Apresentação Herbart
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Johann Friedrich Herbart
Biografia DE HERBART• Johann Friedrich Herbart (Oldemburgo, 4 de Maio de 1776) foi um filósofo e psicólogo alemão, fundador da
pedagogia como uma disciplina acadêmica. Conheceu alguns dos mais importantes intelectuais da época, dos
doze aos dezoito anos cursou o ginásio, inclusive aos dezoito anos já era aluno do filósofo Johann Fichte, na
Universidade de Iena.
• 1776, e conheceu alguns dos mais importantes intelectuais de seu tempo. Aos 18 anos, já era aluno do filósofo Johann Fichte (1762-1814) na Universidade de Iena. Logo em seguida, trabalhou durante quatro anos como professor particular em Interlaken, na Suíça, período em que ficou amigo do educador Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Tornou-se professor na Universidade de Göttingen em 1802. Seis anos depois, assumiu a cátedra deixada vaga por Immanuel Kant em Königsberg, onde lecionou até 1833, quando reassumiu o posto de professor de filosofia em Göttingen. Em Königsberg, fundou um seminário pedagógico com uma escola de aplicação e um internato.
• Realizou sua primeira experiência pedagógica
aos vinte anos, como professor particular em
Interlaken, na Suíça, período em que ficou
amigo de Pestalozzi. Em 1802, doutorou-se em
Göetingen com uma série de idéias
amadurecidas. Foi professor de filosofia em
Göetingen e mais tarde em Königsberg. Fundou
em Königsberg, um seminário pedagógico com
uma escola de aplicação e um internato.
• Os estudos mais relevantes de Herbart foram
sobre filosofia do espírito, à qual subordinou
suas obras (entre elas, Pedagogia Geral e
Esboço de um Curso de Pedagogia).
• Diversos pensadores tiveram a influência de
sua teoria, dando origem a várias
interpretações, até entrar em declínio no
início do século 20.
• Morreu no dia 14 de agosto de 1841 na
cidade de Gottingem aos sessenta e seis
anos, Sua vida foi sempre relacionada
com a educação, mesmo que essa
relação fosse mais especulativa do que
prática.
• Com o filósofo alemão Johann Friedrich Herbart,
a pedagogia foi formulada pela primeira vez como
uma ciência, sobriamente organizada, abrangente
e sistemática, com fins claros e meios definidos. A
estrutura teórica construída por Herbart se baseia
numa filosofia do funcionamento da mente, o que
a torna duplamente pioneira:
• não só por seu caráter científico mas
também por adotar a psicologia aplicada
como eixo central da educação. Desde
então, e até os dias de hoje, o pensamento
pedagógico se vincula fortemente às teorias
de aprendizagem e à psicologia do
desenvolvimento
um exemplo é a obra do suíço Jean Piaget
(1896-1980).
• Para Herbart, a mente funciona com base em
representações que podem ser imagens, idéias
ou qualquer outro tipo de manifestação psíquica
isolada. O filósofo negava a existência de
faculdades inatas. A dinâmica da mente estaria
nas relações entre essas representações, que
nem sempre são conscientes.
• Elas podem se combinar e produzir resultados
manifestos ou entrar em conflito entre si e
permanecer, em forma latente, numa espécie
de domínio do inconsciente. A descrição desse
processo viria, muitos anos depois, a
influenciar a teoria psicanalítica de Sigmund
Freud (1856-1939).
• Uma das contribuições mais
duradouras de Herbart para a
educação é o princípio de que a
doutrina pedagógica, para ser
realmente científica, precisa
comprovar-se experimentalmente , uma
idéia do filósofo Immanuel Kant (1724-
1804) que ele desenvolveu.
• Surgiram daí as escolas de aplicação, que
conhecemos até hoje. Elas respondem à
necessidade de alimentar a teoria com a prática
e vice-versa, num processo de atualização e
aperfeiçoamento constantes. Herbart fez um
trabalho de grande influência porque
aprofundou suas concepções até as últimas
conseqüências .
O maior legado de Herbart foi a aplicação da doutrina
pedagógica em sala de aula
• Convicto de que a educação tradicional
ensina muita coisa inútil para a ação, ele julga
importante a utilização rigorosa do método. A
conduta pedagógica deve, então, seguir três
procedimentos básicos: O governo, a
instrução e a disciplina.
O Governo• O governo é a forma de controle da agitação infantil,
aplicado inicialmente pelos pais e depois pelos
mestres, visando a submeter a criança às regras do
mundo adulto e tornando possível o início da
instrução. Se necessário, recorre-se a proibições,
ameaças, punições e vigilância constante, desde que
sejam evitados os excessos contraproducentes. Para
tanto, é preciso combinar autoridade e amor e manter
a criança sempre ocupada.
A disciplina
• a disciplina, que tem a função de preservar
a vontade no caminho da virtude. Nessa
etapa se fortalece a autodeterminação
como pré-requisito da formação do caráter.
Ao contrário do governo, consiste em um
processo interno do aluno.
A Instrução
• A instrução é o procedimento principal da
educação e baseia-se no desenvolvimento dos
interesses. Para Herbart, a instrução é
compreendida como construção é compreendida
como construção ( aliás, é esse o sentido
etimológico do termo), porque não se separa a
instrução intelectual da moral, por ser uma
condição da outra.
• Formar moralmente uma criança significa
educar sua vontade, e isso só pode ser
feito por meio de maior clarificação das
representações e do crescimento das
ideias na mente da criança.
Com essa finalidade, ele propõe os cinco passos
formais que propiciam o desenvolvimento do aluno
Preparação– O mestre recorda o já sabido;
Apresentação– O conhecimento novo é
apresentado ao aluno;
Assimilação ( associação ou comparação ) – o
aluno é capaz de comparar o novo com o velho,
percebendo semelhanças e diferenças;
• Generalização ( sistematização ) – além
das experiências concretas, o aluno é
capaz de abstrair, chegando a
concepções gerais;
• Aplicação – por meio de exercícios, o
aluno mostra que sabe aplicar o que
aprendeu em exemplos novos.
CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO DE HERBART
• Herbart vivenciou as situações práticas de ensino
enquanto educava seus três alunos, raciocinou
através de seu trabalho com clareza e ordem, pois,
precisava entregar ao seu empregador um relatório
escrito de seus métodos e resultados. Herbart
esteve sempre em busca de uma teoria
satisfatória, assim como de uma prática eficaz.
• Uma vez reconhecida que a educação é
uma arte, a primeira tarefa da ciência
educacional é descobrir o objetivo, tendo
estabelecido uma idéia clara do objetivo a
ser atingido. Herbart passou a descobrir
meios adequados à sua realização.
• A única e total obra da educação pode ser
resumida no conceito, moralidade, que para
Herbart, significa cinco idéias básicas: liberdade,
perfeição, boa vontade, direito e retribuição. Não
significava mera gentileza ou uma complacência
pouco inteligente com relação às maneiras
convencionais, mas personalidade positiva. A boa
vontade deve ser constante e firme.
• Tendo o caráter como objetivo da educação
Herbart, empenhou-se em descobrir pelo
método dedutivo, como concretizá-lo. A vontade
é a sede do caráter e a espécie de decisões que
a vontade toma determina o tipo de caráter. "Um
homem bom comanda a si próprio". Educar a
juventude para querer o bem, livre e
constantemente, até que se tenha tornado a sua
própria natureza agir assim, tal é o empenho
fundamental da educação.
A PSICOLOGIA DE HERBART, UMA PSICOLOGIA EDUCACIONAL
• Herbart foi o primeiro a formular uma
ciência de educação baseada diretamente
em Ética e Psicologia. Sua maior
contribuição foi à mudança do método da
Psicologia do especulativo ou filósofo para
o exame empírico dos processos mentais;
• abandonou a idéia de faculdades isoladas,
mas defendeu a unidade da mente em
todas as suas operações, levando ao
desenvolvimento da Psicologia
experimental. Sendo que a psicologia de
Herbart não é meramente de processos
mentais mas, principalmente educacionais.
A origem do conhecimento
• No conflito entre o racionalismo e empirismo
Herbart, fez uma mediação entre os dois, foi a
favor do pensamento racionalista quanto eles
afirmam que a alma é uma entidade (real), no
entanto não acredita que o conhecimento é
inato.
• Herbart defendia que o conhecimento é
adquirido por intercâmbio com outros.
• O educador deve tornar as representações
que são trazidas à mente do educando claras.
Três funções mentais fundamentais
• - Herbart reconheceu as três funções básicas da vida mental: conhecer, sentir e querer. Enquanto representa a alma é denominada mente; esta é a função de conhecer.
O ponto de vista psicológica de Herbart
• Duas opiniões contraditórias têm sido sustentadas por filósofos, quanto às relações entre estes três processos fundamentais.
• Para alguns psicólogos, o aluno é originalmente vazio e
destituído de todo conteúdo. Segundo esses pensadores, não
há o que quer que seja, presente na alma ou na mente, ela
nasce, realmente, quando a primeira sensação é
experimentada. Pela adição de uma sensação a outro, surge
todo o variado processo mental, percepção, imaginação,
conceituação, julgamento e raciocínio são apenas os resultados
de sensações experimentados e são devidos à associação ou a
outros processos, ou seja, sentir e querer surgem das relações
que as sensações ou percepções mantêm entre si.
• O outro ponto de vista encara a alma como
constituída de várias capacidades, funções ou
atividades. Estes são os poderes mais primitivos da
vida própria da alma. Das atividades do organismo
nascem sensações, percepções e todos os processos
do intelecto. Dos educadores, Rousseau, Pestalozzi e
Froebel basearam suas teorias nesta concepção
voluntarista.
• Para Herbart o aspecto ativo e o exterior ou
objetivo nunca são separados, mas partes do
mesmo estado mental. Sentimento,
pensamento e ação nunca estão divorciados.
• Herbart introduziu na psicologia a idéia do limen,
(limiar), da consciência. Em qualquer momento, quatro
ou cinco objetos podem estar na consciência. Algumas
estarão mergulhando, abaixo do limiar, uma estará no
foco da atenção e outras estarão emergindo para a
consciência procurando tornar-se dominantes. A vida
mental é composta de uma seqüência de
representações, ou seja, então novamente são
substituídas por outras idéias.
Campo mental inconsciente
• nenhum objeto que é uma vez apresentado à
consciência é esquecido. Todas as
representações precipitam-se na zona
inconsciente da mente.
• Este campo contém uma imensa reserva de
percepções, imagens e idéias que abrange
todas as experiências passadas. Elas não são
entidades inativas, mas dinâmicas, prontas a
retomar à consciência, quando se apresenta
uma oportunidade propícia.
Natureza da atividade mental
• Para Herbart, sentir e querer acompanham as
representações e idéias, porem, não é a sua
fonte ou causa. Isto é, são estados derivados e
não originais, no qual se originam da relação
que representações e conceito tem entre si, isto
quer dizer, nascem de objetos de pensamento.
Um padrão escolar para o século 19
• A obra pedagógica de Herbart teve enorme
influência em todo o mundo ocidental (e também
no Japão) na segunda metade do século 19. Por
se basear no princípio de que a mente humana
apenas apreende novos conhecimentos e só
participa do aprendizado passivamente,
• , o herbartianismo resultou num ensino que
hoje qualificamos de tradicional. As escolas
herbartianas transmitiam um ensino
totalmente receptivo, sem diálogo entre
professor e aluno e com aulas que obedeciam
a esquemas rígidos e preestabelecidos
Considerações Finais
• John Dewey criticou a teoria herbartiana dizendo que
ela previa um mestre todo-poderoso, encarregado de
manipular os processos mentais do aluno por meio da
instrução. Para Dewey e a maioria dos pedagogos do
século 20, o pensamento de Herbart subestima e até
ignora a ação do próprio aluno e sua capacidade de auto
educar-se.
• Herbart viveu numa época em que a
Alemanha produziu os mais importantes
intelectuais da História, como Johann
Wolfgang Von Goethe na literatura, Kant na
filosofia. As universidades alemãs constituíam
uma cultura sólida, onde filósofos ocupavam
também cátedras de pedagogia.
• A influencia protestante nos governos
cercaram de funcionários cultos que ajudaram
a criar um contexto em busca de um bem
comum, porem não democrático. Correntes
idealistas, românticas e realistas dessa época
deixaram contribuições fundamentais para a
educação.
»Mas não se pode negar que Herbart foi um
dos pensadores que mais se interessaram pela
psicologia do educando e o modo como ela
influi em seu aprendizado
Referências
• PILETTI, Claudino e Nelson, Filosofia e Historia
da Educação, 7.ª edição, 1988, editora Ática,
São Paulo,SP
• ARANHA,Maria Lúcia de Arruda
• Filosofia da educação- 3. ed.rev. E ampl. – São
Paulo:Moderna 2006.