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ESCOLA POLITCNICA DA UNIVERSIDADE DE SO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONSTRUO CIVIL PCC - 2435: Tecnologia da Construo de Edifcios I RECOMENDAES PARA A PRODUO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO EM EDIFCIOS Mercia Maria S. Bottura de Barros Silvio Burrattino Melhado Verso Ampliada e Atualizada em 2006: Mercia Maria S. Bottura de Barros e Viviane Miranda Arajo, a partir do texto original de 1998 So Paulo, 2006 SUMRIO 1 INTRODUO..............................................................................................................1 2. A PRODUO DA ESTRUTURA DE EDIFCIOS COM CONCRETO ARMADO......20 2.1 PRODUO DAS FRMAS E ESCORAMENTO.................................................21 2.1.1 Conceituao ..................................................................................................21 2.1.2 Propriedades ou Requisitos de Desempenho................................................24 2.1.3 O Custo da Frma no Conjunto do Edifcio.....................................................25 2.1.4 Elementos Constituintes de um Sistema de Frmas.......................................26 2.1.5 Principais Materiais Utilizados para a Produo de Frmas ...........................27 2.1.6 O Conceito Estrutural das Frmas ..................................................................33 2.1.7 Estudo do SISTEMA CONVENCIONAL de frmas de MADEIRA...................34 2.1.7.1 Caractersticas da frma de laje................................................................35 2.1.7.2 Caractersticas da frma de viga...............................................................37 2.1.7.3 Caractersticas da frma do pilar...............................................................38 2.1.8 Estudo de SISTEMAS de FRMAS RACIONALIZADAS................................39 2.1.8.1 Objetivos da racionalizao do sistema de frmas....................................39 2.1.8.2 Recomendaes de projeto do edifcio para aumentar a racionalizao ..39 2.1.8.3 Aes de racionalizao do sistema de frmas.........................................39 2.1.8.4 Parmetros para escolha ou projeto do sistema de frmas ......................47 2.1.8.5 Consideraes sobre a execuo das frmas...........................................47 2.1.8.6 Outros tipos de frma................................................................................47 2.2 A MONTAGEM DA ARMADURA ..........................................................................50 2.2.1 Introduo .......................................................................................................50 2.2.2 A Compra do Ao............................................................................................52 2.2.3 A organizao do Ao no Canteiro..................................................................54 2.2.4 Corte da Armadura..........................................................................................56 2.2.5 Preparo da Armadura......................................................................................61 2.2.6 Montagem da Armadura..................................................................................64 2.3 ASPECTOS SOBRE A PRODUO DA ESTRUTURA DE C. A..........................72 2.3.1 Recebimento do Sistema de Frmas ..............................................................72 2.3.2 Montagem das Frmas dos Pilares.................................................................72 2.3.3 Controle de Recebimento da Montagem dos Pilares ......................................77 2.3.4 Montagem de Frmas de Vigas e Lajes..........................................................77 2.3.5 Controle de Recebimento da Frma de Vigas e Lajes ....................................81 2.3.6 Procedimentos para a Concretagem dos Pilares ............................................81 2.3.7 Verificao da Concretagem do Pilar ..............................................................82 2.3.8 Colocao das Armaduras nas Frmas de Vigas e Lajes...............................83 2.3.9 Verificaes para liberao da Armadura de Vigas e Lajes ............................83 2.3.10 Procedimentos para a Concretagem das Vigas e Lajes................................84 2.3.11 Procedimentos Recomendados para Lanamento do Concreto ...................85 2.3.12 Procedimentos para Desforma......................................................................86 3. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...........................................................................87 1 1 INTRODUOConsiderando-seasestruturasdosedifcioscomumenteconstrudos,pode-sepropor umaclassificaofundamentadanasuaconcepoestrutural,naintensidadedeseu emprego ou mesmo a partir dos materiais que constituem a estrutura, dentre outras. - classificao quanto concepo estrutural Quantoconcepoestrutural,ouseja,quantoformadetransmissodosesforos, as estruturas podem ser classificadas em: reticulada (figuras 1.1 e 1.2) elementos planos (figuras 1.3 a 1.5) outras - cascas; espaciais; pneumticas; boxes, etc...(figuras 1.7 a 1.9) Asestruturasreticuladassoaquelasemqueatransmissodosesforosocorre atravsdeelementosisoladostaiscomolajes,pilaresevigasouprticos.Nas estruturasplanasatransmissodeesforosfaz-seatravsdeumplanode carregamentos,comoocasodosedifciosconstitudosporparedesmaciasde concreto armado ou mesmo de alvenaria estrutural. Figura 1.1 Edifcios com estrutura reticulada de concreto 2 Figura 1.2 Edifcio com estrutura reticulada de concreto Figura 1.3 Estrutura em elementos planos: painis pr-fabricados de concreto armado com funo estrutural/portante Sistema Pedreira de Freitas 3 Figura 1.4 Estrutura em elementos planos: paredes macias de concreto Figura 1.5 Estrutura em elementos planos: edifcios em alvenaria estrutural 4 Figura 1.6 Trelias espaciais Figura 1.7 Casca de alvenaria cermica Figura 1.8 Casca em concreto armado 5 Figura 1.9 Estrutura estaiada - classificao quanto intensidade de emprego Quanto freqnciacomqueso empregadas,asestruturaspodemserclassificadas em: tradicionais; e no tradicionais. Asestruturastradicionaissoconsideradascomoaquelasmaisempregadasemum certo local. o caso, por exemplo, dos edifcios de mdio e grande porte, construdos comestruturadeconcretoarmadomoldadonolocaledospequenosedifcios(ume dois pavimentos) construdos com alvenaria resistente. Pode-seconsiderarosnotradicionaiscomosendoaquelesdeusomenos freqente, taiscomoosedifcioscomestruturademadeira,deao,dealvenariaestrutural (armada ou no armada) e os de concreto pr-moldados. - classificao quanto ao processo de produo dos elementos resistentes Quanto ao local de produo, as estruturas podem ter seus elementos classificados em: moldados no local; pr-fabricados (em usina); 6 pr-moldados (em canteiro) Oselementosmoldadosnolocalsoaquelesproduzidosjnoseulugardefinitivono conjunto da estrutura. Os pr-fabricados so moldados numa usina e transportados at o canteiro, enquanto que os pr-moldados so fabricados no canteiro; porm, longe do local em que sero instalados. - classificao quanto ao processo de produo das estruturas Quanto ao processo de produo, as estruturas podem ser classificadas em: por montagem - acoplamento mecnico (figuras 1.10 a 1.12) por moldagem no local (figuras 1.13 e 1.14) por moldagem e montagem no local (figura 1.15) Figura 1.10 Acoplamento mecnico: Boxes pr-fabricados de concreto armado com funo estrutural construo ps-guerra na Europa 7 Figura 1.11 Acoplamento mecnico: estrutura pr-fabricada de concreto Figura 1.12 Acoplamento mecnico: estrutura metlica Figura 1.13 Moldagem no local 8 Moldagem Figura 1.14 Moldagem e montagem no local - vigas Figura 1.15 Moldagem e montagem no local - escada Montagem 9 - classificao quanto aos sistemas estruturais Quanto ao sistema estrutural utilizado, as estruturas podem ser classificadas em: sistema estrutural reticulado (figura 1.16) sistema estrutural com laje plana (figura 1.17) sistema estrutural com laje nervurada (figura 1.18) sistema estrutural com paredes macias No sistema estrutural reticulado as lajes se apiam nas vigas, e as vigas nos pilares. J, no sistema com laje plana, estas se apiam diretamente sobre os pilares, sem que haja vigas para realizar a transmisso dos esforos. O sistema com laje nervurada similar ao com laje plana diferindo pelo fato de remover o concreto da regio da laje que no est sendo comprimida. Figura 1.16 Sistema estrutural reticulado 10 Figura 1.17 Sistema estrutural com laje plana Figura 1.18 Sistema estrutural com laje nervurada - classificao quanto aos materiais constituintes Considerando-seasconstruesatualmenteexistentesnomundosobaticado processoconstrutivo,pode-sedizerqueosmateriaiscomumenteempregadosna produo das estruturas de edifcios so: madeira - estrutura reticulada (figuras 1.19 e 1.20); ao - estrutura reticulada (figuras 1.21 a 1.23); alvenaria - estrutura em elementos planos (figuras 1.24 a 1.29); concretoarmadoeprotendido:pr-moldadoemoldadonolocal-ambasas tipologias (figuras 1.30 a 1.32); outros e mistos. MADEIRA A madeira, sobretudo pela dificuldade de obteno, um material que vem tendo pouca utilizao na construo de estruturas de edifcios, principalmente no Brasil. Alm disto, suasdeficinciasquantoresistnciamecnicaedurabilidade,afaltadetradiodo usurio,alegislaorestritivaquantosuautilizao(problemasdecorrentesdo elevadopotencialdequeima)eano-polticadereflorestamento,tambmcontribuem paraoseureduzidoemprego,sendoempregadaapenasemedifciosdepequena intensidade de carregamentos (casas trreas ou sobrados). Poroutrolado,paraessespequenosedifcios,amadeirasemostravantajosa,pois permite o uso de ferramentas manuais para sua montagem, utilizao equipamentos de transporte de pequeno porte, prazo de execuo curto e baixo custo. Existemestudosqueprocuramviabilizarautilizaodemadeiradereflorestamento como material estrutural; outros que procuram desenvolver as ligaes entre peas de 11 madeiraparaformaremcomponentesdemaioresdimenses,viabilizandoa execuo de estruturas maiores; outros ainda que procuram desenvolver materiais para seremempregadosnotratamentodamadeira,sejacontraagentesagressivos (umidade,fungos,insetos)sejacontraofogo,afimdeaumentarasuavidatil. possvel,pois,quenumfuturoprximo,comoavanodosprocessosindustrializados de construo a utilizao desse material seja retomada. Figura 1.19 YINGXIAN PAGODA Construdo em 1056, na China, a mais alta estrutura inteiramente feita em madeira, com 61 m de altura. 12 Figura 1.20 Estrutura em madeira de casa assobradada AOO ao, largamente empregado em pases mais desenvolvidos e com elevado potencial deutilizaodevidossuascaractersticasmecnicas(elevadaresistncia compressoetrao),tambmvemsendopoucoutilizadonoBrasilparaa construo de estruturas de edifcios, principalmente nos de mltiplos pavimentos. Sua utilizaovemseconcentrando,sobretudonaproduodaestruturadeedifcios industriais. Pode-sedizerqueexistemalgunsfatores"responsveis"pelapequenautilizaodo ao no Brasil, dentre os quais se destacam: custo elevado do ao quando comparado ao do concreto armado; falta de tradio construtiva e desconhecimento do processo construtivo; normalizaes precrias, sendo ainda empregada normalizao estrangeira; caractersticas da mo-de-obra nacional: de baixo custo e pouca qualificao; o baixo custo leva a poucos investimentos nos ganhos de produtividade, que seria uma das grandes vantagens oferecidas pela estrutura de ao;falta de perfis adequados construo de edifcios, o que seria essencial para a implantaodeummercadoconsumidor.Noentanto,asindstriasprodutoras no assumem o investimento necessrio; suscetibilidade a incndio, exigindo tratamentos especiais nos elementos; utilizaodeequipamentospesadosparamontagens(guindastes,mquinasde solda, etc); necessidade de investimento na racionalizao global do edifcio. Noobstanteessasdificuldades,aproduodeumedifcioemaoapresentaum elevadopotencialderacionalizaodevidoscaractersticasintrnsecasaomaterial, pois: 13 permite grande flexibilidade construtiva todaaestruturapreviamentepreparadaemumafbricaouindstria,ficando apenas a montagem para o canteiro; paraopreparodecadapeanecessrioumdetalhamentoprvio,esendo assim,asdecisessonecessariamentetomadasduranteaelaboraodo projeto e no no canteiro durante a execuo do edifcio; logo, no h decises de canteiro, os detalhes construtivos vm previamente definidos; possvelamodulaodecomponentesracionalizando-seasatividadesde preparoemontagemdaestrutura,bemcomo,possibilitaoempregodeoutros elementos construtivos modulados (vedaes, caixilhos); Emresumo,aconstruocomestruturadeaopermitearacionalizaodoedifcio comoumtodo;porm,comonoBrasilnosetempadronizaodemateriaise componentes,estepotencialacabapornosersignificativo,frentesdemais dificuldades de produo do edifcio. Figura 1.21 Empire State: construdo em 1931, com 412,5 m de altura 14 Figura 1.22 Edifcios comerciais com vigas e pilares de ao Figura 1.23 Edifcio habitacional de pequeno porte, com pilares e vigas de ao ALVENARIA ESTRUTURAL Aalvenaria,porsuavez,foilargamenteutilizadanopassadocomomaterialestrutural paraaconstruodeedifcioscomdoiseattrspavimentos.Noentanto,como surgimento do concreto armado cedeu lugar ao novo material. Hoje, a alvenaria ressurge com grandes possibilidades de emprego para a produo de estruturas de edifcios de mltiplos pavimentos, sendo denominada alvenaria estrutural. E assim como o ao, um material estreitamente ligado racionalizao do processo de produo, pois alm de constituir a estrutura do edifcio, constitui ao mesmo tempo a suavedaovertical,oqueproporcionaelevadaprodutividadeparaaexecuodo edifcio.Almdisso,aregularidadesuperficialdoscomponentesea"preciso" construtiva exigida pelo processo possibilitam o emprego de revestimentos de pequena espessura (como pode se ver na figura 1.29), reduzindo o custo deste subsistema. 15 Autilizaodeequipamentostradicionaiseaausnciaquasetotalderesduode construo so vantagens tambm apresentadas na utilizao da alvenaria estrutural. Tambmasinstalaespodemserracionalizadasaoseutilizaroscomponentes vazados de alvenaria (blocos) para a sua passagem, sem a necessidade de quebrar a parede e, consequentemente, sem a necessidade de se refazer o servio, como se v na figura 1.29. Autilizaodaalvenariaestruturalgerouanecessidadededesenvolvimentodo processoconstrutivoedeproduoatravsdoprojetoparaproduo,noqualso feitos a modulao das peas e o detalhamento construtivo, a partir da integrao com outros subsistemas. Como limitaes podem ser citadas: a impossibilidade de construir edifcios de grande altura,afaltadeflexibilidadearquitetnicaetambmanecessidadedecomponentes de alvenaria com caractersticas adequadas. Figura 1.24 Edifcio para habitao de interesse social em alvenaria estrutural de baixa altura 16 Figura 1.25 Edifcios de mdio porte em alvenaria estrutural Figura 1.26 Edifcio de alto padro em alvenaria estrutural 17 Figura 1.27 Especializao da mo-de-obra na execuo da alvenaria estrutural Figura 1.28 Racionalizao: caixas de luz previamente embutidas nos blocos Figura 1.29 Racionalizao: revestimento de pequena espessura e passagem das instalaes por dentro do bloco 18 CONCRETO PROTENDIDO O concreto protendido tem sido empregado no Brasil desde a dcada de 50 em obras degrandeporte(emgeraledifcioscomerciais)eondehnecessidadedegrandes vos. Proporcionar grande flexibilidade de leiaute, requer racionalizao do sistema de frmasepossibilitamaiororganizaodoprocessoconstrutivo.Almdisso,necessita demodeobraespecializada,deequipamentosespeciais(comomacacode protenso) e de grande diversidade de materiais a serem estocados e controlados. A utilizao do concreto protendido pode se dar atravs de peas pr-fabricadas, o que trazavantagemdautilizaodamo-de-obratradicionalnocanteiro,conferemaior limpeza e organizao ao canteiro de obras e apresenta curto prazo de execuo. Por outro lado, diminui a flexibilidade arquitetnica, tem alto custo, pequenas alturas (cerca de 25 m) e vos mdios (aproximadamente 10 m), uma vez que o transporte das passa a ser o limitante. Figura 1.30 Cabos de protenso Figura 1.31 Edifcios com elementos em concreto protendido 19 CONCRETO ARMADO Porfim,tem-seasestruturasexecutadascomoconcretoarmadoquedesdeoseu surgimentoganhouespaosignificativonaconstruodeedifcios,sejamedifcios baixosoudemltiplospavimentos.,semdvida,omaterialestruturalmaisutilizado hoje no Brasil, tanto moldado no local, como pr-fabricado. Oestudodaproduodeedifciosproduzidoscomcadaumdosmateriais anteriormente citados, devido sua complexidade, demandaria disciplinas especficas. Considerando-seestapublicaocomobsicaecomoreferencial,serabordada apenasaproduodeestruturasexecutadascomconcretoarmadomoldadonolocal, devido principalmente sua extensa e intensa utilizao em todo o pas. Oconcretoarmadonaformadeelementospr-fabricadosdeverserabordadoem conjuntocomoutrosprocessosconstrutivos,consideradosnumpatamarsuperiorde industrializao. Aproduodeedifcioscomosdemaismateriaisdeverserabordadaemdisciplinas especficas, oferecidas para o curso de Engenharia Civil. Figura 1.32 Estrutura em concreto armado 20 2. A PRODUO DA ESTRUTURA DE EDIFCIOS COM CONCRETO ARMADO Os edifcios produzidos em concreto armado muitas vezes recebem a denominao de edifciosconvencionaisoutradicionais,isto,aquelesproduzidoscomumaestrutura de pilares, vigas e lajes de concreto armado moldados no local. Aexecuodeelementoscomconcretoarmadodeveseguirumesquemabsicode produoquepossibiliteaobtenodaspeaspreviamenteprojetadasecoma qualidade especificada. Este esquema apresentado genericamente na figura 2.1. Figura 2.1 Esquema genrico do fluxograma de produo de elementos de concreto armado. Considerando-seosfundamentosdadospelasdisciplinasdeMateriaisdeConstruo Civil,sobreopreparo,transporte,lanamentoeadensamentodoconcretoecurados componentes, ser dada nfase nos seguintes aspectos: produo das frmas; preparo dasarmaduras;produogeraldoselementosdeconcretoarmado(montagemdas frmasearmaduras,transportedoconcretoeconcretagem),considerando-sea tecnologia de produo. 21 2.1 PRODUO DAS FRMAS E ESCORAMENTO 2.1.1 Conceituao Afrmapodeserconsideradacomooconjuntodecomponentescujasfunes principais so: dar forma ao concreto - molde (figura 2.2); conter o concreto fresco e sustent-lo at que tenha resistncia suficiente para se sustentar por si s (figura 2.3); proporcionar superfcie do concreto a rugosidade requerida (figura 2.4); servirdesuporteparaoposicionamentodaarmao,permitindoa colocao de espaadores para garantir os cobrimentos (figura 2.5); servirdesuporteparaoposicionamentodeelementosdasinstalaese outros itens embutidos (figura 2.6); servirdeestruturaprovisriaparaasatividadesdearmaoe concretagem,devendoresistirscargasprovenientesdoseupeso prprio,almdasdeservio,taiscomopessoas,equipamentose materiais (figura 2.7); proteger o concreto novo contra choques mecnicos (figura 2.8);limitar a perda de gua do concreto, facilitando a cura (figura 2.9).

Figura 2.2 Funes do sistema de frmas: dar forma ao concreto 22 Figura 2.3 Funes do sistema de frmas: sustentao do concreto at que ele atinja a resistncia necessria Figura 2.4 Funes do sistema de frmas: proporcionar a rugosidade e a forma requerida laje nervurada Figura 2.5 Funes do sistema de frmas: suporte para a armao 23 Figura 2.6 Funes do sistema de frmas: suporte para o posicionamento de elementos das instalaes e outros itens embutidos Figura 2.7 Funes do sistema de frmas: estrutura provisria para as atividades de armao e concretagem 24 Figura 2.8 Funes do sistema de frmas: proteger o concreto novo contra choques mecnicos Figura 2.9 Funes do sistema de frmas: limitar a perda de gua do concreto 2.1.2 Propriedades ou Requisitos de Desempenho (para atender as funes das frmas) a)resistnciamecnicaruptura:significaapresentarresistnciasuficientepara suportarosesforosprovenientesdoseupesoprprio,doempuxodoconcreto,do adensamento e do trfego de pessoas e equipamentos; b)resistnciadeformao:significaapresentarrigidezsuficienteparamanteras dimenses e formas previstas no projeto, ou seja, apresentar deformao adequada e controlada; c)estanqueidade:significaevitaraperdadeguaedefinosdecimentodurantea concretagem; 25 d)regularidadegeomtrica:significaapresentargeometriacompatvelcomas especificaesdoprojeto.Observa-sequeareduode10%naalturadeumaviga interfere muito mais na resistncia mecnica do elemento estrutural que uma variao de 10% na resistncia do concreto; e)texturasuperficialadequada:significaapresentartexturasuperficialcompatvelcom as exigncias do projeto, sobretudo nos casos de concreto aparente; f)estabilidadedimensional:significanoalterarassuasdimensesduranteo lanamentoouduranteafasedecura,afimdequeoselementosestruturais apresentem dimenses compatveis com as definidas pelo projeto; g)possibilitarocorretoposicionamentodaarmadura:ouseja,nodeveapresentar detalhedemontagemquedificulteouimpeaacolocaodaarmaduranolocal especificado pelo projeto; h)baixaadernciaaoconcreto:afimdefacilitarosprocedimentosdedesforma,sem danificar a superfcie do elemento de concreto; i) proporcionar facilidade para o correto lanamento e adensamento do concreto; j)noinfluenciarnascaractersticasdoconcreto:osseja,nodeveapresentar absoro d'gua que comprometa a necessidade de gua para a hidratao do cimento doconcretoealmdisto,odesmoldante,quandoutilizado,nodever afetara superfcie do elemento de concreto que est sendo produzido; l)segurana: apresentarrigidezeestabilidadesuficientespara nocolocaremriscoa segurana dos operrios e da prpria estrutura que est sendo construda; m)economia:esteaspectoestdiretamenterelacionadoaosdanosprovocados durante a desforma, exigindo manuteno ou mesmo reposio de parte das frmas; facilidadedemontagemedesformaeaoreaproveitamentoqueosistemapode proporcionar. 2.1.3 O Custo da Frma no Conjunto do Edifcio Uma frma para desempenhar adequadamente as suas funes, apresentar, de modo geral, o seguinte percentual de custo com relao ao edifcio: . custo da frma = 50% do custo de produo do concreto armado;. custo do concreto armado = 20 % do custo da obra como um todo; . custo da frma = 10% do custo global da obra. Estes dados so apresentados no grfico da figura 2.10, a seguir. 26 Cabeobservaraquiqueafrmaumelementotransitrio,isto,nopermanece incorporado ao edifcio, tendo uma significativa participao no custo da obra como um todo.,pois,umapartedaobraquemereceestudosespecficosparaasua racionalizao e, portanto, melhor aproveitamento e conseqente reduo de custos. 2.1.4 Elementos Constituintes de um Sistema de Frmas Pode-se dizer que o sistema de frmas constitudo pelos seguintes elementos: molde, estrutura do molde, escoramento (cimbramento) e peas acessrias. Molde o que caracteriza a forma da pea e, segundo Fajersztajn [1987], o elemento que entra em contato direto com o concreto, definindo o formato e a textura concebidos para a pea durante o projeto. constitudo genericamente por painis de laje (figuras 2.12 a 2.16), fundos e faces de vigas (figuras 2.17 a 2.19) e faces de pilares (figura 2.20 a 2.22). EstruturadoMolde-oquedsustentaoetravamentoaomoldee,segundo Fajersztajn [1987], destinada a enrijecer o molde, garantindo que ele no se deforme quandosubmetidoaosesforosoriginadospelasatividadesdearmaoe concretagem, podendo ter diferentes configuraes em funo do sistema de frmas e dapeaconsiderada.constitudocomumenteporgravatas,sarrafosacopladosaos painis e travesses. Escoramento(cimbramento)oquedapoioestruturadafrma.oelemento destinadoatransmitirosesforosdaestruturado molde para algumpontodesuporte nosoloounaprpriaestruturadeconcreto[Fajersztajn,1987].constitudo genericamente por guias, pontaletes e ps-direitos.Forma Armadura Concreto

Figura 2.10 Grfico da relao de custo: frmas/edifcio 27 Acessrios-componentesutilizadosparanivelamento,prumoelocaodaspeas, sendo constitudos comumente por aprumadores, sarrafos de p-de-pilar e cunhas. 2.1.5 Principais Materiais Utilizados para a Produo de Frmas a)MOLDE: comum o emprego de: madeira na forma de tbua ou de compensado (figuras 2.11, 2.12, 2.17 e 2.20);materiais metlicos - alumnio e ao (figuras 2.13, 2.18 e 2.23); e ainda,outrosmateriaiscomooconcreto(figura2.16),aalvenaria,oplstico(figura 2.14),opapelo(figura2.22),afrmaincorporada(porexemplo,opoliestireno expandido ou lajotas cermicas e materiais sintticos (figuras 2.15, 2.19 e 2.21). b) ESTRUTURA DO MOLDE: comum o emprego de: - madeira aparelhada, na forma de trelia ou perfis de madeira colada; (Figura 2.15)- materiais metlicos: perfil dobrado de ao, perfis de alumnio, ou trelias;-mistos:ouseja,umacombinaodeelementosdemadeiraeelementosmetlicos (Figura 2.20). c) ESCORAMENTOS: comum o emprego de:- madeira bruta ou aparelhada (figuras 2.24, 2.25 e 2.26);- ao na forma de perfis tubulares extensveis e de torres (figuras 2.26 e 2.27). d)ACESSRIOS:comumautilizaodeelementosmetlicos(ao)ecunhasde madeira. Figura 2.11 Chapa de madeira compensada 28 Figura 2.12 Molde: painis de laje em madeira fonte: http://arq.ufmg.br Figura 2.13 Molde: steel deck (painel para laje mista) Figura 2.14 Molde: painel de laje em plstico reforado laje nervurada 29 Figura 2.15 Molde: painel de laje sinttico Figura 2.25 Estrutura do molde em madeira 30 Figura 2.16 Molde: pr-laje Figura 2.17 Molde: fundo e face de viga em madeira Figura 2.18 Molde: painel metlico para vigas 31 Figura 2.19 Molde: painel sinttico para vigas Figura 2.20 Molde: faces de pilar em madeira 32 Figura 2.21 Molde: frma modulada sinttica para pilar Figura 2.22 Molde: frma para pilar em papelo Figura 2.23 Molde: faces de parede de concreto em material metlico Figura 2.24 Escoramento em madeira e escoramento metlico 33 Figura 2.26 Escoramento em madeira e ao Figura 2.27 Escoramento em ao 2.1.6 O Conceito Estrutural das Frmas As frmas so estruturas provisrias, porm, so ESTRUTURAS e como tais devem ser concebidas.Osesforosatuantesemquaisquerpeasconstituintesdosistemade frmas so dados por: 34 peso prprio das frmas; peso do concreto e do ao;sobrecarga: trabalhadores, jericas, outros equipamentos; empuxo adicional devido vibrao, nas peas de maior profundidade. Definido o esforo atuante, tem-se que o mesmo: a)atuasobreopainelqueconstituiomolde,isto,sobreachapademadeira,de compensado, metlica ou mista; b)achapadomoldetransmiteosesforosrecebidosaumreticuladodebarras (estrutura do molde), pelo qual enrijecida; c) complementando e equilibrando a estrutura do molde tm-se as escoras (pontaletes e ps-direitos) transmitindo a carga para o solo ou para a estrutura j executada. 2.1.7 Estudo do SISTEMA CONVENCIONAL de frmas de MADEIRA Na produo da estrutura de edifcios emprega-se a madeira em frmas de lajes, vigas e pilares, escadas, caixas d'gua, entre outros. ParaaexecuodosMOLDESdesseselementosatualmenteempregam-setbuas, mas principalmente chapas de madeira compensada. Astbuasempregadasemgeralsodepinho de 3linhaindustrialoudeconstruo, comasdimensesde2,5cmdeespessurae30,0cmdelargura,sendode4,00mo comprimento mais comum. Opaineldemadeiracompensadapodeseapresentarcomdiferentescaractersticas, dadas em funo da sua espessura e do material de proteo aplicado sua superfcie duranteafabricao.OsmaisusuaissoosdeACABAMENTORESINADO,cuja proteodadaapenasporumacamadaderesinapermevel,oquelimitasua reutilizaoemduasoutrsvezes,nomximo;eosdeACABAMENTO PLASTIFICADO,cujaresinaaplicadaemsuasuperfciepossibilitamaiornmerode reutilizaes dos painis, que pode variar de 10 a 40 vezes em funo da espessura da pelcula da resina aplicada. Alm disso, o painel com acabamento plastificado pode se apresentarcomasbordasseladasouno,oquetambminterferenonmerode reutilizaes. Oscompensadosapresentam-secomdiferentesespessuras,sendoasdemaior empregocomofrmasdeestruturaosde6,0mm,10,0mm,12mm,18mm,20mme 25mm.Quantosualarguraecomprimentosomodulados,sendoqueosPAINIS RESINADOS apresentam-se nas dimenses de 1,10m X 2,20m e os PLASTIFICADOS com 1,22m X 2,44m (devido exportao). Para a execuo da ESTRUTURA DO MOLDE (exemplo: Figura 2.28) comumente so utilizadostbuas(2,5X30,0cm),sarrafos(2,5X5,0cm;2,5X10,0cm)ecaibrosou 35 pontaletes(5,0X6,0cmou7,5X7,5cm),espaadosdemaneiraqueomolde,com uma determinada espessura, suporte o carregamento previsto, ou seja, o espaamento dimensionadoconsiderando-seainteraodaespessuradomoldecomo carregamento. Figura 2.28 Vista em corte da frma de um pilar NoESCORAMENTOsoempregadosusualmentepontaletesde7,5x7,5cmdepinho oudeperoba,comat4,0mounomximo5,0mdecomprimento,ouemprega-se tambmmadeirarolia(eucalipto),comat20,0mdecomprimento.Nocasodo escoramentopossvelempregar-seaindaescorasmetlicas,disponveisnosmais diferentes comprimentos. Seja qual for o material empregado neste elemento da frma, o mesmo dever estar apoiado em local com resistncia suficiente para o recebimento dascargasdaestrutura(soloouestruturajpronta),devendotambmser adequadamente contraventados. Os ACESSRIOS, por sua vez, so elementos que devem propiciar que a desforma da estrutura ocorra sem que esta sofra choques, sendo comum o emprego de cunhas de madeira e caixas de areia colocadas nos "ps" dos pontaletes e ps-direitos. 2.1.7.1 Caractersticas da frma de laje Elementosprincipais:painis,travesses,guias,ps-direitos,talas,cunhasecalos, apresentados nas figuras 2.29 e 2.30. 36 Aindacomrelaoslajes,pode-sedizerqueexistemvariaesdoprocesso tradicional,ouseja,comumasubstituiodalajedeconcretomoldadanolocal (maciaounervurada)porcomponentespr-fabricados,comoporexemplo,porlajes mistas e pr-lajes. Estes tipos de lajes podem ser entendidos como um avano do processo de produo, namedidaemquesuaexecuo,quandobemplanejada,podeimplicaremelevado nvelderacionalizaodoprocessoprodutivo,umavezqueotimizamoempregodos materiaisediminuemconsideravelmenteautilizaodefrmaseescoramentosna obra.Nafigura2.31,apresenta-seumesquemadelajemistausualmenteempregada em edifcios de mltiplos pavimentos. Figura 2.29 Esquema de frma convencional para laje, utilizando-se travesses e guias [fonte: CIMENTO E CONCRETO, 1944]. 37 Figura 2.30 Esquema de frma convencional para laje, utilizando-se apenas guias [fonte: FAJERSZTAJN, 1987]. Figura 2.31 Esquema de laje mista usualmente empregada em edifcios de mltiplos pavimentos [fonte: CASA CLUDIA, s.d.]. 2.1.7.2 Caractersticas da frma de viga Elementosprincipais:facesdeviga,fundodeviga,travessadeapoio(dasgravatas), gravatas(ougastalhos),pontaletes(similaraop-direitodalaje),apresentadosna figura 2.32, a seguir. 38 Figura 2.32 Esquema de frma convencional para viga [Fonte: CIMENTO E CONCRETO, 1944]. 2.1.7.3 Caractersticas da frma do pilar Elementosprincipais:facesdepilar,gravatas(gastalhos),gastalhosdep-de-pilar, escoras para aprumar o pilar, apresentados na figura 2.33, a seguir. Figura 2.33 Esquema de frma convencional para pilar [Fonte: FAJERSZTAJN, 1987] 39 Osistemadefrmasdemadeiraanteriormenteapresentadoomaistradicionale simples possvel. naturalquecomoelevadocustodemo-de-obraedemateriaisenvolvidonasua produo,deva-sebuscarsemprearacionalizaodosistemadefrmas.Alguns sistemas racionalizados de frmas so apresentados na seqncia. 2.1.8 Estudo de SISTEMAS de FRMAS RACIONALIZADAS 2.1.8.1 Objetivos da racionalizao do sistema de frmas Tm-se como principais objetivos da racionalizao: - o mximo aproveitamento da capacidade resistente dos componentes; - o aumento da segurana nas operaes de utilizao; - o aumento da vida til e reaproveitamento dos componentes da frma; - a reduo do consumo de mo-de-obra em recortes, montagens e desmontagens. 2.1.8.2 Recomendaes de projeto do edifcio para aumentar a racionalizao -padronizaodaestrutura:isto,pavimentos-tipoiguais,sendoasfrmasdotrreo iguais s do subsolo com algumas adaptaes; -padronizaodasdimensesdospilares:ouseja,pilarescomseoconstantee armadura varivel em cada pavimento; -modulao:modularosvosdesdeaconcepoarquitetnica,buscandoousode formas regulares; - adoo de um PROJETO DO SISTEMA DE FRMAS. 2.1.8.3 Aes de racionalizao do sistema de frmas a) racionalizao do molde, da estruturao e dos acessrios - comparar a espessura da chapa (por exemplo 6mm e 25mm) com a necessidade de colocao de travessas e com a rapidez de montagem (implemento de mo-de-obra); -pode-sefazeromesmoraciocnioanterior,considerando-seoespaamentode gravatas de pilares e de vigas; -TRAVESSASXLONGARINAS:pode-seempregartravessasdemaiorinrcia(como porexemploumatbuadecuteloouduasmeiastbuasassociadas)outrelias (madeira,metlicatelescpica)parareduooueliminaodanecessidadede LONGARINAS; -PILARESEVIGAS: usodetensore esticadoroudebarrasdeancoragemcomtubo perdido em substituio a gravatas e sargentos; 40 -oprojetodeveprocurarevitardetalhesquepossibilitemquebradepainisou dificuldade de desforma; - substituio de pregos por encaixes e colocao de cunhas; - empregar outros tipos de moldes tais como: moldes perdidos; moldes incorporados. b) racionalizao do escoramento - reduo do nmero de pontos de escoramento em lajes com uso de escoras metlicas (substituir escoras de madeira por metlicas); - utilizao de escoras metlicas para sustentao das frmas de vigas; -empregarescorastelescpicas,facilitandoasoperaesdenivelamentoeevitando uso de calos; - substituio de pregos por encaixes e colocao de cunhas. c) racionalizao do reescoramento -utilizarfundosdevigasefaixasdecentrodelajeemduplicataparapermitir transferncia das frmas para o prximo pavimento; - avaliao da possibilidade de utilizao, ou no, das mesmas escoras empregadas no escoramento como reescoramento: avaliar se compensa deixar uma parte ou substituir completamente. Naseqncia,nasfiguras2.34a2.40,apresenta-sealgunssistemasdefrmas racionalizadas disponveis no mercado. Figura 2.34 Uso de gravatas moduladas para frmas de pilares [fonte: FAJERSZTAJN, 1987]. 41 Figura 2.35 Uso de tensores no travamento de moldes de pilares [fonte: CHADE, 1986]. 42 Figura 2.36 Uso de barras de ancoragem com distanciadores plsticos [fonte: REQUENA, 1986]. 43 Figura 2.37 Tipos de cimbramentos racionalizados para vigas e lajes [fonte: CHADE, 1986]. 44 Figura 2.38 Sistema racionalizado de frmas de madeira bastante empregado em edifcios [fonte: FAJERSZTAJN, 1987]. 45 Figura 2.39 Sistema racionalizado de frmas com uso de elementos metlicos regulveis no escoramento [fonte: FAJERSZTAJN, 1987]. 46 Figura 2.40 Detalhe de escoramento e travamento de vigas com uso de elementos metlicos e mistos [fonte: FAJERSZTAJN, 1987]. 47 2.1.8.4 Parmetros para escolha ou projeto do sistema de frmas -considerarasespecificaesdeacabamentosuperficial:concretoaparenteouno, textura, juntas necessrias, etc.; -levaremcontaascaractersticasdoprojetodaestrutura:formatoregularouno, modulao, vos; - cronograma de execuo da estrutura: considerar o nmero de lajes/ms; a seqncia de execuo exigida; -disponibilidadedemateriaisregionais:porexemplo,executaroescoramentocom eucalipto,emfunodadisponibilidadedestematerialnolocalemqueseest executando a obra; - disponibilidade de equipamento para movimentao das frmas; - espao para fabricao em canteiro; espao para ptio (central) de frmas; - porte do empreendimento: que reflete, por exemplo, na validade ou no de se investir num jogo de frmas metlicas ou em um segundo jogo de frmas para acelerar a obra. 2.1.8.5 Consideraes sobre a execuo das frmas Buscar comparar, analisar e avaliar as seguintes possveis situaes: - fabricao no canteiro X no local da concretagem; - montagem de uma central de produo X produo em cada obra; - frma pr-fabricada X frma produzida em obra; - comprar X alugar 2.1.8.6 Outros tipos de frma(menos comuns na produo de edifcios) a) FRMAS PARA PAREDES MACIAS - painis estruturados com molde de madeira; - frma de ao, como por exemplo a frma tipo tnel ilustrada na figura 2.41; - frma de alumnio texturizada. b) FRMAS "TREPANTES" e "DESLIZANTES" Comumenteutilizadasemestruturasmaciasecontnuas,taiscomocaixasd'guae poosdeelevador.O mecanismode funcionamento decada uma delasestilustrado na figura 2.42. 48 c) frmas VOADORAS (para laje ou para laje + parede) - tipo "mesa voadora"; - tipo "mesa-parede", como ilustrada na figura 2.43; - tipo "tnel". Figura 2.41 Sistema de frmas tipo tnel [fonte: FAJERSZTAJN, 1987]. 49 Figura 2.42 Sistemas de frmas "trepantes" e "deslizantes" [fonte: FAJERSZTAJN, 1987]. 50 Figura 2.43 Sistema de frmas tipo "mesa-parede" e seu ciclo de produo [fonte: FAJERSZTAJN, 1987]. 2.2 A MONTAGEM DA ARMADURA 2.2.1 Introduo SegundoFREIRE(2001),aexecuodaarmaonasobraspaulistasdelegadaa empresassubcontratadasem80%doscasos.Esseautordestacaaindaqueas 51 subempreiteirasdearmaoso,namaioriadoscasos,geridasporpessoasque nodominamcompletamenteosconhecimentosbsicosdegestodeservios;por isto, a tecnologia de produo das armaduras nas obras ainda baseada num modo de atuaoartesanalerudimentar,emqueasoperaesdeproduosobastante particularese,nemsempre,soordenadasparaqueaconteamdamaneiramais eficiente.Osavanospercebidos(automaoemecanizao)estosituadosdolado deforacanteirodeobras,nasempresasquefornecem,paraalgumasobras,ao beneficiado (pr-cortado e pr-dobrado). Osaosparaconcretoarmado,fornecidosemrolos(fios)oumaiscomumenteem barrascomaproximadamente12mdecomprimento,soempregadoscomoarmadura ouarmaodecomponentesestruturais.Nessescomponentesestruturais,taiscomo blocos, sapatas, estacas, pilares, vigas, vergas e lajes, as armaduras tm como funo principalabsorverastensesdetraoecisalhamentoeaumentaracapacidade resistente das peas ou componentes comprimidos. O concreto tem boa resistncia compresso, da ordem de 25 MPa, podendo chegar a 60MPaoumais,enquantoqueoaotemexcelenteresistnciatraoe compressodaordemde500MPachegando,emaosespeciaisparaconcreto protendido,acercade2000MPa.Noentanto,aresistnciatraodosconcretos muitobaixa,cercade1/10desuaresistnciacompresso,oquejustificaseu empregosolidariamentecomoao.Oconcretoarmadoportantoconseqnciade umaalianaracionaldemateriaiscomcaractersticasmecnicasdiferentese complementares. SegundoanormaNBR7480-"Barrasefiosdeaodestinadosaarmadurasde concreto armado",barrassoprodutosobtidosporlaminaoaquente,com dimetro nominal de 5,0 mm ou superior. Por serem produzidos desta maneira, os aos CA25 e CA50 so denominados BARRAS. Os fios so produtos de dimetro nominal inferior a 10mmobtidosportrefilaooulaminaoafrio.TodooCA60denominadofio.A ltimaversodaNBR74801996eliminouasclassesAeBconstantesdaversode 1985, portanto, atualmente, alm de tecnicamente incorreto, no faz sentido classificar uma barra por classe. Na norma, a separao em classes era definida pelo processo de fabricao das barras ou fios; para processo a quente (laminao a quente) o produto eradenominadoclasseAeparaoprocessoafrio(laminaoafriooutrefilao)era classe B. Almdestefator,deve-seacrescentaraproteooferecidapelomeioalcalino resultantedasreaesdehidrataodocimentopresentenoconcreto,que apassivando o ao, aumenta a sua durabilidade. Nas peas comprimidas, mesmo considerando a elevada resistncia compresso dos aos para concreto armado (da ordem de 500 MPa), o concreto tambm necessrio, pois alm de protetor, atua como fator de elevao da rigidez da pea, impedindo que estapercaestabilidadegeomtricapelaflambagem.Istosignificadizerquepara suportar uma dada carga de compresso, em funo da possibilidade de flambagem da pea,serianecessriaumaseodearmaduraexageradamentesuperiorquela suficiente para resistir unicamente aos esforos de compresso, ou seja, seria preciso aumentar o momento de inrcia da seo transversal da pea. 52 Assim,pode-sedizerqueaunioracionaldoaocomoconcretocomsuas caractersticas prprias, traz as seguintes vantagens para o concreto armado: ConcretoAoConcreto Armado Boa resistncia compreenso Excelente resistncia trao Versatilidade Meio AlcalinoNecessita ProteoDurabilidade RigidezEsbeltezEconomia Oconcretoarmadoentoumacomposioresultantedo"trabalhosolidrio"da armadura(ao)edoconcreto.Essasolidariedadedevesergarantidapelaaderncia completa entre os materiais, a fim de que as suas deformaes sejam iguais ao longo da pea de concreto. Paraqueseatinjamtodosessesobjetivos,quaissejam,qualidade,aderncia, versatilidadeeeconomia,necessrioestabelecerumasriedecuidadoseregras prticasquedeverosercumpridaspelosprojetistas,construtores,armadorese montadoresdeestrutura.Nestapartedapublicaoseroabordadossomentealguns aspectos relacionados execuo ou montagem das armaduras de concreto armado e, para que se tenha uma idia do conjunto de operaes necessrias ao processamento da armadura, a figura 2.44 apresenta o fluxograma para o seu preparo. Figura 2.44 Fluxograma de produo das armaduras utilizadas nas estruturas de concreto armado. 2.2.2 A Compra do Ao Montagem Transporte Corte Compra erecebimento do ao Estocagem Dobra Controle de qualidade Pr-montagem ControleControle Controle 53 Oao,emdecorrnciadoseuprocessodeobteno,temumpreopormassa (peso)maisbaixoparaosdimetrosmaiores.Portanto,estritamenteemtermos econmicos, mais interessante que, para uma mesma seo de armadura necessria, seja utilizado um menor nmero de barras com maior dimetro cada uma. No entanto, ocorrequeoprojetistadeestruturatemestaquestoapenascomoumadaquelasa serem levadas em conta na definio da armadura. Como se analisa nas disciplinas de concreto,diversosoutrosfatoresfsicosemecnicosinterferemnestedetalhamento fazendocomque,dopontodevistatcnico(homogeneidadedomaterialconcreto armado) seja mais indicado utilizar grande nmero de barras finas ao invs de poucas grossas. Comoprojetodetalhado,oresponsvelpelaexecuodaobratemcondiesde solicitar o ao necessrio. O caminho a seguir diferente conforme a dimenso da obra e da compra. Paraobraspequenasedepoucaimportnciatcnica,cujasnecessidadestotaisno ultrapassemtrstoneladas,porexemplo,arealizaodetodososensaios normalmente requeridos pode se tornar anti-econmica. Nestes casos, recomenda-se a compra do lote necessrio de firma varejista idnea, com ao de procedncia confivel. Quandoaobrativerdimensesmaiores,recomenda-sequeacompradeaoseja planejada de maneira que se torne razovel o custo dos ensaios frente ao volume total dacompra,levando-seemcontaoscritriosdeamostragem.Nestescasos,afirma encarregadadosensaiosretiradoptiodofabricanteoudofornecedorasamostras para ensaio do lote a ser entregue na obra. Porvezestorna-serecomendvelqueacoletadeamostrasparaoensaiosejafeita quandodadescargadomaterialnaobra.Istoporqueoslacresefetuadosnoslotes ensaiadosnofornecedorpodero,eventualmente,estarsujeitosviolao.O inconvenientenesteprocedimentoqueemcasoderejeiodolotepodehavera necessidade de troca do material, necessitando novo transporte. A compra do ao deve ser feita com razovel antecedncia em relao sua utilizao, devidoaotemponecessrioparaarealizaodosensaioseeventualrejeiocom necessidade de nova compra com outro fornecedor. Almdosensaiosreferentesresistnciamecnicaeensaiosreferentesao dobramento,devemser feitosensaiosrelativosaocontrolededimetrodasbarrasde ao. No processo de fabricao das barras de ao, os roletes e fieiras que controlam o dimetrofinaldasbarrasvosedesgastandocomousoenormalmenteacabam produzindobarrascompequenodesbitolamento,necessariamentesempreparamais. Do ponto de vista da segurana no h prejuzo algum, at pelo contrrio; no entanto, considerando-seofatoreconmico,deve-seevitardesbitolamentosexagerados,pois pode acabar faltando ao na obra (segundo a normalizao nacional o desbitolamento mximo admissvel de 6% do dimetro da barra). Imagine-se uma barra de 20mm que se apresenta na realidade com dimetro de 22mm. Suponha-sequepeloprojetosejamnecessrios1000mdebarrasde20mmde espessura; fazendo-se a converso da metragem para peso, levando-se em conta uma 54 densidadedeaode7800Kg/m3,aconstrutoracompraria,dofabricanteou fornecedor,10toneladasdeao.Umavezqueabarratenha22mm,comas10 toneladas compradas, ao invs dos 1000m necessrios, o comprador receber menos de850mdebarrasquecertamentenopermitiroarmartodososcomponentes estruturais previstos no projeto. Para obras pequenas, em que seja anti-econmico o ensaio normalizado de verificao do dimetro, recomenda-se que a prpria obra faa o controle a partir do levantamento dametragemqueefetivamentetenhachegadoparaaquelepesodeao.Este procedimentorelativamentesimples,poistodasasbarrastmaproximadamenteo mesmo comprimento. Com este dado, e com a densidade do ao, chega-se ao dimetro mdio real das barras e, eventualmente, pode-se recusar o lote. Definidaacompra,ensaiadoeaprovadoolote,ofabricantemarcaantecipadamente com a construtora a data e o horrio em que ser feita a pesagem e a remessa do ao. Neste horrio, a construtora define um seu representante (normalmente o apontador ou almoxarife da obra) para verificar a pesagem e acompanhar a carreta no trajeto fbrica-obra.Esteprocedimentonecessriopelaimpossibilidadedemanter,nasobrasde portenormal, uma balanadecontrole derecebimentoqueseja adequada parapesar barras de 12m de comprimento. 2.2.3 A organizao do Ao no Canteiro Asbarrasdeaonormalmentetm12mdecomprimento.Acarretaquetransporta estasbarras,portanto,degrandesdimenseseseuestacionamentoemanobrano desembarquedoaodevemserplanejados.Estetipodepreocupaobastante importantenocasodeobraslocalizadasemavenidasdegrandemovimento,por exemplo. Otransportedoaodentrodocanteiro,quandonoexistemequipamentosdemaior portecomoguindastes,bastantemoroso.Retornandoaoexemplodasbarrasde 20mm,podemoscalcularque,paraumabarrade12m,seupesode aproximadamente30kg.Emoutraspalavras,pelomenosdoisserventeslevamquatro barras (120kg) desde o local do descarregamento at o ptio de estocagem de ao. No caso de uma compra de 10 toneladas de barras de 20mm, seriam necessrias mais de 80 viagens para colocar no estoque somente este tipo de barra. Otemponecessriopararealizarestaatividadevariaconformeamotivaodo serventeeconformealocalizaodoestoqueemrelaoaoptiode descarregamento.Imaginando-seumciclopequeno,de5minutosporexemplo,para cada viagem, teramos que os dois serventes ficariam quase 7 horas transportando as barras de 20mm. Portanto, o nmero de homens-hora que so gastos para a organizao do ao dentro do canteiro muito grande. Observa-sepoisqueaorganizaodocanteiroeemespecialoposicionamentodo estoque de ao, so de fundamental importncia para se conseguir a racionalizao do 55 trabalhoeboafluidezdaproduo.Istovaletantoparaodesembarquedoao como para todo o trabalho relativo sua utilizao. Almdaquestodalocalizao,outroscuidadosdevemsertomadosquanto estocagemdoao.Mesmoprofissionaiscomanosdeexperinciadeobraesto sujeitosconfusoquandotentamvisualmenteidentificaraespessuradasbarras. imprescindvel,portanto,queasbarrassejamrigorosamenteseparadassegundoseu dimetro, de maneira a evitar possveis enganos. Aindacomrelaoestocagemdoao,deve-seevitarascondiesquepodem propiciarodesenvolvimentodacorroso.aconselhvelevitarocontatodireto permanentedoaocomosoloeainda,dependendodascondiesambienteedo tempoemqueoaopermanecerestocado,muitasvezes,emcasodegrande agressividade do meio, deve-se evitar que o estoque de ao fique sujeito a intempries. Nas figuras2.45a2.48abaixopode-seobservaraplanta,avistaemcorte e fotos da central de processamento armadura no canteiro Figura 2.45 Planta de uma central de processamento de armadura no canteiro Figura 2.46 Vista em corte de uma central de processamento de armadura no canteiro 56 Figura 2.47 Vista da central de armadura de um edifcio Figura 2.48 Central de armadura de um edifcio 2.2.4 Corte da Armadura Osfiosebarrassocortadoscom talhadeira,tesoures especiais,mquinasdecorte (manuais ou mecnicas) e eventualmente discos de corte. Com talhadeira, somente os fios de dimetro menor que 6,3mm podem ser cortados, e mesmo assim, em situaes especiais,poisorendimentodaoperaomuitobaixo.Ostesoures,combraos compridos, conforme ilustra as figuras 2.49 e 2.50, permitem o corte de barras e fios de dimetro at 16mm. Quando a quantidade de ao a ser cortada for muito grande, pode-se usar mquinas manuais ou motorizadas. Asmquinasdecorteseccionamtodososdimetrosfabricadosetmumexcelente rendimento, cortando diversas barras de uma s vez. rea de estocagem rea de estocagem 57 Asmquinasmanuais,ilustradasnafigura2.51,soasmaisusadasnocortedo ao,poisapresentamumbomrendimentonotrabalho.Sodefcilaquisiono mercado e tambm fcil conservao. Figura 2.49 Ilustrao dos tesoures utilizados para o corte de barras [fonte: SENAI, 1980] Figura 2.50 Tesouro 58 Figura 2.51 Ilustrao das mquinas mecnicas para corte de barras de ao [fonte: SENAI, 1980]. Asmquinasdecortarmotorizadas(figuras2.52e2.53)soutilizadasnormalmente nas grandes obras, em que uma grande quantidade de ao precisa ser cortada. Nestes casos,oelevadorendimentodestasmquinasofereceretornoamplamentevantajoso aoinvestimentoinicialrequerido.Almdisto,diversasfirmastambmtmutilizado mquinas de corte motorizadas centralizando o corte de ao necessrio em suas obras. Asvantagensemtermosderacionalizaosograndestantonoplanejamentoe rendimento da operao do corte, como de estocagem, uso e transporte. Figura 2.52 Mquina de cortar hidrulica 59 Figura 2.53 Mquina de corte eltrica Observa-se,porm,quequalquerquesejaoprocessopeloqualfeitoocortedas barras,aracionalizaodaoperaodevesempreserprocurada.Oscomprimentos das barras de ao requeridos nas vigas, pilares, lajes, caixas d'gua, etc., so variveis; como as barras tm uma dimenso aproximadamente constante, faz-se necessria uma programao do corte das barras de modo a evitar desperdcios. fcil perceber que se uma barra de 12m utilizada somente para pilares de 3,30m de altura,poderoserutilizadas3barrasde3,30mehaverumasobrade2,10msem uso.Doismetrosdedesperdcioporbarrarepresentamumaenormeperda(18%em relao barra de 12m ou, exemplificando, mais de 20Kg para cada barra de 20mm). Faz-senecessrio,portanto,umplanejamentodemaneiraqueassobrasdeumcorte possamserutilizadasemoutraspeasestruturais.Normalmenteestetipodetarefao prprioarmadorfazeoresultadoemtermosdediminuiodosdesperdciostanto melhorquantomaiorforsuacapacidade,experinciaemotivao.Porm,dentrodo "esprito"daracionalizao,diversasconstrutoras,percebendoanecessidadede otimizaresteprocessodeprogramaodecorte,estoutilizandoprogramasde computador que elaboram a programao de corte. Oplanejamentodocorte,noentanto,noonicomeiodeseevitardesperdcios. Quandoseconcretaumpavimentocompleto(pilares,vigas,escadaselajes)a armadura dos pilares deve ser maior que o tamanho do pilar propriamente dito devido necessidadedaarmaduradearranquedopilar,cujafunogarantiratransferncia dos esforos atuantes sobre as barras de ao do pilar superior para as do inferior. No intervalodaconcretagementrepavimentos,oarranquedeveserprotegido,conforme se pode ver abaixo na figura 2.54. 60 Figura 2.54 Proteo dos arranques Observe-sequenabasedospilares,aolongodosarranques,haveruma superposiodebarrasdeao.Nocasodehaverumaaltadensidadedearmadura, podero ocorrer dificuldades para que o concreto preencha todos os espaos entre as barras,formando-seoschamadosvaziosdeconcretagem("ninhos"ou"bicheiras"). Almdisso,somando-seosarranquesdetodosospilareshaverumaquantidade enorme de barras de ao sendo gasta para esta funo. Quandoodimetrodasbarrasdeaodospilaresforsuficientementegrande,os arranquespoderoviraserparcialmenteevitadospelacolocao de barras para dois pavimentos,porexemplo.Imagine-sequeopilartenha2,8meabarra12m.Para executara primeiralaje,aoinvsdecortar abarracom asdimensesdopilar maiso arranque,corta-seabarraemdoispedaosiguaisde6m.Nestecaso,sobraracima daprimeiralajedeconcreto3,2mdebarraparaoprximopilar,evitando-sea necessidade do arranque e tambm otimizando o corte da barra. Entretanto,estetipodeexpedientemaisinteressanteparabarrasgrossas,cujo comprimentolivrenoseverguesobaodoprpriopeso,atrapalhandoasdemais atividades. Outra situao que pode vir a ocorrer a grande concentrao de armadura em pilares esbeltos,quepodeprovocarconcretagemdeficientenaregiodosarranques.Neste caso, recomenda-se que a sobreposio seja feita em diferentes posies, cortando-se a armadura com distintos comprimentos. 61 Almdosexemploscitadosacima,existemdiversaspossibilidadesde racionalizaodousodeaonasestruturasdeconcretoarmado,oqueexigedo engenheiro a constante procura da melhor soluo em cada caso. Terminadaaoperaodecortenecessrioqueseprocedaocontroledamesma, verificando-se se as dimenses das barras cortadas esto de acordo com as definies de projeto. Tal procedimento evita que possveis falhas venham a ser identificadas em etapa muito avanada do processo de produo. 2.2.5 Preparo da Armadura Apsaliberaodaspeascortadasd-seodobramento(figuras2.55a2.59)das barras, assim como seu endireitamento (quando necessrio), sendo que tais atividades so realizadas sobre uma bancada de madeira grossa com espessura de 5,0 cm, que corresponde a duas tbuas sobrepostas. Sobre essa bancada usualmente so fixados diversos pinos, como ilustra a figura 2.58, a seguir. Os ganchos e cavaletes so feitos com o auxlio de chaves de dobrar, como mostra a figura 2.59, a qual ilustra a operao de dobra de um estribo. Figura 2.55 Dobramento manual da armadura em canteiro (pinos e chaves) 62 Figura 2.56 Dobramento manual da armadura em canteiro Figura 2.57 Dobramento manual da armadura em canteiro Figura 2.58 Ilustrao da bancada e da ferramenta para dobra da armadura [fonte: SENAI, 1980]. 63 Figura 2.59 Ilustrao das operaes de dobra de um estribo [fonte: SENAI, 1980] Assimcomoexistemasmquinasdecorte,existemnomercadoasmquinasde dobramentoautomtico.Taismquinastambmpodemserusadasemobrascom grandes quantidades de ao a serem dobradas ou na centralizao do dobramento da armaduradediversasobrasdeumamesmaconstrutoraoudediferentesempresas (figuras 2.60 e 2.61). Figura 2.60 Dobramento com equipamento hidrulico 64 Figura 2.61 Dobramento com equipamento hidrulico Os aparelhos mecnicos de dobramento, alm de curvarem adequadamente as barras, ainda o fazem com grande rendimento. Todas as curvaturas so feitas a frio e os pinos devem ter um dimetro compatvel com o tipo e o dimetro do ao que ser dobrado a fim de evitar a ruptura local do material. 2.2.6 Montagem da Armadura Definidaacontrataodamo-de-obra,feitooprojetoestruturaleoplanejamentode corte e dobramento, o armador comea a executar seu servio. Aligaodasbarraseentrebarraseestribosfeitaatravsdautilizaodearame recozido.Otipodearameencontradonomercadotemumagrandevariaode qualidade,sendonecessriaumaboamaleabilidade.Osaramesnormalmente indicadossoosaramesrecozidosn.18(maiorespessura)oun.20(menor espessura). Afigura2.62,aseguir,ilustraasoperaesparaaamarraodeumavigaea ferramenta utilizada para a amarrao das barras e estribos (torqus). 65 Figura 2.62 Ilustrao da amarrao da armadura de uma viga [fonte: SENAI, 1980] Paraamontagemdaarmadurapropriamentedita,duranteoplanejamentodeve-se definir as peas estruturais cujas armaduras sero montadas embaixo, no prprio ptio de armao, exemplificado na figuras 2.63 a 2.66 (central de armao), e aquelas que seromontadasnasprpriasfrmas.Paraestadefiniodevemserconsiderados diversosfatores,taiscomo:asdimensesdaspeas;osistemadetransporte disponvel na obra; a espessura das barras para resistir aos esforos de transporte da pea montada, entre outros. Figura 2.63 Pr montagem da armadura - pilar torqus 66 Figura 2.64 Pr montagem da armadura - viga Figura 2.65 Pr montagem da armadura - laje 67 Figura 2.66 Pr montagem da armadura Quandodacolocaodasarmadurasnasfrmastodoocuidadodevesertomadode modoagarantiroperfeitoposicionamentodaarmaduranoelementofinalaser concretado. Osdoisproblemasfundamentaisaseremevitadossoafaltadocobrimentode concreto especificado (normalmente da ordem de 25mm para o concreto convencional) eoposicionamentoincorretodaarmaduranegativa(tornadainvoluntariamente armadura positiva). Paraevitaraocorrnciadestasfalhasrecomendvelautilizaodedispositivos construtivos especficos para cada caso. O cobrimento mnimo ser obtido de modo mais seguro com o auxlio dos espaadores oupastilhasfixadosarmadura,sendoosmaiscomunsdeconcreto,argamassa, matria plstica e metal, ilustrados nas figuras 2.67 a 2.72. Estes espaadores, porm, nodevemprovocardescontinuidadesmuitomarcantesnoconcretoe,portanto,os aspectos de durabilidade e aparncia devem ser verificados quando de sua utilizao. 68 Comrelaoarmaduranegativautilizam-seoschamados"caranguejos", conforme ilustrado na figura 2.73. Esses "caranguejos" podem se tornar desnecessrios noscasosemqueoprojetistadaestruturadetalhouaarmaduranegativademaneira queestatenhaumarigidezprpria.Oespaamentoentre"caranguejos"funodo dimetro do ao que constitui a armadura negativa, bem como, do dimetro do ao do prprio "caranguejo". Figura 2.67 Ilustrao das pastilhas e espaadores mais comumente empregados na produo do concreto armado Figura 2.68Ilustrao do "caranguejo" usualmente empregado como suporte da armadura negativa 69 Figura 2.69 Espaadores de plstico para pilares e laterais de vigas Figura 2.70 Espaadores de plstico para lajes treliadas Figura 2.71 Espaadores de plstico para telas 70 Figura 2.72 Espaador concreto para a laje Figura 2.73 Caranguejos para posicionamento das tubulaes Abaixo, nas figuras 2.74 a 2.76 esto expostas a montagem de vigas, lajes e pilares. Figura 2.74 Montagem da armao de vigas 71 Figura 2.75 Montagem da armao de lajes Figura 2.76 Montagem da armao de pilares 72 2.3ASPECTOS SOBREA PRODUO DA ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO Aproduodaestruturadeconcretoarmadoserdesenvolvidatomando-secomo parmetroaexecuodeumpavimentotipo,considerando-sequeoSISTEMADE FRMAS esteja previamente definido. Assim, tem-se basicamente os seguintes passos para a produo da estrutura: - recebimento do sistema de frmas; - montagem das frmas e armaduras dos pilares; - recebimento das frmas e armaduras dos pilares; - liberao dos pilares; - montagem das frmas de vigas e lajes; - liberao das frmas de vigas e lajes; - concretagem dos pilares; - montagem da armadura de vigas e lajes; - liberao da armadura de vigas e lajes; - concretagem de vigas e lajes; - desforma; - reinicio do ciclo de execuo; cujas principais caractersticas sero abordadas na seqncia. 2.3.1 Recebimento do Sistema de Frmas Paraorecebimentodosistemadefrmas,recomenda-sequesejamadotadosos seguintes procedimentos: -definioprviadolocalparadepsito,oqualdeverestarpreparadopara recebimento,devendosercoberto,ouprovidenciarumalonaparaocobrimentodas frmas; - medir todas as peas; - verificar o corte das peas (se alinhado, se torto, se ondulado); - verificar a pintura das bordas do compensado; - verificar a quantidade de peas e de pregos; - verificar o espaamento entre sarrafos (quando o molde da frma for estruturado). Recebidas as frmas dever ter incio a sua montagem. 2.3.2 Montagem das Frmas dos Pilares Paraamontagemdasfrmasdospilaressorecomendadososseguintes procedimentos: -alocaodospilaresdo1pavimentodeveserfeitaapartirdoseixosdefinidosna tabeira,devendo-seconferiroposicionamentodosarranques;oposicionamentodos pilaresdosdemaispavimentosdevetomarcomoparmetrooseixosdereferncia previamente definidos; 73 -locaodogastalhodepdepilar(figuras2.77e2.78),oqualdever circunscrever osquatro painis, devendo ser devidamente nivelado e unido. comum que o ponto de referncia de nvel esteja em pilares junto ao elevador; - limpeza da armadura de espera do pilar (arranques); - controle do prumo da frma do pilar e da perpendicularidade de suas faces; -posicionamentodastrsfacesdopilar,nivelandoeaprumandocadaumadasfaces com o auxlio dos aprumadores (escoras inclinadas) figura 2.79 e 2.80; - passar desmoldante nas trs faces (quando for utilizado); -posicionamentodaarmadurasegundooprojeto,comosespaadoresepastilhas devidamente colocados (figura 2.81); - fechamento da frma com a sua 4 face (figura 2.82); - nivelamento, prumo e escoramento da 4 face. Nestemomentopode-seconcretarospilares,semquesetenhaexecutadoasfrmas devigaselajes,ouento,prepararasfrmasdevigaselajeseconcretaropilar somentedepoisqueestiveremdevidamentemontadas.Umaououtraalternativatraz vantagens e desvantagens, devendo-se analisar cada caso com suas especificidade. Figura 2.77 Gastalho de p de pilar |/JE DE CNCRE -50 cm -50 cm O/S/| PREO DE / 74 Figura 2.78 Gastalho de p de pilar Figura 2.79 Detalhe do prumo do pilar C/NNE|R/ ME/||C/2x 2x cc(e

1 5 m m Pcno|ee oe c|nnc 3x 3 So((ofc em c|nnc oe 1x 3 Concne|(ome||co Ooso|ncf|xc Ooso|ncmo|uccme||co Cnoco So((ofc 75 Figura 2.80 Prumo do pilar Figura 2.81 Posicionamento da armadura 76 Figura 2.82 Fechamento do pilar com a 4 face DISCUSSORPIDASOBREASVANTAGENSEDESVANTAGENSDESE CONCRETAROPILARANTESOUDEPOISDAEXECUODASFRMASDE VIGAS E LAJES VANTAGENSdaconcretagemdopilarANTESdeexecutarasdemaisfrmas(figura 2.83): - a laje do pavimento de apoio dos pilares (laje inferior) est limpa e bastante rgida, sendo mais fcil entrar e circular com os equipamentos necessrios concretagem; - proporciona maior rigidez estrutura para a montagem das frmas seguintes; - ganha-se cerca de trs dias a mais de resistncia quando do incio da desforma, que correspondem ao tempo de montagem das frmas de lajes e vigas. DESVANTAGENS da concretagem do pilar ANTES de executar as demais frmas - necessrio montagem de andaimes para concretagem; -geometriaeposicionamentodopilardevemrecebercuidadosespecficos,poisseo mesmo ficar 1,0 cm que seja fora de posio, inviabiliza a utilizao do jogo de frmas. Para evitar este possvel erro h a necessidade de gabaritos para definir corretamente odistanciamentoentrepilares,oqueimplicaeminvestimentos,sendoquenos procedimentos tradicionais dificilmente existem tais gabaritos. Naseqnciadeexecuoqueseestpropondonestetrabalho,ospilaressero executadosposteriormentemontagemdasfrmasdevigaselajes.Assim,umavez posicionadas as frmas e armaduras do pilar, deve-se fazer o controle de recebimento do pilar montado, podendo-se, na seqncia, montar as frmas de vigas e lajes. 77 Figura 2.83 Concretagem do pilar antes da execuo das demais frmas 2.3.3 Controle de Recebimento da Montagem dos Pilares Para este controle recomenda-se que se faam as seguintes verificaes: - posicionamento do gastalho de p-de-pilar; - prumo e nvel; - verificao da firmeza dos gastalhos ou gravatas, dos tensores e aprumadores. 2.3.4 Montagem de Frmas de Vigas e Lajes Recebidosospilarestemincioamontagemdasfrmasdevigaselajes, recomendando-se que sejam seguidos os procedimentos descritos a seguir: -montagemdosfundosdevigaapoiadossobreospontaletes,cavaletesougarfos (figura 2.84); - posicionamento das laterais das vigas (figura 2.85); - posicionamento das galgas, tensores e gravatas das vigas; -posicionamentodasguiaseps-direitosdeapoiodospainisdelaje(figuras2.86e 2.87); - posicionamento dos travesses; - distribuio dos painis de laje; - transferncia dos eixos de referncia do pavimento inferior (figura 2.88); - fixao dos painis de laje (figura 2.89); - colocao das escoras das faixas de laje (figura 2.90); - alinhamento das escoras de vigas e lajes (figura 2.91); - nivelamento das vigas e lajes (figura 2.92); -liberaodafrmaparaacolocaodaarmadura(etambmcolocaode instalaes embutidas, que neste trabalho no ser abordada). 78 Figura 2.84 Montagem dos fundos de viga Figura 2.85 Posicionamento das laterais das vigas Figura 2.86 Posicionamento das guias, travesses e ps-direitos de apoio dos painis da laje 79 Figura 2.87 Posicionamento das guias, travesses e ps-direitos de apoio dos painis da laje Figura 2.88 Locao ou transferncia dos eixos Figura 2.89 Fixao dos painis de laje 80 Figura 2.90 Colocao das escoras das faixas de laje Figura 2.91 Alinhamento das escoras de vigas e lajes Figura 2.92 Nivelamento das vigas e lajes 81 2.3.5 Controle de Recebimento da Frma de Vigas e Lajes Paraaliberaodasfrmaseconseqenteposicionamentodasarmaduras,deve-se procederverificaodoposicionamentodasfrmas,recomendando-sequesejam verificados os pontos listados a seguir: - encontro viga/pilar (verificar possveis frestas); - posicionamento das escoras das vigas; - posicionamento das laterais das vigas; - distribuio de travesses e longarinas de apoio da laje; - conferncia dos eixos de referncia; - posicionamento das escoras de lajes; - localizao das "bocas" de pilares e vigas; - distribuio de painis - verificar se h sobreposio ou frestas; - alinhamento e prumo das escoras; - nivelamento das vigas e lajes; - limpeza geral da frma;- aplicao de desmoldante quando for utilizado. Liberadas as frmas, pode-se efetuar a concretagem dos pilares. 2.3.6 Procedimentos para a Concretagem dos Pilares Oconcretoutilizadoparaaconcretagemdopilarpoderserproduzidonaobraou comprado de alguma central de produo; no entanto, seja qual for a sua procedncia, dever ser devidamente controlado antes de sua aplicao, sendo que os ensaios mais comuns para o controle de recebimento do concreto so o "slump-test" e o controle da resistncia compresso (fck). Umavezliberado,oconcretodeversertransportadoparaopavimentoemqueest ocorrendo a concretagem, o que poder ser realizado por elevadores de obra e jericas, gruas com caambas, ou bombeamento (figuras 2.93 a 2.94). Quandootransporterealizadocombomba,olanamentodoconcretonopilar realizado diretamente, com o auxlio de um funil. Quando o transporte feito atravs de caambasoujericas,comumprimeirocolocaroconcretosobreumachapade compensado junto "boca" do pilar e, em seguida, lanar o concreto para dentro dele, nas primeiras camadas por meio de um funil, e depois diretamente com ps e enxadas. O lanamento do concreto no pilar deve ser feito por camadas no superiores a 50cm, devendo-sevibrarcadacamadaexpulsandoosvazios.Avibraousualmente realizada com vibrador de agulha. Terminada a concretagem deve-se limpar o excesso de argamassa que fica aderida ao ao de espera (arranque do pavimento superior) e frma. 82 Figura 2.93 Transporte por bombeamento e bombeamento com jerica Figura 2.94 Transporte por grua com caamba 2.3.7 Verificao da Concretagem do Pilar A verificao da concretagem do pilar deve ser feita durante a realizao dos servios, sendo recomendado que: -sejaverificadaaoperaodevibrao,isto,setodaacamadadeconcretoest sendo vibrada, bem como se est sendo respeitado o tempo de vibrao; Mangote da bomba 83 - se o lanamento do concreto est sendo feito em camadas que o vibrador possa efetivamente alcanar em toda a sua espessura; - se os procedimentos para cura da superfcie exposta esto sendo observados. Finalizada a concretagem dos pilares tem incio a colocao das armaduras nas frmas de vigas e lajes. 2.3.8 Colocao das Armaduras nas Frmas de Vigas e Lajes Considerando-sequeasarmadurasestejampreviamentecortadasepr-montadas, tendo sido devidamente controlado o seu preparo, tem incio o seu posicionamento nas frmas, recomendando-se observar os seguintes procedimentos: -antesdecolocaraarmaduradaviganafrma,deve-secolocaraspastilhasde cobrimento; -posicionaraarmaduradeencontroviga-pilar(amarrao)quandoespecificadaem projeto (figura 2.95); - marcar as posies das armaduras nas lajes; - montar a armadura na laje com a colocao das pastilhas de cobrimento (fixao da armadura com arame recozido n 18); - chumbar os ferros para definio dos eixos. Umavezexecutadaaarmadura,deve-seprocederocontrolederecebimentopara liberao da laje para a concretagem. Figura 2.95 Posicionamento das armaduras 2.3.9 Verificaes para liberao da Armadura de Vigas e Lajes Apsexecutadooservioeantesdaconcretagempropriamentedita,oengenheiro residenteouoengenheiroresponsvelpelaexecuodaestruturadeverconferi-la, verificando se est em conformidade com o projeto. Esta conferncia no deve ser feita por amostragem e sim pea a pea, com os seguintes itens bsicos de verificao: - posicionamento, dimetro e quantidade de barras; 84 - espaamento da armadura de laje; - espaamento dos estribos de vigas; - disposio da armadura dos pilares no transpasse (emenda); - colocao da armadura especificada no encontro viga-pilar; - colocao dos caranguejos; - colocao de pastilhas de cobrimento; - posicionamento de galgas e mestras; - limpeza geral das frmas. Liberadaaarmadurapodeterincioaconcretagemdasvigaselajes,sendoos procedimentos mais comuns apresentados na seqncia. 2.3.10 Procedimentos para a Concretagem das Vigas e Lajes O concreto utilizado para a concretagem das vigas e lajes poder ser produzido na obra oucompradodealgumacentraldeproduo;noentanto,sejaqualforasua procedncia, dever ser devidamente controlado antes de sua aplicao, sendo que os ensaios mais comuns para o controle de recebimento do concreto so o "slump-test" e o controle da resistncia compresso (fck). Umavezliberado,oconcretodeversertransportadoparaopavimentoemqueest ocorrendo a concretagem, o que poder ser realizado por elevadores de obra e jericas, gruas com caambas, ou bombeamento (figuras 2.96 e 2.97). Quandootransporterealizadocombomba,olanamentodoconcretonasvigase lajesrealizadodiretamente,devendo-setomarosseguintescuidadosnopreparodo equipamento: - nivelar a bomba; -travaratubulaoempeasjconcretadas(deixarlivreafrmadalajequeest sendo concretada); -lubrificaratubulaocomargamassadecimentoeareia,noutilizandoesta argamassa para a concretagem; - iniciar o bombeamento. Quandootransportefeitoatravsdegruas,utilizando-secaambas,deve-selimpar devidamenteacaambadetransporte,bemcomoasjericas,nocasodeseutilizar elevadordeobra,sendoquenesteltimocaso,sernecessriooempregode PASSARELAS ou CAMINHOS para a passagem das jericas sobre a laje que dever ser concretada. 85 Figura 2.96 Concretagem por bomba Figura 2.97 Concretagem por jericas 2.3.11 Procedimentos Recomendados para Lanamento do Concreto - lanar o concreto diretamente sobre a laje: - espalhar o concreto com auxlio de ps e enxadas: - lanar o concreto na viga com auxlio de ps e enxadas: 86 - adensamento com vibrador (figura 2.98):* de agulha, ou * rgua vibratria (evita o sarrafeamento); - sarrafear o concreto; - colocao das peas de p de pilar que recebero os gastalhos de p de pilar; - colocao dos sarrafos para fixao dos aprumadores de pilar; - retirada das mestras; - acabamento com desempenadeira; - incio da cura da laje (molhagem) logo que for possvel andar sobre o concreto. Figura 2.98 Adensamento 2.3.12 Procedimentos para Desforma - respeitar o tempo de cura para incio da desforma, que segundo a norma de execuo de estruturas de concreto armado dado por:. 3 dias para retirada de frmas de faces laterais; .7diasparaaretiradadefrmasdefundo,deixando-sealgumasescorasbem encunhadas; . 21 dias para retirada total do escoramento; - execuo do reescoramento (antes do incio da desforma propriamente dita); - retirada dos painis com cuidado para no haver queda e danific-los;- fazer a limpeza dos painis; - efetuar os reparos (manuteno) necessrios; - transportar os painis para o local de montagem; - verificar o concreto das peas desformadas. REINCIO DO CICLO DE PRODUO NO PAVIMENTO SEGUINTE. 87 3. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS CASA CLUDIA. Guia da construo. So Paulo, n 257, s.d. SuplementoCHADE,W.P.Ousodamadeiranaconstruocivil:aevoluodafrmapara concreto.In:SIMPSIONACIONALDETECNOLOGIADACONSTRUO,2.,So Paulo, 1986. Frmas para estruturas de concreto : anais. So Paulo, EPUSP, 1986. p. 1-12 CIMENTO ECONCRETO:BOLETIMDEINFORMAES.ABCP.Frmasde madeira para estruturas de concreto armado de edifcios comuns. So Paulo, n.50, 1944. FAJERSZTAJN,H.Frmasparaconcretoarmado:aplicaoparaocasodoedifcio. SoPaulo,1987.247p.Tese(Doutorado)-EscolaPolitcnica,UniversidadedeSo Paulo. LICHTENSTEIN, N. B. & GLEZER, N. Curso O Processo de construo Tradicional do Edifcio. So Paulo, FDTE/EPUSP, s.d. Notas de aula. /xerocopiado/REQUENA,J.A.V.Frmasecimbramentosdemadeiraparaedificaes.In: SIMPSIONACIONALDETECNOLOGIADACONSTRUO,2.,SoPaulo,1986. Frmas para estruturas de concreto : anais. So Paulo, EPUSP, 1986. p.53-117. SERVIONACIONALDEAPRENDIZAGEMINDUSTRIAL(SENAI).Armadordeferro. Rio de Janeiro, 1980. (Srie metdica ocupacional).