artigobouba_revista_SOSM_2006
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SA NIDA DE
Enfennidades que afetam passeriformes:
Souba ou Variola AviariaAs aves criadas em cativeiro podem sofrer de
enfermidades que afetam os sistemas respirat6rio,gastrintestinal, reprodutor, cutaneo, locomotor,
circulat6rio e neural6gico.Algumas enfermidades sac frequentes e
ocorrem em surtos, outras sac raras e ocorrem emcasos individuais esporadicamente.
o aparelho gastrintestinal sofre comenfermidades bacterianas, parasitarias, nutricionais,virais e t6xicas. Na pele os mesmos problemasocorrem, mas os virais e parasitarios sac mais
frequentes.A bouba ou variola aviaria e causada por um
Poxvirus com DNA fita dupla e sua replicayao ocorreno citoplasma da celula. Sao muito resistentes nomeio ambiente e os Avipoxvirus resistem tambem aoeter, sac encontrados na natureza em varios sub-grupos, mas apresentam especificidade para cadaespecie ou pelo menos genera.
A transmissao do virus pode ocorrer por lesoesna pele, por particulas nas fezes ou por secreyoes.
Larissa Quinto Pereira1
Maristela Lovato Flores2
Joana Dare Lopes Bassan3
Aline Sehlestein 3
Tambem ocorre at raves da picada de mosquitos,acaros e piolhos da pele. As aves que tiveram a doenyae se recuperaram tornam-se portadoras, sacresistentes a novas infecyoes, mas podem estareliminando 0 virus.
Os sinais clinicos geralmente incluemdificuldade respirat6ria, dificuldade na apreensao edeglutiyao de alimentos, sonolencia, perda de peso,diarreia, sensibilidade nas patas e coceira nacomissura do bico. As aves podem ser afetadas pelasformas cutanea, difterica, septicemica, coriza e tu-moral.
Na forma cutanea ocorrem a formayao den6dulos ou vesiculas com pus nas regioesdesprovidas de penas - ao redor dos olhos, patas epes. E a forma mais comum da doenya em
1 Academica de Medicina Veterinaria. Estagiaria. UFSMIDMVPI
LCDPA e-mail: [email protected]
]Medica Veterinaria. Doutora. UFSM/DMVPILCDPALaborat6rio
Central de Patologias Aviarias. 3220-8072
3 Medica Veterinaria. Mestranda. UFSMIDMVPlLCDPA
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passeriformes. Estas vesiculas abremespontaneamente, secam e formam crostas quedescamam durante algumas semanas e nao resultamem cicatriz. Pode ocorrer a contaminac;ao das lesoespor bacterias e fungos nas aves menos resistentesisto altera a aparencia e 0 desenvolvimento dadoenc;a.
Na forma difterica as lesoes sac em placas detecido branco, com necroses que ocorrem nacavidade bucal, lingua, faringe e laringe. A ave podeapresentar dispneia e asfixia por obstruc;ao da laringecom a secrec;ao do material fibroso das placas denecrose.
A forma septicemica e a que mais acometecanarios. Nesta especie nao e comum apareceremlesoes cutaneas e sac observadas lesoes nospulmoes. Os sinais clfnicos sac perda de apetite,eric;amento das penas, cianose, sonolencia e morte.o poxvirus dos canarios frequentemente causa umapneumonia descamativa com oclusao dos capilares,resultando em dispneia. A maioria das aves morreem tome de tres dias a partir do aparecimento dossinais cllnicos e a mortalidade varia de 70% a 99%.Em papagaios e araras ocorre enterite difterica, comnecrose do miocardio.
A forma de coriza ocorre em papagaios. Com
uma descarga nasal inicialmente clara, evoluindopara fibrinosa e mucosa. Sao acometidos tambemde conjuntivite com as palpebras abertas.
A forma de tumores e caracterizada por tumoresde pele em canarios e adenomas. Geralmente sac
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n6dulos que na forma cr6nica evoluem para tumores.As formas cutanea, difterica e septicemica
podem ocorrer juntas no mesmo passaro ou serem
o Camirio veio a obito apos tres dias do aparecimentode sinais clinicos.
notadas ocorrendo separadas em diferentes aves nomesmo criat6rio que tenha um surto da doenc;a.
o diagn6stico em aves mortas ou em bi6psiade lesoes, pode ser feito pela identificac;ao de corposde inclusao citoplasmaticos eosinofflicos (corpos deBollinger) caracterlsticos nas lesoes de Poxvirus.
Nao existem tratamentos efetivos para 0 virusda bouba. As vacinas que existem sac importadas enao imunizam bem contra cepas presentes no pais,alem de poderem introduzir novas variac;oes do viruspara as quais nossas aves nao ten ham resistencia.
As aves que apresentarem lesoes, dispneia ouperda de apetite como sinais cllnicos da doenc;adevem ser separadas e oferecido alimento pastosode facil apreensao e deglutic;ao como frutas efarinhadas ou rac;oes especfficas que possam serumedecidas. Suplemento de vitamina A e biotinaauxiliam na renovac;ao da pele e tecidos do tratodigestivo e respirat6rio
Pode-se higienizar as lesoes, se nao forempr6ximas aos olhos, com tintura de Thuya usandoum pedac;o de algodao, duas vezes ao dia. Tambempodera ser misturada a agua durante 12 dias, cincogotas para cada 50 ml.
Antibi6ticos e antifungicos podem ser usadospara 0 tratamento de infecc;oes secundarias. Lesoespr6ximas aos olhos podem ser limpas com agua
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boricada, e tratadas com pomada oftalmica antibi6tica
t6pica.a tratamento homeopatico podera ser feito com
arnica, belladona ou arsenicum na potencia CH6 ouCH12, nas doses de 5 gl6bulos ou 1 gota por litro deagua, ou 1 gl6bulo por bebedouro. A agua deve serrocada a cada 24 horas. a tratamento homeopaticoavalia 0 indivlduo e deve ser acompanhado combastante frequencia. as remedios nao podem ficarexpostos a aparelhos eletricos, nem ao sol, calor ouluz.
a melhor tratamento para a bouba e aprevenc;ao. Criadouros que desinfetam suasdependencias periodicamente, mantem gaiolas epoleiros Iimpos, livres de crostas e evitam a entradade insetos que possam agir como vetores, diminuiraoa incidencia da bouba em suas aves.
Um levantamento regional ou nacional comisolamento dos vIrus presentes podera levar afabricac;ao de vacinas aut6genas que poderao ter maissucesso na profilaxia. Ainda 0 descarte de aves com
infecc;ao cr6nica diminui a manutenc;ao do vIruscirculante no criat6rio e novos casos tendem adesaparecer.
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