Ano VII Edição 75 FENACON em S E R V I ÇO S · Av. Antonio Carlos Magalhães, ... Belo...

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Ano VII Edição 75 Março 2002 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas dirigida a empresários de prestação de serviços - Valor Unitário - R$ 2,50 FENACON em Sistema de Pagamentos Brasileiro Prepare-se para a transferência eletrônica de valores em tempo real S E R V I Ç O S S E R V I Ç O S Agressão tributária Deputados dizem que votam contra MP 22 Agressão tributária Deputados dizem que votam contra MP 22 Entrevista especial Odair Furtado Presidente do Conselho Federal de Psicologia Entrevista especial Odair Furtado Presidente do Conselho Federal de Psicologia

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Ano VIIEdição 75

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Agressão tributáriaDeputados dizem quevotam contra MP 22

Agressão tributáriaDeputados dizem quevotam contra MP 22

Entrevista especialOdair FurtadoPresidente do ConselhoFederal de Psicologia

Entrevista especialOdair FurtadoPresidente do ConselhoFederal de Psicologia

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Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

SESCAP - Acre

Pres.: Sergio CastagnaAv. Getúlio Vargas, 130, sala 205 - Centro69900-660 – Rio Branco/ACTel.: (68) [email protected]

SESCON - Alagoas

Pres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 18557050-080 - Maceió/ALTelefax (82) [email protected]

SESCAP - Amapá

Pres.: Aluisio Pires de OliveiraRua Cândido Mendes, 374, sala B68900-100 - Macapá - APTelefone: (96) [email protected]

SESCON - Amazonas

Pres.: Wilson Américo da SilvaR. 10 de julho, 651-A69010-060 - Manaus - AMTelefax (92) 633 - 4951

SESCON - Apucarana

Pres.: Alicindo Carlos MorotiRua Osvaldo Cruz, 341 - Centro86800-720 - Apucarana - PRTel. (43) 422-7908 / [email protected]

SESCON - Bahia

Pres.: Fernando César Passos LopoAv. Antonio Carlos Magalhães, 2573 - 12°andar,sl. 1205/1206 - Candeal de Brotas -40289.900 - Salvador/BATelefax. (71) 452.4082/[email protected]

SESCON - Blumenau

Pres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - Sl 100989010-901 - Blumenau/SCTelefax. (47) 326.0236 - [email protected]

SESCON - Caxias do SulPres.: Moacir CarboneraR. Ítalo Victor Bersani, 113495050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (54) 228.2425 - Fax: (54) [email protected]

SESCON - CearáPres.: Urubatam Augusto RibeiroAv. Washington Soares, 1.400 - sl. 40160811-341 - Fortaleza/CETel.(85) 273.4341Fax: (85) [email protected](HP) www.sescon-ce.com.br

SESCON - Distrito Federal

Pres.: Elizer Soares de PaulaSHC Sul, Qd. 504, Bloco C,Loja 64, Subsolo70331-535 – Brasília/DFTel.: (61) 226-1269/ [email protected](HP) www.bbcont.com.br/sescondf

SESCON - Espírito Santo

Pres.: Luiz Carlos de AmorimR. Quintino Bocaiuva, 16, s. 90329010-903 – Vitória/ESTel. (27) 3223.4936/ [email protected](HP) www.sescon-es.org.br

SESCON - Goiás

Pres. Edson Cândido PintoAv. Goiás, 400 - 6º and. - Sl. 67 - Centro74010-010 - Goiânia - GOTelefax: (62) [email protected]/sescongo

SESCON - Grande Florianópolis

Pres.: Walter Teófilo CruzR. Araújo Figueiredo, 119 - sl. 40288010-520 - Florianópolis/SCTelefax: (48) [email protected](HP) www.sesconfloripa.org.br

SESCON - Londrina

Pres.: Paulo BentoR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja86010-914 - Londrina / PRTelefax. (43) [email protected]

SESCON - Maranhão

Pres.: Carlos Augusto Gaspar de Souza JrAv. Gerônimo de Albuquerque, S/N, sl 20165051-200 - São Luís/MATelefax: (98) [email protected](HP) www.elo.com.br/sescon

SESCON - Mato Grosso do Sul

Pres.: Laércio José JacomélliRua Elvira Pacheco Sampaio, 68179071- 030 - Campo Grande - MSTelefax: (67) 387-6094/[email protected]

SESCON - Mato Grosso

Pres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - 1o andar78010-800 - Cuiabá/MTTel. (65) 623-1603 / Fax. [email protected]

SESCON - Minas Gerais

Pres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax.: (31) [email protected]

SESCON - Pará

Pres.: Carlos Alberto do Rego CorreaTravessa 9 de Janeiro, 2050 - Cremação66063-260 - Belém/PATelefax: (91) [email protected]

SESCON - Paraíba

Pres.Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.R. Rodrigues de Aquino, 267 - sala 70358013-030 - João Pessoa/PBTelefax (83) [email protected]

SESCAP - Paraná

Pres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar80010-911- Curitiba/PRTel. (41) 222.8183 - Fax: (41) [email protected](HP) www.sescap-pr.org.br

SESCON - PernambucoPres.: Almir Dias de SouzaR. José Aderval Chaves, 78 Sls 407/40851111.030 - Recife/PETelefax: (081) [email protected]/sesconpe

SESCON - PiauíPres.: Tertulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (86) [email protected]

SESCON - Ponta Grossa

Pres. Luiz Fernando SaffraiderR. Comendador Miró, 860 - 1º andar84010-160 - Ponta Grossa/PRTel. (42) 222.1096 - Fax: (42) [email protected]

SESCON - Rio de Janeiro

Pres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - sl.190620071-000 - Rio de Janeiro/RJTel. (21) 2233-8868 - Fax. (21) [email protected](HP) www.bbcont.com.br/sesconrj

SESCON - Rio Grande do Norte

Pres.: Flávio Roberto Barbosa de AraújoR. Carlos Chagas, 3466-A - Sl 16 - 10 and59065-220 - Natal/RNTelefax. (84) [email protected]

Empresário de Serviços, entre em contato com seu sindicato através de e-mail. É mais fácil, rápido e econômico.Critique, reivindique, opine, faça sugestões aos seus dirigentes. Eles querem trabalhar por você, em defesa de sua empresa.

2 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 75

SESCON/ Rio Grande do Sul

Pres.: Tadeu Saldanha SteimerR. Augusto Severo, 16890240-480 - Porto Alegre - RSTelefax: (51) [email protected](HP) www.sescon-rs.com.br

SIECONT - Rondônia

Pres.: Antonio Sivaldo CanhinAv. Carlos Gomes, 2292 - Sl 478901-200 - Porto Velho/ROTel. (69) 224.4842 - Fax: (69) [email protected](HP) www.canhin.com.br

SESCON - Roraima

Pres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W - Centro/Anexo69301.030 - Boa Vista/RRTelefax. (95) [email protected]

SESCON - Santa Catarina

Pres.: Vilson WegenerAv. Juscelino Kubitschek, 410 - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (47) 433.9849/[email protected](HP) www.sesconsc.org.br

SESCON - São Paulo

Pres.: Carlos José de Lima CastroAv. Tiradentes, 960 - Ponte Pequena01102-000 - São Paulo - SPTelefax: (11) 3328-4900/[email protected](HP) www.sescon.org.br

SESCON - Sergipe

Pres.: Wladimir Alves TorresR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar49010-450 - Aracaju/SETelefax (79) 214.0722 - (79) [email protected](HP) www.infonet.com.br/sesconse

SESCON - Sul Fluminense

Pres. Fulvio Abrami StagiR. Orozimbo Ribeiro, 14, 2º and., Centro27330-420 - Barra Mansa - RJTelefax (24) [email protected]

SESCON - Tocantins

Pres.: Antônio Luiz Amorim AraújoACNO I - Lote 20 - Cj 3 - Sl 2577013.020 - Palmas/TOTelefax (63) [email protected]

Atualizado em 15.03.2002

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índice

expediente

FENACON emAno VII - Edição 75

Março de 2002

Revista Fenacon em Serviços - Edição 75 - 3

Diretoria da Fenacon 2001/2003

PresidentePedro Coelho Neto

Vice-Presidente - Região SudesteAntônio Marangon

Vice-Presidente - Região NordesteJosé Geraldo Lins de Queirós

Vice-Presidente - Região SulMário Elmir Berti

Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/NorteAntônio Gutenberg Moraes de Anchieta

Diretor FinanceiroHorizon Donizeth Faria de Almeida

Diretor AdministrativoRoberto Wuthstrack

Diretor InstitucionalHaroldo Santos Filho

Diretor de EventosJosé Rosenvaldo Evangelista Rios

Diretor de Assuntos Legislativos e do TrabalhoSauro Henrique de Almeida

Diretor de Tecnologia e NegóciosNivaldo Cleto

SuplentesJosé Eustáquio da FonsecaLuiz Valdir Slompo de LaraAnastácio Costa MotaMaciel Breno SchifflerOrival da CruzCleodon de Brito SaraivaIzabel Rodrigues LiipkeCarlos Alberto do Rego CorreaLeomir Antonio MinozzoWilliam de Paiva Motta

Conselho Fiscal

EfetivosJodoval Luiz dos SantosJosé Carmelo FariasAntonio José Papior

SuplentesIrany Barroso de Oliveira FilhoAluísio Beserra de MendonçaLuis Carlos Freitas

Representação na CNC

EfetivosPedro Coelho NetoEliel Soares de Paula

SuplentesJosé Augusto de CarvalhoMaria Elzira da Costa

R. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (11) 3063.0937

Editor Responsáve l:André Luiz de Andrade

Direção de arte e diagramação :Marcelo A. Ventura

Conselho Editorial :Pedro Coelho NetoAntonio MarangonNivaldo CletoMário Elmir BertiGerson Lopes FontelesSérgio Approbato MachadoJosé Antonio de Godoy

Redação ◆ Assinaturas ◆ Anúncios

Revista Fenacon em SERVIÇOSRua Augusta, 1939 - Cj 42 e 43Cep 01413-000 - São Paulo - [email protected]

Telefones (11) 3063.09373082.22183088-5774

A revista Fenacon em SERVIÇOS é uma publicaçãomensal da Federação Nacional das Empresas de ServiçosContábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas.

Home Page : http://www.fenacon.org.br

Tiragem : 50 mil exemplares

Auditoria de Circulação : Villas Rodil Auditores Independentes

Circulação : nacional - empresas de setores de serviçosligadas ao Sistema Fenacon, instituições de ensino superior,órgãos governamentais, representantes dos podereslegislativos e assinantes em geral.

A Revista Fenacon em Serviços não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas matérias ou artigos assinados

FENACON

S E R V I Ç O S■ espaço do leitor .............................................................................04■ palavra do presidente ....................................................................05

. Onde estão os números?

■ perícias .........................................................................................06. Campanha Nacional de Valorização do Perito é lançada em São Paulo

■ sistema tributário ...........................................................................08. Carta de São Paulo chega à Câmara Federal

■ DIRPF 2002 ...................................................................................10. Empresa contábil: a arma para enfrentar o Leão

■ empresa virtual ..............................................................................12. Empresa virtual já é realidade

■ publicado & registrado ..................................................................13. Simples é tema do programa Economia e Negócios

■ sistema de pagamentos brasileiro ..................................................14. Dinheiro instantâneo

■ tecnologia da informação ..............................................................17. Você já adquiriu a sua assinatura digital?

■ entidades .......................................................................................18. Novos presidentes do CFC e da FBC assumem em Brasília

■ go around ......................................................................................19. Um dia de sogra

■ rápidas ..........................................................................................20. Comissão da Fenacon estuda ampliação do Simples. Certificação ISO. Anep comemora 10 anos

■ entrevista especial .........................................................................22. Presidente do Conselho Federal de Psicologia: Odair Furtado

■ sistema fenacon .............................................................................25. Sescon/RS passa a integrar Sistema Fenacon

■ regionais .......................................................................................26. Sescon/SC define planejamento estratégico 2002

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4 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 75

espaço do leitor

Atenção!!! Novo endereço de e-mails para esta seção: [email protected] mensagens somente serão publicadas com a devida identificação do leitor: Nome, Endereço Completo e Telefone.

Por motivos de espaço, a redação se reserva o direito de publicar de modo resumido o conteúdo das cartas e e-mails dos leitores.

Qualidade totalSou leitor assíduo da Revista Fenacon em

Serviços e gostaria de parabenizá-los pelobelíssimo trabalho apresentado. Sou tambémdiretor de uma pequena empresa de contabilidadee assessoria e, como os princípios da Gestão pelaQualidade Total são o diferencial perante osclientes, estamos participando do Sistema deAvaliação do PGQP (Programa Gaúcho deQualidade e Produtividade) e pretendemosparticipar do ‘Prêmio Qualidade RS’.

Como os critérios de avaliação são osmesmos do PNQ (Prêmio Nacional da Qua-lidade) onde é exigido em todos os indicadoresum referencial comparativo com as demaisorganizações do setor, aí começa a nossa grandedificuldade e perda de pontos, ou seja, ondebuscar estes referenciais comparativos. Gostariade receber orientação sobre onde buscá-los ese a Revista Fenacon em Serviços poderiapublicá-los periodicamente.Carlinho Antônio RizzattiRizzatti & Associados - Contabilidade eAssessoria Ltda.Santa Maria - [email protected]

Multas confiscatóriasO artigo do Dr. Raul Haidar veio em boa

hora. Há muito tempo os contribuintes vêmsofrendo retaliações por parte da Receita Fede-ral que, na ânsia de arrecadar, não analisou comcritério sobre o confisco dos bens doscontribuintes. O poder político do Brasil deveriavoltar os olhos para esse assunto, (...) porque acobrança exorbitante de multas ‘sem vergonha’está muito grande em nossa legislação tributária.Parabéns ao Dr. Raul Haidar por ter coragemde tomar a frente contra o confisco nacional.Nelio Euripedes [email protected]

DescentralizaçãoUm cliente me procurou para regularizar a

situação de uma empresa sob sua responsabilidadeque estava inapta, por falta de entrega de algumasdeclarações de IRPJ. Preenchi e enviei semnenhum problema. Só que a Receita Federal estavaacusando a falta da entrega de uma delas. Procureia CAC - Central de Atendimento ao Contribuinte(Receita Federal) aqui do meu Estado (Ceará). Elesme disseram que apesar de eu ter entregue adeclaração, a baixa da pendência só poderia serpelo estado do Piauí (onde foi cadastrado o CNPJ).

CNPJAo contrário dos leitores José Machado de

Paula, de Paranaiba-MS (‘Espaço do Leitor’,edição 69) e Rosangela Zampieri, de RibeirãoPreto-SP (‘Espaço do Leitor’, edição 72),gostaria de dizer que concordo em gênero,número e grau com o CNPJ via Sedex, pois,essa medida agilizou os trabalhos das Dele-gacias da Receita Federal, evitando as longasfilas e muitas vezes o deslocamento desneces-sário de pessoas até à Receita Federal. Acreditoque a Internet é uma ferramenta muito útil eque veio para facilitar a vida de todos os quese dispõem a usá-la para tal.Aldemy de Souza SilvaGoiâ[email protected]

CNPJ IITrago a minha indignação com relação à

Secretaria da Receita Federal, no seuprocedimento relativo ao CNPJ. Nos últimosmeses, estão demorando em média 8 dias paraacusar o recebimento e mais 15 dias para anali-sar. Algumas vezes, acusam erros do arquivogerado com o documento apresentado, errosesses que, ao verificarmos, não existe, pois,olhando o espelho do documento, estão perfei-tos com o ato constitutivo ou alterador.

Pergunto: a quem recorremos se não somosatendidos para mostrarmos o referido erro? Aquem cabe a responsabilidade pela demora econsequentemente pelos prejuízos causados aosnovos contribuintes que não conseguem pelomenos o seu cadastro junto a esta instituição,que só se preocupa em arrecadar e esquece doprocedimento básico que é a relação com ocontribuinte?Marçal DossanEscritório Raul MesquitaSão [email protected]

CNPJ IIILi o e-mail enviado pelo Sr. Roberto Ferreira

de Freitas (RFS, edição 73) sobre mudanças edizendo que nós reclamamos demais. As vezesé verdade, mas no tocante ao CNPJ discordo,pois levei 40 dias para conseguir emitir umcadastro. Acho que o sistema é bom e, nessecaso, é a Receita Federal que tem que se adaptar.Ana Zilia BarbosaA&B Assessoria [email protected]

Gostaria de saber da Receita Federal quais osmotivos para centralizar os atos para a regulari-zação do CNPJ apenas no estado onde o mesmofora cadastrado?Marcello Costa e Silva [email protected]

CriseAcabo de ler a coluna ‘Go around’ (‘O

sofrimento das empresas’ - Haroldo SantosFilho), na Revista Fenacon em Serviços, Jan/2002 e achei muito boa. Tenho o seguinte adizer: crise sempre vai existir, seja para quemvende calculadora com bobina (não se usamais), ou o mecanógrafo, aquele indivíduo queconsertava máquinas de escrever etc. ... Semprehaverá no mercado crise para determinadossegmentos. O que não podemos é de maneiraalguma creditar a incompetência ou a falta decriatividade dos empresários à crise.

Sempre que estou em uma reunião e meucliente diz ‘assim não dá, não consigo sobre-viver’, então lhe digo - o melhor é baixar asportas e fechar a empresa (silêncio). Perguntoentão: não era isso que tu querias ouvir, oumelhor, vai fazer o que daqui para frente, vendercachorro quente?

Não, é evidente que não, então para de chorare pensa no teu negócio, como mudar foco,minimizar processos, agilizar tarefas etc., poisse alguém está perdendo, alguém esta ganhando.No mais, é bom ver que há pessoas que pensamcomo a gente, pois a crise é algo mitológicoque nunca vai terminar. Temos que aprender aconviver com ela e acima de tudo ganhar emcima dela. Aquela história: fazer do limão umalimonada, sabe ‘né’?Fabio BiehlVice-Financeiro Sescon/RSAprove Consultorias Ltda.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 75 - 5

palavra do presidente

Onde estão os números?

Pedro Coelho Neto*

Por exigência da missão que estamoscumprindo à frente da nossa entidade,temos tido a necessidade de conhecer, commaior precisão, quem são os contribuintesbrasileiros, a quais segmentos pertencem,quantos são, onde estão localizados, comquanto contribuem, de que forma contri-buem e assim por diante. A princípio, ima-ginei que ter acesso a esses dados seriaalgo muito simples, considerando-se o fatode estarmos na era da informação e porserem perfeitamente disponibilizáveis pe-los órgãos do governo.

Entretanto, pesquisando vários sites naInternet, descobrimos o quanto as infor-mações são distorcidas no nosso País.Fala-se que temos, aproximadamente,5.800.000 empresas registradas no Brasil,mas há quem divulgue 3.600.000,4.000.000 e 4.800.000. Se quisermossaber: destas, quantas são as empresasindustriais, as comerciais e as prestadorasde serviços e, de forma mais detalhada,por segmento empresarial, imaginamosque a dificuldade será muito maior, paranão dizer quase impossível.

Depois de muita pesquisa, con-tando com a boa vontade de servi-dores, tivemos acesso a algumasinformações macros da Receita Fede-ral que nos mostram, embora semmaiores detalhes, o universo das em-presas com as quais estão envolvidasas prestadoras de serviços, principal-mente as que atuam no ramo de con-tabilidade.

No ano de 2000, a SRF recebeu eprocessou 4.874.331 declarações doImposto de Renda de pessoas jurídicas,sendo 4.683.138 através da Internet.Desse universo, apenas 206.269empresas declararam tendo por base o

Lucro Real, enquanto 633.026 optaram pelatributação com base no Lucro Presumido.As micro e pequenas empresas optantes peloSimples somaram 2.096.056, enquanto1.648.833 declararam como inativas. Asempresas imunes e isentas declarantestotalizaram 287.763. Afora este total,existem mais de 5.000.000 de empresasconsideradas inaptas ou irregulares.

TransparênciaConhecidos estes números, que ima-

gina-se sejam verdadeiros, pode-se pro-ceder a uma série de análises e se chegara determinadas conclusões sobre as açõesprotagonizadas pelo governo em detri-mento deste ou daquele segmento. Ve-jamos o caso do Simples: hoje são maisde 2.000.000 que fizeram opção por essamodalidade simplificada de tributação epoderiam, facilmente, chegar aos3.000.000 se fosse eliminada a injustiçacometida contra as empresas prestadorasde serviços excluídas por conta do art. 9ºda Lei 9.317/96.

Vale ressaltar, também, o pretensoaumento da Contribuição Social sobre oLucro Líquido, cometido pela MedidaProvisória n.º 22, de janeiro de 2002, pen-dente de votação na Câmara dosDeputados. O governo, deliberadamente,procurou atingir parte das empresas queoptaram pelo Lucro Presumido, maisespecificamente as prestadoras deserviços, cujo número exato, até o mo-mento, desconhecemos por falta de umdetalhamento segmentado das infor-mações.

É inadmissível que, em plena era dainformática, nos sejam negadas in-formações precisas e detalhadas, de for-ma democrática e acessível, de modo quese possa analisar, avaliar e organizarestatísticas que permitam acompanhar edesenvolver uma visão crítica positiva dasações do governo. Precisamos de maiortransparência, se é que se pretende cons-truir um País realmente democrático.

Pedro Coelho Netoé presidente da Fenacon

E-mail:[email protected]

“É inadmissível que, em plena era da informática,

nos sejam negadas informações precisas e detalhadas, de

forma democrática e acessível, que permitam acompanhar e

desenvolver uma visão crítica positiva das ações do governo”

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6 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 75

perícias

A Campanha Nacional de Valorização doPerito foi lançada, no dia 22 de fevereiro, nacapital paulista, durante o 4° Fórum Regionalde Peritos Judiciais e o 1° Fórum Regionalde Peritos Judiciais do Estado de São Paulopromovidos pela Federação Brasileira dasAssociações de Peritos, Árbitros, Mediadorese Conciliadores. Desde o ano passado, aFebrapam vem realizando encontros com oobjetivo de compor a pauta de reivindicaçõesdo segmento, que são a base do movimento,e também definir o planejamento estratégicode atuação e legitimar as ações políticas daentidade.

A mesa do 4° Fórum foi composta pelapresidente da Febrapam, Lilian Prado Cal-deira; pelo vice-presidente da entidade,Evandro Krebs; e pelo presidente daAssociação dos Peritos Judiciais do Estadode São Paulo - Apejesp, Sebastião EdisonCinélli. Também estiveram presentes aoevento, o vice-presidente da Fenacon, An-tônio Marangon, o diretor de Tecnologia eNegócios, Nivaldo Cleto, ambos repre-sentando o presidente da federação, PedroCoelho Neto; e o presidente da Associaçãodos Peritos Judiciais do Estado de Sergipe,contador Jodoval Luiz dos Santos, quetambém acumula o cargo de conselheirofiscal da Fenacon.

Campanha Nacional de Valorizaçãodo Perito é lançada em São PauloPeritos reunidos no 4º Fórum Regional promovido pela Febrapam pedem dignidade remuneratória e maiorparticipação política nas alterações legislativas que representem avanços para a atividade pericial

Evandro Krebs enfatizou, em suaapresentação, a necessidade de um ama-durecimento político do segmento. “Pre-cisamos ser mais atuantes e participativosnas discussões que envolvem os poderesjudiciário e legislativo, aos quais o peritotem o seu trabalho ligado, em temas de in-teresse, como as alterações no Código deProcesso Civil”.

Lílian Caldeira falou sobre os projetosda entidade para este ano, como a im-plantação de um programa de certificaçãode qualidade para peritos e a edição deum Guia Nacional de Peritos, que, alémda relação de profissionais, por estado,trará as atividades, áreas de atuação elegislação de cada profissão. Lílian des-tacou também a intenção de trabalhar emconjunto como outras entidades represen-tativas do segmento de perícias. Ela citou,como exemplo, os contatos de aproxi-mação que teve com a Fenacon, atravésdo presidente Pedro Coelho Neto, duranteo 2° Congresso Nacional de Perícias Ju-diciais, que ocorreu de 29 a 31 de outubrodo ano passado, em Porto Alegre-RS.

MercadoO 4º Fórum foi dividido em quatro

grandes temas: ‘Mercado de Trabalho’,‘Qualificação Profissional’, ‘Ética Profis-sional’ e ‘Legislação’. Na discussão sobre‘Mercado de Trabalho’, o presidente daApejesp, Sebastião Cinélli, defendeu que aatividade de perícia, em suas diversasespecialidades técnicas, não deve estar restritaao campo judicial. “Nossa clientela não sãosó os juizes, quando nomeiam, e advogados”.O vice-presidente da Febrapam, EvandroKrebs, reforçou a observação, citando novoscampos da perícia extrajudicial, como o casoda mediação e da arbitragem. “São novosmercados que se abrem e que não podemosdeixar escapar”.

Vários profissionais da perícia tambémderam depoimentos, ao longo do evento,

mostrando o crescimento de mercados paradiferentes especialidades, como a gemologia,para a avaliação de pedras preciosasoferecidas como depósito garantidor. Ogemólogo também é o especialista capaz deanalisar materiais paleontológicos que saem,hoje, do Brasil, como peças de pesquisa, masque, na verdade, são comercializadas por até30 mil dólares no mercado externo. Abiologia, voltada para os casos deidentificação de DNA, em processos depaternidade, também foi apontada como umoutro mercado em expansão.

O ex-diretor Financeiro da Fenacon emembro da Câmara de Arbitragem da Fiesp,Antonio Carlos Bordin, destacou uma áreade atuação importante para o peritocontador: o de produção de laudos extra-judiciais de contestação de autos de infraçãopara pessoas físicas e jurídicas. “É umimenso mercado de trabalho para as em-presas de contabilidade”, afirmou. Bordindisse que sua empresa já é responsável porcerca de 30 a 40 laudos/mês. A área contábilresponde hoje por quase 80% do volume deperícias judiciais no País.

Qualificação Entre as ações voltadas para a quali-

ficação do profissional de perícia, o vice-presidente da Febrapam, Evandro Krebs,destacou a intenção de se firmar parceirascom conselhos de profissões regulamentadas,para a realização de palestras técnicas eeventos de atualização e aprimoramento dosprofissionais do segmento. Outra iniciativa éa proposta de convênio com a PUC/SP paraque a Febrapam ministre palestras na cadeirade Perícia, do curso de Ciências Contábeisda instituição. O presidente da Associaçãode Peritos Judiciais do Estado do Rio de Ja-neiro - Apjerj, Fábio França, informoutambém que a entidade está em conversaçãocom a Universidade do Estado do Rio de Ja-neiro - Uerj para a criação de um curso depós-graduação em perícia contábil.

Aproximação: presidente da Fenacon,Pedro Coelho Neto, recebe da presidenteda Febrapam, Lílian Caldeira, certificadode participação no 2° Conape, em PortoAlegre-RS, no ano passado

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 75 - 7

Após o lançamento oficial da CampanhaNacional de Valorização do Perito, o juiz doTribunal de Alçada Criminal do Estado deSão Paulo, Aldemar de Azevedo, apresentoupalestra, falando sobre a expansão da atuaçãodo perito. Azevedo citou, como exemplo, aárea de Direito Ambiental, para a avaliaçãodo valor de indenização por crimes contra omeio ambiente e, na esfera, penal, destacoua crescente importância das auditorias nainvestigação de crimes de corrupção elavagem de dinheiro.

“A perícia é um instrumento essencial àconvicção do magistrado. Resolve a questãopara ele, que apenas aplica o direito”,ressaltou o juiz. Ele finalizou a palestrapedindo aos profissionais rígido padrão demoralidade na atividade de perícia. “Sem umpadrão ético, sem que se estabeleçam critériosde ética, não haverá valorização profissional”.A pauta de reivindicações da CampanhaNacional de Valorização do Perito reúne umtotal de 15 itens, como a promoção de açõespela preservação e ampliação do mercado detrabalho, pela dignidade remuneratória e peloreconhecimento do papel institucional doperito.

■ Implementar ações estratégicas voltadaspara a defesa de um Poder Judiciário altivoe independente;

■ Lutar pela preservação e ampliação domercado de trabalho, dignidade remune-ratória e pelo reconhecimento do relevantepapel institucional que o perito representa;

■ Estreitar o relacionamento no âmbito doJudiciário e com as entidades represen-tativas da sociedade civil organizada;

■ Discutir com a sociedade e demais ope-radores do direito o papel desempenhado,os problemas enfrentados e os caminhospara a superação, melhorando a imagem ea dignidade funcional;

■ Promover, realizar e participar deencontros e debates jurídicos;

■ Intensificar ações políticas pelas alteraçõeslegislativas que representem avanço noexercício da atividade pericial;

■ Criar mecanismos motivacionais e demelhor qualidade de vida;

■ Apoiar entidades filiadas na representa-tividade e defesa permanente dos associados;

■ Estimular a realização de cursos de aperfei-çoamento profissional e atualização tecnoló-gica, através de convênios e parcerias comassociações, sindicatos, conselhos e univer-sidades;

■ Estabelecer critérios técnicos para a obten-ção de certificação de qualidade notrabalho pericial;

■ Pleitear a normatização de procedimentos dehabilitação de peritos nos Ofícios de Justiça;

■ Incentivar a realização de trabalhos demonografias, criando mecanismos dedivulgação, publicação e premiação;

■ Apoiar os conselhos profissionais na fisca-lização e obediência aos códigos de ética;

■ Encaminhar projetos de alteração legislativavisando uma melhor regulamentação daatividade pericial, em especial, nas questõesrelativas a habilitação profissional, ética eprazos, tratadas em diversos artigos do CPC;

■ Buscar maior aproximação com as asses-sorias de comunicação social do Judiciárioe imprensa em geral, objetivando maiorabertura de espaços na mídia para a divul-gação da atividade pericial.

Na Internet: www.febrapam.org.br

Objetivos da Campanha Nacional de Valorização do Perito

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8 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 75

sistema tributário

O tema agressão tributária ao setor deserviços atraiu as atenções na CâmaraFederal, no dia 20 de fevereiro, quandofoi realizada, no Plenário 4, audiênciapública para discutir, entre outros temas,a Medida Provisória n° 22, que aumentoua base de cálculo da CSLL das empresasde serviços. O objetivo foi estabeleceruma estratégia de mobilização paragarantir a mudança do texto da MP,através de um projeto de conversão,retirando o aumento de carta tributária.

Participaram da mesa, os presidentesda Fenacon, Pedro Coelho Neto, e doSescon/SP, Carlos Castro; os deputadosfederais Pedro Eugênio (PT), WalfridoMares Guia (PTB) e Germano Rigotto

(PMDB) - presidente do Núcleo Parla-mentar de Estudos Contábeis e Tributários- NPECT e coordenador da reunião-, e odeputado constituinte José Maria Eymael.

Pronunciaram-se contra a medida dogoverno diversos parlamentares, como osdeputados Fetter Junior (PPB), EmersonKapaz (PPS), Ronaldo Vasconcellos (PL),Antônio do Valle (PMDB), RicardoBerzoini (PT), Fernando Zuppo (PSDC),Roberto Argenta (PHS), Edinho Bez(PMDB), Arnaldo Faria de Sá (PTB), JoséCarlos Fonseca Jr. (PFL), José índio(PMDB), José de Abreu (PTN), JoãoEduardo Dado de Carvalho (PDT) e JoséBarroso Pimentel (PT).

O presidente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, entregou ao deputado GermanoRigotto a Carta de São Paulo, um mani-festo de indignação originado do ‘Atopúblico contra agressão tributária ao setorde serviços’, realizado, no dia 23 dejaneiro, na sede do Sescon/SP. À carta,foi anexado o rol de assinaturas, em apoioàs reivindicações, colhido durante oevento na capital paulista.

Pedro Coelho Neto pediu que o mani-festo fosse encaminhado a todos osparlamentares e solicitou ainda um posi-cionamento firme da Casa contra o au-mento da CSLL. Dirigindo-se a Rigotto,o presidente da Fenacon afirmou: “sabe-mos da sua luta empreendida em prol daReforma Tributária e conhecemos asdificuldades que tem encontrado diante dodescaso de um governo que só sabe

conjugar dois verbos: arrecadar e gastar eparece jamais ter ouvido falar nos verboseconomizar e negociar”.

SimplesPedro Coelho Neto justificou os moti-

vos pelos quais o setor de serviços pedeum basta à perseguição tributária. Eleexemplificou, mostrando que a formadiscriminatória de tratamento tem uma desuas mais fortes expressões na exclusão dasempresas de serviços, principalmente as deprofissões regulamentadas, do Simples.

“Apesar de se tratar de um segmentoonde 99% dos empreendimentos são mi-cro e pequenas empresas, com faturamentoanual em torno de R$ 120 mil, não lhe épermitido o direito de opção, muito emboraessa metodologia de tributação tenha sidocriada para atender a uma determinaçãoconstitucional de se dar tratamento dire-fenciado às organização desse porte”,lamentou Coelho Neto.

O presidente da Fenacon afirmou que aentidade sempre esteve à disposição paradialogar com os representantes do governo,“colaborando e contribuindo para quesejam encontradas alternativas deampliação do Simples, que atendam comequidade e justiça aos interesses de todasas partes envolvidas”. Pedro Coelho Netocriticou a tentativa de aumento da CSLL,lembrando que a opção das empresas pelatributação do IR com base no lucropresumido atendeu a um aceno do própriogoverno.

Carta de São Paulochega à Câmara FederalDeputados dos mais diversos

partidos mostram, em reunião do

NPECT, que o governo terá

dificuldades em conseguir votação

favorável para aumentar a CSLL de

prestadoras de serviços

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Plenário lotado para a reuniãodo NPECT na Câmara Federal,em Brasília

O presidente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, entrega ao deputado federalGermano Rigotto a Carta de São Paulo,com rol de assinaturas em apoio àcampanha contra a agressão tributáriaao setor de serviços

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 75 - 9

Erro presumido“Uma das vantagens enganosas

oferecidas pelo governo para os optantespelo lucro presumido era o fato de nãoser exigido pela SRF a escrituraçãocontábil, o que tem causado grandestranstornos às empresas diante daobrigatoriedade de manutenção dessesregistros para atender determinações daPrevidência Social e do CFC, além deoutros dispositivos legais a que estãosubmetidas essas empresas”, ressaltou.

Com isso, segundo Coelho Neto, asempresas que seguiram a “orientaçãodanosa da SRF” e deixaram de fazer acontabilidade ficarão em dificuldades,“pois não terão como avaliar qual amelhor opção, se pelo Lucro Real ou peloLucro Presumido, agora na iminência deser aumentado”. O presidente lembrouainda outras discriminações já ocorridasno passado, como o ajuste do cálculo daCorreção Monetária dos Balanços,permitido para as empresas comerciais eindustriais, através da Lei n° 8.200, eproibida para as empresas de serviços.

O presidente do Sescon/SP, CarlosCastro, após fazer a leitura da Carta de SãoPaulo, criticou a irracionalidade do sistematributário brasileiro, destacando: “Nóspagamos mais de 30% de carga tributáriae não estamos contentes com os serviçosque nos são retornados com esse dinheiro”.Carlos Castro disse também que oCongresso precisa estar atento a uma outracorreção necessária: a da tabela do Simples.

TraiçãoO deputado federal Germano Rigotto

lembrou que o projeto de lei que reajustoua tabela do IRPF teve o respaldo de todosos deputados, após longo período dediscussões na Câmara. Segundo ele, aindaassim, mesmo com um índice de correçãode 17,5%, inferior ao da inflação doperíodo de congelamento, “o governovetou o projeto, alegando problemas deredação. Daí emitiu uma MP, fazendo acorreção de texto, só que embutindo umaumento de carga tributária. Isso causouuma revolta muito grande”.

“Foi uma surpresa que recebemos naquelemomento de recesso a tese de que a correçãoda tabela atingia o artigo 14 da LRF. A

correção restabelece a realidademonetária do País, não é uma con-cessão de renúncia fiscal. Foi diantedesse pequeno gancho falacioso queo governo fez o que fez”, analisou odeputado Pedro Eugênio.

Walfrido Mares Guia, que tam-bém participou das reuniões com ogoverno para a discussão da correçãoda tabela do IR, lembrou do dia emque o secretário da SRF, EverardoMaciel, levou a proposta de com-pensação das ‘perdas’. “Só que aperda foi só do povo. O governo sóganhou”. O parlamentar lembrouque, naquele momento, a idéia dosecretário teve a rejeição de todos oslíderes partidários. Mares Guiagarantiu que os 34 deputados dabancada de seu partido, o PTB, jáentraram em consenso para votarcontra a MP n° 22. “A sensação quetive com a atitude do governo foi dedesrespeito”.

O deputado constituinte, JoséMaria Eymael, observou que aagressão tributária sobre a sociedade,trazido à tona por lideranças do setorde serviços, teve a expressão de suaimportância e gravidade evidenciadapela presença no plenário deparlamentares dos mais variadospensamentos da sociedade brasileira.

MobilizadosRonaldo Vasconcellos, do PL,

afirmou que os 28 deputados dopartido já haviam se posicionadocontra a MP 22. O deputadoRicardo Berzoini criticou o uso doque chamou de dois instrumentosautoritários: o veto (ao projeto delei da Câmara que reajustou a tabelado IRPF) e a Medida Provisória. “Otema já havia sido objeto de debate. Sãomaneiras anti-democráticas e poucoleais”. O deputado Emerson Kapazelogiou o espírito público da Fenacon pelaluta em favor da ampliação do Simples edefiniu como um ‘passa-moleque’ aatitude do governo perante a decisão daCâmara Federal.

Também estiveram presentes à reunião,os diretores da Fenacon, Sauro de Almei-da, Haroldo Santos Filho, Horizon Faria,

o representante confederativo dafederação, Eliel Soares de Paula, o ex-presidente da entidade, Irineu Thomé, ospresidentes dos sindicatos da base derepresentação do Sistema Fenacon, JoãoBatista de Almeida (MG); Tadeu Steimer(RS); Valdir Pietrobon (PR); Elizer Soaresde Paula (DF); Carlos Roberto Victorino(Blumenau), e o ex-presidente do Sescon/PE, Geraldo de Paula Batista. O debatefoi transmitido, ao vivo, pela TV Câmara.

Mesa do evento

Pedro coelho Netoacompanhado namesa pelo deputadoconstituinte JoséMaria Eymael: “ogoverno só sabeconjugar dois verbos:arrecadar e gastar”

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Deputado federalEmerson Kapaz,

um dos muitosparlamentares que

se posicionaramcontra a medida

do governo

Deputado FederalMares Guia,

observado pelopresidente do Sescon/

SP, Carlos José deLima Castro:

garantia de que os 34deputados da bancada

do PTB votarãocontra MP n° 22

Deputado federal PedroEugênio: “A correçãorestabelece a realidademonetária do País, nãoé uma concessão derenúncia fiscal”. Aolado, o presidente doNPECT, deputadoGermano Rigotto,coordenador da reunião

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10 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 75

DIRPF 2002

Nessa época do ano, o Brasil ganha mi-lhares e milhares de novos contabilistas.Médicos, professores, engenheiros, dentistasetc. que consomem horas ou dias tentandoprestar contas com o Leão. Mas, para essesprofissionais vale a pena tanto esforço ouperda de tempo? Para o diretor da ClássicoConsultoria, de São Paulo, e diretor de Tec-nologia e Negócios da Fenacon, NivaldoCleto, confiar a elaboração da DIRPF a umaempresa de contabilidade significa, antes demais nada, a segurança e a tranqüilidade deentregar essa responsabilidade a umespecialista.

Nivaldo Cleto destaca que um trabalhoconfeccionado por uma empresa de conta-bilidade traz, por exemplo, a confiabilidadedos números, a responsabilidade técnico-profissional e uma criteriosa análisegerencial, financeira e patrimonial. “Cheganessa época, todo mundo pensa que é craquepara fazer o imposto de renda. Mas, as vezes,a pessoa não sabe calcular uma variaçãopatrimonial à descoberto, ou seja, avaliar seteve ou não condições de ter o acréscimopatrimonial. E isso é a primeira coisa que oauditor vê”, exemplifica e alerta Cleto. Oresultado, quando isso ocorre: a possi-bilidade de notificação e convocação paraprestação de esclarecimentos. Mais dor decabeça no futuro.

O diretor da Fenacon lembra que asempresas contábeis, além da capacidadetécnica, ainda dispõem de sistemas queauxiliam no preenchimento da declaração,evitando inconsistências e livrando odeclarante da malha filha. As ferramentasexistentes no mercado possibilitam umbatimento minucioso das informações,como a análise econômico-financeira dosvalores declarados, garantindo consis-tência do caixa, e até checagem de rendapresumida com base no CPMF retido coma renda auferida.

Vale lembrar que o programa disponi-bilizado pela SRF (download no sitewww.receita.fazenda.gov.br), o Receita-

Empresa contábil: a armapara enfrentar o Leão

net, oferece essa novidade, mas apenasefetuando verificações nas bases de dadosdo próprio órgão. O recurso detecta eorienta o contribuinte a corrigir in-consistência nos dados cadastrais in-formados na declaração, assim comoalerta sobre eventual presença de decla-ração do mesmo tributo e período deapuração na base de dados da SRF. Noano passado, 500 mil pessoas ficaram namalha fina da SRF. A maior parte por errosno preenchimento.

Outro erro comum cometido por quemdecide fazer a declaração por contaprópria é a optação pelo formulário sim-plificado, que nem sempre é o mais in-teressante para o declarante. “Por falta deconhecimento, acabam fazendo a opçãoerrada”, confirma Nivaldo. O mesmo seaplica às deduções possíveis de seremaplicadas e seus limites etc. A declaraçãosimplificada permite abater 20% dareceita bruta, até o limite de R$ 8 mil, semdiscriminar as deduções (dependentes,saúde, escola etc). Portanto, se a soma dasdespesas dedutíveis passar de 20% ou R$8 mil da renda, é melhor optar pelo mo-delo completo.

MudançasPoucas são as novidades para este ano.

Uma delas é a possibilidade de deduzirdo IR as contribuições para plano deprevidência privada. Há ainda novoscódigos de profissões, a necessidade dedetalhamento das fontes pagadoras e ocampo inédito para especificar o país em

que são mantidos bens no exterior. Desde1° de março, a SRF está recebendo asdeclarações pela Internet e telefone.

Os formulários de papel estarão dispo-níveis no final de março, nas delegaciasregionais da SRF. Ainda há a possibilidadede realizar a declaração on-line, diretamenteda página da Receita, ou por disquete, quepoderá ser entregue nas agências do BB eda CEF. Apenas contribuintes com patrimô-nio até R$ 20 mil, em dezembro de 2001,podem fazer a declaração simplificadaonline ou pelo Receitafone.

A declaração desse ano ainda terá porbase a tabela do IR, sem a correção de17,5%, que só começa a valer a partir de2003. Até 15 de março, a SRF já haviarecebido 757 mil declarações. O fim doprazo é 30 de abril. Quem passar destadata, paga multa mínima de R$ 165,74 emáxima de 20% do imposto devido.Declarações são obrigatórias para quem,em 2001, ganhou mais de R$ 10,8 mil emrendimentos tributáveis, como salários,aluguéis, pensões, renda de serviços etc;recebeu mais de R$ 40 mil em rendi-mentos isentos, como poupança, nãotributáveis, como o FGTS, ou tributadosexclusivamente na fonte.

Também, quem teve lucro na venda debens e direitos; operou em bolsa devalores, de mercadorias, de futuros, emqualquer período do ano de 2001; teve aposse ou propriedade de bens ou direitos,inclusive terrenos, em valor total superiora R$ 80 mil ou passou à condição deresidente no Brasil em 2001.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 75 - 11

Panorama

Brasil inativoDados da SRF mostram que, no Brasil, do total de

13. 579.751 empresas com CNPJ na SRF, apenas pouco maisde dois milhões estão ativas regulares. Os números são de 22de fevereiro de 2002. Veja os quadros:

CNPJ - contabilização por situação -22 de fevereiro de 2002

Matriz

2.014.359

5.128.912

2.997.725

2.402.715

12.473

12.556.184

Empresa

Ativa regular

Ativa não regular

Inapta

Cancelada

Suspensa

Total

Filial

163.808

450.324

82.765

324.526

2.144

1.023.567

Total

2.178.167

5.579.236

3.080.490

2.727.241

14.617

13.579.751

DeclaraçõesDisquete Internet com situação Total

especial

Lucro Real 952 203.252 2.065 206.269

LucroPresumido 6.066 621.735 5.225 633.026

LucroArbitrado 154 1.706 11 1.871

L.R./Arbitrado 2 950 1 98

L.P./Arbitrado. 2 342 3 347

Imune 2.479 58.653 152 61.284

Isenta 9.640 216.256 583 226.479

L.R./Pres. 0 68 0 68

L.R./Pres./Arb. 0 0 0 0

Simples 61.007 2.016.755 18.294 2.096.056

Inativas 44.231 1.564.276 40.326 1.648.833

Totais 124.533 4.683.138 66.660 4.874.334

Fonte: SRF

Relação das declarações processadas em 2001 -ano calendário 2000

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12 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 75

A Internet de alta velocidade, com acessoinstantâneo e grande capacidade de trans-missão de dados, vem permitindo o surgi-mento da ‘Empresa virtual’. Pelo novo con-ceito, o gerenciamento de documentos e in-formações passa a ser feito online, a partir deum servidor com acesso à Rede, interno oumesmo externo à empresa. Nessa esteira,começam a surgir produtos voltados paratransformar conceito em realidade tambémnas pequenas e médias empresas. É o casodo sistema Gestor Kaisen e do Office2.

O Gestor Kaisen é uma ferramenta degestão empresarial, através da qual épossível controlar e acompanhar todas asetapas de cada serviço ou tarefa realizadanuma empresa. Mas a grande novidade tal-vez seja a forma como isso é possível. Osistema é desenvolvido totalmente emambiente web, ou seja, é acessado via Inter-net, trazendo consigo, todas as vantagensda mídia online. A empresa pode ofereceraos seus clientes, por exemplo, acesso 24hsao seu servidor, através de senha, para queacompanhem e fiscalizem o andamento dosserviços contratados.

Uma das vantagens é a possibilidade dedisponibilizar de forma produtiva, simples eintegrada o envio e recebimento online dedocumentos. Para José Carmelo Farias, titu-lar da empresa AEN Assessoria Empresarial

empresa virtual

Empresa virtualjá é realidadeChegam ao mercado sistemas que permitem a comunicação entre empresae clientes e o gerenciamento de documentos e informações, tudo online

do Nordeste, de Recife-PE, o sistema deveráfacilitar e promover a transparência,objetividade e confiabilidade na relação en-tre o cliente e a empresa. A AEN foi uma dasprincipais parceiras da empresa TecnologiaKaisen, também de Recife, responsável pelodesenvolvimento do sistema.

A AEN já disponibiliza aos seus clientesinformações e relatórios, como por exemplo,balanço, balancetes e relação de fatu-ramento, através de sua página na Internet.A consulta ou impressão é feita através desenha e login. Os documentos já são emi-tidos com a logomarca da empresa cliente ea assinatura digital do contador responsável.“É um valor agregado aos nossos serviços”,ressaltou Carmelo.

Mas, para a AEN, a comunicaçãoinstantânea também é um ótimo negócio.A empresa, que possui em torno de 100clientes, ganha, com o serviço, economiade tempo dos funcionários, que precisavampreparar a documentação, em meio físico,cada vez que era solicitada pelos clientes.A plataforma online também traz outrasvantagens: a expansão é ilimitada e asmanutenções e atualizações são mais ágeis.

Múltiplas vantagensO Gestor Kaisen promete ser ainda

uma eficaz ferramenta de gestão de ne-gócios e de auxílio no implemento de cer-tificação de qualidade. Com base nas in-formações geradas, diretores e gerentesacompanham, de qualquer lugar, com seuslaptops, palmtops ou, no futuro, até decelulares, os serviços que estão sendo rea-lizados pela equipe de colaboradores.

Desse modo, podem estabelecer priori-dades na consecução dos serviços; determi-nar tarefas a serem realizadas; cobrar as queestão em andamento ou em atraso; interagircom todos os departamentos; ter disponível,toda e qualquer informação relativa à em-presa; ou controlar o envio e recebimento dedocumentos.

Office2, o segundo escritórioOutro gerenciador de documentos e

informações, via Internet, que chega aomercado é o Office2, da Prosoft Tecnologia,de São Paulo. O sistema é capaz de dispo-nibilizar online qualquer formato de arquivo,sejam eles gráficos, planilhas eletrônicas,balancetes, imagens digitalizadas decontratos, certidões, notas fiscais ou contas;manuais, relatórios, vídeos, fotos, sons...

O layout de apresentação pode serconfigurado e mensagens pessoais, cria-das, quando determinado usuário acessao sistema. Isso inclui mensagens de boasvindas, comunicados, lembretes,solicitações. A empresa pode permitir, acada cliente, um nível especial de acesso,com senhas individuais, além da inserçãode relatórios e documentos. A configu-ração de uma relação descritiva detalhadade cada tipo de documento facilita apesquisa por parte dos usuários.

“Uma empresa contábil tem um pro-grama que faz o razão, o balanço. Se elaquer publicar, gera um PDF e disponibilizapara o cliente, online, com o gerenciamentodo Office2”, exemplifica Carlos Meni,diretor da Prosoft. Outra vantagem: comisso, o próprio departamento de pessoal docliente, por exemplo, pode atualizarmensalmente os dados de um funcionário,como horas extras, alteração de salários,

Módulo acesso cliente do sistema GestorKaisen: envio de documentos

Página de consulta aos arquivos dedocumentos do Office2

José Carmelo Farias, titular da AENAssessoria Empresarial do Nordeste:sistema traz a transparência,objetividade e confiabilidade narelação entre o cliente e a empresa

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 75 - 13

rescisão ou solicitar férias, evitando ligaçõestelefônicas ou o trâmite de documentos.

Como o acesso é via Internet, o sistemapode ser alimentado e consultado a qualquerhora, em qualquer dia e de qualquer lugar.Com isso, o cliente imprime um documentoou relatório da sua empresa, inclusive forados horários comerciais, nos finais desemana e feriados. As atualizações tambémpassam a ser automáticas, ou seja, ficamdisponíveis imediatamente, sem que o Of-fice2 saia do ar.

Produto virtualA base de dados original fica em ser-

vidor de Internet administrado pelaProsoft Tecnologia. Isso elimina anecessidade de instalação de softwares emcada computador da empresa-usuária oudos seus clientes. Sistemas, base de dados,tudo online.

“Você não está comprando um soft-ware, está alugando uma soluçãocompleta, que inclui espaço para arquivaros documentos e aluguel do aplicativo”,destaca Carlos Meni.

Para o cliente significa agilidade, parauma empresa contábil, por exemplo, valoragregado aos serviços, além de economiade impressos, tempo dos recursoshumanos etc. A utilização do Office2

Simples é tema doprograma ‘Economiae Negócios’

A extensão do Simples paraas empresas de serviços e oaumento da base de cálculo daCSLL enxertada pelo governo na MP22 foram os principais temas discutidosna entrevista concedida pelo presidenteda Fenacon a jornalista Fátima Turci,no programa Economia e Negócios, daRede Mulher, no dia 28 de janeiro.

No programa, como duração de 30minutos, Pedro Coelho Neto falou sobrea importância de uma reforma tributáriaque possibilite a ampliação das base deempresas contribuintes, levando àredução de alíquotas e consequentementediminuindo a pesada carga de impostosque incide hoje sobre as empresas.

Pedro Coelho reclamou que, apesar doalto peso dos tributos no Brasil, o governoainda continua sobrecarregando o setorprodutivo, destacadamente as empresas deserviços, citando o aumento da CSLL.Lembrou que a distorção já começa pelofato de que o governo considera um lucropresumido de 32%, o que nem semprecondiz com a realidade das empresas.

Para reverter a situação, Pedro Coelhofalou sobre o movimento de sensi-bilização do Congresso Nacional lide-rado pela Fenacon, com o apoio de enti-dades como o Núcleo Parlamentar de

Estudos Contábeis e Tributários -NPECT e da Confederação Nacional doComércio - CNC. “Estamos acreditandoque essa MP não vai passar”.

DiálogoO presidente da Fenacon também

criticou a resistência do governo em per-mitir a opção das empresas de serviçosde profissões regulamentadas pelo Sim-ples. Segundo ele, a simplificação dorecolhimentos de impostos e contri-buições beneficiaria mais de um milhãode micros e pequenas empresas, respon-sáveis pela grande maioria dos postos detrabalho no País.

“O que defendemos nesse momento éa conversa”, ressaltou Pedro Coelho,citando a criação de uma comissão paraestudos, com técnicos da SRF e Pre-vidência - definida em audiência pública,na Câmara Federal, no final do anopassado-, como o objetivo principal deanalisar os percentuais adequados para osdiferentes segmentos de empresas hojefora do sistema, que poderiam variar paracada tipo de atividade.

publicado & registrado

Carlos Meni, diretor da Prosoft: “nofuturo, tudo vai estar fora do escritório

exige acesso à Internet em banda larga(recomendável padrão ISDN, com128Mbps ou superior). “O Office2 é umpasso para o futuro, quando tudo vai estarfora do escritório. Vamos trabalhar a partirde um banco de dados, em tempo real”,prevê Carlos Meni.

Na Internet:www.tecnologiakaisen.com.brwww.prosofttecnologia.com.br

O presidente da Fenacon, PedroCoelho Neto, falou à revista da Federaçãodo Comércio do Estado do Ceará, naedição de fevereiro de 2002. O assuntofoi a mobilização dos sindicatos filiadosà Fecomercio para divulgar, junto àsempresas de comércio de serviços, aobrigatoriedade e benefícios da contri-buição para o sistema Sesc/Senac. PedroCoelho também foi o destaque da cam-panha institucional divulgada pela revistapara incentivar a contribuição sindicalpatronal dos empresários do comércio debens e serviços.

Contribuição Sesc/Senac

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Pedro Coelho Neto noprograma Economia eNegócios, da TV Mulher

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sistema de pagamentos brasileiro

No próximo dia 22 de abril, entra em vigor o novo Sistemade Pagamentos Brasileiro. Baseada nas transferênciaseletrônicas de valores em tempo real, a nova estruturapoderá implicar no desaparecimento gradual dos cheques

Por Márcio Sampaio de Castro

de Disponíveis. Os recursos passarão a sertransferidos em tempo real, ou seja, uma empresapoderá efetuar um pagamento ou receber valoresno ato da conclusão de um negócio. Estas tran-sações poderão ser efetivadas a partir de terminaiseletrônicos, na boca do caixa ou via Internet. Aintenção é transferir aos bancos a responsabilidadepelo seu fluxo de caixa.

Saldo positivo Segundo o diretor de Política Monetária do

Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, “em-bora automatizado, o sistema atual é muito caótico.Baseado em cheques e DOCs, ele apresenta umelevado custo operacional e alto risco”. O riscoreside no lapso de quase um dia entre os paga-mentos e os recebimentos entre os bancos. Sãocerca de R$ 6 bilhões de saldo negativo diariamentesustentados pelos cofres públicos até o fechamentodas contas, quando se verifica o saldo final. “OBC se torna refém desta situação. O novo sistemavai transferir esses valores de uma câmara insegurapara outras câmaras mais seguras”, complementaFigueiredo.

As câmaras mencionadas pelo diretor do BCserão o STR - Sistema de Transferência deReservas, gerido pelo Banco Central e a CIP -Câmara Interbancária de Pagamentos, órgão criadopela associação de diversas instituições bancárias,como uma empresa espelho, mas com as mesmasfunções da concorrente. Caberá a ela dar conta dos

Luiz Fernando Figueiredo:embora automatizado,sistema atual é caótico,apresenta custo operacionalelevado e alto risco

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Com a estabilização econômica dosanos 90, o sistema financeiro nacionalpassou por diversas modificações queafetariam as instituições bancárias e seusclientes. Durante aquele período, erafreqüente este ou aquele banco nãoconseguir fechar suas contas diárias,recorrendo ao redesconto - uma espécie

de empréstimo concedido pelo BancoCentral. Tornaram-se comuns ainda asintervenções do Bacen e a liquidação oucompra de bancos com dificuldades nocaixa por outros mais robustos.

Também data deste período a criaçãodo Proer - Programa de Estímulo àReestruturação e ao Fortalecimento doSistema Financeiro - instituído com oobjetivo de socorrer as instituições. Osgastos decorrentes desta política custa-ram aos cofres públicos mais de R$ 15bilhões. Após a adaptação do mercadoà nova economia e alguns problemassurgidos como os casos do banco Marcae, mais recentemente, a CPI do Proer,os dirigentes do Banco Central brasileirochegaram à conclusão de que seriapreciso reformular o sistema.

Seguindo um padrão adotado já emvários países e percebendo tratar-se também deuma questão de credibilidade perante os inves-tidores internos e externos, foi idealizado um novoSistema de Pagamentos Brasileiro. O SPB é areunião de todos os sistemas de liquidações dasoperações financeiras, como a transferência derecursos entre os bancos através de DOCs oucheques, por exemplo.

Atualmente este processo se dá pela troca depapéis e meios magnéticos - como disquetes - en-tre os bancos. A partir do próximo dia 22 de abril,será implantada a TED - Transferência Eletrônica

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recursos e das informações que serão transmitidasdiariamente. Uma reserva de R$ 60 bilhõesformada por títulos públicos e compulsóriosrecolhidos junto aos bancos será a garantia deliquidez para o sistema.

Toda esta estrutura visa evitar que a possívelquebra de um banco gere um efeito dominó ou achamada crise sistêmica, que poderia trazer con-seqüências imprevisíveis para toda a economia.Mas, a implantação da TED e do novo Sistema dePagamentos Brasileiro reforça uma tendênciaperceptível no mercado já há cerca de dez anos: osurgimento do chamado dinheiro de plástico emsubstituição aos documentos convencionais.

Fim do cheque?Nos primeiros meses de implantação do SPB,

os bancos deverão tarifar fortemente as transaçõesfeitas em meios convencionais com valores su-periores a R$ 5 mil. Isto porque apesar de repre-sentar apenas 5% do universo dos documentos detransferências interbancárias, estas transaçõeseqüivalem a mais de 80% dos valores transa-cionados diariamente. Estas tarifas envolverãotodos os documentos de compensação, atingindoinclusive as aplicações financeiras feitasatualmente com cheques.

Será o fim do cheque? Para Paulo Mallmann,diretor superintendente da CIP, “o uso de chequesnão vai acabar, o que haverá será um esforço dosbancos para que os clientes não usem mais estasformas de pagamento”. A projeção do Bacen é queem janeiro do próximo ano as transações via TEDatinjam em média 90% de todas as operações en-tre bancos, incluindo-se aí provavelmente até acobrança bancária, que inicialmente não fará partedo novo sistema.

O problema é que boa parte dos usuários ignoraparcial ou totalmente o que venha a ser o SPB e asconseqüências que estas mudanças trarão. Empesquisa realizada pela Fiesp - Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo, junto ao em-presariado, constatou-se que apenas os empre-sários de grande porte receberam uma certaatenção das instituições financeiras sobre o tema.Os pequenos e médios têm no máximo uma vagaidéia das implicações da nova sistemática.

Fluxo de caixaUma empresa habituada a pagar fornecedores

com cheques, tendo valores bloqueados em suaconta-corrente, terá que modificar completamenteseu fluxo de caixa, negociando a antecipação deseus recebimentos ou postergando seus paga-

mentos. Para Alcides Tápias, ex-ministro doDesenvolvimento e atualmente diretor da Fiesp“as empresas devem negociaralgum limite de crédito comos bancos para que não corramrisco no início”. O que deveráimplicar em mais tarifas ejuros.

Outra questão a ser con-siderada é a impossibilidadepara o usuário de cancelar umatransação. Uma vez dado ocomando de transferência dovalor, a operação será efeti-vada sem possibilidade deestorno ou sustação. Porém,não se pode negar os benefí-cios que deverão atingir al-guns segmentos de maneiramuito especial.

É o caso dos prestadores deserviços que poderão receberseus valores à vista e comsegurança ou ainda os admi-nistradores de contas, internos ou externos de umaempresa, que terão como acompanhar instan-taneamente a situação financeira, projetandopagamentos, compras e outros gastos com basesmais sólidas, pois afinal será só puxar o saldo daconta.

“O impacto deverá sermuito positivo. O SPB vaifazer com que o seu dinheiroseja mais seu do que é hoje”,garante o diretor do Bacen,Luiz Fernando Figueiredo.Seja como for, é de sumaimportância que empresascontábeis e empresários es-tejam preparados para estamudança que se verificará emum ponto sensível da econo-mia brasileira: o sistema fi-nanceiro.

É provável que em umprimeiro momento os efeitosnão sejam percebidos pelamaioria dos correntistas, mas,com certeza, já a partir dopróximo ano, as relações en-tre credores e devedores es-tarão profundamente mar-cadas pelas transferências derecursos por meios eletrônicose não mais através do cheque, a tradicional ordemde pagamento à vista.

Paulo Mallmann: “o uso de chequesnão vai acabar, o que haverá será umesforço dos bancos para que osclientes não usem mais estas formas depagamento”

Alcides Tápias: “as empresas devemnegociar algum limite de crédito comos bancos para que não corram riscono início”

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tecnologia da informação

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alimVocê já adquiriu a sua

assinatura digital?Por Nivaldo Cleto*

No último dia 28 de fevereiro, tive ahonra de presenciar na sede da OAB deSão Paulo o lançamento da CertificaçãoDigital para os advogados. A cerimôniacontou com a presença da mais alta cúpulados Magistrados de São Paulo. Istosignifica um grande avanço para consolidara validação da assinatura digital naspetições que transitam pelos tribunais, vistoque, em breve, os advogados que queiramprotocolar uma petição nas Varas Estaduaise Federais, poderão fazê-lo de qualquerparte do planeta, via Internet.

Presenciamos uma demonstração ondeo presidente da OAB Conselho Federal,Rubens Approbato Machado, enviou ume-mail com uma assinatura digital para opresidente da OAB-SP, Carlos MiguelAidar. Em questões de segundos amensagem saiu de uma máquina e entrouna outra com a certificação digital.

Muitas pessoas confundem a assinaturadigital com aquela imagem da suaassinatura digitalizada e inserida nodocumento a ser criado. Não é isto. Aassinatura digital é como se fosse umaCédula de Identidade Virtual. Ela irágarantir a integridade e a validade jurídicade documentos em formato eletrônico etambém a realização de transaçõeseletrônicas seguras.

Quando você envia um e-mail impor-tante, seu aplicativo de e-mail podeutilizar seu Certificado Digital para as-sinar ‘digitalmente’ a mensagem. Umaassinatura digital faz duas coisas: informaao destinatário que o e-mail é seu e quenão foi adulterado entre o envio e orecebimento. Advogados regularmenteinscritos na OAB terão direito a umacertificação digital gratuita. Para maioresdetalhes, visitem o site http://www.oabsp.org.br/.

Na Revista Fenacon em Serviços defevereiro este assunto foi amplamenteabordado, informando os detalhes decomo funciona o sistema de certificaçãodigital. Imaginem um contrato socialsendo assinado digitalmente pelas partes,pelas testemunhas e pelo advogado. Apósaprovado pelas partes, será protocoladodigitalmente no Registro do Comércio. AJunta Comercial irá analisar, aprovar eregistrar o ato, fornecendo à empresa umnúmero de registro e a certificação digi-tal.

Parece um sonho, mas não é. Porconsiderar este tema revolucionário, du-rante este ano iremos participar dediversos seminários com a finalidade decolocar o leitor da RFS por dentro dasnovidades da certificação digital. Se você

Dia 16 de maio de 2002, o Press Clip-ping Fenacon completará um ano e noprincípio de março fiquei surpreso quandonosso webmaster Marcus Viníciusinformou que estávamos chegando aos 10mil e-mails cadastrados, que recebemdiariamente as notícias. Fizemos umaprojeção que até o final de 2002chegaremos a 20 mil e-mails, mantendo-se este aumento de demanda.

Press Clipping Fenacon - ano IISabemos que muitas empresas pegam

o nosso Clipping e repassam para osclientes. Com estes repasses, estimamosque cerca de 15 mil pessoas recebemdiariamente este informativo. O cadastroé totalmente gratuito e não exigimos queos inscritos sejam filiados nemassociados. Comecem a receber oinformativo, visitando o nosso portalwww.fenacon.org.br. Aproveitem.

quiser fazer um teste, para comprar umacertificação digital válida por um anovisite o site: http://www.certisign.com.br/.O custo é de R$ 30,00 por ano.

Nivaldo Cleto é empresário contábile diretor de Tecnologia e

Negócios da FenaconE-mail: [email protected]

Jucesp disponibilizaem website imagens de

fila em tempo real

A Junta Comercial do Estado deSão Paulo, para facilitar a vida doscidadãos, disponibilizou as imagensdos guichês de protocolos dos atos,em tempo real, para que o usuáriotenha a opção de consultar, viaInternet, se há filas longas, antes desair da empresa. Assim, as pessoasevitam perda de tempo, podendoaproveitar os horários ociosos,principalmente nas primeiras horasdo dia, otimizando ao máximo otempo dos seus serviços de rua.

Em breve, a Jucesp irá instalarcontrole de filas eletrônico parafacilitar ainda mais a administraçãodo tempo, possibilitando que osusuários, enquanto aguardam onúmero, utilizem os demais serviçosexistentes na instituição. A meta dadireção da Jucesp é de, até o final de2002, eliminar de vez a demora nasfilas, fazendo com que o cidadão nãoespere mais do que cinco minutospara ser atendido. Na Internet: http://www.jucesp.sp.gov.br/foto/ispy.jpg.

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entidades

Tomaram posse, no dia 20 de fevereiro,os novos conselheiros e diretores do CFCeleitos para o biênio 2002/2003. Opresidente é o contador Alcedino GomesBarbosa. O evento foi no Memorial JK,em Brasília. O presidente da Fenacon,Pedro Coelho Neto, integrou a mesa dasolenidade, que contou ainda com o ex-presidente do CFC, José SerafimAbrantes, e autoridades, como o secretárioGeral da Presidência da República,Ministro Arthur Virgílio, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento,Guilherme Dias, representando o ministroMartus Tavares, o senador Arlindo Portoe o presidente da AIC, o colombianoJaime Hernadez.

Alcedino Gomes Barbosa ressaltou, emseu discurso, que o colapso financeiro daempresa norte-americana Enron trouxe àtona a relevância do tema contabilidade esua importância para a sociedade. “Oquestionamento que hoje se faz da relaçãoauditoria - cliente e a revisão que sepropõe em procedimentos contábeisconsiderados, até agora, acima dequalquer suspeita, com certeza vãocontribuir para a transparência e acredibilidade das práticas contábeis”,avaliou. Segundo ele, o episódio tambémirá estimular debates sobre aharmonização das normas contábeismundiais, no sentido de transformar acontabilidade em uma linguagemverdadeiramente universal.

Barbosa falou sobre o empenho doCFC em preparar e qualificar oprofissional para o mercado globalizado,citando projetos como o Exame deSuficiência e a Educação Continuada.Mas, destacou que todas as ações estãocentradas na preocupação maior de

Novos presidentes do CFC eda FBC assumem em BrasíliaAlcedino Gomes Barbosa promete trabalho calcado na qualificaçãoprofissional, na conduta cidadã, na responsabilidade social e noengajamento político

estimular a visão humanista e aconscientização social do contabilista. “OSistema Contábil Brasileiro consolidou,nos últimos anos, um trabalho quecomeçou em 1946. Vamos, agora, traçaro futuro da carreira contábil. Um futurocalcado na qualificação profissional, naconduta cidadã, na responsabilidade so-cial e no engajamento político. Condiçõesessenciais para a nossa sobrevivência”.

FBCO presidente da Fenacon também fez

parte da mesa da solenidade de posse dosnovos diretores da Fundação Brasileira deContabilidade. O evento ocorreu no dia19, na sede do CFC, em Brasília. Apresidente eleita para o quadriênio 2002/2005 é Maria Clara Cavalcante Bugarim.O presidente Pedro Coelho Neto integrao conselho consultivo da entidade.

Maria Clara Bugarim afirmou, em seudiscurso, que a adversidade depensamentos científicos dos quecompõem a FBC irá contribuir, por meioda cultura, para o despertar docontabilista. Segundo ela, esse debate deidéias deve se valer dos princípios éticos,os quais envolvem cidadania, caráterhumanístico, compromisso coletivo eresponsabilidade civil.

“Nosso tempo não mais comportasomente a propagação do caos ou daordem, como determinantes depensamentos antagônicos. Temos quecultuar o equilíbrio entre ambos e assimcriarmos um ambiente adequado àinovação, respeitando e disseminandotodos os pensamentos e correntesdoutrinárias, a fim de possibilitar asedimentação do senso crítico dosprofissionais da contabilidade”, destacou.

O presidente do CFC, Alcedino GomesBarbosa, assinou o termo de posse naqualidade de membro do conselhoconsultivo da FBC, representando osdemais integrantes Pedro Coelho Neto,Antônio Carlos Nasi, Antônio Lopes deSá, Antoninho Marmo Trevisan, EliseuMartins, João Bacci, Márcio Martins Vil-las e Marta Arakaki.

Ambos os eventos foram prestigiadospela diretoria da Fenacon, assim como pordiversos presidente de sindicatos filiados,entre eles Carlos Castro (SP), João Batistade Almeida (MG) Aderaldo Gonçalves(PB), Valdir Pietrobon (PR), VilsonWegener (SC), Walter Teófilo Cruz(Grande Florianópolis); Tadeu Steimer(RS); Elizer Soares de Paula (DF); CarlosRoberto Victorino (Blumenau); eUrubatam Augusto Ribeiro (CE).

Pedro Coelho Neto, à esq.,confraterniza comAlcedino Gomes Barbosa

Parte da mesa da solenidade deposse: esq. p/dir., o secretário-executivo do Ministério doPlanejamento, Guilherme Dias; osecretário Geral da Presidência daRepública, Ministro Arthur Virgílio; opresidente do CFC, Alcedino GomesBarbosa; e o presidente da AIC, JaimeHernadez

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Um dia de sogra

Haroldo Santos Filho*

go around

Habita o imaginário popular a figura dasogra como sendo um ser implicante,intransigente e responsável pela intran-qüilidade de muitos. Por este motivo, muitasvezes, ela é alvo de piadas e insinuações,que a transformam num ser abominável.Folclore e exageros à parte, algumascaracterísticas das sogras precisavam sermais bem aproveitadas.

Do alto de sua experiência, a sograconsegue ver coisas na casa de seu filho oufilha, que dificilmente poderiam serdetectadas pelo novo casal. Este é o seu po-der de observação, associado a umacapacidade inigualável de solução deproblemas. É por causa daquela famosa e,às vezes indesejável, ‘visita da sogra’ queacabamos por descobrir copos trincados,vazamentos, lâmpadas queimadas e tudomais que poderia atrapalhar o bomandamento da casa, mas que, sem o olharclínico da visitante, provavelmente pas-saria despercebido.

Alguns consideram pura intromissão;eu não. Prefiro encarar como um ‘controlede qualidade externo’ ou, em linguagemmais técnica, uma verdadeira ‘auditoria dasogra’. Acho que muitos empresáriosdeveriam, ao menos uma vez no ano, daruma de ‘sogra’ em suas empresas e sair do‘lugar-comum’, isto é, se incomodar comantigas práticas e, acima de tudo, ressaltarum saudável espírito questionador que éabafado no corre-corre diário e acabadando lugar a uma destrutiva acomodação.

Um bom começo seria pela própriaestrutura física do local de trabalho. Estudosmostram que uma simples e barata pintura

na parede pode melhorar consideravelmenteo ‘astral’ dos empregados e, com isso, asatisfação e a produtividade. A decoração in-terna com plantas e uma nova disposiçãodaqueles velhos móveis (se não puder trocarpor novos) também têm efeitos semelhantessobre o espírito dos que trabalham em umaempresa. Parece até coisa de sogra, não é?! Eé mesmo.

Outro ponto que a sogra não deixaria escaparé a organização interna. Aquela pilha de papéisdesnecessários sobre as mesas, além de dar umapéssima aparência, atrapalha a criatividade daspessoas. É o chamado ruído visual. Se não forestritamente necessário, sobre as mesas deve-se manter somente aquilo em que se estivertrabalhando. Você acha que não consegue fazerisso? Que pena, sua sogra faria.

Por último e mais importante: ‘limpe’ seusclientes. Em primeiro lugar, tome coragem eelimine aqueles clientes que não lhe pagam(sua empresa visa lucro ou não?). Depois,

repactue os contratos daqueles que, depoisde feita a devida averiguação, comprovamser clientes-problema, ou seja, remunerammal a empresa e causam transtornos a todotempo por sua indisciplina e desor-ganização. Se não quiserem pagar mais ouresistirem em mudar, elimine-os também.

Clientes assim só servem paradesestabilizar sua empresa e sua saída,planejada para não fazer falta no orçamento,transformará por completo sua prestação deserviço. Você não faz idéia do prazer quedá, enviar uma carta a este tipo de clientedizendo que sua empresa não tem mais in-teresse em tê-lo em sua carteira. Experi-mente e depois me conte.

A ‘visita da sogra’ pode incomodarporque balança uma rotina instalada há anos

e que, de forma lenta e quaseimperceptível, vai matando a suaempresa, aos poucos. Não há crescimentoempresarial sem constantes mudanças eisso não é possível sem dor. Repense asua empresa e a veja com olhos críticosde sogra ou como um espectador externoque não foi o responsável por tudo aquilo.Assim, será bem mais fácil proceder àsmudanças necessárias sem maiores trau-mas ou apegos às antigas rotinas.

Você vai ver que, em curto ou médioprazo, sua empresa vai gerar mais lucrose ficará muito mais eficiente. De tãocontente, você vai lascar um beijo na suasogra e ela, apesar de surpresa e feliz, não

vai entender nada.Haroldo Santos Filho é

diretor Institucional da FenaconE-mail: [email protected]

Estudos mostram que uma simples e barata pintura na parede podemelhorar consideravelmente o ‘astral’ dos empregados e, com isso,a satisfação e a produtividade

Multipliquesuas vendas.Anuncie na

Revista Fenaconem Serviços

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rápidas

Comissão da Fenacon estudaampliação do Simples

A formação de uma comissão para avaliara pesquisa que mapeou os efeitos positivos daampliação do Simples para as empresas deserviços, realizada pela Fenacon, foi um dostemas discutidos na 77ª reunião ordinária dadiretoria da entidade, que aconteceu nos dias19 e 20 de fevereiro, em Brasília. O grupo deestudos será composto pelos diretores Saurode Almeida (coordenador), Haroldo SantosFilho e Rosenvaldo Rios. A intenção é que apesquisa seja editada e levada ao conhecimentodas autoridades e parlamentares federais.

O 6° diretor suplente da Fenacon, Cleodonde Brito Saraiva, foi convidado a fazer parteda reunião, seguindo a política de integraçãoe colaboração permanente dos diretoressuplentes nas atividades da entidade. Tambémestiveram acompanhando as deliberações dareunião, o vice-presidente do Sescon/AM, JoséLuiz Silva; os presidentes do Sescon/DF, ElizerSoares de Paula; do Sescap/PR, ValdirPietrobon - que esteve acompanhado pelopresidente do Sindicato dos Contabilistas deCuritiba, Divanzir Chiminacio; do Sescon/CE,Urubatam Augusto Ribeiro, e o ex-presidentedo Sescon/PE, Geraldo de Paula Batista.

Presenças

Esq. p/ dir., o diretor da Fenacon, Nivaldo Cleto(Tecnologia); os vice-presidentes, José GeraldoQueirós (Região Nordeste) e Antônio Marangon

(Região Sudeste) e o presidente, Pedro Coelho Neto

O vice-presidente do Sescon/AM, José LuizSilva (à dir.), acompanha a 77ª reunião de

diretoria da Fenacon. Ao seu lado, o diretorFinanceiro da federação, Horizon de Almeida

Esq. p/ dir., o vice presidente da Fenacon,Mário Elmir Berti (Região Sul); o diretorHaroldo Santos (Institucional) e o vice-presidente Antônio Gutenberg Anchieta

O presidente doSescon/DF, ElizerSoares de Paula (àesq.), na mesa com oassessor da Fenacon,Paulo Veras

O presidente do Sescon/Ceará, Urubatam Augusto Ribeiro, aocentro, prestigia a reunião de diretoria da Fenacon entre osdiretores, Sauro de Almeida (Assuntos Legislativos e doTrabalho), à esq., e José Rosenvaldo Rios (Eventos)

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O 6° diretor suplente da Fenacon convidado para 77ª reunião,Cleodon de Brito Saraiva, (à esq.) ao lado do presidente do

Sescap/PR, Valdir Pietrobon

Anep comemora 10 anos

O vice-presidente da Fenacon, AntônioMarangon, esteve representando a entidade, nafesta de comemoração dos 10 anos da AssociaçãoNacional das Empresas de Pesquisa - Anep, nodia 25 de fevereiro, na capital paulista. O diretordo Sescap/PR, Bruno Ricardo Lopes, tambémparticipou da cerimônia, representando a Câmara

de Pesquisa do sindicato. Os mais de 150 convidados foram recebidos

por Marcio Boiajion, diretor executivo da Anep,num jogo de perguntas e respostas, inserido nocoquetel de abertura. A premiação da equipevencedora foram vôos noturnos de helicóptero,sobrevoando os principais pontos turísticos dacidade de São Paulo. Um total de 29 pessoasfez o passeio.

Nelsom Marangoni, presidente da Anep,destacou em seu discurso, o sucesso daentidade, falando sobre conquistas, como olançamento, em fevereiro, do Caderno Espe-cial de Pesquisa. Produzido em parceria como núcleo de projetos especiais da Meio &Mensagem Editora, a publicação visaapresentar ao mercado um material vasto emreferências sobre a atividade.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 75 - 21

À esq., o vice-presidente da Fenacon,Antônio Marangon, fala na solenidadede entrega do certificado ISO 9001 àS.O.S. Empresarial - Consultoria eContabilidade. Ao lado, Antônio Giglio,diretor técnico da empresa certificada

Certificação ISO

O vice-presidente da Fenacon para aRegião Sudeste, Antônio Marangon,prestigiou, no dia 30 de janeiro, asolenidade de entrega de certificado dosistema da qualidade pelo cumprimentodos requisitos da norma NBR ISO 9001-2000 à empresa de consultoria econtabilidade S.O.S. Empresarial, deGuarulhos, na Grande São Paulo. Aentidade certificadora foi a FundaçãoVanzolini.

* Outra empresa de serviços contábeisque acaba de conquistar a certificaçãoISO 9001-2000 é a Organização ContábilFiscontal, de São Paulo, com 34 anos de

fundação. A entidade certificadora foia Perry Johnson Registrars.

Pedro Coelho Neto recebe AmandioFerreira, na sala de reuniões da Fenacon

O presidente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, recebeu, na sede da Fenacon, na capi-tal paulista, em janeiro, diversas liderançasdo segmento contábil. No dia 11, PedroCoelho esteve reunido com o presidente doSescon/SP, Carlos Castro, os diretores dosindicato, Sérgio Approbato MachadoJúnior e João Deméo, e o presidente daFederação das Empresas de Serviços de SãoPaulo, Luigi Nese. O objetivo foi definir aslinhas de atuação para a realização do atopúblico contra a agressão tributária ao setor

Apoios de serviços, que aconteceu no dia 23 dejaneiro, na sede do Sescon/SP. Na reunião,também foram debatidas ações em prol daextensão do Simples para as empresasprestadoras de serviços. No dia 17, Pedro

Coelho recebeu a visita do presidente doCRC/CE, Amandio Ferreira, quandodiscutiram temas de interesse da classecontábil e do segmento das empresas deserviços de contabilidade.

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entrevista especial

Odair FurtadoPresidente do Conselho Federal de Psicologia

RFS: A psicologia organizacional é ummercado em expansão?

Furtado: A área passou por uma criserecentemente por conta do fenômeno daterceirização. Os psicólogos passaram atrabalhar como consultores. Nesse momen-to, os psicólogos estão se reorganizando,assim como os administradores, assistentessociais, que trabalham com empresas,constituindo consultorias. Algumas vão setornando mercado de trabalho. Ao mesmotempo, a forma de trabalho ‘tradicional’ dapsicologia organizacional, ou seja, opsicólogo trabalhando na própria empresa,não desapareceu, mas a impressão que nós

Empresas no divãCom o fenômeno da terceirização, muitos profissionais da psicologia vêm constituindosociedades de prestação de serviços especializadas no campo organizacional. Nesta área,incluem-se as empresas de consultoria e as de recursos humanos, seleção, recrutamento,treinamento e desenvolvimento organizacional. Atualmente, o Conselho Federal de Psicologiapossui 2.969 pessoas jurídicas inscritas, o que corresponde a 2,4% do total dos 120.496psicólogos com registro na entidade. Em entrevista exclusiva à RFS, o presidente do CFP,Odair Furtado, fala sobre a expansão do mercado e aborda ainda temas como liderança,motivação, otimização de recursos humanos e criatividade. Furtado é professor Dr. emPsicologia Social (PUC-SP) e é autor do livro ‘Psicologias: uma introdução ao estudo daPsicologia e co-autor da obra ‘Psicologia sócio-histórica - uma perspectiva crítica daPsicologia’, ambos pela editora Saraiva.

“Há um discurso oculto nasorganizações e isso muitasvezes acaba trazendo conflitosde ordem pessoal.A contaminação dentro doclima organizacional dasrelações ética e social”

temos pela demanda é que esse é ummercado bastante razoável.

RFS: Que tipo de atividades são desen-volvidas no campo da psicologiaorganizacional?

Furtado: O psicólogo pode fazer seleçãode pessoal, usando instrumentos depsicologia, aplicação de testes. E só o psi-cólogo pode fazer. A concepção modernadas organizações acaba construindo otrabalho organizacional de formainterdisciplinar. E cada vez mais estaforma tradicional de seleção vai dandolugar a outras. Nesse sentido, o trabalhodo psicólogo acaba não sendo tão dife-rente do realizado pelo pedagogo, peloassistente social - gerenciar os recursoshumanos. Ele tem sido chamado para isso.

RFS: Que avaliações ele pode fazer?

Furtado: Há um acúmulo no campo dasciências humanas, mas, mais particu-larmente no campo da psicologia, da leituradaquilo que eu vou chamar do ‘não dito’.Há um discurso oculto nas organizações eisso muitas vezes acaba trazendo conflitosde ordem pessoal. Desgastes em disputasdesnecessárias na hierarquia funcional, usoinadequado dessa hierarquia - tanto porquem está no topo, quanto por quem estána base, acordos que são feitos ao longo dotempo, por baixo das normas explícitas. Acontaminação dentro do clima orga-nizacional das relações ética e social; assimcomo acontecem nas relações pessoais demaneira geral, fora da empresa. Por

exemplo: as pessoas se apaixonam.Querendo ou não, isso ocorre no campo dasempresas. E isso traz ruídos que não sãoprevistos nas normas organizacionais. Asmulheres, quando se organizam em coletivo,reclamam muito da discriminação dentro daempresa. O preconceito racial também seexpressa de forma surda, as vezes de formadeclarada. Quando é de forma declarada,você consegue manejá-lo, quando é deforma surda, não é tão simples assim. Euposso citar centenas de exemplos nessascircunstâncias. E o psicólogo é o profissionalque tem a condição para fazer essa leitura.

RFS: Quais as conseqüências para umaempresa que não está atenta a esses‘discursos ocultos’?

Furtado: Isso vai afetar a produtividadeda empresa, sem que ela descubra ondeestá o problema, sem sequer se dá conta,pois o problema é invisível. Ocorre desdeboicotes - eu não passo a informação parao meu colega por um problema que édesconhecido, que não se consegue

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“A motivação não é coisamágica; que eu penso aqui nasala e vou levá-la para o meufuncionário. Motivação seconstrói na relação”

Não existe um sujeito que nasçacriativo. Se você dá tempo parauma pessoa pensar no que elaestá fazendo, na tarefa que elaestá realizando, ela temcondições de melhorá-la

identificar. O que acontece nessa trans-missão da informação? Evidentemente aspessoas sabem que esse tipo de problematem que ser mantido em segredo. Ele é deoutra ordem que não é a das relações ex-plícitas dentro da organização.

RFS: Esse trabalho é sempre feito deforma coletiva ou o psicólogo podeatuar sobre o indivíduo?

Furtado: Não, caracterizam-se pelas relaçõesgrupais, pois não tem sentido um psicólogoem uma empresa fazer psicoterapia com osfuncionários. O profissional atua sobre asrelações de trabalho, relações funcionais,cultura organizacional, portanto ele vaitrabalhar com esse campo de interesse.Quanto melhor a condição de trabalho,melhor a saúde das pessoas no ambiente.Qualquer pessoa sabe que trabalhar em umlocal saudável é sempre melhor do que emum ambiente tenso, onde ela não temtranqüilidade para fazer as suas coisas,desenvolver os seus projetos, suas atividades.Ela só não sabe como consertar essas coisas.Exatamente por essa forma de ‘ocultamento’.O psicólogo pode ajudar na superação dessesconflitos, levando em consideração que elesexistirão sempre, fazem parte dessa forma deconvivência. O trabalhador vai aprendertambém a lidar com conflitos, saber separaro que é conflito produzido na relação detrabalho, fruto da sua atividade, do que é umarelação pessoal. Ele pode ter uma diferençacom o colega de trabalho, sem que isso setransforme em um problema pessoal. Aquestão é que as diferenças de opiniãoacabam se transformando em diferençaspessoais.

RFS: O que é ser um líder? Essascaracterísticas são inatas ou a liderançaé uma qualidade que pode ser desen-volvida, construída?

Furtado: Uma condição de liderança deveser sadia, construtiva e não anti-demo-crática. O problema é que a sociedade nãofunciona assim; funciona de forma

hierarquizada, ela constrói perfis. Asfamílias e escolas formam com essaconcepção. Você tem que ser o melhor, temque ser melhor do que os outros, tem quesuperá-los. Portanto, cria-se uma relaçãode disputa, que acaba construindo um climaautoritário. Os dirigentes das empresas sãoformados dessa maneira. Aqueles que nãotêm esse perfil, já se sentem preteridos;com isso você vai hierarquizando asociedade. Essa estrutura social dificulta aconstrução de um clima adequado para, porexemplo, uma noção de liderança emer-gente. Um funcionário apático, quieto nocanto dele, se você oferece as condições,ele dá as soluções. A forma moderna deadministração está prevendo isso. Agora,a cultura vai na contramão. Como apersonalidade não é inata, sua construçãovai se dando nessa forma de educação. E oque fazem as empresas tradicionalmente?Elas vão buscar perfil. Ela quer o gerente,então ela vai buscar o perfil de liderança.Tá errado isso.

RFS: O próprio conceito do que é lide-rança acaba sendo deturpado?

Furtado: Claro. E é antiprodutivo.

RFS: Por outro lado, que perfil de pro-fissional as empresas têm buscadoatualmente? Que competências, aptidões,talentos, enfim, características pessoaissão mais desejadas pelas empresas paracompor suas equipes e por quê?

Furtado: Como o processo de modernizaçãodas empresas é lento, temos vários cenários.Sou de São Paulo, então falo do ponto devista da cidade. As empresas produtivas deSão Paulo são na sua maior parte pequenas.Trabalham com 30, 40, 50 funcionários deforma quase selvagens porque não utilizammétodos científicos. Fazem do jeito que dá.É a experiência do administrador - oadministrador que eu estou falando é o donoda empresa, da pequena empresa familiar.Você tem aquelas de porte, já tradicionais, eque ainda estão baseadas em uma forte visãotaylorista (F. W. Taylor - 1856-1915).Marcam fortemente a hierarquia e vão buscarperfis no mercado. E temos aquelas empresasque estão buscando formas mais modernas:a constituição do diálogo entre os setores, dorevezamento, onde os próprios funcionáriosparam para discutir formas de planejamento,horários escalonados, conforto no trabalho -o setor que mais se aproximou disso foi o deinformática.

RFS: Isso significa que as pequenasempresas estão concentradas ematender as necessidades básicas do seusclientes, mas não se preocupam com oplanejamento estratégico, financeiro?

Furtado: Essa é a realidade. E elas for-mam a grande parte do mercado detrabalho. Quando se diz que o Brasil precisade 400 mil administradores de empresas épor que nelas, que são a maioria, eles nãoestão. A administração é feita dessa formaintuitiva. Aí a empresa começa a enfrentardificuldades, porque entra em períodorecessivo e não sabe o que fazer. Só sabemaquilo: quando tem a encomenda, vão lá eatendem. Agora, elas não se preparam parao futuro, não percebem mudançastecnológicas ... Elas vão fechar.

RFS: O que é o clima organizacional deuma empresa? Como medi-lo? De queforma o clima organizacional podeinterferir positiva ou negativamente nodesempenho dos funcionários e nacompetitividade das empresas?

Furtado : Quando falamos do climaorganizacional, falamos das relações hu-manas. E por que é importante uma em-

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“Qualquer pessoa sabe quetrabalhar em um local saudávelé sempre melhor do que em umambiente tenso, onde ela nãotem tranqüilidade paradesenvolver os seus projetos,suas atividades.Ela só não sabe comoconsertar essas coisas”

“Um funcionário apático,quieto no canto dele, sevocê oferece as condições,ele dá as soluções”

presa conhecer o seu clima organizacional?Porque as relações pessoais possuemgeralmente uma dimensão banalizada. Opensamento é o seguinte: as pessoas seacertam entre elas, e não percebem queexatamente isso pode estar sendo o obs-táculo para a realização dos seus objetivosde produção, seus objetivos empresariais.

RFS: O que gera a motivação? Para ocolaborador, como buscá-la? Para oempregador, como despertá-la no seufuncionário?

Furtado: A motivação não é coisa mágica;que eu penso aqui na sala e vou levá-la parao meu funcionário. Motivação se constrói narelação, acertando tudo isso. Se eu conheçoo clima organizacional, se eu tenho um bomfluxo de comunicação, um clima de trabalhoadequando ... Tudo isso vai gerar formas demotivação. Principalmente, se as pessoastiverem voz. Se elas puderem manifestar

aquilo que considerem como uma forma deproduzir adequadamente. Temos que levarem consideração que as pessoas geralmentegostam daquilo que fazem.

RFS: Dessa forma, sentem-se realmenteintegradas ao processo de trabalho,parte dele?

Furtado: Se elas não opinam, se elas nãotêm condições de falar e de interferir nopróprio processo de produção, motivá-laspara o trabalho vai ser muito difícil.

RFS: De que instrumentos a psicologiadispõe para integrar equipes?

Furtado: Isso tem um limite. Temos quelevar em consideração que as pessoas estãoali em função de um contrato de trabalho.E, portanto, não é preciso que elas façammuito mais do que isso. Uma pessoa podeaté estabelecer relações fortes de amizadedentro da empresa, mas a realização daamizade está fora. A empresa não é a vidada pessoa. A empresa que acha que é afamília na realidade está se utilizando deuma artimanha. O ideal é que as relaçõessejam claras: há um contrato, um salárioadequado, justo e há uma tarefa a serdesenvolvida. Essas relações têm que ficarclaras. Agora, como as pessoas serelacionam dentro da empresa? Eu precisoentrar em contato com o meu colega detrabalho; a minha função depende disso.Então, como fazer isso funcionaradequadamente. Para isso, é preciso que aspessoas tenham acesso a palavra, falar sobreo que estão fazendo. A presença do conflito,como já falei, é inevitável, ele faz parte dasrelações humanas. Isso porque o ser humanoé opinativo; ele interpreta a realidade. Duaspessoas vendo o mesmo fenômeno podeminterpretá-lo de forma diferente. E nãonecessariamente as duas estejam erradas.Existe mais de uma forma de fazer a coisa.Considerando isso, alguém pode escolher ocaminho A e ser eficiente para as qualidadesque ele apresenta e o outro escolher o B eser tão eficiente quanto o A, porque ele temoutras qualidades. Chegar a essa conclusãonão é fácil em um ambiente de trabalho.Porque? Geralmente eu acho que o jeito queeu faço é o correto. E tento impor o meumétodo. Qual a maneira de você chegar aconclusão que dois métodos podem con-viver? Como não há a cultura do diálogo,isso tem que ser produzido com algumatécnica, o psicólogo tem o conhecimentodessas técnicas para produzir essas fórmulasde diálogo. Evidentemente o psicólogo tem

que acreditar que o diálogo é possível.

RFS: Isso tem a ver com a própriaotimização dos recursos humanos, dosprocessos de trabalho?

Furtado: Os empresários gostam muito defalar em otimizar as relações de trabalho,mas quando você dá voz ao funcionário,nem sempre o resultado é esse, porque àsvezes aparece o conflito. Então, oempresário tem que saber também trabalharcom o conflito. Os empresários gostammuito de falar em otimizar, mas querem apaz dos cemitérios; que todos concordemcom a linha que ele está apresentando. Eisso implica em enfrentar dificuldades.

RFS: Que aspectos são hoje as maioresameaças à qualidade de vida em umambiente de trabalho. Que caminhosdevem ser seguidos para resolvê-los eque prejuízos trazem às empresas?

Furtado: As formas autoritárias, eu diria queelas permanecem e que apresentam um tipode constituição de patologia. A outra é a au-tomação de ambiente de trabalho. Vemgerando um aumento de produtividade e temsido conseqüência de formas como LER/Dort(Lesão por Esforço Repetitivo/DoençasOsteomusculares Relacionadas ao Trabalho)e outros efeitos como a depressão, que acabaafastando o funcionário do trabalho.

RFS: Há formas de se estimular acriatividade no ambiente de trabalho,direcionando-a para a obtenção deresultados?

Furtado: Não existe um sujeito que nasçacriativo, portanto a criatividade está naforma como as pessoas se relacionam. Sevocê dá tempo para uma pessoa pensar noque ela está fazendo, na tarefa que estárealizando, ela tem condições de melhorá-la. Se é oprimida pelo tempo a produzir, senão pode opinar, se ninguém escuta o queela fala e, portanto, ela tem que reproduziraquela tarefa indefinidamente ... Alguémque mexa com uma planilha e não possadizer que ela não está adequada, só podepreenchê-la, certamente não estamosestimulando a criatividade daquela pessoa.

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sistema fenacon

Os presidentes da Fenacon, PedroCoelho Neto, e do Sescon/RS, TadeuSteimer, assinaram convênio de aproxi-mação entre as duas entidades. A soleni-dade aconteceu após a reunião de diretoriada federação, no dia 20 de fevereiro, emBrasília. O acordo prevê que o Sescon/RSpassa a ter os mesmos direitos dos demaissindicatos filiados, mas sem direito a voto.O sindicato repassará um percentual daarrecadação à federação.

Pedro Coelho Neto destacou que acelebração do convênio representou ummomento histórico no sentido do fortale-cimento do Sistema Fenacon. Após apre-sentar os vice-presidentes e diretores e aequipe de colaboradores presentes, PedroCoelho falou sobre a estrutura da Fenacon,incluindo o escritório de Brasília que dásuporte às ações da entidade na capitalfederal e acompanha os temas legislativosde interesse dos segmentos de empresasrepresentados.

O vice-presidente da Fenacon para aRegião Sul, Mário Elmir Berti, um dosprincipais elos de ligação entre Fenacone Sescon/RS, durante o período deconversações, falou sobre a importânciado cargo na gestão atual: “uma adminis-tração democrática, onde os vice-presi-dentes passaram a ter participação intensae efetiva nos trabalhos da entidade”,afirmou. Ele lembrou que o empenho deambas as partes fez com que toda a basedo acordo de aproximação fosse definidapelas diretorias das duas entidades emapenas três meses.

Os diretores da Fenancon falaram sobreo trabalho que vem sendo desenvolvido emcada uma das pastas e se colocaram à

Sescon/RS passaa integrar SistemaFenaconPresidentes Pedro Coelho Neto e Tadeu Steimerassinam convênio de aproximação em Brasília

disposição para o atendimento às reivindi-cações e necessidades do Sescon/RS. Oassessor da Fenacon, Paulo Veras, aindacomentou sobre o Projeto de Desenvol-vimento dos SindicatosFiliados - Manual de AtuaçãoIntegrada dos Sindicatos -PDS/MAIS, em elaboração, eque visa dar subsídios para oaprimoramento do trabalho dossindicatos filiados perante osassociados e filiados.

Missão maiorO presidente do Sescon/

RS, Tadeu Steimer, ressaltouque a aproximação com a Fe-nacon era uma reivindicaçãopermanente dos empresáriosde sua base (constituída de umtotal de 15 mil empresas emtodo o Estado) e destacou a importânciapara o sindicato em ter uma representaçãonacional. Disse ainda que a opção por umafederação estadual, a Fecomércio/RS,decorreu em função do interesse dosindicato, à época da filiação, em oferecermaior e mais forte representação,principalmente para o segmento deempresas de assessoramento. Trêsdiretores do Sescon/RS participam, inclu-sive, da atual diretoria da Fecomércio/RS.

Steimer ressaltou que a assinatura doconvênio foi um primeiro grande passopara que o sindicato integre plenamente oSistema Fenacon. “Em uma questão detempo, o Sescon/RS estará inteiro dentroda Fenacon, sem restrições”, destacou eacrescentou: “a Fenacon vem reforçandosua representação junto aos demais

segmentos de empresas representados, coma preocupação de ser um sistema integrado,fortalecido, e o Sescon/RS vem para ajudá-la a desempenhar essa missão”.

Estiveram presentes à solenidade, osvice-presidentes da Fenacon, AntônioMarangon (Região Sudeste), José GeraldoQueirós (Região Nordeste), AntônioGutenberg Anchieta (Região Centro-Oeste/Norte), os diretores da federação, Horizonde Almeida (Financeiro), Haroldo SantosFilho (Institucional), José Rosenvaldo Rios(Eventos), Sauro de Almeida (AssuntosLegislativos e do Trabalho), Nivaldo Cleto(Tecnologia e Negócios), além do vice-presidente do Sescon/RS, Luiz CarlosBohn; e dos diretores Administrativo, JúlioMartins; de Assuntos Legislativos, MarcosGriebeler; e Financeira, Nadia Vieira.

O presidente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, firma o convênio de aproximação,acompanhado, à dir., pelo presidente do

Sescon/RS, Tadeu Steimer. Observam aassinatura, os vice-presidentes da

Fenacon, José Geraldo Queirós (RegiãoNordeste), à esq., e Antônio Marangon

(Região Sudeste)

Pedro Coelho Neto, à esq., e TadeuSteimer: parceria selada

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Santa Catarina

regionais

O Planejamento Estratégico do Sescon/SC para 2002 foi dividido em oito pontosbásicos. O primeiro prevê a instalação doEscritório Regional Oeste, em Joaçaba, nomês de junho, seguindo a política de aumentoda representatividade do Sescon/SC comoentidade estadual.

O plano n.º 2 pretende ampliar osbenefícios para os associados, criando umaestrutura de organização de cursos demelhor qualidade com menor custo, a partirde maio, e implantando um consultóriopara exames pré-admissionais, emsetembro, que poderá atender aos asso-ciados e clientes a preço de custo.

O aumento do número de associados éoutra meta que o Sescon/SC pretende

alcançar, também já a partir do mês de março.Usando os materiais de divulgaçãodisponíveis, como o jornal do Sescon/SC, osite (www.sesconsc.org.br) e mídia em geral,todos os diretores se mobilizarão para mostraraos associados quais os benefícios oferecidospela entidade.

A publicação de uma coluna quinzenal nojornal catarinense ‘A Notícia’ também passaa ser uma ferramenta para a divulgação dasatividades e a conquista de novos sócios. Naedição de estréia do ‘Sescon/SC Notícias’,no dia 16 de janeiro, foi divulgada liminarque suspendeu o pagamento das reposiçõesdo FGTS para o Sescon/SC e associados, coma recomendação para depósitos em juízo.

QualidadeAproveitando os cursos a custo zero, o

Sescon/SC arrecadará alimentos nãoperecíveis, que serão distribuídos aentidades filantrópicas que assistempessoas carentes. A prática daresponsabilidade social terá início emJoinville e depois se ampliará por todo oEstado.

Um convênio entre os Sescons de SantaCatarina e o Ministério do Trabalho irápossibilitar a cobrança conjunta dacontribuição sindical em todo o Estado, apartir de maio. Em junho, uma empresa irá

Sescon/SC define planejamento estratégico 2002

Vilson Wegener,presidente do Sescon/SC

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SC introduzir no Sescon/SC programa de

qualidade, com o objetivo de melhorar oprocesso de organização interna da entidade.

“A união dos três Sescons: SantaCatarina, Blumenau e Grande Florianópolisé primordial para a organização da Conescap2003, que será realizada na capital doEstado”, destacou o presidente do Sescon/Santa Catarina, Vilson Wegener, adiantandoo grande desafio que os três sindicatos terãono próximo ano, com a realização conjuntado maior evento dos segmentos de empresasrepresentados pelo Sistema Fenacon.

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