Avaliação do paciente com dor torácica

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Avaliação do paciente com dor torácica...13/08/10 Avaliação Complementar Unidade de dor torácica Epidemiologia: Em torno de 10 a 15% dos pacientes com Dor Torácica apresentam IAM Aproximadamente 5% dos pacientes com Dor Torácica são liberados erroneamente sem o diagnóstico Este grupo apresenta alta taxa de mortalidade – 25% Metas: Priorizar o atendimento Treinamento da equipe de saúde Fornecer estratégia diagnóstica e terapêutica organizada Rapidez Alta qualidade de cuidados Eficiência Redução de custos Tempo de chegada ao pronto socorro até o atendimento médico ou de enfermagem de três a cinco minutos Tempo máximo até a realização do eletrocardiograma de dez minutos Tempo de coleta dos marcadores de necrose miocárdica até o resultado de no máximo duas horas Disponibilidade de local apropriado para: Monitorização eletrocardiográfica contínua Oximetria de pulso Material para reanimação cardiopulmonar Diagnosticar causas potencialmente catastróficas – dissecção de aorta, embolia pulmonar, ruptura de esôfago, pneumotórax Marcadores de necrose miocárdica No primeiro instante que se atende um paciente com SCA faz-se necessária a coleta de amostra sangüínea para realizar mensuração de marcadores de necrose miocárdica Estes marcadores distinguem Angina instável de Infarto do miocárdio sem supra de ST CK-MB massa e/ou troponinas são os marcadores bioquímicos de escolha para o diagnóstico de necrose miocárdica

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Avaliação do paciente com dor torácica...13/08/10

Avaliação Complementar Unidade de dor torácica

Epidemiologia:

• Em torno de 10 a 15% dos pacientes com Dor Torácica apresentam IAM

• Aproximadamente 5% dos pacientes com Dor Torácica são liberados erroneamente sem o diagnóstico

• Este grupo apresenta alta taxa de mortalidade – 25%

Metas:

• Priorizar o atendimento

• Treinamento da equipe de saúde

• Fornecer estratégia diagnóstica e terapêutica organizada

‒ Rapidez

‒ Alta qualidade de cuidados

‒ Eficiência

‒ Redução de custos

• Tempo de chegada ao pronto socorro até o atendimento médico ou de enfermagem de três a cinco minutos

• Tempo máximo até a realização do eletrocardiograma de dez minutos

• Tempo de coleta dos marcadores de necrose miocárdica até o resultado de no máximo duas horas

• Disponibilidade de local apropriado para: ‒ Monitorização eletrocardiográfica contínua‒ Oximetria de pulso‒ Material para reanimação cardiopulmonar

• Diagnosticar causas potencialmente catastróficas – dissecção de aorta, embolia pulmonar, ruptura de esôfago, pneumotórax

Marcadores de necrose miocárdica

• No primeiro instante que se atende um paciente com SCA faz-se necessária a coleta de amostra sangüínea para realizar mensuração de marcadores de necrose miocárdica

• Estes marcadores distinguem Angina instável de Infarto do miocárdio sem supra de ST

• CK-MB massa e/ou troponinas são os marcadores bioquímicos de escolha para o diagnóstico de necrose miocárdica

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• A mioglobina é um marcador muito precoce de necrose miocárdica, precedendo a liberação de CK-MB em 2 a 5 horas

• A principal limitação da CK MB é elevar-se após dano em outros tecidos não-cardíacos (falso-positivos), como nas lesões em músculo liso e esquelético

• CK-MB em duas dosagens sucessivas ou o dobro do valor de referência:

• Critérios de IAM • Índice Relativo de CK: 100 x CK-MB

CK• Índice Relativo

• <4%: Lesão muscular• 4-25%: IAM• >25%: Macroenzimas

• troponina apresenta maior especificidade para lesão miocárdica, na medida em que a

CK-MB é encontrada em tecidos não cardíacos

• Habilidade em detectar pequenas quantidades de lesão miocárdica, não detectável

pelos ensaios de CK-MB

Marcadores de necrose miocárdica:

• troponina apresenta maior especificidade para lesão miocárdica, na medida em que a CK-MB é encontrada em tecidos não cardíacos

• Habilidade em detectar pequenas quantidades de lesão miocárdica, não detectável pelos ensaios de CK-MB

• Avaliação Complentar • Eletrocardiograma

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• Teste ergométrico • Ecocardiograma • Ecocardiograma com estresse • Cintilografia Miocárdica • Tomografia (escore de cálcio) • Ressonância Nuclear magnética • Estudo Hemodinâmico – cateterismo

• Eletrocardiograma

• É o método mais utilizado na avaliação inicial dos pacientes com dor torácica

• O registro eletrocardiográfico não somente pode estabelecer relação entre sintoma clínico e diagnóstico das síndromes coronárias agudas, como também oferecer informações relevantes para a melhor opção terapêutica e estratificação prognóstica

• Todos os pacientes com, ou suspeita de SCA devem realizar ECG • Idealmente o ECG deve ser realizado em até 10 minutos após a

chegada ao hospital O ECG deve ser repetido, nos casos não diagnósticos, pelo menos uma

vez, em até 6 horas

Realizar as 12 derivações convencionais e V3R , V4R, V7 e V8 se IAM inferior e suspeita de acometimento de ventrículo direito e parede posterior

• Na presença de ECG prévio o mesmo deve ser utilizado para comparação

• Qualquer alteração nova ou presumidamente nova do segmento ST ou onda T está associada com maior chance de doença coronária

• Apresentações

– Normal ou inespecífico

– Alterações da Onda T

– Alterações do Segmento ST

– Bloqueio de Ramo Esquerdo

Normal ou inespecífico

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Eletrocardiograma

• NFRA DESNÍVEL DE ST OU INVERSÃO DE ONDA T

‒ Desvio negativo do ponto J > 0.5 mm em pelo menos 2 derivações

contíguas

‒ Inversão da onda T > 2 mm simétrica em pelo menos 2 derivações

contíguas

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SUPRA DESNÍVEL DO SEGMENTO ST

‒ Elevação nova ou presumivelmente nova do segmento ST no ponto

J em duas ou mais derivações contiguas > ou = 2mm nas

derivações V1, V2 ou V3 e > ou = 1mm nas outras derivações

• BLOQUEIO DO RAMO ESQUERDO

‒ Complexos QRS > 120ms com morfologia Qs ou rS em V1 e

ausência de onda q em D1 , V5 ou V6

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• Eletrocardiograma

• Presença de infra desnível de ST > 0.5 mm está associada a alto risco de eventos cardíacos em pacientes com SCA

• Indivíduos com inversão de onda T > 2 mm ou ondas Q patológicas, apresentam risco intermediário de eventos

• Alterações dinâmicas do segmento ST (depressão ou elevação do ST > 1mm, e/ou inversões da onda T) que se resolvem pelo menos parcialmente quando os sintomas são aliviados, são marcadores de prognóstico adverso

• Arritmias: taquicardia (FC > 100 bpm), bradicardia (FC < 50 bpm) ou bloqueio completo de ramo esquerdo novo ou presumidamente novo, são marcadores de pior prognóstico

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO ANGINA INSTÁVEL

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ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DE MORTE OU INFARTO EM PACIENTES COM SINDROME

CORONARIA AGUDA EM SUPRA DESNIVEL DO SEGMENTO ST

ESCORE TIMI

PROTOCOLOS

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Protocolos:

• Rota 1

– Dor e ECG muito sugestivos de IAM. Admissão na Unidade

Coronária

• Rota 2

– Dor tipo “A” ou “B”, com ECG normal ou inespecífico. ECG com

infra de ST ou onda T invertida. BRE com dor não sugestiva de

IAM. Manter no PA ou admitir na Unidade Coronária por 9 a 12

horas. Seriar (0, 3 e 9 horas) ECG, Marcadores de Necrose

Miocárdica. Ecocardiograma. Se exames normais - Teste

ergométrico ou outra prova funcional em 9 a 12 horas

– • Rota 3

– Dor tipo “C” e ECG normal ou inespecífico. Manter no PA ou admitir na

Unidade Coronária por 6 horas. Seriar (0 e 3 horas) ECG, marcadores de

necrose miocárdica. Ecocardiograma. Se exames normais Teste ergométrico

ou outra prova funcional em 6 horas

• rota 4

– Suspeita de Tromboembolismo de Pulmão ou Dissecção da Aorta,

Doença esofágica. Admitir na Unidade Coronária. Realizar

marcadores de necrose miocárdica, Ecocardiograma trans

esofágico, angiotomografia e ressonância do tórax

• Rota 5

– Dor tipo “D”, ECG normal ou inespecífico. Alta imediata.

Recomendação de avaliação complementar ambulatorialmente

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Avaliação da dor torácica

1. – Dor muito sugestiva, definitivamente anginosa. Quase Dor Tipo A

certeza do diagnóstico independente dos exames

2. – Isquemia é a principal hipótese. Exige exames Dor Tipo B

complementares para confirmação diagnóstica

3. – Isquemia não é a principal hipótese. Exige exames para Dor Tipo C

excluir o diagnóstico

4. – Isquemia improvável Dor Tipo D

Indicadores de doença vascular torácica

• Síncope e ou déficit neurológico

• Choque

• Hemoptise

• Trombose venosa profunda ou tromboembolismo de pulmão

• Imobilização prévia e dispnéia

• Alargamento de mediastino

• Déficit de pulso

Indicadores de espasmo esofágico

• Doença se manifesta em ambos os sexos

• Faixa etária entre 50 a 60 anos

• Dor no peito, retrosternal irradiada para o dorso ou mandíbula

• Disfagia intermitente, súbita, acompanhada de parada transitória do alimento

• Pode ser desencadeada pela ingestão de líquidos ou em repouso