPR apontam,tambm, para irregularidade na camada de base.

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    ABSTRACT

    The passage of vehicles and the action of weather-related factors gradually degrade highway

    surfaces. This research conducted structural and functional assessments of two stretches of

    highway in the road network of the Federal District. Stretch 1 was built 14 years ago, is 440

    meters long and divided into 7 (seven) sub-stretches each built on a base of different

    materials. In part of the stretch the sub-base is in a cutting and in part it is on an

    embankment. The pavement consists of a double application of a seal coat with a project-

    specified thickness of 3 cm. The entire stretch is provided with a hard shoulder and a partial

    system for surface water drainage, both deficient. Stretch 2 was constructed about 12 years

    ago, is 260 meters long, divided into 3 sub-stretches with their bases and sub-bases made up

    of a variety of materials. The entire sub-base is on an embankment and the pavement material

    is asphaltic concrete 5 cm thick. The stretch is provided with a hard shoulder and a surfacewater drainage system, both in good condition. Laboratory testing determined physical,

    chemical and mineralogical properties of the materials. In the field, testing identified surface

    defects, the depth of ruts caused by traffic, resistance using a Panda penetrometer, humidity,

    longitudinal and transverse GPR profiles, and Benkelman beam deflections. A statistical and

    inferential analysis was made (variance analysis, multiple comparison of means and

    correlations) of the data obtained by Rezende (1999, 2003) and those obtained by this

    research. It was found that in both project and execution stages it is important to gain sound

    knowledge of the physical chemical and mineralogical properties of fine tropical soils and to

    conduct a careful study of their properties and mechanical behavior when compacted; as well

    as to investigate the effects of meteorological factors the pavement is exposed to and to

    evaluate the surface condition and performance of the pavement in the light of traffic studies,weather information and the structural conditions of the highway itself, including the

    existence or non existence of surface water drainage systems and hard shoulders.

    Furthermore, the results obtained from the GPR and Panda tests need to be correlated with

    those of other tests such as humidity, density, and deflection measurements, in order to

    characterize the structure of the pavement and provide precious information on the structural

    capacity of the various courses. The use of inferential statistical analysis enables the

    formulation of hypotheses concerning both field and laboratory parameters. It must be

    understood that the FWD and Benkelman beam deflection measurements are only applicable

    to stretches of roadway constructed with similar materials and cannot be generalized. In the

    stretches analyzed in this research work, stretch 1 presented every kind of surface defect in

    varying degrees of severity and all of the sub-stretches had had their pavements repaired atsome time. Deflections values varied according to the type of material composing the base

    and to the time of year the measurements were made, with measurements being greater in the

    rainy season. The transversal and longitudinal profiles obtained using GPR showed that the

    paving surface is highly deteriorated and the road base shows variations in thickness

    corresponding to problems present in the execution of the original works. In stretch 2, the

    road surface and humidity values vary among the sub-stretches but deflection values

    measured over the period of duration of the study varied vary little with the month or year of

    analysis. The GPR profile results also indicate the existence of irregularities in the base layer.

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    SUMRIO

    Captulo Pgina

    1- INTRODUO .................................................................................................................... 11.1- IMPORTNCIA DO TEMA .............................................................................................. 11.2- OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS.................................................................................... 5

    1.2.1- OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 5

    1.2.2- OBJETIVOS ESPECFICOS ........................................................................................... 5

    1.2.3- JUSTIFICATIVA............................................................................................................. 6

    1.3- ESCOPO DA TESE ............................................................................................................ 6

    2- REVISO BIBLIOGRFICA............................................................................................ 82.1- AVALIAO DE PAVIMENTOS .................................................................................... 82.2- AVALIAO FUNCIONAL ........................................................................................... 10

    2.2.1- DEFEITOS DE SUPERFCIE ....................................................................................... 12

    2.3- AVALIAO ESTRUTURAL ........................................................................................ 16

    2.4- RETROANLISE ............................................................................................................ 20

    2.4.1- MTODOS ITERATIVOS ............................................................................................ 23

    2.5- MATERIAIS UTILIZADOS PARA BASES EM PAVIMENTOS ................................. 25

    2.5.1- BASES DE SOLO-BRITA ............................................................................................ 26

    2.5.2- BASES DE EXPURGO ................................................................................................. 26

    2.5.3- BASES DE SOLO FINO LATERTICO ....................................................................... 26

    2.5.4- BASES DE SOLO-CAL ................................................................................................ 27

    2.5.5- BASES COM O USO DE GEOSSINTTICOS............................................................ 28

    2.6- NOES DE ANLISE DE VARINCIA .................................................................... 28

    2.6.1- ANOVA - FATOR NICO ........................................................................................... 30

    2.6.2- ANOVAFATOR DUPLO .......................................................................................... 33

    2.6.3- TESTES DE COMPARAES MLTIPLAS DE MDIAS ...................................... 36

    2.6.4- TESTE DE TUCKEY .................................................................................................... 36

    2.6.5- TESTE DE SCHEFF ................................................................................................... 37

    2.7- CARACTERIZAO DOS TRECHOS .......................................................................... 39

    2.7.1- CARACTERSTICAS GEOLGICAS ......................................................................... 39

    2.7.2- GRUPO CANASTRA .................................................................................................... 40

    2.7.3- GRUPO PARANO ...................................................................................................... 40

    2.7.4- CARACTERSTICAS GEOMORFOLGICAS .......................................................... 42

    2.7.5- CARACTERSTICAS FSICAS ................................................................................... 43

    2.7.6- CARACTERSTICAS QUMICAS .............................................................................. 44

    2.7.7- CARACTERSTICAS MINERALGICAS ................................................................. 45

    2.8- CONTAGEM DE TRFEGO .......................................................................................... 47

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    2.8.1- NMERO DE VECULOS DO DISTRITO FEDERAL .............................................. 51

    3- MATERIAIS E MTODOS ............................................................................................. 533.1- INTRODUO ................................................................................................................ 533.2- CARACTERIZAO FSICA E TOPOGRFICA DOS TRECHOS ............................ 53

    3.3- CONTAGEM VOLUMTRICA E CLASSIFICATRIA DO TRFEGO .................... 563.4- ENSAIOS DE LABORATRIO ...................................................................................... 56

    3.4.1- ENSAIOS DE CARACTERIZAO FSICA ............................................................. 57

    3.4.2- UMIDADE NATURAL ................................................................................................. 57

    3.4.3- GRANULOMETRIA ..................................................................................................... 58

    3.4.4- LIMITES DE ATTERBERG ......................................................................................... 58

    3.4.5- SUCO ....................................................................................................................... 59

    3.4.6- CARACTERIZAO QUMICA ................................................................................. 60

    3.4.7- CARACTERIZAO MINERALGICA ................................................................... 60

    3.4.8- ENSAIOS EM MODELO REDUZIDO ........................................................................ 60

    3.4.9- ENSAIOS DE RESISTNCIA MECNICA ................................................................ 62

    3.4.10- ENSAIO DE MDULO DE RESILINCIA E RESISTNCIA TRAO PORCOMPRESSO DIAMETRAL ............................................................................................... 63

    3.5- AVALIAO FUNCIONAL OBJETIVA DOS TRECHOS .......................................... 643.6- AVALIAO ESTRUTURAL DOS TRECHOS ............................................................ 64

    3.6.1- PENETRMETRO DINMICO CNICO - PANDA ................................................. 65

    3.6.2- GROUND PENETRATION RADARGPR ............................................................... 67

    3.6.3- VIGA BENKELMAN .................................................................................................... 70

    3.7- ANLISE ESTATSTICA ............................................................................................... 70

    3.8- RETROANLISE DAS BACIAS DE DEFLEXO ....................................................... 71

    4- APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS.............................. 734.1- ENSAIOS DE LABORATRIO ...................................................................................... 73

    4.1.1- RESULTADOS DA CARACTERIZAO FSICA .................................................... 73

    4.1.2- RESULTADOS DA CARACTERIZAO QUMICA ............................................... 75

    4.1.3- RESULTADOS DA CARACTERIZAO MINERALGICA .................................. 81

    4.1.4- RESULTADOS DA CARACTERIZAO DO COMPORTAMENTO MECNICO854.1.5- CURVA CARACTERSTICA ...................................................................................... 85

    4.1.6- MDULO DE RESILINCIA ...................................................................................... 86

    4.2- RESULTADOS DO MODELO REDUZIDO .................................................................. 87

    4.3- DADOS METEREOLGICOS ........................................................................................ 88

    4.4- CONTAGEM VOLUMTRICA E CLASSIFICATRIA DO TRFEGO .................... 91

    4.5- ENSAIOS DE CAMPO NO TRECHO 1 ......................................................................... 96

    4.5.1- PENETRMETRO DINMICO CNICOPANDA ................................................ 96

    4.5.2- GROUND PENETRATING RADARGPR ............................................................... 99

    4.5.3- AVALIAO FUNCIONAL OBJETIVA .................................................................. 112

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    4.5.4- AFUNDAMENTOS DE TRILHAS DE RODAS ....................................................... 117

    4.5.5- ANLISE ESTATSTICA DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS DELABORATRIO DO TRECHO 1 ......................................................................................... 119

    4.5.6- ANLISE ESTATSTICA DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS DE CAMPO DO

    TRECHO 1 ............................................................................................................................. 125

    4.5.7- ENSAIOS DE PROVA DE CARGA SOBRE PLACA............................................... 125

    4.5.8- ENSAIOS DE VIGA BENKELMAN ......................................................................... 129

    4.5.9- INFLUNCIA DA TEMPERATURA NOS VALORES DAS DEFLEXESMEDIDAS COM A VIGA BENKELMAN ........................................................................... 143

    4.5.10- CORRELAES ENTRE OS RESULTADOS DOS ENSAIOS DE VIGABENKELMAN E FALLING WEIGHT DEFLECTOMETER .............................................. 144

    4.5.11- RETROANLISE ..................................................................................................... 150

    4.6- ENSAIOS DE CAMPO TRECHO 2 .............................................................................. 152

    4.6.1- PENETRMETRO DINMICO CNICOPANDA .............................................. 152

    4.6.2- GROUND PENETRATING RADARGPR ............................................................. 155

    4.6.3- AVALIAO FUNCIONAL OBJETIVA .................................................................. 160

    4.6.4- AFUNDAMENTOS DE TRILHAS DE RODAS ....................................................... 163

    4.6.5- ANLISE ESTATSTICA DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS DELABORATRIO DO TRECHO 2 ......................................................................................... 165

    4.6.6- ANLISE ESTATSTICA DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS DE CAMPO DOTRECHO 2 ............................................................................................................................. 169

    4.6.7- ENSAIOS DE PROVA DE CARGA SOBRE PLACA............................................... 169

    4.6.8- ENSAIOS DE VIGA BENKELMAN ......................................................................... 170

    4.6.9- INFLUNCIA DA TEMPERATURA NOS VALORES DAS DEFLEXESMEDIDAS COM A VIGA BENKELMAN ........................................................................... 175

    4.6.10- CORRELAES ENTRE OS RESULTADOS DOS ENSAIOS DE VIGABENKELMAN E FALLING WEIGHT DEFLECTOMETER .............................................. 176

    4.6.11- RETROANLISE ..................................................................................................... 182

    5- CONCLUSES ................................................................................................................ 1865.1- CONCLUSES GERAIS ............................................................................................... 186

    5.2- CONCLUSES ESPECFICAS ..................................................................................... 1885.2.1- TRECHO 1 ................................................................................................................... 188

    5.2.2- TRECHO 2 ................................................................................................................... 189

    5.3- SUGESTES PARA PESQUISAS FUTURAS ............................................................. 190

    6- REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................... 192

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela Pgina

    Tabela 2.1Categorias de defeitos gerais em pavimentos (DNIT, 1998). ............................. 12Tabela 2.2Resumo das causa e tipos de deformao permanentes (DNIT, 1998). .............. 13

    Tabela 2.3Tipos e classes de defeitos superficiais em revestimentos asflticos flexveis(DNIT, 1998). ........................................................................................................................... 14

    Tabela 2.4Codificao e classificao dos defeitos (DNIT 005/2003-TER). ...................... 15

    Tabela 2.5Limites dos ndices de classificao dos pavimentos. ......................................... 16

    Tabela 2.6Disposio de dados para ANOVA fator nico (Guerra & Donaire, 1986). ....... 31

    Tabela 2.7Resumo da ANOVA fator nico (Guerra & Donaire, 1986). .............................. 32

    Tabela 2.8Disposio de dados para ANOVA fator duplo (Guerra & Donaire, 1986)........ 34

    Tabela 2.9Resumo da ANOVA - fator duplo sem repetio (Guerra & Donaire, 1986). .... 35

    Tabela 2.10Resumo da ANOVA - fator duplo com repetio (Guerra & Donaire, 1986)... 35

    Tabela 2.11Caractersticas gerais dos trechos (modificado Rezende, 2003). ...................... 44

    Tabela 2.12Fatores de Equivalncias (Figueiredo & Costa,2001). ..................................... 48

    Tabela 2.13Equaes para projeo do trfego futuro (DNIT, 2010). ................................. 51

    Tabela 3.1Caractersticas gerais dos trechos. ....................................................................... 54

    Tabela 3.2Estacas de coleta de umidade. ............................................................................. 57

    Tabela 3.3Localizao dos furos realizados no revestimento no Trecho 2. ......................... 62

    Tabela 3.4Anos de realizao de avaliao superficial. ....................................................... 64

    Tabela 3.5Tipos de ensaios de avaliao estrutural e meses que ocorreram medies. ....... 65

    Tabela 3.6Equipamentos e parmetros utilizados em campo. .............................................. 65

    Tabela 3.7Identificao dos ensaios PANDA nos Trechos 1 e 2. ........................................ 67

    Tabela 3.8 Tolerncias entre as deflexes medidas e retroanalisadas (Fernandes & Trichs,2000). ........................................................................................................................................ 71

    Tabela 3.9Parmetros utilizados nas retroanlises. .............................................................. 72Tabela 4.1Resultados dos ensaios de caracterizao fsica (Rezende, 2003)....................... 73

    Tabela 4.2Resultados dos ensaios de caracterizao fsica. ................................................. 74

    Tabela 4.3Caracterizao qumica do solo natural e do solo-cal do Trecho 1. .................... 76

    Tabela 4.4Caracterizao qumica do solo natural e do solo-cal do Trecho 2. .................... 78

    Tabela 4.5Intensidade dos picos dos principais minerais presentes nas amostras analisadas................................................................................................................................................... 81

    Tabela 4.6Anos e meses em que ocorreram medies de deflexes. ................................... 89

    Tabela 4.7Contagem classificatria mdia de trfego/faixa (fevereiro/2010). .................... 91Tabela 4.8Contagem classificatria mdia de trfego/faixa no Trecho 2 (abril/2011). ....... 91

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    Tabela 4.9Contagem classificatria mdia de trfego/dia para o Trecho 2 (DF-440,abril/2011). ............................................................................................................................... 92

    Tabela 4.10Volume Dirio Mdio. ....................................................................................... 93

    Tabela 4.11Conceitos da avaliao dos subtrechos do Trecho 1. ...................................... 113

    Tabela 4.12ndices de avaliao dos subtrechos do Trecho 1. ........................................... 114

    Tabela 4.13Resumo dos parmetros do subleito e da base com o frasco de areia. ............ 120

    Tabela 4.14Resumo da ANOVA fator nico - diversos parmetros (Rezende, 1999). ..... 120

    Tabela 4.15Peso especfico pelo densmetro nuclear para a base (Rezende, 1999). .......... 121

    Tabela 4.16Resumo ANOVA fator duplo com repetio - peso especfico aparente seco. 122

    Tabela 4.17Diferena de mdia dos pesos especficos. ...................................................... 122

    Tabela 4.18Valores do CBR in situ (Rezende, 1999)..................................................... 124

    Tabela 4.19Resumo da ANOVA fator duplo com repetio do CBR in situ................. 124

    Tabela 4.20Diferena de mdia dos CBRs in situ.......................................................... 124

    Tabela 4.21Deslocamento medido com prova de carga sobre placa (Rezende, 2003). ..... 126

    Tabela 4.22Deslocamento no revestimento medido nas bases (Rezende, 2003). .............. 126

    Tabela 4.23Resultado da ANOVA fator duplo sem repetio. .......................................... 127

    Tabela 4.24Diferenas de mdias. ...................................................................................... 127

    Tabela 4.25Resumo da ANOVA fator nico - deflexes mximas. .................................. 133

    Tabela 4.26Resumo das diferenas de mdias para as deflexes mximas. ...................... 134

    Tabela 4.27Srie histrica das deflexes mximas mdias (Rezende, 2003 - modificada)................................................................................................................................................. 136

    Tabela 4.28Resumo da ANOVA fator duplo sem repetio. ............................................ 136

    Tabela 4.29Diferena de mdias das deflexes quanto ao tipo de base. ............................ 136

    Tabela 4.30Diferena de mdias das deflexes quanto ao ms de medio. ..................... 138

    Tabela 4.31Bacias mdias de deflexes para o Trecho 1 (outubro/2000). ......................... 147

    Tabela 4.32Resultado da ANOVA (outubro/2000). .......................................................... 147

    Tabela 4.33Bacias mdias medidas em agosto/2001. ........................................................ 148

    Tabela 4.34Resultado da ANOVA para as bacias mdias (agosto/2001). ......................... 148

    Tabela 4.35Resumo dos parmetros retroanalisados do Trecho 1. .................................... 152

    Tabela 4.36Conceitos da avaliao dos subtrechos. ........................................................... 161

    Tabela 4.37ndices de avaliao dos subtrechos. ............................................................... 162

    Tabela 4.38Resumo dos resultados obtidos com o Frasco de Areia (Rezende, 1999). ...... 165

    Tabela 4.39Resumo da ANOVA fator duplo com repetio. ............................................. 165

    Tabela 4.40Diferena de mdias das umidades. ................................................................. 166

    Tabela 4.41Resultados dos pesos especficos com o Densmetro Nuclear. ....................... 166Tabela 4.42Resultado da ANOVA fator duplo com repetio - pesos especficos. ........... 167

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    Tabela 4.43Diferena de mdias dos pesos especficos. .................................................... 167

    Tabela 4.44Resultados dos ensaios de carga sobre placa (Rezende, 2003). ...................... 169

    Tabela 4.45Resumo da ANOVA fator nico - revestimento. ............................................ 172

    Tabela 4.46Diferenas de mdias para o revestimento. ..................................................... 173

    Tabela 4.47Bacias mdias de deflexo no subtrecho de solo-cal. ...................................... 174

    Tabela 4.48Bacias mdias de deflexo no subtrecho de solo fino sem retrao. ............... 174

    Tabela 4.49Bacias mdias de deflexo do subtrecho em solo fino com retrao. ............. 174

    Tabela 4.50Bacias mdia do Trecho Experimental 2 (agosto/2001). ................................. 177

    Tabela 4.51Resultado da ANOVA (agosto/2001). ............................................................. 178

    Tabela 4.52Resumo dos parmetros retroanalisados do Trecho 2. .................................... 184

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura Pgina

    Figura 1.1Srie histrica da avaliao dos pavimentos nas rodovias federais (CNT, 2011). 2Figura 1.2Srie histrica da avaliao do pavimento nas rodovias federaisDF (CNT,2011). .......................................................................................................................................... 3

    Figura 1.3Valor da Serventia Atual (VSA) das rodovias distritais (Fernandes, 2011). ......... 3

    Figura 2.1Variao da serventia com o trfego ou com o tempo decorrido de utilizao davia (Bernucci et al., 2008). ....................................................................................................... 11

    Figura 2.2(a)Tenses verticais gerada na estrutura de pavimento (b) e Bacias de deflexo depavimento flexvel e rgido (Balbo, 1997). .............................................................................. 17

    Figura 2.3Esquema dos dados necessrios para fazer uma retroanlise de pavimento(Bernucci et al., 2008). ............................................................................................................. 21

    Figura 2.4Ocorrncia de solos de comportamento latertico no territrio brasileiro (Villibor,2002). ........................................................................................................................................ 27

    Figura 2.5Regio de aceitao para ANOVA fator nico (Guerra & Donaire, 1986). ........ 31

    Figura 2.6Regio de aceitao para ANOVA fator duplo (Guerra & Donaire, 1986). ........ 34

    Figura 2.7Viso geologia da rea de estudo (Silva & Campos, 1998). ................................ 41

    Figura 2.8Conformao topogrfica da rodovia DF-205 Oeste (Trecho 1). ........................ 42

    Figura 2.9Localizao dos Trechos (Rezende, 2003). ......................................................... 43

    Figura 3.1Planta de situao do Trecho 1: Rodovia DF-205 Oeste. .................................... 53

    Figura 3.2Perfil longitudinal da Rodovia DF-205 Oeste. .................................................... 53

    Figura 3.3Planta de situao do Trecho 2: Rodovia DF-441. .............................................. 54

    Figura 3.4Perfil longitudinal da Rodovia DF-441. ............................................................... 54

    Figura 3.5Subtrechos do Trecho 1 (Rezende, 2003). ........................................................... 55

    Figura 3.6Subtrechos do Trecho 2 (Rezende, 2003). .......................................................... 55

    Figura 3.7Estrutura do pavimento do Trecho 1 (Rezende, 2003). ....................................... 55

    Figura 3.8Estrutura do pavimento do Trecho 2 (Rezende, 2003). ....................................... 55Figura 3.9Posicionamento do geossinttico nos subtrechos 5, 6 e 7 (Rezende, 2003). ....... 56

    Figura 3.10Coleta de umidade natural nas camadas de pavimento (Trecho 2). ................... 57

    Figura 3.11Granulmetro e acessrios. ................................................................................ 58

    Figura 3.12Procedimento de compactao do solo. ............................................................. 61

    Figura 3.13Instrumentao de medidas das deformaes. ................................................... 62

    Figura 3.14Ensaio de Mdulo de Resilincia no CBUQ (Trecho 2)..................................... 63

    Figura 3.15Equipamentode Ensaio de Resistncia Trao no CBUQ (Trecho 2). ............ 64

    Figura 3.16Equipamento PANDA (Batista, 2011). .............................................................. 66

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    Figura 3.17Ensaio de PANDA no Trecho 2. ........................................................................ 66

    Figura 4.1Comparao das curvas granulomtricas do solo-brita e do expurgo com a ES-303 (1997) - DNIT. .................................................................................................................. 74

    Figura 4.2Comparao das curvas granulomtricas do solo-brita e do expurgo com a ET

    (2006) - DER/SP. ..................................................................................................................... 75Figura 4.3Anlises qumicas no Trecho 1: a) solo fino; b) solo-cal; c) solo finoxsolo-cal.77

    Figura 4.4Anlises qumicas no Trecho 2: a) solos finos; b) solo-cal e c) solo finoxsolo-cal. ............................................................................................................................................ 79

    Figura 4.5Anlises qumicas no Trecho 2: a) solos finos; b) solos finosxsolo-cal. ........... 80

    Figura 4.6Difratograma do subleito do Trecho 1. ................................................................ 83

    Figura 4.7Difratograma da base do Trecho 1. ...................................................................... 83

    Figura 4.8Difratograma da base de solo-cal 6 % do Trecho 2. ............................................ 84

    Figura 4.9Difratograma da sub-base de solo-cal 3 % do Trecho 2. ..................................... 84Figura 4.10Difratograma do subleito do Trecho 2. .............................................................. 85

    Figura 4.11Curva caracterstica do solo compactado (a) pFxw e (b) expFxw. ................ 86

    Figura 4.12Resultados do ensaio do mdulo de resilincia para o CBUQ do Trecho 2. ..... 86

    Figura 4.13Resultados do ensaio de resistncia trao. ..................................................... 87

    Figura 4.14Deslocamento do solo compactado sem e com GS. .......................................... 88

    Figura 4.15Dados meteorolgicos mdios (a) pluviometria, (b) umidade relativa e (c)temperatura. .............................................................................................................................. 90

    Figura 4.16Resultados da contagem: a) Nmero de veculos leves e b) nmero de veculospesados. .................................................................................................................................... 93

    Figura 4.17Trecho 1: (a) Linear (b) Exponencial. ................................................................ 94

    Figura 4.18Trecho 1: (a) Linear (b) Exponencial. ............................................................... 94

    Figura 4.19Trecho 2: (a) Linear (b) Exponencial. ............................................................... 94

    Figura 4.20Trecho 2 : (a) Linear (b) Exponencial. ............................................................... 95

    Figura 4.21Frota de veculos do DF: (a) Evoluo da frota (b) crescimento anual (c)veculos pesados. ...................................................................................................................... 96

    Figura 4.22Perfis dos subtrechos de expurgo e solo fino (a) e (b) resistncias (c) e (d)umidades naturais. .................................................................................................................... 97

    Figura 4.23Perfis de resistncias dos subtrechos (a) solo-cal (b) GS (c) GI (d) GE. ........... 98

    Figura 4.24Perfis a) umidades dos subtrechos de solo-cal, GS, GI e GE b) resistncia dosolo-brita. .................................................................................................................................. 98

    Figura 4.25Perfil longitudinal do subtrecho de solo-brita - faixa direita. ............................. 99

    Figura 4.26Perfil longitudinal do subtrecho de solo-brita - faixa esquerda. ......................... 99

    Figura 4.27Subtrecho de solo-brita: comparao de perfis radargrama e resistncia. ....... 100

    Figura 4.28Subtrecho de solo-brita: comparao de perfis radargrama e resistncia. ....... 101Figura 4.29Perfil longitudinal do subtrecho de expurgo - faixa direita. ............................. 101

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    Figura 4.30Perfil transversal do subtrecho de expurgo estaca. .......................................... 102

    Figura 4.31Subtrecho de expurgo: comparao de perfis radargrama, resistncia e umidade................................................................................................................................................. 103

    Figura 4.32Perfil longitudinal do subtrecho de solo fino - faixa direita. ........................... 103

    Figura 4.33Perfil transversal do subtrecho de solo fino. .................................................... 104

    Figura 4.34Subtrecho de solo fino: comparao de perfis radargrama, resistncia eumidade. ................................................................................................................................. 105

    Figura 4.35Perfil longitudinal do subtrecho de solo-cal - faixa direita. .............................. 106

    Figura 4.36Perfil transversal do subtrecho de solo-cal. ..................................................... 106

    Figura 4.37Subtrecho de solo-cal: comparao de perfis radargrama e resistncia. .......... 107

    Figura 4.38Perfil longitudinal do subtrecho com geotxtil superior - faixa direita. .......... 108

    Figura 4.39Perfil transversal do subtrecho com geotxtil superior - faixa direita. ............ 108

    Figura 4.40Subtrecho com geotxtil superior: comparao de perfis radargrama, resistncia................................................................................................................................................. 109

    Figura 4.41Perfil longitudinal do subtrecho com geotxtil inferior - faixa direita. ........... 110

    Figura 4.42Subtrecho com geotxtil inferior: comparao de perfis radargrama, resistncia................................................................................................................................................. 110

    Figura 4.43Perfil longitudinal do subtrecho com geotxtil envelopando - faixa direita. .. 111

    Figura 4.44Perfil transversal do subtrecho com geotxtil envelopando. ........................... 111

    Figura 4.45Subtrecho com geotxtil envelopando: comparao de perfis radargrama,

    resistncia e umidade. ............................................................................................................. 112Figura 4.46Efeito da sazonalidade na avaliao funcional dos defeitos superficiais. ........ 115

    Figura 4.47Vista geral do acostamento da via. .................................................................. 117

    Figura 4.48Vista geral da drenagem da via. ....................................................................... 117

    Figura 4.49Perfil das medidas de trilhas de roda interna. .................................................. 118

    Figura 4.50Perfil das medidas de trilhas de roda externa. .................................................. 119

    Figura 4.51Peso especfico aparente seco e umidades de campo e de laboratrio. ........... 123

    Figura 4.52Massa especfica aparente seca mxima versusumidade. ............................... 123

    Figura 4.53Comparao de parmetros: (a) CBR e (b) umidades. .................................... 125

    Figura 4.54Deslocamentoxms. ....................................................................................... 127

    Figura 4.55Deslocamentoxtipo de base. ........................................................................... 128

    Figura 4.56Deslocamento diferentes no revestimento. ...................................................... 128

    Figura 4.57Correlaes entre os deslocamentos medidos com placas diferentes. ............. 129

    Figura 4.58Medidas de deflexo realizadas em agosto de 1998 (Rezende, 1999). ............ 130

    Figura 4.59Parmetros x estacas: (a) peso especfico seco, (b) umidades e (c) umidades emoutubro/2011. ......................................................................................................................... 130

    Figura 4.60Srie de medidas de deflexo (Rezende, 2003 - modificada). ......................... 131

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    Figura 4.61Srie limitada de medidas de deflexo (Rezende, 2003 - modificada). ........... 131

    Figura 4.62Medidas de deflexo nos anos de 2000 e 2010. ............................................... 132

    Figura 4.63Medidas de deflexo nos anos de 1998 e 2008. ............................................... 132

    Figura 4.64Medidas de deflexo nos meses de outubro dos anos: 2000, 2001 e 2008. ..... 133

    Figura 4.65Medidas de deflexo nos anos de 1998, 1999 e 2002 (Rezende, 2003). ......... 133

    Figura 4.66Deflexes diferentes nos anos de 2010 e 2011. ............................................... 134

    Figura 4.67Deflexes diferentes nos anos de 1998, 2001, 2002, 2008 a 2010. ................. 135

    Figura 4.68Deflexes diferentes nos anos de 1999 a 2002. ............................................... 135

    Figura 4.69Deflexes mximas mdias diferentes. ............................................................ 137

    Figura 4.70Deflexes mdias diferentes ao longo do perodo. .......................................... 137

    Figura 4.71Deflexes mdias diferentes quanto ao tipo de base. ...................................... 138

    Figura 4.72Deflexes mdias diferentes quanto ao ms. ................................................... 139Figura 4.73Deflexes mdias diferentes para os solos sem e com geotxtil quanto ao ms................................................................................................................................................. 139

    Figura 4.74Comparao entre as deflexes mximas a) solo-cal x solo-geotxtl; b) solo finox solo cal; c) solo fino x solo geotxtil; d) deflexes a 100 cm do solo fino x solo-geoxtil; e)solo-brita x solo-cal; f) expurgo x solo fino. .......................................................................... 140

    Figura 4.75Deflexes mdias diferentes para os solos sem e com geotxtil quanto ao ano................................................................................................................................................. 141

    Figura 4.76Deflexes mximasxtempo de execuo. ...................................................... 142

    Figura 4.77Deflexes na faixa da esquerda (maro/2010). ................................................ 144

    Figura 4.78Deflexes na faixa da direita (maro/2010). .................................................... 144

    Figura 4.79Correlao entre as bacias de deflexes mdias: a) solo-brita; b) expurgo. .... 145

    Figura 4.80Correlao entre as bacias de deflexes mdias: a) solo fino; b) solo-cal. ...... 146

    Figura 4.81Correlao entre as bacias de deflexes mdias: a) solo fino com goetxtilsuperior; b) solo fino com goetxtil inferior. ......................................................................... 146

    Figura 4.82Correlao entre as bacias de deflexes mdias do solo fino com geotxtilenvelopado. ............................................................................................................................. 146

    Figura 4.83Trecho 1, solo-brita, expurgo, solo fino e solo-cal: a) 2000; b) 2001. ............. 149

    Figura 4.84Similaridade entre os ensaios com viga e FWD e as fases do ensaio deadensamento. .......................................................................................................................... 150

    Figura 4.85Comparao entre as bacias de diversos subtrechos. ..................................... 151

    Figura 4.86Bacias do subtrecho de solo fino com geotxtil envelopado. .......................... 151

    Figura 4.87Perfis do subtrecho de solo-cal (a) resistncia (b) umidade. ........................... 152

    Figura 4.88Perfis do subtrecho de solo fino sem retrao (a) resistncia (b) umidade. ..... 153

    Figura 4.89Perfis do subtrecho de solo fino com retrao (a) resistncia (b) umidade. .... 153

    Figura 4.90Perfis mdios de resistncias: (a) bases e (b) sub-bases. ................................. 154

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    Figura 4.91Perfil longitudinal do subtrecho de solo-cal. ................................................... 155

    Figura 4.92Perfil transversal do subtrecho de solo-cal. ..................................................... 156

    Figura 4.93Subtrecho de solo-cal: comparao de perfis radargrama, resistncia e umidade................................................................................................................................................. 156

    Figura 4.94Perfil longitudinal do subtrecho de solo fino sem retrao. ............................. 157

    Figura 4.95Perfil transversal do subtrecho de solo fino sem retrao. ............................... 157

    Figura 4.96Subtrecho de solo fino sem retrao: comparao de perfis radargrama,resistncia e umidade. ............................................................................................................. 158

    Figura 4.97Perfil longitudinal do subtrecho de solo fino com retrao. ............................ 159

    Figura 4.98Perfil transversal do subtrecho de solo fino com retrao. .............................. 159

    Figura 4.99Subtrecho de solo fino com retrao: comparao de perfis radargrama,resistncia e umidade. ............................................................................................................. 160

    Figura 4.100Efeito da sazonalidade na avaliao funcional dos defeitos superficiais. ...... 163Figura 4.101Drenagem e acostamento. .............................................................................. 163

    Figura 4.102Perfil das medidas de trilhas de roda interna. ................................................ 164

    Figura 4.103Perfil das medidas de trilhas de roda externa. ................................................ 164

    Figura 4.104Peso especfico aparente seco e umidades de campo e de laboratrio. ......... 168

    Figura 4.105Peso especfico aparente seco versusumidades de campo e de laboratrio. . 168

    Figura 4.106Recalquesxumidades dos subleitos, sub-base e bases. ................................. 169

    Figura 4.107Medidas de deflexo nas camadas de subleito, de sub-base e de base. ......... 170

    Figura 4.108Parmetros x estacas: (a) peso especfico seco, (b) umidades e (c) umidadesem outubro/2011..................................................................................................................... 171

    Figura 4.109Medidas de deflexo no revestimento ao longo do perodo de anlise. ......... 172

    Figura 4.110Medidas de deflexo no revestimento ao longo do perodo de anlise. ......... 173

    Figura 4.111Medidas de deflexo no revestimento ao longo do perodo de anlise. ......... 173

    Figura 4.112Evoluo das deflexes ao longo do perodo de anlise. ............................... 175

    Figura 4.113Deflexes na faixa da esquerda (maro/2010). .............................................. 176

    Figura 4.114

    Deflexes na faixa da direita (maro/2010). .................................................. 176

    Figura 4.115Correlao entre as bacias de deflexes mdias: a) solo-cal; b) solo fino semretrao; c) solo fino com retrao. ........................................................................................ 177

    Figura 4.116Deflexes mximas medidas com o FWD e a VB. ........................................ 178

    Figura 4.117Deflexes medidas a 20 e 25 com o FWD e a VB. ........................................ 178

    Figura 4.118Correlao entre as bacias de deflexes. ........................................................ 179

    Figura 4.119Correlao entre os subtrechos trechos. ......................................................... 179

    Figura 4.120Correlao entre resultados de Rezende (2003)x equaes do DNIT. .......... 182

    Figura 4.121Bacias do subtrecho de solo-cal. .................................................................... 182Figura 4.122Bacias do subtrecho de solo fino sem retrao. ............................................. 183

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    Figura 4.123Bacias do subtrecho de solo fino com retrao. ............................................. 183

    Figura 4.124Comparao entre bacias dos subtrechos de solo fino sem e com retrao. .. 184

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    LISTA DE ABREVIAES, NOMENCLATURAS E SMBOLOS

    ABNT Associao Brasileira de Normas TcnicasANOVA Anlise de Varincia

    ASTM American Society for Testing MaterialsCP Corpo - de - ProvaCNT Confederao Nacional dos TransportesCBUQ Concreto Betuminoso Usinado a QuenteCEFTRU Centro de Formao de Recursos em TransportesCODEPLAN Companhia de Desenvolvimento do Planalto CentralCTC Capacidade de Troca CatinicaDER Departamento de Estradas de RodagemDF Distrito FederalDNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

    EM Emisso eletromagnticaET Especificao TcnicaES Especificao de ServioEXP ExpurgoFC Fenda ClasseFC-1 Fenda Classe Tipo 1FC-2 Fenda Classe Tipo 2FI FissuraFWD Falling Weight Deflectometer

    GE Geotxtil EnvelopadoGI Geotxtil InferiorGE Geotxtil SuperiorGPR Ground Penetrating RadarHo Hiptese NulaH1 Hiptese AlternativaICCD Internacional Centre for Diffraction DataIPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado de So PauloIGG ndice de Gravidade GlobalIGI ndice de Gravidade Individual

    IP Instruo de ProjetoISC Indice de Suporte CaliforniaLA Latertico AreiasLA Latertico ArenosoLG Latertico ArgilosoLVDT Linear Variable Differential TransducerLVC Levantamento Visual ContnuoME Mtodo de EnsaioMCT Miniatura Compactado TropicalMQ Mdia dos QuadradosPRO Procedimento

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    PSI ndice de Serventia AtualQMR Quadrado Mdio do ResduoQAV Quadro de Anlise de VarinciaSAFL Solo Arenoso Fino LaterticoSB Solo-BritaSC Solo-CalSF Solo FinoSFSR Solo Fino Sem RetraoSFCR Solo Fino Com RetraoSENAT Servio Nacional de Aprendizagem em TransportesTER TerminologiaTSD Tratamento Superficial DuploUTM Unidades de Trfego MistoUCP Unidades de Carro de Passeio

    VDM Volume Mdio DirioVSA Valor da Serventia AtualC ConstanteD0 Deflexo MximaD15 Deformao a 15 cm do ponto de aplicaoD25 Deflexo a 25cm do ponto de aplicaoD30 Deformao a 30 cm do ponto de aplicaoD45 Deformao a 45 cm do ponto de aplicaoD50 Deflexo a 50cm do ponto de aplicaoDFWD Deflexo caracterstica obtida por viga FWD

    DVB Deflexo caracterstica obtida por viga VBD Deflexo mdia dos valores do trecho

    D DeflexoF Fator de FisherFcal Fator de Fisher calculadoFcrit Fator crticoFtab Fator tabeladoF cal Fator calculado entre ColunasF cal Fator calculado entre Linhas

    F cal Fator calculado de Interaogl Grau de liberdadek Nmero de colunaskv Quilo-voltM Mdulo de resilienciamA Mili-amperen Nmero total de elementos

    pH Potencial hidrogeinicop Nmero de anosP Perodo de projeto

    q Amplitude studentizada

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    R Coeficiente de correlao estatsticar Nmero de elementos da amostrat Taxa de crescimento anual do trfegoVo Volume inicialVt Volume total de veculosw UmidadewL Limite de liquidezwP Limite de plasticidadeXij Elemento observado da amostra Nvel de significnciai Efeito especfico devido colunai Efeito especfico devido linha Diferena minma significanteij Efeito aleatrio devido a causas especficas

    Desvio-padro Coeficiente de Poisson Mdia estatstica

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    1-INTRODUO

    Neste trabalho, por meio de ensaios de campo e de laboratrio, avalia-se funcional e

    estruturalmente, dois trechos experimentais de rodovias pertencentes malha viria do

    Distrito Federal (DF), construdas h cerca de 12 anos.

    1.1-IMPORTNCIA DO TEMA

    Devido ao rpido crescimento da frota de veculos, principalmente em pases em

    desenvolvimento, crescente a necessidade de manuteno ou reabilitao das rodovias, pois,

    muitas vezes, elas passam a suportar um trfego no previsto em seu projeto inicial. Para

    agravar a situao, geralmente no so adotadas polticas de manuteno preventiva. Essas

    polticas possibilitam a efetivao de medidas adequadas conservao dos pavimentos e

    tambm o suprimento dos recursos necessrios restaurao desses pavimentos.

    Os termos degradao, dano e deteriorao so utilizados para descrever o processo de perda

    de qualidade funcional ou estrutural dos pavimentos rodovirios. Balbo (2007) comenta ainda

    no existir um consenso no meio acadmico quanto aos modos ou mecanismos de ruptura ou

    de densificao. Estes mecanismos podem ocorrer devido s diferentes condies climticas,

    morfolgicas, geolgicas e pedolgicas, e tambm, devido aos limites das cargas para osdiferentes veculos comerciais e utilizao de materiais peculiares de cada regio.

    A Confederao Nacional dos Transportes (CNT), o Servio Social do Transporte (SEST) e o

    Servio Nacional de Aprendizagem em Transportes (SENAT) realizaram pesquisas nas

    rodovias federais pavimentadas brasileiras entre 1997 e 2011 objetivando avaliar, dentre

    outros quesitos, a condio de trafegabilidade, quanto aos aspectos do pavimento, da

    sinalizao e da geometria. AFigura 1.1 mostra a srie histrica da condio do pavimento

    das rodovias federais. Pode-se observar que, em geral, ocorreu uma melhora na avaliao do

    pavimento ao longo do perodo analisado, pois os conceitos ruim e pssimo diminuram,

    principalmente, nos ltimos anos.

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    Figura 1.1Srie histrica da avaliao dos pavimentos nas rodovias federais (CNT, 2011).

    A Figura 1.2 mostra a srie histrica e a evoluo do conceito do pavimento nas rodovias

    federais que cortam o Distrito Federal. Observa-se naFigura 1.2Srie histrica da avaliao

    do pavimento nas rodovias federaisDF (CNT, 2011). que a soma dos conceitos timo e bom

    superior a 70% e no se constata o conceito pssimo em nenhum ano de realizao da

    pesquisa. E ainda, nos ltimos anos da pesquisa ocorreu melhorias na pavimentao das vias,

    visto que os conceitos ruim e pssimo diminuram.

    0

    10

    20

    30

    4050

    60

    70

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2009 2010 2011

    %

    conceito

    Anos

    timo Bom Regular Ruim Pssimo

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    Figura 1.2Srie histrica da avaliao do pavimento nas rodovias federaisDF (CNT,

    2011).

    Balbo (2007) comenta que a perda de serventia est associada aos processos de degradao

    estrutural dos pavimentos, os quais ocorrem de maneira progressiva em funo da infiltrao

    de gua, bombeamento dos finos, perda de resistncia, desenvolvimento de fissuras,

    degradao do revestimento asfltico, perda de material ou deformao plstica excessiva.

    Fernandes (2011) realizou estudo de avaliao subjetiva em 11 trechos de rodovias

    pavimentada pertencentes a malha viria distrital, sob jurisdio do Departamento de Estrada

    de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF). As concluses de seu estudo so mostradas na

    Figura 1.3. Observa-se que a soma dos conceitos timo e bom superior a 75% das vias

    pesquisadas, revelando, ainda, que o conceito pssimo no foi atribudo s rodovias.

    Figura 1.3Valor da Serventia Atual (VSA) das rodovias distritais (Fernandes, 2011).

    Fazendo-se uma anlise conjunta das duas pesquisas, CNT-SEST-SENAT (2011) e Fernandes

    (2011), constata-se que suas avaliaes encontraram os mesmos resultados quanto

    conservao das vias que compem a malha viria do Distrito Federal. Portanto, pode-se

    ento inferir que as vias que cortam o Distrito Federal esto em boas condies de

    trafegabilidade, quanto superfcie pavimentada.

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    Os defeitos superficiais apresentam-se em todos os tipos de revestimentos, seja nos

    construdos com materiais tradicionais, seja nos construdos com materiais no convencionais.

    Os trechos de rodovias estudados nesta pesquisa foram construdos com a camada de base de

    diferentes materiais: tradicionais (solo-cal, solo fino e solo-brita) e no convencionais

    (expurgo de pedreiras e a interposio de geotxtil entre camadas).

    A busca por materiais alternativos para uso na construo de estruturas de pavimentos

    rodovirios justifica-se pela escassez de materiais que satisfaam s normas dos rgos

    rodovirios e pelas restries ambientais explorao de novas reas de emprstimo. Estas

    constataes abrem um amplo campo para a pesquisa de materiais no convencionais

    ambientalmente corretos, de custo otimizado para a construo de pavimentos rodovirios.

    Dentre muitas solues tecnolgicas, a utilizao de aditivos qumicos, a aplicao de

    resduos industriais e a modificao da composio granulomtrica de materiais naturais para

    melhorar suas caractersticas geotcnicas so algumas das opes disponveis aos

    pesquisadores, tendo em vista proposio de alternativas de construo rodoviria em muitas

    regies brasileiras, principalmente em regies cujo solo no tem o comportamento mecnico

    apropriado. Tais procedimentos possibilitam a retirada e o emprego dos resduos industriais,

    muitas vezes poluentes, do meio ambiente, confinando-os sob condies controladas nasestruturas de pavimento. evidente que, no tocante a esse aspecto, faz-se necessrio avaliar

    os riscos que a eventual mistura desses produtos aos solos e agregados naturais poder causar

    ao meio ambiente.

    Segundo Carvalho & Szabo (2000), transformar solos em materiais de construo rodoviria

    de baixo custo com a incorporao de algum agente estabilizante um grande desafio.

    Diversos produtos j foram testados: cal, cimento, betume, manta de polister, brita, expurgo

    de pedreiras e outros, porm nenhuma alternativa se mostrou definitiva e nem poderia ser,

    pois cada caso apresenta sua particularidade.

    Viera (2002) realizou avaliaes funcional e estrutural na pista experimental da Universidade

    Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e observou os efeitos da temperatura e da carga por

    eixos do simulador no aumento da deformabilidade do revestimento. Verificou, tambm, a

    eficincia do geotxtil na reduo da reflexo das trincas e na fluncia do revestimento

    asfltico.

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    A velocidade da deteriorao varia em funo de diversos fatores, tais como, as condies

    ambientais, a capacidade de suporte, a qualidade dos materiais utilizados e dos processos

    construtivos, o volume de trfego e a carga por eixo.

    A avaliao e o diagnstico dos pavimentos necessitam de informaes sobre a condio do

    revestimento da pista de rolamento, do projeto de dimensionamento, da condio do

    acostamento e da drenagem, das propriedades dos materiais, dos fatores climticos atuantes,

    da geometria, dos volumes e cargas de trfego, histrico de conservao e outros (Manual de

    Reabilitao de Pavimentos, 1998).

    1.2-OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

    1.2.1-OBJETIVO GERAL

    O objetivo geral desta pesquisa estudar materiais alternativos para executar estruturas de

    pavimentos em regies com carncia de materiais naturais adequados aplicao em

    pavimentao com custo aceitvel e com caractersticas recomendadas pelas normas dos

    rgos rodovirios, bem como complementar os estudos realizados por Rezende (1999 e

    2003) em dois trechos experimentais de rodovias do Distrito Federal.

    A pesquisa avalia o comportamento de pavimentos flexveis submetidos ao trfego ao longo

    de um perodo de aproximadamente 12 anos, em trechos experimentais, construdos com

    diversos materiais.

    1.2.2-OBJETIVOS ESPECFICOS

    - Avaliar funcional e estruturalmente dois trechos experimentais de rodovias j existentes,

    executados com bases de diversos materiais (solo fino, solo-cal, solo-brita, expurgo e solo-geotxtil em diversas configuraes);

    - Caracterizar os materiais utilizados nos trechos experimentais por meio de ensaios de

    laboratrio e de campo;

    - Inferir, a partir de anlise estatstica utilizando-se Anlise de Varincia (ANOVA) e testes de

    comparao de mdias, concluses dos ensaios de campo e de laboratrio.

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    1.2.3-JUSTIFICATIVA

    A escassez de materiais naturais com caractersticas adequadas para utilizao nas obras de

    construo rodoviria, os custos de aquisio e transporte, a maior preocupao com adegradao do ambiente natural e a possibilidade de utilizao de resduos dos processos

    industriais so algumas das razes para se aproveitar os materiais locais geotecnicamente

    menos nobres nas obras de engenharia rodoviria.

    Alguns solos finos locais podem ser aplicados in natura como base e sub-base de

    pavimentos asflticos, porm outros requerem o uso de melhoria de seu comportamento por

    meio de intervenes em suas propriedades fsicas, qumicas ou fsico-qumicas.

    Os refugos de pedreiras, o entulho da construo civil, os materiais asflticos fresados, os

    resduos slidos da produo industrial (escrias), as fibras naturais residurias (cabelo, pena)

    podero ser alternativas de utilizao em estruturas de pavimentos, necessitando-se da

    realizao de estudos das propriedades desses materiais e das misturas destes com solos finos

    locais com comportamento geotcnico inapropriado.

    Com o avano tecnolgico tm surgido produtos industrializados derivados de petrleo que

    apresentam larga aplicao nas obras civis e rodovirias, os geossintticos.

    Neste contexto, significativo o estudo destes materiais na execuo das estruturas de

    pavimentos asflticos.

    1.3-ESCOPO DA TESE

    A tese est dividida em 5 captulos, conforme descrito a seguir:

    O Captulo 1 expe a importncia da pesquisa, o objetivo e a justificativa, bem como a diviso

    dos captulos da tese;

    O Captulo 2 apresenta a fundamentao terica sobre o tema, descrevendo os tipos de

    avaliao e os defeitos mais comuns nos pavimentos flexveis; as principais normas utilizadas

    pelos rgos rodovirios para avaliar os pavimentos e realizar levantamentos dos defeitos;

    uma introduo retroanlise de pavimentos rodovirios; as noes bsicas de estatstica

    anlise de varincia e comparao de mdias; a caracterizao da regio de estudo;

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    O Captulo 3 trata da metodologia utilizada e detalhamento dos ensaios realizados;

    O Captulo 4 apresenta a anlise e correlaes dos resultados;

    O Captulo 5 apresenta as concluses e sugestes para pesquisas futuras.

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    2-REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1-AVALIAO DE PAVIMENTOS

    O pavimento uma estrutura de mltiplas camadas com espessuras finitas, nas quais,

    tradicionalmente, a qualidade (resistncia) do material de construo que as compe decresce

    com a profundidade.

    Os pavimentos so estruturas complexas, cujo comportamento / desempenho envolve muitas

    variveis: cargas de trfego, solicitaes ambientais, tcnicas construtivas, prticas de

    manuteno e reabilitao, tipo e qualidade dos materiais e outras (Yoshizane, 2006). So

    estruturas que, em geral, no apresentam ruptura sbita, mas sim deteriorao funcional e

    estrutural, acumuladas a partir de sua abertura ao trfego. A parcela estrutural associada aos

    danos ligados capacidade de carga do pavimento (Bernucci et al., 2008).

    Assim, as causas da deteriorao dos pavimentos podem ser agrupadas em:

    - Solicitaes do trfego: associadas, principalmente, carga por eixo, ao tipo de eixo, ao tipo

    de rodagem, presso de enchimento dos pneus e ao tipo de suspenso;

    - Solicitaes climticas, principalmente variaes de temperatura e de umidade.

    Os tipos de defeitos encontrados nos pavimentos sempre tm uma relao direta ou indireta

    com os modos de ruptura dos materiais de pavimentao, originando as patologias que se

    manifestam no tempo com caractersticas peculiares. Balbo (2007) classifica as rupturas de

    pavimentos asflticos da seguinte forma:

    - Ruptura por resistncia: o material rompe por esforo aplicado igual ou superior sua

    resistncia especfica;

    - Ruptura por fadiga: o material solicitado a nveis de tenso inferiores queles de ruptura,

    para um dado modo de solicitao. Gradativamente vo sendo desenvolvidas alteraes em

    sua estrutura interna, gerando um processo de micro-fissurao o qual resulta no

    desenvolvimento de fraturas, passando a haver um rompimento do material;

    - Ruptura por deformao plstica ou permanente: a capacidade do material em manter

    deformaes residuais depois de cessado o estado dos esforos aplicados;

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    - Ruptura por retrao hidrulica: o resultado de variaes volumtricas na massa, acabando

    por ocasionar o surgimento de fissuras em sua estrutura interna. Analogamente, os materiais

    de pavimentao esto sujeitos tambm a outros mecanismos de retrao, devendo-se dar

    destaque, ainda, retrao trmica;

    - Ruptura por retrao trmica: consequncia das alteraes volumtricas dos materiais, em

    razo de variaes de temperatura nas misturas, seja para as cimentadas, como para as

    asflticas;

    - Ruptura por propagao de trinca: ocorre a chamada reflexo de trincas de uma camada

    inferior trincada em sua superfcie, para a camada superior;

    - Ruptura funcional: caracteriza-se pelo no atendimento das condies relativas de rolamento

    confortvel, seguro e econmico.

    A deteriorao do pavimento pode manifestar-se sob diferentes formas, entre elas: trincas,

    remendos, panelas, deformaes, defeitos na superfcie, desnvel entre pista e acostamento e

    bombeamento.

    A deteco dos defeitos nos estgios iniciais uma das tarefas mais importantes damanuteno. Trincas e outras fraturas no pavimento, que inicialmente quase no so

    percebidas pelos usurios, podem evoluir rapidamente e causar srios problemas se no forem

    prontamente seladas.

    O conjunto de atividades que permite conhecer a condio dos pavimentos denomina-se

    avaliao de pavimentos. A avaliao dos pavimentos inclui medies peridicas da

    capacidade estrutural, da irregularidade, dos defeitos, da resistncia derrapagem e do

    trfego. A anlise dos dados coletados sobre esses parmetros geralmente feitaimediatamente aps a execuo dos servios.

    Os principais aspectos prticos da avaliao de pavimentos so:

    - Fornecer dados para verificao e aperfeioamento de mtodos de projeto;

    - Programar atividades de manuteno;

    - Fornecer dados para melhorar as tcnicas de construo e manuteno;

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    - Fornecer informaes sobre as condies gerais da rede, indicando deficincias;

    - Fornecer dados para o desenvolvimento de modelos de previso do desempenho de

    pavimentos.

    A avaliao de pavimentos constituda por um conjunto de atividades que visam descrever

    qualitativa ou quantitativamente a condio do pavimento. Existem dois tipos de avaliaes

    em estruturas de pavimentos: a avaliao funcional e a avaliao estrutural.

    2.2-AVALIAO FUNCIONAL

    A avaliao funcional importante porque visa caracterizar o desempenho do pavimento sob

    o ponto de vista do usurio, especialmente quanto ao conforto e ao rolamento, que usualmente

    aferido por meio da medio dos defeitos superficiais, da irregularidade longitudinal e da

    macro e da microtextura. O desempenho funcional refere-se capacidade do pavimento de

    satisfazer sua funo principal, que fornecer superfcie com serventia adequada quanto

    qualidade de rolamento.

    A avaliao funcional pode ser:

    i) Subjetiva quando se baseia em conceitos qualitativos na definio do estado de degradao

    em que o pavimento se encontra. Neste caso so atribudas notas ao pavimento, conforme

    procedimentos estabelecidos pelo DNITPRO 008/2003 e DNITPRO 009/2003.

    O Valor da Serventia Atual (VSA) aps o trmino da construo do pavimento depende muito

    da qualidade executiva e das alternativas de pavimentao selecionadas. Com o passar do

    tempo, o VSA diminui com a intensidade do trfego e as intempries (Bernucci et al.,2008).

    AFigura 2.1 mostra a curva de serventia com o tempo decorrido de utilizao da via.

    Valor de Serventia Atual uma atribuio numrica subjetiva compreendida em uma escala

    de 0 a 5. definida pela mdia das notas de avaliadores para o conforto ao rolamento de um

    veculo trafegando em um determinado trecho, em um dado momento da vida do pavimento.

    Este parmetro leva em conta caractersticas fsicas que traduzem os defeitos acumulados

    (irregularidades superficiais, trincas, afundamentos de trilhas de roda, remendos e textura

    superficial) e medidas na superfcie do pavimento. Se for medido de forma objetiva passa a

    ser chamado de ndice de Serventia Atual (ISA).

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    Figura 2.1Variao da serventia com o trfego ou com o tempo decorrido de utilizao da

    via (Bernucci et al., 2008).

    ii) Objetiva quando feita mediante a quantificao numrica em determinados locais onde

    esto distribudos os defeitos, os quais possuem diversos nveis de severidade, conforme

    disposto no procedimento DNITPRO 006/2003.

    Segundo a Norma DER/SPPRO 003/2006, a avaliao funcional de pavimentos flexveis e

    semirrgidos realizada por meio dos seguintes servios:

    - Avaliao de defeitos da superfcie por meio de levantamento visual contnuo (LVC);

    - Avaliao objetiva da superfcie de pavimentos flexveis e semirrgidos;

    - Irregularidade longitudinal de pavimentos;

    - Cadastro contnuo de reparos superficiais e profundos.

    Compreendem os levantamentos e estudos necessrios caracterizao de falhas correntes no

    pavimento, detectveis por inspeo visual da sua superfcie. Inclui tambm a medida das

    deformaes permanentes nas trilhas de roda. As normas, procedimentos e especificaes

    utilizadas para avaliao do estado da superfcie so: DNIT PRO 006/2003; DNIT PRO

    007/2003; DNER ES 169/86; DNER PRO 182/94; DNER ES 173/86; DNER PRO

    164/94; DNERPRO 229/94.

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    2.2.1-DEFEITOS DE SUPERFCIE

    Medina (1997) cita o engenheiro Armando Martins Pereira como o precursor da

    sistematizao do levantamento dos defeitos de pavimentos flexveis e semirrgidos e suaquantificao num ndice de severidade ou de gravidade. O procedimento foi adotado pelo

    DNIT sob a designao de PRO08/78.

    Os principais defeitos de superfcie dos pavimentos com revestimento asfltico e os

    mecanismos de ocorrncia ajudam no diagnstico da patologia e so teis na programao da

    reabilitao. O conhecimento das possibilidades de localizao de cada defeito auxilia na

    distino entre defeitos semelhantes (Preussler & Pinto, 2002).

    NasTabela 2.1 eTabela 2.2 constam as causas gerais e especficas dos principais defeitos nos

    revestimentos asflticos (DNIT, 1998).

    Tabela 2.1Categorias de defeitos gerais em pavimentos (DNIT, 1998).

    Categoria de Defeitos Causa Genrica Causa EspecficaTrincamento Associao com trfego Cargas repetidas (fadiga)

    Carga excessivaEscorregamento da capa

    No associada com trfego Mudanas de umidadeMudanas trmicasRetrao

    Deformao Associao com trfego Cargas repetidas (cisalhamento)Fluncia plsticaDensificao (compactao)

    No associada com trfego ExpansoConsolidao de substratos

    Desagregao Associao com trfego Degradao do agregadoNo associada com trfego Baixa de qualidade dos materiais

    Segundo consta no Manual de Reabilitao de Pavimentos Rodovirios (DNIT, 1998), a

    velocidade de deteriorao do revestimento pode variar em funo de diversos fatores, tais

    como as condies ambientais, a capacidade de suporte das camadas estruturais da via, o

    processo construtivo, a qualidade dos materiais utilizados, o volume de trfego, a carga por

    eixo.

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    Tabela 2.2Resumo das causa e tipos de deformao permanentes (DNIT, 1998).

    Categoria de Defeitos Causa Especfica Exemplo de DefeitosAssociadas com otrfego

    Carregamento concentradoou em excesso

    Fluncia plstica (ruptura porcisalhamento)

    Carregamento de longadurao ou esttico

    Deformaes ao longo do tempo(creep)

    Grande nmero derepeties de carga

    Afundamento nas trilhas de rodas

    No associada com otrfego

    Subleito constitudo desolo expansivo

    Inchamento ou empolamento

    Solos compressveis nafundao do pavimento

    Recalque diferencial

    Os defeitos de superfcie so os danos ou deterioraes na superfcie dos pavimentos

    asflticos que podem ser identificados a olho nu e classificados segundo uma terminologia

    normatizada (DNIT TER 005/2003). O levantamento dos defeitos de superfcie tem por

    finalidade avaliar o estado de conservao dos pavimentos asflticos e embasar o diagnstico

    da situao funcional para subsidiar a definio de uma soluo tecnicamente adequada e, em

    caso de necessidade, indicar a melhor ou melhores alternativas de restaurao do pavimento.

    Na gerncia de pavimentos ou de manuteno, o conjunto de defeitos de um dado trecho pode

    ser resumido por ndices que auxiliem na hierarquizao de necessidades e alternativas de

    interveno (Bernucci et al., 2008).

    Os defeitos de superfcie podem aparecer precocemente, devido a erros ou inadequaes. A

    mdio ou longo prazo eles so devidos utilizao pelo trfego e aos efeitos das intempries

    (Bernucci et al.,2008).

    Entre os erros ou inadequaes que levam reduo da vida de projeto, destacam-se os

    seguintes fatores, agindo separado ou conjuntamente: erros de projeto; erros ou inadequaes

    na seleo, na dosagem ou na produo de materiais; erros ou inadequaes construtivas;

    erros ou inadequaes nas alternativas de conservao e manuteno (Bernucci et al.,2008).

    Domingues (1993) identifica os defeitos nos pavimentos asflticos em duas classes: os

    funcionais e os estruturais. Os defeitos funcionais esto associados s qualidades do

    rolamento e da segurana do pavimento. J os defeitos estruturais esto associados

    capacidade do pavimento de suportar as cargas de projeto ou impostas. ATabela 2.3 apresentaos defeitos mais correntes em revestimentos asflticos.

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    Tabela 2.3Tipos e classes de defeitos superficiais em revestimentos asflticos flexveis

    (DNIT, 1998).

    ATabela 2.4 apresenta os principais defeitos funcionais nos pavimentos asflticos, bem como

    o nvel de severidade (progresso do defeito), segundo a Terminologia do DNIT05/2003.

    As fendas isoladas so classificadas em:

    - FC-1 quando as trincas possuem abertura superior das fissuras e menores que 1,0 mm;

    - FC-2 quando as trincas possuem abertura superior a 1,0 mm e sem eroso nas bordas;

    - FC-3 quando as trincas possuem abertura superior a 1,0 mm e com eroso nas bordas.

    As trincas interligadas so classificadas como FC-3 e FC-2 caso apresentem ou no eroso nas

    bordas, respectivamente.

    Funcional EstruturalTrincamento por fadiga sim depende

    Trincamento em bloco sim depende

    Trincamento longitudinal sim depende

    Trincamento transversal sim depende

    Trincamento na borda sim depende

    Trincamento parablico sim depende

    Depresso no depende

    Afundamento nas trilhas de rodas depende sim

    Corrugao no simEscorregamento depende sim

    Desgaste depende sim

    Exsudao no sim

    Agregados polidos no sim

    Remendos sim sim

    Panelas sim sim

    Desnvel entre pista e acostamento no sim

    Separao entre pista e acostamento no sim

    Bombeamento sim sim

    Tipo de Defeito Classe de Defeito

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    Tabela 2.4Codificao e classificao do