Astronomia Limpando o lixo espacial - cdn.rbth.com · de Fora e Salvador em 2009, o Balé Nacional...

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P.4 QUARTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2012 O melhor da gazetarussa.com.br Publicado e distribuído com The New York Times (EUA), The Washington Post (EUA), The Daily Telegraph (Reino Unido), Le Figaro (França), La Repubblica (Itália), El País (Espanha), Folha de S.Paulo (Brasil), The Economic Times (Índia), La Nacion (Argentina), Süddeutsche Zeitung (Alemanha), The Mainichi Shimbun (Japão) e outros grandes diários internacionais PRODUZIDO POR RUSSIA BEYOND THE HEADLINES www.rbth.ru Segundo a Roscosmos, há 200 mil objetos entre 1 e 10 cm de tamanho na órbita terrestre, a 36 mil km/h Chegada de redes como Starbucks e Costa Coffee provocaram crescimento, que chegou aos US$ 2,2 bilhões no ano passado Para muitas pessoas no mundo inteiro a frase “bom dia” só faz sentido depois de uma xícara de café. Na Rús- sia, até recentemente, não era bem assim. E não porque Commodity Venda do produto dobrou em cinco anos Consumidor ainda está em formação. Quebra da safra e consequente aumento dos preços pode direcioná-lo para café vietnamita. País alcança sétima posição no mercado mundial de café VIKTÓRIA KAKHÉLINA ESPECIAL PARA GAZETA RUSSA História antiga Diplomata fala com exclusividade de documentos trocados entre Brasil e Rússia no século 19 P.2 Russos querem retirar do espaço milhares de objetos sem utilidade que colocam em risco a vida de astronautas. Em meados de outu- bro, uma das par- tes de um foguete lançador de sa- télites, o está- gio superior Briz-M, de- sintegrou- -se em ór- bita. De acordo com especialistas do Centro de Controle de Mis- sões Espaciais, cinco gran- des fragmentos do Briz-M, além de dezenas de outros menores, espalharam-se pelo espaço em órbitas de 250 km a 5 mil km de altitude. Agora, representam uma ameaça para os veículos espaciais que orbitam a essa altura. O lixo espacial, objetos que não desempenham nenhuma função em órbita, pode gerar acidentes fatais, por exemplo, em choque com a ISS (Esta- ção Espacial Internacional), que opera a uma altitude de cerca de 400 km. De acordo com estimativas ANDRÊI KISLIAKOV ESPECIAL PARA GAZETA RUSSA da agên- cia espacial russa Roscos- mos, o número de objetos com dimensões de 1 a 10 cm teria alcançado 200 mil em 2010. Acumulando-se principalmente a uma altura de 850 km a 1,5 mil km, o lixo obedece à lei da gravidade e pode cair na Terra. “Se não forem tomadas me- didas para melhorar a situa- ção em relação ao lixo espa- cial, voos tripulados e lançamentos de satélites serão impossíveis no futuro”, expli- ca o porta-voz da Academia de Ciências da Engenharia, Iúri Záitsev. Um dos maiores perigos é a alta velocidade com que o lixo se desloca no espaço (cerca de 36 mil km/h). Até um fragmento de 0,5 mm poderia perfurar a roupa de um cosmonauta a essa velocidade. Atualmente, os Estados Unidos e a Rússia conseguem apenas rastrear a trajetória dos detritos espaciais para evitar colisões, mas não pos- suem técnicas eficazes para sua remoção nem para evitar que o lixo se acumule ainda mais no espaço. Lago pode se tornar polo de ecoturismo no país NOTAS O “PAK DA”, novo bombardeiro desenvol- vido para a Força Aérea da Rússia, não será hipersônico, segundo o comandante da aviação estratégica russa, general Ana- tóli Jíkharev. Suas declarações vão na con- tramão das do vice-premiê Dmítri Rogo- zin, encarregado de supervisionar a indústria militar do país, que anunciou em agosto passado que o equipamento seria hipersônico. A incorporação das aerona- ves é esperada para 2020. Ria Nóvosti O Instituto de Tradução abriu, no último dia 20 de novembro, as inscrições para o prêmio Read Russia. Criada em 2011, a premiação é a única no país a agraciar os melhores tradutores de literatura russa para línguas estrangeiras, e está dividido nas categorias: Clássicos do século 19; Sé- culo 20 (até 1990); Contemporânea (a par- tir de 1990); Poesia. As inscrições ficam abertas até 30 de abril de 2013. Marina Darmaros Força Aérea ganha novo bombardeiro em 2020 Tradutores premiados Para celebrar os 100 anos de nascimento de Jorge Amado, saiu na Rússia a primei- ra tradução do romance do escritor baia- no “Tocaia Grande”. A obra foi lançada no 5° Festival de Cinema Brasileiro, em Moscou, que contou também com exibição do filme “Capitães de Areia” (2011), diri- gido pela neta do escritor, Cecília Amado. Jorge sempre gozou de grande populari- dade no país e na era soviética foi agra- ciado com o Prêmio Lênin da Paz. Maria Azálina Amado homenageado em centenário Baikal é o destino CONTINUA NA PÁGINA 3 CONTINUA NA PÁGINA 4 Sopa fria traz sopro refrescante ao verão DEFESA RECEITA Segurança reforçada Campo de testes nucleares no Ártico receberá caças PÁGINA 2 PÁGINA 4 NESTA EDIÇÃO Astronomia Desintegração de foguete lançador de satélites reacende discussão sobre detritos espaciais Limpando o lixo espacial conseguir um bom café tenha sido um grande problema na ex-URSS. O problema é que, durante séculos, a principal bebida revigorante não alco- ólica no país foi o chá, im- portado da China e da Índia, países menos distantes do que o Brasil, por exemplo. Mas as coisas mudaram. O número de cafeterias nas cidades russas aumentou, graças à chegada de redes varejistas internacionais como Starbucks e Costa Co- ffee e ao aumento de renda da população. Isso provocou um enorme crescimento do mercado de café na Rússia, que chegou aos US$ 2,2 bi- lhões no ano passado. Como resultado, o país subiu para a sétima posição no ranking dos países de maior consumo da bebida por habitante. A consulto- ria Euromonitor estima que esse mercado deva crescer 5% ao ano na Rússia até 2016. Apesar da ampla gama de variedades e marcas, a maioria dos russos ainda se orienta pelo preço, e não pela qualidade do produto, na hora da compra. “Nosso mercado ainda é muito jovem, e a cultura de consumo de café não é tão desenvolvida”, explica Ramaz Chantúria, diretor- -geral da Associação Ros- chaikofe (Chá e Café Russos). “Se aumentarmos o preço, o consumidor russo optará CONTINUA NA PÁGINA 2 Dança Companhia, que fez turnê no Brasil em 2009, pretende voltar no primeiro semestre do ano que vem Depois de mais de três anos de intervalo, a trupe de Viatcheslav Gordeev quer voltar ao Brasil em grande estilo em 2013. Com turnês regulares pela América Latina, o Balé Na- cional Russo tem espetácu- los garantidos anualmente no Peru, Colômbia, México e Ve- nezuela. Agora, após mais de três anos sem vir ao Brasil, seu diretor Viatcheslav Gor- deev quer retonar ao país sul- -americano já no primeiro semestre de 2013. Depois de apresentar Dom Quixote, de León Minkus, e A Bela Adormecida, de Piotr Tchaikovsky, em uma turnê brasileira que passou por São Paulo, Rio de Janei- ro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Salvador em 2009, o Balé Nacional Russo final- mente faz planos de retor- nar aos palcos brasileiros. “Nós gostaríamos de vol- ros nosso balé e, possivel- mente, convidar depois as companhias de dança bra- sileiras para virem à Rús- sia”, afirma Gordeev. Ex-diretor artístico, além de solista do Balé Bolshoi por duas décadas (1968- 1989), Gordeev recebeu 14 medalhas e prêmios nacio- nais por sua contribuição às artes, entre eles o título de “Artista Popular da União Soviética” (1984), e a A volta do Balé Nacional Russo MARINA DARMAROS GAZETA RUSSA tar ao Brasil. Infelizmente tivemos um intervalo de 3 ou 4 anos desde a última vi- sita, mas agora tudo dará certo, porque, além da dança, é necessária uma boa organização”, disse Gorde- ev à Gazeta Russa. “Claro que seria muito bom nos apresentarmos no- vamente em diversas cida- des, mas, por enquanto, isso ainda está indefinido. Gos- taríamos de incrementar os laços culturais entre nossos países, mostrar aos brasilei- h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h he e e e e e e e e e e e e Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z Z © ALEKSANDR MAKAROV_RIA NOVOSTI FOTOIMEDIA ALAMY/LEGION MEDIA ALAMY/LEGION MEDIA DIVULGAÇÃO SHUTTERSTOCK/LEGION-MEDIA © RIA NOVOSTI

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QUARTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2012

O melhor da gazetarussa.com.br

Publicado e distribuído com The New York Times (EUA), The Washington Post (EUA), The Daily Telegraph (Reino Unido), Le Figaro (França), La Repubblica (Itália), El País (Espanha), Folha de S.Paulo (Brasil), The Economic Times (Índia), La Nacion (Argentina), Süddeutsche Zeitung (Alemanha), The Mainichi Shimbun (Japão) e outros grandes diários internacionais

PRODUZIDO PORRUSSIA BEYONDTHE HEADLINESwww.rbth.ru

Segundo a Roscosmos, há 200 mil objetos entre 1 e 10 cm de tamanho na órbita terrestre, a 36 mil km/h

Chegada de redes como Starbucks e Costa Coffee provocaram crescimento, que chegou aos US$ 2,2 bilhões no ano passado

Para muitas pessoas no mundo inteiro a frase “bom dia” só faz sentido depois de uma xícara de café. Na Rús-sia, até recentemente, não era bem assim. E não porque

Commodity Venda do produto dobrou em cinco anos

Consumidor ainda está em formação. Quebra da safra e consequente aumento dos preços pode direcioná-lo para café vietnamita.

País alcança sétima posição no mercado mundial de café

VIKTÓRIA KAKHÉLINAESPECIAL PARA GAZETA RUSSA

História antigaDiplomata fala com exclusividade de documentos trocados entre Brasil e Rússia no século 19

P.2

Russos querem retirar do espaço milhares de objetos sem utilidade que colocam em risco a vida de astronautas.

Em meados de outu-bro, uma das par-tes de um foguete lançador de sa-télites, o está-gio superior Briz-M, de-sintegrou--se em ór-bita. De acordo com especialistas do Centro de Controle de Mis-sões Espaciais, cinco gran-des fragmentos do Briz-M, além de dezenas de outros menores, espalharam-se pelo espaço em órbitas de 250 km a 5 mil km de altitude. Agora, representam uma ameaça para os veículos espaciais que orbitam a essa altura.

O lixo espacial, objetos que não desempenham nenhuma função em órbita, pode gerar acidentes fatais, por exemplo, em choque com a ISS (Esta-ção Espacial Internacional), que opera a uma altitude de cerca de 400 km.

De acordo com estimativas

ANDRÊI KISLIAKOVESPECIAL PARA GAZETA RUSSA

da agên-cia espacial russa Roscos-

mos, o número de objetos com dimensões de 1 a 10 cm teria alcançado 200 mil em 2010. Acumulando-se principalmente a uma altura de 850 km a 1,5 mil km, o lixo obedece à lei da gravidade e pode cair na Terra.

“Se não forem tomadas me-didas para melhorar a situa-ção em relação ao lixo espa-cial, voos tripulados e lançamentos de satélites serão impossíveis no futuro”, expli-ca o porta-voz da Academia de Ciências da Engenharia, Iúri Záitsev. Um dos maiores perigos é a alta velocidade com que o lixo se desloca no espaço (cerca de 36 mil km/h). Até um fragmento de 0,5 mm poderia perfurar a roupa de um cosmonauta a essa velocidade.

Atualmente, os Estados Unidos e a Rússia conseguem apenas rastrear a trajetória dos detritos espaciais para evitar colisões, mas não pos-suem técnicas efi cazes para sua remoção nem para evitar que o lixo se acumule ainda mais no espaço.

Lago pode se tornar polo de ecoturismo no país

NOTAS

O “PAK DA”, novo bombardeiro desenvol-vido para a Força Aérea da Rússia, não será hipersônico, segundo o comandante da aviação estratégica russa, general Ana-tóli Jíkharev. Suas declarações vão na con-tramão das do vice-premiê Dmítri Rogo-zin, encarregado de supervisionar a indústria militar do país, que anunciou em agosto passado que o equipamento seria hipersônico. A incorporação das aerona-ves é esperada para 2020.

Ria Nóvosti

O Instituto de Tradução abriu, no último dia 20 de novembro, as inscrições para o prêmio Read Russia. Criada em 2011, a premiação é a única no país a agraciar os melhores tradutores de literatura russa para línguas estrangeiras, e está dividido nas categorias: Clássicos do século 19; Sé-culo 20 (até 1990); Contemporânea (a par-tir de 1990); Poesia. As inscrições fi cam abertas até 30 de abril de 2013.

Marina Darmaros

Força Aérea ganha novo bombardeiro em 2020

Tradutores premiados

Para celebrar os 100 anos de nascimento de Jorge Amado, saiu na Rússia a primei-ra tradução do romance do escritor baia-no “Tocaia Grande”. A obra foi lançada no 5° Festival de Cinema Brasileiro, em Moscou, que contou também com exibição do fi lme “Capitães de Areia” (2011), diri-gido pela neta do escritor, Cecília Amado. Jorge sempre gozou de grande populari-dade no país e na era soviética foi agra-ciado com o Prêmio Lênin da Paz.

Maria Azálina

Amado homenageado em centenário

Baikal é o destino

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Sopa fria traz sopro refrescante ao verão

DEFESA

RECEITA

Segurança reforçadaCampo de testes nucleares no Ártico receberá caçasPÁGINA 2

PÁGINA 4

NESTA EDIÇÃO

Astronomia Desintegração de foguete lançador de satélites reacende discussão sobre detritos espaciais

Limpando o lixo espacial

conseguir um bom café tenha sido um grande problema na ex-URSS. O problema é que, durante séculos, a principal bebida revigorante não alco-ólica no país foi o chá, im-portado da China e da Índia, países menos distantes do que o Brasil, por exemplo.

Mas as coisas mudaram. O número de cafeterias nas cidades russas aumentou, graças à chegada de redes varejistas internacionais

como Starbucks e Costa Co-ffee e ao aumento de renda da população. Isso provocou um enorme crescimento do mercado de café na Rússia, que chegou aos US$ 2,2 bi-lhões no ano passado.

Como resultado, o país subiu para a sétima posição no ranking dos países de maior consumo da bebida por habitante. A consulto-ria Euromonitor estima que esse mercado deva crescer

5% ao ano na Rússia até 2016.

Apesar da ampla gama de variedades e marcas, a maioria dos russos ainda se orienta pelo preço, e não pela qualidade do produto, na hora da compra.

“Nosso mercado ainda é muito jovem, e a cultura de

consumo de café não é tão desenvolvida”, expl ica Ramaz Chantúria, diretor--geral da Associação Ros-cha i kofe (Chá e C a fé Russos).

“Se aumentarmos o preço, o consumidor russo optará

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Dança Companhia, que fez turnê no Brasil em 2009, pretende voltar no primeiro semestre do ano que vem

Depois de mais de três anos de intervalo, a trupe de Viatcheslav Gordeev quer voltar ao Brasil em grande estilo em 2013.

Com turnês regulares pela América Latina, o Balé Na-cional Russo tem espetácu-los garantidos anualmente no Peru, Colômbia, México e Ve-nezuela. Agora, após mais de três anos sem vir ao Brasil, seu diretor Viatcheslav Gor-

deev quer retonar ao país sul--americano já no primeiro semestre de 2013.

Depois de apresentar Dom Quixote, de León Minkus, e A Bela Adormecida, de Piotr Tchaikovsky, em uma turnê brasileira que passou por São Paulo, Rio de Janei-ro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Juiz de Fora e Salvador em 2009, o Balé Nacional Russo fi nal-mente faz planos de retor-nar aos palcos brasileiros.

“Nós gostaríamos de vol-

ros nosso balé e, possivel-mente, convidar depois as companhias de dança bra-sileiras para virem à Rús-sia”, afi rma Gordeev.

Ex-diretor artístico, além de solista do Balé Bolshoi por duas décadas (1968-1989), Gordeev recebeu 14 medalhas e prêmios nacio-nais por sua contribuição às artes, entre eles o título de “Artista Popular da União Sov iét ica” (1984), e a

A volta do Balé Nacional Russo

MARINA DARMAROSGAZETA RUSSA

tar ao Brasil. Infelizmente tivemos um intervalo de 3 ou 4 anos desde a última vi-sita, mas agora tudo dará certo, porque, além da dança, é necessária uma boa organização”, disse Gorde-ev à Gazeta Russa.

“Claro que seria muito bom nos apresentarmos no-vamente em diversas cida-des, mas, por enquanto, isso ainda está indefi nido. Gos-taríamos de incrementar os laços culturais entre nossos países, mostrar aos brasilei-

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ENTREVISTA BORIS KOMISSAROV

Brasil-Rússia, uma ponte ambientalESPECIALISTA NAS RELAÇÕES ENTRE OS

PAÍSES ACABA DE DIGITALIZAR ACERVO DE

CABOS DIPLOMÁTICOS BILATERAIS

MARIA DEGTIAREVAESPECIAL PARA GAZETA RUSSA

Um acervo de documentos diplomáticos brasileiros do século 19 com informações sobre a Rússia acaba de ser digitalizado em São Peters-burgo. O trabalho é de Boris Komissarov, historiador e professor da Universidade de São Petersburgo, que falou à Gazeta Russa em entrevis-ta exclusiva.

Como foram descobertos os documentos?Fui pela primeira vez ao Bra-sil em 1988 como consultor de uma grande exposição sobre o viajante e cientista russo-alemão Grigóri Lang-dsorff, que foi cônsul-geral da Rússia no Rio de Janeiro e organizou, no início do sé-culo 19, uma grande expedi-ção no interior do Brasil.

Estou muito envolvido nos estudos sobre esse viajante e a história das relações entre Rússia e Brasil. Assim, con-segui permissão para foto-grafar os documentos no ar-quivo do Ministério das Relações Exteriores brasilei-ro, totalizando cerca de 35 mil fotografi as.

A maior parte do acervo era composto de mensagens de di-plomatas brasileiros em São Petersburgo no período de 1825 a 1896. Os documentos estavam em mau estado de conservação, cheios de inse-tos, com o papel roído em mui-tas partes. Muitos documen-tos originais não foram preservados. Quando voltei à Rússia, as digitalizações foram encaminhadas para a Biblio-teca Presidencial Iéltsin.

Se as relações diplomáticas entre Rússia e Brasil se es-tabeleceram em 1828, por que os primeiros documen-tos datam de 1825? O processo de estabelecimen-to das relações diplomáticas começou em 1825 e teve a participação ativa dos diplo-matas russos e brasileiros em Londres e Viena. Os docu-mentos relativos aos conta-tos diplomáticos nestas duas cidades – redigidos, aliás, em vários idiomas, inclusive francês– também foram fotografados.

Estou trabalhando em uma grande obra dedicada às re-lações entre os dois impérios, do Brasil e da Rússia, no pe-ríodo de 1808 a 1889.

O primeiro volume é dedi-cado a suas raízes e vai in-cluir, entre outras coisas, parte do material digitaliza-do referente ao período de 1825 a 1831. Quero concluir o primeiro volume até a cú-pula dos países do Brics, pre-vista para meados do ano que vem.

Qual parte desse material já foi analisada? O material básico já foi ana-lisado, e mostra que a Rús-sia reconheceu a independên-cia do Brasil por razões econômicas, enquanto o Bra-sil perseguia objetivos polí-ticos com o reconhecimento russo.

Cercado por repúblicas de língua espanhola, o Brasil era a única monarquia na América Latina. Com mais de oito milhões de quilôme-tros quadrados, queria refor-çar seu estatuto monárquico com ajuda do maior império setentrional.

Quais foram os motivos eco-nômicos que levaram a Rússia a estabelecer relações com o Brasil?A Rússia queria vender trigo, ferro e outras mercadorias ao

Brasil. Por isso, foi o 26º país a reconhecer a independên-cia brasileira. Mas as trocas comerciais entre os dois pa-íses não tiveram um desen-volvimento notável por vá-rias razões, entre as quais a servidão e a ausência de uma mar in ha mercante na Rússia.

Por outro lado, a Rússia poderia ter convocado ma-rinheiros fi nlandeses depois de anexar o país nórdico no início do século 19, ou os po-mores, povo marinheiro re-sidente perto do Mar Bran-co, ou os gregos que viviam

no país, próximos ao mar Negro. Mas tudo isso seria insufi ciente para um impé-rio tão grande como a Rús-sia. Portanto, a única solu-ção era fretar embarcações estrangeiras.

O Brasil também tinha di-fi culdades de estabelecer re-lações comerciais com a Rús-sia devido à dependência brasileira da Grã-Bretanha, que não estava interessada na evolução do contato da-queles com os russos.

Assim, o comércio entre Brasil e Rússia era mantido, na época, por intermédio de

companhias inglesas e holan-desas, entre outras.

Hoje, o progresso das re-lações comerciais também não é meta prioritária, já que há problemas mais impor-tantes decorrentes da crise ambiental global.

Por que a cooperação entre Rússia e Brasil nessa verten-te é importante?O relacionamento entre os dois países é importante para todo o mundo. Rússia e Brasil concentram 19% da superfície terrestre do pla-neta e 62% das fl orestas do mundo, além das maiores re-servas de água doce, que são limitadas.

Cinco milhões de pessoas morrem todos os anos em de-corrência do consumo de água impura. Portanto, a aliança Rússia-Brasil tem importância vital para todo o planeta.

Grigóri Langsdorff contri-buiu não só para o desenvol-vimento das relações dos rus-sos com os brasileiros, mas também com os indianos e chineses. Assim, ele pode ser

considerado o precursor da ideia de criação do Brics.

No século 19, os contatos com outros países latino--americanos eram mantidos por meio do Rio de Janeiro. No fi nal do século 19, a em-baixada russa no Rio tam-bém representava o país na Argentina (1885), Uruguai (1887), Paraguai (1908) e Chile (1911).

A linha ambiental nos con-tatos entre russos e brasilei-ros no âmbito do Brics pode contrabalançar a forte ex-pansão econômica da China, cuja situação ambiental é muito ruim, e, por outro lado, o crescimento descontrolado da população na Índia.

Portanto, Moscou e Brasí-lia devem rever suas relações, dando destaque à segurança ambiental. A ligação entre os dois países pode atrair tam-bém outros com vastos ter-ritórios livres de atividades econômicas como, por exem-plo, Peru, Equador, Venezue-la, EUA (com o Alasca), Aus-trália e Argélia. Isso é mais importante do que criar mais um canal de comércio.

RAIO-X

Mestre e doutor em história pela Universidade Estatal de São Petersburgo, Boris Komis-sarov pesquisa e estuda desde os anos 1970 documentos rela-

cionados ao arquivo do viajan-te e diplomata Grigóri Langs-dorff, que viajou pelo Brasil de 1821 a 1829, assim como docu-mentos de outros diplomatas, viajantes e navegadores russos relacionados ao país latino--americano no início do século 19. É diretor do Centro Luso--Brasileiro da Universidade de São Petersburgo.

IDADE: 72

ESPECIALIDADE: HISTORIA-

DOR BRASILIANISTA

A liderança política e mili-tar da Rússia está reforçan-do a segurança do único campo de testes nucleares que permanece em posse do país, localizado no arquipé-lago de Terra Nova. Até o fi nal de 2013, um grupo de caças interceptores supersô-nicos Mig-31 será estaciona-do no local, cujas águas cos-teiras serão patrulhadas por navios da Esquadra do Mar do Norte. Em tempos sovié-ticos, tais preparativos nor-malmente antecediam a re-a l i z a ç ã o d e t e s t e s nucleares.

Para o engenheiro de mís-seis e foguetes espaciais Ger-bert Efremov, no entanto, o envio de aviões e navios à re-gião está relacionado às rei-vindicações do país sobre parte do leito ártico. “Cria-mos um sistema de verifi ca-ção de munições nucleares tão efi caz que não precisa-mos realizar mais testes”, ex-plica Efremov.

Em 1963, os chefes de Es-tado da URSS e dos EUA as-

Defesa Caças interceptores Mig-31 e esquadra da Marinha patrulharão Terra Nova em 2013

Especialista supõe que envio de aviões e navios à região seja prenúncio de testes nucleares, como ocorria durante a era soviética.

sinaram um tratado de proi-bição de testes nucleares na atmosfera, no espaço e no fundo dos oceanos, estabe-lecendo ainda restrições à po-tência das munições testadas. Após a assinatura do trata-do, os testes nucleares em

Terra Nova passaram a ser realizados no subsolo, para evitar a contaminação radio-ativa do meio ambiente.

No início dos anos 1990, o governo russo suspendeu todos os testes nucleares em Terra Nova e assinou o CTBT

(Tratado de Proibição Com-pleta de Testes Nucleares), na esperança de que esse passo permitisse que Rússia e Es-tados Unidos, antigos inimi-gos durante a Guerra Fria, se sentassem à mesa de ne-gociação para iniciar o pro-cesso de redução dos arse-nais nucleares. No entanto, Washington não aderiu à ini-ciativa de Moscou, embora tivesse declarado uma mo-ratória aos testes nucleares.

A novidadeA tecnologia de explosões hi-drodinâmicas ou subcríticas foi colocada em prática por todas as potências nuclear-mente armadas e levou os EUA e o Reino Unido a re-verem sua posição em rela-ção aos tratados internacio-nais sobre a proibição dos testes nucleares. As experi-ências com réplicas de mu-nições nucleares são realiza-das nas mesmas galerias e com a mesma tecnologia usada nos testes das muni-ções nucleares reais. A única e principal diferença entre as explosões subcríticas e as nucleares é que as réplicas utilizam uma matéria nucle-ar subcrítica que libera, na explosão, uma energia equi-valente a 0,1 microgramas de TNT.

A nova tecnologia permite à Rússia manter seu arsenal pronto para o combate e ino-fensivo durante tempos de paz. Como resultado,hoje res-tam restam apenas duas das quatro empresas especializa-das diretamente em monta-gem e desmontagem de arte-fatos nucleares que existiam na Rússia em 2003. O país pos-sui exatas 2.679 ogivas nucle-ares, segundo o site Armas Nucleares Estratégicas da Rússia.

Campo de testes nucleares no Ártico terá segurança reforçada

DMÍTRI LITÓVKINESPECIAL PARA GAZETA RUSSA

Mapa dos países com armas nucleares

Segundo Záitsev, os estágios superiores dos veículos lan-çadores poderiam ser trazi-dos de volta para a atmosfe-ra da Terra por meio de um impulso de frenagem. Porém, quando um veículo espacial é colocado em órbita geoes-tacionária, o estágio superior permanece no espaço.

Já para satélites no fi nal de sua vida útil, há uma legisla-ção espacial internacional que obriga a retirá-los da órbita geoestacionária para uma ór-bita segura, conhecida como cemitério de satélites, a cen-tenas de quilômetros de altitude.

Em meados de outubro, a Roscosmos anunciou um in-vestimento de US$ 2 bilhões no programa de coleta e neu-tralização dos detritos espa-ciais. A empresa espacial es-tatal russa Enérguia disse que irá construir um “aspirador”

espacial para retirar de órbi-ta cerca 600 satélites fora de uso, com lançamento plane-jado para 2023. A Enérguia afi rma ainda estar trabalhan-do em um projeto de intercep-tor espacial destinado a neu-tralizar objetos perigosos vindos do sistema solar exterior.

Além disso, o Centro de As-tronomia de Moscou inaugu-rou um novo sistema de ras-treamento de objetos e alerta para situações de emergência no espaço. “O novo sistema acumula dados de quase todos os observatórios do mundo e é capaz de avisar antecipada-mente sobre um eventual pe-rigo para os veículos espa-ciais”, explica o vice-diretor do centro, Anatóli Zaiats.

Ainda de acordo com Zaiats, o sistema não tem equivalen-te para uso não militar e, no futuro, será usado para tra-tar diretamente o problema do lixo espacial.

Rússia quer faxina para lixo espacial

Desintegração de Briz-M resul-tou em detritos

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

Nova tecnologia permite arsenais inofensivos durante a paz, mas prontos para combate

O primeiro teste de arma nuclear (Trinity) foi rea-lizado em 1945. O país é o único que já usou uma arma nuclear contra outra nação (o Japão, em Hiroshima e Nagasaki). Foi o primeiro Estado a testar uma bomba de hidrogênio (Ivy Mike, em 1952).

Realizou o primeiro teste de arma nuclear (Hurricane) em 1952.Testou uma bomba de hidrogênio pela primeira vez em 1957.

Testou uma arma nuclear (Gerboise Bleue) em 1960. O primeiro teste de bomba de hidro-gênio (Operation Canopus) foi rea-lizado em 1968.

A União Soviética realizou seu primeiro teste nucle-ar (RDS-1) em 1949. Em 1953 e 1955, testou bom-bas de hidrogênio (RDS-6 e RDS-37). O legado de armas nucleares da União Soviética passou à Federação Russa.

Foi o primeiro Estado asiático a criar e testar uma arma nuclear, em 1964. Em 1967, testou uma bomba de hidrogênio.

Coreia do Norte: Assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, mas se retirou em 2003.

Índia: Realizou a primeira detonação nuclear em 1974.

Paquistão: Primeiro teste de um dispo-sitivo nuclear reali-zado em 1998.

Membros do “Clube Nuclear”

Países que não fazem parte do “Clube Nuclear”, mas possuem armas nucleares

Segundo especialistas, podem se juntar ao “Clube Nuclear” nos próximos 5 a 10 anos

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GAZETA RUSSAWWW.GAZETARUSSA.COM.BR Economia e Negócios

logo por um produto mais barato e de pior qualidade ou desistirá completamen-te de consu m ir café”, completa.

De acordo com a Associa-ção dos Países Produtores de Café, a Rússia mantém a liderança mundial no con-sumo de café instantâneo, com 57 mil toneladas por ano. Os britânicos, por exemplo, consomem cerca de 30 mil toneladas da be-bida instantânea por ano, enquanto os japoneses, entre 28 e 29 toneladas.

O crescimento do merca-do russo deverá ser impul-sionado pela venda de café natural.

“As pessoas provam e sen-tem a diferença de sabor”, diz Aleksandr Kolkov, di-retor-geral na Rússia do grupo fi nlandês Paulig, se-gundo maior fornecedor de café torrado no país. Há dez anos, a participação de café instantâneo no mercado russo era de 10% a 15% maior que os atuais 68%. A fatia restante do mercado é ocupada pelo café em grãos.

Segundo Chatúria, outra tendência importante ob-servada no país é o surgi-mento de empresas especia-lizadas em processamento e embalagem do produto acabado. Com o fi m do im-posto sobre a importação de café verde há alguns anos,

este se tornou economica-mente mais rentável para compra.

Praticamente todos os grandes players do merca-do russo possuem fábricas de processamento e emba-lagem de café no país. Hoje, o produto processado inter-namente representa mais de 80% do segmento de café torrado e moído, e mais de 50% do de café solúvel.

Os líderes no processa-mento e venda de café na Rússia são a Kraft Foods Inc., dos Estados Unidos, a Nestlé SA, da Suíça, e a Paulig, embora o consumi-dor russo continue associan-do o produto ao país onde o grão é cultivado. A com-binação das palavras “café” e “brasileiro” é considera-da quase uma expressão idiomática na Rússia, onde a participação do Brasil no mercado de café atinge quase 26% em valor e 23% em volume.

Segundo Serguêi Sivkov, proprietário do café Luka-fe, em Moscou, a maioria de seus clientes passou a con-siderar o café como uma be-bida para acompanhar o lanche. “As cafeterias ser-vem uma bebida que difi -cilmente pode ser chamada de bom café, independente-mente do preço cobrado. Existem diferentes manei-ras de preparo. Muito de-pende da qualidade do pro-d ut o , d a m á q u i n a e , naturalmente, do barista”, diz Sivkov.

“Não vale a pena trans-formar o café em bebida de e l it e”, complet a o empresário.

PrevisõesEm um futuro próximo, no entanto, o mercado de café russo pode ser submetido a duras provações. Devido à quebra de safra de café no Brasil, o mercado interna-cional segue cambaleante e a Rússia não é exceção. Es-pecialistas esperam um au-

Café, um mercado em formação

Devido a proximidade de produtores, chá sempre foi opção número 1 no país. Chegada de redes internacionais e corte de impostos impulsionou mercado

Operadores querem atuar diretamente na América Latina

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

Fornecedores de café verde e torrado/moídomento de preços em torno de 5% até o fi nal deste ano.

Uma alta maior é impe-dida pelo perfi l da deman-da e a predominância do café solúvel. O custo do café em grão não ultrapassa a faixa dos 15% a 20% acima do preço de custo de um café solúvel de qualidade média. O resto são tarifas e custos de processamento, embala-gem e logística.

Outro fator que infl uencia é a desvalorização da moeda nacional, já que a matéria--prima é importada.

A Rússia não cultiva café, e especialistas receiam que, devido à alta dos preços, o café “arábica” possa migrar do mercado russo para a China.

Assim, os russos teriam que se contentar com o café “robusta”, de origem viet-namita, mais barato e menos saboroso.

NÚMEROS

26 por cento do va-lor despendido pelo mercado

russo em importação de café vai para o Brasil. Em volume, a cifra é de 23%.

68 por cento do mercado russo de café é ocupa-

do pela vertente “instantâneo”, que caiu de 10% a 15% após fim da taxa sobre café verde.

80 por cento do café torrado e moído e 50%

do café solúvel são processa-dos internamente. Líderes de processamento e venda são a Kraft, a Nestlé e a Paulig.

Só no primeiro semestre de 2012, o número de turistas estrangeiros em Moscou au-mentou 18,5%, chegando a 2,47 milhões. O número de

A companhia estatal Russian Technologies (Rosteknológuia) prepara o seu IPO há algum tempo. Porém, segundo seu presidente, Serguêi Tchême-zov, a esperada oferta públi-ca inicial de ações da corpo-ração não deve acontecer tão cedo.

“Há muito tempo nos pre-parávamos para o IPO. Nossa empresa está pronta para isso. Porém, o mesmo não pode ser dito sobre o mercado”, diz Tchêmezov. Em entrevista ao portal Gazeta.Ru, o diretor da Russian Technologies fala sobre a futura reorganização

Turismo Número de turistas estrangeiros na capital russa aumentou 18,5% no primeiro semestre deste ano

Fluxo de visitantes cresceu após acordos de isenção de vistos entre a Rússia e países da América Latina. Brasil enviou 2 mil turistas em 2011.

turistas na cidade cresceu desde que a Rússia fechou acordos de isenção de vistos com diversos países latino--americanos, como Chile, Ar-gentina, Brasil, Venezuela, Peru, Equador, Colômbia, Guiana e Uruguai.

“Desde que os acordos de isenção de vistos entre a Rús-sia e a maioria dos países da América Latina entraram em vigor, o fl uxo turístico come-

Latino-americanos agitam turismo em Moscou

IÚLIA BATIRRIA-TURISM

çou a aumentar”, explica Na-tália Podossenkova, repre-sentante da empresa de turismo Inturist.

Como resultado, de acordo com estatísticas do ano pas-sado, a empresa recebeu cerca de 7.500 turistas pro-cedentes da Espanha e Amé-rica Latina – desses, aproxi-madamente 2 mil eram brasileiros.

Entusiasmados como au-

mento contínuo do fl uxo de turistas para Moscou prove-nientes do Brasil, Índia e China, operadores turísticos intensifi cam esforços para a promoção da capital como destino turístico dos países do Brics.

Podossenkova afi rma que muitos turistas da América Latina recorrem aos servi-ços de operadores espanhóis para visitar a Rússia.

ENTREVISTA SERGUÊI TCHÊMEZOV

“Situação da economia global impede IPO”ALINA CHERNOIVANOVAGAZETA.RU

da empresa e dos planos de cooperação internacional da companhia.

O que está previsto no memo-rando assinado entre a corpo-ração VSMPO-Avisma [produ-tora russa de titânio que é a maior do mundo] e a empresa Boeing em outubro?O documento prevê a amplia-ção da cooperação no forne-cimento de titânio e o aumen-to das capacidades de uma joint venture nos Urais, a Ural Boeing Manufacturing (UBM), para melhorar o tra-tamento dos trens de pouso para as aeronaves Boeing 737. Também estão previstos in-vestimentos adicionais no de-

senvolvimento da empresa no valor de US$ 12 milhões.

Quando a empresa será lista-da no mercado internacional de ações? Há muito tempo nos prepa-rávamos para nosso IPO. A empresa está pronta para isso. Porém, o mesmo não pode ser dito sobre o merca-do: neste momento, não po-demos vender bem ações de nossa empresa. Por isso, em um futuro próximo, não vamos oferecer nada no mer-cado internacional.

A empresa pode vir a ter novos parceiros estratégicos? Talvez. Empresas especiali-

zadas em fabricação de com-ponentes aeronáuticos se de-clararam interessadas. Assim, o projeto de zona econômica especial, que está sendo im-plantado no distrito de Salda, na região de Sverdlovsk, visa atrair empresas internacio-nais focadas em produtos de titânio, como componentes para aeronaves, bem como chassis e trens de pouso, e pro-dutos para a construção civil.

A Russian Technologies de-fine como objetivo a criação de joint ventures no país e no

exterior - na América Latina, Índia, China. Há projetos es-pecíficos?Sim, mas não há previsão para concretizá-los. Não nego a possibilidade de isso aconte-cer com a Helicópteros da Rússia em um futuro próxi-mo. A holding russa mantém, há anos, a liderança mundial em helicópteros de combate e está à frente de líderes inter-nacionais, como a Bell, a Eu-rocopter e a Sikorsky.

Qual a sua opinião sobre a ideia de privatizar a Russian

Technologies? O principal risco enfrentado pela corporação é o eventual agravamento da situação eco-nômica global. O problema não está apenas em possuir-mos mercados importantes para nossos produtos no ex-terior. Uma de nossas metas é desenvolver a cooperação com parceiros estrangeiros e criar joint ventures.

A crise econômica global e os problemas da zona do euro podem ter impacto negativo sobre nossos parceiros e, por-tanto, sobre nossa corporação.

Além disso, precisaremos con-siderar a situação econômica global quando decidirmos fazer um IPO. Um período de crise econômica não seria pro-pício para isso.

As críticas lançadas contra as corporações estatais têm por base o desejo de contra-posição ao setor privado. Na verdade, as corporações esta-tais foram criadas para pre-servar, após o caos dos anos 1990, o potencial científi co e produtivo do país mediante a consolidação dos recursos hu-manos e industriais e a cen-tralização do sistema de gerenciamento.

A maioria dos ativos colo-cados sob a administração das corporações estatais se carac-terizava pela baixa produti-vidade, altas taxas de depre-ciação dos bens de capital, desatualização tecnológica, envelhecimento do pessoal e outros problemas. Parte das empresas estava em difícil si-tuação fi nanceira ou à beira de uma crise ou falência.

A Russian Technologies tem um plano de reorganização, para transformar algumas empresas do setor civil em companhias de capital aber-to. Mas para tornar esses ati-vos comercialmente atrativos, é preciso investir muitos es-forços. Duvido que o setor pri-vado teria feito isso.

NACIONALIDADE: RUSSO

IDADE: 60

FORMAÇÃO: ECONOMISTA

Presidente da Russian Tech-nologies, Serguêi Tchême-zov trabalhou para o KGB de 1983 a 1988. Depois disso, foi diretor de diversas gran-des estatais russas, como a Sukhôi.

RAIO-X

Rússia mantém liderança mundial no consumo de café instantâneo, com 57 mil ton. por ano

Com fim de imposto sobre café verde, país processa maior parte do produto internamente

EM PARCERIA COM

" Para o futuro próximo, espera-se o aumento significativo do número

de operadores turísticos dos países da América Latina tra-balhando diretamente com as empresas de turismo russas. Voos diretos entre a Rússia e esses países irão contribuir muito para isso”.

FRASE

Natália PodossenkovaREPRESENTANTE DA EMPRESA DE TURISMO RUSSA INTURIST

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FONTE: ASSOCIAÇÃO ROSTCHAIKOFE

GAZETA RUSSAWWW.GAZETARUSSA.COM.BREm Foco

RECEITA

Um sopro de verão com sopa gelada

Alguns estereótipos são re-almente baseados na reali-dade. Por exemplo, pergunte a um estrangeiro o que vem à cabeça quando se fala na Rússia, e uma das primeiras respostas será “frio”. Em-bora em algumas partes do país seja raro ver neve, o in-verno predomina na maioria do território russo. Mas nem sempre.O verão chega tarde na Rús-sia e não se estende por mui-to tempo, mas esse é talvez o momento mais empolgante do ano, uma recompensa de-pois de nove meses de neve gelo, lama e chuva. As ruas da cidade, antes de um cinza deprimente, explo-dem em cores quando as ár-vores florescem e os raios de sol iluminam as cúpulas dou-radas das igrejas.

No interior, os campos que es-tavam cobertos de neve ficam cheios de flores silvestres e os rios congelados começam a correr novamente.É claro que a culinária russa também passa por uma trans-formação – muitos dos pratos pesados e nutritivos para man-ter as pessoas durante o in-verno são substituídos por um menu mais leve e tropical.Uma dessas maravilhas do cli-ma quente é o "svekolnik", um parente próximo da mais fa-mosa sopa russa, borsch. O svekolnik é uma sopa leve, fácil de preparar, servida fria e repleta de legumes frescos e crocantes. Em um dia quente de verão, na Rússia ou no Bra-sil, poucas coisas no mundo poderão ser melhores que um bom prato de "sveklonik". E a receita é fácil de fazer.

IRAKLIIOSEBASHVILI

ESPECIAL PARA GAZETA RUSSA

Ingredientes:

• 3 litros de caldo de beterra-ba (a água resultante da fer-vura da beterraba);• 6 beterrabas;• 2 cebolinhas;• 2 talos de aipo (salsão);• 4 pepinos;• 4 cenouras;• 4 ovos;• 1 copo de suco de limão;• 1 xícara de sour cream ou coalhada fresca;• 2 colheres de chá de açúcar;• 2 colheres de sopa de vina-gre de vinho; • 2 colheres de sopa de salsa e dill cortados em pedacinhos; • 1 colher de sopa de sal; • Pimenta do reino a gosto.

Modo de preparo:

1. Lave as verduras.2. Ferva a beterraba e a ce-noura separadamente, e deixe esfriar. Em seguida, descas-que e corte em tiras. Reserve a água das beterrabas – este será o seu caldo.3. Descasque os pepinos e os corte em tiras.

4. Pique a cebolinha.5. Acrescente os legumes ao caldo de beterraba coado.6. Adicione sal, açúcar, suco de limão, vinagre ou suco de pi-cles, pimenta, salsa e dill. A ideia é alcançar um misto de sabor doce e azedo, muito mais azedo do que doce, então colo-que uma quantidade generosa de vinagre.7. Antes de servir, adicione uma colher de sour cream (ou coa-lhada fresca) e metade de um ovo cozido em cada prato.Essa é uma sopa bastante ver-sátil. Presunto em cubos ou lin-guiça fatiada podem ser adi-cionados para satisfazer os carnívoros. Batatas cozidas também farão do "svekolnik" um prato mais encorpado, que vai sustentá-lo por mais tempo. Para quem gosta de sopas pi-cantes, um pouco (50 gramas ou mais) de raiz forte e/ou uma colher de mostarda vão ajudar a esquentar o paladar. Outra opção deliciosa é jogar uma fa-tia de limão em cada prato an-tes de servir.

Priátnogo Appetita!

EXPEDIENTEPRESIDENTE DO CONSELHO: ALEKSANDR GORBENKO (ROSSIYSKAYA GAZETA);DIRETOR-GERAL: PÁVEL NEGÓITSA (FSFI ROSSIYSKAYA GAZETA); EDITOR-CHEFE: VLADISLAV FRÓNIN (FSFI ROSSIYSKAYA GAZETA)ENDEREÇO DA SEDE: RUA PRAVDY, 24, BLOCO 4, 12º ANDAR, MOSCOU, RÚSSIA - 125993 WWW.RBTH.RU E-MAIL: [email protected] TEL.: +7 (495) 775 3114  FAX: +7 (495) 775 3114EDITOR-CHEFE: EVGUÊNI ABOV; EDITOR-CHEFE EXECUTIVO: PÁVEL GOLUB; EDITOR: DMÍTRI GOLUB; SUBEDITOR: MARINA DARMAROS; EDITOR NO BRASIL: WAGNER BARREIRA; REVISOR: PAULO PALADINODIRETOR DE ARTE: ANDRÊI CHIMÁRSKI; EDITOR DE FOTO: ANDRÊI ZÁITSEV; CHEFE DA SEÇÃO DE PRÉ-IMPRESSÃO: MILLA DOMOGÁTSKAIA; PAGINADORES: MARIA OSCHÉPKOVA;

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Descubra a frequência na sua região

ordem de agradecimento pre-sidencial, recebida direta-mente das mãos de Vladímir Pútin em 2004.

O bailarino também criou, em 2010, a organização sem fi ns lucrativos "Fundo Be-nefi cente Viatcheslav Gor-deev". Por meio do fundo, a companhia promove turnês fi lantrópicas para crianças. "Mas o dinheiro não é sufi -ciente, porque o balé requer muito, e não temos apoio estatal."

Além disso, teve um man-dato como deputado, que ter-minou neste ano. "Sou uma pessoa artística, não um de-putado. Mas, claro, as rela-ções entre os países só podem evoluir  por meio da cultu-ra. Tecnologia e ciência são temas universais, mas a cul-tura é inerente a seu povo", acredita Gordeev.

Balé Nacional Russo volta ao Brasil

Gordeev: "Relações entre países só evoluem com cultura"

CONTINUAÇÃO DA PÁGINA 1

De acordo com o diretor do Balé Nacional Russo, sua companhia está pronta a conduzir workshops e semi-nários durante a visita ao Brasil. "Basta haver interes-se dos brasileiros", diz. "Temos a obrigação de in-

tercambiar nossa cultura com outros países e fazer a história do balé russo. Um espetáculo montado em um país sempre permanecerá como patrimônio."

Descrito como um dança-rino de virtuosismo extre-mo, temperamento forte e potência, Gordeev conduz o Balé Nacional como um ins-trumento de difusão da dança como patrimônio russo. Mas, além de clássi-cos como "Gisele", "Quebra--nozes" e "A Bela Adorme-cida", a companhia também apresenta, na Rússia e no ex-terior, montagens de teatro originais como "Homenagem a [Marius] Petipá".

Como resultado de seu tra-balho, Gordeev foi nomeado presidente da comissão da Academia Estatal de Core-grafi a de Moscou e da Esco-la de Coreografi a de Perm, cidade na Rússia central que

hoje é um dos principais polos de cultura de todo o país.

Recepção esperadaCom orgulho, Gordeev conta que a recepção em outros pa-íses é sempre calorosa. Na China, onde se apresentaram no início de outubro, os in-gressos se esgotaram rapi-damente em Xangai e Pe-quim. A crítica, não apenas na vizinha asiática, mas também em diversos países latino-americanos, como o Peru, onde se apresentaram no final de outubro, ou o Equador, no início de novem-bro, sempre recebe com en-tusiasmo as apresentações.

"Gostei muito do público brasileiro e do Rio de Janei-ro. Adorei a cidade, as pes-soas, o tempo, as praias, os campos de futebol. Gostaria muito de voltar", diz o diretor.

"Temos a obrigação de intercambiar nossa cultura com outros países, é nosso patrimônio"

Imagine tirar férias em al-deias da Idade da Pedra, com animais exóticos como as focas de água doce, os ratos--almiscarados e as zibelinas. Os mosquitos podem dimi-nuir um pouco a sensação de paraíso, mas o Baikal é des-tino cada vez mais popular entre turistas aventureiros.

O lago mais profundo do mundo contém um quinto da reserva de água doce do mundo e abriga mais de 2 mil espécies de plantas e animais. Essa diversidade é ameaçada pelas atividades da indústria e da mineração, mas a boa no-tícia é que a associação GBT (do inglês, Grande Trilha do Baikal) está promovendo uma alternativa de baixo impacto ambiental por meio de suas iniciativas de ecoturismo sustentável.

O objetivo é que os visitan-tes façam trilhas às margens do Baikal, divirtam-se e aju-dem a preservar sua beleza natural. A GBT, uma organi-zação sem fi ns lucrativos, está construindo um sistema de trilhas com a ajuda de grupos de voluntariado internacional que acampam na área duran-te duas semanas.

No ano passado, o Serviço Florestal dos EUA doou di-nheiro para os projetos do Baikal, estimulando, já no se-

Turismo Lago pode virar polo de ecoturismo na porção oriental da Rússia

Uma renovação voluntária do Baikal

Termas, ilhas e monumentos pré-históricos são algumas das atrações que aguardam os turistas no lago mais profundo do mundo.

PHOEBE TAPLINESPECIAL PARA GAZETA RUSSA

Atividades em torno do Baikal

gundo trimestre deste ano, o surgimento de vários painéis informativos sobre o parque nacional e as cavernas no Vale Malaia Kadilnaia.

Planos futurosAté agora existem quase 600 quilômetros de trilha, mas os planos para o futuro são ainda mais ambiciosos. Além de dis-tâncias mais longas, há tam-bém um projeto de trilhas es-pecializadas, com acesso para cadeirantes, ou adequadas para ciclismo, equitação e cir-cuitos de esqui.

Equipes de voluntários tra-balharam no último verão

para desenvolver os parques nacionais, restauraram um moinho de água e uma cape-la na caverna, plantaram ce-rejeiras ao longo do rio An-gara, instalaram mesas de piquenique e treinaram ou-tros voluntários que haviam participado de um seminário em Moscou no primeiro tri-mestre deste ano.

Muitos desses projetos são iniciativas de colaboração entre os jardins botânicos da região de Irkutsk, que oferecem as mudas de plan-tas, e entusiastas locais. Vo-luntários do Reino Unido, Alemanha, Áustria, França

e Rússia têm ensina-do as crianças que vivem nas proximida-des do Baikal sobre as mudanças climáticas. A parceria é o espíri-to central da GBT. Trabalhando com o governo, empresas e comunidades locais, a organização espera atrair ecoturistas para essa área. Além disso, ajuda os mora-dores que querem oferecer aco-m o d a ç ã o na área do Bai-

kal, desenvolvendo a infraestrutura necessária.

Primor naturalO Baikal é mais do que um sim-

ples lago. Alguns siberianos o veem como sagrado. Além

disso, sua impor-tância em termos de ecossistema e água salgada é global. São 636 quilômetros de extensão e 1.642 metros de pro-

fundidade, onde m a i s d e 3 3 0 r i o s desembocam.

A paisagem ao redor varia de montanhas, taiga e permafrost (subsolo que fica congelado a maior parte do ano) a densas fl orestas cheias de frutas e diferentes tipos de co-gumelos. Bétulas, cedros, pinheiros, abetos e outros tipos de árvore crescem em suas margens, bem como videiras silvestres e orquídeas. Entre os ani-mais que compõem sua fauna estão alces, veados, ursos, linces e esquilos, além de aves raras.

Essas atrações, junto com as nascentes de água mineral quente, igrejas de madeira, ilhas e mo-numentos pré-históri-cos, aguardam a infra-

estrutura necessária para tornar esses

t e s o u r o s acessíveis.

1.642 metrosé o ponto mais profundo do lago; a profundidade média é de 744 metros

636 quilômetrosé a extensão total do lago Baikal, que fica a 5534 km a leste de Moscou

336 riosdesembocam no lago. O único rio que nasce no lago Baikal é o Angara

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